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O que recrutadores e empresas definem como perfil?
1. O que recrutadores e empresas definem como PERFIL
Julho de 2017
Suas atitudes falam mais que suas palavras, e pode definir o rumo da sua carreira mais que suas
habilidades técnicas.
Em janeiro de 2016, escrevi um artigo sobre como ser o profissional dos sonhos dos recrutadores. O
artigo foi muito compartilhado, lido e recebeu elogios de grandes empresas, como a VAGAS.COM. Isto
é para encher de orgulho qualquer profissional.
Nesta publicação tentarei traduzir o que as empresas buscam em um PERFIL.
Quantos de nós já ouviu a frase: “ Seu currículo é muito bom, mas não está dentro do perfil que
procuramos. ”
É sabido que nem sempre grandes currículos, trazem consigo grandes profissionais. Quem nunca teve
uma experiência ruim com profissionais altamente gabaritados e referenciados? Aquele profissional
que tem um comportamento pessoal que a maioria de nós prefere não ter por perto.
Na outra ponta há os grandes profissionais, que muito além das habilidades técnicas possuem também
qualidades comportamentais, que agregam valor ao trabalho dos colegas, tornando o ambiente mais
agradável e o trabalho mais produtivo.
Vamos tratar aqui de algumas características comportamentais bem avaliadas e requisitadas por
recrutadores e empregadores.
2. O perfil é a aderência entre as habilidades
técnicas e comportamentais desejadas por uma
empresa.
A maioria dos recrutadores faz avaliações técnicas baseadas em uma lista entregue pelos
empregadores, e em muito pouco podem aprofundar-se nestas características. Mas são muito bem
treinados por outro lado na hora de avaliar as características comportamentais, o famoso perfil, de um
candidato.
Uma das principais características que é valorizada é a iniciativa, ou atitude DIY (Do It Yourself). As
empresas estão entendendo que o autoconhecimento. Esta característica foi denominada
empowerment, sendo originária da psicologia comunitária americana e está associada ao cientista
social Julian Rappaport (1981). Já "Paulo Freire, um dos principais educadores brasileiros, é a
"capacidade do indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer".
Nenhum gestor gosta de gastar seu valioso tempo acompanhando as tarefas de um colaborador. O
fazem por achar necessário. Por isto a proatividade e capacidade de realizar as tarefas de maneira
independente é tão valorizada. Para os profissionais que estão entrando agora no mercado, é como se
as empresas buscassem “sócios” para o negócio. Aquele profissional que se sente dono e, portanto,
fará as tarefas com todo esmero quanto for possível.
Bons profissionais inspiram confiança, e transmitem segurança. Assim, quando falam algo, o fazem de
maneira firme, mas sem arrogância, prepotência. Vários são os profissionais estritamente técnicos e
muito competentes sem muito tato para lidar com pessoas, como também não são raros os
profissionais lobistas que pouco agregam tecnicamente. O melhor é encontrar o equilíbrio. Mais uma
vez o autoconhecimento é fundamental, o profissional ideal é o que conhece e sabe repassar o
conhecimento técnico, sem “frescura” para pôr a “mão na massa” e fazer acontecer. E fazer isto
incluindo os colegas no trabalho, admitindo as limitações e sendo humilde o suficiente para buscar
conhecimento com seus pares.
Quem nunca fez piada no escritório pode começar a mudar isto. O bom humor é fundamental para
manter um ambiente agradável, e mais colaborativo. As pessoas tendem a ser mais abertas a
conversar com quem é bem-humorado. Afinal é mais provável de ser mal correspondido por um colega
mal-humorado que por outro que é bem-humorado e propenso ao diálogo. Um ambiente descontraído
ainda é mais favorável ao afloramento da criatividade, esta por sua vez é o gatilho da inovação e
solução de possíveis problemas. É preciso apenas cautela, para não extrapolar os limites da alegria e
do clima descontraído, transformando o escritório em um picadeiro ou com piadas inconvenientes.
Não vamos confundir bom humor com inconveniência, afinal, não é uma festa com amigos íntimos,
são nossos colegas de trabalho e nossos empregadores. A alegria é contagiante, a criatividade
também!
Você é um diplomata? Este é outro comportamento muito bem visto por recrutadores e
empregadores. Uma pessoa assim é capaz de realizar acordos de maneira limpa, influenciar
positivamente uma reunião, conseguindo concessões ao mesmo tempo que as faz para conseguir que
as expectativas de todas as partes envolvidas sejam alcançadas da forma mais favorável quanto for
possível a todos. É a política da boa vizinhança sem bajulação, e com bons frutos. São pessoas
expansivas, comunicativas, questionadoras (sem ser ofensivas ou invasivas). São profissionais com
características assim que as empresas contam para identificar necessidades em clientes, e mesmo em
3. colaboradores, e antecipar possíveis negócios ou problemas antes mesmo que surjam, elaborando
propostas ou criando soluções. Estes elementos são alguns dos listados por Adam Grant no livro Give
and Take, e estão listadas também em outro best seller, Como Fazer Amigos e Influenciar pessoas, de
Dale Carnagie, isto desde 1936. Adam Grant identificou estas características em seu estudo sobre algo
que ele chamou de estilos de reciprocidade. Ele teria identificado três perfis, os doadores, os
tomadores, e os compensadores. E adivinhem qual deles foi identificado como o mais vantajoso dentro
do ambiente profissional? Os doadores. Mas há um porém estes perfis também estão presentes no
lado oposto, nos profissionais mais mal sucedidos. A diferença está exatamente em como e quando se
oferece ajuda. Os profissionais doadores ajudam todos o tempo todo, várias vezes em detrimento dos
próprios objetivos. Os doadores bem-sucedidos são mais equilibrados entre oferecer ajuda e ajudar-se.
Seu tempo entre cumprir suas tarefas e ajudar os outros com as deles é mais equalizado.
Revisando:
• Empodere-se, desafie-se e realize;
• Seja confiante, sem arrogância;
• Mantenha o bom humor, desde que sob controle;
• Seja diplomático sem esquecer-se de quais são seus objetivos para então fechar acordos em
função dos objetivos comuns;
• Comunique-se bem, mantendo contato visual, sua cabeça e coração onde estiver fisicamente;
• Seja autêntico, não precisa reinventar a roda, mas faça diferente;
• Corra riscos, mas não arrisque outras pessoas;
• Tenha brilho nos olhos, e atente-se aos detalhes, em muitos casos, pequenas coisas não ditas
revelam mais que as ditas.
Mais sobre o autor: Wladmir Araujo
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