1. Fitopatologia Aplicada
Professor: Camillo Rodrigues Júnior
Acadêmicos:
Daniel Santana
Warley Silva
Unaí – MG
Outubro / 2016
Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí
4. Introdução
Ocorrem em sementes, frutos e órgãos de reservas;
Podem ser secas (podridões duras) - tecidos atacados
(sementes e frutos) perdem água, provocando a mumificação
do órgãos;
Moles (aquosa) - levam a decomposição total de órgãos
suculentos (frutos, tubérculos e raízes);
5. Importância do grupo
A importância das podridões em órgãos de armazenamento pode ser interpretada de duas
formas distintas:
1. Ponto de vista botânico: é desejável o apodrecimento do fruto para que ocorra a
liberação e posterior germinação da semente;
2. Ponto de vista econômico: os órgãos de reserva são produtos de valor econômico e a sua
deterioração deve ser evitada;
É NESTE CONTEXTO QUE AS PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA SÃO
CONSIDERADAS COMO DOENÇAS DE PÓS-COLHEITA!
6. Como agem?
Os agentes causais associados a este tipo de doença são fungos e bactérias saprófitas que
ocorrem no ar ou no solo;
Os órgãos de reserva podem ser infectados: no campo; antes ou durante a colheita; na
embalagem; no transporte ou na estocagem;
Os ferimentos nos frutos favorecem a doença, por constituírem porta de entrada para os
patógenos;
Igualmente a ocorrência de alta umidade relativa e temperaturas elevadas contribui para o
desenvolvimento da doença.
7. SintomatologiaPodridão seca:
Na fase inicial os sintomas manifestam-se em frutos maduros através de
aparecimento de pequenas manchas circundadas por tecido encharcado;
Manifestam-se na forma de deterioração do órgãos;
Formação de micotoxinas;
Além das sementes podem ocorrer em diversos tipos de frutos carnosos;
Desidratação do tecido ( mumificação do órgão);
8.
9. Podridão Mole:
Pequenas manchas de aspecto encharcado, deprimido e descolorido;
Quando provocadas por fungos, nota-se uma massa cotonosa na superfície da lesão;
Odor desagradável;
Decomposição total dos órgãos suculentos;
Associada a órgãos suculentos, como:
I. Tubérculos(batata);
II. Frutos (tomate, pimentão, abobrinha, berinjela, mamão);
III. Bulbos(cebola);
IV. Raízes(cenouras, mandiocas).
15. Etiologia
Fungos pertencentes a diversos gêneros são agentes causais tanto de podridões duras
como de podridões aquosas;
Entre os patógenos de sementes predominam os Deuteromicetos, principalmente as
espécies pertencentes aos gêneros: Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Alternaria,
Diplodia e Cladosporium; Botrytis; Colletotrichum;
Os mais típicos agentes causais de podridões aquosas pertencem ao gênero Rhizopus da
classe dos zigomicetos;
São favorecidos com o teor de umidade da semente em torno de 25%;
Sementes com 15 % dificilmente são deterioradas.
16. Os principais agentes bacterianos de podridões pertencem ao gênero
Erwinia, destacando-se a espécie Erwinia carotovora;
Vive no solo como saprófita, podendo afetar dezenas de espécies vegetais,
principalmente hortaliças;
Seu desenvolvimento é favorecido por temperaturas entre 25 a 30° C e alta
umidade.
19. O ciclo de uma podridão aquosa de origem fúngica tem início a partir de estruturas do
patógeno presentes em órgãos vegetativos atacados – SOBREVIVÊNCIA;
Estas estruturas são geralmente esporangiósporos do tipo aplanósporos cuja
DISSEMINAÇÃO é feita pelo vento;
A INFECÇÃO tem início com a germinação dos aplanósporos sobre um órgão suculento e
suscetível;
O patógeno penetra através de ferimentos de natureza mecânica ou provocados por insetos;
Uma vez dentro da planta, as hifas iniciam a COLONIZAÇÃO dos tecidos, com a
produção de enzimas, que digerem as substâncias pécticas constituintes da lamela média.
20. Externamente, as áreas atacadas exibem um sintoma inicial de encharcamento para, em seguida
mostrarem-se amareladas e aquosas, evidenciando o processo degenerativo de podridão;
A COLONIZAÇÃO tem continuidade com o fungo atuando sobre as células mortas,
promovendo a decomposição das mesmas e obtendo nutrientes para o seu desenvolvimento;
À medida que o patógeno cresce no interior do órgão atacado, este tem a epiderme
enfraquecida, de tal modo a ser facilmente rompida pelo manuseio.
21. É através destes ferimentos que as
estruturas de reprodução do patógeno
(hifas) são emitidas para o exterior;
Em pouco tempo, o órgão atacado
pode se transformar numa massa
disforme, totalmente tomada por um
crescimento cotonoso do fungo;
22. Causa
bacteriana
A fonte de inóculo, que garante a SOBREVIVÊNCIA da bactéria, é constituída por órgão de
reserva infectado, encontrados no campo ou em locais de armazenamento, além de restos de
cultura em decomposição;
A DISSEMINAÇÃO pode ser feita através do manuseio dos órgãos vegetais durante os tratos
culturais, colheita, transporte e embalagem, e através do contato entre material vegetal sadio e
doente;
A água de irrigação, implementos agrícolas e insetos também podem atuar como AGENTES
DE DISSEMINAÇÃO.
23. A partir do momento que a bactéria atinge um órgão suculento pode ter início a etapa
de INFECÇÃO, com a PENETRAÇÃO do patógeno através de ferimentos provocados
por insetos ou manuseio;
No interior do tecido a bactéria multiplica-se rapidamente e passa a produzir enzimas
que desdobram as substâncias pécticas da lamela média e a celulose da parede celular;
Sintomas externos: encharcamento, amarelecimento e necrose caracterizando o
processo de podridão aquosa.
24. Fase avançada: ruptura da epiderme do órgão; liberação de uma massa vegetal, na qual se
encontra os talos bacterianos;
Resultado final: órgão vegetal torna-se uma massa amorfa; totalmente colonizada; odor fétido
característico;
A REPRODUÇÃO DO PATÓGENO ocorre simultaneamente ao apodrecimento, pois a
progressão da doença implica no aumento da população bacteriana;
A medida que os tecidos vão sendo decompostos, os nutrientes vão sendo liberados e novas
células bacterianas serão formadas por divisão binária;
O órgão atacado: fonte de inóculo, tanto em condições de campo ou armazenamento,
garantindo a SOBREVIVÊNCIA do patógeno até o início do ciclo secundário.
26. Medidas de controle - Frutos
1 – Campo
Plantio em solo com boa drenagem;
Evitar locais infestados;
Rotação de culturas em áreas muito infestadas;
Espaçamento adequado com boa aeração da
cultura;
Aplicação de produtos químicos para proteção do
fruto ainda na planta;
Evita o contato do fruto com o solo.
2 – Colheita
Evitar ferimentos nos frutos;
Separar e descartar órgãos infectados;
Colher frutos com textura delicada no início da
manhã (temperaturas amenas);
Fazer secagem natural e rápida logo após a
colheita.
27. 3 – Embalagem
Manuseio cuidadoso (evitar ferimentos);
Remover frutos infectados;
Desinfestação de caixas plásticas ou qualquer
outros recipiente com produtos germicidas;
Frutos de alto valor comercial (embrulhar em papel
impregnado com produtos químicos);
Imersão em solução ou suspensão de produtos
químicos para alguns tipos de frutos.
4 – Estocagem
Local bem arejado ou ambiente com temperaturas
baixas (5 a 10° C) e umidade relativa baixa;
Desinfestação do local de armazenamento com
produtos germicidas;
Eliminar órgãos afetados.
Medidas de controle - Frutos
28. Colheita de sementes com teor de umidade adequada;
Armazenamento em local adequado;
Fumigação para controlar insetos.
Medidas de controle - Sementes
35. Mofo preto (Aspergillus niger)
Presença de partes escuras, que são o
micélio e os esporos do fungo, nas
partes externas dos bulbos, ou em seu
interior, entre as escamas.