O documento discute a audição e a surdez. A audição é o sentido através do qual a linguagem é adquirida e nos permite nos manter informados sobre atividades à distância. A integridade das vias auditivas permite localizar fontes sonoras. O documento lista sinais de possível surdez em crianças e a importância de diagnosticar precocemente. Também classifica os tipos e graus de surdez e suas possíveis causas pré, peri e pós-natais.
2. AUDIÇÃO
A audição é, primordialmente, o sentido através do qual a linguagem verbal
é adquirida, ou seja, a fala é detectada, reconhecida, interpretada e
entendida. É pela audição que nos mantemos informados sobre as
atividades que estão ocorrendo à distância, funcionando como mecanismo
de defesa e alerta contra o perigo.
É pela integridade das vias auditivas que poderemos localizar a fonte
sonora em todos os sentidos, sendo esta uma fase muito importante no
desenvolvimento da função auditiva.
-2-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
3. SERÁ QUE ELE É SURDO?
“Ele é muito calminho, não acorda com nenhum barulho”.
“Dorme o tempo todo”.
“Outras crianças gritam e ele não percebe”.
“Quando falo com ele, fica me olhando e não me atende, parece um
bobo”.
“Custa a entender o que falo, sempre pedindo que repita (“heim?,
heim?”…)”.
“É distraído, é desobediente”.
“Está custando a falar”,...
-3-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
4. “Antes de castigá-lo
certifique-se de que realmente
ele ouviu e entendeu a sua ordem.
Às vezes não se trata de um
problema disciplinar,
mas auditivo”.
“A surdez não é visível, e por isso é tão traiçoeira”.
-4-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
5. COMPORTAMENTOS A SEREM OBSERVADOS
O Bebê acorda ou se assusta com barulhos fortes?
Olha quando é chamado?
Olha muito para os lábios de quem fala?
Tem dificuldade para compreender o que é dito?
Fala muito alto?
Aumenta o volume da televisão com freqüência?
Fica “desligado” no meio de um grupo?
É desatento em sala de aula?
Apresenta dificuldade de compreensão à distância?
Apresenta troca de letras?
Pobreza de vocabulário?
Apresenta dificuldades no aprendizado?
Dificuldade de organização do pensamento?
Dificuldade na elaboração de respostas?
Dificuldade de relacionar objeto – significado?
Dificuldades no relacionamento com outras crianças?
Dificuldade de equilíbrio?
-5-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
6. Muito passivo – apático?
Falta de noção de perigo próximo?
Expressão facial diferente?
Dificuldade de direção (orientação espacial)?
Arrasta os pés (marcha)?
Agressividade?
Ansiedade?
Inquietude?
Isola-se?
Falta de interesse?
Dificuldades de assimilar conceitos?
Omissão de consoantes (escrita e oral)?
Falta de expressão oral e escrita?
Falta de atenção e concentração?
Não responde as solicitações ou a estímulos sonoros?
Há casos de surdez na família?
Outros,...
-6-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
7. O QUE FAZER?
Não deixe o tempo passar assim que desconfiar que a criança não está
ouvindo, procure logo profissionais especializados;
Quanto mais rápido o diagnóstico e início da reabilitação, melhor será o
desenvolvimento da linguagem;
A aquisição da FALA é uma importante fase no desenvolvimento do ser
humano, que ocorre principalmente até os 05 anos, as crianças que apre-
sentam distúrbios nesta fase podem ter seu rendimento escolar comprome-
tido no futuro, não podemos perder tempo;
Caso haja dúvida, insista!
-7-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
8. TESTES AUDITIVOS
1. Emissões Otoacústicas
2. B.E.R.A
3. Audiometria de Observação do Comportamento
4. Audiometria Condicionada de Orientação Reflexa
5. Audiometria Lúdica Condicionada
6. Audiometria Tonal e Vocal
7. Imitanciometria
-8-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
9. QUEM É SURDO?
Surdo é o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum.
“Apresenta redução ou ausência da capacidade para ouvir determinados
sons”.
De cada 1000 (mil) recém-nascidos, 06(seis) apresentam algum tipo de
perda auditiva.
CLASSIFICAÇÃO DA SURDEZ
-9-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
10. A surdez pode ser classificada,
levando-se em consideração:
1. ORIGEM DA SURDEZ
2. MOMENTO QUE OCORRE A SURDEZ
3. AS CAUSAS DA SURDEZ
4. TIPOS DE SURDEZ
5. O GRAU DE PRDA AUDITIVA
1. ORIGEM E CAUSAS DA SURDEZ
- 10 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
11. Hereditária Síndromes
(Genético) Fatores
familiares
Pré-natal: Ocorre durante a gestação
Não-hereditária Peri-natal: Ocorre durante o nascimento
(Congênita/Adquirida) Pós-natal: Ocorre após o nascimento
2. MOMENTO QUE OCORRE A SURDEZ
Pré-natal: Ocorre durante a gestação
Peri-natal: Ocorre durante o nascimento
Pós-natal: Ocorre após o nascimento
3. CAUSAS DA SURDEZ
Pré-natal: Ocorre durante a gestação
Peri-natal: Ocorre durante o nascimento
Pós-natal: Ocorre após o nascimento
4. O TIPO DA SURDEZ
- 11 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
12. Surdez Condutiva
Surdez Sensório-neural ou Neurossensorial
Surdez Mista
Surdez Central ou Nervosa Central
5. O GRAU DA PERDA AUDITIVA
Normal - de 0 à 25 dB
Leve - perda auditiva de 26 à 40 dB;
Moderada – perda auditiva de 41 à 70 dB;
Severa – perda auditiva de 71 à 90 dB;
Profunda – perda auditiva superior à 91dB.
CAUSAS PRÉ-NATAIS
- 12 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
13. A criança adquiri a surdez no período de gestação,
sobretudo no primeiro trimestre da gestação.
Exemplos:
Desordens genéticas ou hereditárias; Sofrimento fetal;
Grau de parentesco; Sífilis;
Fator Rh; Herpes;
Desnutrição, Subnutrição; Rubéola (virótica);
Citomegalovírus; Toxoplasmose;
Exposição à radiação (Raios X) Tentativa de aborto;
Diabetes; Medicamentos ototóxicos;
Pressão alta; Traumas;
Drogas, Alcoolismo materno; Outras.
Obs: No Brasil 18% das crianças nascem surdas devido à rubéola na gravidez
(Síndrome da Rubéola Congênita).
"Filhos de mães que tiveram rubéola na gestação, são portadoras
do vírus durante um ano após o nascimento, não devendo entrar em
contato com gestantes”.
CAUSAS PERI- NATAIS
- 13 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
14. A criança fica surda porque surgem problemas no parto
Exemplos:
Parto pré-maturo; Anoxia (falta de oxigênio);
Parto demorado; Icterícia grave do recém-nascido
Fórceps; Infecção hospitalar;
Traumas de parto; Outras.
Estrangulamento de cordão umbilical;
CAUSAS PÓS-NATAIS
- 14 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
15. Ocorre a surdez porque surgem problemas após o nascimento
Exemplos:
Doenças infecciosas (otites, meningites, pneumonia, encefalite,
escarlatina, caxumba, catapora, sarampo,...)
Medicamento ototóxicos (antibióticos, quimioterápicos;...)
Lesões traumáticas (exposição contínua a ruídos de alta intensidade -
explosões, walkman; traumatismo craniano);
Otosclerose - calcificação da cadeia ossicular (martelo, bigorna e
estribo)
Presbiacusia (surdez do idoso)
Outras anormalidades (Síndromes)
Tumores
Distúrbios metabólicos (hipotiroidismo, alergias, doença de Meniére,
diabetes...)
Insuficiência vascular (surdez súbita,...)
Outros.
MEDICAMENTOS OTOTÓXICOS
- 15 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
16. Medicamentos prejudiciais a audição que contém Quinino,
Salicilatos, Antibióticos Aminoglicosídios, O grupo das “Micinas”
Estreptomicina
Garamicina
Neomicina
Gentamicina
Viomicina
Farmacetina
Clorafenicol
Dihidroestreptomicina
Kanamicina
Vancomicina
Polimixina B
Colorquino
Talidomida
Quinino
Salicilatos
Outros.
TIPOS DE SURDEZ
- 16 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
17. SURDEZ DE CONDUÇÃO:- Ocorre Na orelha externa e/ou média.
Geralmente quase todos os casos podem ser revertidos, por
medicamentos ou por intermédio de cirurgias (Exs: obstrução por rolhas
de cerume ou por objetos introduzidos, gripe, descida de serra, no
avião, otite, perfuração timpânica, otosclerose,...)
SURDEZ NEUROSSENSORIAL OU SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre no
ouvido interno (cóclea e labirinto) e/ou nervo auditivo (que transmite
informações de som geradas no ouvido para o cérebro), raramente tem
tratamento médico ou cirúrgico com medicamentos que possam reverte-
la. (Exs: meningite, rubéola na gestação, caxumba, toxoplasmose,
sífilis, herpes, certos medicamentos usados na gestação,...)
SURDEZ CENTRAL: Ocorre no tronco cerebral e cérebro. (Exs:
Presbiacusia, traumas acústicos,...). A presbiacusia não é passível de
tratamento com medicações ou com cirurgia, a melhor opção é a
indicação de prótese auditiva.
GRAUS DA PERDA AUDITIVA
- 17 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
18. 1. NORMAL: De 0 à 25 dB.
2. PERDA LEVE: Perda auditiva de 26 à 40 dB.
A criança não percebe todos os fonemas da palavra.
A voz fraca ou distante não é ouvida.
É considerada desatenta, solicita com freqüência a repetição do que
lhe falam.
Não impede a aquisição normal da linguagem, mas poderá causar
algum problema de articulação ou dificuldade na leitura e escrita.
3. PERDA MODERADA: Perda auditiva de 41 à 55 dB.
É necessária uma voz de certa intensidade para que seja percebida;
Não consegue entender a fala, se houver muito barulho ao seu re-
dor;
Numa conversação, pergunta muito “heim?”;
Ao telefone não escuta com clareza, trocando muitas vezes a pala-
vra ouvida por outra foneticamente semelhante (pato / rato; seu /
mel);
Em geral, identifica palavras mais significativas, tendo dificuldade de
- 18 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
19. conhecer certos termos de relação e frases gramaticais mais com-
plexas;
É freqüente o atraso da linguagem e alterações articulatórias;
Sua compreensão verbal está ligada a sua aptidão para percepção
visual.
4. PERDA ACENTUADA: Perda auditiva de 56 à 70 dB.
Já não escuta sons importantes do dia-a-dia como por exemplo: o te-
lefone tocar, a campainha, a televisão, ...;
Necessita do apoio visual para entender o que foi dito.
5. PERDA SEVERA: Perda auditiva de 71 à 90 dB.
Percebe, mas não entende a voz humana, não distingue os sons da
fala, os fonemas.
Identifica apenas ruídos familiares (Exs: latidos de cachorro, avião).
Pode chegar até cinco anos sem aprender a falar.
A compreensão verbal vai depender em grande parte, da aptidão
para utilizar a percepção visual e para observar o contexto das
situações.
- 19 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
20. 6. PERDA PROFUNDA: Perda auditiva superior a 90 dB.
Não percebe nem identifica a voz humana, impedindo que adquira a
linguagem oral.
Escuta apenas os sons graves que transmitem vibração (Exs.:
trovão, helicóptero, etc.).
REUMO:
PERDA LEVE – escuta os sons desde que estejam um pouco mais al-
to.
PERDA MODERADA – não escuta com clareza no telefone, trocando
muitas vezes a palavra ouvida por outra foneticamente semelhante.
PERDA ACENTUADA – não escuta sons importantes do dia-a-dia
como telefone, a campainha, a televisão, necessitando sempre do a-
poio visual para entender o que foi dito.
PERDA SEVERA – escuta sons fortes como latido do cachorro, avião,
caminhão. Não é capaz de escutar a voz humana sem o aparelho audi-
tivo.
PERDA PROFUNDA – escuta apenas os sons graves que transmitem
vibração (trovão, avião, helicóptero)
- 20 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
21. POR QUE AS PESSOAS ACHAM QUE
TODO SURDO É MUDO?
A falta de informações faz com que muitos acreditem que pessoas
surdas não possam falar;
São mudos quando por algum motivo orgânico ou emocional, sejam
impedidas de falar ou quando não aprendem a falar;
A pessoa que nasceu surda ou que ensurdeceu antes da aquisição da
linguagem, tem maior dificuldade de aprender a falar, precisa de ajuda.
Quem conhece um surdo, sabe de suas dificuldades para falar e
entender o que se fala.
Aprender a falar é um processo longo e difícil, mas não impossível.
- 21 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
22. SURDO OU ENSURDECIDO?
SURDO PRÉ-LINGUAL:- pessoa que nasce ou perde a audição antes
da aquisição da fala.
Não conhece a língua oral;
Apresenta dificuldades para comunicar-se;
A capacidade de leitura e escrita é muito prejudicada;
Prefere a língua de sinais;
Encontra grande dificuldade em oralizar.
SURDO PÓS-LINGUAL:- (ensurdecido) pessoa que perde a audição
depois de adquirir a linguagem.
Se a perda auditiva ocorre quando a criança já aprendeu a falar, mas
não fixou suficientemente a língua oral, poderá perdê-la;
Se a perda auditiva ocorre após os 06/ 07 anos, a língua oral fica
preservada, desde que acompanhada pelo fonoaudiólogo e estimu-
lada por todos que a rodeiam;
Se a perda auditiva ocorre na idade adulta, a fala é pouco modifica-
da, mas passa a depender de outras pessoas.
- 22 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
23. COMO FALAR COM A PESSOA SURDA?
Tocá-lo levemente de preferência no antebraço ou no braço, para cha-
mar sua atenção antes de começar a falar. Caso esteja distante, acenar
com as mãos ou apagar e acender a luz para chamar sua atenção, nunca
puxá-lo pelo rosto;
Falar sempre de frente ou levemente de lado, para que desperte o inte-
resse nos movimentos dos lábios (Leitura Labial);
Luz iluminando o rosto de quem fala;
Colocar-se no nível dos olhos da criança;
Não exagerar na articulação;
O objeto a ser trabalhado poderá ser colocado próximo ao rosto no
momento de nomeá-lo para que visualize a forma bucal, podendo afastá-lo
em seguida;
A linguagem deve ser filtrada, isto é, frases curtas, simples, mas com-
pletas. Não pular nenhuma palavra. Falar corretamente;
Falar sempre, mesmo que ela não dê nenhuma resposta;
Não excluí-lo das conversas, deixar que ele participe;
Incentivá-lo sempre a falar, pois não deve crescer MUDO. Devemos dar
a ele, a oportunidade de se integrar na sociedade.
- 23 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
24. FONOAUDIÓLOGO
É o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua em
pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas nas áreas de
comunicações oral e escrita, voz e audição, bem como o aperfeiçoamento
dos padrões da fala e da voz.
OBJETIVO GERAL
Prestar atendimento fonoaudiológico, visando o desenvolvimento global e
a integração da pessoa surda.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Preparar o indivíduo para uma comunicação.
Facilitar a competência comunicativa nas modalidades oral e escrita,
através da aquisição e desenvolvimento da língua.
- 24 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
25. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA DAR INÍCIO
A UM BOM ATENDIMENTO
AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL
ESPAÇO FÍSICO APROPRIADO
Iluminação
Aparelhagem
Refrigeração
Acústica apropriada
MATERIAL EMPREGADO
Espelho
Papel / caneta / lápis
Exercícios de sopro: bola (de sabão, de isopor, de soprar), pena,
apitos, língua de sogra, canudo, (chiclete)
Guia de língua (melhor dedo), luva,...
ANAMNESE
AVALIAÇÃO GLOBAL FEITA NO SURDO.
Caso necessário, encaminhar o surdo a médicos especializados.
- 25 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
26. AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL
Ter certeza da escolha de trabalhar com o surdo.
VERIFICAR E CORRIGIR:
Sua própria respiração;
Sua arcada dentária (diastemas, protusão, anodontia, mordida
aberta, mordida cruzada, etc.);
Prognatismo (queixada);
Postura de língua (hipotônica, projetada, etc.);
Freio de língua (língua presa);
Freio de lábios;
Articulação exagerada (lenta ou rápida);
Boca cerrada (pouco movimento nos lábios);
Tipo de voz (se é impostada ou não);
Etc.
- 26 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
27. RELACIONAMENTO PROFISSIONAL
COM A PESSOA SURDA
Para um bom relacionamento é necessário:
Respeitá-la;
Estimulá-la sempre através de elogios;
Ter tolerância;
Impor confiança e segurança;
Chamar sua atenção quando necessário;
Evitar comparações;
Não tratá-la com pena;
Quando a criança sente que o profissional gosta dela, esforça-se
para retribuir, sentindo-se motivada para freqüentar a escola e es-
tudar.
- 27 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
28. DIVISÃO DE FONOAUDIOLOGIA – DIFON/INES
REUNIÃO COLETIVA COM OS PAIS
ANAMNESE
AVALIAÇÕES
ATENDIMENTO AO SURDO
Fila de Espera: Avalia crianças surdas com múltiplas deficiências da
comunidade e encaminha a outras Instituições especializadas.
Estimulação precoce: (0 a 03 anos) duas vezes na semana – 30
minutos de duração
Terapias: duas vezes na semana de 30/45 minutos de duração.
PROJETOS DE PESQUISA
PARTCIPAÇÕES:
Congressos; Assistências Técnicas;
Seminários; Comissões de Publicação;
Capacitações Técnicas; Etc...
- 28 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
29. REUNIÃO COM OS PAIS
Mostrar aos familiares, o que é feito com a criança, solicitando a
participação dos mesmos em casa, dando continuidade ao trabalho
desenvolvido.
Orientar aos familiares:
A melhor posição para falar com seu filho: sempre de frente, com a luz
incidindo sobre o rosto; não exagerar na articulação;
Através do tato: fazer com que a criança perceba a vibração;
Leitura labial: é importante falar sempre, desde que se descobre que a
criança é surda, para despertar o interesse nos movimentos dos lábios;
Lembre-se de que o surdo não deve crescer mudo também.
Ouvir seus depoimentos.
Colocar-se sempre à disposição.
- 29 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
30. AVALIAÇÃO GLOBAL DO SURDO
1. AUDIÇÃO: Observar a percepção e/ou discriminação de:
Instrumentos musicais;
Sons ambientais;
Voz humana;
Ritmo.
2. AVALIAÇÃO FONÉTICA
3. RESPIRAÇÃO: Observar e anotar:
Tipo;
Capacidade.
4. LÍNGUA: Observar e anotar:
Postura;
Tamanho;
Inserção de freio;
Movimento;
Hábitos;
Paralisia; etc...
- 30 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
31. 5. LÁBIOS: Observar e anotar:
Postura;
Freio;
Hipotônico / Hipertônico;
Hipo / Hiperdesenvolvimento;
Fissura;
Movimentos.
6. ARCADA DENTÁRIA: Observar e anotar:
Normal;
Prejudicada;
Decídua (dente de leite);
Permanente;
Mista.
7. MANDÍBULA: Observar e anotar:
Normal;
Prognatismo;
Atresia;
Movimento.
- 31 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
32. 8. PALATO: Observar e anotar:
Normal;
Atrésico;
Amplo;
Fissurado;
Ogival;
Movimento.
9. MOTRICIDADE FACIAL: Observar e anotar:
Fecha os olhos;
Infla as bochechas;
Sucção;
Paralisia;
Outros.
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
-2-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
33. ATENDIMENTO AO SURDO
Prepara o surdo para a fala fazendo a instalação, a correção, fixação e
automatização dos fonemas.
PLANO DE ATENDIMENTO
Conversação informal;
Exercícios Preparatórios para a Fala
∗ Exercícios de relaxação;
∗ Exercícios respiratórios;
∗ Exercícios orofaciais;
∗ Exercícios de voz (Impostação e projeção da voz);
∗ Exercícios de ritmo;
∗ Exercícios de leitura orofacial;
∗ Exercícios de estimulação auditiva;
Ensino de articulação dos fonemas;
- Leitura orofacial dos fonemas;
- Habilitação auditiva dos fonemas já trabalhados.
-3-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
34. CONVERSAÇÃO INFORMAL
Como estimular o Surdo a falar?
Nas abordagens do dia-a-dia através de brincadeiras, desenhos, diálogos,
leituras, passeios, etc., é possível explorar assuntos de interesse do
indivíduo surdo, estimulando o ato de falar, de desenhar, de escrever e de
ler.
-4-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
35. EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO
OBJETIVO:
Atuar sobre o tônus, proporcionando ao indivíduo melhores condições
para o controle da musculatura.
Adquirir padrões funcionais corretos.
Preparar para os exercícios fonoarticulatórios.
Diminuir a fadiga.
EXERCÍCIOS:
RELAXAMENTO TOTAL: pode ser realizado em posição deitado ou em
pé. Exemplos:
- Espreguiçar: é um dos exercícios mais completos para toda a
musculatura do corpo
- Bocejar: trabalha toda a musculatura do rosto
- Corpo: bonequinho de pau; bonequinho de pano. Pedir para que a
criança faça igual:
Contração: ficar durinho, lentamente, como se fosse um bonequinho de
pau.
Descontração: ir ficando mole, até parecer um bonequinho de pano.
-5-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
36. RELAXAMENTO ESPECÍFICO:
- Pernas e pés: deitado ou sentado
Contrair ao máximo e relaxar vagarosamente.
- Braços e mãos: deitado ou sentado
Contrair ao máximo e relaxar vagarosamente.
- Pescoço: sentado ou em pé
Face descontraída, boca entreaberta, a cabeça pende para frente (três
vezes). Voltar a posição normal.
Movimentar a cabeça virando o rosto à direita, voltar à linha média e
virar para a esquerda (três vezes).
- Ombros: posição sentada ou em pé
Contrair os dois ombros de uma só vez, relaxar. Depois alterná-los
(três vezes).
Virar a cabeça apoiando-a nos ombros e relaxar.
- Peito: sentado ou em pé
Contraí-lo e depois relaxar.
- Abdômen: posição deitada, sentada ou em pé
Contraí-lo e depois relaxar.
-6-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
37. - Face: sentada ou em pé
Franzir a testa horizontalmente, fazendo rugas paralelas. Tomando
consciência dessa tensão. Relaxar gradualmente.
Fechar os olhos com força, durante poucos segundos. Abrir os olhos
devagar para relaxar.
- Mandíbula: descerrar os dentes e os lábios, fazendo com que o queixo
caia pesadamente. Permanecer algum tempo nesta posição.
Observação: O profissional deve sempre dar o modelo.
-7-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
38. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
OBJETIVO
Consiste em dosar a saída e entrada de ar.
Instalar o mecanismo naso-bucal.
Aumentar e controlar a capacidade respiratória.
Instalar a respiração correta.
Controlar o rítmo respiratório.
EXERCÍCIOS ASSISTEMÁTICOS (de sopro)
Soprar bolas (de sabão, de isopor, de encher), vela, algodão, língua de
sogra, cata-vento, penas, apitos,
Obs: Evitar que encha as bochechas ao soprar, pois acarretará
dificuldades na fala.
EXERCÍCIOS SISTEMÁTICOS
Inspirar, manter o ar preso por alguns segundos e expirar pela boca.
Inspirar pela narina direita, pausa, expirar lentamente pela narina
esquerda (alternar as narinas).
Inspiração nasal lenta, pausa, expiração bucal em três jatos de ar.
-8-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
39. Observação: Os primeiros exercícios devem ser curtos, evitando a fadiga,
podendo ser feitos de forma lúdica.
EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS
Inspirar e articular de maneira contínua as vogais. Primeiro sem som,
depois com som / a o u e i /.
Inspirar e articular interrompendo a cada emissão das vogais /a / /o/ /u/
/e/ /i/.
Inspiração nasal profunda e rápida, expiração bucal lenta e suave
(fonemas fricativos).
Inspiração nasal profunda e rápida, expiração bucal rápida (fonemas
explosivos).
Inspiração nasal profunda e rápida, expiração nasal lenta (fonemas
nasais).
-9-
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
40. EXERCÍCIOS OROFACIAIS
OBJETIVO
Preparar a musculatura dando maior flexibilidade, mobilidade e tônus aos
órgãos que interferem na fonação, para melhor articulação dos fonemas.
Observação: O surdo, por não falar ou falar pouco necessita de um
trabalho intenso, demorado e repetitivo.
EXERCÍCIOS DA MANDÍBULA: Auxiliam a articulação de todos os
fonemas.
Morder garrote;
Chiclete;
Abrir a boca rápida e fechá-la devagar;
Mastigar de boca fechada (sem alimento);
Trincar e destrincar os dentes com a boca fechada.
- 10 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
41. EXERCÍCIOS DE LÁBIOS: Auxiliam a articulação de todos os fonemas,
principalmente os vocálicos, bilabiais e labiodentais.
Vibrar os lábios;
Roçar os lábios;
Projetar os lábios para dar um beijo com pressão;
Contrair e descontrair as comissuras labiais (i,u);
Sustentar com os lábios pedaços de papel, lápis...;
Tomar água num canudo, chupar pirulito.
EXERCÍCIOS DE LÍNGUA: Auxiliam a articulação de todos os fonemas,
principalmente os vocálicos, linguodentais, alveolares, palatais e velares.
Movimentar a língua para cima e para baixo, posicionando sua ponta no
alvéolo superior e inferior em marcha mais rápida que conseguir (fonema
alveolar).
Recuar a língua, o mais que puder e logo após projetá-la para sua parte
exterior (fonemas velares).
Vibrar a língua juntamente com os lábios e em seguida vibrar a ponta da
língua, colocada no alvéolo superior (alveolar vibrante fraco).
Deslizar a língua no palato (fonemas palatais).
Dobrar as bordas da língua para cima e para baixo.
- 11 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
42. Com um pirulito, pedir que a criança atinja-o com a língua. Colocar,
então, fora da boca, à direita, à esquerda, acima e abaixo.
Observação: Não se deve fazer exercícios de estalar a língua para não
criar maus hábitos.
EXERCÍCIOS DE PALATO: Auxiliam na articulação de todos os fonemas,
principalmente os vocálicos, alveolares, palatais e velares.
Tossir;
Fazer gargarejo;
Bocejar bem lentamente;
Gargalhar.
- 12 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
43. IMPOSTAÇÃO DE VOZ
Impostar é o ato de emitir corretamente a voz. É a emissão natural, sem
esforço.
EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA IMPOSTAÇÃO DA VOZ: Fazer
com que perceba através do tato, vibração e sopro.
- Posição das mãos: uma permanece diante da boca, outra, ora no peito,
ora no pescoço, ora na bochecha, ora na asa do nariz.
EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO ORAIS
Ex.: a a a - o o o
EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO NASAIS
Ex.: ã ã ã - õ õ õ
EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO COMPLEXA
Ex.: ao ao ao
oa oa oa
iu iu iu
aou aoeu aeuoa
- 13 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
44. EXERCÍCIOS DE LALAÇÃO
Ex.: papapa tatata vovovo
papapa pato bobobo bola
Observação: Em alguns livros encontramos exercícios de vocalização de
forma tradicional. Ex.:
a __________ a__________ o__________ u__________
Embora consiga com facilidade, posteriormente, devido ao ritmo lento e má
respiração do surdo podem trazer dificuldades futuras. O surdo se
condiciona e toda vez, ao falar ou ler a vogal, evoca prolongando,
dificultando assim o entendimento do que é dito.
Ex.: pa__________ pa__________ i__________
- 14 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
45. RITMO
Está presente na natureza (nosso corpo, árvores balançando, voar dos
pássaros);
Nos acompanha em todas as ações que praticamos;
Cada pessoa possui ritmo próprio;
Auxilia para estabelecer noção de tempo, no processo de alfabetização,
na fala e na escrita.
Explicar ao surdo que há três tipos de ritmos na fala:
Ritmo lento (geralmente o do surdo);
Ritmo normal (do ouvinte);
Ritmo rápido (locutor em jogo de futebol, corrida de cavalo).
Demonstrar: Ex: Ritmo lento
jo________ão é__________ bo______ ni______ to
Observação: Quando o surdo acaba de falar, já esquecemos o que falou
no início.
- 15 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
46. EXERCÍCIOS:
Mostrar as velocidades de um ventilador;
Sentir o ritmo de sua respiração e circulação;
Andar, correr ou parar, de acordo com o ritmo do tambor;
Levantar cartelas de tamanhos diferentes, associando-as ao ritmo forte
ou fraco produzido por instrumentos de percussão.
- 16 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
47. LEITURA OROFACIAL OU LABIAL
Desenvolve o hábito de ler nos lábios e compreender uma mensagem
falada através dos olhos, substitui a audição pela visão.
Toma conhecimento do que se fala ao seu redor.
Facilita no desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
Dá maiores condições de integrar o surdo à comunidade ouvinte.
Organiza o pensamento.
Mesmo o usuário de aparelho auditivo adequado faz sua complementação
auditiva através da leitura labial.
DADOS IMPORTANTES
Tocar no ombro ou acenar para que a pessoa surda saiba que está
falando com ela.
A face da pessoa que fala deve estar bem iluminada.
Falar sempre de frente para o surdo.
Observar a distância (de 1 à 4 metros);
Utilizar frases sempre que possível, pois uma palavra solta é mais difícil
de ser entendida pelo surdo.
Falar com o surdo normalmente sem exagerar na articulação.
- 17 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
48. DIFICULDADES ENCONTRADAS NA LEITURA LABIAL
Iluminação inadequada;
Distância;
Posição de quem fala;
Deficiência visual;
Má articulação (exagero, lentidão, pouco ou muito movimento);
Fonemas invisíveis (k, g, r);
Fonemas semelhantes visualmente (p, b, m); (t,d,n); (f,v);
Arcada dentária de quem fala (diastemas, anodontia, protusão, mordida
aberta, mordida cruzada, etc.);
Postura de língua (hipotônica, projetada, etc.);
Uso de bigode e barba;
Uso de roupas coloridas e adornos;
Movimentos exagerados de cabeça, de mãos, de corpo;
Regionalismo;
Fadiga
Etc.
- 18 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
49. EXERCÍCIOS DE LEITURA OROFACIAL
Apresentar inicialmente três gravuras ou objetos ao surdo, nomear cada
uma delas e colocar sobre a mesa.
O surdo faz a leitura labial e repete.
O profissional fala o nome de uma das gravuras e pede que o aluno
aponte em seguida.
O indivíduo surdo deve repetir o exercício onde ele fala e a fono identifica
a gravura.
Pode-se fazer também com palavras escritas.
Ditado por leitura labial (iniciam-se por palavras e depois frases já
trabalhadas).
Dar ordens por leitura labial:
Abra a porta.
Apague a luz.
Senta.
Levanta.
Pula, Etc...
- 19 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
50. ARTICULAÇÃO DOS FONEMAS
Instalar, corrigir e fixar os pontos articulatórios dos fonemas.
MATERIAL EMPREGADO:
Espelho;
Guias de língua (palito de picolé, dedo);
Tiras de papel.
TÉCNICA:
Tato (vibração e sopro)
ATUAÇÃO:
Mostrar ao surdo o ponto articulatório do fonema a ser trabalhado;
Através do tato, mostrar a vibração e a saída de ar;
Pedir que o aluno repita;
Usar recursos caso haja necessidade.
- 20 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
51. O PONTO DE ARTICULAÇÃO
O obstáculo (total ou parcial) necessário à articulação das consoantes
pode produzir-se em diversos lugares da cavidade bucal. Daí o conceito de
ponto de articulação, segundo o qual as consoantes se classificam em:
BILABIAL: formada pelo contato dos lábios - /p/ /b/ /m/.
LABIODENTAL: formada pela constrição do ar entre o lábio inferior e os
dentes incisivos superiores - /f/ /v/.
LINGUODENTAL: formada pelo contato da ponta da língua com a face
interna dos dentes superiores - /t/ /d/ /n/.
ALVEOLAR: formadas pela aproximação da língua aos alvéolos
superiores dos dentes, ou pelo encontro desses órgãos - /s/ /z/ /l/ /r/.
PALATAL: formada pelo encontro do dorso da língua com o palato duro,
ou céu da boca - /x/ /j/ /lh/ /nh/.
VELAR: formada pelo encontro da parte posterior da língua com o palato
mole, ou véu palatino - /k/ /g/ /rr/.
- 21 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
52. Vogais
Vogais orais: são 5 que foneticamente correspondem a 7, pois são se-
te sons diferentes.
a o u e i
a ó ô u é ê i
Vogais nasais: acompanhadas de ~ / m / n.
Obs: Visualmente esta ordem das vogais, é percebida mais facil-
mente pela abertura da boca.
- 22 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
53. Vogais – Como instalar?
/a/ /o/
• boca aberta;
aberta;
• boca aberta;
aberta; • lábios um pouco projetados e arredondados;
arredondados;
• língua em repouso;
repouso; • língua em repouso;
repouso;
• saída de ar pela boca;
saí boca; • saída do ar pela boca;
saí boca;
• sentir a vibração no peito.
vibraç peito. • sentir a vibração no peito.
vibraç peito.
/u/
• boca com pequena abertura, formando pequeno
abertura,
orifício no centro dos lábios;
orifí bios;
• lábios bem projetados;
projetados;
• saída de ar pela boca;
saí boca;
• sentir a vibração no peito.
vibraç peito.
- 23 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
54. /e/ /i/
• boca aberta;
aberta;
• boca em forma de sorriso;
sorriso;
• língua com pouca curvatura, laterais encostando
curvatura,
• língua na mesma posição que o /e/;
posiç
nos molares superiores e a ponta da língua atrás
atrá
• saída de ar pela boca;
saí boca;
dos dentes incisivos inferiores;
inferiores;
• sentir a vibração em baixo do queixo mais para
vibraç
• saída de ar pela boca;
saí boca;
o lado (não devemos colocar a mão para sentir a
• sentir a vibração no peito.
vibraç peito.
vibração na cabeça, pois a voz fica defeituosa).
vibraç cabeç defeituosa).
- 24 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
55. ORDEM FONÉTICA
PARA TRABALHAR COM A PESSOA SURDA
a o u e i
pa po pu pe pi
ta to tu te ti
fa fo fu fe fi
va vo vu ve vi
ma mo mu me mi
la lo lu le li
da do du de di
sa so su se si
ce ci
- 25 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
56. ssa sso ssu sse ssi
ça ço çu
ba bo bu be bi
ca co cu que qui
ka ko ku ke ki
za zo zu ze zi
na no nu ne ni
cha cho chu che chi
xa xo xu xe xi
ga go gu gue gui
ja jo ju je ji
ra ro ru re ri
rra rro rru rre rri
- 26 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
57. nha nho nhu nhe nhi
lha lho lhu lhe lhi
pla plo plu ple pli
pra pro pru pre pri
fla flo flu fle fli
fra fro fro fru fri
- 27 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
58. TRABALHANDO AS VOGAIS
Vogais Unindo as Vogais
+ = ai
a i
A-a U-u
+ = oi
O-o
o i
+ = eu
E-e I-i e u
- 28 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
59. TRABALHANDO O FONEMA /P/
P-p
P a = pa
o = po
P u = pu
e = pe
i = pi
Pa – Po – Pu – Pe – Pi
pa – po – pu – pe – pi
/P/ /P/
pá pia
pó pião
pipa
pé
Piu piu
- 29 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
60. LIGUE
pá
/P/
pó
pé
pau
papai
pia
pão piu piu
pipa
pau pião
pão
Palavras com p
pá pão pé
pau
pia pó
pião
pipa piu piu
- 30 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
61. Coloque a ou o Frases:
a
1- ...... pá a
6- ...... pia - A pá e o pó.
o pó
2- ...... pó o
7- ...... piu piu -A eo .
o
3- ...... pé a
8- ...... pipa - A pipa e o pião.
o
4- ...... pau o
9- ...... pão -A eo .
o
5- ...... papai 10- o
10- ...... pião
- 31 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
62. TRABALHANDO O FONEMA /T/
T-t
T a = ta
o = to
T u = tu
e = te
i = ti
Ta – To – Tu – Te – Ti
ta – to – tu – te – ti
Obs: Após trabalhar todas as palavras com o fonema /t/ acompanhadas de
gravuras (tatu, teto, titia, titio, totó,...), unir ao fonema /p/ e trabalhar
palavras somente com os dois fonemas /p/+/t/ (pato, pote, tapa, tipóia,
tapete,...).
Em seguida seguir a ordem dos fonemas (/p/,/t/, /f/, /v/,....) trabalhando da
mesma forma primeiro palavras e depois unir aos fonemas anteriores
formando então as primeiras frases com os fonemas já instalados sempre
acompanhados de gravuras para melhor fixação.
- 32 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
63. TRABALHANDO TEXTOS
Em uma conversa informal fazer perguntas ao paciente solicitando
respostas completas, depois de trabalhar bem o diálogo excluir as
perguntas onde obteremos um texto.
Diálogo = 2 pessoas falando.
Diá falando.
Foto Quem é você?
do
aluno
Nome Foto
Simone
do
Simone pergunta para ………..
………..
aluno
S - Qual é o seu nome?
nome?
N - Meu nome é …….
…….
S - Quantos anos você tem? Meu nome é …….
…….
N - Eu tenho 10 (dez) anos.
(dez) anos.
S - Qual é o nome da sua mamãe?
mamãe? Eu tenho 10 (dez) anos.
(dez) anos.
N - O nome da mamãe é Maria. O nome da mamãe é Maria.
S - Qual é o nome do papai?
papai?
N - O nome do papai é Pedro. O nome do papai é Pedro.
S - Qual é o nome da sua irmã?
irmã? O nome da minha irmã é ...........
N - O nome da minha irmã é...................
Obs: Pode ser feito também com fotos, gravuras de locais, animais, etc...
- 33 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
64. ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES
Quando a criança encontra dificuldades no aprendizado, no
relacionamento com outras crianças, se isola,... o profissional deve
ficar atento para uma possível perda auditiva, comunicando a família e
solicitando um acompanhamento médico.
Na Escola onde haja inclusão, apresentar a criança surda às outras
crianças mostrando suas diferenças, para que haja respeito sem
preconceitos. Colocá-la sentada próximo ao professor;
Falar com a pessoa surda, sempre de frente ou levemente de lado,
com a luz iluminando o rosto, sem exagerar na articulação;
Os objetos das salas de aula devem ser nomeados para facilitar a
compreensão e fixação dos mesmos;
Pedir a pessoa surda que fale em todas as situações, deixando as
correções a serem feitas por profissionais habilitados;
Motivar a pessoa surda estimulando-a a participar das atividades.
- 34 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
65. DICAS
∗ Quando descoberta a surdez, continuar falando com a pessoa surda,
para que não perca atenção na expressão facial e desperte o interesse
nos movimentos dos lábios;
∗ Falar sempre de frente ou levemente de lado com a pessoa surda;
∗ O rosto de quem fala deve estar a favor da luz;
∗ Distância ideal para se fazer a leitura labial é de 1,0m à 4,0m;
∗ Uma palavra solta é mais difícil de ser entendida, utilize frases sempre
que possível;
∗ Não exagerar na articulação ao falar com a pessoa surda;
∗ Falar sempre e fazê-la falar;
∗ Nomear todos os objetos da casa ou da escola;
∗ Estimular sempre através de elogios ...
- 35 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
66. PAIS
Educar é tarefa importante e difícil e não há receita que ensine como se re-
lacionar com um filho surdo. Porém, algumas atitudes apresentam resulta-
dos positivos, quais sejam:
vê-lo como uma “criança normal”, que embora não ouça, necessita de
uma atenção particular;
acreditar na capacidade do filho surdo;
procurar facilitar a percepção e compreensão global das situações que
ocorrem no ambiente, mantendo-o informado do que está se passan-
do;
dar o exemplo é a forma mais segura para a criança surda entender as
regras sociais, pois ela aprende com o que vê e não com o que ouve;
contribuir sempre para aumentar a autonomia e a segurança do filho
surdo a fim de que tenha mais facilidade para enfrentar o mundo com
sua capacidade e seus recursos pessoais, porque não terá os pais por
perto o tempo todo, disponíveis para resolver suas dificuldades;
estabelecer limites e regras claras, objetivas, adequadas e dosadas.
- 36 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533
67. “A oralização para o surdo,
bem como
a aprendizagem de sinais para o ouvinte
que convive diretamente com ele,
é uma tentativa
de superar os limites e
transpor barreiras na comunicação”
Postado em 15 de abril de 2008 por Profª Cris Passinato
Fonte: Revista Sentidos
- 37 -
Fga Simone Maria Conti Quevedo
Crfª 1533