O documento discute o surgimento do movimento modernista na arquitetura no início do século XX, cobrindo questões como arte e função, o funcionalismo, e exemplos de arquitetos pioneiros como Behrens, Gropius e Rietveld. Também aborda movimentos como a Bauhaus que integraram arte e design industrial.
3. Nas primeiras décadas do século XX surgem várias
polémicas, no campo da arquitetura e do design, e
envolveu engenheiros, arquitetos e artistas, as questões
de discussão eram:
“Arte e Técnica”;
“Forma e Função”;
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4. É o reflexo da primeira grande crise de valores das
sociedades industrializadas do Ocidente;
Presas a concepção mentais e valores estéticos do
passado, impostos pela tradição e pelo academismo;
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5. A Arte Nova, finais do século XIX e princípios do XX, foi o
primeiro movimento a criar as raízes da rutura e o
Modernismo abriu caminho às tendências inovadoras da
arquitetura e do design no pós Primeira Guerra Mundial;
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6. As escolas de Chicago, Glasgow e a Secessão Vienense
utilizaram os novos materiais (ferro, vidro, betão) à vista,
sem disfarces;
Utilizaram os novos sistemas construtivos, esqueleto
estrutural em ferro e betão, fachadas sem função
sustentadora;
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7. Aplicaram critérios cada vez mais racionalistas e
funcionalistas que desenvolveram construções de planta
livre, a depuração formal e a desornamentação dos
edifícios;
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8. Surge uma nova arquitetura que procurou responder de
forma técnica, racional, pragmática e funcional às novas
exigências da sociedade: higiene, luz, ventilação, conforto,
etc.);
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9. Antes de 1914 surgem alguns exemplos marcantes desta
arquitetura Modernista;
Modernismo: Nome dado ao conjunto das vanguardas
artísticas do início do século XX, que refletem as
influências das várias correntes estéticas da época;
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10. França:
August Perret (1874-1945), nos finais do século XIX
utilizou estruturas de betão armado nas suas construções;
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12. Áustria:
Adolf Loos (1870-1933), combate o academismo e
historicismos, propõe uma arquitetura racional, pragmática
e funcional;
Defendeu uma arquitetura urbana, económica e acessível
às massas;
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13. Loos, casa Steiner,
1910, Viena
“Se por estilo se entende ornamento, então a grandeza do
nosso tempo está em não termos produzido um novo estilo.
Encontrar a beleza da forma, em vez de a fazer depender da
decoração, é o objetivo ao qual aspira toda a Humanidade”;
Alfred Loos
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15. Alemanha:
A arquitectura e o design modernistas nasceram da
actividade da Deutscher Werkbund;
Deutscher Werkbund, Associação Alemã para o Trabalho,
fundada em 1907 que agrupava industriais, arquitectos e
artistas, cuja finalidade era promover a qualidade dos
objectos industriais;
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16. O seu objetivo era promover a ligação entre arte, indústria
e artesanato;
Os objetos produzidos industrialmente, com qualidade
estética e funcional, podiam alcançar as massas
populacionais;
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17. A Deutscher Werkbund criou uma nova conceção de
design industrial, assente na racionalização dos processos
e na estandardização;
Contribuiu para a Alemanha alcançar a vanguarda da
produção industrial europeia;
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18. Na Deutscher Werkbund, ao nível da arquitetura destacou-
se Peter Behrens (1868-1940), com construções de
carácter utilitário;
Aplicou as regras do desenho industrial ao desenho
arquitetónico;
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19. No seu atelier trabalharam:
Mies van der Rohe (1886-1969);
Le Corbusier (1887-1965);
Max Berg (1870-1947);
Adolf Meyer (1881-1929);
Walter Gropius (1883-1969);
e outros;
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22. Gropius enunciou os princípios do seu futuro estilo:
Estruturas metálicas em ferro e aço (gaiola estrutural);
Fachadas em vidro (paredes-cortina);
Utilização racional dos novos materiais;
Novas formas espaciais adaptadas às funções;
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23. Segundo Gropius o papel da arquitetura estava em “dar
forma artística ao espaço da técnica e não em decorá-la”;
A Deutscher Werkbund gerou uma corrente de arquitetura
expressionista que atingiu o seu auge no pós Primeira
Guerra Mundial;
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28. Entre 1914 e 1920 a construção sofreu um período de
estagnação;
Desenvolveu-se uma reflexão teórico-prática sobre a nova
arquitetura e o seu papel nas sociedades contemporâneas;
Os arquitetos foram influenciados pelas teorias dos
movimentos plásticos seus contemporâneos:
Expressionismo, Cubismo, Construtivismo, Neoplasticismo,
etc.;
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29. Procuram concretizar nos seus projetos as novas
propostas dessas vanguardas artísticas;
Procuram encontrar uma arquitetura capaz de responder
aos anseios das novas sociedades;
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30. Idealizaram verdadeiras utopias arquitetónicas apoiados
nos mais modernos e sofisticados processos construtivos;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 30
31. Taut, Pavilhão de
Vidro, 1914
O Expressionismo arquitetónico nasceu na Deutscher
Werkbund e atingiu o seu apogeu nos anos 20 do século
XX;
Recorrendo a modernas e arrojadas soluções de
engenharia construíram edifícios com um carácter
fantasista e bizarro;
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32. Mendelsohn, Torre
Einstein, 1921,
Potsdam
Valorizaram a expressividade das formas arquitetónicas,
usando a arquitetura com o mesmo valor plástico e
conceptual da escultura e da pintura;
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33. A expressividade era obtida através das formas, dos
volumes e através dos materiais, explorando as
capacidades construtivas e plásticas dos diversos
materiais;
Materiais mais utilizados: vidro e o betão;
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36. O Manifesto da Arquitetura Futurista foi elaborado por
António Sant’Elia (1888-1916) em 1914;
A máquina era o modelo de estética universal;
A funcionalidade e o bem-estar eram elementos
fundamentais;
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37. Sant’Elia, Projeto para uma central elétrica, 1914, Milão
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38. Preferiam os materiais modernos (aço, betão, vidro);
Criaram linha obliquas para criar uma ideia de dinamismo;
Propuseram a total abolição da decoração;
Propunham uma arquitetura racional e funcional adaptada
às necessidades do mundo moderno;
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39. O Construtivismo arquitetónico nasceu na Rússia, nos
primeiros tempos da Revolução;
Influências do Futurismo;
É a procura de uma arquitetura funcional aos serviços dos
ideais revolucionários que contribuísse para a renovação
social e mental do povo soviético;
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40. A função da nova arquitetura seria desenhar os objetos da
nova cultura material;
Surgiram na União Soviética numerosas associações de
arquitetos;
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41. Principais arquitetos:
Irmãos Vesnine (Alexander, Viktor, Leonid);
Konstantin Melnikov (1890-1974);
El Lissitzky (1890-1941);
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42. Irmãos Vesnine, Palácio dos Sovietes,
projeto não realizado, 1933
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43. Irmãos Vesnine, Palácio do
Trabalho, projeto não realizado,
1933
As propostas arquitetónicas construtivistas raramente foram
concretizadas;
Demasiado radicais na sua formulação plástica;
Não foram entendidas pelo povo e eram demasiado caras;
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44. Melnikov, Casa da
Rússia, Moscovo, 1928
A partir da década de 30, o governo soviético, retirou-lhes
apoio;
Estas propostas modernistas foram substituídas pelo
Realismo Socialista, de carácter propagandístico;
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45. Na arquitetura desenvolveu-se uma corrente ligada às
propostas do Neoplasticismo;
Procuravam o rigor técnico, a clareza formal, aplicando
regras matemáticas e geométricas;
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46. Exteriormente os edifícios eram organizados por superfícies
planas e retilíneas;
Vidraças horizontais criando a comunicação interior e
exterior;
As plantas privilegiavam a conceção de espaço livre,
funcional, quase sem divisões ou utilizando divisórias
deslizantes;
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47. Nenhum elemento ornamental prejudicava o jogo abstrato
das formas;
Apresentem algumas notas de cor em elementos lineares
verticais e horizontais (vermelho, amarelo, azul, preto);
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53. Principais arquitetos do neoplasticismo:
Gerrit Rietveld (1888-1964);
Jacobus Johannes Pieter Oud (1890-1963);
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54. Os conceitos arquitetónicos do neoplasticismo estiveram
presentes na construção de alguns complexos
habitacionais na década de 20 na Europa;
Influenciaram os arquitetos da Bauhaus;
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56. Em 1919, na Alemanha, surgiu a Bauhaus (Casa das
Artes), uma escola das artes;
Propunha a integração entre as artes aplicadas e as belas-
artes;
Desenvolveu o conceito de design industrial;
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57. Resulta da fusão da Escola de Artes e Ofícios de Weimar e
a Escola Superior de Artes Aplicadas;
O seu primeiro diretor foi Walter Gropius;
Foram influenciados pelo Arts and Crafts e, pela
Deutscher Werkbund;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 57
58. Tinha um projeto pedagógico inovador:
Trabalho de equipa;
Interação entre a teoria e a prática;
Aplicam o conceito de unidade das artes;
Grande liberdade de criação e conceção;
Reunia no mesmo projeto de ensino a Arquitectura, o
Design, as Artes Plásticas, as Artes Decorativas, as Artes
Decorativas, o Cinema, a Fotografia, o Ballet, etc.;
Breuer, cadeira, 1923
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 58
59. Jucker, candeeiro, 1924
O projeto era executado por um conjunto de professores
(mestres-artesãos, operários e artistas plásticos);
A Bauhaus, formou novos artistas e contribuiu para a
renovação da pesquisa plástica e do design industrial;
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60. Brandt, serviço de chá
O projeto passou por 3 fases e cidades diferentes:
Weimar de 1919 a 1924;
Dessau de 1925 a 1932;
Berlim, 1933;
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61. Gropius, Escola
da Bauhaus, 1925
O período de Dessau foi o mais fecundo da escola;
Ultrapassadas as tendências expressionistas da primeira fase
a escola orientou-se por critérios mais racionalistas e
funcionais;
Procuram uma colaboração mais directa com a sociedade e
com a indústria;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 61
63. Foi o período de maior desenvolvimento do design;
Preocupam-se com a qualidade do desenho, a
modernidade dos materiais e a relação forma/função;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 63
65. Foi criado o Departamento de Arquitetura da Bauhaus
(1927), que segue os critérios enunciados na Deutscher
Werkbund por Walter Gropius, sendo um dos
impulsionadores do Movimento da Arquitetura Moderna;
A sede da Bauhaus de Dessau é um dos exemplos de
arquitetura racionalista;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 65
66. Estruturas metálicas em ferro e aço (gaiola estrutural);
Fachadas em vidro (paredes-cortina);
Utilização racional dos novos materiais;
Novas formas espaciais adaptadas às funções;
Segundo Gropius o papel da arquitetura estava em “dar
forma artística ao espaço da técnica e não em decorá-la”;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 66
69. Gropius abandona a Bauhaus em 1928 e em 1937, emigra
para os EUA, fugindo do regime nazi;
Foi professor de arquitetura em Harvard;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 69
70. Sucederam-lhe no cargo de director Hannes Meyer (1889-
1954) e na fase de Berlim Ludwig Mies van der Rohe
(1886-1969);
Mies van der Rohe, foi um dos expoentes da Arquitetura
Moderna;
Criou uma arquitetura racionalista e estruturalista;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 70
71. Van der Rohe, Casa Hermann, 1928
Procurou soluções técnicas avançadas com base no
esqueleto estrutural em aço;
Utilizou materiais sumptuosos (mármore e vidro);
Simplicidade estrutural dos exteriores e interiores;
Afirmava: “em arquitectura menos é mais”;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 71
73. Van der Rohe, Pavilhão alemão, Exposição Universal de
Barcelona, projeto de 1929, reconstrução 1986
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 73
74. Van der Rohe, Edifício
Seagram
Com o encerramento da Bauhaus, em 1933, pelos nazis, van
der Rohe emigrou para os EUA, onde vai contribuir para o
desenvolvimento do Estilo Internacional com estruturas
como o edifício Seagram em Nova Iorque;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 74
76. No período entre as duas guerras mundiais, surgiu a Art
Déco, que abrangeu a arquitetura, a decoração de
interiores, o design, o cinema, a publicidade, a moda, etc.;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 76
77. “Seguiu-se à Arte Nova,
esta baseara-se em
motivos florais para
modelar e ornamentar, a
Art Déco voltou-se para o
design abstrato e na
Natureza sobretudo
representando a beleza
feminina e animais”;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 77
79. “Os seus objetos foram confecionados em materiais
dispendiosos e estas ideias foram copiadas e fabricadas
em alternativas mais baratas;
A Art Déco atingiu todas as formas de arte desde a
arquitetura até ao design de automóveis ou de mobiliário”;
Arie van de Lemme, Guia de Art Déco
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 79
81. Aderiu aos novos materiais e aos processos industriais de
produção;
Inspirou-se nos ideais do Arts and Crafts (unidade das
artes) e no Deutscher Werbund;
Foi influenciada pelo Cubismo, Construtivismo, Futurismo,
na abstração, distorção e simplificação, sobretudo
evidentes nas artes decorativas;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo
82. Arte Nova Art Déco
Onde a Arte Nova fora pesada complexa a Art Déco era limpa
e pura.
As linhas se se encurvavam, eram graduais e impetuosas, se
eram direitas, apresentavam a retidão de uma régua.
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 82
83. Numa época de racionalidade e funcionalismo assumiu-se
como um estilo decorativo;
Uma estética nova, moderna, eclética, aplicável a todas as
atividades artísticas;
Transformou-se numa moda característica de um tempo e de
um modo de pensar;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 83
85. A Art Déco tornou-se conhecida na Exposição de Artes
Decorativas e Industriais de Paris, de 1925;
Expandiu-se por toda a Europa e América;
Esteve presentes em períodos tão distintos como os
prósperos Anos Loucos e na miséria da Grande Depressão;
Adnet, Aparador
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 85
86. Assimilou e aproveitou os conceitos estéticos e plásticos das
vanguardas pictóricas;
Foi influenciada pela arte africana;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 86
87. Retirou inspiração da natureza animal, do corpo feminino e
das formas geométricas e abstratas;
Produziu um desenho estilizado e geometrizado (baseado na
linha reta ou quebrada em contraposição com curvas traçadas
a compasso associada a um colorido vivo;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 87
88. No design industrial aplicou-se a todo o tipo de objetos
utilitários: mobiliário, louças, automóveis, etc.;
Utilizou os materiais mais modernos: plástico, baquelite (tipo
de plástico), etc.;
Usando formas estilizadas, geométricas e cores vivas;
Delamane, Grade de radiador
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 88
91. Na arquitetura aplicou-se sobretudo na decoração de
interiores mas influenciou a construção modernista de muitos
edifícios;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 91
93. Na Art Déco predomina a geometrização e simplificação da
estrutura, das plantas e das fachadas;
Alternam superfícies planas e retilíneas com curvas
pronunciadas de traçado geométrico;
A cor aparece condensada em determinados locais: lintéis,
puxadores, fechos, etc.;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 93
97. A divulgação industrial e o êxito levou ao cansaço e na
década de 30, do século XX, a Art Déco desapareceu;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 97
98. Principais características da Art Déco:
Influências da Deutscher Werkbund, Arts and Crafts,
Cubismo, Construtivismo e Futurismo;
Decoração geométrica;
Geometrização da estrutura e da forma;
Utilização de materiais exóticos;
Valorização estéticas dos materiais;
Espírito racionalista nas artes decorativas;
Design industrial;
Aplicada a tudo transformou-se numa moda;
Símbolo de modernismo.
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 98
100. Em 1918 começa a destacar-se um nome na arquitetura
europeia, o suíço, Charles-Édouard Jeanneret (1887-
1965), mais conhecido por “Le Corbusier”;
Principais obras:
Aprés le Cubisme, 1918;
Para uma nova Arquitectura, 1923;
O Modulor, 1924;
Revista L’Esprit Nouveau, 1920;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 100
101. Le Corbusier, O Modulor
Nestas obras divulgou as suas ideias sobre a forma pura que
implicava uma estética nova e racional;
Abriu o seu escritório de arquitetura em 1922 e começou a
interessar-se pelos problemas do urbanismo;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 101
102. Dentro do espírito do racionalismo funcionalista propôs a
aliança entre a arquitetura e indústria;
Na procura de uma construção que respondesse, de forma
técnica, racional e materialista, aos problemas das
sociedades do seu tempo;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 102
103. Le Corbusier,
cidade refúgio
Defendeu uma arquitetura
prática, liberta de
individualismos e
sentimentalismos fantasistas,
preocupada com a economia
de meios e de gastos e
socialmente comprometida;
apostada em encontrar
soluções viáveis para, com
qualidade e economia, resolver
os problemas de habitação
colectiva nas grandes cidades;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 103
104. Le Corbusier,
Quartiers Modernes
de Frugès
Desenvolveu estudos sobre os comportamentos coletivos,
e de ergonomia e proporcionalidade (tomaram por medida
o corpo humano), para matematização dos espaços e
produção de bens de equipamento;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 104
105. Le Corbusier, prédio em
Marselha
Procurou normas padronizadas
para projectar habitações
económicas, acessíveis à maioria
das pessoas;
Com altos padrões de conforto,
higiene e funcionalidade;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 105
106. Le Corbusier, prédio
em Marselha
Definiu o “mínimo vital” e optimizou meios e recursos na sua
construção
Estas construções, marcadas por uma grande racionalidade e
pragmatismo, chegaram a levá-lo a definir as habitações
como “máquinas para se viver”;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 106
107. Le Corbusier, Dom-Ino
As ideias de Le Corbusier foram materializadas, pela
primeira vez, na construção da Casa Dom-Ino (1914)
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 107
109. Construção apoiada em pilotis (pilares), colocados livremente
em relação à planta, servindo para sustentar e isolar o
edifício de humidades;
Tetos planos com terraços e jardins na cobertura;
Plantas de andar totalmente livres;
Fachadas de composição livre;
Janelas colocadas em longas faixas horizontais;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 109
113. Após a 2ª Guerra Mundial projetou construções mais
expressivas, usando o betão em superfícies exteriores com
o aspeto de inacabada;
São exemplos a Igreja de Nossa Senhora de Romchamp e
o Ministério da Educação Brasileiro (colaboração com
Lúcio Costa e Óscar Niemeyer);
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 113
114. Le Corbusier, Igreja de Nossa Senhora de Romchamp
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 114
115. Le Corbusier, Niemeyer e Lúcio Costa, Ministério da
Educação do Brasil
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 115
116. Projetou espaços urbanísticos funcionalistas;
As suas teorias urbanísticas estão no livro A Cidade
Radiosa (1930);
As ruas cruzavam-se ortogonalmente e existiam 3 zonas
diferenciadas: trabalho, lazer e residência;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 116
118. Óscar Niemeyer (1907-2012) e Lúcio Costa (1902-1998)
inspiraram-se nestes estudos para a construção da cidade
de Brasília;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 118
121. As conceções racionalistas e funcionalistas de Le
Corbusier, de Gropius e Mies van der Rohe,
foram amplamente divulgadas e expandidas pelos CIAM
(Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna) que,
a partir de 1928, se realizaram em várias cidades
europeias
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 121
122. A ética dos CIAM, patenteada na Carta de Atenas, de
1933, norteou a reconstrução das cidades europeias no
pós-Segunda Guerra Mundial;
pondo a tónica na construção habitacional em torre e nos
princípios urbanísticos de Le Corbusier;
Contribuíram para organizar o chamado Estilo
Internacional;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 122
123. Estilo Internacional foi a designação atribuída pelo
historiador de arte Henri Russel Hitchock e pelo arquiteto
Philip Johnson, em 1932, para nomear as vanguardas
arquitetónicas da época;
Estas, apesar de muito diversificadas, correspondiam a
certos princípios comuns:
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 123
124. usaram a “estética da máquina” e os materiais modernos
(betão, aço, vidro);
valorizaram o esqueleto estrutural, plantas flexíveis e um
planeamento e funcional dos interiores;
projetaram fachadas geometricamente;
deram importância às janelas, com armações metálicas
leves e colocadas à face das fachadas;
preferiram os telhados planos, em terraço;
excluíram toda a ornamentação aplicada.
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 124
125. Breuer, Sede da UNESCO
Hoody, Edifício do Daily News
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 125
127. A partir dos anos 30, surge uma primeira reação ao
funcionalismo racionalista da arquitetura europeia;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 127
128. Wright, Casa Robbie
Resposta a uma evolução demasiado tecnológica, a
arquitetura procurava vias mais humanas e sensitivas, que
evidenciassem preocupações com o ambiente circundante e
respeitassem as tradições locais, a nível do uso de materiais
e das técnicas construtivas;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 128
129. O contexto regional e as preocupações ambientais, a nível
estético e ecológico;
Foram para o Organicismo, aspetos importantes na
construção e no urbanismo;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 129
130. Wright, Casa Charles Ennis
Destaca-se o trabalho do arquiteto americano Frank Lloyd
Wright (1869-1959), que iniciou a sua atividade cerca de
1890, junto da Escola de Chicago;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 130
131. Wright desenvolveu, desde a sua fase das casas da pradaria
(c. 1893-1916) uma arquitetura organicista onde:
as divisões da planta não resultavam da “divisão distributiva
do volume”, mas integravam-se umas nas outras, como num
sistema vivo (orgânico) coerente;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 131
132. Wright, Casa W. Fricke
Rejeitando os historicismos influenciado também pelas
conceções construtivas japonesas, F. L. Wright associou a
estas ideias a recusa do maquinismo tecnológico,
enquanto estandardização;
Valorização do individualismo;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 132
133. Relação intima entre artesanato e indústria e a utilização
dos materiais tradicionais em cada região;
Conceções espaciais e estéticas baseadas na pureza das
linhas horizontais;
No equilíbrio das massas e volumes;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 133
134. Wright, Casa
da Cascata
Na perfeita integração do edifício no meio envolvente, algo
que sempre respeitou como elemento estético;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 134
135. O espaço arquitetónico é concebido como expressão da
própria vida do homem que o habita, obedece à escala
humana;
Os aspetos estruturais, espaciais e mesmo decorativos da
sua arquitetura têm uma função orgânica, de modo a
adaptarem-se à vida como organismos vivos da natureza;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 135
136. Wright, Casa da Cascata
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 136
137. Wright, Casa da Cascata
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 137
138. Wright, Casa da Cascata
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 138
139. Wright, Casa da Cascata
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 139
140. Wright, Casa da Cascata
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 140
141. Wright, Casa da Cascata (Modelo)
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 141
142. Wright, Casa da Cascata
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143. Após 1930, trabalhou principalmente com betão,
explorando a criação de maior variedade de formas,
assentes sempre em critérios geométricos;
Museu Guggenheim (Nova Iorque, 1959) concebido a
partir de uma rampa em espiral que liga os diversos pisos;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 143
145. Ligada a esta conceção organicista e mais sensitiva da
arquitetura está o arquiteto finlandês Alvar Aalto (1898-
1976);
Procurou uma arquitetura integrada que respeitasse o
ambiente e as “necessidades psicológicas” do Homem;
As ideias de Aalto dominaram toda a escola nórdica de
arquitetura, nos anos 50, exerceu importante influência
noutros países da Europa;
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 145
146. Aalto, Villa Mairea
Sanatório Paimio
Centro Municipal, Finlândia
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da Cultura e
das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
HCA, Módulo 9, Curso de Turismo 146