2. Primeiras ReferênciasPrimeiras Referências
• Narciso cativo pela própria imagem:
Não existe visualização mais fascinante do que a
nossa própria imagem. Somos atraídos por ela de
forma excitante e envolvente.
• Adão e Eva expulsos do paraíso:
A mulher com seus atributos de beleza atrai e
corrompe o homem para o pecado simbolizado pela
maçã.
• A prática da dieta santa:
A mulher deve jejuar de modo a ser pura e alcançar a
Deus.
3.
4.
5.
6.
7. Primeiras ReferênciasPrimeiras Referências
• O alimento é um condutor de afeto. Em nossa cultura,
diversas práticas centralizam e legitimam a comida como
importante aspecto de nosso processo de subjetivação;
• Desde cedo, muitas histórias infantis concedem tal lugar à
comida, representando com seus personagens os conflitos
e valores aí implicados.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14. Imagem CorporalImagem Corporal
• É o retrato mental e emocional que fazemos de nosso
próprio corpo. É uma categoria dinâmica, modulada por
esses sentimentos;
• O sentimento de amizade, por exemplo, provoca uma
expansão de nosso corpo, enquanto que a raiva provoca
uma contração e a tristeza, uma retração;
• Nossa imagem também revela o nosso sexo, raça, idade,
status social e econômico, podendo gerar com isso
simpatia ou antipatia, atração ou rejeição;
15. Imagem CorporalImagem Corporal
• Funciona por isso como fator de segurança social e êxito,
sendo responsável por atributos de poder e atração sexual
e também interferindo no processo de colocação
profissional;
• Nesse sentido, possui uma função adaptativa, já
enfatizada por Darwin, em termos da importância crucial
das diferenças físicas mais óbvias e visíveis entre os sexos,
tanto no reino humano quanto animal;
• Considera-se, por exemplo, que o belo está para o bom,
assim como o feio está para o mal. É o que se observa nas
histórias de príncipes e princesas, heróis e heroínas,
bruxas e bandidos.
16.
17. Imagem CorporalImagem Corporal
• É um conceito bastante relativo. Dizer que uma coisa é
bela é um juízo; a coisa não é bela em si, mas no juízo que
a define como tal;
• Paradoxalmente, nossa imagem funciona como uma
armadilha, pois o belo só pode ser admirado, não pode ser
vivido.
18. Fatores CulturaisFatores Culturais
• Haveria profissões ou grupos de risco?: Atletas, ginastas,
jóqueis, modelos, atrizes, bailarinas e donas-de-casa;
• A publicidade retrata a mulher ora como objeto sexual,
seduzindo e conquistando o homem, ora ocupando um
papel materno, não mais competitiva nem ameaçadora,
relaxando de sua posição anterior e por isso saindo do
mercado.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29. Sites Pró-ANA e Pró-MIASites Pró-ANA e Pró-MIA
• 180 sites pesquisados nos Estados Unidos evidenciaram
que:
- 91% têm de acesso liberado;
- 79% têm características interativas como calculadoras de
IMC e tabelas de contagem de calorias;
- 16% oferecem credo ou juramento ANA ou MIA;
- 85% oferecem recursos de inspiração para a magreza,
como fotos de modelos e atrizes;
- 43% oferecem conselhos para esconder os transtornos
alimentares.
30. Sites Pró-ANA e Pró-MIASites Pró-ANA e Pró-MIA
• Conselhos para evitar a ingestão de alimentos:
Contar até 1000, colocar fotos de modelos na porta
da geladeira, dormir mais, sair para a rua sem
dinheiro, escovar os dentes etc.;
• Conselhos para esconder os transtornos alimentares:
Usar roupas folgadas, usar pesos dentro das roupas
no momento da pesagem, esconder comida na bolsa
ou oferecer ao animal de estimação, fingir passar na
cozinha para comer algo, ingerir isotônicos antes de
realizar exames de sangue etc.
31.
32.
33.
34.
35. Moda InclusivaModa Inclusiva
• Na Argentina, é sancionada lei que obriga os fabricantes
de roupas a oferecerem manequins do 36 ao 50;
• No Uruguai, uma entidade denominada Laboratório
Tecnológico do Uruguai (LATU) fiscaliza lojas, com o
mesmo propósito argentino;
• No México, além de se aplicarem multas às lojas que
comercializarem o tamanho “zero”, serão multados
aqueles que contratarem modelos abaixo do peso
considerado mínimo;
36. Moda InclusivaModa Inclusiva
• No Chile, também foi apresentado projeto de lei que
busca homologar os tamanhos das roupas, buscando a
inclusão de todos os números ou manequins;
• Na Espanha, foi fixado um piso mínimo para o índice de
massa corporal de modelos contratadas para desfiles;
• Na Inglaterra e Itália, além de se seguir o exemplo
espanhol, fixaram a idade mínima de 16 anos para a
contratação de modelos;
37. Moda InclusivaModa Inclusiva
• Na França, é produzida em conjunto com representantes
da moda, publicidade, meios de comunicação e Ministério
da Saúde, uma “Carta de compromisso com a imagem
corporal e contra a anorexia”;
38.
39. Sugestões de LeituraSugestões de Leitura
BIDAUD, Éric. Anorexia mental, ascese, mística: Uma
abordagem psicanalítica. Rio de Janeiro: Companhia de
Freud.
BRITO, Maria João Sousa e. Quem não arisca não
petisca: Uma interpretação psicanalítica da anorexia
nervosa. Lisboa: Almedina.
CORDÁS, Táki Athanássios. Fome de cão: Quando o medo
de engordar vira doença: Anorexia, bulimia, obesidade. São
Paulo: Maltese.
40. Sugestões de LeituraSugestões de Leitura
DEUTSCH, Helene. Anorexia e Bulimia. São Paulo:
Escuta.
FENDRIK, Silvia. El país de Nuncacomer: Historia
ilustrada de la anorexia. Buenos Aires: Libros del Zorzal.
______. Santa Anorexia. Buenos Aires: Corregidor.
HEKIER, Marcelo; MILLER, Celina. Anorexia-Bulimia:
Deseo de nada. Buenos Aires: Paidós.
41. Sugestões de LeituraSugestões de Leitura
POULISIS, Juana. Los nuevos transtornos
alimentarios: Alcohorexia, vigorexia, diabulimia,
pregorexia, orthorexia. Buenos Aires: Paidós.
ROBELL, Suzanne. A mulher escondida: A anorexia
nervosa em nossa cultura. São Paulo: Summus.