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A Contribuição da Musicoterapia na Velhice

                                      Daiane Pazzini

                “Velhas Árvores”

                Olha estas velhas árvores, mais belas
                Do que as árvores novas, mais amigas:
                Tanto mais belas quanto mais antigas,
                Vencedoras da idade e das procelas...

                O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
                Vivem, livres de fomes e fadigas;
                E em seus galhos abrigam-se as cantigas
                E os amores das aves tagarelas.

                Não choremos, amigo, a mocidade!
                Envelheçamos rindo! Envelheçamos
                Como as árvores fortes envelhecem:

                Na glória da alegria e da bondade,
                Agasalhando os pássaros nos ramos,
                Dando sombra e consolo aos que padecem!

                Olavo Bilac

Este artigo tem como objetivo ressaltar como a Musicoterapia pode contribuir na melhora do
processo de envelhecimento e na própria velhice (reabilitação, qualidade de vida), refletindo
sobre a importância deste tratamento que vem apresentando resultados significativos em
relação ao idoso além do grande crescimento nesta área.

No processo de envelhecimento, podemos ver que o indivíduo sofre múltiplas
transformações físicas e mentais além da rejeição da sociedade que vê o velho como algo
negativo e “irrealizável”. O velho tem que estar sempre se adaptando a “novas realidades”
lutando para ter uma boa velhice com o máximo de qualidade de vida possível.

Junto aos desafios do envelhecimento buscam-se novas modalidades de tratamento que ao
se unirem em uma equipe multidisciplinar atuam como coadjuvante do tratamento médico e
vem conquistando resultados positivos, pois objetivam tratar o velho em sua totalidade,
unindo a estrutura física e mental.

Para melhor apresentar esta relação entre a musicoterapia e a velhice, iniciarei definindo
musicoterapia:

Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e
harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo
para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão,
organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar
necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A musicoterapia objetiva
desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa
alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, em conseqüência, uma melhor
qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento. (Federação Mundial de
Musicoterapia, 1996).
A musicoterapia busca ajudar o idoso a estimular suas capacidades físicas, mentais,
cognitivas e sociais a partir de um processo terapêutico baseado no canal sonoro musical e
na criatividade.

A música, com sua capacidade de transcender o tempo, ultrapassa não só séculos e
décadas como também permanece entre as diferentes culturas e gerações dando sentido a
momentos e épocas acompanhando o processo de envelhecimento.

Estudos realizados para comprovar os efeitos da música nos mostram que a música é
capaz de provocar no indivíduo reações de vários tipos, onde a resposta a um estímulo
musical se dá de forma motora e/ ou emocional. A reação a um estímulo musical se dá nas
diversas áreas cognitivas e emocionais, onde o tempo de reação muitas vezes é imediato.

Segundo Souza (2002), o tratamento musicoterapêutico utiliza a ampla capacidade de
estimulação que possui o som e a música, atuando em múltiplos circuitos neocorticais. Os
estímulos musicais possuem grande poder de penetração em ambos os hemisférios
cerebrais, notadamente nas regiões que compõem o sistema límbico. O tratamento
musicoterapêutico voltado para o idoso, estimula a partir do prazer de cantar, tocar,
improvisar, criar e recriar musicalmente o redescobrir das canções que fizeram parte de sua
vida, abrindo canais de comunicação e desenvolvendo as potencialidades do indivíduo
favorecendo a busca de sua identidade.

“A música é um estímulo potente para a evocação de lembranças e é lembrando que
podemos avivar fatos inconscientes que ampliam o significado do ‘ser velho’” (Tourinho,
2004). Acredito que isto também contribui para que o velho perceba que “ser velho” não é
negativo e sem valor como a sociedade mostra, e que aceitar sua realidade pode contribuir
para que sua velhice seja positiva e com virtudes, o que é possível. Mas porque a
sociedade desvaloriza tanto o velho e o “rotula” como inútil? Infelizmente vivemos em uma
sociedade preconceituosa e individualista que dá valor a quem pode ser reprodutor de vida
e riqueza e não aquele que não é mais tão belo, forte e cheio de vitalidade como a maioria
dos jovens.

Os atendimentos musicoterapêuticos podem ser realizados em grupo ou individualmente
dependendo do caso, necessidade do paciente e encaminhamento de outros profissionais
da área. O atendimento grupal contribui na integração e sociabilização de pacientes,
principalmente em instituições de longa permanência, ajudando também a estimular o grupo
em atividades de canto, atividade rítmica com instrumentos musicais e etc...

A musicoterapia procura estimular instâncias psíquicas onde muitas vezes a palavra não
pode alcançar, além de valorizar a história de cada idoso através de canções de uma vida
inteira relembrando momentos que apesar de individuais, não deixam de ser coletivos, que
marcaram uma determinada fase importante da vida, geração e época, contribuindo assim
no resgate da memória e recuperação de aspectos perdidos.

Os procedimentos gerais da musicoterapia que antecedem o início dos atendimentos
semanais são: entrevista inicial (anamenese), testificação musical (etapa específica desta
área). Os objetivos da musicoterapia são traçados de acordo com a necessidade de cada
paciente ou grupo. O musicoterapeuta se baseia na anamenese e na testificação musical
para planejar suas sessões de acordo com tais necessidades.

Nas sessões de musicoterapia com idosos pode-se trabalhar com diferentes atividades
como: canto, audição musical, atividades rítmicas com instrumentos musicais, atividades de
expressão artística, exercícios de relaxamento, dança, expressão corporal, jogos, exercícios
de percepção entre outros. Os principais objetivos terapêuticos traçados são: resgate e
estimulação da memória, diminuição da ansiedade e agressividade, estimulação motora,
orientação espacial e temporal, melhora do humor, resgate e fortalecimento da identidade.

Um grande desafio para o musicoterapeuta em um grupo de idosos principalmente em uma
instituição de longa permanência é de aumentar a auto-estima destes pacientes frente às
suas potencialidades e de mostrar-lhes que são úteis dando a esperança de uma melhora
através deste tratamento, sendo algo que eles possam experimentar com prazer à
atividade, já que em muitos casos, o idoso quando presencia o declínio e impotência de sua
estrutura física, ou seja, de seu corpo, acaba deixando de realizar projetos e isto
conseqüentemente contribui para a diminuição da auto-estima e em alguns casos para o
surgimento dos sintomas da depressão, que está presente em 49% dos idosos que vivem
em instituições de longa permanência. Isto geralmente tem relação com abandono da
família, solidão, desvalorização, dependência, além das dores acarretadas por certas
doenças comuns da velhice.

O tratamento musicoterapêutico voltado para a velhice abrange a área preventiva, os
processos demenciais e o idoso com seqüelas de doenças. A musicoterapia vem
alcançando níveis de tratamento e abordagens diferentes para cada tipo de patologia.

Junto ao envelhecimento muitas funções biológicas, psicológicas e sociais se modificam, a
deteriorização física aumenta e o ritmo dos movimentos se altera. A musicoterapia utilizada
na área preventiva visa potencializar a força criativa do idoso partilhando experiências
prazerosas através da música, proporcionando também o encontro do indivíduo com suas
próprias vivências, integrando-se e valorizando-se frente sua família e sociedade.

A abordagem musicoterapêutica nos processos demenciais busca junto ao indivíduo com
demência suas possibilidades e as eficiências que ele ainda possui.

Segundo Souza (2002), a doença de Alzheimer afeta primordialmente os sítios cerebrais
que controlam a comunicação, memória e o raciocínio do indivíduo, sendo lesado
inicialmente nas funções que adquiriu mais tarde em sua vida, em especial os
acometimentos nas áreas neocorticais. Com o uso da linguagem musical, o indivíduo é
estimulado em suas conexões mais profundas, alcançando níveis da memória da mais
arcaica para a mais recente, assim o idoso apresenta um sentimento de prazer por ter
recuperado algo que, até então, estava supostamente perdido. A memória reativada pela
música é o momento em que o idoso pode reviver passagens significantes de sua vida,
resgatando sua identidade.

Como cita Tourinho (2004), lembrar, muitas vezes, não é reviver, mas refazer, reconstruir,
repensar com as imagens e idéias de hoje as experiências do passado. Memória não é
sonho, é trabalho. Esse trabalho que é realizado através do fazer musical, além de
prazeroso, nos leva a elaboração consciente de material inconsciente que vem à tona,
impulsionado pela música.

A musicoterapia também favorece o tratamento de pacientes com doença de Parkinson que
progressivamente vão perdendo o controle de seus movimentos, surgindo as dificuldades
de comunicação, coordenação e expressão. A musicoterapia busca controlar os sintomas
utilizando técnicas que promovem o controle rítmico do corpo, atuando nos movimentos, na
deambulação e na fala. A música neste caso age como estímulo para se obter respostas
motoras e emocionais do paciente.

Em relação a pacientes com seqüelas de Acidente Vascular Cerebral, a música pode ajudar
na estimulação da sensopercepção, na adequação rítmica da marcha, nas expressões
rítmicas corporais, na expressão verbal, nas formas de expressão não verbal como gestos,
expressões faciais entre outros.

Como podemos ver, a musicoterapia aplicada ao idoso é um campo fértil de buscas,
descobertas e possibilidades. Pesquisas científicas atuais realizadas na prática clínica da
musicoterapia vêm demonstrando resultados importantes deste tratamento como elemento
de prevenção e manutenção das funções cognitivas.

A musicoterapia busca junto a outras profissões em um trabalho multidisciplinar promover
uma melhora no tratamento do idoso e nas suas condições de vida, trabalhando com
respeito, unindo corpo e mente, valorizando a história e dignidade de quem tanto nos tem
para dizer e dar exemplo. Na musicoterapia o velho tem espaço para se expressar e ver
que esta fase da vida pode ser explorada de forma rica e criativa e que a música que fez
parte de sua vida agora é sua aliada na busca de seu bem-estar.


Referências

BARANOW, Ana Lea. Musicoterapia uma visão geral. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999.
SOUZA, Márcia.G.C. Musicoterapia e a clínica do envelhecimento. In: Tratado de Geriatria
e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2002.
GOLDFARD, Delia Catullo. O sujeito do Envelhecimento. In: Corpo, Tempo e
Envelhecimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
TOURINHO, Lúcia M.C. Musicoterapia e a terceira idade. Disponível em:
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/musicoterapia.htm Acesso em: 28 novembro
2004.


Daiane Pazzini - Musicoterapeuta, graduada pelas Faculdades Metropolitanas Unidas
(UniFMU). Ex. aluna do curso de extensão universitária em Psicogerontologia – Cogeae
PUC – SP.


Fonte: http://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/artigo1697.htm

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A ContribuiçãO Da Musicoterapia Na Velhice

  • 1. A Contribuição da Musicoterapia na Velhice Daiane Pazzini “Velhas Árvores” Olha estas velhas árvores, mais belas Do que as árvores novas, mais amigas: Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas... O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas Vivem, livres de fomes e fadigas; E em seus galhos abrigam-se as cantigas E os amores das aves tagarelas. Não choremos, amigo, a mocidade! Envelheçamos rindo! Envelheçamos Como as árvores fortes envelhecem: Na glória da alegria e da bondade, Agasalhando os pássaros nos ramos, Dando sombra e consolo aos que padecem! Olavo Bilac Este artigo tem como objetivo ressaltar como a Musicoterapia pode contribuir na melhora do processo de envelhecimento e na própria velhice (reabilitação, qualidade de vida), refletindo sobre a importância deste tratamento que vem apresentando resultados significativos em relação ao idoso além do grande crescimento nesta área. No processo de envelhecimento, podemos ver que o indivíduo sofre múltiplas transformações físicas e mentais além da rejeição da sociedade que vê o velho como algo negativo e “irrealizável”. O velho tem que estar sempre se adaptando a “novas realidades” lutando para ter uma boa velhice com o máximo de qualidade de vida possível. Junto aos desafios do envelhecimento buscam-se novas modalidades de tratamento que ao se unirem em uma equipe multidisciplinar atuam como coadjuvante do tratamento médico e vem conquistando resultados positivos, pois objetivam tratar o velho em sua totalidade, unindo a estrutura física e mental. Para melhor apresentar esta relação entre a musicoterapia e a velhice, iniciarei definindo musicoterapia: Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, em conseqüência, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento. (Federação Mundial de Musicoterapia, 1996).
  • 2. A musicoterapia busca ajudar o idoso a estimular suas capacidades físicas, mentais, cognitivas e sociais a partir de um processo terapêutico baseado no canal sonoro musical e na criatividade. A música, com sua capacidade de transcender o tempo, ultrapassa não só séculos e décadas como também permanece entre as diferentes culturas e gerações dando sentido a momentos e épocas acompanhando o processo de envelhecimento. Estudos realizados para comprovar os efeitos da música nos mostram que a música é capaz de provocar no indivíduo reações de vários tipos, onde a resposta a um estímulo musical se dá de forma motora e/ ou emocional. A reação a um estímulo musical se dá nas diversas áreas cognitivas e emocionais, onde o tempo de reação muitas vezes é imediato. Segundo Souza (2002), o tratamento musicoterapêutico utiliza a ampla capacidade de estimulação que possui o som e a música, atuando em múltiplos circuitos neocorticais. Os estímulos musicais possuem grande poder de penetração em ambos os hemisférios cerebrais, notadamente nas regiões que compõem o sistema límbico. O tratamento musicoterapêutico voltado para o idoso, estimula a partir do prazer de cantar, tocar, improvisar, criar e recriar musicalmente o redescobrir das canções que fizeram parte de sua vida, abrindo canais de comunicação e desenvolvendo as potencialidades do indivíduo favorecendo a busca de sua identidade. “A música é um estímulo potente para a evocação de lembranças e é lembrando que podemos avivar fatos inconscientes que ampliam o significado do ‘ser velho’” (Tourinho, 2004). Acredito que isto também contribui para que o velho perceba que “ser velho” não é negativo e sem valor como a sociedade mostra, e que aceitar sua realidade pode contribuir para que sua velhice seja positiva e com virtudes, o que é possível. Mas porque a sociedade desvaloriza tanto o velho e o “rotula” como inútil? Infelizmente vivemos em uma sociedade preconceituosa e individualista que dá valor a quem pode ser reprodutor de vida e riqueza e não aquele que não é mais tão belo, forte e cheio de vitalidade como a maioria dos jovens. Os atendimentos musicoterapêuticos podem ser realizados em grupo ou individualmente dependendo do caso, necessidade do paciente e encaminhamento de outros profissionais da área. O atendimento grupal contribui na integração e sociabilização de pacientes, principalmente em instituições de longa permanência, ajudando também a estimular o grupo em atividades de canto, atividade rítmica com instrumentos musicais e etc... A musicoterapia procura estimular instâncias psíquicas onde muitas vezes a palavra não pode alcançar, além de valorizar a história de cada idoso através de canções de uma vida inteira relembrando momentos que apesar de individuais, não deixam de ser coletivos, que marcaram uma determinada fase importante da vida, geração e época, contribuindo assim no resgate da memória e recuperação de aspectos perdidos. Os procedimentos gerais da musicoterapia que antecedem o início dos atendimentos semanais são: entrevista inicial (anamenese), testificação musical (etapa específica desta área). Os objetivos da musicoterapia são traçados de acordo com a necessidade de cada paciente ou grupo. O musicoterapeuta se baseia na anamenese e na testificação musical para planejar suas sessões de acordo com tais necessidades. Nas sessões de musicoterapia com idosos pode-se trabalhar com diferentes atividades como: canto, audição musical, atividades rítmicas com instrumentos musicais, atividades de expressão artística, exercícios de relaxamento, dança, expressão corporal, jogos, exercícios de percepção entre outros. Os principais objetivos terapêuticos traçados são: resgate e
  • 3. estimulação da memória, diminuição da ansiedade e agressividade, estimulação motora, orientação espacial e temporal, melhora do humor, resgate e fortalecimento da identidade. Um grande desafio para o musicoterapeuta em um grupo de idosos principalmente em uma instituição de longa permanência é de aumentar a auto-estima destes pacientes frente às suas potencialidades e de mostrar-lhes que são úteis dando a esperança de uma melhora através deste tratamento, sendo algo que eles possam experimentar com prazer à atividade, já que em muitos casos, o idoso quando presencia o declínio e impotência de sua estrutura física, ou seja, de seu corpo, acaba deixando de realizar projetos e isto conseqüentemente contribui para a diminuição da auto-estima e em alguns casos para o surgimento dos sintomas da depressão, que está presente em 49% dos idosos que vivem em instituições de longa permanência. Isto geralmente tem relação com abandono da família, solidão, desvalorização, dependência, além das dores acarretadas por certas doenças comuns da velhice. O tratamento musicoterapêutico voltado para a velhice abrange a área preventiva, os processos demenciais e o idoso com seqüelas de doenças. A musicoterapia vem alcançando níveis de tratamento e abordagens diferentes para cada tipo de patologia. Junto ao envelhecimento muitas funções biológicas, psicológicas e sociais se modificam, a deteriorização física aumenta e o ritmo dos movimentos se altera. A musicoterapia utilizada na área preventiva visa potencializar a força criativa do idoso partilhando experiências prazerosas através da música, proporcionando também o encontro do indivíduo com suas próprias vivências, integrando-se e valorizando-se frente sua família e sociedade. A abordagem musicoterapêutica nos processos demenciais busca junto ao indivíduo com demência suas possibilidades e as eficiências que ele ainda possui. Segundo Souza (2002), a doença de Alzheimer afeta primordialmente os sítios cerebrais que controlam a comunicação, memória e o raciocínio do indivíduo, sendo lesado inicialmente nas funções que adquiriu mais tarde em sua vida, em especial os acometimentos nas áreas neocorticais. Com o uso da linguagem musical, o indivíduo é estimulado em suas conexões mais profundas, alcançando níveis da memória da mais arcaica para a mais recente, assim o idoso apresenta um sentimento de prazer por ter recuperado algo que, até então, estava supostamente perdido. A memória reativada pela música é o momento em que o idoso pode reviver passagens significantes de sua vida, resgatando sua identidade. Como cita Tourinho (2004), lembrar, muitas vezes, não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar com as imagens e idéias de hoje as experiências do passado. Memória não é sonho, é trabalho. Esse trabalho que é realizado através do fazer musical, além de prazeroso, nos leva a elaboração consciente de material inconsciente que vem à tona, impulsionado pela música. A musicoterapia também favorece o tratamento de pacientes com doença de Parkinson que progressivamente vão perdendo o controle de seus movimentos, surgindo as dificuldades de comunicação, coordenação e expressão. A musicoterapia busca controlar os sintomas utilizando técnicas que promovem o controle rítmico do corpo, atuando nos movimentos, na deambulação e na fala. A música neste caso age como estímulo para se obter respostas motoras e emocionais do paciente. Em relação a pacientes com seqüelas de Acidente Vascular Cerebral, a música pode ajudar na estimulação da sensopercepção, na adequação rítmica da marcha, nas expressões
  • 4. rítmicas corporais, na expressão verbal, nas formas de expressão não verbal como gestos, expressões faciais entre outros. Como podemos ver, a musicoterapia aplicada ao idoso é um campo fértil de buscas, descobertas e possibilidades. Pesquisas científicas atuais realizadas na prática clínica da musicoterapia vêm demonstrando resultados importantes deste tratamento como elemento de prevenção e manutenção das funções cognitivas. A musicoterapia busca junto a outras profissões em um trabalho multidisciplinar promover uma melhora no tratamento do idoso e nas suas condições de vida, trabalhando com respeito, unindo corpo e mente, valorizando a história e dignidade de quem tanto nos tem para dizer e dar exemplo. Na musicoterapia o velho tem espaço para se expressar e ver que esta fase da vida pode ser explorada de forma rica e criativa e que a música que fez parte de sua vida agora é sua aliada na busca de seu bem-estar. Referências BARANOW, Ana Lea. Musicoterapia uma visão geral. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999. SOUZA, Márcia.G.C. Musicoterapia e a clínica do envelhecimento. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2002. GOLDFARD, Delia Catullo. O sujeito do Envelhecimento. In: Corpo, Tempo e Envelhecimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998. TOURINHO, Lúcia M.C. Musicoterapia e a terceira idade. Disponível em: http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/musicoterapia.htm Acesso em: 28 novembro 2004. Daiane Pazzini - Musicoterapeuta, graduada pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU). Ex. aluna do curso de extensão universitária em Psicogerontologia – Cogeae PUC – SP. Fonte: http://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/artigo1697.htm