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História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 1
As transformações económicas na Europa e no
Mundo
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 6, História A 2
A Expansão da Revolução Industrial
A expansão da Revolução Industrial é muitas vezes chamada de 2ª
Revolução Industrial, desenrola-se na segunda metade do século XIX,
na Europa, EUA e Japão;
Corresponde a um conjunto de transformações rápidas na indústria:
novas fontes de energia (petróleo e eletricidade); novas máquinas
(motor de explosão, lâmpada), novos setores industriais de ponta
(siderurgia e química), novos métodos de trabalho e
estandardização da produção.
Módulo 6, História A 3
Inicia-se uma estreita ligação entre as Universidades e as indústrias,
as escolas formam os técnicos que trabalham na investigação e nas
fábricas;
As grandes empresas investem na investigação para ultrapassarem
a concorrência com novos produtos ou novas máquinas que
permitam aumentar ou melhorar a produção;
Módulo 6, História A 4
Os laboratórios tornam-se fundamentais para o progresso;
A investigação torna-se um trabalho de equipa;
Cada avanço coloca novos desafios pelo que começa uma época de
progressos cumulativos;
As grandes inovações na indústria vão afetar toda a sociedade;
Módulo 6, História A 5
Novos inventos e novas formas de energia
A siderurgia torna-se a indústria de ponta da 2ª Revolução Industrial
na segunda metade do século XIX;
Bessemer, em 1856, inventou um processo de transformar o ferro
em aço mais rápido e barato;
Outros inventos permitiram aumentar a produção;
As necessidades de aço não paravam de aumentar: caminhos de
ferro, pontes, edifícios, construção naval, armamento, etc.;
Entre 1870 e 1914, a produção mundial de aço aumentou mais de
cinco vezes;
O aço substituiu o ferro;
Módulo 6, História A 6
Outro setor industrial que, nesta época, conheceu um grande
desenvolvimento foi a indústria química;
W. H. Perkin, em 1856, sintetiza matérias corantes que
revolucionam a industria têxtil;
Surgem novos medicamentos, como a aspirina criada pela Bayer,
em 1899;
Produzem-se novos inseticidas e fertilizantes;
Goodyear, em 1884, descobre o processo de vulcanização da
borracha, dando origem à indústria dos pneus;
A indústria química, ligada à inovação e investigação, criou novos
produtos que vão desenvolver vários setores industriais;
Módulo 6, História A 7
Novas formas de energia
A primeira Revolução Industrial utilizou o carvão como a principal
forma de energia, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial (1914), a
maior parte (90%) da energia produzida na Europa dependia do
carvão;
Nas últimas décadas do século XIX desenvolvem-se duas outras
formas de energia: eletricidade e petróleo;
Em 1859, na Pensilvânia (EUA) perfura-se o primeiro poço de
petróleo;
Surge a indústria petroquímica (petróleo e derivados);
Módulo 6, História A 8
Em 1886, Daimler inventa o motor de explosão que funciona a
gasolina;
Em 1897, Diesel, inventa um motor que funciona com óleo pesado
(diesel);
Os derivados do petróleo são também utilizados em lubrificantes e
outros produtos;
Módulo 6, História A 9
Outra forma de energia que se desenvolveu foi a eletricidade;
Edison inventou a lâmpada elétrica, que nas cidades permitiu
substituir o gás pela eletricidade quer na iluminação pública quer
na privada;
A eletricidade vai levar a outros inventos: comboio elétrico
(Siemens, 1897); telefone (Bell, 1876); telégrafo, cinema (irmãos
Lumière, 1895), rádio (1887), metropolitanos e carros elétricos,
etc.;
Todas estas invenções contribuíram para o desenvolvimento da
vida moderna dos inícios do século XX;
Módulo 6, História A 10
A aceleração dos transportes
O desenvolvimento dos transportes foi fundamental para o sucesso
da Revolução Industrial;
Era necessário transportar pessoas, matérias-primas e produtos a
velocidades e distâncias cada vez maiores;
Em 1830 surgiu o comboio, George Stephenson inaugurou a linha
Liverpool-Manchester;
Em 1914, existiam um milhão de km de linhas construídas em todo o
mundo;
Módulo 6, História A 11
O comboio modificou a vida das pessoas, permitiu o crescimento
das cidades e tornou possível a circulação rápida dos produtos;
Os navios a vapor tiveram uma ascensão mais lenta;
Na segunda década do século XIX começam a ser mais utilizados;
O desenvolvimento das rotas comerciais marítimas levou à
realização de grandes obras de engenharia como os canais do Suez
(1869) e do Panamá (1914);
Módulo 6, História A 12
O êxito do vapor levou a algumas tentativas de conseguir um
transporte viável por estrada;
Foi o motor de explosão que resolveu o problema da deslocação
por estrada;
Surge uma nova indústria, a automóvel, que movimenta imensos
capitais e emprega milhares de operários;
Os irmãos Wright, em 1903, criam o primeiro avião, que
rapidamente vai desenvolver a indústria da aeronáutica e
revolucionar os transportes de longa distância;
Módulo 6, História A 13
Todo o desenvolvimento económico do século XIX tem por base a
interligação que esse estabeleceu entre ciência e técnica;
Foi o desenvolvimento da investigação científica que permitiu os
novos inventos;
A concorrência obrigava as empresas a investir na investigação e na
modernização da produção;
Os novos inventos criavam novas necessidades que estimulavam
novas investigações;
O objetivo era produzir a maior quantidade, no menor espaço de
tempo e o mais barato possível;
Módulo 6, História A 14
A partir do último quartel do século XIX podemos falar de uma
“civilização industrial”;
As pequenas oficinas cederam o seu lugar às grandes empresas
industriais;
Significa que no Mundo Ocidental (EUA e Europa) a vida económica
é dominada pela grande indústria;
As grandes empresas dominam do ponto de vista económico mas
também condicionam a tomada de decisões políticas;
Concentração industrial e bancária
Módulo 6, História A 15
A necessidade de investir em investigação, as máquinas cada vez
mais complexas exigiam grandes investimentos e a construção de
grandes espaços (fábricas) onde trabalham, por vezes, milhares de
operários;
As empresas ramificam-se e constroem sucursais, muitas vezes
noutros países;
Esta necessidade de investir avultados capitais levou ao
desenvolvimento das sociedades por ações, o investimento era
dividido pelos acionistas;
Módulo 6, História A 16
A concentração empresarial aumenta na segunda metade do século
XIX:
Devido à necessidade de grandes investimentos;
As grandes empresas tinham mais capacidade de financiar a
investigação e desenvolver novos projetos;
As grandes empresas resistem melhor às crises cíclicas da economia;
As grandes empresas vão absorvendo as mais pequenas e muitas
vezes fundem-se entre si;
Módulo 6, História A 17
Surgem dois tipos de concentração empresarial:
Concentração vertical: a empresa controla as várias etapas da
produção desde a matéria-prima até à comercialização do produto;
Este tipo de concentração foi muito comum na indústria siderúrgica;
As concentrações verticais podem ser de dois tipos:
Trusts: uma sociedade única;
Holdings: cada empresa mantém a sua autonomia mas existe uma
gestão centralizada;
Módulo 6, História A 18
Concentração horizontal: agrupamento de empresas de um mesmo
ramo de produção, o que lhes permite dominar a concorrência;
Cartel: forma mais comum de concentração horizontal. As
empresas não perdem a sua autonomia, mas combinam os preços,
a quantidade a produzir, a colocação no mercado, de modo a
aniquilar a concorrência;
Combinando, por vezes estes dois tipos de associação surgem
gigantescos grupos económicos que vão dar origem às
multinacionais;
Módulo 6, História A 19
Devido ao crescimento gigantesco da indústria e das necessidades
de investimentos, na segunda metade do século XIX, surgiram várias
formas de criar monopólios de modo a garantir e domínio dos
mercados e por conseguinte, melhores lucros;
Há uma clara divisão entre os proprietários (alta burguesia) e os
operários (proletariado);
Módulo 6, História A 20
O sistema bancário foi uma peça fundamental deste
desenvolvimento económico:
Os bancos mais pequenos foram absorvidos pelos maiores;
As grandes instituições bancárias dominam o mundo das finanças e
abrem um grande número de sucursais, muitas delas em países
estrangeiros;
Os bancos também investem no desenvolvimento industrial
fomentando o crédito, surgem bancos especializados nesse tipo de
negócios, os bancos de negócios ou investimento;
Módulo 6, História A 21
A racionalização do trabalho
A necessidade de produzir com qualidade e ao mais baixo preço
possível levou a Frederick Taylor publicasse um livro onde expunha
os seus métodos para racionalizar o trabalho, esse método ficou
conhecido por taylorismo:
A produção é dividida num séria de movimentos essenciais que cada
operário executa;
O tempo para executar essa tarefa é predefinido e articulado com os
outros operários constituindo uma cadeia de produção ;
Os objetos produzidos eram todos iguais, a estandardização;
Módulo 6, História A 22
Módulo 6, História A 23
Henry Ford foi o primeiro a aplicar estas ideias;
Em 1913, o seu carro Ford, Modelo T, é produzido numa linha de
montagem. O produto é que se desloca e não os operários. Estes
tinham de trabalhar ao ritmo imposto pelas máquinas;
Foram introduzidos sucessivos melhoramentos;
O Modelo T foi o primeiro carro de massas, só existia na cor preta;
O tempo de montagem do carro foi reduzido das 12 horas iniciais
para 1,5 horas;
O preço do carro foi diminuído para um terço;
Módulo 6, História A 24
De modo a compensar a dureza do trabalho os salários foram
elevados para o dobro do corrente na indústria;
A empresa permitia que os operários comprassem um carros,
proporcionando-lhes suaves prestações, era uma forma de
recuperar uma parte do investimento no aumento dos salários;
Os métodos empresarias de Henry Ford ficaram conhecidos como
fordismo;
Módulo 6, História A 25
Estes novos métodos de trabalho foram contestados por sindicatos
e numerosos intelectuais;
Apontavam a estes métodos o facto de serem desumanos e terem
transformado os antigos artesãos num proletários que executava
uma tarefa repetitiva sem qualquer criatividade, uma espécie de
autómato;
Charlie Chaplin, entre outros, no seu filme, “Os Tempos Modernos”,
satirizou esta situação;
Este método de trabalho veio acentuar as desigualdades entre os
proprietários e os trabalhadores;
Tempos modernos, filme completo
Módulo 6, História A 26
A geografia da industrialização
Nos meados do século XIX a Inglaterra detém a hegemonia da
industrialização. Mostra um claro avanço sobre os restantes
países;
Iniciou a sua Revolução Industrial mais cedo do que os restantes
países;
O desenvolvimento da sua economia tem como alicerces as ideias
do liberalismo económico;
Módulo 6, História A 27
Era a primeira a nível mundial nos têxteis e metalurgia;
É o país com maior densidade de caminhos de ferro;
Maior crescimento demográfico e urbano;
Utilizava, em larga escala, a força do vapor;
Dominava o comércio internacional;
Tinha um sistema financeiro extremamente avançado;
A libra esterlina (a moeda inglesa) é a moeda-padrão, a referência
nas trocas internacionais;
A realização da primeira Exposição Universal, em 1851, em Londres
foi uma exibição do seu poderio industrial e tecnológico;
Módulo 6, História A 28
Todavia na segunda metade do século XIX, a Inglaterra começa a
sentir dificuldades;
A sua tecnologia que tinha sido a mais avançada do Mundo começa a
ser ultrapassada;
A Alemanha, com uma industrialização mais recente, apresenta um
parque industrial mais moderno e, por conseguinte, mais produtivo;
No início do século XX, a economia inglesa é ultrapassada pelos
Estados Unidos da América;
Terminavam 150 anos de supremacia económica;
Módulo 6, História A 29
A afirmação de novas potências
Durante o século XIX, vários países iniciaram a sua industrialização:
Europa: França, Alemanha, Bélgica e Suíça;
América: EUA
Ásia: Japão
Módulo 6, História A 30
Módulo 6, História A 31
A França foi o segundo país, após a Inglaterra, a iniciar a sua
industrialização;
Mas o ritmo da sua industrialização foi lento;
A França tinha poucas minas de carvão, e por isso tinha de
importar;
Outro problema residia no elevado número de pequenos
agricultores que se mantiveram apegados aos seus modos de vida;
Só na primeira década do século XX a França conheceu um grande
dinamismo;
Os setores mais evoluídos foram a eletricidade, automóvel,
construção civil e cinema;
Apesar deste surto, a França não conseguiu alcançar os países mais
evoluídos;
Módulo 6, História A 32
A Alemanha só iniciou o seu arranque industrial em meados do
século XIX mas demonstrou um grande dinamismo;
Não investiram nos têxteis e passaram diretamente para a grande
indústria, carvão, aço e caminhos de ferro;
Mais tarde desenvolveram as indústrias químicas, construção naval
e eletricidade;
A Alemanha, entretanto unificada, compete diretamente com a
Inglaterra, desenvolvendo uma forte competitividade e rivalidade
que vai originar conflitos;
Módulo 6, História A 33
Nos Estados Unidos da América as matérias-primas e recursos
naturais eram abundantes, como carvão, petróleo, rios (produção
de eletricidade), e minerais variados;
O arranque industrial data de 1830 e inicia-se no setor têxtil;
O grande dinamismo provém da siderurgia, entre 1870 e 1890,
neste setor deram-se grandes concentrações empresariais, e a
United States Steel Corporation, tornou-se a principal empresa
mundial no setor da metalurgia;
Módulo 6, História A 34
A indústria automóvel, com Henry Ford, conhece um significativo
arranque;
Adotaram uma política protecionista e beneficiaram de enorme
crescimento demográfico (mercado interno);
No início do século XX, lideravam a economia mundial;
Eram os primeiros na produção de carvão, petróleo, ferro, aço,
cobre, zinco, chumbo e alumínio e o segundo no têxtil;
A destruição na Europa provocada pela Primeira Guerra Mundial
vai acentuar o domínio económico americano;
Módulo 6, História A 35
O Japão iniciou a sua industrialização com a era Meiji,
Depois de muitos anos fechados ao Mundo, a partir de 1868, com o
imperador Mutsu-Hito, abriram-se ao progresso;
O Japão era um país agrícola e atrasado que rapidamente se
industrializou;
Módulo 6, História A 36
O dinamismo da industrialização foi promovido pelo Estado que
financiou industrias, concedeu monopólios e outros privilégios e
promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros;
Verificou-se um intenso crescimento demográfico (mercado
nacional);
Criou-se um espírito nacional de superioridade dos japoneses em
relação aos outros povos;
Os setores de maior desenvolvimento foram a siderurgia, a
construção naval e as sedas;
Módulo 6, História A 37
A permanência de formas de economia tradicional
A História do século XIX foi marcada pelo desenvolvimento
industrial;
O aumento da produção conseguiu acompanhar o crescimento
populacional e, nos países industrializados, um número cada vez
maior de pessoas usufruíam de uma melhor qualidade de vida;
Neste séculos todos os setores da atividade económica (agricultura,
indústria, comércio, sistema financeiro, comunicações, transportes)
sofreram profundas alterações que provocam mudanças
irreversíveis no modo de vida das populações;
Módulo 6, História A 38
No entanto, a par desta industrialização continua a existir um
mundo atrasado, onde permaneciam as técnicas e modos de
produção antigos;
Países como o Império Austro-Húngaro, Império Russo, a Europa
do Sul (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), o tempo permanecia
imóvel, mantinham modos de produção medievais e conheceram
um arranque industrial muito tardio;
Módulo 6, História A 39
Existiam ainda regiões, sobretudo em África e na América Latina que
eram colónias e estavam dependentes das decisões tomadas nas
metrópoles;
Na Ásia o Japão foi o único país a industrializar-se;
Nos próprios países mais desenvolvidos coexistiam formas de
produção tradicional, sobretudo na agricultura, com as forma mais
modernas de produção;
A industrialização desenrolou-se a ritmos muito diferentes,
consoante as regiões.
Módulo 6, História A 40
A agudização das diferenças
No século XIX, a maior parte dos países permanece
subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão;
A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não
existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o
desenvolvimento dessas regiões;
As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
Módulo 6, História A 41
A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas
protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas;
Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a
ideia central;
O Estado intervinha na economia fomentando determinados
setores e criando regras e tabelando preços;
No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema
económico livre-cambista;
Módulo 6, História A 42
O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720-
1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo
(1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say;
Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer
atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através
da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado
autorregulava-se;
Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o
desenvolvimento do Mundo;
Módulo 6, História A 43
Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert
Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos
pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando
com os 1150 produtos em 1840;
A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros
países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas
económicas europeias;
Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista
baixaram as suas taxas alfandegárias;
Módulo 6, História A 44
As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo
O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema,
com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises
eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos
mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de
superprodução;
Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem
mais e mais barato;
Módulo 6, História A 45
O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar
estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de
Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
Módulo 6, História A 46
Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a
oferta, os preços sobem;
A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento,
a especulação na Bolsa aumenta;
Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a
oferta seja maior do que a procura;
Módulo 6, História A 47
Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para
reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao
despedimento de trabalhadores;
Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando
consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro);
Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa;
Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção
a diminuir ainda mais;
Módulo 6, História A 48
Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se
rapidamente;
Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave;
Entre essas datas verificaram-se 15 períodos de recessão
económica que provocaram o aumento da miséria e agitação
política e social;
Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como
simples ajustamentos económicos;
Módulo 6, História A 49
Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de
se autorregular;
No final do século XIX, muitos países adotaram medidas
protecionistas para proteger a sua economia da concorrência
estrangeira;
Estas crises suscitaram protestos;
Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados
intervirem na vida económica;
Módulo 6, História A 50
O mercado internacional e a divisão do trabalho
Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio
registou um crescimento acelerado;
Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao
crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e
das comunicações;
Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém
2/3 do comércio mundial;
Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de
50% do comércio mundial;
Módulo 6, História A 51
No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a
repartição mundial do trabalho;
O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades
naturais e humanas de cada região;
A especialização de uma região num determinado produto
conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de
importar outros produtos;
Módulo 6, História A 52
A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão
internacional do trabalho;
Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de
toda a produção industrial mundial;
Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros
continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes
produtos agrícolas e matérias-primas;
Módulo 6, História A 53
Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos;
Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido
estimulados na procura de diminuírem as suas dependências
económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países
pobres e países ricos”, foram aumentando;
O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual;
Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
Módulo 6, História A 54
Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países
menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se
novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a
industrialização desses países;
Módulo 6, História A 55
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11,
Porto Editora
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora,
2013
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
Módulo 6, História A 56

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6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos

  • 1. História A - Módulo 6 A civilização industrial – economia e sociedade; nacionalismos e choques imperialistas Unidade 1 As transformações económicas na Europa e no Mundo http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 2. Módulo 6, História A 2 A Expansão da Revolução Industrial A expansão da Revolução Industrial é muitas vezes chamada de 2ª Revolução Industrial, desenrola-se na segunda metade do século XIX, na Europa, EUA e Japão; Corresponde a um conjunto de transformações rápidas na indústria: novas fontes de energia (petróleo e eletricidade); novas máquinas (motor de explosão, lâmpada), novos setores industriais de ponta (siderurgia e química), novos métodos de trabalho e estandardização da produção.
  • 3. Módulo 6, História A 3 Inicia-se uma estreita ligação entre as Universidades e as indústrias, as escolas formam os técnicos que trabalham na investigação e nas fábricas; As grandes empresas investem na investigação para ultrapassarem a concorrência com novos produtos ou novas máquinas que permitam aumentar ou melhorar a produção;
  • 4. Módulo 6, História A 4 Os laboratórios tornam-se fundamentais para o progresso; A investigação torna-se um trabalho de equipa; Cada avanço coloca novos desafios pelo que começa uma época de progressos cumulativos; As grandes inovações na indústria vão afetar toda a sociedade;
  • 5. Módulo 6, História A 5 Novos inventos e novas formas de energia A siderurgia torna-se a indústria de ponta da 2ª Revolução Industrial na segunda metade do século XIX; Bessemer, em 1856, inventou um processo de transformar o ferro em aço mais rápido e barato; Outros inventos permitiram aumentar a produção; As necessidades de aço não paravam de aumentar: caminhos de ferro, pontes, edifícios, construção naval, armamento, etc.; Entre 1870 e 1914, a produção mundial de aço aumentou mais de cinco vezes; O aço substituiu o ferro;
  • 6. Módulo 6, História A 6 Outro setor industrial que, nesta época, conheceu um grande desenvolvimento foi a indústria química; W. H. Perkin, em 1856, sintetiza matérias corantes que revolucionam a industria têxtil; Surgem novos medicamentos, como a aspirina criada pela Bayer, em 1899; Produzem-se novos inseticidas e fertilizantes; Goodyear, em 1884, descobre o processo de vulcanização da borracha, dando origem à indústria dos pneus; A indústria química, ligada à inovação e investigação, criou novos produtos que vão desenvolver vários setores industriais;
  • 7. Módulo 6, História A 7 Novas formas de energia A primeira Revolução Industrial utilizou o carvão como a principal forma de energia, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial (1914), a maior parte (90%) da energia produzida na Europa dependia do carvão; Nas últimas décadas do século XIX desenvolvem-se duas outras formas de energia: eletricidade e petróleo; Em 1859, na Pensilvânia (EUA) perfura-se o primeiro poço de petróleo; Surge a indústria petroquímica (petróleo e derivados);
  • 8. Módulo 6, História A 8 Em 1886, Daimler inventa o motor de explosão que funciona a gasolina; Em 1897, Diesel, inventa um motor que funciona com óleo pesado (diesel); Os derivados do petróleo são também utilizados em lubrificantes e outros produtos;
  • 9. Módulo 6, História A 9 Outra forma de energia que se desenvolveu foi a eletricidade; Edison inventou a lâmpada elétrica, que nas cidades permitiu substituir o gás pela eletricidade quer na iluminação pública quer na privada; A eletricidade vai levar a outros inventos: comboio elétrico (Siemens, 1897); telefone (Bell, 1876); telégrafo, cinema (irmãos Lumière, 1895), rádio (1887), metropolitanos e carros elétricos, etc.; Todas estas invenções contribuíram para o desenvolvimento da vida moderna dos inícios do século XX;
  • 10. Módulo 6, História A 10 A aceleração dos transportes O desenvolvimento dos transportes foi fundamental para o sucesso da Revolução Industrial; Era necessário transportar pessoas, matérias-primas e produtos a velocidades e distâncias cada vez maiores; Em 1830 surgiu o comboio, George Stephenson inaugurou a linha Liverpool-Manchester; Em 1914, existiam um milhão de km de linhas construídas em todo o mundo;
  • 11. Módulo 6, História A 11 O comboio modificou a vida das pessoas, permitiu o crescimento das cidades e tornou possível a circulação rápida dos produtos; Os navios a vapor tiveram uma ascensão mais lenta; Na segunda década do século XIX começam a ser mais utilizados; O desenvolvimento das rotas comerciais marítimas levou à realização de grandes obras de engenharia como os canais do Suez (1869) e do Panamá (1914);
  • 12. Módulo 6, História A 12 O êxito do vapor levou a algumas tentativas de conseguir um transporte viável por estrada; Foi o motor de explosão que resolveu o problema da deslocação por estrada; Surge uma nova indústria, a automóvel, que movimenta imensos capitais e emprega milhares de operários; Os irmãos Wright, em 1903, criam o primeiro avião, que rapidamente vai desenvolver a indústria da aeronáutica e revolucionar os transportes de longa distância;
  • 13. Módulo 6, História A 13 Todo o desenvolvimento económico do século XIX tem por base a interligação que esse estabeleceu entre ciência e técnica; Foi o desenvolvimento da investigação científica que permitiu os novos inventos; A concorrência obrigava as empresas a investir na investigação e na modernização da produção; Os novos inventos criavam novas necessidades que estimulavam novas investigações; O objetivo era produzir a maior quantidade, no menor espaço de tempo e o mais barato possível;
  • 14. Módulo 6, História A 14 A partir do último quartel do século XIX podemos falar de uma “civilização industrial”; As pequenas oficinas cederam o seu lugar às grandes empresas industriais; Significa que no Mundo Ocidental (EUA e Europa) a vida económica é dominada pela grande indústria; As grandes empresas dominam do ponto de vista económico mas também condicionam a tomada de decisões políticas; Concentração industrial e bancária
  • 15. Módulo 6, História A 15 A necessidade de investir em investigação, as máquinas cada vez mais complexas exigiam grandes investimentos e a construção de grandes espaços (fábricas) onde trabalham, por vezes, milhares de operários; As empresas ramificam-se e constroem sucursais, muitas vezes noutros países; Esta necessidade de investir avultados capitais levou ao desenvolvimento das sociedades por ações, o investimento era dividido pelos acionistas;
  • 16. Módulo 6, História A 16 A concentração empresarial aumenta na segunda metade do século XIX: Devido à necessidade de grandes investimentos; As grandes empresas tinham mais capacidade de financiar a investigação e desenvolver novos projetos; As grandes empresas resistem melhor às crises cíclicas da economia; As grandes empresas vão absorvendo as mais pequenas e muitas vezes fundem-se entre si;
  • 17. Módulo 6, História A 17 Surgem dois tipos de concentração empresarial: Concentração vertical: a empresa controla as várias etapas da produção desde a matéria-prima até à comercialização do produto; Este tipo de concentração foi muito comum na indústria siderúrgica; As concentrações verticais podem ser de dois tipos: Trusts: uma sociedade única; Holdings: cada empresa mantém a sua autonomia mas existe uma gestão centralizada;
  • 18. Módulo 6, História A 18 Concentração horizontal: agrupamento de empresas de um mesmo ramo de produção, o que lhes permite dominar a concorrência; Cartel: forma mais comum de concentração horizontal. As empresas não perdem a sua autonomia, mas combinam os preços, a quantidade a produzir, a colocação no mercado, de modo a aniquilar a concorrência; Combinando, por vezes estes dois tipos de associação surgem gigantescos grupos económicos que vão dar origem às multinacionais;
  • 19. Módulo 6, História A 19 Devido ao crescimento gigantesco da indústria e das necessidades de investimentos, na segunda metade do século XIX, surgiram várias formas de criar monopólios de modo a garantir e domínio dos mercados e por conseguinte, melhores lucros; Há uma clara divisão entre os proprietários (alta burguesia) e os operários (proletariado);
  • 20. Módulo 6, História A 20 O sistema bancário foi uma peça fundamental deste desenvolvimento económico: Os bancos mais pequenos foram absorvidos pelos maiores; As grandes instituições bancárias dominam o mundo das finanças e abrem um grande número de sucursais, muitas delas em países estrangeiros; Os bancos também investem no desenvolvimento industrial fomentando o crédito, surgem bancos especializados nesse tipo de negócios, os bancos de negócios ou investimento;
  • 21. Módulo 6, História A 21 A racionalização do trabalho A necessidade de produzir com qualidade e ao mais baixo preço possível levou a Frederick Taylor publicasse um livro onde expunha os seus métodos para racionalizar o trabalho, esse método ficou conhecido por taylorismo: A produção é dividida num séria de movimentos essenciais que cada operário executa; O tempo para executar essa tarefa é predefinido e articulado com os outros operários constituindo uma cadeia de produção ; Os objetos produzidos eram todos iguais, a estandardização;
  • 23. Módulo 6, História A 23 Henry Ford foi o primeiro a aplicar estas ideias; Em 1913, o seu carro Ford, Modelo T, é produzido numa linha de montagem. O produto é que se desloca e não os operários. Estes tinham de trabalhar ao ritmo imposto pelas máquinas; Foram introduzidos sucessivos melhoramentos; O Modelo T foi o primeiro carro de massas, só existia na cor preta; O tempo de montagem do carro foi reduzido das 12 horas iniciais para 1,5 horas; O preço do carro foi diminuído para um terço;
  • 24. Módulo 6, História A 24 De modo a compensar a dureza do trabalho os salários foram elevados para o dobro do corrente na indústria; A empresa permitia que os operários comprassem um carros, proporcionando-lhes suaves prestações, era uma forma de recuperar uma parte do investimento no aumento dos salários; Os métodos empresarias de Henry Ford ficaram conhecidos como fordismo;
  • 25. Módulo 6, História A 25 Estes novos métodos de trabalho foram contestados por sindicatos e numerosos intelectuais; Apontavam a estes métodos o facto de serem desumanos e terem transformado os antigos artesãos num proletários que executava uma tarefa repetitiva sem qualquer criatividade, uma espécie de autómato; Charlie Chaplin, entre outros, no seu filme, “Os Tempos Modernos”, satirizou esta situação; Este método de trabalho veio acentuar as desigualdades entre os proprietários e os trabalhadores; Tempos modernos, filme completo
  • 26. Módulo 6, História A 26 A geografia da industrialização Nos meados do século XIX a Inglaterra detém a hegemonia da industrialização. Mostra um claro avanço sobre os restantes países; Iniciou a sua Revolução Industrial mais cedo do que os restantes países; O desenvolvimento da sua economia tem como alicerces as ideias do liberalismo económico;
  • 27. Módulo 6, História A 27 Era a primeira a nível mundial nos têxteis e metalurgia; É o país com maior densidade de caminhos de ferro; Maior crescimento demográfico e urbano; Utilizava, em larga escala, a força do vapor; Dominava o comércio internacional; Tinha um sistema financeiro extremamente avançado; A libra esterlina (a moeda inglesa) é a moeda-padrão, a referência nas trocas internacionais; A realização da primeira Exposição Universal, em 1851, em Londres foi uma exibição do seu poderio industrial e tecnológico;
  • 28. Módulo 6, História A 28 Todavia na segunda metade do século XIX, a Inglaterra começa a sentir dificuldades; A sua tecnologia que tinha sido a mais avançada do Mundo começa a ser ultrapassada; A Alemanha, com uma industrialização mais recente, apresenta um parque industrial mais moderno e, por conseguinte, mais produtivo; No início do século XX, a economia inglesa é ultrapassada pelos Estados Unidos da América; Terminavam 150 anos de supremacia económica;
  • 29. Módulo 6, História A 29 A afirmação de novas potências Durante o século XIX, vários países iniciaram a sua industrialização: Europa: França, Alemanha, Bélgica e Suíça; América: EUA Ásia: Japão
  • 31. Módulo 6, História A 31 A França foi o segundo país, após a Inglaterra, a iniciar a sua industrialização; Mas o ritmo da sua industrialização foi lento; A França tinha poucas minas de carvão, e por isso tinha de importar; Outro problema residia no elevado número de pequenos agricultores que se mantiveram apegados aos seus modos de vida; Só na primeira década do século XX a França conheceu um grande dinamismo; Os setores mais evoluídos foram a eletricidade, automóvel, construção civil e cinema; Apesar deste surto, a França não conseguiu alcançar os países mais evoluídos;
  • 32. Módulo 6, História A 32 A Alemanha só iniciou o seu arranque industrial em meados do século XIX mas demonstrou um grande dinamismo; Não investiram nos têxteis e passaram diretamente para a grande indústria, carvão, aço e caminhos de ferro; Mais tarde desenvolveram as indústrias químicas, construção naval e eletricidade; A Alemanha, entretanto unificada, compete diretamente com a Inglaterra, desenvolvendo uma forte competitividade e rivalidade que vai originar conflitos;
  • 33. Módulo 6, História A 33 Nos Estados Unidos da América as matérias-primas e recursos naturais eram abundantes, como carvão, petróleo, rios (produção de eletricidade), e minerais variados; O arranque industrial data de 1830 e inicia-se no setor têxtil; O grande dinamismo provém da siderurgia, entre 1870 e 1890, neste setor deram-se grandes concentrações empresariais, e a United States Steel Corporation, tornou-se a principal empresa mundial no setor da metalurgia;
  • 34. Módulo 6, História A 34 A indústria automóvel, com Henry Ford, conhece um significativo arranque; Adotaram uma política protecionista e beneficiaram de enorme crescimento demográfico (mercado interno); No início do século XX, lideravam a economia mundial; Eram os primeiros na produção de carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, zinco, chumbo e alumínio e o segundo no têxtil; A destruição na Europa provocada pela Primeira Guerra Mundial vai acentuar o domínio económico americano;
  • 35. Módulo 6, História A 35 O Japão iniciou a sua industrialização com a era Meiji, Depois de muitos anos fechados ao Mundo, a partir de 1868, com o imperador Mutsu-Hito, abriram-se ao progresso; O Japão era um país agrícola e atrasado que rapidamente se industrializou;
  • 36. Módulo 6, História A 36 O dinamismo da industrialização foi promovido pelo Estado que financiou industrias, concedeu monopólios e outros privilégios e promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros; Verificou-se um intenso crescimento demográfico (mercado nacional); Criou-se um espírito nacional de superioridade dos japoneses em relação aos outros povos; Os setores de maior desenvolvimento foram a siderurgia, a construção naval e as sedas;
  • 37. Módulo 6, História A 37 A permanência de formas de economia tradicional A História do século XIX foi marcada pelo desenvolvimento industrial; O aumento da produção conseguiu acompanhar o crescimento populacional e, nos países industrializados, um número cada vez maior de pessoas usufruíam de uma melhor qualidade de vida; Neste séculos todos os setores da atividade económica (agricultura, indústria, comércio, sistema financeiro, comunicações, transportes) sofreram profundas alterações que provocam mudanças irreversíveis no modo de vida das populações;
  • 38. Módulo 6, História A 38 No entanto, a par desta industrialização continua a existir um mundo atrasado, onde permaneciam as técnicas e modos de produção antigos; Países como o Império Austro-Húngaro, Império Russo, a Europa do Sul (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), o tempo permanecia imóvel, mantinham modos de produção medievais e conheceram um arranque industrial muito tardio;
  • 39. Módulo 6, História A 39 Existiam ainda regiões, sobretudo em África e na América Latina que eram colónias e estavam dependentes das decisões tomadas nas metrópoles; Na Ásia o Japão foi o único país a industrializar-se; Nos próprios países mais desenvolvidos coexistiam formas de produção tradicional, sobretudo na agricultura, com as forma mais modernas de produção; A industrialização desenrolou-se a ritmos muito diferentes, consoante as regiões.
  • 40. Módulo 6, História A 40 A agudização das diferenças No século XIX, a maior parte dos países permanece subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão; A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o desenvolvimento dessas regiões; As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
  • 41. Módulo 6, História A 41 A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas; Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a ideia central; O Estado intervinha na economia fomentando determinados setores e criando regras e tabelando preços; No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema económico livre-cambista;
  • 42. Módulo 6, História A 42 O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720- 1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo (1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say; Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado autorregulava-se; Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o desenvolvimento do Mundo;
  • 43. Módulo 6, História A 43 Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando com os 1150 produtos em 1840; A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas económicas europeias; Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista baixaram as suas taxas alfandegárias;
  • 44. Módulo 6, História A 44 As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema, com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de superprodução; Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem mais e mais barato;
  • 45. Módulo 6, História A 45 O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
  • 46. Módulo 6, História A 46 Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a oferta, os preços sobem; A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento, a especulação na Bolsa aumenta; Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a oferta seja maior do que a procura;
  • 47. Módulo 6, História A 47 Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao despedimento de trabalhadores; Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro); Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa; Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção a diminuir ainda mais;
  • 48. Módulo 6, História A 48 Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se rapidamente; Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave; Entre essas datas verificaram-se 15 períodos de recessão económica que provocaram o aumento da miséria e agitação política e social; Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como simples ajustamentos económicos;
  • 49. Módulo 6, História A 49 Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de se autorregular; No final do século XIX, muitos países adotaram medidas protecionistas para proteger a sua economia da concorrência estrangeira; Estas crises suscitaram protestos; Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados intervirem na vida económica;
  • 50. Módulo 6, História A 50 O mercado internacional e a divisão do trabalho Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio registou um crescimento acelerado; Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e das comunicações; Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém 2/3 do comércio mundial; Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de 50% do comércio mundial;
  • 51. Módulo 6, História A 51 No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a repartição mundial do trabalho; O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades naturais e humanas de cada região; A especialização de uma região num determinado produto conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de importar outros produtos;
  • 52. Módulo 6, História A 52 A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão internacional do trabalho; Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de toda a produção industrial mundial; Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes produtos agrícolas e matérias-primas;
  • 53. Módulo 6, História A 53 Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos; Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido estimulados na procura de diminuírem as suas dependências económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países pobres e países ricos”, foram aumentando; O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual; Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
  • 54. Módulo 6, História A 54 Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a industrialização desses países;
  • 55. Módulo 6, História A 55 Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
  • 56. Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 11, Porto Editora, 2011 Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora, 2013 SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006 Módulo 6, História A 56