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Protegendo os Drivers 
D3300Ti-DPD / D3305Ti-DPD / D3500Ti-Nd 
Homero Sette Silva Revisão: 05 – 12– 2005 homero@selenium.com.br 
Os drivers D3300Ti-DPD , D3305Ti-DPD e D3500Ti-Nd foram desenvolvidos com o objetivo de 
apresentar uma excepcional resposta de freqüência, acima de 20 kHz. 
Para que esse objetivo fosse alcançado, duas providências foram tomadas: a redução da massa do conjunto 
móvel, conseguida através do diafragma de 3 polegadas de diâmetro (ao invés de 4”, como acontece no caso 
dos modelos D4400Ti e D408Ti) e a eliminação do ferro fluido que, devido à sua viscosidade, reduz a 
resposta nas altas freqüências. 
Essas duas opções implicaram no aumento da dificuldade com que o calor gerado na bobina é transferido 
para o meio exterior pois com um diafragma menor a área da bobina diminui e o ferro fluido (inexistente) 
conduz aproximadamente 5 vezes melhor o calor que o ar. 
Não há nada errado com o produto. Apenas deve ser rigorosamente usado dentro das especificações, uma 
vez que é pouco tolerante a sobre cargas térmicas. 
Por esses motivos, o uso dos drivers D3300Ti-DPD , D3305Ti-DPD e D3500Ti-Nd em situações em que 
podem sofrer estresse térmico, como PAs e Trios Elétricos, só é recomendado quando acompanhado de um 
processador digital adequado, onde o limitador foi cuidadosamente ajustado em função das especificações 
dos drivers e dos amplificadores. 
Por processador digital adequado devemos entender que nem todos os equipamentos disponíveis no 
comércio possuem tempos de attack e release adequados. Muitos, vêm pré ajustados para a faixa de graves e 
não protegem as outras vias, como as de médio-graves (falantes de 10 e 12”) e médio-agudos (drivers de 
titânio). 
Exemplos de processadores adequados: XTA DP226, Shure P4800 e Behringer DCX-2496, este último de 
preço muito acessível. 
Pp 
DRIVERS de 3” 
Parâmetros 
D3300Ti D3305Ti D3500Ti-Nd 
Diâmetro da Boca 
Potência RMS (W) 
Potência Prog. Musical (W) 
Impedância ( ) 
SPL 1 W @ 1m (dB) 
Resp. Freq. @-10 dB (Hz) 
Peso do Ímã (g) 
Diâmetro da Bobina (mm) 
Freq. Corte a 12 dB/Oit (Hz) 
Corneta Usada nos Testes 
Material do Diafragma 
Conexão com a Corneta 
Material da Tampa/Base 
2" 
75 
150 
8 
110 
500 a 25.000 
1.600 
75 
800 
HL14-50 
Titânio 
Flange 
Alumínio 
2" 
75 
150 
8 
108 
500 a 25.000 
1.600 
75 
800 
HL14-50 
Titânio 
Flange 
Policarbonato 
2" 
75 
150 
8 
111 
500 a 25.000 
610 
75 
800 
HL14-50 
Titânio 
Flange 
Alumínio
Determinando a potência do amplificador 
Na especificação da potência ideal para o 
amplificador devemos considerar: 
1 - A dinâmica do programa musical, que 
se caracteriza por uma potência de pico 
elevada e uma potência média 
(erradamente chamada de RMS) muito 
baixa. 
É comum encontrarmos programas 
musicais com fatores de crista iguais (ou 
mesmo maiores) que 10 dB, sendo o fator 
de crista a relação potência de pico / 
potência média. 
No caso de 10 dB (que corresponde a 10 
vezes) uma potência de pico igual a 100 
Watts implicará em uma potência média 
de apenas 10 Watts. 
Desse modo necessita-se de 
amplificadores com um excedente de 
potência para evitar que os picos sejam 
ceifados pelo amplificador e, assim fazendo, a potência média será normalmente muito mais baixa que a de 
pico, normalmente incapaz de produzir um aquecimento perigoso na bobina do transdutor. 
2 - A distorção (geralmente por ceifamento) produzida por amplificadores de potências insuficientes, que 
geram componentes harmônicas (freqüências que não existiam no programa original), com isso elevando 
significativamente a potência aplicada no driver. 
Na prática constatamos que amplificadores de potência abaixo da recomendável carbonizam bobinas com 
mais facilidade que amplificadores de maior potência. 
3 – A potência especificada pelos catálogos dos fabricantes (segundo a Norma ABNT NBR10303) para 
drivers e tweeters, corresponde ao uso com crossovers passivos. No caso de crossovers ativos, essa potência 
fica multiplicada por 0,4 (coeficiente empírico). 
Sem processador Digital 
Tipo de programa 
Fator de Crista 
estrito / amplo 
Em dB Em vezes 
Potência média 
Obtida de um 
Amp. de 100W 
Onda Quadrada 0 / 0 1 / 1 200 / 200 W 
Senóide pura 3 / 3 2 / 2 100 / 100 W 
Onda Triangular 5 / 5 3 / 3 67 / 67 W 
Ruído rosa 9 / 9 8 / 8 25 / 25 W 
Aplauso ou Musica 
fortemente 
comprimida 
9 / 10 8 / 10 25 / 20 W 
Rock pesado 
(médio grave de 
guitarra) 
10 / 12 10 / 16 20 / 12,5 W 
Axé (graves) 10 / 14 10 / 25 20 / 8 W 
Axé (médio grave) 12 / 15 16 / 32 12,5 / 6,5 W 
Pop, Rock comum 12 / 15 16 / 32 12,5 / 6,5 W 
Jazz, 15 / 20 32 / 100 6,5 / 2 W 
Orquestra 10 / 30 10 / 1000 20 / 0,2 W 
Voz humana falada 15 / 15 32 / 32 6,5 / 6,5 W 
Embora o uso de limitadores seja quase indispensável, neste caso, se 
isto for impossível, o melhor a fazer é utilizar um amplificador com 
headroom de 3 dB (dobro da potência média), que é a potência 
musical, devendo ser este valor convertido para aquele 
correspondente com crossover passivo. 
No Caso dos drivers Selenium com 3” de diafragma, teremos: 
0,4i2i75 = 60 Watts. 
O amplificador deverá ser capaz de fornecer 60 Watts para cada 
carga de 8 Ohms, por canal. 
No caso de dois drivers em paralelo, por canal, o amplificador 
deverá ser capaz de fornecer uma potência (total) de 240 watts, em 4 
Ohms (120 Watts por canal). 
No caso de amplificadores Studio R poderíamos escolher entre os 
modelos Z200 ou Z300. 
. relação sinal / ruído melhor do que 110dBA 
com distorção (THD) menor do que 0,01 %. 
Resposta: de 10Hz a 200kHz dentro de +/-1dB 
200 watts RMS 4 ohms 100 watts RMS por canal 
120 watts RMS 8 ohms 60 watts RMS por canal 
Amplificador de referência com opto-limitador, sistemas 
de proteção e ventilação silenciosa. Ideal p/ estúdios. 
. relação sinal / ruído melhor do que 105dBA 
com distorção (THD) menor do que 0,05 %. 
Resposta de freqüência: 15Hz a 40kHz @ -3dB 
300 watts RMS 4 ohms 150 watts RMS por canal 
200 watts RMS 8 ohms 100 watts RMS por canal 
Totalmente balanceado, com opto-limitador, sistemas 
de proteção, ventilação progressiva e high-pass filter.
Com processador Digital 
Com a utilização de processadores digitais (dotados de 
limitadores adequados), podemos trabalhar com um 
headroom de até 6 dB (4 vezes a potência média). Isto é 
possível uma vez que os transdutores Selenium são 
testados, durante 100 horas, com musica, submetidos a 
potências de pico iguais a 4 vezes o valor da potência 
média, embora, no catálogo, a potência de programa seja 
especificada como sendo apenas igual ao dobro. 
O procedimento consiste em calcularmos o valor de tensão 
Potência 
total: Potência 
por canal: Potência 
por falante: 
2 ohms 1.200 W RMS 600 W RMS 8x150 W RMS 
4 ohms 800 W RMS 400 W RMS 4x200 W RMS 
8 ohms 500 W RMS 250 W RMS 2x250 W RMS 
Sensibilidade: 1 V ou 2 V RMS (DS = Digital Setup) 
que aplicado na entrada do amplificador produzirá a potência máxima desejada na saída. Este valor (também 
conhecido como threshold = limiar) será programado no limitador e, caso o sinal de entrada o exceda, o 
limitador atua, impedindo que o sinal na saída do limitador ultrapasse esse valor. Assim, o transdutor ficará 
protegido contra potências excessivas. 
Este valor de tensão, que denominamos EL (tensão no limitador) será calculado pela equação abaixo, em 
função dos parâmetros do driver e do amplificador, definidos abaixo. 
É muito comum os amplificadores apresentarem 
uma sensibilidade de 0,775 Volts. No entanto, 
muitos processadores digitais (principalmente os 
de menor custo) funcionam melhor com tensões 
mais altas. 
Por essa razão vemos que surgem outros valores 
mais elevados de sensibilidade, denominados 
Digital Setup (DS), no caso dos amplificadores 
Studio R. 
Supondo o modelo X1, da Studio R, alimentando 
dois drivers em paralelo, por canal, o máximo 
fator de crista permitido será igual a: 
= ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Z Onde: 
4 F P 
L S C 
D D 
A A 
E 2,0 0, 4 4 2,0 0, 4 4 600 2,0 0,6 1,5492 
L 
= ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 8 = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ = Volts 
75 
0 4 
40 1600 
Daí em diante, o procedimento será muito dependente das características do limitador utilizado. 
Normalmente os valores de EL deverão ser programados em dB, sendo comuns os valores em dBu e dBv, 
respectivamente referidos a 0,775 e 1 Volt. 
No entanto, o processador Behringer, modelo DCX2496 utiliza uma referência de 9 Volts, fato não 
divulgado no catálogo do fabricante mas descoberto, em testes de bancada, por Ruy Monteiro, da Studio R. 
Os níveis em dBu e dBv poderão ser calculados pelas equações seguintes: 
⎛ ⋅ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ 
N 20 Log 0,4 F P 
E Z 
C 
A 
dBu 1 
D D 
A 
0 S 0 
, 6 
P Z 
⎝ ⎠ 
⎛ ⎞ 
v 10 S C N 20Log E 0,4F P Z 
= ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ 
; D D 
dB 
P Z 
⎝ A A 
⎠ 
Aplicando os valores do exemplo nas equações acima, teremos: 
⎛ ⋅ ⎞ ⎛ ⋅ ⎞ ⎛ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⎟⎟ 
N 20 Log E 0,4 F P Z 20 Log 2,0 0,4 4 75 8 0,6 
C D 
dBu 10 S 10 10 
A 
D 
A 
P Z 40 
20 Log 2, 
0 
0,6 0,6 0 4 0 , 
6 
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 
E E 0, 
P 
Z 
L E = Tensão a ser programada no limitador. 
S E = Tensão eficaz de sensibilidade do amplificador 
(consultar o manual do fabricante). 
C F = Fator de crista, em vezes. 
D P = Potência no driver (para crossover passivo). 
D Z = Impedância nominal do driver. 
A P = Potência nominal do amplificador. 
A Z = Impedância nominal do amplificador.
NdBu = 20⋅Log10 (2,00) = − 6,00 
1 N 20 Log E 0,4 F P Z 20 Lo 75 
D D 
( ) dBv 10 S 
C 10 
P Z 40 
A 
0 
A 
g 2,0 0,4 4 20 Log 20 
0 
8 , 0 
,6 
4 
⎛ ⎞ ⎛ ⎞ 
= ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⋅ 
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 
( ) dBv 10 N = 20⋅Log 1,5492 = 3,80 
⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜ ⋅ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 
N 20 Log E 0,4 F 20 L 2,0 2,0 
S 
P Z 75 
P Z 400 0 
D D 
A A 
8 ,6 
4 
og 0,4 4 20 Log 0 
dB9 10 C 10 1 
0 
9,0 9,0 
9, 
( ) dB9 10 N = 20⋅Log 0,1721 = − 15, 2827  −15,3 (para aplicar no DCX2496). 
O Caminho Inverso 
O nível de –15,2827 dB, aplicado na entrada do DCX2496, corresponderá a uma tensão EL igual a: 
NdB9 15,2827 
20 20 
−⎛ ⎞ −⎛ ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ 
= ⋅ ⎝ ⎠ = ⋅ ⎝ ⎠ = Volts 
L E 910 910 1,5492 
Esta tensão na entrada do amplificador Studio R, modelo X1, colocará, em sua saída, uma tensão igual a: 
⇒ ⋅ 
⇒ 
2 400 4 
1,5492 E 
Ap 
∴ Ap 
⋅ ⋅ 
1,5492 400 4 
= = Volts 
E 30,984 
2 
A tensão de pico EAp produzirá uma potência de pico, em uma carga de 4 Ohms, igual a : 
2 
P 30,984 240 
= = Watts ou 120 Watts por driver. A potência media por driver é igual a 
p 
4 
0,4⋅75 = 30Watts, o que leva a um fator de crista igual a F 120 4 
C 
= = vezes, o que corresponde a 6 dB 
30 
de headroom. 
Tempos de Attack e Release 
Freq. de Corte 
Tempo de 
Tempo de 
Passa-Altas 
Attack 
Release (16x) 
Os processadores que possuem tempos de attack e 
(Hz) 
(ms) 
(ms) 
release fixos, otimizados para os graves, não 
10 – 31 45 720 
conseguem proteger as demais vias, sendo inúteis para 
31 – 63 16 256 
os drivers. 
63 – 125 8 128 
A XTA sugere valores para diversas faixas de 
125 – 250 4 64 
freqüência e recomenda um tempo de release 16 vezes 
250 – 500 2 32 
maior que o de attack. 
500 – 1000 1 16 
O DCX2496 apresenta um tempo de attack 
1000 – 2000 0,5 8 
virtualmente instantâneo, sem que isso traga qualquer 
2000 – 22000 0,3 4,8 
prejuízo audível para o sinal, mesmo em regime de 
atuação freqüente. 
Tempos de Attack e Release, em função da Freqüência 
O processador Shure, modelo P4800 apresenta tempos 
de Corte, sugeridos pela XTA. 
de attack ajustáveis de 1 a 200 ms e tempos de release compreendidos entre 50 ms a 1000 ms. Esses valores 
mostraram-se adequados nos testes efetuados.
Anexo 1 - Determinando a tensão no limitador 
Ao aplicarmos uma tensão EL, na entrada do limitador, este passará a ser o maior valor presente na saída, 
pois o ganho será reduzido todas as vezes que o sinal de entrada ultrapassar EL. Exemplificando, para EL = 
1V, um sinal senoidal na entrada, com amplitude superior a esse valor, produzirá um sinal senoidal na saída, 
com 1 V de pico. 
A tensão eficaz ES, na entrada do amplificador, produzirá potência média máxima na saída, que 
corresponderá a uma tensão eficaz igual a PA ⋅ZA . 
Para determinar a tensão de pico EAp, presente na saída do amplificador, correspondente a tensão EL, na 
entrada do amplificador, basta fazer uma regra de três, direta: 
⇒ ⋅ 
⇒ 
E P Z 
E E 
S A A 
L Ap 
E E P Z 
∴ L 
= ⋅ ⋅ 
Ap A A 
S 
E 
A potência de pico PP, produzida por essa tensão, na saída do amplificador, será dada por: 
2 2 
A L A A 
E P 
= = E ⋅ P ⋅ 
Z P 
P 2 
Z E Z 
F S F 
Como o fator de crista FC é o cociente entre a potência de pico PP e a potência média PME, sendo essa a 
potência média no falante, PF, teremos: 
F P P 
= P = P 
∴ P = F ⋅P 
P C F C 
P P 
ME F 
Substituindo a expressão de PP na equação anterior, vem: 
2 
L A A 
⋅ = ⋅ ⋅ ∴ 2 2 F F 
F P E P Z 
C F 2 
E Z 
S F 
⋅ = ⋅ ⋅⋅ 
E E F P Z 
L S C 
P Z 
A A 
⋅ = ⋅ ⋅⋅ 
E E F P Z 
F F 
L S C 
P Z 
A A 
Para drivers e tweeters, operando com crossovers ativos, devido ao fator de redução de potência, igual a 0,4, 
teremos: 
⋅ = ⋅ ⋅ ⋅⋅ 
E E 0, 4 F P Z 
D D 
L S C 
P Z 
A A 
Bibliografia 
1 – Limitando a Potência em Drivers e Alto- 
Falantes 
Homero Sette Silva 
Disponível em www.selenium.com.br 
2 - Interface Amplificador Falante em Regime de 
Potência 
Ruy Monteiro 
3 – Potência “RMS” ou Potência Média ? 
Homero Sette Silva 
Disponível em www.selenium.com.br 
4 – Tabela Comparativa de Drivers 
Homero Sette Silva 
Disponível em www.selenium.com.br 
Disponível em www.studior.com.br

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Protegendo os drivers d3300 ti-dpd- d3305ti-dpd- d3500ti-nd

  • 1. Protegendo os Drivers D3300Ti-DPD / D3305Ti-DPD / D3500Ti-Nd Homero Sette Silva Revisão: 05 – 12– 2005 homero@selenium.com.br Os drivers D3300Ti-DPD , D3305Ti-DPD e D3500Ti-Nd foram desenvolvidos com o objetivo de apresentar uma excepcional resposta de freqüência, acima de 20 kHz. Para que esse objetivo fosse alcançado, duas providências foram tomadas: a redução da massa do conjunto móvel, conseguida através do diafragma de 3 polegadas de diâmetro (ao invés de 4”, como acontece no caso dos modelos D4400Ti e D408Ti) e a eliminação do ferro fluido que, devido à sua viscosidade, reduz a resposta nas altas freqüências. Essas duas opções implicaram no aumento da dificuldade com que o calor gerado na bobina é transferido para o meio exterior pois com um diafragma menor a área da bobina diminui e o ferro fluido (inexistente) conduz aproximadamente 5 vezes melhor o calor que o ar. Não há nada errado com o produto. Apenas deve ser rigorosamente usado dentro das especificações, uma vez que é pouco tolerante a sobre cargas térmicas. Por esses motivos, o uso dos drivers D3300Ti-DPD , D3305Ti-DPD e D3500Ti-Nd em situações em que podem sofrer estresse térmico, como PAs e Trios Elétricos, só é recomendado quando acompanhado de um processador digital adequado, onde o limitador foi cuidadosamente ajustado em função das especificações dos drivers e dos amplificadores. Por processador digital adequado devemos entender que nem todos os equipamentos disponíveis no comércio possuem tempos de attack e release adequados. Muitos, vêm pré ajustados para a faixa de graves e não protegem as outras vias, como as de médio-graves (falantes de 10 e 12”) e médio-agudos (drivers de titânio). Exemplos de processadores adequados: XTA DP226, Shure P4800 e Behringer DCX-2496, este último de preço muito acessível. Pp DRIVERS de 3” Parâmetros D3300Ti D3305Ti D3500Ti-Nd Diâmetro da Boca Potência RMS (W) Potência Prog. Musical (W) Impedância ( ) SPL 1 W @ 1m (dB) Resp. Freq. @-10 dB (Hz) Peso do Ímã (g) Diâmetro da Bobina (mm) Freq. Corte a 12 dB/Oit (Hz) Corneta Usada nos Testes Material do Diafragma Conexão com a Corneta Material da Tampa/Base 2" 75 150 8 110 500 a 25.000 1.600 75 800 HL14-50 Titânio Flange Alumínio 2" 75 150 8 108 500 a 25.000 1.600 75 800 HL14-50 Titânio Flange Policarbonato 2" 75 150 8 111 500 a 25.000 610 75 800 HL14-50 Titânio Flange Alumínio
  • 2. Determinando a potência do amplificador Na especificação da potência ideal para o amplificador devemos considerar: 1 - A dinâmica do programa musical, que se caracteriza por uma potência de pico elevada e uma potência média (erradamente chamada de RMS) muito baixa. É comum encontrarmos programas musicais com fatores de crista iguais (ou mesmo maiores) que 10 dB, sendo o fator de crista a relação potência de pico / potência média. No caso de 10 dB (que corresponde a 10 vezes) uma potência de pico igual a 100 Watts implicará em uma potência média de apenas 10 Watts. Desse modo necessita-se de amplificadores com um excedente de potência para evitar que os picos sejam ceifados pelo amplificador e, assim fazendo, a potência média será normalmente muito mais baixa que a de pico, normalmente incapaz de produzir um aquecimento perigoso na bobina do transdutor. 2 - A distorção (geralmente por ceifamento) produzida por amplificadores de potências insuficientes, que geram componentes harmônicas (freqüências que não existiam no programa original), com isso elevando significativamente a potência aplicada no driver. Na prática constatamos que amplificadores de potência abaixo da recomendável carbonizam bobinas com mais facilidade que amplificadores de maior potência. 3 – A potência especificada pelos catálogos dos fabricantes (segundo a Norma ABNT NBR10303) para drivers e tweeters, corresponde ao uso com crossovers passivos. No caso de crossovers ativos, essa potência fica multiplicada por 0,4 (coeficiente empírico). Sem processador Digital Tipo de programa Fator de Crista estrito / amplo Em dB Em vezes Potência média Obtida de um Amp. de 100W Onda Quadrada 0 / 0 1 / 1 200 / 200 W Senóide pura 3 / 3 2 / 2 100 / 100 W Onda Triangular 5 / 5 3 / 3 67 / 67 W Ruído rosa 9 / 9 8 / 8 25 / 25 W Aplauso ou Musica fortemente comprimida 9 / 10 8 / 10 25 / 20 W Rock pesado (médio grave de guitarra) 10 / 12 10 / 16 20 / 12,5 W Axé (graves) 10 / 14 10 / 25 20 / 8 W Axé (médio grave) 12 / 15 16 / 32 12,5 / 6,5 W Pop, Rock comum 12 / 15 16 / 32 12,5 / 6,5 W Jazz, 15 / 20 32 / 100 6,5 / 2 W Orquestra 10 / 30 10 / 1000 20 / 0,2 W Voz humana falada 15 / 15 32 / 32 6,5 / 6,5 W Embora o uso de limitadores seja quase indispensável, neste caso, se isto for impossível, o melhor a fazer é utilizar um amplificador com headroom de 3 dB (dobro da potência média), que é a potência musical, devendo ser este valor convertido para aquele correspondente com crossover passivo. No Caso dos drivers Selenium com 3” de diafragma, teremos: 0,4i2i75 = 60 Watts. O amplificador deverá ser capaz de fornecer 60 Watts para cada carga de 8 Ohms, por canal. No caso de dois drivers em paralelo, por canal, o amplificador deverá ser capaz de fornecer uma potência (total) de 240 watts, em 4 Ohms (120 Watts por canal). No caso de amplificadores Studio R poderíamos escolher entre os modelos Z200 ou Z300. . relação sinal / ruído melhor do que 110dBA com distorção (THD) menor do que 0,01 %. Resposta: de 10Hz a 200kHz dentro de +/-1dB 200 watts RMS 4 ohms 100 watts RMS por canal 120 watts RMS 8 ohms 60 watts RMS por canal Amplificador de referência com opto-limitador, sistemas de proteção e ventilação silenciosa. Ideal p/ estúdios. . relação sinal / ruído melhor do que 105dBA com distorção (THD) menor do que 0,05 %. Resposta de freqüência: 15Hz a 40kHz @ -3dB 300 watts RMS 4 ohms 150 watts RMS por canal 200 watts RMS 8 ohms 100 watts RMS por canal Totalmente balanceado, com opto-limitador, sistemas de proteção, ventilação progressiva e high-pass filter.
  • 3. Com processador Digital Com a utilização de processadores digitais (dotados de limitadores adequados), podemos trabalhar com um headroom de até 6 dB (4 vezes a potência média). Isto é possível uma vez que os transdutores Selenium são testados, durante 100 horas, com musica, submetidos a potências de pico iguais a 4 vezes o valor da potência média, embora, no catálogo, a potência de programa seja especificada como sendo apenas igual ao dobro. O procedimento consiste em calcularmos o valor de tensão Potência total: Potência por canal: Potência por falante: 2 ohms 1.200 W RMS 600 W RMS 8x150 W RMS 4 ohms 800 W RMS 400 W RMS 4x200 W RMS 8 ohms 500 W RMS 250 W RMS 2x250 W RMS Sensibilidade: 1 V ou 2 V RMS (DS = Digital Setup) que aplicado na entrada do amplificador produzirá a potência máxima desejada na saída. Este valor (também conhecido como threshold = limiar) será programado no limitador e, caso o sinal de entrada o exceda, o limitador atua, impedindo que o sinal na saída do limitador ultrapasse esse valor. Assim, o transdutor ficará protegido contra potências excessivas. Este valor de tensão, que denominamos EL (tensão no limitador) será calculado pela equação abaixo, em função dos parâmetros do driver e do amplificador, definidos abaixo. É muito comum os amplificadores apresentarem uma sensibilidade de 0,775 Volts. No entanto, muitos processadores digitais (principalmente os de menor custo) funcionam melhor com tensões mais altas. Por essa razão vemos que surgem outros valores mais elevados de sensibilidade, denominados Digital Setup (DS), no caso dos amplificadores Studio R. Supondo o modelo X1, da Studio R, alimentando dois drivers em paralelo, por canal, o máximo fator de crista permitido será igual a: = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Z Onde: 4 F P L S C D D A A E 2,0 0, 4 4 2,0 0, 4 4 600 2,0 0,6 1,5492 L = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 8 = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ = Volts 75 0 4 40 1600 Daí em diante, o procedimento será muito dependente das características do limitador utilizado. Normalmente os valores de EL deverão ser programados em dB, sendo comuns os valores em dBu e dBv, respectivamente referidos a 0,775 e 1 Volt. No entanto, o processador Behringer, modelo DCX2496 utiliza uma referência de 9 Volts, fato não divulgado no catálogo do fabricante mas descoberto, em testes de bancada, por Ruy Monteiro, da Studio R. Os níveis em dBu e dBv poderão ser calculados pelas equações seguintes: ⎛ ⋅ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ N 20 Log 0,4 F P E Z C A dBu 1 D D A 0 S 0 , 6 P Z ⎝ ⎠ ⎛ ⎞ v 10 S C N 20Log E 0,4F P Z = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ ; D D dB P Z ⎝ A A ⎠ Aplicando os valores do exemplo nas equações acima, teremos: ⎛ ⋅ ⎞ ⎛ ⋅ ⎞ ⎛ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⎟⎟ N 20 Log E 0,4 F P Z 20 Log 2,0 0,4 4 75 8 0,6 C D dBu 10 S 10 10 A D A P Z 40 20 Log 2, 0 0,6 0,6 0 4 0 , 6 ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ E E 0, P Z L E = Tensão a ser programada no limitador. S E = Tensão eficaz de sensibilidade do amplificador (consultar o manual do fabricante). C F = Fator de crista, em vezes. D P = Potência no driver (para crossover passivo). D Z = Impedância nominal do driver. A P = Potência nominal do amplificador. A Z = Impedância nominal do amplificador.
  • 4. NdBu = 20⋅Log10 (2,00) = − 6,00 1 N 20 Log E 0,4 F P Z 20 Lo 75 D D ( ) dBv 10 S C 10 P Z 40 A 0 A g 2,0 0,4 4 20 Log 20 0 8 , 0 ,6 4 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⋅ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ( ) dBv 10 N = 20⋅Log 1,5492 = 3,80 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜⎜ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⎟⎟ = ⋅ ⎜ ⋅ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ N 20 Log E 0,4 F 20 L 2,0 2,0 S P Z 75 P Z 400 0 D D A A 8 ,6 4 og 0,4 4 20 Log 0 dB9 10 C 10 1 0 9,0 9,0 9, ( ) dB9 10 N = 20⋅Log 0,1721 = − 15, 2827 −15,3 (para aplicar no DCX2496). O Caminho Inverso O nível de –15,2827 dB, aplicado na entrada do DCX2496, corresponderá a uma tensão EL igual a: NdB9 15,2827 20 20 −⎛ ⎞ −⎛ ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ = ⋅ ⎝ ⎠ = ⋅ ⎝ ⎠ = Volts L E 910 910 1,5492 Esta tensão na entrada do amplificador Studio R, modelo X1, colocará, em sua saída, uma tensão igual a: ⇒ ⋅ ⇒ 2 400 4 1,5492 E Ap ∴ Ap ⋅ ⋅ 1,5492 400 4 = = Volts E 30,984 2 A tensão de pico EAp produzirá uma potência de pico, em uma carga de 4 Ohms, igual a : 2 P 30,984 240 = = Watts ou 120 Watts por driver. A potência media por driver é igual a p 4 0,4⋅75 = 30Watts, o que leva a um fator de crista igual a F 120 4 C = = vezes, o que corresponde a 6 dB 30 de headroom. Tempos de Attack e Release Freq. de Corte Tempo de Tempo de Passa-Altas Attack Release (16x) Os processadores que possuem tempos de attack e (Hz) (ms) (ms) release fixos, otimizados para os graves, não 10 – 31 45 720 conseguem proteger as demais vias, sendo inúteis para 31 – 63 16 256 os drivers. 63 – 125 8 128 A XTA sugere valores para diversas faixas de 125 – 250 4 64 freqüência e recomenda um tempo de release 16 vezes 250 – 500 2 32 maior que o de attack. 500 – 1000 1 16 O DCX2496 apresenta um tempo de attack 1000 – 2000 0,5 8 virtualmente instantâneo, sem que isso traga qualquer 2000 – 22000 0,3 4,8 prejuízo audível para o sinal, mesmo em regime de atuação freqüente. Tempos de Attack e Release, em função da Freqüência O processador Shure, modelo P4800 apresenta tempos de Corte, sugeridos pela XTA. de attack ajustáveis de 1 a 200 ms e tempos de release compreendidos entre 50 ms a 1000 ms. Esses valores mostraram-se adequados nos testes efetuados.
  • 5. Anexo 1 - Determinando a tensão no limitador Ao aplicarmos uma tensão EL, na entrada do limitador, este passará a ser o maior valor presente na saída, pois o ganho será reduzido todas as vezes que o sinal de entrada ultrapassar EL. Exemplificando, para EL = 1V, um sinal senoidal na entrada, com amplitude superior a esse valor, produzirá um sinal senoidal na saída, com 1 V de pico. A tensão eficaz ES, na entrada do amplificador, produzirá potência média máxima na saída, que corresponderá a uma tensão eficaz igual a PA ⋅ZA . Para determinar a tensão de pico EAp, presente na saída do amplificador, correspondente a tensão EL, na entrada do amplificador, basta fazer uma regra de três, direta: ⇒ ⋅ ⇒ E P Z E E S A A L Ap E E P Z ∴ L = ⋅ ⋅ Ap A A S E A potência de pico PP, produzida por essa tensão, na saída do amplificador, será dada por: 2 2 A L A A E P = = E ⋅ P ⋅ Z P P 2 Z E Z F S F Como o fator de crista FC é o cociente entre a potência de pico PP e a potência média PME, sendo essa a potência média no falante, PF, teremos: F P P = P = P ∴ P = F ⋅P P C F C P P ME F Substituindo a expressão de PP na equação anterior, vem: 2 L A A ⋅ = ⋅ ⋅ ∴ 2 2 F F F P E P Z C F 2 E Z S F ⋅ = ⋅ ⋅⋅ E E F P Z L S C P Z A A ⋅ = ⋅ ⋅⋅ E E F P Z F F L S C P Z A A Para drivers e tweeters, operando com crossovers ativos, devido ao fator de redução de potência, igual a 0,4, teremos: ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅⋅ E E 0, 4 F P Z D D L S C P Z A A Bibliografia 1 – Limitando a Potência em Drivers e Alto- Falantes Homero Sette Silva Disponível em www.selenium.com.br 2 - Interface Amplificador Falante em Regime de Potência Ruy Monteiro 3 – Potência “RMS” ou Potência Média ? Homero Sette Silva Disponível em www.selenium.com.br 4 – Tabela Comparativa de Drivers Homero Sette Silva Disponível em www.selenium.com.br Disponível em www.studior.com.br