O documento discute a importância da produção científica de alunos de graduação, tomando como exemplo o curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas. O objetivo é caracterizar a produção de alunos deste curso e identificar aspectos que podem melhorar a pesquisa e produção científica. Uma pesquisa com questionários e análise de currículos mostrou que há falta de interesse dos alunos em pesquisa, pouco incentivo dos professores e curto tempo de existência do curso.
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
A produção científica dos discentes de Biblioteconomia da UFAL
1. A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE: a atual conjuntura do curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Santos, Márcio Adriano C. dos1
Silva, Zayr Cláudio G. da2
“... toda a ciência seria inútil se, por detrás de
tudo aquilo que faz os homens conhecer, eles não
se tornassem mais sábios, mais tolerantes, mais
mansos, mais felizes, mais bonitos...”.
(Rubem Alves)
RESUMO: Discute-se a importância da produção discente nos cursos de graduação, como locus de análise o
curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Objetiva-se a caracterização da
produção discente no curso de biblioteconomia da UFAL. Além de abordar o espírito crítico do pesquisador,
com ênfase no profissional da informação tendo em vista a relação desse profissional com a ciência e a pesquisa
científica. Identifica alguns aspectos veementes para evolução da pesquisa e produção discente no respectivo
curso. Como metodologia aplicou-se questionários e análises dos currículos lattes e dos grupos de pesquisas,
sendo constituído o público-alvo pelos discentes matriculados no curso. Apontam-se alguns resultados como a
falta de interesse dos discentes em pesquisa e produção científica, o pouco incentivo dos docentes, o pouco de
tempo de criação do curso, entre outros.
Palavras-chave: Produção Científica. Pesquisa Discente. Profissional da Informação. Biblioteconomia.
1 Graduando em Biblioteconomia. UFAL. marcioinforma@gmail.com. Maceió - AL.
2 Graduando em Biblioteconomia. UFAL. zayr87@hotmail.com. Maceió - AL.
2. 1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa apresenta como temática principal a produção científica dos
discentes universitários. Como locus de análise busca-se investigar a realidade da produção
científica dos discentes do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas –
UFAL.
Esta pesquisa torna-se importante para uma temática abordada em todo universo
científico, tendo em vista a veemência daquelas pessoas que fazem da pesquisa e produção
científica hábitos cotidianos. Visto que a pesquisa e a produção são fatores respeitáveis para o
intercâmbio científico e progressão intelectual da humanidade, além de servir como auxílio
para o curso obter status na comunidade científica e crescimento dentro da instituição.
Sabe-se, ainda, que a produção científica infere diretamente na acumulação de
publicações em revistas e outras fontes da área. Para mais, justifica-se de forma objetiva tal
produção que visa à apresentação em encontros de estudantes da área de Biblioteconomia e
Ciência da Informação, de modo que demonstre para os discentes a importância da produção
nos cursos de graduação.
Propositalmente, elencam-se algumas conjecturas como: falta de interesse do próprio
discente pela pesquisa e produção; as características das produções discentes são pertinentes
com os interesses dos docentes, e suas respectivas áreas de pesquisa e atuação; há interesses
dos docentes, em nortear as pesquisas dos discentes em sua área de atuação; a produção
cientifica dos discentes são direcionadas aos encontros regionais e nacionais, por interesse da
temática e/ou com intuito de dar início a uma carreira como pesquisador
OBJETIVO GERAL
• Investigar as características das produções dos discentes do curso de Biblioteconomia
da UFAL.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar e mapear as produções discentes do curso de Biblioteconomia da UFAL
durante os anos de 2007, 2008, 2009 e 2010;
3. • Demonstrar a necessidade e a importância da pesquisa aos discentes do curso de
Biblioteconomia da UFAL;
• Fazer com que este artigo sirva de referência para aumento das pesquisas e produções
dos discentes do curso;
• Desenvolver um mini-curso para discutir e apresentar argumentos incentivadores da
pesquisa discente.
2 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
De acordo com Mueller (1995, p. 64) “a comunicação é um ato inerente à pesquisa”,
portanto, em consonância com a autora, entendemos que é melhor discutir a Comunicação
Científica, anteriormente à Pesquisa tendo em vista a necessidade de se interpretar e analisá-
la. Sendo assim, o presente tópico inquieta-se em busca de um sucinto e claro referencial
teórico sobre a Comunicação Científica.
Antes de discorrer qualquer texto sobre Comunicação Científica faz-se necessário
entendermos o que é e para que serve. Nesse sentido Mueller (1995, 64) citando Kaplan e
Storer (1968) & Garvey (1979) nos atenta que:
O termo Comunicação Científica se refere à troca de informações entre
cientistas e inclui todas as atividades associadas com a produção,
disseminação e uso da informação, desde a hora em que o cientista teve a idéia
de pesquisa até o momento em que os resultados de seu trabalho são aceitos
como parte integrante do conhecimento científico.
Deste modo, interpreta-se a Comunicação Científica como algo importante para todos
os pesquisadores visto que agrega fatores essenciais numa investigação. Percebe-se a
importância tendo em vista a necessidade do uso de fontes e veículos confiáveis diante toda a
comunidade científica. Pois, apartir disso elenca-se algumas questões de cunho objetivas em
relação aos procedimentos pós investigação, como o interesse por bolsas cientificas
(dependendo da pesquisa), até o reconhecimento da comunidade científica com publicações
em livros e revistas de alto escalão da área. Isto é a realidade de uma Comunicação Científica.
Em consonância Mueller (1995) fundamenta que como a própria pesquisa e a comunicação
cientifica se realizam como as práticas estabelecidas, quando registradas em veículos formais.
4. Para mais, Meadows (1999, p. vii) sintetiza que “a comunicação situa-se no próprio
coração da ciência.” Ou seja, a comunicação científica é importância para pesquisa, pois a
divulgação da mesma pelos meio formais são as formas mais utilizadas pela comunidade
científica. Nesse sentido, Meadows (1999) aborda ainda que a comunicação deva, por
obrigação, conter uma auto-legitimidade de modo que, o trabalho científico ao ser avaliado
pelos pares seja aceito e, portanto, comunicada. Logo, acredita-se que independente da
maneira de se olhar, a comunicação científica, ela é parte essencial num processo de produção
científica.
Isso é concretizado ao relacionarmos a veemência da transmissão da informação,
quando comunicada, com o veículo informacional e os receptores (mais tarde produtores)
tendo em vista que a comunidade científica considera especialmente revistas e livros
científicos como veículos relevantes, haja vista, já relatado no início do tópico. No caso dos
receptores deve ser observada a questão da receptividade da informação, visto que cada
público-alvo tem sua maneira de interpretar, absorver e refletir. Pois, sabe-se que na
atualidade são cada vez maiores os indivíduos capazes de esternalizar pensamento crítico,
independemente de classe intelectual, social, econômica ou cultural.
Por fim, em consonância com Mueller (1995) entende-se que a Comunicação
Científica não é só imprescindível aos pesquisadores de alto nível, mas sim a qualquer novo
pesquisador que pretende iniciar sua vida de investigador, independente de seu estágio como
pesquisador.
3 PRODUÇÃO CIENTÍFICA: BREVES CONSIDERAÇÕES
A sociedade contemporânea pode está sendo uma das maiores produtora de
conhecimento científico que o mundo, já mais vil ao longo de sua historia. Fato esse noticiado
todos os dia nos teles jornais sobre os avanços da medicina e, por que dizer das diversas áreas
do conhecimento científico. Mas, o que podemos entender como produção científica
atualmente.
De acordo com Santos et al (2007) a produção cientifica pode ser entendida como um
processo de desenvolvimento de uma determinada sociedade, pois, o conhecimento que o
estado e a nação produz no mundo é para a contribuição efetiva nos diversos setores do
cotidiano, especificamente, da economia, da política, da cultura, sobretudo, nas relações de
mudança de poder entre as classes sociais no mundo.
5. Para Santos et al (2007) o conhecimento científico produzido pela universidade e a
comunicação dessa produção pode contribuir de forma sólida na economia e em especial, para
os indivíduos dos menos abastados do nosso país.
Ainda com Santos et al (2007, p. 3) “[...] a produção científica é comunicada
basicamente sob duas formas: formal e informal”. E, sendo assim, percebe-se que a produção
científica seja ela produzido por pesquisadores, professores ou alunos de graduação, faz-se
necessário que esta produção seja desenvolvida para o crescimento da nossa sociedade como
um todo.
Portanto, percebe-se que, quanto mais “cedo” os estudantes de graduação começam a
produzir cientificamente, consequentemente poderão ser tornarem pesquisadores, com o
objetivo espera-se, de solucionar os problemas sociais que, a sociedade contemporânea vem
enfrentando no seu cotidiano.
3.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Esta seção tenta mostrar a importância da produção científica desenvolvida por
discentes, em nosso caso, o delineamento das pesquisas e produções do corpo de alunos do
Curso de Biblioteconomia da UFAL.
Mas, antes de qualquer coisa, precisamos entender o que significa produção científica
desenvolvida por discentes de graduação. Para KOBASHI (2002, p. 154) uma característica
da criação cientifica, seja ela desenvolvida por pesquisadores seniores ou incidentes,
permanece inalterada, na verdade ela tem que basear-se no estado da arte e nas aperfeiçoes e
ferramentas metodológicas disponíveis.
Assim, espera-se que as atividades de investigação científica, possam subsidiar o
discente a compreender melhor como um determinado fenômeno se configura na sociedade
podendo até alterá-lo. Todavia, para tal compreensão KOBASHI (2002, p. 154), se posiciona
de seguinte forma: “a pesquisa deve ser realizada com base em conhecimento anteriormente
adquirido, principalmente sistematizado e em métodos rigorosos”.
De acordo com este autor, a pesquisa pode capacitar o aluno a coletar informações
com o intuito de organizá-las de modo coerente e apresentando-as de forma consistente e
convincente, pois essas habilidades são consideradas indispensáveis no contexto da
graduação, sobretudo, no que diz respeito ao processo de produção científica em qualquer
6. área do conhecimento científico. A despeito deste assunto IVASHITA e RODRIGUES (200?,
p. 1) apud CHERVEL (1990) diz que:
Teoriza acerca da análise da produção discente, argumentando que ela
propicia elementos que permitem identificar e avaliar as práticas
pedagógicas, bem como observar o nível de assimilação entre os discentes,
avaliar a distância entre o que se ensinou e o que se aprendeu. E, por último,
permitem também verificar se fez surgir, entre os discentes, uma autonomia
ou uma vontade própria, contrariando a lógica das finalidades das
disciplinas.
Ora é sabido que, o discente poderá ter um conjunto de competência relacionada à
técnica de pesquisa, especialmente, na apresentação do seu resultado acerca do seu objeto de
estudo seja ele qual for. E inda nessa linha de raciocino sobre a produção discente
RODRIGUES (200?, p. 7) apud CHERVEL (1990), afirma assim: “os trabalhos dos próprios
alunos são evidentemente a fonte primária”, pois proporciona uma visão critica da sociedade
contemporânea.
Portanto, pronunciamos tais argumentos com base em RODRIGUES (200?, p. 7)
apud Le Goff (1994), “[...] é a maneira como interrogo minhas fontes que vai determinar o
resultado de minha pesquisa, pois os fatos não falam por si mesmos”. Em fim, os fotos podem
até discorrer por si só, entretanto, as explicações do surgimento do mesmo esta na
incumbência da ciência e de estudos acerca da sua veracidade.
4 ESPÍRITO CRÍTICO DO PESQUISADOR
De forma insidiosa julgamos este tópico como um dos principais do trabalho, tendo
em vista a necessidade de relatarmos de forma sucinta um auto desenvolvimento do espírito
crítico do pesquisador. Macedo (1987) expõe sobre a dedicação que se deve ter numa
investigação na quais diversos fatores incidem de forma positiva (ou não), estes (fatores) a
autora elenca alguns: o espírito crítico e inquiridor, a vontade de encontrar novos caminhos,
superar defasagens e solucionar problemas. Desse modo, sabe-se que o pesquisador antes,
durante e após a pesquisa terá que se auto avaliar, pois cada etapa é de suma importância.
Faz-se necessário, abordarmos isto tendo em vista uma autocrítica. Na realidade ao
pensarmos (na visão de discente de biblioteconomia e ciência da informação, não só a de
pesquisador) que seremos mais tarde um profissional da informação, visto que este
profissional detém de uma inerência à pesquisa (interpretado por nós), facilmente devemos
7. nos reciclar. Claro, que nosso objetivo no tópico não é demonstrar qualquer facilidade ou
obrigação em pesquisa.
No entanto, ao adentrarmos numa academia com objetivos de aumentar nosso nível
educacional, entre outros, logo estaremos lidando com pessoas de níveis elevados de um
pensamento crítico, sendo assim formadores de opinião. E logo perceberemos que na
universidade o ramo da pesquisa necessita de pessoas de mente aberta, não só o ramo em si,
mas a própria pesquisa necessita de pessoas assim, possíveis de se debruçar com difíceis
problemas e arranjar soluções, formular hipóteses ao trabalho e interpretar e coletar dados.
Sabemos que o ramo da pesquisa, não é pra qualquer um tendo em vista o estado de
graça necessário para se fazer tal. Pesquisa realmente não é uma coisa comum. Ao pesquisar a
pessoa busca resolução de problemas. Em consonância, Macedo (1987) aborda a busca por
algo novo, sempre que o indivíduo pensa e decide em realizar uma investigação cientifica ele
de uma forma ou outra está em busca desse novo, em contraponto acredita-se na questão da
ausência de consciência de alguns indivíduos em começar uma pesquisa sem nenhum preparo,
apesar de que o pesquisador sempre terá sua primeira vez ele num nasce pesquisando passará
por vários andaimes. Booth; Colombo; Williams (2008) escrevem sobre os iniciantes, pois
estes a única diferença que encontraram é a falta de experiência, visto que um pesquisador
experiente interioriza seus hábitos tão bem na pesquisa que é capaz de fazer por hábito o que
antes fazia com muito trabalho e reflexão. “Todo o mundo começa como novato, e quase
todos nós nos sentimos assim outra vez [...] (BOOTH; COLOMBO; WILLIAMS, 2008, p.
29)”.
Por fim, acredita-se que o pesquisador seja ele iniciante ou não necessita de um
pensamento crítico, claro, indo, mas além, deve se policiar sempre em suas pesquisas, pois o
leitor/receptor de trabalhos científicos cada vez mais são pessoas fundamentadas. Isto não só
por estes motivos, mas a autocrítica que a própria pesquisa precisa visto que um apresentador
de trabalhos quando apresenta sua investigação uma expõe críticas diante suas hipóteses, e
depois me seus resultados e recomendações com certeza este pesquisador será visto pela
comunidade científica com outros olhos. Além disso, ele precisa obter um bom contato com a
comunidade científica, com pesquisadores de renome, colegas cientistas e claro, um bom
envolvimento com sua área de pesquisa. “Na verdade, faz parte da formação de um futuro
cientista aprender as regras do sistema de comunicação cientifica, para a sua própria
sobrevivência como pesquisador” (MUELLER, 1995, p. 70).
8. 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa buscou métodos e técnicas quantitativas e qualitativas para análise
e coleta de dados, tendo em vista como suporte de coleta o uso do questionário para
caracterização da produção dos discentes. Outros dados foram pesquisados e analisados pelos
Currículos Lattes disponibilizados na Plataforma Lattes do Centro Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq e pelos Projetos de Pesquisa do curso
através do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil. As análises seguem algumas etapas.
Etapa 1 – Discentes
• Mapeamento dos discentes pesquisadores do Curso de Biblioteconomia da
Universidade Federal de Alagoas e, suas devidas linhas de pesquisa.
Etapa 2 – Veículos de Informação/Publicação
• Caracterização dos veículos utilizados para pesquisa e produção dos discentes;
• Anais de Congressos, Encontros e outros;
• Periódicos;
• Livros.
Etapa 3 – Produção Científica
• Identificar as literaturas utilizadas na produção dos discentes, isto é,
nacional/internacional;
• Quantificar as médias da produção dos discentes por período.
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dar-se-á a análise dos dados coletados, salientado que são resultados preliminares da
pesquisa. Percebeu-se que no Curso de Biblioteconomia da UFAL, há cerca de 124 discentes
matriculados. Foram aplicados 70 questionários sendo 58 recebidos. Desta forma, têm-se nos
9. dados no quadro 01, as informações sobre a produção discente no respectivo Curso, portanto,
se apresentam da seguinte forma:
Quadro 01. Quantitativo de Discentes Pesquisadores do Curso de Biblioteconomia/UFAL.
Discentes Sim Não Total
Produz cientificamente 15 43 58*
Fonte: Sitio do Curso de Biblioteconomia/UFAL e na Plataforma Lattes/CNPQ.
Nota-se que no Curso de Biblioteconomia da UFAL, existe um quantitativo relevante
de discentes que não estão produzindo pesquisas científicas, ou seja, (43) responderam que
não produzem pesquisas científicas.
Observa-se que o número de alunos que estão produzindo cientificamente cerca de
(15), no entanto, pode ser considerado ínfimo, tendo em vista a quantidade de questionário
aplicado (70), contudo, é sabido que a maioria desses alunos só se interessa por pesquisas por
causa de bolsas que vão lhe auxiliar financeiramente, fato esse de forma perceptível no
referido Curso.
Desta forma, faz-se necessário que os estudantes pesquisadores mostrem para os
outros discentes não-pesquisadores que é a maioria, possam compreender a importância de se
produzir pesquisas científicas para o seu crescimento, pois a sociedade como um todo precisa
que novos pesquisadores surjam para o desenvolvimento da mesma.
Sendo assim, a pesquisa discente no Curso de Biblioteconomia da UFAL, precisa ser
mais fomentada, do ponto de vista dos alunos, sobretudo, acerca da quantidade, mas, com
qualidade espera-se.
Por conseguinte, para maior entendimento o gráfico 01, mostra como se configura a
atual produção científica e seus respectivos veículos de comunicação.
10. Gráfico 01. Veículos utilizados para comunicação da produção científica dos discentes.
Conforme os dados do gráfico acima, os discentes, em sua maioria, produzem visando
as publicações em anais de eventos (encontros e congressos) da área da Biblioteconomia e
Ciência da Informação, tendo em vista uma maior visibilidade proposital nos encontros
estudantis. Assim sendo, tem-se 67% (sessenta e seta) por cento para anais de congressos,
20% (vinte) respectivamente para outros e 13% (treze) respectivamente. Observa-se que, os
estudantes do curso de Biblioteconomia da UFAL, estão priorizando os anais de congresso
para a comunicação de seus artigos científicos.
Através dos coletados com aplicação de questionários e investigação na base de dados
do Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil, percebeu-se que o curso através do Corpo
Docente, com exceção de alguns, não norteia a produção científica dos discentes. Essa
realidade é devido à existência de apenas 02 (dois) grupos de pesquisa atualmente no curso.
Como mostra o quadro abaixo.
Quadro 02. Quantitativo de Grupos de Pesquisa do Curso de
Biblioteconomia/UFAL.
Quantitativo
Grupos de Pesquisa
Inteligência e Conhecimento:
Cognição, Organização e Estratégias
02
de Informação
Sistema de Informação em Saúde
Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil. Disponível em:
<http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=8048999419906071>.
11. Tendo em vista a caracterização da produção cientifica, na qual os pesquisadores
discentes buscam produzir visando encontros e congressos, assim, percebe-se um
direcionamento específico em relação as literatura utilizada para a produção científica e
comunicação. Isto é, os discentes produzem mais artigos científicos que outras literaturas
como capítulo de livros, etc. Além disso, observa-se uma produção de 88% nos anos de 2009
e 2010, índice considerado superior aos demais anos analisados.
Portanto, a referida produção científica dos discentes do Curso de Biblioteconomia da
UFAL, compreende-se numa evolução, do ponto de vista do número de grupos de pesquisas,
sobretudo, pela quantidade de alunos pesquisadores. Ver quadro 03.
Quadro 03. Caracterização da literatura utilizada para a produção científica.
Períodos
Veículos de publicações
2007 2008 2009 210
Artigos científicos 8 7 9 9
Livros 0 1 1 0
Revistas 0 0 0 0
Outros 0 0 0 0
Totalizando 33
Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil.
Conforme os dados do quadro 03, a produção cientifica dos discentes no que diz
respeito aos artigos científicos se destacam, nos quatro anos com aumento nos anos
subseqüente, ou seja, 2009-2010. Observa-se que a literatura: livro, não foi utilizado nos anos:
2007, 2010, já a revista e outros tem situação preocupante, pois não se utilizou como meio de
comunicação para a produção discente nos quatro anos, isto é, de 2007-2010. A produção
científica dos discentes no tange a livros não passa dos 02 (dois), isso em quatro anos.
Pode-se inferir que, mesmo com um número pequeno de estudantes pesquisadores,
inda houve duais publicações de livros e demais obras, pois se sabe a complexidade de se
produzir livros nesse país, porém, é relevante a quantidade de artigos científicos que não
passa a “casa” dos 50 (cinqüenta), se os alunos produzissem 50 (cinqüenta) artigos científicos
a cada ano, teríamos um total de 200 (duzentos), é uma média possível de se consegui nos
referidos anos, mas, é preciso que os alunos tenham vontade de produzir sem isto fica difícil.
12. Por conseguinte, o respectivo quadro acima acerca da produção científica dos
discentes, pode ser alterado se os mesmos compreenderem a importância do desenvolvimento
em pesquisas científicas, mesmo com esses entraves suscitado pela pesquisa.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante os dados analisados pela pesquisa sobre a produção científica desenvolvida
por graduandos do Curso de Biblioteconomia da UFAL, (sujeitos da pesquisa), assim
percebeu-se que há no Curso cerca de 124, alunos matriculados atualmente, desse quantitativo
a pesquisa aplicou 70 (setenta) questionários, tendo como reposta apenas 58* (cinqüenta e
oito) alunos. Destes respondentes, só 15 (quinze) alunos, estão atualmente fomentando
pesquisas científicas. No caso dos discentes não pesquisadores, identificou-se um número
considerado alto, ou seja, 43 (quarenta e três).
Ora, a pesquisa observou-se uma lacuna de 12 (doze) questionários que não foram
possivelmente respondidos, tão pouco devolvidos à pesquisa, pois tais questionários foram
enviados em tempo de responderem e, devolver aos pesquisadores. Nesse sentido, os
discentes, não compreenderam a importância dessa investigação para os próprios e para o
Curso. E, além, desse fato podendo até comprometer a análise dos dados e interpretação dos
mesmos.
Assim sendo, conclui-se a pesquisa acerca da produção científica por discentes do
Curso de Biblioteconomia da UFAL, com base nos resultados da pesquisa, tanto do ponto de
vista do pouco número de discentes pesquisadores e grupos de pesquisa, apenas 02 (dois).
Dessa forma, pode-se inferir que, os motivos dessa realidade ainda não foram explicitados
nessa pesquisa, tendo em vista ao desinteresse dos sujeitos pesquisa em responder questões
que, lhes serviram futuramente, seja quando forem pesquisar ou não.
Enfim, as lacunas identificadas nessa pesquisa podem servir de base para outras
investigações posteriores com intuito de formar nos discentes de Biblioteconomia da UFAL
uma realidade da qual eles, precisam está conscientes da necessidade de se produzir pesquisas
científicas, pois como é sabido, tais questões são relevantes num processo de avaliação, por
exemplo, uma avaliação do Ministério da Educação – MEC, ENADE, CNPQ entre outras
instituições como esse objetivo.
13. REFERÊNCIAS
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