Entrevista Pamela Paulada

1. C
om apenas 16 anos, a precoce Pâmela Maria da des esportivas, quase não são praticadas por ela devido
Silva já conquistou dois importantes títulos em 2008 aos treinos de Muay Thai que começou aos 14 anos, e nestes
e 2009, no Muay Thai: é campeã do Super League dois anos de atividades ter em sua bagagem 18 lutas. Pâmela
Fight e do Festival Nacional de Muay Thai, e não para por aí... admira muito a lutadora de Muay Thai e MMA Gina Carano e
está treinando duro para disputar ainda esta ano, na moda- sonha um dia ter o mesmo status que a campeã americana.
lidade Boxe Chinês (luta de contato similar ao Muay Thai,
mas que inclui quedas) um campeonato em Baltimore - Es- Não foi fácil entrar nas artes marciais, já que seu pai, José
tados Unidos. Aparecido da Silva, não queria que sequer jogasse futebol
Pâmela nasceu em Santo André - SP, tem 62kg para 1m66, por achar tais atividades masculinas. Mas Pâmela insistiu
está cursando o 1° colegial, que apesar de oferecer ativida- que precisava emagrecer - era “gordinha” - e entrou na aca-
demia. Fazia musculação e certo dia, chegando mais tarde,
viu uma aula de Muay Thai. Gostou de imediato e quis fazer
também! Seu pai só permitiu depois de vê-la fazer um treino
em que se deu muito bem: emocionou-se e daí em diante a
deixou lutar. Logo sua mãe, Eli Maria Santos Silva, a apoaria
também, apesar do receio de que a filha se machucasse...
Mas o empenho, a persistência, a asssiduidade nos estu-
dos e a responsabilidade de Pamela acabaram por conven-
cer os projenitores.
Pâmela pretende, depois do Colegial, fazer Educação Física
ou Comércio Exterior... mas diz que ainda é cedo para decidir.
Com seu jeito de menina meiga, surpreende no ringue, quan-
do se transforma numa verdadeira lutadora: até o pessoal
da escola se espanta! E quando, muito raramente, bate
aquele cansaço, ela diz a si mesma: “Meu mestre
deixou seus afazeres, seu lazer para me treinar
aqui na academia, então vou dar o máximo, vou
fazer o melhor possível”. Esse empenho é com-
provado: depois de dois meses de treino,
Pâmela já disputava lutas internas.
Uma curiosidade: Pâmela recebeu o apelido
de “Paulada” pelo fato de, num treino, ter de
bater com um bastão num pneu para adquirir for-
ça. Todas as demais alunas o fizeram. Na vez de Pâmela, o
bastão quebrou. Deram-lhe então outro e... Pâmela o que-
brou também!
Foto: Selleri
O instrutor de Pâmela é Juscelino Rodrigues o “Juba”. Além
do Muay Thai, Boxe Chinês e um pouco de Jiu-jitsu para apren-
der quedas, Pâmela cogita, para o futuro, entrar também no
MMA. O tempo dirá!
Agradecimentos...
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pois sem ele não somos
nada, ao meu Mestre Juba que muitas vezes deixa de passar um
feriado com sua família ou um final de semana para se dedicar aos
meus treinos, ao meu professor Rogério Talogy, aos meus pais que
estão sempre me acompanhando, ao patrocínio da CLÍNICA LUCAN e
à minha equipe, a grande família FURACÃO.