1. O vértice E do paralelepípedo tem coordenadas (12,-12,-10).
2. Os outros dois vértices do quadrado são C(6,6,1) e D(2,2,0).
3. Uma equação do plano π que passa por P(1,0,1) e contém a reta r é: π: (x, y, z) = (1,0,1) + t(2,0,1) + h(0,1,1); t, h ∈ R.
1. Exercícios resolvidos
1. Um paralelepípedo ABCDEFGH de base ABCD tem volume igual a 9
unidades. Sabendo-se que A(1,1,1), B( 2,1,2), C(1,2,2), o vértice E
→ r
pertence à reta r de equação r : x = − y = 2 − z e ( AE, i ) é agudo.
Determine as coordenadas do vértice E.
Solução:
→
Como E pertence à reta r, temos E( t ,−t , 2 − t ) e AE = ( t − 1,−1− t , 1 − t ) .
Assim,
→ → →
1 0 1
| [ AB, AC, AE ] | = | 0 1 1 | =|3− t | = 9.
t −1 − t −1 1− t
Logo t = −6 ou t = 12 .
→ → r → r
Se t = −6, então AE = ( −7, 5,7) e AE ⋅ i = −7. Logo ( AE, i ) é obtuso.
Como este valor de t contradiz uma das hipóteses do nosso exercício,
→ → r
consideremos t = 12. Neste caso, AE = (11,−13,−11) e AE ⋅ i = 11
→ r →
assim, ( AE, i ) é agudo. Portanto E = A + AE = (12,−12,−10).
2. Um quadrado ABCD está sobre o plano α : x − y + 2z −1 = 0 . Sabendo-
se que A(1,0,0) e B(0,1,1) são vértices consecutivos. Determine as
coordenadas dos outros dois vértices.
Solução:
r →
nα De A(1,0,0) e B(0,1,1) temos AB = ( −1,1,1) e
r
de α : x − y + 2z = 1 temos n α = (1, −1,2) .
C B → → →
r
Como AD ⊥ AB e AD ⊥ n α temos:
D A
α → → r
AD // AB× n α = (3,3,0) .
37
2. → → → 1 1
Além disso, | AD | = | AB | = 3 . Considerando AD ° = ( , ,0)
2 2
→ 6 6 → 2+ 6 6
temos: AD = ,
2 2 ,0, D = A + AD = 2 , 2 ,0 e
→ 6 6+2
C = B + AD =
2 , 2 ,1 .
→ 1 1
Podemos observar que considerando AD ° = ( − ,− ,0)
2 2
encontraremos a outra solução do exercício.
3. Determine uma equação do plano π que passa pelo ponto P(1,0,1) e
x − y + z + 1 = 0
contém a reta de equação r : .
2x + y − z + 2 = 0
π r
Solução: r
vr
Sejam R ( −1,0,0) um ponto da reta r e o vetor R P
r
v r = (1,1,0) //(0 ,3,3) = (1,−1,1) × ( 2,1,−1) . Como
→ r
o ponto P(1,0,1) não pertence à reta r, temos RP = ( 2,0,1) e v r são
vetores LI com representantes em π. Assim, uma equação vetorial do
plano π é:
π : ( x, y, z) = (1,0,1) + t (2,0,1) + h (0,1,1) ; t, h ∈ IR
4. Determine uma condição necessária e suficiente para que um
plano α : Ax + By + Cz + D = 0 seja ortogonal ao plano XOZ.
Solução:
r
Observemos que os vetores j = (0,1,0 ) e (A,B,C) são normais aos
planos XOZ e α, respectivamente. Assim, os planos α e XOZ são
ortogonais se, somente se, ( A, B, C) ⋅ ( 0,1,0) = 0 . Daí, B = 0.
Observação: De modo análogo, podemos mostrar que as condições
necessárias e suficientes para que um plano α : Ax + By + Cz + D = 0
seja ortogonal ao plano XOY e ao plano YOZ são, respectivamente
C = 0 e A = 0.
38
3. 5. Determine uma equação geral de um plano que contém a reta
x +1 z+3
s: = y − 1= e é ortogonal ao plano YOZ.
2 3
Solução:
z+3
Observemos que o plano α : y − 1 = contém a reta s, já que todos
3
os pontos de s satisfazem à equação de α. Além disso, α : 3y − z − 6 = 0
é ortogonal a plano YOZ ( porque? ). Assim, α é o plano procurado.
6. Mostre que um plano α : Ax + By + Cz + D = 0 é paralelo ao eixo OY
se, e somente se, é ortogonal ao plano XOZ.
Solução:
r Sabemos que um plano α é paralelo a uma reta r
vr r r r
se, e somente se, n α ⋅ v r = 0 . Assim, o plano α é
paralelo ao eixo OY se, e somente se
0 = ( A, B, C) ⋅ ( 0,1,0) = B . Portanto a condição α
α paralelo ao eixo OY é equivalente a α ortogonal
ao plano XOZ.
7. Dados os planos α : Ax + 4y + 4z + D = 0 e β : 6x + 8y + Cz − 2 = 0 ,
determine as constantes A, C e D tais que:
a) d (α , β) = 41
b) O plano α seja ortogonal ao plano β e contém o eixo OX.
Solução:
a) Como d(α, β) ≠ 0 temos que α ∩ β = φ . Assim, os vetores
r r
n α = (A,4,4) e n β = (6,8, C) são paralelos e portanto A = 3 e C = 8.
Tomemos P(1,−1,0) um ponto do plano β. Sabemos que:
| 3 ⋅ 1 + 4 ⋅ ( −1) + 4 ⋅ 0 + D |
d(α, β) = d( P, α) = = 41 .
9 + 16 + 16
Assim, | D − 1| = 41 , logo D = 42 ou D = −40 .
39
4. b) Como o plano α contém o eixo OX temos A = 0 e D = 0. Da
ortogonalidade dos planos α e β temos:
r r
n α ⋅ nβ = (0,4,4) ⋅ (6,8, C) = 32 + 4C = 0 .
Logo C = −8.
8. Determine as coordenadas do ponto P1, simétrico de P(1,1,−2) em
relação à reta s : x + 1 = y − 1 = z.
Solução: P s
Sejam r a reta perpendicular à reta s que I
passa pelo ponto P e {I} = r ∩ s . Então,
I = ( t − 1,1 + t , t ) e podemos considerar
r → P1
vr = PI = ( t − 2, t , t + 2) . Como as retas r e r
s são ortogonais temos:
r r
v r ⋅ v s = ( t − 2, t , t + 2) ⋅ (1,1,1) = 0
→ → → →
Logo, t = 0 e PI = ( −2,0,2) . Como IP1 = PI temos P1 = I + IP1 . Assim
P1 = ( −1,1,0) + ( −2,0,2) = ( −3,1,2 ) .
Observação:
s O ponto I também poderia ser determinado
através da interseção da reta s com o plano α
que passa pelo ponto P e é ortogonal à reta s.
P1
I P Sendo α perpendicular a s temos:
α α: x + y + z + D = 0. Utilizando o fato de que
P ∈ α , podemos concluir que D = 0.
9. Determine uma equação da reta r, simétrica da reta
x = 1 + 2t
s : y = t ; t ∈ IR , em relação ao plano α : x − y + z + 1 = 0.
z = 2
40
5. Solução: n r
Observemos que se S e Q são pontos da reta S
I α
s então S1 e Q1 , simétricos de S e Q,
respectivamente, em relação ao plano α são I1
pontos da reta r.
r r
De v s ⋅ n α = ( 2,1,0) ⋅ (1,−1,1) ≠ 0 , temos que s s
S1
e α são concorrentes. Seja {I} = s ∩ α .
Então, I = (1 + 2t , t ,2) e 1 + 2t − t + 2 + 1 = 0 .
Logo, t = −4 e I(−7,−4,2) . Assim, as equações paramétricas da reta
n, normal a α e concorrente com a reta s em S(1,0,2) são :
x = 1 + t
n : y = −t ; t ∈ IR .
z = 2 + t
Considerando {I 1} = n ∩ α , temos I 1 = (1 + t ,− t ,2 + t ) e
4 1 4 2
1 + t + t + 2 + t + 1 = 0 . Logo, t = −
e portanto I 1 = − , , .
3 3 3 3
→
1 4 2 4 4 4 5 8 2
Daí, S1 = I 1 + SI1 = − , , + − , ,− = − , ,−
3 3 3 3 3 3 3 3 3
r 3 →
Como I e S 1 são pontos distintos de r podemos considerar v r = S1I .
4
Assim, uma equação vetorial de r é :
X = ( −7,−4,2) + h (4,5,−2); h ∈ IR.
10. Determine, caso exista, uma reta t que passa pelo ponto P(1,−2,−1) e
é concorrentes com as retas r e s.
x = λ − 1 x = h − 2
r : y = 2λ − 3 ; λ ∈ IR e s : y = 1 − h ; h ∈ IR .
z = λ z = h
Solução 1:
Podemos verificar que r e s são retas reversas e que P∉ r . Assim, o
plano α determinado por P e r, contém toda reta que passa por P e é
concorrente com r. Logo, a reta t, caso exista, está contida em
α:x − y + z − 2 = 0.
41
6. r r
De v s ⋅ n α ≠ 0 concluímos
α que s e α são concorrentes ,
t
P seja {Q} = s ∩ α . Como Q∈s
temos Q(h − 2,1 − h, h) , por
outro lado, Q também
s pertence a α daí,
β Q h − 2 − (1 − h) + h − 2 = 0 .
r Consequentemente,
5 1 2 5
h = e Q − ,− , . Como
3 3 3 3
→ 4 4 8 r
PQ = − , , não é paralelo a v r = (1,2,1) , podemos escrever:
3 3 3
→
t : X = P + λ PQ ; λ ∈ IR
s
Solução 2:
α
Consideremos que exista uma reta t que passa por B t
P e é concorrente com as retas r e s em A e B, A r
respectivamente.
Assim, A( λ − 1,2λ − 3, λ), B(h − 2,1 − h, h),
→ →
PA = (λ − 2,2λ − 1, λ + 1) e PB = ( h − 3,3 − h, h + 1) . Como P, A e B
→ →
são pontos colineares os vetores PA e PB são LD. Daí podemos
escrever:
λ − 2 2λ − 1 λ + 1
= =
h −3 3− h h +1
λ − 2 2λ − 1 →
De = temos λ − 2 = 1 − 2λ. Logo, λ = 1 e PA = ( −1,1,2) .
h−3 3− h
r →
Considerando vt = PA , as equações paramétricas da reta t são:
x = 1 − a
y = −2 + a ; a ∈ IR
z = −1 + 2a
42
7. 11. Determine uma equação da reta que passa pelo ponto Q(2,1,0), é
x = 2 + t
concorrente com a reta s : y = 3t ; t ∈ IR e forma ângulos iguais com os
z = t
eixos OX e OY.
Solução:
Sejam r a reta que queremos determinar e {I} = r ∩ s . Assim
r →
I = (2 + t ,3t , t ) e v r = QI = ( t,3t − 1, t ) . Como ( r, OX) = ( r , OY) temos a
equação:
| (1,0,0) ⋅ ( t ,3t − 1, t ) | | ( 0,1,0) ⋅ ( t ,3t − 1, t ) ||
r = r .
| vr | | vr |
1 1
Logo, t = ou t = .
2 4
1 r
Considerando t = , temos v r // (1,1,1) e r : X = ( 2,1,0) + h (1,1,1) ; h ∈ IR .
2
1 r
Considerando t = , temos v r // (1,−1,1) e r : X = ( 2,1,0) + h(1,−1,1) ; h ∈ IR .
4
Como vimos o exercício tem duas soluções.
12 . Da figura abaixo sabe – se que:
i) a reta r é perpendicular ao plano α, tem a direção
r
P do vetor u = (1,2,−1) e P(1,1,−1) pertence à reta r.
ii) os pontos Q e R ( −1,0,1) pertecem ao plano α.
R
Q iii) S = (0,1,2)
α
r
Determine:
a) uma equação do plano α.
b) as coordenadas do ponto Q.
c) uma equação do plano QRS.
d) o ângulo entre os planos QRS e α.
43
8. e) a distância entre as retas r e RS.
f) uma equação do plano que contém a reta r e é paralelo à reta
t : X = (3,2,0) + h( 2,0,−1) ; h ∈ IR
g) uma equação do plano perpendicular ao plano α que contém a reta QS.
Solução:
r r
a) Como n α // v r = (1,2,−1) temos α : x + 2y − z + d = 0 . Além disso
R ( −1,0,1) ∈ α , assim d = 2. Logo α : x + 2 y − z + 2 = 0 .
x = 1 + t
b) As equações paramétricas da reta r são r : y = 1 + 2t ; t ∈ IR .
z = −1 − t
Como {Q} = r ∩ α temos:
Q(1 + t ,1 + 2t ,−1 − t ) e 1 + t + 2(1 + 2t ) − ( −1 − t ) + 2 = 0.
Logo, t = −1 e Q(0, −1,0) .
→ →
c) Os vetores QR = ( −1,1,1) e QS = ( 0,2,2) são LI. Logo, podemos
escrever uma equação vetorial do plano QRS como:
X = t ( −1,1,1) + h (0,2,2) ; t e h ∈ IR .
r r
d) Sabemos que n α = (1,2,−1) e n QRS //( −1,1,1) × (0,2,2) = (0,2, −2) .
|6| 3
Assim, cos(QRS , α ) = = . Logo ( QRS, α) = 30° .
6 8 2
r →
e) Sabemos que v r = (1,2,−1) , RS = (0,1,2) − (−1,0,1) = (1,1,1) daí,
1 2 − 1
r → →
[ vr , RS, QR] = 1 1 1 = −6 . Assim, as retas r e s são reversas.
− 1 1 1
v → →
| [ v r , RS, QR ] | 6 6 3 14
Logo, d(r , RS) = = = = .
r → | (3,−2,−1) | 14 7
| vr × RS |
44
9. f) Seja β o plano que queremos determinar. Os vetores
r r
v r = (1,2,−1) e v t = ( 2,0,−1) são LI e têm representantes β , logo uma
equação vetorial do plano β é :
X = P + λ (1,2, −1) + σ ( 2,0,−1) ; λ e σ ∈ IR
r →
g) Os vetores n α = (1,2,−1) e QS = (0,2,2) são LI e têm representantes no
plano que queremos determinar. Assim uma equação deste plano é :
X = S + t (1,2, −1) + h (0,1,1) ; t e h ∈ IR
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