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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA




  HANSENÍASE
               Wanderson Kleber de Oliveira
                    Epidemiologista


                     Agosto de 2012
HISTÓRICO
                          Uma das doenças mais antigas , referências datam de 600 a.C. e procedem da
                             Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença.
                          A hanseníase tem este nome em homenagem a Gerhard Armauer Hansen (1841-
                             1912), médico norueguês que descobriu, em 1873, o micróbio causador da infecção.
CARACTERÍSTICAS GERAIS




                          O termo hanseníase está oficialmente adotado no Brasil desde 1976.
                          A palavra lepra significa escamoso em grego e designava, na antiguidade, doenças
                             que hoje conhecemos por psoríase, eczema e outras dermatoses.
                          À medida em que suas causas foram descobertas, essas
                             doenças passaram a ter uma denominação apropriada.
                          As palavras lepra e leproso estão associadas a ideias de
                             impureza, podridão, nojeira e repugnância, é anticientífico
                             e desumano considerá-las como sinônimos de hanseníase
                             e de portador de hanseníase

                          Elaboração:                                                                           2
                          Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
DESCRIÇÃO DA DOENÇA
                          Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo bacilo
                            Mycobacterium leprae.
                          Alta infectividade - capacidade de infectar grande número de indivíduos
                          Baixa patogenicidade - poucos adoecem
                          O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora
CARACTERÍSTICAS GERAIS




                            ainda existam lacunas quanto ao ambiente social.
                          O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder
                            imunogênico do M. leprae.
                          A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico
                            modificaram significativamente o quadro da hanseníase, que atualmente tem
                            tratamento e cura.
                          No Brasil, cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles
                            em menores de 15 anos.




                         Elaboração:                                                                            3
                         Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
AGENTE E RESERVATÓRIO
                         Agente etiológico
                          O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente, em forma de bastonete.
                          É um parasita intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos
                           periféricos, especificamente células de Schwann.
                          Esse bacilo não cresce em meios de cultura artificiais, ou seja, in vitro.
CARACTERÍSTICAS GERAIS




                         Reservatório
                          O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido
                            identificados animais naturalmente infectados – o tatu, macaco mangabei e o
                            chimpanzé.
                          Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase
                            virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de
                            bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos
                            presentes na mucosa nasal).

                         Elaboração:                                                                              4
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MODO DE TRANSMISSÃO
                          A hanseníase se pega somente de uma pessoa infectada apresentando forma
                           multibacilar - MB (virchowianos e dimorfos), isto é, que esteja eliminando os bacilos
                           de Hansen pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros) e que não
                           esteja fazendo tratamento
                          o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS




                          Uma vez iniciado, a doença deixa de ser transmitida imediatamente, mesmo antes
                           da cura.

                         NÃO se transmite por:
                          Meio de copos, pratos e talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios
                           domésticos do paciente;
                          Assentos, como cadeiras e bancos;
                          Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transportes coletivos ou
                           serviços de saúde;
                          Picada de inseto;
                          Relação sexual;
                          Aleitamento materno;
                          Doação de sangue;
                          Herança genética ou congênita (gravidez).

                         Elaboração:                                                                           5
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INCUBAÇÃO, TRANSMISSIBILIDADE E IMUNIDADE
                         Período de incubação
                          Em média, de 2 a 7 anos (intervalo: 7 meses a 10 anos)


                         Período de transmissibilidade
                          Paucibacilares (PB), indeterminados e tuberculóides (poucos bacilos) - não são
CARACTERÍSTICAS GERAIS




                             importantes, devido à baixa carga bacilar.
                          Multibacilares (MB) - constituem o principal grupo, mantendo-se como fonte de
                             infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.


                         Suscetibilidade e imunidade
                          Depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do
                             próprio M. leprae.
                          Devido ao longo período de incubação, a hanseníase é menos frequente em
                             menores de 15 anos, contudo, em áreas mais endêmicas, a exposição precoce, em
                             focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária.
                          Embora acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino.
                         Elaboração:                                                                         6
                         Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
TAXA DE PREVALÊNCIA NOTIFICADA À OMS COM
                                           INÍCIO EM JANEIRO DE 2011
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                           Elaboração:                                                              7
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE E NÚMERO DE CASOS NOVOS
                               DETECTADOS EM 130 PAÍSES OU TERRITÓRIOS DA OMS EM
                                2010 ATÉ FINAL DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2011
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                           Elaboração:                                                              8
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
Coeficiente de prevalência de hanseníase por 10 mil habitantes
                                                                      Brasil, *2011



                                         *Prevalência 2011
                             1,44 casos/10 mil habitantes
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                             Registro ativo - 27.507 pacientes
                             Em 2010 foi de 1,56 (- 7,7%)


                                     Registro ativo por UF em 2011.
                                     Os             estados               de
                                     AL, SE, RN, MG, RJ, SP, PR, SC, RS e DF
                                     com prevalência abaixo de 1,00 por 10
                                     mil habitantes. AL, SE alcançaram
                                     eliminação em 2011.


                                         Dados preliminares
                                         Fonte: SINAN/SVS/MS 08/03/12



                           Elaboração:                                                                        9
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
Coeficiente de detecção geral de hanseníase por 100 mil habitantes.
                                                           UF – Brasil, *2011.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                             Coeficiente de detecção 15,9/100 mil hab.
                             com     33.277 casos novos (2.341 em
                             crianças) distribuídos em 3.197/5.565
                             municípios. Redução de 4,6% para 2010.




                                Dados preliminares
                                Fonte: SINAN/SVS/MS 08/03/12


                           Elaboração:                                                                   10
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DE HANSENÍASE.
                                                            BRASIL, 2000 A 2011
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                                          Parâmetros




                           Elaboração:                                                              11
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
Percentual de curados nas coortes de hanseníase em 31 de dezembro.
                                                            UF – Brasil, *2011.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                           Elaboração:                                                                  12
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
Percentual de contatos examinados entre os registros de casos novos de
                                                  hanseníase. UF – Brasil, *2011.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                           Elaboração:                                                                 13
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
Percentual de contatos examinados entre os registros de casos novos de
                                                  hanseníase. UF – Brasil, *2011.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS




                                                          INDICADOR - PORTARIA Nº 2.556,
                                                                                                        2011*
                                                            DE 28 DE OUTUBRO DE 2011



                                                                                                         43,6%
                                    Proporção de contatos intradomiciliares examinados entre
                                                                                                    (253 municípios
                                    os contatos registrados dos casos novos de hanseníase.
                                                                                                      prioritários)


                                                                                                         78,6%
                                    Proporção de cura de hanseníase entre os casos novos
                                                                                                    (253 municípios
                                    diagnosticados nos anos das coortes
                                                                                                      prioritários)
                                    *Dados preliminares




                           Elaboração:                                                                                14
                           Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
                     O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da
                        história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar
                        lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos
                        periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).
ASPECTOS CLÍNICOS




                     Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de
                        hanseníase neural pura), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou
                        autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente deverão ser encaminhados para
                        unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.


                     Recomenda-se que nessas unidades os mesmos sejam submetidos novamente ao exame
                        dermatoneurológico criterioso, à coleta de material (baciloscopia ou histopatologia
                        cutânea ou de nervo periférico sensitivo), a exames eletrofisiológicos e/ou outros mais
                        complexos, para identificar comprometimento cutâneo ou neural discreto e para
                        diagnóstico diferencial com outras neuropatias periféricas.



                    Elaboração:                                                                                   15
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DIAGNÓSTICO CLÍNICO
                     Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige exame criterioso, diante da dificuldade de
                        aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Nesse caso, recomenda-se utilizar o
                        “Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em Menores
                        de 15 Anos” (Portaria SVS/SAS/MS nº 125, de 26 de março de 2009).
                     O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras doenças
ASPECTOS CLÍNICOS




                        curáveis. Se vier a causar impacto psicológico, tanto a quem adoeceu quanto aos familiares ou
                        pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem apropriada pela equipe
                        de saúde, que permita a aceitação do problema, superação das dificuldades e maior adesão
                        aos tratamentos.
                     Essa atenção deve ser oferecida no momento do diagnóstico, bem como no decorrer do
                        tratamento da doença e, se necessária, após a alta.
                     A classificação operacional do caso de hanseníase, visando o tratamento com
                        poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes
                        critérios:
                             Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele;
                             Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele.


                    Elaboração:                                                                                      16
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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS CLÍNICAS DA
                                                  HANSENÍASE
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Notas:
                     Na hanseníase virchowiana, afora as lesões dermatológicas e das mucosas, ocorrem também lesões viscerais.
                     Na hanseníase tuberculóide, o comprometimento dos nervos é mais precoce e intenso.
                     Os casos não classificados quanto à forma clínica serão considerados, para fins de tratamento, como
                       multibacilares.
                      Elaboração:                                                                                             17
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FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE
                                 CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: PAUCIBACILAR (PB)
                                      INDETERMINADA                                                                 TUBERCULÓIDE
ASPECTOS CLÍNICOS




                                                                                             Fonte: Atlas de hanseníase. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima, 2002.



                    Elaboração:                                                                                                                                        18
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FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE
                               CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: MULTIBACILAR (MB)
                                            DIMORFA                                                                 VIRCHOWIANA
ASPECTOS CLÍNICOS




                                                                                             Fonte: Atlas de hanseníase. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima, 2002.



                    Elaboração:                                                                                                                                        19
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
                    Algumas dermatoses podem se assemelhar a algumas formas e reações de hanseníase e exigem
                    segura diferenciação. Exemplos:

                                                                                                         Leishmaniose
                            Vitiligo                  Esclerose Tuberosa                Nevo acrômico     Tegumentar     Granuloma anular
ASPECTOS CLÍNICOS




                                             Sífilis Terciária                                          Tinha do corpo




                    Elaboração:                                                                                                             20
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
                    Exame baciloscópico
                     A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como
                        exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB.
                     A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões.
                     O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase.
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Exame histopatológico
                     indicado como suporte na elucidação diagnóstica e em pesquisas.

                    Procedimentos Realizados pela Unidade Básica
                     Cabe aos profissionais da unidade acolher, identificar e coletar as amostras dos casos
                        indicados, para que não se perca a oportunidade da detecção e do rastreamento de novos
                        casos.
                     A baciloscopia é um procedimento de fácil execução e de baixo custo, permitindo que
                        qualquer laboratório da UBS possa executá-la, não devendo, porém ser considerada como
                        critério de diagnóstico da hanseníase.



                    Elaboração:                                                                                     21
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Elaboração:                                                              22
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO
                                       NEURAL
                     Para determinar o grau de incapacidade física, deve-se realizar o teste da sensibilidade dos
                        olhos, mãos e pés.
                     É recomendada a utilização do conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein (6
                        monofilamentos: 0.05g, 0.2g, 2g, 4g, 10g e 300g), nos pontos de avaliação de sensibilidade
ASPECTOS CLÍNICOS




                        em mãos e pés, e do fio dental (sem sabor) para os olhos.
                     Considera-se, grau 1 de incapacidade, ausência de resposta ao filamento igual ou mais pesado
                        que o de 2g (cor violeta).




                    Elaboração:                                                                                      23
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AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO
                                       NEURAL
                    O formulário para avaliação do grau de incapacidade física (Anexo III da Portaria SVS/SAS/MS nº
                    125, de 26 de março de 2009), deverá ser preenchido conforme critérios expressos no Quadro.
ASPECTOS CLÍNICOS




                           Critérios de avaliação do grau de incapacidade e da função neural




                    Elaboração: Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
                                                                                                                      24
AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO
                                       NEURAL
                     Para verificar a integridade da função neural recomenda-se a utilização do formulário de
                        Avaliação Neurológica Simplificada (Anexo IV da Portaria SVS/SAS/MS nº 125, de 26 de março
                        de 2009).
                     Para avaliação da força motora, preconiza-se o teste manual da exploração da força
                        muscular, a partir da unidade músculo-tendinosa durante o movimento e da capacidade de
ASPECTOS CLÍNICOS




                        oposição à força da gravidade e à resistência manual, em cada grupo muscular referente a um
                        nervo específico.
                                                                                              Exemplo: Prova da força
                                                                                             muscular do tibial anterior
                    Critérios de graduação da força muscular




                    Elaboração:                                                                                            25
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REAÇÕES HANSÊNICAS
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Elaboração:                                                              26
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS

                     O tratamento é eminentemente ambulatorial;
                     No início do tratamento a transmissão da doença é interrompida e, se realizado de forma
                        completa e correta, garante a cura da doença;
                     A PQT/OMS é constituída pela administração associada de:
                           Rifampicina: antibacteriano (ação contra bactérias Gram-negativas e Gram-positivas)
ASPECTOS CLÍNICOS




                           Dapsona: antibacteriano e antiparasitário
                           Clofazimina: antibacteriano
                     Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com
                        frequência, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença.
                     É administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do
                        doente em paucibacilar e multibacilar
                     Em caso de intolerância a um dos medicamentos do esquema padrão, são indicados
                        esquemas alternativos
                     A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizado pelo esquema
                        terapêutico, dentro do prazo recomendado.


                    Elaboração:                                                                                   27
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Elaboração:                                                              28
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Elaboração:                                                              29
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
ASPECTOS CLÍNICOS




                    Elaboração:                                                              30
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
                                SEGUIMENTO DE CASOS
                     Agendar retorno a cada 28 dias para receber dose supervisionada e nova cartela;

                     Para evitar abando, visitar os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada
                        em, no máximo, 30 dias;
ASPECTOS CLÍNICOS




                     Em cada consulta deve-se submeter à revisão sistemática pelo médico

                     Mais de 25 milhões de pessoas já utilizaram a PQT, nos últimos 25 anos.

                     Os efeitos adversos às medicações que compõem a PQT não são frequentes, que, em
                        geral, são bem toleradas. No entanto, se ocorrer, deve-se suspender temporariamente e
                        encaminhá-lo para unidade de média ou alta complexidade;

                     Casos de hanseníase que apresentem outras doenças associadas
                        (AIDS, tuberculose, nefropatias, hepatopatias, endocrinopatias), se necessário, devem ser
                        encaminhados às unidades de saúde de maior complexidade para avaliação




                    Elaboração:                                                                                     31
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TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
                                    EM GESTANTE
                     Mulheres com diagnóstico de hanseníase e não grávidas devem receber aconselhamento
                        para planejar a gestação após a finalização do tratamento de hanseníase.

                     O tratamento da hanseníase, têm sua utilização recomendada mesmo no 1º trimestre;
ASPECTOS CLÍNICOS




                     As alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular

                     Em gestantes os primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada, apareçam
                        durante a gravidez e no puerpério, quando também podem ocorrer os estados reacionais e
                        os episódios de recidivas.

                     A gestação, nas mulheres portadoras de hanseníase, tende a apresentar poucas
                        complicações, exceto pela anemia, comum em doenças crônicas.

                     Os recém-nascidos, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada pela
                        clofazimina, ocorrendo a regressão gradual da pigmentação.




                    Elaboração:                                                                                  32
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
                               COINFECÇÃO: TUBERCULOSE
                    Paciente com tuberculose e hanseníase deve ser mantido o esquema terapêutico apropriado para
                    a tuberculose (lembrando que, nesse caso, a dose de Rifampicina, de 600mg, será administrada
                    diariamente), acrescido dos medicamentos específico para a hanseníase, nas doses e tempos
                    previstos no esquema padrão PQT/OMS:
ASPECTOS CLÍNICOS




                     para os casos Paucibacilares, acrescenta-se a Dapsona;

                     para os casos multibacilares, acrescenta-se a Dapsona e a Clofazimina até o término do
                        tratamento da tuberculose, quando deverá ser acrescida a Rifampicina do esquema padrão da
                        hanseníase;

                     para os casos que não utilizam a Rifampicina no tratamento da tuberculose, por
                        contraindicação dessa droga, utilizar o esquema substitutivo próprio para estes casos, na
                        hanseníase;

                     para os casos que não utilizam a Rifampicina no tratamento da tuberculose por resistência do
                        Mycobacterium tuberculosis a essa droga, utilizar o esquema padrão PQT/OMS da hanseníase.


                    Elaboração:                                                                                      33
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS
                            COINFECÇÃO: HIV/AIDS OU OUTRAS

                     Hanseníase e infecção pelo HIV e/ou Aids – para o paciente com infecção pelo HIV e/ou aids e
                        hanseníase, deve ser mantido o esquema PQT/OMS, de acordo com a classificação operacional.
ASPECTOS CLÍNICOS




                     Hanseníase e outras doenças – em casos de associação da hanseníase com doenças
                        hepáticas, renais ou hematológicas, a escolha do melhor esquema terapêutico para tratar a
                        hanseníase deverá ser discutida com especialistas das referidas áreas.




                    Elaboração:                                                                                      34
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
CRITÉRIOS PARA ALTA POR CURA
                     O encerramento da PQT deve ser estabelecido segundo os critérios de regularidade ao
                        tratamento:
                            número de doses e
                            tempo de tratamento
                            avaliação neurológica simplificada
                            avaliação do grau de incapacidade física o
ASPECTOS CLÍNICOS




                            orientação para os cuidados após a alta.
                     Situações a serem observadas:
                     Condutas para pacientes irregulares que não completaram o tratamento preconizado:
                            PB (6 doses, em até 9 meses)
                            MB (12 doses, em até 18 meses)
                            Avaliar quanto à necessidade de reinício ou possibilidade de aproveitamento de doses
                                 anteriores.
                     Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento:
                            Pacientes MB – sem melhora clínica ao final das 12 doses PQT/OMS, a indicação de um
                                 segundo ciclo de 12 doses de tratamento deverá ser baseada na associação de sinais de
                                 atividade da doença, mediante exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e, se
                                 indicada, histopatologia), em unidades de referência
                    Elaboração:                                                                                          35
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
DEFINIÇÃO DE CASO E NOTIFICAÇÃO
                      Definição de caso: pessoa que apresenta um
                      ou mais dos seguintes sinais cardinais e que
                      necessita de tratamento poliquimioterápico:
                              lesão e/ou área da pele com
                                  diminuição ou alteração de
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                                  sensibilidade;
                              acometimento de nervo
                                  periférico, com ou sem
                                  espessamento associado a
                                  alterações sensitivas e/ou motoras
                                  e/ou autonômicas; e
                              baciloscopia positiva de esfregaço
                                  intradérmico.
                      Notificação: doença de notificação
                      compulsória em todo território nacional e de
                      investigação obrigatória.
                      Ficha: www.saude.gov.br/sinanweb
                      Elaboração:                                                              36
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
FICHA DE NOTIFICAÇÃO
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                      http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Hanseniase.pdf
                      Elaboração:                                                                           37
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
FICHA DE NOTIFICAÇÃO
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                      http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Hanseniase.pdf
                      Elaboração:                                                                           38
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
FICHA DE ACOMPANHAMENTO - SIAB

                       A Ficha B-HAN serve para o cadastramento e acompanhamento mensal de
                          pessoas com hanseníase.

                       A cada visita os dados desta ficha devem ser atualizados.
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                       Ela fica de posse do ACS e deve ser revisada periodicamente pelo
                          instrutor/supervisor. Sempre que cadastrar um caso novo de hanseníase, o
                          agente comunitário de saúde deve discutir com o instrutor/supervisor o
                          acompanhamento do mesmo.




                      Elaboração:                                                                    39
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
FICHA DE ACOMPANHAMENTO - SIAB
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                      Elaboração:                                                              40
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
AÇÕES ESTRATÉGICAS

                               ESTRATÉGIA                                               PÚBLICO   NECESSIDADES



                                                                               Mobilização de gestores
AÇÕES DE VIGILÂNCIA




                                                                               Equipes da ESF
                                                                               mobilizadas/capacitadas
                      Busca ativa de        População escolar da faixa etária
                                                                               para diagnóstico e
                      sintomáticos          de 5 a 14 anos, na rede pública de
                                                                               tratamento
                      dermatológicos        ensino
                                                                               Professores treinados
                                                                               Medicamentos /insumos
                      Exame de comunicantes Comunicantes dos casos novos
                                                                               Mídia
                                                                               Material para “espelho”
                                                                               Material para estudantes




                      Elaboração:                                                                                41
                      Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
PREVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS E INCAPACIDADES
                     A principal forma de prevenir a instalação de deficiências e incapacidades físicas é o
                        diagnóstico precoce.
                     A prevenção de deficiências (temporárias) e incapacidades (permanentes) não deve ser
                        dissociada do tratamento PQT.
                     As ações de prevenção de incapacidades e deficiências fazem parte da rotina dos serviços de
ASPECTOS CLÍNICOS




                        saúde e recomendadas para todos os pacientes.
                     A avaliação neurológica deve ser realizada:
                             no início do tratamento;
                             a cada 3 meses durante o tratamento, se não houver queixas;
                             sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza
                             muscular, início ou piora de queixas parestésicas;
                             no controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados reacionais e
                             neurites;
                             na alta do tratamento;
                             no acompanhamento pós-operatório de descompressão neural, com 15, 45, 90 e 180 dias.

                    Elaboração:                                                                                     42
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
VACINAÇÃO BCG (BACILO DE CALMETTE-GUËRIN)
                     Calendário Vacinal: dose única - deve ser administrada o mais precocemente possível,
                        preferencialmente logo após o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas,
                        administrar a vacina após a criança atingir 2 Kg e ao completar 1 mês de vida.
                    Contatos intradomiciliares:
                     A vacina BCG-ID deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares, sem presença de sinais e
                        sintomas de hanseníase, no momento da avaliação, independentemente de serem contatos
ASPECTOS CLÍNICOS




                        de casos PB ou MB. A aplicação da vacina BCG depende da história vacinal e segue as
                        recomendações do Quadro
                     Todo contato de hanseníase deve receber orientação de que a BCG não é uma vacina
                        específica para este agravo e, nesse grupo, é destinada, prioritariamente, aos contatos
                        intradomiciliares.
                                  Recomendações para aplicação de BCG-ID nos contatos intradomiciliares




                    Elaboração:                                                                                      43
                    Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
 www.saude.gov.br/svs - Vigilância de A a Z

               http://hansen.bvs.br/php/index.php - Biblioteca Virtual em Saúde - Hanseníase

               www.morhan.org.br/ - Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela
                hanseníase

               www.novartis.com.br - Indústria farmacêutica
REFERÊNCIAS




               Cadernos da Atenção Básica -
                http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad21.pdf

               www.who.int

               Apresentação gentilmente cedida pela Dra. Rosa Castália França Ribeiro Soares –
                Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação – CGHDE
OBRIGADO!
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Hanseníase

  • 1. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA HANSENÍASE Wanderson Kleber de Oliveira Epidemiologista Agosto de 2012
  • 2. HISTÓRICO  Uma das doenças mais antigas , referências datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença.  A hanseníase tem este nome em homenagem a Gerhard Armauer Hansen (1841- 1912), médico norueguês que descobriu, em 1873, o micróbio causador da infecção. CARACTERÍSTICAS GERAIS  O termo hanseníase está oficialmente adotado no Brasil desde 1976.  A palavra lepra significa escamoso em grego e designava, na antiguidade, doenças que hoje conhecemos por psoríase, eczema e outras dermatoses.  À medida em que suas causas foram descobertas, essas doenças passaram a ter uma denominação apropriada.  As palavras lepra e leproso estão associadas a ideias de impureza, podridão, nojeira e repugnância, é anticientífico e desumano considerá-las como sinônimos de hanseníase e de portador de hanseníase Elaboração: 2 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 3. DESCRIÇÃO DA DOENÇA  Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.  Alta infectividade - capacidade de infectar grande número de indivíduos  Baixa patogenicidade - poucos adoecem  O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora CARACTERÍSTICAS GERAIS ainda existam lacunas quanto ao ambiente social.  O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae.  A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram significativamente o quadro da hanseníase, que atualmente tem tratamento e cura.  No Brasil, cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos. Elaboração: 3 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 4. AGENTE E RESERVATÓRIO Agente etiológico  O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente, em forma de bastonete.  É um parasita intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de Schwann.  Esse bacilo não cresce em meios de cultura artificiais, ou seja, in vitro. CARACTERÍSTICAS GERAIS Reservatório  O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, macaco mangabei e o chimpanzé.  Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal). Elaboração: 4 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 5. MODO DE TRANSMISSÃO  A hanseníase se pega somente de uma pessoa infectada apresentando forma multibacilar - MB (virchowianos e dimorfos), isto é, que esteja eliminando os bacilos de Hansen pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros) e que não esteja fazendo tratamento  o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo. CARACTERÍSTICAS GERAIS  Uma vez iniciado, a doença deixa de ser transmitida imediatamente, mesmo antes da cura. NÃO se transmite por:  Meio de copos, pratos e talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos do paciente;  Assentos, como cadeiras e bancos;  Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transportes coletivos ou serviços de saúde;  Picada de inseto;  Relação sexual;  Aleitamento materno;  Doação de sangue;  Herança genética ou congênita (gravidez). Elaboração: 5 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 6. INCUBAÇÃO, TRANSMISSIBILIDADE E IMUNIDADE Período de incubação  Em média, de 2 a 7 anos (intervalo: 7 meses a 10 anos) Período de transmissibilidade  Paucibacilares (PB), indeterminados e tuberculóides (poucos bacilos) - não são CARACTERÍSTICAS GERAIS importantes, devido à baixa carga bacilar.  Multibacilares (MB) - constituem o principal grupo, mantendo-se como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado. Suscetibilidade e imunidade  Depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio M. leprae.  Devido ao longo período de incubação, a hanseníase é menos frequente em menores de 15 anos, contudo, em áreas mais endêmicas, a exposição precoce, em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária.  Embora acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino. Elaboração: 6 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 7. TAXA DE PREVALÊNCIA NOTIFICADA À OMS COM INÍCIO EM JANEIRO DE 2011 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Elaboração: 7 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 8. PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE E NÚMERO DE CASOS NOVOS DETECTADOS EM 130 PAÍSES OU TERRITÓRIOS DA OMS EM 2010 ATÉ FINAL DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2011 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Elaboração: 8 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 9. Coeficiente de prevalência de hanseníase por 10 mil habitantes Brasil, *2011 *Prevalência 2011 1,44 casos/10 mil habitantes ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Registro ativo - 27.507 pacientes Em 2010 foi de 1,56 (- 7,7%) Registro ativo por UF em 2011. Os estados de AL, SE, RN, MG, RJ, SP, PR, SC, RS e DF com prevalência abaixo de 1,00 por 10 mil habitantes. AL, SE alcançaram eliminação em 2011.  Dados preliminares  Fonte: SINAN/SVS/MS 08/03/12 Elaboração: 9 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 10. Coeficiente de detecção geral de hanseníase por 100 mil habitantes. UF – Brasil, *2011. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Coeficiente de detecção 15,9/100 mil hab. com 33.277 casos novos (2.341 em crianças) distribuídos em 3.197/5.565 municípios. Redução de 4,6% para 2010.  Dados preliminares  Fonte: SINAN/SVS/MS 08/03/12 Elaboração: 10 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 11. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DE HANSENÍASE. BRASIL, 2000 A 2011 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Parâmetros Elaboração: 11 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 12. Percentual de curados nas coortes de hanseníase em 31 de dezembro. UF – Brasil, *2011. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Elaboração: 12 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 13. Percentual de contatos examinados entre os registros de casos novos de hanseníase. UF – Brasil, *2011. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Elaboração: 13 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 14. Percentual de contatos examinados entre os registros de casos novos de hanseníase. UF – Brasil, *2011. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS INDICADOR - PORTARIA Nº 2.556, 2011* DE 28 DE OUTUBRO DE 2011 43,6% Proporção de contatos intradomiciliares examinados entre (253 municípios os contatos registrados dos casos novos de hanseníase. prioritários) 78,6% Proporção de cura de hanseníase entre os casos novos (253 municípios diagnosticados nos anos das coortes prioritários) *Dados preliminares Elaboração: 14 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 15. DIAGNÓSTICO CLÍNICO  O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). ASPECTOS CLÍNICOS  Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural pura), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.  Recomenda-se que nessas unidades os mesmos sejam submetidos novamente ao exame dermatoneurológico criterioso, à coleta de material (baciloscopia ou histopatologia cutânea ou de nervo periférico sensitivo), a exames eletrofisiológicos e/ou outros mais complexos, para identificar comprometimento cutâneo ou neural discreto e para diagnóstico diferencial com outras neuropatias periféricas. Elaboração: 15 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 16. DIAGNÓSTICO CLÍNICO  Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige exame criterioso, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Nesse caso, recomenda-se utilizar o “Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em Menores de 15 Anos” (Portaria SVS/SAS/MS nº 125, de 26 de março de 2009).  O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras doenças ASPECTOS CLÍNICOS curáveis. Se vier a causar impacto psicológico, tanto a quem adoeceu quanto aos familiares ou pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem apropriada pela equipe de saúde, que permita a aceitação do problema, superação das dificuldades e maior adesão aos tratamentos.  Essa atenção deve ser oferecida no momento do diagnóstico, bem como no decorrer do tratamento da doença e, se necessária, após a alta.  A classificação operacional do caso de hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele; Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele. Elaboração: 16 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 17. CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE ASPECTOS CLÍNICOS Notas:  Na hanseníase virchowiana, afora as lesões dermatológicas e das mucosas, ocorrem também lesões viscerais.  Na hanseníase tuberculóide, o comprometimento dos nervos é mais precoce e intenso.  Os casos não classificados quanto à forma clínica serão considerados, para fins de tratamento, como multibacilares. Elaboração: 17 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 18. FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: PAUCIBACILAR (PB) INDETERMINADA TUBERCULÓIDE ASPECTOS CLÍNICOS Fonte: Atlas de hanseníase. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima, 2002. Elaboração: 18 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 19. FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: MULTIBACILAR (MB) DIMORFA VIRCHOWIANA ASPECTOS CLÍNICOS Fonte: Atlas de hanseníase. Bauru: Instituto Lauro de Souza Lima, 2002. Elaboração: 19 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 20. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Algumas dermatoses podem se assemelhar a algumas formas e reações de hanseníase e exigem segura diferenciação. Exemplos: Leishmaniose Vitiligo Esclerose Tuberosa Nevo acrômico Tegumentar Granuloma anular ASPECTOS CLÍNICOS Sífilis Terciária Tinha do corpo Elaboração: 20 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 21. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame baciloscópico  A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB.  A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões.  O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase. ASPECTOS CLÍNICOS Exame histopatológico  indicado como suporte na elucidação diagnóstica e em pesquisas. Procedimentos Realizados pela Unidade Básica  Cabe aos profissionais da unidade acolher, identificar e coletar as amostras dos casos indicados, para que não se perca a oportunidade da detecção e do rastreamento de novos casos.  A baciloscopia é um procedimento de fácil execução e de baixo custo, permitindo que qualquer laboratório da UBS possa executá-la, não devendo, porém ser considerada como critério de diagnóstico da hanseníase. Elaboração: 21 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 22. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ASPECTOS CLÍNICOS Elaboração: 22 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 23. AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO NEURAL  Para determinar o grau de incapacidade física, deve-se realizar o teste da sensibilidade dos olhos, mãos e pés.  É recomendada a utilização do conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein (6 monofilamentos: 0.05g, 0.2g, 2g, 4g, 10g e 300g), nos pontos de avaliação de sensibilidade ASPECTOS CLÍNICOS em mãos e pés, e do fio dental (sem sabor) para os olhos.  Considera-se, grau 1 de incapacidade, ausência de resposta ao filamento igual ou mais pesado que o de 2g (cor violeta). Elaboração: 23 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 24. AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO NEURAL O formulário para avaliação do grau de incapacidade física (Anexo III da Portaria SVS/SAS/MS nº 125, de 26 de março de 2009), deverá ser preenchido conforme critérios expressos no Quadro. ASPECTOS CLÍNICOS Critérios de avaliação do grau de incapacidade e da função neural Elaboração: Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br 24
  • 25. AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE E DA FUNÇÃO NEURAL  Para verificar a integridade da função neural recomenda-se a utilização do formulário de Avaliação Neurológica Simplificada (Anexo IV da Portaria SVS/SAS/MS nº 125, de 26 de março de 2009).  Para avaliação da força motora, preconiza-se o teste manual da exploração da força muscular, a partir da unidade músculo-tendinosa durante o movimento e da capacidade de ASPECTOS CLÍNICOS oposição à força da gravidade e à resistência manual, em cada grupo muscular referente a um nervo específico. Exemplo: Prova da força muscular do tibial anterior Critérios de graduação da força muscular Elaboração: 25 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 26. REAÇÕES HANSÊNICAS ASPECTOS CLÍNICOS Elaboração: 26 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 27. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS  O tratamento é eminentemente ambulatorial;  No início do tratamento a transmissão da doença é interrompida e, se realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença;  A PQT/OMS é constituída pela administração associada de: Rifampicina: antibacteriano (ação contra bactérias Gram-negativas e Gram-positivas) ASPECTOS CLÍNICOS Dapsona: antibacteriano e antiparasitário Clofazimina: antibacteriano  Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequência, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença.  É administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do doente em paucibacilar e multibacilar  Em caso de intolerância a um dos medicamentos do esquema padrão, são indicados esquemas alternativos  A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizado pelo esquema terapêutico, dentro do prazo recomendado. Elaboração: 27 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 28. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS ASPECTOS CLÍNICOS Elaboração: 28 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 29. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS ASPECTOS CLÍNICOS Elaboração: 29 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 30. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS ASPECTOS CLÍNICOS Elaboração: 30 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 31. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS SEGUIMENTO DE CASOS  Agendar retorno a cada 28 dias para receber dose supervisionada e nova cartela;  Para evitar abando, visitar os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada em, no máximo, 30 dias; ASPECTOS CLÍNICOS  Em cada consulta deve-se submeter à revisão sistemática pelo médico  Mais de 25 milhões de pessoas já utilizaram a PQT, nos últimos 25 anos.  Os efeitos adversos às medicações que compõem a PQT não são frequentes, que, em geral, são bem toleradas. No entanto, se ocorrer, deve-se suspender temporariamente e encaminhá-lo para unidade de média ou alta complexidade;  Casos de hanseníase que apresentem outras doenças associadas (AIDS, tuberculose, nefropatias, hepatopatias, endocrinopatias), se necessário, devem ser encaminhados às unidades de saúde de maior complexidade para avaliação Elaboração: 31 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 32. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS EM GESTANTE  Mulheres com diagnóstico de hanseníase e não grávidas devem receber aconselhamento para planejar a gestação após a finalização do tratamento de hanseníase.  O tratamento da hanseníase, têm sua utilização recomendada mesmo no 1º trimestre; ASPECTOS CLÍNICOS  As alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular  Em gestantes os primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada, apareçam durante a gravidez e no puerpério, quando também podem ocorrer os estados reacionais e os episódios de recidivas.  A gestação, nas mulheres portadoras de hanseníase, tende a apresentar poucas complicações, exceto pela anemia, comum em doenças crônicas.  Os recém-nascidos, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada pela clofazimina, ocorrendo a regressão gradual da pigmentação. Elaboração: 32 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 33. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS COINFECÇÃO: TUBERCULOSE Paciente com tuberculose e hanseníase deve ser mantido o esquema terapêutico apropriado para a tuberculose (lembrando que, nesse caso, a dose de Rifampicina, de 600mg, será administrada diariamente), acrescido dos medicamentos específico para a hanseníase, nas doses e tempos previstos no esquema padrão PQT/OMS: ASPECTOS CLÍNICOS  para os casos Paucibacilares, acrescenta-se a Dapsona;  para os casos multibacilares, acrescenta-se a Dapsona e a Clofazimina até o término do tratamento da tuberculose, quando deverá ser acrescida a Rifampicina do esquema padrão da hanseníase;  para os casos que não utilizam a Rifampicina no tratamento da tuberculose, por contraindicação dessa droga, utilizar o esquema substitutivo próprio para estes casos, na hanseníase;  para os casos que não utilizam a Rifampicina no tratamento da tuberculose por resistência do Mycobacterium tuberculosis a essa droga, utilizar o esquema padrão PQT/OMS da hanseníase. Elaboração: 33 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 34. TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT/OMS COINFECÇÃO: HIV/AIDS OU OUTRAS  Hanseníase e infecção pelo HIV e/ou Aids – para o paciente com infecção pelo HIV e/ou aids e hanseníase, deve ser mantido o esquema PQT/OMS, de acordo com a classificação operacional. ASPECTOS CLÍNICOS  Hanseníase e outras doenças – em casos de associação da hanseníase com doenças hepáticas, renais ou hematológicas, a escolha do melhor esquema terapêutico para tratar a hanseníase deverá ser discutida com especialistas das referidas áreas. Elaboração: 34 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 35. CRITÉRIOS PARA ALTA POR CURA  O encerramento da PQT deve ser estabelecido segundo os critérios de regularidade ao tratamento:  número de doses e  tempo de tratamento  avaliação neurológica simplificada  avaliação do grau de incapacidade física o ASPECTOS CLÍNICOS  orientação para os cuidados após a alta.  Situações a serem observadas:  Condutas para pacientes irregulares que não completaram o tratamento preconizado:  PB (6 doses, em até 9 meses)  MB (12 doses, em até 18 meses)  Avaliar quanto à necessidade de reinício ou possibilidade de aproveitamento de doses anteriores.  Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento:  Pacientes MB – sem melhora clínica ao final das 12 doses PQT/OMS, a indicação de um segundo ciclo de 12 doses de tratamento deverá ser baseada na associação de sinais de atividade da doença, mediante exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e, se indicada, histopatologia), em unidades de referência Elaboração: 35 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 36. DEFINIÇÃO DE CASO E NOTIFICAÇÃO Definição de caso: pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento poliquimioterápico:  lesão e/ou área da pele com diminuição ou alteração de AÇÕES DE VIGILÂNCIA sensibilidade;  acometimento de nervo periférico, com ou sem espessamento associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e  baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico. Notificação: doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória. Ficha: www.saude.gov.br/sinanweb Elaboração: 36 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 37. FICHA DE NOTIFICAÇÃO AÇÕES DE VIGILÂNCIA http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Hanseniase.pdf Elaboração: 37 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 38. FICHA DE NOTIFICAÇÃO AÇÕES DE VIGILÂNCIA http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Hanseniase.pdf Elaboração: 38 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 39. FICHA DE ACOMPANHAMENTO - SIAB  A Ficha B-HAN serve para o cadastramento e acompanhamento mensal de pessoas com hanseníase.  A cada visita os dados desta ficha devem ser atualizados. AÇÕES DE VIGILÂNCIA  Ela fica de posse do ACS e deve ser revisada periodicamente pelo instrutor/supervisor. Sempre que cadastrar um caso novo de hanseníase, o agente comunitário de saúde deve discutir com o instrutor/supervisor o acompanhamento do mesmo. Elaboração: 39 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 40. FICHA DE ACOMPANHAMENTO - SIAB AÇÕES DE VIGILÂNCIA Elaboração: 40 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 41. AÇÕES ESTRATÉGICAS ESTRATÉGIA PÚBLICO NECESSIDADES Mobilização de gestores AÇÕES DE VIGILÂNCIA Equipes da ESF mobilizadas/capacitadas Busca ativa de População escolar da faixa etária para diagnóstico e sintomáticos de 5 a 14 anos, na rede pública de tratamento dermatológicos ensino Professores treinados Medicamentos /insumos Exame de comunicantes Comunicantes dos casos novos Mídia Material para “espelho” Material para estudantes Elaboração: 41 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 42. PREVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS E INCAPACIDADES  A principal forma de prevenir a instalação de deficiências e incapacidades físicas é o diagnóstico precoce.  A prevenção de deficiências (temporárias) e incapacidades (permanentes) não deve ser dissociada do tratamento PQT.  As ações de prevenção de incapacidades e deficiências fazem parte da rotina dos serviços de ASPECTOS CLÍNICOS saúde e recomendadas para todos os pacientes.  A avaliação neurológica deve ser realizada: no início do tratamento; a cada 3 meses durante o tratamento, se não houver queixas; sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas; no controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados reacionais e neurites; na alta do tratamento; no acompanhamento pós-operatório de descompressão neural, com 15, 45, 90 e 180 dias. Elaboração: 42 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 43. VACINAÇÃO BCG (BACILO DE CALMETTE-GUËRIN)  Calendário Vacinal: dose única - deve ser administrada o mais precocemente possível, preferencialmente logo após o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas, administrar a vacina após a criança atingir 2 Kg e ao completar 1 mês de vida. Contatos intradomiciliares:  A vacina BCG-ID deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares, sem presença de sinais e sintomas de hanseníase, no momento da avaliação, independentemente de serem contatos ASPECTOS CLÍNICOS de casos PB ou MB. A aplicação da vacina BCG depende da história vacinal e segue as recomendações do Quadro  Todo contato de hanseníase deve receber orientação de que a BCG não é uma vacina específica para este agravo e, nesse grupo, é destinada, prioritariamente, aos contatos intradomiciliares. Recomendações para aplicação de BCG-ID nos contatos intradomiciliares Elaboração: 43 Wanderson Oliveira - Epidemiologista - www.epilibertas.blogspot.com.br
  • 44.  www.saude.gov.br/svs - Vigilância de A a Z  http://hansen.bvs.br/php/index.php - Biblioteca Virtual em Saúde - Hanseníase  www.morhan.org.br/ - Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase  www.novartis.com.br - Indústria farmacêutica REFERÊNCIAS  Cadernos da Atenção Básica - http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad21.pdf  www.who.int  Apresentação gentilmente cedida pela Dra. Rosa Castália França Ribeiro Soares – Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação – CGHDE
  • 45. OBRIGADO! ACESSE O BLOG EPILIBERTAS www.epilibertas.blogspot.com.br/ Blog destinado ao compartilhamento de materiais sobre epidemiologia, vigilância em saúde e informática de conteúdo livre.