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FATEC
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA
APOIO À DECISÃO BASEADA EM MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
WILLIAN ALVES LIMA E EDSON ADRIANO ALVES DE SOUZA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2007
FATEC
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA
APOIO À DECISÃO BASEADA EM MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
WILLIAN ALVES LIMA E EDSON ADRIANO
São José do Rio Preto
2007
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia de
São José do Rio Preto - FATEC, para
obtenção do grau de Tecnólogo do Curso de
Informática – Ênfase em Gestão de Negócios,
sob orientação do Prof.: Sergio Paiva.
FATEC
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
BANCA EXAMINADORA:
Nota Final: _______ ( ) em ___/___/2006
_________________________________
Prof.
_________________________________
Prof.
_________________________________
Prof.
São José do Rio Preto
2007
Lima, Willian Alves e Edson Adriano
Desenvolvimento de uma Ferramenta para apoio à Decisão
Baseada em Métodos de Avaliação de Investimentos ./
Willian Alves Lima e Edson Adriano - José do Rio Preto :
[s.n.], 2007.
Trabalho de Conclusão de Curso (Informática – Ênfase Gestão
de Negócios) – Faculdade de Tecnologia de São José do Rio Preto
– FATEC.
Bibliografia: f.50.
Para nossos pais,
JOÃO E LUCINEIRE / IVANO E TEREZA
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos dá o conhecimento e a sabedoria necessária para vida e
crescimento pessoal; à Profª Maria Sueli, pela sua paciência, compreensão e
dedicação em ensinar e orientar o nosso trabalho, transmitindo sua experiência e
conhecimento, permitindo assim, a realização de nosso trabalho; a todos os colegas e
amigos da faculdade; ao Prof. Sergio Paiva, orientador do nosso projeto de graduação,
pelo apoio, idéias e apontamentos que nos guiaram pelo caminho desse projeto; a
todos os professores, administradores e demais funcionários da FATEC, por tornarem
possível a nossa formação acadêmica e também pessoal.
“Não é digno de saborear o mel,
aquele que se afasta da colméia
com medo das picadas das abelhas.”
WILLIAN SHAKESPEARE
RESUMO
Ferramentas de apoio à decisão são de grande importância no mundo dos negócios
atual, principalmente no que se refere à análise de investimentos. Tópico de grande
importância de um plano de negócio, referindo se ao retorno esperado do investimento, assim
como a viabilidade de tal empreendimento. O presente trabalho apresenta métodos de análise
de investimentos e de demonstrativos financeiros apresentados por vários autores, entre eles
SODRE(2007) e RAMOS(2005), como Payback, Valor Presente Líquido e outros. Por meio
desses métodos foi possível desenvolver uma ferramenta que analisa dados dos projetos de
investimentos e obtém relatórios com simulações e índices que auxiliam o usuário na escolha
do melhor investimento adotado. A ferramenta desenvolvida utiliza fundamentos de sistemas
de apoio à decisão, apresentados por O’Brien, pois permite a seu usuário simular cenários
futuros para a melhor avaliação de uma tomada de investimentos. Pode se concluir, com o
resultado deste trabalho, que é possível desenvolver ferramentas de apoio à decisão sobre
projetos de investimentos baseados em métodos conhecidos de avaliação de investimentos e
fundamentos de sistemas de apoio à decisão.
PALAVRAS-CHAVE:Métodos de Análise de Investimentos, Análise de Demonstrativos
Financeiros e Sistemas de Apoio à Decisão.
ABSTRACT
Tools of support to the decision are of great importance in the world of the
businesses current, mainly as for the analysis of investments. Topic of great importance of a
business plan, relating if to the waited return of the investment, as well as the viability of such
enterprise. The present work presents methods of analysis of investments and financial
demonstratives presented by some authors, between them SODRE (2007) and RAMOS
(2005), as Payback, Liquid Present Value and others. By means of these methods it was
possible to develop a tool that it analyzes given of the projects of investments and gets reports
with simulation and indices that assist the user in the choice of optimum adopted investment.
The developed tool uses beddings of systems of support to the decision, presented for O’
Brien, therefore allows its user to simulate future scenes for the best evaluation of a taking of
investments. It can be concluded, with the result of this work, that is possible to develop tools
of support to the decision on projects of investments based on known methods of evaluation
of investments and beddings of systems of support to the decision.
KEYWORDS: Methods of Analysis of Investments, Analysis of Financial
Demonstratives and Systems of Support to the Decision.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................6
RESUMO ..................................................................................................................................8
....................................................................................................................................................8
PALAVRAS-CHAVE:Métodos de Análise de Investimentos, Análise de Demonstrativos
Financeiros e Sistemas de Apoio à Decisão. ..........................................................................8
ABSTRACT ..............................................................................................................................9
SUMÁRIO ..............................................................................................................................10
Lista de Figuras.......................................................................................................................10
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................13
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................12
1.1 Métodos de análise de investimentos .............................................................................12
1.2 Análise de demonstrativos financeiros...........................................................................20
1.3 Sistemas de apoio à decisão .........................................................................................22
CAPÍTULO II – METODOLOGIA......................................................................................24
2.1 Objetivos da pesquisa......................................................................................................24
2.2 Problema e hipóteses.......................................................................................................24
2.3 Tipo de pesquisa..............................................................................................................25
2.4 Material e métodos..........................................................................................................25
CAPÍTULO III – DISCUSSÃO E RESULTADOS.............................................................27
3.1 Apresentação da ferramenta desenvolvida......................................................................27
3.2 Consulta à base de dados................................................................................................28
3.2.1 Características da base de dados..................................................................................29
3.2.2 Processo de consulta à base de dados..........................................................................33
3.3 Cadastramento dos dados do projeto a ser avaliado.......................................................33
3.4 Processamento dos dado a ser avaliado..........................................................................36
CONCLUSÃO.........................................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40
Lista de Figuras
Figura 01 - Análise de Investimentos...................................................................................27
Fonte: Elaborado pelos autores.............................................................................................27
Figura 02 – Barra de Menus..................................................................................................28
Fonte: Elaborado pelos autores.............................................................................................28
Figura 03 – TB_EMPRESA...................................................................................................29
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................29
Figura 04 – TB_BALANCO...................................................................................................30
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................30
Figura 05 – Relacionamento entre TB_EMPRESA e TB_BALANCO..............................31
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................31
Figura 05 - TB_PROJETO....................................................................................................31
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................31
Figura 06 - TB_FLUXO........................................................................................................32
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................32
Figura 07 - Diagrama completo............................................................................................32
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................32
Figura 08 - Menu BASE DE DADOS...................................................................................33
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................33
Figura 09 - Janela Novo Investimento..................................................................................34
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................34
Figura 10 - Fluxo de caixa.....................................................................................................37
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................37
Figura 11 - Fluxo de caixa.....................................................................................................37
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................37
Figura 12 - Análise de Projeto..............................................................................................38
Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................38
INTRODUÇÃO
É impossível negar a importância da informática nos processos decisórios das
empresas. Em um mundo cada vez mais competitivo, é necessário conhecer muito bem o
caminho que se quer seguir, por isso ferramentas que auxiliem a tomada de decisão são tão
requisitadas quanto bons executivos.
A partir dos métodos de análise de investimentos conhecidos, a ferramenta
desenvolvida por este trabalho, vem suprir a demanda acima no que se refere à escolha em
como ou em onde investir.
Antecipar o que pode acontecer com a empresa, ao escolher um determinado
investimento, é uma grande ajuda para o planejamento estratégico, além de ser parte
importante no desenvolvimento de um plano de negócios.
Enfim, a redação do trabalho que se segue, por meio dos estudos realizados, visa o
desenvolvimento de um software de apoio à decisão que auxiliará seu usuário a analisar
projetos de investimentos, como podemos observar nos capítulos que se seguem.
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Métodos de análise de investimentos
As tomadas de decisão referentes a investimentos necessitam de elaboração,
avaliação e seleção de propostas de aplicação de capital efetuadas com objetivo, normalmente
de médio e longo prazos, de produzir determinado retorno aos proprietários dos ativos. Em
um processo empresarial de investimento de capital, podem ser identificadas várias decisões
empresariais, podendo-se citar, entre outras, as decisões de substituição de ativos fixos, de
ampliação da capacidade produtiva, de lançamento de novos produtos, etc.
Segundo Sodré (2007)1
: “Em uma operação financeira de Investimento ou
Financiamento, existem várias situações que interferem na nossa decisão sobre a escolha de
uma dentre as várias possíveis alternativas.” Assim, há vários fatores que devem ser
considerados quando em uma situação de decisão. Tais fatores são abortados pelos métodos
de avaliação de investimentos e alguns deles são relatados por Ramos ( 2005):
Os parâmetros utilizados na avaliação de projetos de investimento são o
Payback, o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
No entanto, poucas são as considerações formais sobre os riscos que
envolvem os fluxos de caixa de um projeto. As formas mais comuns para essa
avaliação são as Estimativas Pessimista-Otimista e a Análise de Sensibilidade.
O primeiro é usado nas situações em que não se justifica o esforço para
obtenção da distribuição de probabilidade e o segundo fornece informações
úteis sobre o comportamento de parâmetros individuais do cálculo da
rentabilidade do investimento. (p.2)
De acordo com Ramos(2005), o método do “payback” significa o período de tempo
necessário para recuperação do investimento inicial, a partir das entradas de caixa. É
relativamente simples e seu uso é bastante difundido, entretanto é visto como uma técnica não
sofisticada, pois não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo.
Ainda segundo o autor Ramos(2005) o valor presente líquido de um fluxo de caixa é
o valor monetário do ponto zero da escala do tempo, que é equivalente à soma de suas
parcelas futuras, descontadas para o ponto zero, com uma determinada taxa de juros.
1
Cf. http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/financeira/analise/analise.htm
E a taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é a taxa de desconto que faz seu
valor presente líquido ser igual a zero. Quando superior ao custo do capital investido (k), o
projeto deve ser aceito.
Um outro método empregado para avaliar projeto é o índice de rentabilidade. Trata-
se do quociente entre o valor dos fluxos de caixas futuros esperados, após o investimento
inicial, e o valor do investimento inicial. O índice de rentabilidade mede a potência, ou seja, o
retorno monetário, pelo custo. O índice de rentabilidade não é adequado para se lidar com
situações de racionamento de recursos em períodos múltiplos.
IR = Entradas líquidas de caixas futuros/ saídas líquidas de caixa
Para Sodré (2007, p. 2), o Valor Presente Líquido ou NPV (Net Present Value) de
um fluxo de caixa de uma operação é o somatório de todos os valores atuais calculados no
instante t=0 para cada elemento isolado da operação. Já a Taxa Interna de Retorno
(IRR=Internal Rate Return) de um fluxo de caixa da operação é a taxa real de juros da
operação financeira.
Há uma conexão entre essas metodologias, o que é demonstrado pelo autor Sodré
(2007):
Há uma íntima relação entre esses dois objetos matemáticos, sendo que as
considerações sobre eles devem resultar de análises invertidas quando se
tratar de Investimentos ou Financiamentos. A razão desta inversão é que
alguém, ao realizar um Investimento de capital espera ampliar o mesmo, ao
passo que ao realizar um Financiamento de um bem espera reduzir a
aplicação. Em um Investimento, se NPV for positivo, a Taxa Real (IRR) é
maior do que a Taxa de Mercado, se NPV for negativo, a Taxa real (IRR) é
menor do que a Taxa de Mercado e se NPV=0 então a Taxa de Mercado
coincide com a Taxa Real (IRR). Conclusão: Em um Investimento, se NPV é
maior então a Taxa (IRR) também é maior. Em um Financiamento, se NPV
for positivo, a Taxa Real IRR é menor do que a Taxa de Mercado, se NPV for
negativo, a Taxa real IRR é maior do que a Taxa de Mercado e se NPV=0,
então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (IRR).Conclusão: Em um
Financiamento, se NPV é maior então a Taxa (IRR) é menor. (p.3)
13
Para a análise entre dois investimentos, investimento A e investimento B, Sodré
(2007, p.4) explica que se e os respectivos Valores Presentes Líquidos forem indicados por
NPVA e NPVB, o investimento com maior Valor Presente Líquido é o que proporciona; maior
retorno ao investidor, isto é:
Se NPVA > NPVB então A é melhor do que B.
Para a correta avaliação sobre o resultado esperado de um plano de investimento, é
necessário que se avalie o risco da operação, os métodos acima não levam em conta tal
questionamento. Por isso, Ramos (2005) apresenta outras metodologias que se baseiam em
comportamento de parâmetros individuais do cálculo da rentabilidade do investimento que é a
análise de sensibilidade, ou seja,uma abordagem comportamental que utiliza inúmeros
valores possíveis para uma dada variável, tal como entrada de caixa, para avaliar o seu
impacto no retorno da empresa. Esse tipo de análise auxilia nas decisões de investimento, pois
possibilita uma noção de variabilidade do retorno em resposta a mudanças na variável
principal.
Ramos (2005) também informa que para avaliar o risco de um projeto, a informação
necessária é a distribuição de probabilidade dos resultados possíveis do investimento, para
isso utiliza dois métodos de estimativa de probabilidade, um analítico e outro empírico.
Um método Analítico indicado por este autor é o método de Hillier, que parte da
constatação de que é possível, a partir de certas hipóteses sobre a natureza dos fluxos de caixa
associados a um projeto de investimento e sobre a forma de suas relações recíprocas, calcular
as características da distribuição dos resultados possíveis desse projeto.
Hillier identifica três casos típicos de correlação entre os fluxos de caixa de um
projeto:
a) Fluxos de caixas mutuamente independentes;
b) Fluxos de caixas perfeitamente correlacionados entre si;
c) Fluxos de caixa de natureza intermediária, nem perfeitamente independentes e
nem perfeitamente correlacionados.
As críticas em relação a este método são a dificuldade em obter as informações
necessárias a sua utilização e as hipóteses são muito restritivas para representar os problemas
reais.
Já o Método Empírico demonstrado é o método de Hertz, onde o nível de
rentabilidade de um projeto deve ser avaliado levando-se em consideração as seguintes
variáveis:
a) o atual tamanho do mercado, Mo;
b) a taxa anual de crescimento desse mercado, g;
14
c) a participação da firma nesse mercado, MS;
d) o preço do produto, P;
e) o investimento inicial do projeto, Io;
f) os custos operacionais variáveis. V;
g) as despesas com publicidade e promoção de vendas associadas ao lançamento
do produto, F;
h) a vida econômica do investimento realizado, T;
i) o valor residual do investimento realizado ao final de sua vida econômica, ST.
Nos exemplos de projetos a serem avaliados pelo Valor Presente Líquido, é possível
formular o problema da seguinte forma:
onde:
A avaliação de tal projeto requer a estimativa de cada uma das variáveis que
influenciam a rentabilidade potencial. A importância desse método é que ele possibilita levar
em consideração tantas combinações de variáveis quantas forem necessárias para termos uma
idéia precisa da distribuição de um projeto de investimento e sua importância relativa.
Todos esses métodos analisados e outros, assim como o uso de números aleatórios
com o auxílio de computador são ferramentas auxiliares para obtenção de um conjunto de
inúmeros valores representativos das variáveis determinantes, simulando com realismo a
rentabilidade de um projeto.
De acordo com o Instituto De Estudos Financeiros (2007), em uma decisão de
investimento empresarial (como uma instalação de uma nova fábrica ou a ampliação de uma
já existente) precisa passar por uma análise econômica prévia.
A análise de investimento empresarial pode suprir os seguintes objetivos:
a) Definir dentre vários projetos de investimento qual o mais rentável.
b) Calcular a rentabilidade de um determinado projeto de investimento.
c) Determinar o volume mínimo de vendas que um projeto de investimento
precisa gerar para que possa ser rentável.
d) Definir o tamanho ideal de um projeto de investimento.
15
Segundo o IEF, os métodos de análise de investimento se dividem em dois grupos:
métodos práticos e métodos analíticos. Os primeiros são mais simples, porem imprecisos e
podem conduzir a decisões erradas, embora sejam utilizados por muitas empresas,
principalmente as pequenas e médias. Os métodos analíticos baseiam-se no valor do dinheiro
no tempo, o que os torna consistentes.
Para ilustrar a utilização dos vários métodos de análise de investimento relacionados
pelo IEF, podemos usar o seguinte projeto de investimento que designaremos por P:
- Valor do investimento é de R$ 100.000 ,00
- Vida útil: 10 anos
- Valor residual: zero
- Entradas anuais de caixa: 29.925,21
- Saídas anuais de caixa: 10.000,00
O fluxo de caixa correspondente a esse projeto de investimento é o seguinte:
Anos Investimento
Entradas de
caixa
Saídas de
caixa
Fluxo de caixa
0 -100.000,00 -100.000,00
1 29.925,21 10.000,00 19.925,21
2 29.925,21 10.000,00 19.925,21
3 29.925,21 10.000,00 19.925,21
4 29.925,21 10.000,00 19.925,21
5 29.925,21 10.000,00 19.925,21
6 29.925,21 10.000,00 19.925,21
7 29.925,21 10.000,00 19.925,21
8 29.925,21 10.000,00 19.925,21
9 29.925,21 10.000,00 19.925,21
10 29.925,21 10.000,00 19.925,21
16
Tabela 01 – Projeto de investimento
Fonte: Instituto de Estudos Financeiros
Existem dois métodos práticos de análise de investimento: taxa de retorno contábil e
tempo de retorno.
A taxa de retorno contábil é a relação entre o fluxo de caixa anual esperado e o
valor do investimento. Tem dois pontos fracos: não considera o valor do dinheiro no tempo e
implicitamente admite que a vida útil dos ativos tem duração infinita. Esta última premissa
torna a taxa de retorno contábil superestimada em comparação com a taxa interna de retorno
que é o parâmetro correto.
A taxa de retorno contábil do projeto P é:
19.925,21÷ 100.00,00 = 19,92 ou 19,92% ao ano.
Ainda segundo o IEF, o tempo de retorno, também conhecido como Payback, é a
relação entre o valor do investimento e o fluxo de caixa do projeto. O tempo de retorno indica
em quanto tempo ocorre a recuperação do investimento. Os pontos fracos desse método são:
a) Não considera o valor do dinheiro no tempo.
b) Não considera os fluxos de caixa após a recuperação do capital.
c) Não pode ser aplicado quando o fluxo de caixa não é convencional. Um fluxo
de caixa não convencional é aquele em que existe mais de uma mudança de sinal (negativo
para positivo ou vice-versa).
No projeto P o tempo de retorno é:
100.00,00 ÷ 19.925,21 = 5,01 anos
Os métodos apresentados como analíticos pelo IEF são precisos porque se baseiam
no valor do dinheiro no tempo. A precisão mencionada se refere à metodologia utilizada para
analisar os dados do projeto.
Segundo o IEF (2007):
O valor do dinheiro no tempo para cada empresa é expresso por um parâmetro
denominado Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Essa taxa é específica para
cada empresa e representa a taxa de retorno que ela está disposta a aceitar em
um investimento de risco (projeto empresarial) para abrir mão de um retorno
certo num investimento sem risco no mercado financeiro. (p. 1)
17
Os métodos analíticos empregados em análise de investimentos são o Valor Presente
Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
O IEF apresenta o valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento com
sendo igual ao valor presente de suas entradas de caixa menos o valor presente de suas saídas
de caixa. Para cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) como taxa de desconto. O valor presente líquido calculado
para um projeto significa o somatório do valor presente das parcelas periódicas de lucro
econômico gerado ao longo da vida útil desse projeto. O lucro econômico pode ser definido
como a diferença entre a receita periódica e o custo operacional periódico acrescido do custo
de oportunidade periódico do investimento.
Utilizando uma calculadora financeira e considerando-se uma TMA de 10% ao ano,
encontRamos para o projeto de investimento P um Valor Presente Líquido de R$ 20.392,54.
Se considerarmos uma TMA de 15% ao ano, o Valor Presente Líquido do Projeto será zero.
Para uma TMA de 0%, o lucro econômico periódico se confunde com o lucro contábil
periódico e o valor presente líquido é igual ao somatório dos lucros contábeis periódicos.
Podemos ter as seguintes possibilidades para o Valor Presente Líquido de um
projeto de investimento:
a) Maior do que zero: significa que o investimento é economicamente atrativo,
pois o valor presente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das
saídas de caixa;
b) Igual a zero: o investimento é indiferente pois o valor presente das entradas de
caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa;
c) Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente atrativo
porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente
das saídas de caixa.
Entre vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele que tem maior Valor
Presente Líquido.
A Taxa Interna de Retorno é o percentual de retorno obtido sobre o saldo
investido e ainda não recuperado em um projeto de investimento. Matematicamente, a Taxa
Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao
valor ao presente das saídas de caixa do projeto de investimento.Por exemplo, para um o
projeto P que possui uma Taxa Interna de Retorno de 15% ao ano, será atrativo se a empresa
tiver uma TMA menor do que 15% ao ano.
18
A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser:
a) Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é
economicamente atrativo;
b) Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente
numa situação de indiferença;
c) Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é
economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um
investimento sem risco.
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de
Retorno.
Segundo o IEF (2007), na análise de investimentos prévia (análise prospectiva) as
grandes organizações utilizam os métodos analíticos. Entretanto, na fase de acompanhamento
da rentabilidade projetada (análise retrospectiva), elas empregam a taxa de retorno contábil -
basicamente o lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido - que em geral é uma
aproximação grosseira da verdadeira taxa interna de retorno.
A distorção na aferição da verdadeira taxa de retorno das empresas foi apontada pela
primeira vez por Harcourt em 1965. Em 1966, Solomon analisou a relação matemática entre
a taxa de retorno contábil e a taxa interna de retorno e concluiu que apenas em raríssimos
casos a primeira representava uma paralela satisfatória da taxa interna de retorno. Nos anos
seguintes, vários estudos e discussões foram realizados sobre o tema, mas até hoje não há uma
solução satisfatória para o problema.
O IEF aponta que há dificuldades na avaliação de investimentos, informando que
principal dificuldade é a obtenção de dados confiáveis, principalmente as projeções de
entradas de caixa. Estas se originam basicamente das estimativas de vendas.
Quando as estimativas sobre os dados do projeto de investimento são imprecisas, é
recomendável que a análise de investimentos utilize três hipóteses: provável, otimista e
pessimista. Desse modo, a análise de investimentos produzirá uma Taxa Interna de Retorno
ou Valor Presente Líquido máximo, médio e mínimo esperados.
A metodologia de análise de investimentos apresentada, na qual os dados são
considerados como certos, é denominada determinística. A taxa interna de retorno e o valor
presente líquido podem ser enriquecidos com técnicas mais sofisticadas (árvore de decisão,
19
análise de Monte Carlo, regra de Laplace, regra de Hurwicz etc.) para lidar com o risco e a
incerteza relacionados com os dados do projeto.
1.2 Análise de demonstrativos financeiros
Para a correta aplicações dos métodos de análise de investimentos, é necessário que
se conheça bem o fluxo de caixa que tal investimento dispensará, Ferreira (2006) explica que
as demonstrações de fluxo de caixa evidenciam as modificações ocorridas nas
disponibilidades da companhia em determinado período por meio da exposição dos fluxos de
recebimentos e pagamentos, além das modificações do saldo da conta caixa, a demonstração
do fluxo de caixa deve expor as alterações sofridas pela demais disponibilidades, inclusive
conta bancos, conta movimento e os investimentos de alta liquidez.
Segundo Ferreira (2006):
Em regra, os fluxos das atividades de investimento estão relacionados aos
aumentos e diminuições dos ativos de longo tempo de vida útil, utilizados na
produção de bens e serviços. Esse grupo apresenta os desembolsos
decorrentes de empréstimos e financiamentos concedidos e os recebimentos
correspondentes a esses empréstimos e financiamentos concedidos. Também
fazem parte das atividades de investimento os desembolsos na aquisição de
títulos e valores de outras sociedades, classificados no circulante ou no
permanente, além dos valores pagos na aquisição à vista de bens do
imobilizado e diferido. (p.341)
Para a perfeita análise do impacto que o investimento trará as finanças da empresa,
bem como o resultado futuro que ele proporcionará, é preciso que haja uma perfeita análise
dos demonstrativos financeiros da empresa.
Segundo Ferreira (2006), a análise das demonstrações financeiras ou contábeis e a
técnica contábil que consiste na decomposição, comparação e interpretação das
demonstrações contábeis. As demonstrações analisadas podem ser: o balanço patrimonial, a
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (ou a demonstração das mutações do
patrimônio líquido), a demonstração do resultado do exercício e a demonstração das origens e
aplicações de recursos.
A técnicas de análise contábil pode também ter aplicação para valores não
evidenciados nas demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e
interpretados. Exemplificando, os salários, aluguéis, juros etc. podem ser relacionados, por
mês de competência, para análise das variações mensais.
Os processos mais utilizados na análise das demonstrações são:
a) a análise vertical;
20
b) a análise horizontal;
c) a análise por quocientes.
A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos patrimoniais
ou de resultado durante um determinado período. Possibilita a comparação entre valores de
um mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais. Os elementos
comparados são homogêneos mas os períodos de avaliação são diferentes. Precisamos de pelo
menos dois exercícios sociais para efeito de comparação dos mesmos elementos em
demonstrações de períodos distintos.
A análise vertical, também denominada de análise da estrutura, envolve a relação
entre um elemento e o grupo de que ele faz parte. Relaciona a parte com o todo. A análise
vertical envolve elementos homogêneos, mas relativos a um mesmo exercício, ao contrario da
análise horizontal que é relativa necessariamente, a exercícios distintos. Difere da análise por
quocientes, porque, nessa, normalmente a razão estabelecida é entre elementos heterogêneos
de um mesmo exercício. Já a análise vertical consiste em se estabelecer uma razão entre
elementos homogêneos (à parte em relação ao todo) de um mesmo exercício.
A análise por quocientes é o método de análise mais utilizado. Nela, normalmente é
estabelecida a relação entre dois elementos heterogêneos de um mesmo exercício, indicando-
se quantas vezes o divisor está contido no dividendo, como na operação matemática de
divisão. É o tipo de análise mais utilizado no estudo da solvência, da rotação e da
rentabilidade.
Segundo Ferreira (2006), os indicadores obtidos na relação estabelecida na análise
por quocientes podem ser classificados em:
a) Estáticos ou patrimoniais: quando são obtidos através da relação entre
elementos patrimoniais como na relação entre o ativo circulante e o passivo
circulante na análise da liquidez corrente;
b) Dinâmicos ou operacionais: quando são obtidos através da relação entre
elementos formadores do resultado, como na relação entre o lucro líquido e
as vendas no cálculo da margem líquida;
c) De velocidade: quando são obtidos através da relação entre um elemento
patrimonial e um de resultado, como na relação entre CMV e o estoque
Final ou Médio no cálculo do número de renovações dos estoques de
mercadorias.
21
De acordo com Ferreira (2006), o índice de liquidez “tem por objetivo avaliar a
capacidade de pagamento das exigibilidades. Interessam aos credores na avaliação dos riscos
na concessão de novos créditos e na análise das perspectivas de recebimentos dos créditos já
concedidos”. Os índices de liquidez podem ser classificados como : índices de liquidez
imediata ou instantânea , índice de liquidez corrente ou comum, índice de liquidez seca ou
teste ácido e índice de liquidez geral ou total. Respectivamente cada um significa:
a) LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES / PASSIVO CIRCULANTE
É utilizado na avaliação do nível de recursos que são mantidos para cumprimento
dos compromissos mais imediatos e também dos eventuais.
b) LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo
(passivo circulante) através dos bens e créditos circulantes.
c) LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES / PASSIVO
CIRCULANTES
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo
sem considerar os estoque.
d) LIQUIDEZ = ATIVO CIRCULANTE + ATIVO REALIZAVEL A LONGO
PRAZO / PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigações, tanto de
curto quanto de longo prazo, através de recursos não permanentes. O ideal é que esse índice
não seja inferior a 1.
1.3 Sistemas de apoio à decisão
Os sistemas de apoio à decisão fornecem suporte computacional direto aos gerentes
durante o processo de decisão. Segundo O’ Brien (2004): “Os sistemas de apoio à decisão se
fundamentam em modelos e também em banco de dados como recursos vitais de sistemas.”.
De acordo com O’ Brien (2004), uma base de modelo de sistemas de apoio à decisão
é um componente de software que consiste em modelos utilizados em rotinas computacionais
e analíticas que expressam matematicamente relações entre variáveis. Um programa de
planilhas eletrônicas, por exemplo; pode conter modelos que expressam relações contábeis
simples entre variáveis, tais como receita – despesas = lucro. Um modelo de referência
22
também poderia incluir modelos e técnicas analíticas utilizados para expressar relações muito
mais complexas. Poderia conter, por exemplo, modelos de programação linear, modelos de
previsão por regressão múltipla e modelos de valor presente de orçamento de capital, que
podem ser armazenados na forma de planilhas ou gabaritos, ou programas estatísticos e
matemáticos e módulos de programa.
De acordo com O’ Brien (2004):
Os pacotes de software de sistemas de apoio à decisão podem combinar
componentes de modelos para criar modelos integrados de apoio a tipos
específicos de decisões. O software de sistemas de apoio à decisão
normalmente contém rotinas de modelagem analítica e tampem permite que
se construam seus próprios modelos. È claro que os pacotes de planilhas
eletrônicas também fornecem parte das funções de construção de modelos
(modelos de planilhas) e modelagem analítica (análise de situações hipotéticas
e análise de busca de metas) oferecida por um software de sistemas de apoio á
decisão mais potente.(p255)
23
CAPÍTULO II – METODOLOGIA
Esse capítulo apresenta a metodologia utilizada para a realização deste trabalho,
demonstrando
2.1 Objetivos da pesquisa
Este trabalho objetiva o desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão
baseada em métodos de avaliação de investimento. demonstrando, com base em tais métodos,
cenários futuros referentes a possíveis investimentos para análise de viabilidade e previsão de
retorno financeiro (lucratividade).
Como objetivos específicos, o projeto visa a compreensão e estudo aprofundado dos
métodos de análise de investimento, como usar e o que levar em consideração para a tomada
de decisão. E a utilização de conceitos de sistemas de apoio à decisão para implementação da
ferramenta proposta.
2.2 Problema e hipóteses
A construção teórica envolvida no desenvolvimento da ferramenta visa responder o
suposto problema: Como avaliar diferentes propostas de investimentos? Qual será mais
recompensadora? Que tipo de software utilizar?
A hipótese do trabalho é que por meio de simulações baseadas em métodos
conhecidos de avaliação de investimentos e de dados econômicos é possível construir
cenários futuros para as diferentes oportunidades de investimentos e escolher qual seria mais
vantajoso. Para isso, pode ser utilizado um aplicativo baseado em conceitos de sistemas de
apoio à decisão.
2.3 Tipo de pesquisa
A metodologia empregada para a realização do trabalho é a pesquisa bibliográfica
especifica (administração financeira), por meio de consultas a livros, artigos e documentos
acessados por de paginas da internet. Também envolverá o desenvolvimento de um aplicativo
de apoio à tomada de decisão baseado na linguagem de programação Visual Basic e uma base
de dados em Access para construção da ferramenta, por serem aplicativo de fácil utilização e
suportados por um grande número de estações de trabalho, permitido assim mais rapidez no
desenvolvimento e manutenção do projeto.
2.4 Material e métodos
Os procedimentos adotados para realização do trabalho são o desenvolvimento da
base de dados que armazena os dados de demonstrativos financeiros de empresas e projetos
de investimentos estudados, a implementação do aplicativo construído em VISUAL BASIC
para a análise dos dados armazenados e interação com o usuário, assim como a avaliação dos
projetos de investimentos. Para a implementação da base de dados foi necessário analisar os
dados dos demonstrativos financeiros que são úteis para a aplicação proposta, pois os dados
devem ser os suficientes para que os métodos analisados possam ser utilizados corretamente.
A estrutura do banco de dados se baseia no modelo relacional, pois é o modelo mais
utilizado e é o modelo suportado pelo aplicativo Access. Nesse modelo de estrutura, os dados
são armazenados em forma de tabelas. A escolha desse modelo de base de dados e aplicativo
gerenciador se deu pelo fato que são de fácil integração com o ambiente de desenvolvimento
do Visual Basic.
O método utilizado para a confecção dos formulários e janelas do software é
aplicação das formulas estudas nos capítulo anterior. A interação entre o usuário se dará por
janelas e campos de entradas de dados, utilizado-se de consulta à base de dados das
informações necessárias sobre os dados financeiros da empresa escolhida para a análise do
projeto de investimento. Ou seja, para se analisar um projeto de investimento, o usuário
escolhe a empresa para a qual o projeto será analisado, após a escolha da empresa, o usuário
irar interagir com uma janela de entrada de dados, onde são digitados os dados do projeto de
investimentos. A partir dos métodos estudados no capítulo anterior, os dados são processados
e é gerado um relatório que demonstra a simulação do resultado do projeto, esse relatório é
constituído de dados que são utilizados pelo usuário para a avaliar se tal projeto de
investimento é viável ou não.
Por meio da metodologia demonstrada por este capítulo, foi desenvolvido o software
apresentado no capítulo que se segue.
CAPÍTULO III – DISCUSSÃO E RESULTADOS
Este capítulo descreve as características da ferramenta desenvolvida por esta
pesquisa.
3.1 Apresentação da ferramenta desenvolvida.
A partir dos estudos realizados no capítulo I e aplicação da metodologia descrita no
capítulo II, foi possível o desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão para análise
de projetos de investimentos. Tal ferramenta se divide em três partes distintas:
a) Manutenção do banco de dados com os dados financeiros das empresas;
b) Cadastramento ou consulta dos dados do projeto a ser avaliado;
c) Processamento dos dados obtidos por meio das partes anteriores.
Ao se iniciar a utilização da ferramenta, a primeira tela que pode ser vista é a janela
inicial denominada de Análise de Investimentos. Ela contém os menus que dão acesso a todos
os processos necessários para a análise dos projetos de investimentos, ou seja o produto final
da ferramenta apresentada. Tal janela pode ser observada abaixo.
Figura 01 - Análise de Investimentos
Fonte: Elaborado pelos autores
O menu principal apresenta dois submenus importantes:
Figura 02 – Barra de Menus
Fonte: Elaborado pelos autores
a) O menu INVESTIMENTOS;
b) E o menu BASSE DE DADOS.
O menu BASE DE DADOS , dá inicio aos procedimentos referentes à primeira parte
do aplicativo, a consulta e inclusão dos dados financeiros, que será detalhada no próximo item
deste capítulo.
Já o menu INVESTIMENTOS, promove o acesso ao segundo estagio, o
cadastramento das informações do projeto de investimento a ser analisado.
Ao final do cadastramento das informações do projeto, em um formulário próprio,
acessado pelo menu descrito anteriormente, há a opção de processamento do projeto proposto,
parte final da ferramenta.
Todos estes itens são detalhados com mais clareza nos próximos itens desse
capítulo.
3.2 Consulta à base de dados.
Para a análise do projeto de investimento, a ferramenta faz consultas a uma base de
dados. Os dados retornados pelas consultas serão utilizados para o processamento das análises
vertical, horizontal do balanço, assim como a obtenção dos índices de liquidez. tais análises
são processadas antes e depois do processamento dos dados do projeto de investimento, com
o objetivo de avaliar o impacto de tal projeto para a conjuntura da empresa, os resultados
dessas análises são expostos no final do processamento.
3.2.1 Características da base de dados
A base de dados utilizada para a ferramenta apresentada se baseia no principio de
banco de dados relacional, ou seja, os dados são armazenados em formas de tabelas. Cada
tabela que compõem a base de dados armazena determinados itens referentes às informações.
Tais tabelas se relacionam entre si por meio de campos denominados por chaves estrangeiras.
Para este trabalho, foi criada a base de dados BD_DEMOSTRATIVOS, possuindo quatro
tabelas, a tabela TB_EMPRESA, TB_BALANCO, TB_PROJETO e TB_FLUXO.
A tabela TB_EMPRESA armazena o dados da empresa a qual os balanços serão
utilizados para a avaliação dos projetos de investimentos.
A tabela TB_BALANCO é preenchida como os dados dos balanços das empresas
que estão cadastradas na tabela anterior.
Na figura abaixo é revelada a estrutura da tabela TB_EMPRESA:
Figura 03 – TB_EMPRESA
Fonte: elaborado pelos autores
Abaixo é demonstrada a estrutura da tabela TB_BALANCO:
Figura 04 – TB_BALANCO
Fonte: elaborado pelos autores
Entre as tabelas demonstradas acima há um relacionamento criado pelo campo
COD_EMPRESA da tabela TB_EMPRESA e o campo COD_EMPRESA_FK da tabela
TB_BALANCO. Tal relacionamento pode ser melhor visualizado pelo diagrama de
relacionamento a seguir:
Figura 05 – Relacionamento entre TB_EMPRESA e TB_BALANCO
Fonte: elaborado pelos autores
Nas figuras 06 e 07, são demonstradas as estruturas das tabelas TB_PROJETO
e TB_FLUXO.
Figura 05 - TB_PROJETO
Fonte: elaborado pelos autores
Figura 06 - TB_FLUXO
Fonte: elaborado pelos autores
A seguir, pode-se ver o diagrama completo do banco de dados, demonstrando
todos os relacionamentos e tabelas da base de dado TB_BALANCO.
Figura 07 - Diagrama completo
Fonte: elaborado pelos autores
3.2.2 Processo de consulta à base de dados
Para que a consulta à base de dados possa ser feita, é necessário que se faça uma
conexão entre o aplicativo e o Acess. As conexões necessárias para a ferramenta
desenvolvida, são feitas por objetos do Visual Basic denominados Data de forma automática.
3.3 Cadastramento dos dados do projeto a ser avaliado
Antes de se fazer o cadastramento do projeto a ser avaliado, é necessário que se faça
o cadastramento dos dados financeiros da empresa a qual o projeto será aplicado. No
aplicativo desenvolvido, são requeridos os seguintes dados:
a) Nome da empresa;
b) Denominação : Breve descrição da empresa;
c) Dados do balanço patrimonial da empresa.
O Cadastramento dos dados acima são realizados por meio das janelas acionadas no
menu Base de dados.
Figura 08 - Menu BASE DE DADOS
Fonte: elaborado pelos autores
Para fazer a inclusão dos dados do projeto a ser avaliado, deve-se iniciar o
aplicativo, escolher a opção NOVO PROJETO, realizando esse procedimento, a janela Novo
Investimento será ativada. Essa janela possui um formulário onde devem ser cadastrados os
dados referentes ao projeto de investimento a ser analisado.
São coletados diferentes dados relativos ao projeto proposto:
a) Empresa;
b) Denominação;
c) Nome do projeto;
d) Ano balanço;
e) Nome do projeto;
f) Categoria do investimento;
g) Tipo de retorno;
h) Origem do capital do investimento;
i) Taxa mínima de atratividade;
j) Valor do investimento;
h) Fluxo de caixa.
Figura 09 - Janela Novo Investimento
Fonte: elaborado pelos autores
No processo de preenchimento do formulário, há campos que já estão pré-definidos,
cabendo ao usuário apenas fazer a escolha que melhor se enquadrar ao seu projeto. Essa
característica permite a melhor adequação dos dados do projeto aos dados do balanço que está
servindo de base para a análise do projeto, devido ao fato que determinadas saídas ou entradas
de caixa alteram itens diferentes do balanço patrimonial. Por exemplo, a aquisição de um
imóvel acrescentará o seu valor ao item imobilizado, já um investimento financeiro poderia
alterar o valor do item Outros investimentos.
Os itens que a serem preenchidos que são pré-definidos são escolhidos por meio de
caixas de combinação, conhecidas como comboboxes. São eles os itens : Empresa, Ano
Balanço Categoria de investimento, Tipo de retorno e Origem do Capital do Investimento.
O valor do campo Empresa e Ano de Balanço são selecionados pelo usuário de
acordo com as empresas e balanço que estão cadastradas na base de dados. O campo
denominação é preenchido automaticamente após a seleção do campo Empresa.
O item Categoria de investimento classifica o projeto de acordo com o tipo de
investimento a qual ele se refere. A ferramenta desenvolvida permite a escolha entre as
seguintes categorias de investimento:
a) Aquisição de imóveis: que se refere a investimentos no ramo imobiliário, compra
de unidade fabril ou qualquer outro investimento relativo a imóveis;
b) Aquisição de equipamentos: melhorias nos processos produtivos através de
compras de novos equipamentos ou substituição de equipamentos antigos com a
finalidade de aumentar a produção e/ou diminuir custos;
c) Investimentos financeiros: qualquer tipo de investimento financeiro, como
compra de ações, fundo de investimentos, investimentos em empresas coligadas,
etc.
O item Tipo de retorno permite a escolha correta da forma como o retorno previsto
para o projeto de investimento entrará na empresa. As seguintes opções são apresentadas pelo
caixa de combinação:
a) Alugueis;
b) Dividendos, juros e rendas.
c) Aumento do faturamento
d) Diminuição de custos
O ultimo item que possui uma caixa de combinação é a Origem do Capital do
Investimento. Esse item permite ao usuário informar qual a origem do valor que será
desembolsado para a realização do investimento proposto. A ferramenta disponibiliza as
seguintes alternativas:
a) Disponibilidades;
b) Outros Investimentos;
c) Venda de Imobilizado.
Para a adequada análise do projeto de investimento, é necessário que se observe o
fluxo de caixa que tal investimento irá gerar, por isso, o aplicativo apresentado permite a
criação desse fluxo de caixa a partir de coletados os dados requeridos pelo formulário. Nota se
que na parte inferior do formulário há campos em forma de tabela que representam o fluxo de
caixa do projeto proposto. Na versão desenvolvida para este trabalho permite a análise do
projeto até no máximo de 10 anos.
O fluxo de caixa preenchido pelo usuário é composto de Três colunas que
representam as entradas e saídas de caixa anuais, assim como o saldo de anual do fluxo de
caixa. A colunas citadas anteriormente são:
Entradas: São as entras de caixas promovidas pelo retorno oferecido pelo o projeto
em questão.
Saídas: São as saídas de caixa necessárias para a manutenção do investimento
durante o ano, por exemplo manutenção preventiva em equipamentos adquiridos.
Fluxo: Esse campo demonstra o saldo das entradas e saídas anuais para análise de
fluxo de caixa.
Após o preenchimento de todos os campos do formulário, deve ser acionado o botão
Avaliar projeto, que ira iniciar a terceira parte da ferramenta.
3.4 Processamento dos dado a ser avaliado.
Após o preenchimento da janela Novo Investimento e acionamento do botão Avaliar
Projeto, os dados são processados por meio dos métodos estudados no capítulo I.
Estão incluídos neste processamento os seguintes cálculos:
a) Tempo de payback;
b) Taxa Interna de Retorno;
c) Taxa de Retorno Contábil;
d) Índice de Lucratividade;
e) Valor Presente Líquido;
f) Índices de liquidez;
g) Evolução Patrimonial;
Tais dados são obtidos por formulas que se baseiam no fluxo de caixa e dados do
balaço preenchidos pelo usuário na janela Novo Projeto, figuras 10 e 11 (abaixo) .
Figura 10 - Fluxo de caixa
Fonte: elaborado pelos autores
Figura 11 - Fluxo de caixa
Fonte: elaborado pelos autores
São calculados diferentes índices de liquidez, para observar que impacto o
investimento acarretará sobre a capacidade financeira da empresa, estes índices são obtidos
em dois momentos: antes e após a teórica efetivação do projeto proposto. Os índices de
liquidez calculados são:
a) Liquidez imediata;
b) Liquidez corrente;
c) Liquidez seca;
d) Liquidez total.
Também é avaliado a evolução patrimonial provocada pelo projeto, três itens são
considerados para essa avaliação:
a) Disponibilidades;
b) Imobilizado;
c) Investimentos.
A apresentação dos dados relacionados acima é feita pela janela Analise de Projeto,
essa janela também inclui um módulo de navegação, que permite a visualização de dados de
projetos anteriores.
Essa janela também é visualizada pela opção CONSULTA PROJETOS
ANTERIORES. Tal janela é pode ser observada na figura abaixo, assim como o resultado de
seu processamento:
Figura 12 - Análise de Projeto
Fonte: elaborado pelos autores
CONCLUSÃO
Pelo exposto, conclui-se que o trabalho permitiu a compreensão mais aprofundada
dos métodos de análise e investimentos e conceitos de sistemas de apoio à decisão.
Verificou se que foi possível implementar um aplicativo que analisa projetos de
investimentos sugeridos pelo seu usuário, utilizando métodos de análise estudados. Também
foram utilizados com êxito os conceitos de sistemas de apoio à decisão, demonstrando que
esse tipo de sistema é o adequado para a solução do problema apresentado, confirmando as
hipóteses e respondendo os questionamentos da pesquisa.
Mesmo com o sucesso obtido por este trabalho, há temas explorados por essa
pesquisa que ainda podem ser melhor abordados em trabalhos futuros, como a implementação
de mais métodos de análise, permitindo que o processamento dos projetos de investimento
leve em conta fatores econômicos e dados específicos do tipo de investimento analisado.
Contudo, conclui-se que os estudos realizados pela pesquisa atingiram seus
objetivos, permitindo desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão sobre
investimentos. Tal ferramenta deve ser ainda aprimorada em trabalhos futuros para que possa
ser futuramente utilizada de forma acadêmica ou mesmo comercial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, R. J. Contabilidade, Casa das apostilas. Disponível em:
<http://www.casadasapostilas.com.br>. Acesso em: 30 de março de 2007.
INSTITUTO DE ESTUDOS FINANCEIROS.
Treinamento e consultoria: investimentos: IEF, 2007.
O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São
Paulo: Saraiva, 2004. 1ª edição 4ª tiragem.
RAMOS, A. R. Utilização das Técnicas de Avaliação de Risco como Auxílio nas Decisões
De Investimento De Capital. Disponível em <> Acesso em 04 de abril de 2007.
SODRÉ, U. Matemática Financeira: Análise de Investimento ou Financiamento
Disponível em:
<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/financeira/analise/analise.htm> . Acessado em:
25 de fevereiro de 2007.

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DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA APOIO À DECISÃO BASEADA EM MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

  • 1. FATEC FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA APOIO À DECISÃO BASEADA EM MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS WILLIAN ALVES LIMA E EDSON ADRIANO ALVES DE SOUZA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2007
  • 2. FATEC FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA APOIO À DECISÃO BASEADA EM MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS WILLIAN ALVES LIMA E EDSON ADRIANO São José do Rio Preto 2007 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São José do Rio Preto - FATEC, para obtenção do grau de Tecnólogo do Curso de Informática – Ênfase em Gestão de Negócios, sob orientação do Prof.: Sergio Paiva.
  • 3. FATEC FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO BANCA EXAMINADORA: Nota Final: _______ ( ) em ___/___/2006 _________________________________ Prof. _________________________________ Prof. _________________________________ Prof. São José do Rio Preto 2007
  • 4. Lima, Willian Alves e Edson Adriano Desenvolvimento de uma Ferramenta para apoio à Decisão Baseada em Métodos de Avaliação de Investimentos ./ Willian Alves Lima e Edson Adriano - José do Rio Preto : [s.n.], 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Informática – Ênfase Gestão de Negócios) – Faculdade de Tecnologia de São José do Rio Preto – FATEC. Bibliografia: f.50.
  • 5. Para nossos pais, JOÃO E LUCINEIRE / IVANO E TEREZA
  • 6. AGRADECIMENTOS A Deus, que nos dá o conhecimento e a sabedoria necessária para vida e crescimento pessoal; à Profª Maria Sueli, pela sua paciência, compreensão e dedicação em ensinar e orientar o nosso trabalho, transmitindo sua experiência e conhecimento, permitindo assim, a realização de nosso trabalho; a todos os colegas e amigos da faculdade; ao Prof. Sergio Paiva, orientador do nosso projeto de graduação, pelo apoio, idéias e apontamentos que nos guiaram pelo caminho desse projeto; a todos os professores, administradores e demais funcionários da FATEC, por tornarem possível a nossa formação acadêmica e também pessoal.
  • 7. “Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colméia com medo das picadas das abelhas.” WILLIAN SHAKESPEARE
  • 8. RESUMO Ferramentas de apoio à decisão são de grande importância no mundo dos negócios atual, principalmente no que se refere à análise de investimentos. Tópico de grande importância de um plano de negócio, referindo se ao retorno esperado do investimento, assim como a viabilidade de tal empreendimento. O presente trabalho apresenta métodos de análise de investimentos e de demonstrativos financeiros apresentados por vários autores, entre eles SODRE(2007) e RAMOS(2005), como Payback, Valor Presente Líquido e outros. Por meio desses métodos foi possível desenvolver uma ferramenta que analisa dados dos projetos de investimentos e obtém relatórios com simulações e índices que auxiliam o usuário na escolha do melhor investimento adotado. A ferramenta desenvolvida utiliza fundamentos de sistemas de apoio à decisão, apresentados por O’Brien, pois permite a seu usuário simular cenários futuros para a melhor avaliação de uma tomada de investimentos. Pode se concluir, com o resultado deste trabalho, que é possível desenvolver ferramentas de apoio à decisão sobre projetos de investimentos baseados em métodos conhecidos de avaliação de investimentos e fundamentos de sistemas de apoio à decisão. PALAVRAS-CHAVE:Métodos de Análise de Investimentos, Análise de Demonstrativos Financeiros e Sistemas de Apoio à Decisão.
  • 9. ABSTRACT Tools of support to the decision are of great importance in the world of the businesses current, mainly as for the analysis of investments. Topic of great importance of a business plan, relating if to the waited return of the investment, as well as the viability of such enterprise. The present work presents methods of analysis of investments and financial demonstratives presented by some authors, between them SODRE (2007) and RAMOS (2005), as Payback, Liquid Present Value and others. By means of these methods it was possible to develop a tool that it analyzes given of the projects of investments and gets reports with simulation and indices that assist the user in the choice of optimum adopted investment. The developed tool uses beddings of systems of support to the decision, presented for O’ Brien, therefore allows its user to simulate future scenes for the best evaluation of a taking of investments. It can be concluded, with the result of this work, that is possible to develop tools of support to the decision on projects of investments based on known methods of evaluation of investments and beddings of systems of support to the decision. KEYWORDS: Methods of Analysis of Investments, Analysis of Financial Demonstratives and Systems of Support to the Decision.
  • 10. SUMÁRIO AGRADECIMENTOS..............................................................................................................6 RESUMO ..................................................................................................................................8 ....................................................................................................................................................8 PALAVRAS-CHAVE:Métodos de Análise de Investimentos, Análise de Demonstrativos Financeiros e Sistemas de Apoio à Decisão. ..........................................................................8 ABSTRACT ..............................................................................................................................9 SUMÁRIO ..............................................................................................................................10 Lista de Figuras.......................................................................................................................10 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................13 CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................12 1.1 Métodos de análise de investimentos .............................................................................12 1.2 Análise de demonstrativos financeiros...........................................................................20 1.3 Sistemas de apoio à decisão .........................................................................................22 CAPÍTULO II – METODOLOGIA......................................................................................24 2.1 Objetivos da pesquisa......................................................................................................24 2.2 Problema e hipóteses.......................................................................................................24 2.3 Tipo de pesquisa..............................................................................................................25 2.4 Material e métodos..........................................................................................................25 CAPÍTULO III – DISCUSSÃO E RESULTADOS.............................................................27 3.1 Apresentação da ferramenta desenvolvida......................................................................27 3.2 Consulta à base de dados................................................................................................28 3.2.1 Características da base de dados..................................................................................29 3.2.2 Processo de consulta à base de dados..........................................................................33 3.3 Cadastramento dos dados do projeto a ser avaliado.......................................................33 3.4 Processamento dos dado a ser avaliado..........................................................................36 CONCLUSÃO.........................................................................................................................39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40 Lista de Figuras Figura 01 - Análise de Investimentos...................................................................................27 Fonte: Elaborado pelos autores.............................................................................................27 Figura 02 – Barra de Menus..................................................................................................28 Fonte: Elaborado pelos autores.............................................................................................28 Figura 03 – TB_EMPRESA...................................................................................................29 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................29 Figura 04 – TB_BALANCO...................................................................................................30 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................30 Figura 05 – Relacionamento entre TB_EMPRESA e TB_BALANCO..............................31 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................31 Figura 05 - TB_PROJETO....................................................................................................31 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................31
  • 11. Figura 06 - TB_FLUXO........................................................................................................32 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................32 Figura 07 - Diagrama completo............................................................................................32 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................32 Figura 08 - Menu BASE DE DADOS...................................................................................33 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................33 Figura 09 - Janela Novo Investimento..................................................................................34 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................34 Figura 10 - Fluxo de caixa.....................................................................................................37 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................37 Figura 11 - Fluxo de caixa.....................................................................................................37 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................37 Figura 12 - Análise de Projeto..............................................................................................38 Fonte: elaborado pelos autores..............................................................................................38
  • 12. INTRODUÇÃO É impossível negar a importância da informática nos processos decisórios das empresas. Em um mundo cada vez mais competitivo, é necessário conhecer muito bem o caminho que se quer seguir, por isso ferramentas que auxiliem a tomada de decisão são tão requisitadas quanto bons executivos. A partir dos métodos de análise de investimentos conhecidos, a ferramenta desenvolvida por este trabalho, vem suprir a demanda acima no que se refere à escolha em como ou em onde investir. Antecipar o que pode acontecer com a empresa, ao escolher um determinado investimento, é uma grande ajuda para o planejamento estratégico, além de ser parte importante no desenvolvimento de um plano de negócios. Enfim, a redação do trabalho que se segue, por meio dos estudos realizados, visa o desenvolvimento de um software de apoio à decisão que auxiliará seu usuário a analisar projetos de investimentos, como podemos observar nos capítulos que se seguem.
  • 13. CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Métodos de análise de investimentos As tomadas de decisão referentes a investimentos necessitam de elaboração, avaliação e seleção de propostas de aplicação de capital efetuadas com objetivo, normalmente de médio e longo prazos, de produzir determinado retorno aos proprietários dos ativos. Em um processo empresarial de investimento de capital, podem ser identificadas várias decisões empresariais, podendo-se citar, entre outras, as decisões de substituição de ativos fixos, de ampliação da capacidade produtiva, de lançamento de novos produtos, etc. Segundo Sodré (2007)1 : “Em uma operação financeira de Investimento ou Financiamento, existem várias situações que interferem na nossa decisão sobre a escolha de uma dentre as várias possíveis alternativas.” Assim, há vários fatores que devem ser considerados quando em uma situação de decisão. Tais fatores são abortados pelos métodos de avaliação de investimentos e alguns deles são relatados por Ramos ( 2005): Os parâmetros utilizados na avaliação de projetos de investimento são o Payback, o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). No entanto, poucas são as considerações formais sobre os riscos que envolvem os fluxos de caixa de um projeto. As formas mais comuns para essa avaliação são as Estimativas Pessimista-Otimista e a Análise de Sensibilidade. O primeiro é usado nas situações em que não se justifica o esforço para obtenção da distribuição de probabilidade e o segundo fornece informações úteis sobre o comportamento de parâmetros individuais do cálculo da rentabilidade do investimento. (p.2) De acordo com Ramos(2005), o método do “payback” significa o período de tempo necessário para recuperação do investimento inicial, a partir das entradas de caixa. É relativamente simples e seu uso é bastante difundido, entretanto é visto como uma técnica não sofisticada, pois não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Ainda segundo o autor Ramos(2005) o valor presente líquido de um fluxo de caixa é o valor monetário do ponto zero da escala do tempo, que é equivalente à soma de suas parcelas futuras, descontadas para o ponto zero, com uma determinada taxa de juros. 1 Cf. http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/financeira/analise/analise.htm
  • 14. E a taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é a taxa de desconto que faz seu valor presente líquido ser igual a zero. Quando superior ao custo do capital investido (k), o projeto deve ser aceito. Um outro método empregado para avaliar projeto é o índice de rentabilidade. Trata- se do quociente entre o valor dos fluxos de caixas futuros esperados, após o investimento inicial, e o valor do investimento inicial. O índice de rentabilidade mede a potência, ou seja, o retorno monetário, pelo custo. O índice de rentabilidade não é adequado para se lidar com situações de racionamento de recursos em períodos múltiplos. IR = Entradas líquidas de caixas futuros/ saídas líquidas de caixa Para Sodré (2007, p. 2), o Valor Presente Líquido ou NPV (Net Present Value) de um fluxo de caixa de uma operação é o somatório de todos os valores atuais calculados no instante t=0 para cada elemento isolado da operação. Já a Taxa Interna de Retorno (IRR=Internal Rate Return) de um fluxo de caixa da operação é a taxa real de juros da operação financeira. Há uma conexão entre essas metodologias, o que é demonstrado pelo autor Sodré (2007): Há uma íntima relação entre esses dois objetos matemáticos, sendo que as considerações sobre eles devem resultar de análises invertidas quando se tratar de Investimentos ou Financiamentos. A razão desta inversão é que alguém, ao realizar um Investimento de capital espera ampliar o mesmo, ao passo que ao realizar um Financiamento de um bem espera reduzir a aplicação. Em um Investimento, se NPV for positivo, a Taxa Real (IRR) é maior do que a Taxa de Mercado, se NPV for negativo, a Taxa real (IRR) é menor do que a Taxa de Mercado e se NPV=0 então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (IRR). Conclusão: Em um Investimento, se NPV é maior então a Taxa (IRR) também é maior. Em um Financiamento, se NPV for positivo, a Taxa Real IRR é menor do que a Taxa de Mercado, se NPV for negativo, a Taxa real IRR é maior do que a Taxa de Mercado e se NPV=0, então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (IRR).Conclusão: Em um Financiamento, se NPV é maior então a Taxa (IRR) é menor. (p.3) 13
  • 15. Para a análise entre dois investimentos, investimento A e investimento B, Sodré (2007, p.4) explica que se e os respectivos Valores Presentes Líquidos forem indicados por NPVA e NPVB, o investimento com maior Valor Presente Líquido é o que proporciona; maior retorno ao investidor, isto é: Se NPVA > NPVB então A é melhor do que B. Para a correta avaliação sobre o resultado esperado de um plano de investimento, é necessário que se avalie o risco da operação, os métodos acima não levam em conta tal questionamento. Por isso, Ramos (2005) apresenta outras metodologias que se baseiam em comportamento de parâmetros individuais do cálculo da rentabilidade do investimento que é a análise de sensibilidade, ou seja,uma abordagem comportamental que utiliza inúmeros valores possíveis para uma dada variável, tal como entrada de caixa, para avaliar o seu impacto no retorno da empresa. Esse tipo de análise auxilia nas decisões de investimento, pois possibilita uma noção de variabilidade do retorno em resposta a mudanças na variável principal. Ramos (2005) também informa que para avaliar o risco de um projeto, a informação necessária é a distribuição de probabilidade dos resultados possíveis do investimento, para isso utiliza dois métodos de estimativa de probabilidade, um analítico e outro empírico. Um método Analítico indicado por este autor é o método de Hillier, que parte da constatação de que é possível, a partir de certas hipóteses sobre a natureza dos fluxos de caixa associados a um projeto de investimento e sobre a forma de suas relações recíprocas, calcular as características da distribuição dos resultados possíveis desse projeto. Hillier identifica três casos típicos de correlação entre os fluxos de caixa de um projeto: a) Fluxos de caixas mutuamente independentes; b) Fluxos de caixas perfeitamente correlacionados entre si; c) Fluxos de caixa de natureza intermediária, nem perfeitamente independentes e nem perfeitamente correlacionados. As críticas em relação a este método são a dificuldade em obter as informações necessárias a sua utilização e as hipóteses são muito restritivas para representar os problemas reais. Já o Método Empírico demonstrado é o método de Hertz, onde o nível de rentabilidade de um projeto deve ser avaliado levando-se em consideração as seguintes variáveis: a) o atual tamanho do mercado, Mo; b) a taxa anual de crescimento desse mercado, g; 14
  • 16. c) a participação da firma nesse mercado, MS; d) o preço do produto, P; e) o investimento inicial do projeto, Io; f) os custos operacionais variáveis. V; g) as despesas com publicidade e promoção de vendas associadas ao lançamento do produto, F; h) a vida econômica do investimento realizado, T; i) o valor residual do investimento realizado ao final de sua vida econômica, ST. Nos exemplos de projetos a serem avaliados pelo Valor Presente Líquido, é possível formular o problema da seguinte forma: onde: A avaliação de tal projeto requer a estimativa de cada uma das variáveis que influenciam a rentabilidade potencial. A importância desse método é que ele possibilita levar em consideração tantas combinações de variáveis quantas forem necessárias para termos uma idéia precisa da distribuição de um projeto de investimento e sua importância relativa. Todos esses métodos analisados e outros, assim como o uso de números aleatórios com o auxílio de computador são ferramentas auxiliares para obtenção de um conjunto de inúmeros valores representativos das variáveis determinantes, simulando com realismo a rentabilidade de um projeto. De acordo com o Instituto De Estudos Financeiros (2007), em uma decisão de investimento empresarial (como uma instalação de uma nova fábrica ou a ampliação de uma já existente) precisa passar por uma análise econômica prévia. A análise de investimento empresarial pode suprir os seguintes objetivos: a) Definir dentre vários projetos de investimento qual o mais rentável. b) Calcular a rentabilidade de um determinado projeto de investimento. c) Determinar o volume mínimo de vendas que um projeto de investimento precisa gerar para que possa ser rentável. d) Definir o tamanho ideal de um projeto de investimento. 15
  • 17. Segundo o IEF, os métodos de análise de investimento se dividem em dois grupos: métodos práticos e métodos analíticos. Os primeiros são mais simples, porem imprecisos e podem conduzir a decisões erradas, embora sejam utilizados por muitas empresas, principalmente as pequenas e médias. Os métodos analíticos baseiam-se no valor do dinheiro no tempo, o que os torna consistentes. Para ilustrar a utilização dos vários métodos de análise de investimento relacionados pelo IEF, podemos usar o seguinte projeto de investimento que designaremos por P: - Valor do investimento é de R$ 100.000 ,00 - Vida útil: 10 anos - Valor residual: zero - Entradas anuais de caixa: 29.925,21 - Saídas anuais de caixa: 10.000,00 O fluxo de caixa correspondente a esse projeto de investimento é o seguinte: Anos Investimento Entradas de caixa Saídas de caixa Fluxo de caixa 0 -100.000,00 -100.000,00 1 29.925,21 10.000,00 19.925,21 2 29.925,21 10.000,00 19.925,21 3 29.925,21 10.000,00 19.925,21 4 29.925,21 10.000,00 19.925,21 5 29.925,21 10.000,00 19.925,21 6 29.925,21 10.000,00 19.925,21 7 29.925,21 10.000,00 19.925,21 8 29.925,21 10.000,00 19.925,21 9 29.925,21 10.000,00 19.925,21 10 29.925,21 10.000,00 19.925,21 16
  • 18. Tabela 01 – Projeto de investimento Fonte: Instituto de Estudos Financeiros Existem dois métodos práticos de análise de investimento: taxa de retorno contábil e tempo de retorno. A taxa de retorno contábil é a relação entre o fluxo de caixa anual esperado e o valor do investimento. Tem dois pontos fracos: não considera o valor do dinheiro no tempo e implicitamente admite que a vida útil dos ativos tem duração infinita. Esta última premissa torna a taxa de retorno contábil superestimada em comparação com a taxa interna de retorno que é o parâmetro correto. A taxa de retorno contábil do projeto P é: 19.925,21÷ 100.00,00 = 19,92 ou 19,92% ao ano. Ainda segundo o IEF, o tempo de retorno, também conhecido como Payback, é a relação entre o valor do investimento e o fluxo de caixa do projeto. O tempo de retorno indica em quanto tempo ocorre a recuperação do investimento. Os pontos fracos desse método são: a) Não considera o valor do dinheiro no tempo. b) Não considera os fluxos de caixa após a recuperação do capital. c) Não pode ser aplicado quando o fluxo de caixa não é convencional. Um fluxo de caixa não convencional é aquele em que existe mais de uma mudança de sinal (negativo para positivo ou vice-versa). No projeto P o tempo de retorno é: 100.00,00 ÷ 19.925,21 = 5,01 anos Os métodos apresentados como analíticos pelo IEF são precisos porque se baseiam no valor do dinheiro no tempo. A precisão mencionada se refere à metodologia utilizada para analisar os dados do projeto. Segundo o IEF (2007): O valor do dinheiro no tempo para cada empresa é expresso por um parâmetro denominado Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Essa taxa é específica para cada empresa e representa a taxa de retorno que ela está disposta a aceitar em um investimento de risco (projeto empresarial) para abrir mão de um retorno certo num investimento sem risco no mercado financeiro. (p. 1) 17
  • 19. Os métodos analíticos empregados em análise de investimentos são o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). O IEF apresenta o valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento com sendo igual ao valor presente de suas entradas de caixa menos o valor presente de suas saídas de caixa. Para cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) como taxa de desconto. O valor presente líquido calculado para um projeto significa o somatório do valor presente das parcelas periódicas de lucro econômico gerado ao longo da vida útil desse projeto. O lucro econômico pode ser definido como a diferença entre a receita periódica e o custo operacional periódico acrescido do custo de oportunidade periódico do investimento. Utilizando uma calculadora financeira e considerando-se uma TMA de 10% ao ano, encontRamos para o projeto de investimento P um Valor Presente Líquido de R$ 20.392,54. Se considerarmos uma TMA de 15% ao ano, o Valor Presente Líquido do Projeto será zero. Para uma TMA de 0%, o lucro econômico periódico se confunde com o lucro contábil periódico e o valor presente líquido é igual ao somatório dos lucros contábeis periódicos. Podemos ter as seguintes possibilidades para o Valor Presente Líquido de um projeto de investimento: a) Maior do que zero: significa que o investimento é economicamente atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das saídas de caixa; b) Igual a zero: o investimento é indiferente pois o valor presente das entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa; c) Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente atrativo porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa. Entre vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele que tem maior Valor Presente Líquido. A Taxa Interna de Retorno é o percentual de retorno obtido sobre o saldo investido e ainda não recuperado em um projeto de investimento. Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor ao presente das saídas de caixa do projeto de investimento.Por exemplo, para um o projeto P que possui uma Taxa Interna de Retorno de 15% ao ano, será atrativo se a empresa tiver uma TMA menor do que 15% ao ano. 18
  • 20. A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser: a) Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é economicamente atrativo; b) Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa situação de indiferença; c) Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco. Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno. Segundo o IEF (2007), na análise de investimentos prévia (análise prospectiva) as grandes organizações utilizam os métodos analíticos. Entretanto, na fase de acompanhamento da rentabilidade projetada (análise retrospectiva), elas empregam a taxa de retorno contábil - basicamente o lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido - que em geral é uma aproximação grosseira da verdadeira taxa interna de retorno. A distorção na aferição da verdadeira taxa de retorno das empresas foi apontada pela primeira vez por Harcourt em 1965. Em 1966, Solomon analisou a relação matemática entre a taxa de retorno contábil e a taxa interna de retorno e concluiu que apenas em raríssimos casos a primeira representava uma paralela satisfatória da taxa interna de retorno. Nos anos seguintes, vários estudos e discussões foram realizados sobre o tema, mas até hoje não há uma solução satisfatória para o problema. O IEF aponta que há dificuldades na avaliação de investimentos, informando que principal dificuldade é a obtenção de dados confiáveis, principalmente as projeções de entradas de caixa. Estas se originam basicamente das estimativas de vendas. Quando as estimativas sobre os dados do projeto de investimento são imprecisas, é recomendável que a análise de investimentos utilize três hipóteses: provável, otimista e pessimista. Desse modo, a análise de investimentos produzirá uma Taxa Interna de Retorno ou Valor Presente Líquido máximo, médio e mínimo esperados. A metodologia de análise de investimentos apresentada, na qual os dados são considerados como certos, é denominada determinística. A taxa interna de retorno e o valor presente líquido podem ser enriquecidos com técnicas mais sofisticadas (árvore de decisão, 19
  • 21. análise de Monte Carlo, regra de Laplace, regra de Hurwicz etc.) para lidar com o risco e a incerteza relacionados com os dados do projeto. 1.2 Análise de demonstrativos financeiros Para a correta aplicações dos métodos de análise de investimentos, é necessário que se conheça bem o fluxo de caixa que tal investimento dispensará, Ferreira (2006) explica que as demonstrações de fluxo de caixa evidenciam as modificações ocorridas nas disponibilidades da companhia em determinado período por meio da exposição dos fluxos de recebimentos e pagamentos, além das modificações do saldo da conta caixa, a demonstração do fluxo de caixa deve expor as alterações sofridas pela demais disponibilidades, inclusive conta bancos, conta movimento e os investimentos de alta liquidez. Segundo Ferreira (2006): Em regra, os fluxos das atividades de investimento estão relacionados aos aumentos e diminuições dos ativos de longo tempo de vida útil, utilizados na produção de bens e serviços. Esse grupo apresenta os desembolsos decorrentes de empréstimos e financiamentos concedidos e os recebimentos correspondentes a esses empréstimos e financiamentos concedidos. Também fazem parte das atividades de investimento os desembolsos na aquisição de títulos e valores de outras sociedades, classificados no circulante ou no permanente, além dos valores pagos na aquisição à vista de bens do imobilizado e diferido. (p.341) Para a perfeita análise do impacto que o investimento trará as finanças da empresa, bem como o resultado futuro que ele proporcionará, é preciso que haja uma perfeita análise dos demonstrativos financeiros da empresa. Segundo Ferreira (2006), a análise das demonstrações financeiras ou contábeis e a técnica contábil que consiste na decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis. As demonstrações analisadas podem ser: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (ou a demonstração das mutações do patrimônio líquido), a demonstração do resultado do exercício e a demonstração das origens e aplicações de recursos. A técnicas de análise contábil pode também ter aplicação para valores não evidenciados nas demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e interpretados. Exemplificando, os salários, aluguéis, juros etc. podem ser relacionados, por mês de competência, para análise das variações mensais. Os processos mais utilizados na análise das demonstrações são: a) a análise vertical; 20
  • 22. b) a análise horizontal; c) a análise por quocientes. A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado período. Possibilita a comparação entre valores de um mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos mas os períodos de avaliação são diferentes. Precisamos de pelo menos dois exercícios sociais para efeito de comparação dos mesmos elementos em demonstrações de períodos distintos. A análise vertical, também denominada de análise da estrutura, envolve a relação entre um elemento e o grupo de que ele faz parte. Relaciona a parte com o todo. A análise vertical envolve elementos homogêneos, mas relativos a um mesmo exercício, ao contrario da análise horizontal que é relativa necessariamente, a exercícios distintos. Difere da análise por quocientes, porque, nessa, normalmente a razão estabelecida é entre elementos heterogêneos de um mesmo exercício. Já a análise vertical consiste em se estabelecer uma razão entre elementos homogêneos (à parte em relação ao todo) de um mesmo exercício. A análise por quocientes é o método de análise mais utilizado. Nela, normalmente é estabelecida a relação entre dois elementos heterogêneos de um mesmo exercício, indicando- se quantas vezes o divisor está contido no dividendo, como na operação matemática de divisão. É o tipo de análise mais utilizado no estudo da solvência, da rotação e da rentabilidade. Segundo Ferreira (2006), os indicadores obtidos na relação estabelecida na análise por quocientes podem ser classificados em: a) Estáticos ou patrimoniais: quando são obtidos através da relação entre elementos patrimoniais como na relação entre o ativo circulante e o passivo circulante na análise da liquidez corrente; b) Dinâmicos ou operacionais: quando são obtidos através da relação entre elementos formadores do resultado, como na relação entre o lucro líquido e as vendas no cálculo da margem líquida; c) De velocidade: quando são obtidos através da relação entre um elemento patrimonial e um de resultado, como na relação entre CMV e o estoque Final ou Médio no cálculo do número de renovações dos estoques de mercadorias. 21
  • 23. De acordo com Ferreira (2006), o índice de liquidez “tem por objetivo avaliar a capacidade de pagamento das exigibilidades. Interessam aos credores na avaliação dos riscos na concessão de novos créditos e na análise das perspectivas de recebimentos dos créditos já concedidos”. Os índices de liquidez podem ser classificados como : índices de liquidez imediata ou instantânea , índice de liquidez corrente ou comum, índice de liquidez seca ou teste ácido e índice de liquidez geral ou total. Respectivamente cada um significa: a) LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES / PASSIVO CIRCULANTE É utilizado na avaliação do nível de recursos que são mantidos para cumprimento dos compromissos mais imediatos e também dos eventuais. b) LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo (passivo circulante) através dos bens e créditos circulantes. c) LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES / PASSIVO CIRCULANTES É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem considerar os estoque. d) LIQUIDEZ = ATIVO CIRCULANTE + ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO / PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigações, tanto de curto quanto de longo prazo, através de recursos não permanentes. O ideal é que esse índice não seja inferior a 1. 1.3 Sistemas de apoio à decisão Os sistemas de apoio à decisão fornecem suporte computacional direto aos gerentes durante o processo de decisão. Segundo O’ Brien (2004): “Os sistemas de apoio à decisão se fundamentam em modelos e também em banco de dados como recursos vitais de sistemas.”. De acordo com O’ Brien (2004), uma base de modelo de sistemas de apoio à decisão é um componente de software que consiste em modelos utilizados em rotinas computacionais e analíticas que expressam matematicamente relações entre variáveis. Um programa de planilhas eletrônicas, por exemplo; pode conter modelos que expressam relações contábeis simples entre variáveis, tais como receita – despesas = lucro. Um modelo de referência 22
  • 24. também poderia incluir modelos e técnicas analíticas utilizados para expressar relações muito mais complexas. Poderia conter, por exemplo, modelos de programação linear, modelos de previsão por regressão múltipla e modelos de valor presente de orçamento de capital, que podem ser armazenados na forma de planilhas ou gabaritos, ou programas estatísticos e matemáticos e módulos de programa. De acordo com O’ Brien (2004): Os pacotes de software de sistemas de apoio à decisão podem combinar componentes de modelos para criar modelos integrados de apoio a tipos específicos de decisões. O software de sistemas de apoio à decisão normalmente contém rotinas de modelagem analítica e tampem permite que se construam seus próprios modelos. È claro que os pacotes de planilhas eletrônicas também fornecem parte das funções de construção de modelos (modelos de planilhas) e modelagem analítica (análise de situações hipotéticas e análise de busca de metas) oferecida por um software de sistemas de apoio á decisão mais potente.(p255) 23
  • 25. CAPÍTULO II – METODOLOGIA Esse capítulo apresenta a metodologia utilizada para a realização deste trabalho, demonstrando 2.1 Objetivos da pesquisa Este trabalho objetiva o desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão baseada em métodos de avaliação de investimento. demonstrando, com base em tais métodos, cenários futuros referentes a possíveis investimentos para análise de viabilidade e previsão de retorno financeiro (lucratividade). Como objetivos específicos, o projeto visa a compreensão e estudo aprofundado dos métodos de análise de investimento, como usar e o que levar em consideração para a tomada de decisão. E a utilização de conceitos de sistemas de apoio à decisão para implementação da ferramenta proposta. 2.2 Problema e hipóteses A construção teórica envolvida no desenvolvimento da ferramenta visa responder o suposto problema: Como avaliar diferentes propostas de investimentos? Qual será mais recompensadora? Que tipo de software utilizar? A hipótese do trabalho é que por meio de simulações baseadas em métodos conhecidos de avaliação de investimentos e de dados econômicos é possível construir cenários futuros para as diferentes oportunidades de investimentos e escolher qual seria mais vantajoso. Para isso, pode ser utilizado um aplicativo baseado em conceitos de sistemas de apoio à decisão.
  • 26. 2.3 Tipo de pesquisa A metodologia empregada para a realização do trabalho é a pesquisa bibliográfica especifica (administração financeira), por meio de consultas a livros, artigos e documentos acessados por de paginas da internet. Também envolverá o desenvolvimento de um aplicativo de apoio à tomada de decisão baseado na linguagem de programação Visual Basic e uma base de dados em Access para construção da ferramenta, por serem aplicativo de fácil utilização e suportados por um grande número de estações de trabalho, permitido assim mais rapidez no desenvolvimento e manutenção do projeto. 2.4 Material e métodos Os procedimentos adotados para realização do trabalho são o desenvolvimento da base de dados que armazena os dados de demonstrativos financeiros de empresas e projetos de investimentos estudados, a implementação do aplicativo construído em VISUAL BASIC para a análise dos dados armazenados e interação com o usuário, assim como a avaliação dos projetos de investimentos. Para a implementação da base de dados foi necessário analisar os dados dos demonstrativos financeiros que são úteis para a aplicação proposta, pois os dados devem ser os suficientes para que os métodos analisados possam ser utilizados corretamente. A estrutura do banco de dados se baseia no modelo relacional, pois é o modelo mais utilizado e é o modelo suportado pelo aplicativo Access. Nesse modelo de estrutura, os dados são armazenados em forma de tabelas. A escolha desse modelo de base de dados e aplicativo gerenciador se deu pelo fato que são de fácil integração com o ambiente de desenvolvimento do Visual Basic. O método utilizado para a confecção dos formulários e janelas do software é aplicação das formulas estudas nos capítulo anterior. A interação entre o usuário se dará por janelas e campos de entradas de dados, utilizado-se de consulta à base de dados das informações necessárias sobre os dados financeiros da empresa escolhida para a análise do projeto de investimento. Ou seja, para se analisar um projeto de investimento, o usuário escolhe a empresa para a qual o projeto será analisado, após a escolha da empresa, o usuário irar interagir com uma janela de entrada de dados, onde são digitados os dados do projeto de investimentos. A partir dos métodos estudados no capítulo anterior, os dados são processados e é gerado um relatório que demonstra a simulação do resultado do projeto, esse relatório é
  • 27. constituído de dados que são utilizados pelo usuário para a avaliar se tal projeto de investimento é viável ou não. Por meio da metodologia demonstrada por este capítulo, foi desenvolvido o software apresentado no capítulo que se segue.
  • 28. CAPÍTULO III – DISCUSSÃO E RESULTADOS Este capítulo descreve as características da ferramenta desenvolvida por esta pesquisa. 3.1 Apresentação da ferramenta desenvolvida. A partir dos estudos realizados no capítulo I e aplicação da metodologia descrita no capítulo II, foi possível o desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão para análise de projetos de investimentos. Tal ferramenta se divide em três partes distintas: a) Manutenção do banco de dados com os dados financeiros das empresas; b) Cadastramento ou consulta dos dados do projeto a ser avaliado; c) Processamento dos dados obtidos por meio das partes anteriores. Ao se iniciar a utilização da ferramenta, a primeira tela que pode ser vista é a janela inicial denominada de Análise de Investimentos. Ela contém os menus que dão acesso a todos os processos necessários para a análise dos projetos de investimentos, ou seja o produto final da ferramenta apresentada. Tal janela pode ser observada abaixo. Figura 01 - Análise de Investimentos Fonte: Elaborado pelos autores
  • 29. O menu principal apresenta dois submenus importantes: Figura 02 – Barra de Menus Fonte: Elaborado pelos autores a) O menu INVESTIMENTOS; b) E o menu BASSE DE DADOS. O menu BASE DE DADOS , dá inicio aos procedimentos referentes à primeira parte do aplicativo, a consulta e inclusão dos dados financeiros, que será detalhada no próximo item deste capítulo. Já o menu INVESTIMENTOS, promove o acesso ao segundo estagio, o cadastramento das informações do projeto de investimento a ser analisado. Ao final do cadastramento das informações do projeto, em um formulário próprio, acessado pelo menu descrito anteriormente, há a opção de processamento do projeto proposto, parte final da ferramenta. Todos estes itens são detalhados com mais clareza nos próximos itens desse capítulo. 3.2 Consulta à base de dados. Para a análise do projeto de investimento, a ferramenta faz consultas a uma base de dados. Os dados retornados pelas consultas serão utilizados para o processamento das análises vertical, horizontal do balanço, assim como a obtenção dos índices de liquidez. tais análises são processadas antes e depois do processamento dos dados do projeto de investimento, com o objetivo de avaliar o impacto de tal projeto para a conjuntura da empresa, os resultados dessas análises são expostos no final do processamento.
  • 30. 3.2.1 Características da base de dados A base de dados utilizada para a ferramenta apresentada se baseia no principio de banco de dados relacional, ou seja, os dados são armazenados em formas de tabelas. Cada tabela que compõem a base de dados armazena determinados itens referentes às informações. Tais tabelas se relacionam entre si por meio de campos denominados por chaves estrangeiras. Para este trabalho, foi criada a base de dados BD_DEMOSTRATIVOS, possuindo quatro tabelas, a tabela TB_EMPRESA, TB_BALANCO, TB_PROJETO e TB_FLUXO. A tabela TB_EMPRESA armazena o dados da empresa a qual os balanços serão utilizados para a avaliação dos projetos de investimentos. A tabela TB_BALANCO é preenchida como os dados dos balanços das empresas que estão cadastradas na tabela anterior. Na figura abaixo é revelada a estrutura da tabela TB_EMPRESA: Figura 03 – TB_EMPRESA Fonte: elaborado pelos autores Abaixo é demonstrada a estrutura da tabela TB_BALANCO:
  • 31. Figura 04 – TB_BALANCO Fonte: elaborado pelos autores
  • 32. Entre as tabelas demonstradas acima há um relacionamento criado pelo campo COD_EMPRESA da tabela TB_EMPRESA e o campo COD_EMPRESA_FK da tabela TB_BALANCO. Tal relacionamento pode ser melhor visualizado pelo diagrama de relacionamento a seguir: Figura 05 – Relacionamento entre TB_EMPRESA e TB_BALANCO Fonte: elaborado pelos autores Nas figuras 06 e 07, são demonstradas as estruturas das tabelas TB_PROJETO e TB_FLUXO. Figura 05 - TB_PROJETO Fonte: elaborado pelos autores
  • 33. Figura 06 - TB_FLUXO Fonte: elaborado pelos autores A seguir, pode-se ver o diagrama completo do banco de dados, demonstrando todos os relacionamentos e tabelas da base de dado TB_BALANCO. Figura 07 - Diagrama completo Fonte: elaborado pelos autores
  • 34. 3.2.2 Processo de consulta à base de dados Para que a consulta à base de dados possa ser feita, é necessário que se faça uma conexão entre o aplicativo e o Acess. As conexões necessárias para a ferramenta desenvolvida, são feitas por objetos do Visual Basic denominados Data de forma automática. 3.3 Cadastramento dos dados do projeto a ser avaliado Antes de se fazer o cadastramento do projeto a ser avaliado, é necessário que se faça o cadastramento dos dados financeiros da empresa a qual o projeto será aplicado. No aplicativo desenvolvido, são requeridos os seguintes dados: a) Nome da empresa; b) Denominação : Breve descrição da empresa; c) Dados do balanço patrimonial da empresa. O Cadastramento dos dados acima são realizados por meio das janelas acionadas no menu Base de dados. Figura 08 - Menu BASE DE DADOS Fonte: elaborado pelos autores Para fazer a inclusão dos dados do projeto a ser avaliado, deve-se iniciar o aplicativo, escolher a opção NOVO PROJETO, realizando esse procedimento, a janela Novo Investimento será ativada. Essa janela possui um formulário onde devem ser cadastrados os dados referentes ao projeto de investimento a ser analisado. São coletados diferentes dados relativos ao projeto proposto: a) Empresa; b) Denominação;
  • 35. c) Nome do projeto; d) Ano balanço; e) Nome do projeto; f) Categoria do investimento; g) Tipo de retorno; h) Origem do capital do investimento; i) Taxa mínima de atratividade; j) Valor do investimento; h) Fluxo de caixa. Figura 09 - Janela Novo Investimento Fonte: elaborado pelos autores No processo de preenchimento do formulário, há campos que já estão pré-definidos, cabendo ao usuário apenas fazer a escolha que melhor se enquadrar ao seu projeto. Essa característica permite a melhor adequação dos dados do projeto aos dados do balanço que está servindo de base para a análise do projeto, devido ao fato que determinadas saídas ou entradas
  • 36. de caixa alteram itens diferentes do balanço patrimonial. Por exemplo, a aquisição de um imóvel acrescentará o seu valor ao item imobilizado, já um investimento financeiro poderia alterar o valor do item Outros investimentos. Os itens que a serem preenchidos que são pré-definidos são escolhidos por meio de caixas de combinação, conhecidas como comboboxes. São eles os itens : Empresa, Ano Balanço Categoria de investimento, Tipo de retorno e Origem do Capital do Investimento. O valor do campo Empresa e Ano de Balanço são selecionados pelo usuário de acordo com as empresas e balanço que estão cadastradas na base de dados. O campo denominação é preenchido automaticamente após a seleção do campo Empresa. O item Categoria de investimento classifica o projeto de acordo com o tipo de investimento a qual ele se refere. A ferramenta desenvolvida permite a escolha entre as seguintes categorias de investimento: a) Aquisição de imóveis: que se refere a investimentos no ramo imobiliário, compra de unidade fabril ou qualquer outro investimento relativo a imóveis; b) Aquisição de equipamentos: melhorias nos processos produtivos através de compras de novos equipamentos ou substituição de equipamentos antigos com a finalidade de aumentar a produção e/ou diminuir custos; c) Investimentos financeiros: qualquer tipo de investimento financeiro, como compra de ações, fundo de investimentos, investimentos em empresas coligadas, etc. O item Tipo de retorno permite a escolha correta da forma como o retorno previsto para o projeto de investimento entrará na empresa. As seguintes opções são apresentadas pelo caixa de combinação: a) Alugueis; b) Dividendos, juros e rendas. c) Aumento do faturamento d) Diminuição de custos O ultimo item que possui uma caixa de combinação é a Origem do Capital do Investimento. Esse item permite ao usuário informar qual a origem do valor que será desembolsado para a realização do investimento proposto. A ferramenta disponibiliza as seguintes alternativas: a) Disponibilidades;
  • 37. b) Outros Investimentos; c) Venda de Imobilizado. Para a adequada análise do projeto de investimento, é necessário que se observe o fluxo de caixa que tal investimento irá gerar, por isso, o aplicativo apresentado permite a criação desse fluxo de caixa a partir de coletados os dados requeridos pelo formulário. Nota se que na parte inferior do formulário há campos em forma de tabela que representam o fluxo de caixa do projeto proposto. Na versão desenvolvida para este trabalho permite a análise do projeto até no máximo de 10 anos. O fluxo de caixa preenchido pelo usuário é composto de Três colunas que representam as entradas e saídas de caixa anuais, assim como o saldo de anual do fluxo de caixa. A colunas citadas anteriormente são: Entradas: São as entras de caixas promovidas pelo retorno oferecido pelo o projeto em questão. Saídas: São as saídas de caixa necessárias para a manutenção do investimento durante o ano, por exemplo manutenção preventiva em equipamentos adquiridos. Fluxo: Esse campo demonstra o saldo das entradas e saídas anuais para análise de fluxo de caixa. Após o preenchimento de todos os campos do formulário, deve ser acionado o botão Avaliar projeto, que ira iniciar a terceira parte da ferramenta. 3.4 Processamento dos dado a ser avaliado. Após o preenchimento da janela Novo Investimento e acionamento do botão Avaliar Projeto, os dados são processados por meio dos métodos estudados no capítulo I. Estão incluídos neste processamento os seguintes cálculos: a) Tempo de payback; b) Taxa Interna de Retorno; c) Taxa de Retorno Contábil; d) Índice de Lucratividade; e) Valor Presente Líquido; f) Índices de liquidez; g) Evolução Patrimonial;
  • 38. Tais dados são obtidos por formulas que se baseiam no fluxo de caixa e dados do balaço preenchidos pelo usuário na janela Novo Projeto, figuras 10 e 11 (abaixo) . Figura 10 - Fluxo de caixa Fonte: elaborado pelos autores Figura 11 - Fluxo de caixa Fonte: elaborado pelos autores São calculados diferentes índices de liquidez, para observar que impacto o investimento acarretará sobre a capacidade financeira da empresa, estes índices são obtidos em dois momentos: antes e após a teórica efetivação do projeto proposto. Os índices de liquidez calculados são: a) Liquidez imediata; b) Liquidez corrente; c) Liquidez seca; d) Liquidez total.
  • 39. Também é avaliado a evolução patrimonial provocada pelo projeto, três itens são considerados para essa avaliação: a) Disponibilidades; b) Imobilizado; c) Investimentos. A apresentação dos dados relacionados acima é feita pela janela Analise de Projeto, essa janela também inclui um módulo de navegação, que permite a visualização de dados de projetos anteriores. Essa janela também é visualizada pela opção CONSULTA PROJETOS ANTERIORES. Tal janela é pode ser observada na figura abaixo, assim como o resultado de seu processamento: Figura 12 - Análise de Projeto Fonte: elaborado pelos autores
  • 40. CONCLUSÃO Pelo exposto, conclui-se que o trabalho permitiu a compreensão mais aprofundada dos métodos de análise e investimentos e conceitos de sistemas de apoio à decisão. Verificou se que foi possível implementar um aplicativo que analisa projetos de investimentos sugeridos pelo seu usuário, utilizando métodos de análise estudados. Também foram utilizados com êxito os conceitos de sistemas de apoio à decisão, demonstrando que esse tipo de sistema é o adequado para a solução do problema apresentado, confirmando as hipóteses e respondendo os questionamentos da pesquisa. Mesmo com o sucesso obtido por este trabalho, há temas explorados por essa pesquisa que ainda podem ser melhor abordados em trabalhos futuros, como a implementação de mais métodos de análise, permitindo que o processamento dos projetos de investimento leve em conta fatores econômicos e dados específicos do tipo de investimento analisado. Contudo, conclui-se que os estudos realizados pela pesquisa atingiram seus objetivos, permitindo desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão sobre investimentos. Tal ferramenta deve ser ainda aprimorada em trabalhos futuros para que possa ser futuramente utilizada de forma acadêmica ou mesmo comercial.
  • 41. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERREIRA, R. J. Contabilidade, Casa das apostilas. Disponível em: <http://www.casadasapostilas.com.br>. Acesso em: 30 de março de 2007. INSTITUTO DE ESTUDOS FINANCEIROS. Treinamento e consultoria: investimentos: IEF, 2007. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo: Saraiva, 2004. 1ª edição 4ª tiragem. RAMOS, A. R. Utilização das Técnicas de Avaliação de Risco como Auxílio nas Decisões De Investimento De Capital. Disponível em <> Acesso em 04 de abril de 2007. SODRÉ, U. Matemática Financeira: Análise de Investimento ou Financiamento Disponível em: <http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/financeira/analise/analise.htm> . Acessado em: 25 de fevereiro de 2007.