Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
1. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 1
As transformações económicas na Europa e no
Mundo
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
2. Módulo 6, História A 2
A Expansão da Revolução Industrial
A expansão da Revolução Industrial é muitas vezes chamada de 2ª
Revolução Industrial, desenrola-se na segunda metade do século XIX,
na Europa, EUA e Japão;
Corresponde a um conjunto de transformações rápidas na indústria:
novas fontes de energia (petróleo e eletricidade); novas máquinas
(motor de explosão, lâmpada), novos setores industriais de ponta
(siderurgia e química), novos métodos de trabalho e
estandardização da produção.
3. Módulo 6, História A 3
Inicia-se uma estreita ligação entre as Universidades e as indústrias,
as escolas formam os técnicos que trabalham na investigação e nas
fábricas;
As grandes empresas investem na investigação para ultrapassarem
a concorrência com novos produtos ou novas máquinas que
permitam aumentar ou melhorar a produção;
4. Módulo 6, História A 4
Os laboratórios tornam-se fundamentais para o progresso;
A investigação torna-se um trabalho de equipa;
Cada avanço coloca novos desafios pelo que começa uma época de
progressos cumulativos;
As grandes inovações na indústria vão afetar toda a sociedade;
5. Módulo 6, História A 5
Novos inventos e novas formas de energia
A siderurgia torna-se a indústria de ponta da 2ª Revolução Industrial
na segunda metade do século XIX;
Bessemer, em 1856, inventou um processo de transformar o ferro
em aço mais rápido e barato;
Outros inventos permitiram aumentar a produção;
As necessidades de aço não paravam de aumentar: caminhos de
ferro, pontes, edifícios, construção naval, armamento, etc.;
Entre 1870 e 1914, a produção mundial de aço aumentou mais de
cinco vezes;
O aço substituiu o ferro;
6. Módulo 6, História A 6
Outro setor industrial que, nesta época, conheceu um grande
desenvolvimento foi a indústria química;
W. H. Perkin, em 1856, sintetiza matérias corantes que
revolucionam a industria têxtil;
Surgem novos medicamentos, como a aspirina criada pela Bayer,
em 1899;
Produzem-se novos inseticidas e fertilizantes;
Goodyear, em 1884, descobre o processo de vulcanização da
borracha, dando origem à indústria dos pneus;
A indústria química, ligada à inovação e investigação, criou novos
produtos que vão desenvolver vários setores industriais;
7. Módulo 6, História A 7
Novas formas de energia
A primeira Revolução Industrial utilizou o carvão como a principal
forma de energia, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial (1914), a
maior parte (90%) da energia produzida na Europa dependia do
carvão;
Nas últimas décadas do século XIX desenvolvem-se duas outras
formas de energia: eletricidade e petróleo;
Em 1859, na Pensilvânia (EUA) perfura-se o primeiro poço de
petróleo;
Surge a indústria petroquímica (petróleo e derivados);
8. Módulo 6, História A 8
Em 1886, Daimler inventa o motor de explosão que funciona a
gasolina;
Em 1897, Diesel, inventa um motor que funciona com óleo pesado
(diesel);
Os derivados do petróleo são também utilizados em lubrificantes e
outros produtos;
9. Módulo 6, História A 9
Outra forma de energia que se desenvolveu foi a eletricidade;
Edison inventou a lâmpada elétrica, que nas cidades permitiu
substituir o gás pela eletricidade quer na iluminação pública quer
na privada;
A eletricidade vai levar a outros inventos: comboio elétrico
(Siemens, 1897); telefone (Bell, 1876); telégrafo, cinema (irmãos
Lumière, 1895), rádio (1887), metropolitanos e carros elétricos,
etc.;
Todas estas invenções contribuíram para o desenvolvimento da
vida moderna dos inícios do século XX;
10. Módulo 6, História A 10
A aceleração dos transportes
O desenvolvimento dos transportes foi fundamental para o sucesso
da Revolução Industrial;
Era necessário transportar pessoas, matérias-primas e produtos a
velocidades e distâncias cada vez maiores;
Em 1830 surgiu o comboio, George Stephenson inaugurou a linha
Liverpool-Manchester;
Em 1914, existiam um milhão de km de linhas construídas em todo o
mundo;
11. Módulo 6, História A 11
O comboio modificou a vida das pessoas, permitiu o crescimento
das cidades e tornou possível a circulação rápida dos produtos;
Os navios a vapor tiveram uma ascensão mais lenta;
Na segunda década do século XIX começam a ser mais utilizados;
O desenvolvimento das rotas comerciais marítimas levou à
realização de grandes obras de engenharia como os canais do Suez
(1869) e do Panamá (1914);
12. Módulo 6, História A 12
O êxito do vapor levou a algumas tentativas de conseguir um
transporte viável por estrada;
Foi o motor de explosão que resolveu o problema da deslocação
por estrada;
Surge uma nova indústria, a automóvel, que movimenta imensos
capitais e emprega milhares de operários;
Os irmãos Wright, em 1903, criam o primeiro avião, que
rapidamente vai desenvolver a indústria da aeronáutica e
revolucionar os transportes de longa distância;
13. Módulo 6, História A 13
Todo o desenvolvimento económico do século XIX tem por base a
interligação que esse estabeleceu entre ciência e técnica;
Foi o desenvolvimento da investigação científica que permitiu os
novos inventos;
A concorrência obrigava as empresas a investir na investigação e na
modernização da produção;
Os novos inventos criavam novas necessidades que estimulavam
novas investigações;
O objetivo era produzir a maior quantidade, no menor espaço de
tempo e o mais barato possível;
14. Módulo 6, História A 14
A partir do último quartel do século XIX podemos falar de uma
“civilização industrial”;
As pequenas oficinas cederam o seu lugar às grandes empresas
industriais;
Significa que no Mundo Ocidental (EUA e Europa) a vida económica
é dominada pela grande indústria;
As grandes empresas dominam do ponto de vista económico mas
também condicionam a tomada de decisões políticas;
Concentração industrial e bancária
15. Módulo 6, História A 15
A necessidade de investir em investigação, as máquinas cada vez
mais complexas exigiam grandes investimentos e a construção de
grandes espaços (fábricas) onde trabalham, por vezes, milhares de
operários;
As empresas ramificam-se e constroem sucursais, muitas vezes
noutros países;
Esta necessidade de investir avultados capitais levou ao
desenvolvimento das sociedades por ações, o investimento era
dividido pelos acionistas;
16. Módulo 6, História A 16
A concentração empresarial aumenta na segunda metade do século
XIX:
Devido à necessidade de grandes investimentos;
As grandes empresas tinham mais capacidade de financiar a
investigação e desenvolver novos projetos;
As grandes empresas resistem melhor às crises cíclicas da economia;
As grandes empresas vão absorvendo as mais pequenas e muitas
vezes fundem-se entre si;
17. Módulo 6, História A 17
Surgem dois tipos de concentração empresarial:
Concentração vertical: a empresa controla as várias etapas da
produção desde a matéria-prima até à comercialização do produto;
Este tipo de concentração foi muito comum na indústria siderúrgica;
As concentrações verticais podem ser de dois tipos:
Trusts: uma sociedade única;
Holdings: cada empresa mantém a sua autonomia mas existe uma
gestão centralizada;
18. Módulo 6, História A 18
Concentração horizontal: agrupamento de empresas de um mesmo
ramo de produção, o que lhes permite dominar a concorrência;
Cartel: forma mais comum de concentração horizontal. As
empresas não perdem a sua autonomia, mas combinam os preços,
a quantidade a produzir, a colocação no mercado, de modo a
aniquilar a concorrência;
Combinando, por vezes estes dois tipos de associação surgem
gigantescos grupos económicos que vão dar origem às
multinacionais;
19. Módulo 6, História A 19
Devido ao crescimento gigantesco da indústria e das necessidades
de investimentos, na segunda metade do século XIX, surgiram várias
formas de criar monopólios de modo a garantir e domínio dos
mercados e por conseguinte, melhores lucros;
Há uma clara divisão entre os proprietários (alta burguesia) e os
operários (proletariado);
20. Módulo 6, História A 20
O sistema bancário foi uma peça fundamental deste
desenvolvimento económico:
Os bancos mais pequenos foram absorvidos pelos maiores;
As grandes instituições bancárias dominam o mundo das finanças e
abrem um grande número de sucursais, muitas delas em países
estrangeiros;
Os bancos também investem no desenvolvimento industrial
fomentando o crédito, surgem bancos especializados nesse tipo de
negócios, os bancos de negócios ou investimento;
21. Módulo 6, História A 21
A racionalização do trabalho
A necessidade de produzir com qualidade e ao mais baixo preço
possível levou a Frederick Taylor publicasse um livro onde expunha
os seus métodos para racionalizar o trabalho, esse método ficou
conhecido por taylorismo:
A produção é dividida num séria de movimentos essenciais que cada
operário executa;
O tempo para executar essa tarefa é predefinido e articulado com os
outros operários constituindo uma cadeia de produção ;
Os objetos produzidos eram todos iguais, a estandardização;
23. Módulo 6, História A 23
Henry Ford foi o primeiro a aplicar estas ideias;
Em 1913, o seu carro Ford, Modelo T, é produzido numa linha de
montagem. O produto é que se desloca e não os operários. Estes
tinham de trabalhar ao ritmo imposto pelas máquinas;
Foram introduzidos sucessivos melhoramentos;
O Modelo T foi o primeiro carro de massas, só existia na cor preta;
O tempo de montagem do carro foi reduzido das 12 horas iniciais
para 1,5 horas;
O preço do carro foi diminuído para um terço;
24. Módulo 6, História A 24
De modo a compensar a dureza do trabalho os salários foram
elevados para o dobro do corrente na indústria;
A empresa permitia que os operários comprassem um carros,
proporcionando-lhes suaves prestações, era uma forma de
recuperar uma parte do investimento no aumento dos salários;
Os métodos empresarias de Henry Ford ficaram conhecidos como
fordismo;
25. Módulo 6, História A 25
Estes novos métodos de trabalho foram contestados por sindicatos
e numerosos intelectuais;
Apontavam a estes métodos o facto de serem desumanos e terem
transformado os antigos artesãos num proletários que executava
uma tarefa repetitiva sem qualquer criatividade, uma espécie de
autómato;
Charlie Chaplin, entre outros, no seu filme, “Os Tempos Modernos”,
satirizou esta situação;
Este método de trabalho veio acentuar as desigualdades entre os
proprietários e os trabalhadores;
Tempos modernos, filme completo
26. Módulo 6, História A 26
A geografia da industrialização
Nos meados do século XIX a Inglaterra detém a hegemonia da
industrialização. Mostra um claro avanço sobre os restantes
países;
Iniciou a sua Revolução Industrial mais cedo do que os restantes
países;
O desenvolvimento da sua economia tem como alicerces as ideias
do liberalismo económico;
27. Módulo 6, História A 27
Era a primeira a nível mundial nos têxteis e metalurgia;
É o país com maior densidade de caminhos de ferro;
Maior crescimento demográfico e urbano;
Utilizava, em larga escala, a força do vapor;
Dominava o comércio internacional;
Tinha um sistema financeiro extremamente avançado;
A libra esterlina (a moeda inglesa) é a moeda-padrão, a referência
nas trocas internacionais;
A realização da primeira Exposição Universal, em 1851, em Londres
foi uma exibição do seu poderio industrial e tecnológico;
28. Módulo 6, História A 28
Todavia na segunda metade do século XIX, a Inglaterra começa a
sentir dificuldades;
A sua tecnologia que tinha sido a mais avançada do Mundo começa a
ser ultrapassada;
A Alemanha, com uma industrialização mais recente, apresenta um
parque industrial mais moderno e, por conseguinte, mais produtivo;
No início do século XX, a economia inglesa é ultrapassada pelos
Estados Unidos da América;
Terminavam 150 anos de supremacia económica;
29. Módulo 6, História A 29
A afirmação de novas potências
Durante o século XIX, vários países iniciaram a sua industrialização:
Europa: França, Alemanha, Bélgica e Suíça;
América: EUA
Ásia: Japão
31. Módulo 6, História A 31
A França foi o segundo país, após a Inglaterra, a iniciar a sua
industrialização;
Mas o ritmo da sua industrialização foi lento;
A França tinha poucas minas de carvão, e por isso tinha de
importar;
Outro problema residia no elevado número de pequenos
agricultores que se mantiveram apegados aos seus modos de vida;
Só na primeira década do século XX a França conheceu um grande
dinamismo;
Os setores mais evoluídos foram a eletricidade, automóvel,
construção civil e cinema;
Apesar deste surto, a França não conseguiu alcançar os países mais
evoluídos;
32. Módulo 6, História A 32
A Alemanha só iniciou o seu arranque industrial em meados do
século XIX mas demonstrou um grande dinamismo;
Não investiram nos têxteis e passaram diretamente para a grande
indústria, carvão, aço e caminhos de ferro;
Mais tarde desenvolveram as indústrias químicas, construção naval
e eletricidade;
A Alemanha, entretanto unificada, compete diretamente com a
Inglaterra, desenvolvendo uma forte competitividade e rivalidade
que vai originar conflitos;
33. Módulo 6, História A 33
Nos Estados Unidos da América as matérias-primas e recursos
naturais eram abundantes, como carvão, petróleo, rios (produção
de eletricidade), e minerais variados;
O arranque industrial data de 1830 e inicia-se no setor têxtil;
O grande dinamismo provém da siderurgia, entre 1870 e 1890,
neste setor deram-se grandes concentrações empresariais, e a
United States Steel Corporation, tornou-se a principal empresa
mundial no setor da metalurgia;
34. Módulo 6, História A 34
A indústria automóvel, com Henry Ford, conhece um significativo
arranque;
Adotaram uma política protecionista e beneficiaram de enorme
crescimento demográfico (mercado interno);
No início do século XX, lideravam a economia mundial;
Eram os primeiros na produção de carvão, petróleo, ferro, aço,
cobre, zinco, chumbo e alumínio e o segundo no têxtil;
A destruição na Europa provocada pela Primeira Guerra Mundial
vai acentuar o domínio económico americano;
35. Módulo 6, História A 35
O Japão iniciou a sua industrialização com a era Meiji,
Depois de muitos anos fechados ao Mundo, a partir de 1868, com o
imperador Mutsu-Hito, abriram-se ao progresso;
O Japão era um país agrícola e atrasado que rapidamente se
industrializou;
36. Módulo 6, História A 36
O dinamismo da industrialização foi promovido pelo Estado que
financiou industrias, concedeu monopólios e outros privilégios e
promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros;
Verificou-se um intenso crescimento demográfico (mercado
nacional);
Criou-se um espírito nacional de superioridade dos japoneses em
relação aos outros povos;
Os setores de maior desenvolvimento foram a siderurgia, a
construção naval e as sedas;
37. Módulo 6, História A 37
A permanência de formas de economia tradicional
A História do século XIX foi marcada pelo desenvolvimento
industrial;
O aumento da produção conseguiu acompanhar o crescimento
populacional e, nos países industrializados, um número cada vez
maior de pessoas usufruíam de uma melhor qualidade de vida;
Neste séculos todos os setores da atividade económica (agricultura,
indústria, comércio, sistema financeiro, comunicações, transportes)
sofreram profundas alterações que provocam mudanças
irreversíveis no modo de vida das populações;
38. Módulo 6, História A 38
No entanto, a par desta industrialização continua a existir um
mundo atrasado, onde permaneciam as técnicas e modos de
produção antigos;
Países como o Império Austro-Húngaro, Império Russo, a Europa
do Sul (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), o tempo permanecia
imóvel, mantinham modos de produção medievais e conheceram
um arranque industrial muito tardio;
39. Módulo 6, História A 39
Existiam ainda regiões, sobretudo em África e na América Latina que
eram colónias e estavam dependentes das decisões tomadas nas
metrópoles;
Na Ásia o Japão foi o único país a industrializar-se;
Nos próprios países mais desenvolvidos coexistiam formas de
produção tradicional, sobretudo na agricultura, com as forma mais
modernas de produção;
A industrialização desenrolou-se a ritmos muito diferentes,
consoante as regiões.
40. Módulo 6, História A 40
A agudização das diferenças
No século XIX, a maior parte dos países permanece
subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão;
A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não
existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o
desenvolvimento dessas regiões;
As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
41. Módulo 6, História A 41
A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas
protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas;
Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a
ideia central;
O Estado intervinha na economia fomentando determinados
setores e criando regras e tabelando preços;
No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema
económico livre-cambista;
42. Módulo 6, História A 42
O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720-
1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo
(1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say;
Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer
atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através
da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado
autorregulava-se;
Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o
desenvolvimento do Mundo;
43. Módulo 6, História A 43
Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert
Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos
pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando
com os 1150 produtos em 1840;
A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros
países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas
económicas europeias;
Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista
baixaram as suas taxas alfandegárias;
44. Módulo 6, História A 44
As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo
O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema,
com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises
eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos
mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de
superprodução;
Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem
mais e mais barato;
45. Módulo 6, História A 45
O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar
estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de
Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
46. Módulo 6, História A 46
Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a
oferta, os preços sobem;
A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento,
a especulação na Bolsa aumenta;
Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a
oferta seja maior do que a procura;
47. Módulo 6, História A 47
Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para
reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao
despedimento de trabalhadores;
Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando
consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro);
Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa;
Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção
a diminuir ainda mais;
48. Módulo 6, História A 48
Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se
rapidamente;
Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave;
Entre essas datas verificaram-se 15 períodos de recessão
económica que provocaram o aumento da miséria e agitação
política e social;
Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como
simples ajustamentos económicos;
49. Módulo 6, História A 49
Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de
se autorregular;
No final do século XIX, muitos países adotaram medidas
protecionistas para proteger a sua economia da concorrência
estrangeira;
Estas crises suscitaram protestos;
Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados
intervirem na vida económica;
50. Módulo 6, História A 50
O mercado internacional e a divisão do trabalho
Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio
registou um crescimento acelerado;
Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao
crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e
das comunicações;
Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém
2/3 do comércio mundial;
Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de
50% do comércio mundial;
51. Módulo 6, História A 51
No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a
repartição mundial do trabalho;
O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades
naturais e humanas de cada região;
A especialização de uma região num determinado produto
conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de
importar outros produtos;
52. Módulo 6, História A 52
A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão
internacional do trabalho;
Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de
toda a produção industrial mundial;
Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros
continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes
produtos agrícolas e matérias-primas;
53. Módulo 6, História A 53
Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos;
Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido
estimulados na procura de diminuírem as suas dependências
económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países
pobres e países ricos”, foram aumentando;
O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual;
Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
54. Módulo 6, História A 54
Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países
menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se
novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a
industrialização desses países;
55. Módulo 6, História A 55
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11,
Porto Editora
56. Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora,
2013
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
Módulo 6, História A 56