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QUAL O TEU FUTURO?
“A importância do
atendimento infantil é inestimável e
incomensurável, visto a
importância do Terapeuta
Ocupacional na atuação do
desenvolvimento da criança. A
intervenção tem a capacidade de
mudar o rumo progressivo da
criança em seu futuro, pois
intervimos em toda sua
funcionalidade que atuante muda
seu ponto de referência emocional e
o faz crescer saudável.” A frase dita
pela terapeuta ocupacional Cláudia
Pedral mostra uma realidade pouco
vislumbrada no país. Como
crescem nossas crianças?
Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia Estatística,
o IBGE, em sete anos teremos uma
população jovem, de 0 a 17 anos,
de quase 109 milhões de crianças e
adolescentes. Esta nítida a intenção
de investimentos e desenvolvimento
de estratégias educacionais para
esta faixa da população. Tome como
exemplo a intenção do Ministério da
Saúde de investir cerca de 175
milhões de reais na inclusão de
creches e escolas-públicas no
programa de saúde na escola. Tudo
isso para reduzir os casos de
anemia, desnutrição, obesidade e
magreza, bem como problemas
visuais e de audição, presentes
nessas faixas etárias.
“Minha filha não reclama
mais da escolinha... antes era
diferente... levá-la me deixava mal,
não via muitos investimentos, hoje
melhorou, tem até estrutura mas
não sei quem será minha filha”
afirma a diarista Antônia Lima, mãe
da pequena Michelyne de 8 anos
que estuda uma unidade distrital
da cidade de Ceilândia-DF.
A atividade preconizada pela
Terapia ocupacional ajudaria a
traçar melhor o desenho da
personalidade dessas crianças e
adolescentes. Estabelecendo a
melhor rotina, adequando situações
sócio-economicas e alimentando a
construção de um melhor caráter.
Mas a Psicoterapia ocupacional,
ainda está engatinhando, ainda não
tem reconhecimento no mercado.
Oficialmente a existência
deste profissional no quadro efetivo
das unidades de ensino não é real,
mas seria necessária para o
autoconhecimento e a integralidade
de crianças e adolescentes no
contexto social atual.
Mas será que nossos
profissionais estão prontos para
isso? Será o Terapeuta ocupacional
uma peça chave nesse
desenvolvimento? “Eu entrei na
faculdade ouvindo e percebendo
que a Terapia Ocupacional ia de
encontro a uma política
paternalista, por apresentar uma
teoria que visava a mudança de
comportamento e
consequentemente um lugar na
sociedade ao individuo como ser
útil e atuante” afirma Claudia
Pedral.
O tema pode ser visto e
discutido no XIII Congresso
Brasileiro de Terapia Ocupacional
onde Claudia Pedral vai ministrar
uma das oficinas apresentadas na
grade do encontro.
BATE BOLA
1) Qual sua área de atuação?
- Desenvolvo trabalhos na área da
pediatria, atendo crianças com
quadros variados de
comprometimento, tanto de ordem
orgânica como emocional e
comportamental.
- Desenvolvo trabalhos como
psicomotricista, pela formação que
tenho, o que me ajuda muito em
sua teoria, no desenvolvimento das
ações funcionais das crianças e
atualmente de adolescentes com
pegas erradas alterando grafias.
- Desenvolvo trabalhos também
como psicoterapeuta, tenho
formação em psicodrama e
desenvolvo atuação em psicoterapia
ocupacional, utilizando o referencial
psicodramático, mas atuando com
as ferramentas da Terapia
Ocupacional, A atividade humana,
como mobilizador da transformação
do comportamento do cliente,
através da tomada de consciência
de que algo existe.
- Como terapeuta sou assessora de
escolas regulares que desenvolvem
filosofia inclusiva; atuo junto ao
corpo docente em sala. E na
capacitação dos mesmos.
2) Qual público alvo?
Pessoas com deficiência, atraso e
comprometimento motor; crianças
com os mais diverso quadros,
psicoterapia, atendimento familiar.
3) Quais as principais
dificuldades para atuação hoje no
Brasil?
Faço parte da ala privada da
profissão, não tive vontade ou a
época não oferecia vantagens de
entrar para o estado, me voltei ao
atendimento clinico/ ambulatorial,
que não me arrependo, pois pude
desenvolver as coisas em que e
como acredito.
Mas nessa área encontrei barreiras
como a ignorância do mercado e
dos profissionais de saúde quanto
ao que seja e a que se presta nossa
formação. O que tenho hoje foi
mérito pessoal e trabalho duro
quanto ao meu nome e atuação, o
que louvo, por que acredito que
juramos atuar em nome da saúde, e
me presto a isso hoje e sempre, nas
áreas que abracei pra intervenção.
Outras dificuldades estão no
âmbito de convênios, honorários,
que já se constitui melhor de
alguns anos para cá.
Mas quem vem de uma historia de
27 anos de profissão sem livros,
sem mercado, sem reconhecimento
tem que reconhecer que a profissão
cresceu.
4) Qual assunto será
discutido/apresentado durante o
XIII CBTO?
Na Palestra quero falar sobre o
DISCUTINDO SOBRE O
RACIOCINIO CLINICO DO
TERAPEUTA OCUPACIONAL, é um
capitulo do meu livro, e falo da
importância dos raciocínios
clínicos, devemos ter foco, objetivos
e conclusões lógicas sobre nossa
atuação. Por ser de fundamental
importância que o Terapeuta
Ocupacional, ao utilizar a atividade
humana como recurso clínico, o
faça com competência, faz-se
necessário um estudo aprofundado
do seu raciocínio específico. E um
curso sobre ANALISE DE
ATIVIDADE, METODOLOGIA E
PRÁTICA. Como o nome mesmo diz
e sugere, evidenciar a prática do
nosso raciocínio.
5) Este assunto altera, acrescenta
ou amplia a área de atuação da
terapia ocupacional? Como?
Eu acredito e isso está expresso em
meu livro, que precisamos de um
referencial para nossa atuação,
sempre me inquietou usar artifícios
de outras teorias para atuarmos,
me inquietou ser confundida com
fisioterapia ou psicologia.
Como costumo falar com minha
alunas e colegas, EU SOU
TERAPEUTA OCUPACIONAL, e o
uso da atividade humana como
terapêutica se dá através do olhar e
do raciocínio que tenho como
terapeuta na aplicação e como
intervenção nas diversas áreas de
comprometimento do individuo.
Para isso eu tinha que falar de
metodologia, falar de forma e de
que maneira atuamos, assim depois
de dez anos de pesquisa escrevi
sobre isso, no livro TERAPIA
OCUPACIONAL METODOLOGIA E
PRÁTICA.
Para mim é dar forma a algo que
todos temos e fazemos, dar conceito
e uma metrificação didática para
nossos próximos colegas.
6) Em uma época de militâncias
nas ruas, qual a sua opinião sobre
as reivindicações de classe? E
como a terapia ocupacional vem
lutando pela modernização do
serviço? Pela concretização de
um serviço público democrático
para brasileiros e brasileiras?
Eu entrei na faculdade ouvindo e
percebendo que a Terapia
Ocupacional ia de encontro a uma
política paternalista, por apresentar
uma teoria que visava a mudança
de comportamento e
consequentemente um lugar na
sociedade ao individuo como ser
útil e atuante.
Como ir de encontro ao nosso
momento, que inclusive como
profissionais estamos sendo
ameaçados de nosso lugar com o
ATO MEDICO?
O movimento mobilizador hoje das
representações de classe, a luta dos
profissionais deve ser respeitada e
honrada por cada um de nós
colegas, e o apoio dado a cada
momento dessa luta e aqui devo
reconhecer que muito tem sido feito
e muito se tem conseguido, A LUTA
TEM QUE CONTINUAR!
7) Até que ponto é preciso
unidade entre a categoria, para
crescimento da profissão?
Em ponto de convergência,
devemos andar juntos. Essa sempre
foi minha luta, falarmos a mesma
língua, termos competência e teoria
própria, termos conceitos e
identidade própria.. E estamos
aqui, em uma versão do CBTO, que
é uma conquista da profissão,
autonomia e expressão de suas
experiências.
É 100% o total, o ponto e a
necessidade de estarmos todos
juntos nessa luta.
Não há individualismos numa luta
como essa, somos uma CLASSE.
8) Algum assunto que acha
pertinente para falar, com
relação ao que será apresentado
junto aos participantes do CBTO?
Discutirmos nossa autonomia,
nossos protocolos, nossa referência
e individualidades metodológicas.
Nossa história e nossa Teoria. A
luta está nas ruas, mas me
responda você... Para ser respeitado
e estar aqui agora me entrevistando
você tem uma história? Tem um
nome? Quem é você??
A luta está nas ruas e há colegas
militantes e políticos, mas
precisamos ajudá-los publicando e
divulgando nossa identidade e
nossas referências, até por que
somos profissionais de saúde,
usando jaleco com pincel na mão.
Quer ajudar o CBTO 2013? Além da inscrição você
manda sua sugestão de entrevistas para
dionisio_freitas@hotmail.com

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Catalogo asociaciones carreras_postgrados de terapia ocupacional_2011_2012[1]
 

CBTO - 2013 Cláudia Pedral

  • 1. QUAL O TEU FUTURO? “A importância do atendimento infantil é inestimável e incomensurável, visto a importância do Terapeuta Ocupacional na atuação do desenvolvimento da criança. A intervenção tem a capacidade de mudar o rumo progressivo da criança em seu futuro, pois intervimos em toda sua funcionalidade que atuante muda seu ponto de referência emocional e o faz crescer saudável.” A frase dita pela terapeuta ocupacional Cláudia Pedral mostra uma realidade pouco vislumbrada no país. Como crescem nossas crianças? Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, o IBGE, em sete anos teremos uma população jovem, de 0 a 17 anos, de quase 109 milhões de crianças e adolescentes. Esta nítida a intenção de investimentos e desenvolvimento de estratégias educacionais para esta faixa da população. Tome como exemplo a intenção do Ministério da Saúde de investir cerca de 175 milhões de reais na inclusão de creches e escolas-públicas no programa de saúde na escola. Tudo isso para reduzir os casos de anemia, desnutrição, obesidade e magreza, bem como problemas visuais e de audição, presentes nessas faixas etárias. “Minha filha não reclama mais da escolinha... antes era diferente... levá-la me deixava mal, não via muitos investimentos, hoje melhorou, tem até estrutura mas não sei quem será minha filha” afirma a diarista Antônia Lima, mãe da pequena Michelyne de 8 anos que estuda uma unidade distrital da cidade de Ceilândia-DF. A atividade preconizada pela Terapia ocupacional ajudaria a traçar melhor o desenho da personalidade dessas crianças e adolescentes. Estabelecendo a melhor rotina, adequando situações sócio-economicas e alimentando a construção de um melhor caráter. Mas a Psicoterapia ocupacional, ainda está engatinhando, ainda não tem reconhecimento no mercado. Oficialmente a existência deste profissional no quadro efetivo das unidades de ensino não é real, mas seria necessária para o autoconhecimento e a integralidade de crianças e adolescentes no contexto social atual. Mas será que nossos profissionais estão prontos para isso? Será o Terapeuta ocupacional uma peça chave nesse desenvolvimento? “Eu entrei na faculdade ouvindo e percebendo que a Terapia Ocupacional ia de encontro a uma política paternalista, por apresentar uma teoria que visava a mudança de comportamento e consequentemente um lugar na sociedade ao individuo como ser útil e atuante” afirma Claudia Pedral. O tema pode ser visto e discutido no XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional onde Claudia Pedral vai ministrar uma das oficinas apresentadas na grade do encontro. BATE BOLA
  • 2. 1) Qual sua área de atuação? - Desenvolvo trabalhos na área da pediatria, atendo crianças com quadros variados de comprometimento, tanto de ordem orgânica como emocional e comportamental. - Desenvolvo trabalhos como psicomotricista, pela formação que tenho, o que me ajuda muito em sua teoria, no desenvolvimento das ações funcionais das crianças e atualmente de adolescentes com pegas erradas alterando grafias. - Desenvolvo trabalhos também como psicoterapeuta, tenho formação em psicodrama e desenvolvo atuação em psicoterapia ocupacional, utilizando o referencial psicodramático, mas atuando com as ferramentas da Terapia Ocupacional, A atividade humana, como mobilizador da transformação do comportamento do cliente, através da tomada de consciência de que algo existe. - Como terapeuta sou assessora de escolas regulares que desenvolvem filosofia inclusiva; atuo junto ao corpo docente em sala. E na capacitação dos mesmos. 2) Qual público alvo? Pessoas com deficiência, atraso e comprometimento motor; crianças com os mais diverso quadros, psicoterapia, atendimento familiar. 3) Quais as principais dificuldades para atuação hoje no Brasil? Faço parte da ala privada da profissão, não tive vontade ou a época não oferecia vantagens de entrar para o estado, me voltei ao atendimento clinico/ ambulatorial, que não me arrependo, pois pude desenvolver as coisas em que e como acredito. Mas nessa área encontrei barreiras como a ignorância do mercado e dos profissionais de saúde quanto ao que seja e a que se presta nossa formação. O que tenho hoje foi mérito pessoal e trabalho duro quanto ao meu nome e atuação, o que louvo, por que acredito que juramos atuar em nome da saúde, e me presto a isso hoje e sempre, nas áreas que abracei pra intervenção. Outras dificuldades estão no âmbito de convênios, honorários, que já se constitui melhor de alguns anos para cá. Mas quem vem de uma historia de 27 anos de profissão sem livros, sem mercado, sem reconhecimento tem que reconhecer que a profissão cresceu. 4) Qual assunto será discutido/apresentado durante o XIII CBTO? Na Palestra quero falar sobre o DISCUTINDO SOBRE O RACIOCINIO CLINICO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL, é um capitulo do meu livro, e falo da importância dos raciocínios clínicos, devemos ter foco, objetivos e conclusões lógicas sobre nossa atuação. Por ser de fundamental importância que o Terapeuta Ocupacional, ao utilizar a atividade humana como recurso clínico, o faça com competência, faz-se necessário um estudo aprofundado do seu raciocínio específico. E um curso sobre ANALISE DE ATIVIDADE, METODOLOGIA E PRÁTICA. Como o nome mesmo diz e sugere, evidenciar a prática do nosso raciocínio. 5) Este assunto altera, acrescenta ou amplia a área de atuação da terapia ocupacional? Como?
  • 3. Eu acredito e isso está expresso em meu livro, que precisamos de um referencial para nossa atuação, sempre me inquietou usar artifícios de outras teorias para atuarmos, me inquietou ser confundida com fisioterapia ou psicologia. Como costumo falar com minha alunas e colegas, EU SOU TERAPEUTA OCUPACIONAL, e o uso da atividade humana como terapêutica se dá através do olhar e do raciocínio que tenho como terapeuta na aplicação e como intervenção nas diversas áreas de comprometimento do individuo. Para isso eu tinha que falar de metodologia, falar de forma e de que maneira atuamos, assim depois de dez anos de pesquisa escrevi sobre isso, no livro TERAPIA OCUPACIONAL METODOLOGIA E PRÁTICA. Para mim é dar forma a algo que todos temos e fazemos, dar conceito e uma metrificação didática para nossos próximos colegas. 6) Em uma época de militâncias nas ruas, qual a sua opinião sobre as reivindicações de classe? E como a terapia ocupacional vem lutando pela modernização do serviço? Pela concretização de um serviço público democrático para brasileiros e brasileiras? Eu entrei na faculdade ouvindo e percebendo que a Terapia Ocupacional ia de encontro a uma política paternalista, por apresentar uma teoria que visava a mudança de comportamento e consequentemente um lugar na sociedade ao individuo como ser útil e atuante. Como ir de encontro ao nosso momento, que inclusive como profissionais estamos sendo ameaçados de nosso lugar com o ATO MEDICO? O movimento mobilizador hoje das representações de classe, a luta dos profissionais deve ser respeitada e honrada por cada um de nós colegas, e o apoio dado a cada momento dessa luta e aqui devo reconhecer que muito tem sido feito e muito se tem conseguido, A LUTA TEM QUE CONTINUAR! 7) Até que ponto é preciso unidade entre a categoria, para crescimento da profissão? Em ponto de convergência, devemos andar juntos. Essa sempre foi minha luta, falarmos a mesma língua, termos competência e teoria própria, termos conceitos e identidade própria.. E estamos aqui, em uma versão do CBTO, que é uma conquista da profissão, autonomia e expressão de suas experiências. É 100% o total, o ponto e a necessidade de estarmos todos juntos nessa luta. Não há individualismos numa luta como essa, somos uma CLASSE. 8) Algum assunto que acha pertinente para falar, com relação ao que será apresentado junto aos participantes do CBTO? Discutirmos nossa autonomia, nossos protocolos, nossa referência e individualidades metodológicas. Nossa história e nossa Teoria. A luta está nas ruas, mas me responda você... Para ser respeitado e estar aqui agora me entrevistando você tem uma história? Tem um nome? Quem é você?? A luta está nas ruas e há colegas militantes e políticos, mas precisamos ajudá-los publicando e divulgando nossa identidade e nossas referências, até por que somos profissionais de saúde, usando jaleco com pincel na mão. Quer ajudar o CBTO 2013? Além da inscrição você manda sua sugestão de entrevistas para dionisio_freitas@hotmail.com