O documento discute o imaginário da República no Brasil após a proclamação da República em 1889. Aborda as diferentes visões de República defendidas por Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva em suas proclamações, e analisa como Tiradentes se tornou o herói escolhido para representar a República, embora outros como Deodoro e Floriano Peixoto também fossem candidatos. Explora também como símbolos como a bandeira e o hino nacional foram apropriados para construir a identidade da nova na
4. AS PROCLAMAÇÕES DA REPÚBLICA
As proclamações;
Deodoro: a República Militar;
Benjamin Constant: a República
Sociocrática;
Quintino Bocaiúva: a República Liberal;
6. TIRADENTES: UM HERÓI PARA A REPÚBLICA
O mito da origem da República;
Os heróis do 15 de novembro;
Deodoro era o candidato mais óbvio ao
papel de herói republicano. No entanto, seu
jeito de general da Monarquia, sua figura
física, que lembrava a do outro ilustre velho,
o imperador. Era de certo modo, uma figura
tão identificada com o Exército dividia tanto
quanto unia;
7. Outro candidato a herói da república era
Benjamin Constant. Seu republicanismo era
inatacável. Mas o problema era que ele não
tinha figura de herói. Não era líder militar
nem líder popular;
8. Outro candidato mais sério era Floriano
Peixoto. Apagado no início, suspeito a
monarquistas e republicanos, adquiriu
dimensão maior a partir da Revolta da
Armada no Rio de Janeiro e da Revolta
Federalista no sul do país. Para os
jacobinos, civis e militares, era ele sem
dúvida um herói republicano. Mas, se não
dividia civis e militares, dividia os militares
(Exército contra Marinha).
9. A busca de um herói para a República
acabou tendo êxito na figura de Tiradentes.
Sua imagem foi promovida pelos
republicanos.
Em torno da personagem histórica de
Tiradentes houve e continua a haver intensa
batalha historiográfica. Até hoje se disputa
sobre seu verdadeiro papel na Inconfidência
Mineira, sobre sua personalidade, sobre
suas convicções, sobre sua aparência física.