2. • Século XVII Filósofos Racionalistas
• Descartes
• Espinosa
• Leibniz
• Expressou o momento de ápice de alguns
VALORES surgidos no Renascimento, como:
• A ênfase no conhecimento do mundo;
• A importância da razão;
• Na utilização da matemática como instrumento
metódico.
3. •Incansável busca em definir as “coisas”
em termos de:
• Substâncias
• Princípios racionais
• Idéias necssárias
•Final do século XVII a investigação
filosófica tomaria outro rumo, tendo como
palco principal a Inglaterra.
5. • EMPIRISMO
•Iniciou-se com Aristóteles: “Não há
nada no intelecto que não tenha
estado antes nos sentidos”.
•Não acreditam em idéias inatas.
•A mente humana é um recipiente
pronto para ser preenchido com aquilo
que nossos sentidos captarem do
mundo exterior.
6. • EMPIRISMO
•Criticavam idéias filosóficas baseadas
em conceitos excessivamente
abstratos e intangíveis, como os
metafísicos.
•OBJETIVO pretendia construir uma
filosofia válida com base em noções
que o homem pudesse conhecer e
comprovar com seus próprios
7. • VIDA
• É considerado o pai do
empirismo, mesmo não
sendo o seu criador.
• Filho de uma família de
comerciantes, nasceu na
cidade de Wrington, na
Inglaterra.
• Estudou na Universidade de
Oxford, onde se formou em
medicina.
8. • VIDA
•Ocupou diversos cargos políticos e foi sempre
um opositor da monarquia absolutista.
•Exilou-se na Holanda, junto com o conde, em
1683.
•Retornou à Inglaterra com os monarcas e
passou a se dedicar à sua obra filosófica:
“Ensaio acerca do entendimento humano”.
•Sua intenção era “investigar a origem, certeza
e extensão do conhecimento humano”.
9. • VIDA
• Em outras palavras, examinar o que a mente
humana pode e não pode conhecer e fazer com que
os homens reconheçam sua “ignorância acerca de
uma coisa”.
• Para Locke não importa saber o que existe fora de
nós, e sim como nossa mente funciona e o que ela é
capaz de conhecer.
• As concepções de Locke acerca do entendimento
humano também mostrarão fortes vínculos com o
seu pensamento político, defensor que foi do
10. • O Ensaio acerca do entendimento humano inicia-se
pela crítica ao inatismo.
• Exemplo, segundo o inatismo, das idéias que já
nasceriam impressas na mente das pessoas é o
princípio lógico de não-contradição (“o que é, é” ou
“A não é não-A”).
• Locke argumenta que, se esse princípio fosse
inato, não haveria quem não o conhecesse desde o
momento do nascimento, no entanto, podemos
constatar que existem pessoas que ignoram esse
princípio.
11. • Para Locke a mente humana alcança as
verdades gradualmente, seguindo
determinados passos.
• Isso significa que a mente não é apenas um
agregado caótico de idéias sensoriais,
resultantes da experiência externa, mas realiza
certas operações com essas idéias, formando
novas idéias.
• Locke denomina a experiência interior dessas
12. • A afirmação de Locke significa também
que, no limite, toda ideia tem como fonte
primeira e fundamental a experiência.
• As idéias surgem com a experiência,
elas não podem ser inatas.
• A mente humana seria “um gabinete
vazio”, “um papel em branco”, ou, como
se costuma dizer, uma tabula rasa.
13. • Uma criança, por exemplo, quando
vem ao mundo, não mostra indícios
de possuir qualquer ideia sobre ele,
seu contato com as coisas vai aos
poucos preenchendo sua mente com
os conteúdos que lhe serão
familiares depois: luzes, cores, sons,
formas, sabores, odores e assim por
14. • Locke explica quando a criança entra em
contato pela primeira vez com um objeto
qualquer, esse objeto não sugere ou fornece à
sua mente uma ideia única, e sim uma série
de idéias.
• Exemplo: de um cubo de gelo, ela formará
primeiro idéias como: branco, frio e duro; da
neve, idéias como: branco, frio e macio; de
limão idéias como: verde e ácido.
• Essas idéias Locke denomina simples.
15. • Ideias simples se formam por meio das duas vias:
a sensação e a reflexão.
• Somente depois de entrar em contato diversas
vezes com o mesmo tipo de objeto, a criança
formará em sua mente a ideia desse objeto como
um todo, isto é, uma ideia complexa.
• As ideias simples são o material básico de todo o
nosso entendimento, que poderá, diz o
filósofo, “repetir, comparar e uni-las numa variedade
quase infinita, formando à vontade novas ideias
complexas”.
16. • Segundo Locke, o conhecimento se dá quando a
mente, nas operações que realiza com ideias
oriundas dos sentidos ou da reflexão, procura
perceber o acordo ou o desacordo que existe entre
essas ideias.
• Por exemplo: na frase “branco não é preto” ocorre o
conhecimento intuitivo no qual a mente percebe o
desacordo de duas ideias (branco e preto)
“imediatamente por elas mesmas”, ou seja, pela
própria evidência contida nas ideias de “branco” e
“preto” e a certeza de que há desacordo entre elas.
17. • Locke critica a dúvida cartesiana, pois,
todos nós teríamos o conhecimento
intuitivo de existir, dado pelos sentidos e
pela reflexão.
• Quando a mente não consegue perceber
imediatamente o acordo ou o desacordo
entre duas ideias, temo o conhecimento
demonstrativo, cujo modelo clássico é
18. • Locke também discorda de Descartes,
para quem as verdades matemáticas
seriam as mais certas e evidentes.
• Para Locke, no conhecimento
demonstrativo a mente é obrigada a
recorrer a outras ideias para descobrir o
acordo ou o desacordo entre
determinadas ideias, formando o que
19. • Locke dirá também que as coisas do
mundo exterior possuem qualidades
primárias, como extensão, figura,
solidez e movimento – ou seja,
propriedades numéricas,
quantitativas –, e qualidades
secundárias, como cor, sabor, odor
– propriedades propriamente
20. • As ideias que formamos com base nas
qualidades primárias correspondem àquilo
que verdadeiramente existe nas coisas, o que
não ocorre em relação às ideias formadas
com base nas qualidades secundárias, que
podem variar de individuo para individuo,
deixando-nos sem saber com certeza qual é a
característica verdadeiramente presente na
coisa em questão.
21. • As qualidades primárias pertenceriam às
coisas e não dependeriam dos sentidos.
• Para Locke a palavra substância não
passa de uma palavra, isto é, ela se
refere a um “não-sei-o-quê”, que está
fora do alcance da experiência e do
conhecimento do homem e por isso não
deve ser discutido pela filosofia.
22. • Nasceu em Kilkenny, na
Irlanda.
• Ordenou-se sacerdote da
Igreja Anglicana, em
1710.
• Preocupou-se com as
discussões filosóficas e
científicas da época, que
para ele estavam
conduzindo a sociedade
ao materialismo e ao
ceticismo.
23. • Berkeley acreditava totalmente no que se
percebe pelos sentidos, a ponto de
considerar loucura alguém pensar que há
ideias ou coisas dissociadas deles.
• Criticava os filósofos que defendiam a
existência de ideias gerais abstratas, entre
eles Locke.
• As ideias abstratas se formariam, de acordo
com Locke, pelo processo de abstração, no
qual a mente separa as ideias que
aparecem juntas nas coisas.
24. • A ideias de cor é, para Locke, uma
abstração que exclui as demais qualidades
do objeto, como a sua forma e a sua
solidez.
• A ideia de homem seria uma abstração mais
complexa, pois ela separa, por exemplo,
nas ideias compostas de Pedro, Jaime e
João o que é comum neles, formando assim
a ideia abstrata de homem, que se aplica a
todos os homens
25. • Para Berkeley, as IDEIAS ABSTRATAS são
invenção dos intelectuais; ou seja, elas não
existem, pois é impossível conceber a ideia
de movimento separa da ideia de um corpo
que se move rápida ou lentamente, para a
frente e para trás.
• Do mesmo modo, a ideia de HOMEM virá
sempre acompanhada de suas
características físicas, como a cor da pele, a
estatura, ...
26. • Para Berkeley todas as ideias são sempre
de coisas particulares e nunca gerais.
• Isso significa que para Berkeley o que se
denomina ideia abstrata ou geral não passa
de uma ideia particular, que repousa numa
impressão sensorial, numa ideia já
percebida pelo sentidos, e que ela sempre
existe em conjunto com uma série de outras
ideias sensorialmente percebidas, e não
como uma ideia isolada.
27. • Berkeley revela-se um empirista mais
radical ao discutir a distinção feita por Locke
entre as QUALIDADES PRIMÁRIAS
(extensão, forma, movimento, etc) e as
QUALIDADES SECUNDÁRIAS (cor, sabor,
odor, etc).
• Locke dizia que as PRIMÁRIAS são
inerentes às coisas e, portanto, não
dependem dos sentidos; as
SECUNDÁRIAS, ao contrário, são dados
dos sentidos e não correspondem a nada de
28. • A teoria de Locke traz implícito um
dualismo: algumas ideias são o efeito de
coisas externas (as primárias) e outras não
(as secundárias).
• As primárias pressupõem a existência de
uma exterioridade, uma coisa fora de nós,
um mundo feito de substância ou matéria.
• Berkeley não aceita essa concepção, pois
para ele só existe aquilo que percebemos
(as qualidades secundárias).
29. • Só existe os conteúdos da consciência
resultantes da experiência: as percepções
ou ideias.
• Tudo o que temos são percepções, ideias
das coisas, mas as coisas existem
concretamente.
• Para Berkeley é errado pensar que uma
ideia é o efeito de uma coisa externa.
• As qualidades primárias (forma, extensão,
movimento, etc) não passam de ideias
abstratas e estas não existem com tal, isto
30. • O que resta é a IMATERIALIDADE do
mundo: não podemos saber ao certo se
há algo além da mente que percebe e
das ideias percebidas.
• “Ser é perceber e ser percebido”.
• Existem duas modalidades inseparáveis
de ser:
• O ser que percebe
• O ser que é percebido
31. • Berkeley quer dizer fundamentalmente que
as coisas existem apenas como percepção
do espírito, mente ou consciência, isto é,
como ideias, e não como coisas materiais.
• Como é que certas coisas parecem subsistir
mesmo quando não são vistas ou tocadas?
• RESPOSTA: existir como objeto de
percepção é uma característica intrínseca
tanto da mesa como da árvore, mesmo
quando ninguém as olha ou toca.
32. • Essa característica seria mantida por
um espírito “que tudo realiza em tudo”
e “por quem todo existe”, ou seja,
Deus.
• É Deus quem garante não só que a
mesa continue existindo como “ser
percebido” mesmo quando ninguém a
vê, mas também é ele a causa das
ideias dos objetos sensíveis impressas
33. • As ideias dos objetos sensíveis não
vêm de nenhuma substância material,
e sim espiritual.
• A única substância é o espírito.
• A realidade como um todo existe na
mente divina, que se comunica com os
homens por meio da experiência que
estes têm das coisas.
34. • Nasceu na cidade de
Edimburgo em pleno
Século das Luzes (séc.
XVIII).
• Na juventude, Hume
deixou os estudos
jurídicos para os quais o
encaminhara a família e
se dedicou às suas
paixões: as letra e a
35. • Deixou a Escócia e viveu por algum tempo na
França, onde iniciou sua produção filosófica.
• Hume também se dedicou à política e à diplomacia,
tendo ocupado alguns cargos públicos, entre os
quais o de secretário da embaixada inglesa na
França, em 1763.
• Mesmo acusado de ateísmo, o filósofo morreu
coberto de fama e glória, como sempre desejara,
além de ter sido muito querido e respeitado tanto
por sua personalidade afável e bondosa como pela
extensão e profundidade de seus conhecimentos.
36. • Hume sintetizou exemplarmente as noções
centrais do empirismo e levou às últimas
consequências o programa empirista de não
admitir hipóteses que não possam ser
experimentadas pelos sentidos.
• Hume descartará as hipóteses de Locke
(existência de não-sei-o-quê) e Berkeley
(defendeu a existência de um espírito), por
meio de um método inquisitivo e radical de
investigação da origem das ideias e do
37. • Para investigar a origem das ideias e com
elas se formam, Hume parte do cotidiano das
pessoas e, sobretudo, do ponto de vista das
crianças.
• O ponto zero de formação das ideias é a mais
tenra idade, e elas se formam a partir da
experiência.
• Hume segue esse princípio à risca.
• Segundo ele, todos os materiais da mente, ou
conteúdos da consciência, constituem
38. • As percepções se subdividem em:
•IMPRESSÕES – que são as percepções
mais vivas, como aquelas que temos
“quando ouvimos, vemos, sentimos,
amamos, desejamos ou queremos”;
•IDEIAS ou PENSAMENTOS – que são
percepções mais fracas que as impressões,
pois são cópias destas, e ocorrem quando
recordamos, imaginamos, refletimos.
39. • Na análise da formação das ideias do
homem, Hume propõe que se deve primeiro
decompor uma ideia complexa nas ideias
simples que a constituem, para então verificar
quais são as impressões simples e
complexas.
• Quando vemos um pássaro, por exemplo,
formamos na mente uma impressão
complexa, que se constitui de várias
impressões simples, como a de bico, pena e
40. • Hume considera esse método importante
para descobrir noções falsas, uma vez que a
mente demonstra ter muita liberdade e não
muito controle sobre as ideias.
• A mente forma a ideia complexa de anjo com
a ideia simples de asa e a ideia complexa de
homem, da mesma maneira que compõe a
ideia complexa de sereia com base nas ideias
complexas de peixe e de mulher.
41. • Os processos cognitivos do conhecimento
ocorrem quando a mente reúne, junta,
conecta mais de uma ideia, simples ou
complexa.
• Para Hume, existem 3 tipos de associação de
ideias:
• DE SEMELHANÇA – pela qual uma pessoa, quando vê
um retrato, pensa no que está retratado;
• DE CONTIGUIDADE – pela qual a ideia de neve faz
pensar no branco, pois neve e branco são ideias próximas
ou contínguas;
42. • Hume divide a INVESTIGAÇÃO humana
em dois gêneros:
• RELAÇÃO DE IDEIAS – pertencem as ciências
matemáticas e a lógica, cujas proposições podem
ser descobertas pela “simples operação do
pensamento e não dependem de algo existente
em alguma parte do Universo“.
• RELAÇÃO DE FATO – resulta da relação que
fazemos entre fatos, acontecimentos, coisas
vividas.
43. • O que Hume pretende demonstrar é que
as relações de fatos estabelecidas pela
mente não se baseiam em nenhum
princípio racional, mas apenas na
experiência, ou, mais especificamente no
hábito.
• Para Hume, a CAUSALIDADE como
princípio racional não passaria de outra
ficção racionalista, pois as causas e os
44. • Como explicar, então:
• A certeza que se tem sobre o futuro?
• A certeza de que o Sol nascerá amanhã?
• De que o ferimento trará dor?
• Hume responde que essa certeza é na
verdade uma crença. E essa crença se
deve à regularidade com que nossas
experiências se repetem, gerando o
costume ou hábito.
45. • A relação de causa e efeito é uma crença
baseada na experiência habitual de fatos
semelhantes.
• A ciência, que se constitui de afirmações
fundamentadas em relação de fatos, não
tem bases racionais.
• São a crença e o hábito que fundamentam
as leis “imutáveis” da natureza.