O documento resume a história de Roma desde sua fundação por Rômulo e Remo até o legado deixado pelo Império Romano. Ele aborda a monarquia, a república, o império, a decadência e aspectos da vida cotidiana em Pompeia. O legado romano inclui o direito, a arquitetura, a literatura e o uso do latim como língua culta por séculos.
2. Fundação e primeiros governantes
• Conta a lenda que dois meninos amamentados por
lobos, Rômulo e Remo, teriam sido os fundadores de
Roma.
• Historiadores mostram que a civilização latina surge
da fusão de várias tribos de agricultores que viviam
às margens do rio Tibre.
• Aos poucos, houve expansão territorial, ampliando
os domínios de Roma.
• Rômulo, conforme as tradições, foi o primeiro dos
monarcas romanos, em 753 a.C.
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4. Fundação e primeiros governantes
• Não há fontes seguras e dados precisos sobre o
período monárquico de Roma. Ele dura de 753 a. C. a
510 a. C. Registra-se grande crescimento
populacional e notável enriquecimento da
aristocracia nesse período.
• A organização política romana remonta à fundação
da cidade, que já possuía o Senado. Havia grande
força política das gens, grupos de parentesco. A
família romana, centrada no paterfamilias, era o
núcleo básico da sociedade.
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6. Fundação e primeiros governantes
• Segundo as tradições, seguem-se como reis Numa
Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio. A monarquia
romana não era hereditária.
• Sucederam-nos Tarquínio I, Sérvio Túlio e Tarquínio
II, que governaram com amplo apoio popular e
distanciaram-se do Senado e da aristocracia.
• O assassinato de Tarquínio II, em 509 a. C., marca o
fim da Monarquia e início da República, com grande
poder aos senadores e à aristocracia.
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8. República
• Em 509 a.C., Tarquínio II foi deposto, acusado de
extrema tirania. Em seu lugar, assumiu Lúcio Bruto,
dando início à República Romana. O poder ficou
dividido entre as assembleias de cidadãos (com
mandato de um ano) e o Senado (com membros
vitalícios).
• O regime funcionou com eficiência até o assassinato
de Tibério Graco, em 133 a.C. Esse crime intensificou
o rompimento entre o Senado e os populares,
provocado pela desigualdade econômica crescente.
9. República
• Em 82 a.C., Lúcio Sulla se tornou cônsul e
empreendeu diversas perseguições políticas.
• Após triunfos militares na Gália e na Alexandria, Júlio
César conseguiu impor seu nome como cônsul, com
plenos poderes, em 46 a.C., mas não empreendeu
vinganças.
• A ascensão de Júlio César marcava uma vitória
política do povo contra os interesses do Senado,
ligados à aristocracia. César foi assassinado em 44
a.C.
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11. República
• O filho adotivo de Júlio César, Caio Otaviano,
reivindicando a herança política a que tinha direito,
assumiu o poder, constituiu o Triunvirato, e
perseguiu os assassinos de seu pai.
• Eliminando Bruto e Cássio e seus companheiros de
Triunvirato, passou a governar sozinho, com plenos
poderes. Em 27 a.C. mudou seu nome para César
Augusto, e iniciou o período do Império, de grande
prosperidade.
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13. Império
• César Augusto foi um imperador de grandes
conquistas militares e estabilidade política. Seu
governo é considerado um tempo de paz,
prosperidade e segurança. Governou até 14 d.C. Foi
sucedido por Tibério (14 a 37 d. C.).
• Calígula (37 a 41 d.C.) foi um imperador muito
popular, mas também famoso por seus excessos. O
imperador Claudio (41 a 54 d.C.) foi responsável pela
invasão da Britânia, em 43 d.C., e por um governo de
grande sucesso, apesar de suas limitações físicas.
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15. Império
• Nero (54 a 68) foi um imperador que criou grandes
obras, como a Domus Aurea, monumento de
extravagância e luxo. Teve apoio popular, mas forte
rejeição no Senado. Empreendeu perseguições aos
cristãos e foi visto como louco por seus adversários.
• Trajano, o conquistador (98 a 117), foi o imperador
que estendeu o Império Romano aos limites
máximos de sua extensão. Também foi responsável
por obras grandiosas.
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18. Império
• Adriano (117 a 138) foi responsável por suceder
Trajano e manter o Império em suas máximas
dimensões. Preocupou-se menos com a expansão e
mais com a consolidação do Império. Fez muitas
viagens por várias localidades. Voltou-se para a
cultura grega. Criou um culto a Antínoo.
• Cômodo, o gladiador (180 a 192 d.C.), foi um tirano
centralizador. Tinha grande aptidão física. Sua figura
inspirou o personagem homônimo no filme “O
gladiador”, de Ridley Scott.
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20. Decadência
• Entre 230 e 260, o império Persa cresceu, ganhou
força e conseguiu diversas vitórias contra os
romanos. Nesse período, as atenções dos
imperadores se voltaram quase exclusivamente aos
problemas no leste, gerando insatisfação da
aristocracia e problemas econômicos com o
endividamento militar. Com isso, o Império Romano
do Oriente (Leste) se fortaleceu, e houve disputa de
poder com o Ocidente, que se sentiu negligenciado.
Daí surgiu a tetrarquia.
21. Decadência
• Constantino conseguiu unificar o Império, mas
transferiu a sede para a cidade de Bizâncio, em 332.
Depois de sua morte, houve novas disputas de
poder.
• A partir de 370, os bárbaros se fortaleceram, e suas
invasões ocasionavam perda de impostos para o
Império. Sem dinheiro para pagar os exércitos, os
romanos perdiam ainda mais territórios.
• Em determinado momento, era mais vantajoso para
os donos de terra entrarem em acordo com os
bárbaros que financiarem exércitos.
22. Decadência
• Avito (455 a 456) tentou estabelecer acordos entre
Roma e os bárbaros, mas era visto com muita
desconfiança pela população, já que nascera na
Gália.
• O marco do fim do Império Romano do Ocidente é o
ano de 476, com a deposição do imperador Rômulo
Augusto. O Império Romano do Oriente, por sua vez,
persistiu até o ano de 1453. Embora tenha sido parte
do Império Romano, não manteve os mesmos
padrões culturais.
23. Modo de vida
• A erupção do vulcão Vesúvio, em 76, gerou uma
chuva de pedras, seguida de chuva de gases tóxicos e
poeira. Isso fez com que a cidade de Pompeia
praticamente congelasse no tempo, possibilitando
aos arquólogos recuperar com muita precisão o dia a
dia das pessoas que ali viviam.
• Em Pompeia, os muros das casas e das demais
edificações serviam para comunicação via grafite,
com diversos fins: propaganda política, classificados,
recados pessoais etc.
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25. Modo de vida
• Pompeia tinha muitos bares e estalagens, famosos
pela culinária, pelos vinhos e pela prostituição. A vida
noturna consistia também de cantorias e danças.
• O estádio (arena) de Pompeia era capaz de abrigar
toda a população da cidade.
• Os banhos públicos eram muito populares, sendo
locais para atualizar as conversas, com bares,
lanchonetes, ginásios, salões de beleza e exibições
de espetáculos.
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28. Modo de vida
• As crianças (só os meninos) eram educadas ao ar livre. Não
havia escolas.
• As latrinas ficavam nas cozinhas. A maior parte da população
vivia em pequenos cubículos, sem cozinha, e comia
obrigatoriamente nas lanchonetes.
• Os ricos eram os donos de terras, e os pobres tinham
profissões diversas.
• A iluminação noturna era precária e as ruas não possuíam
sistemas de esgoto. As condições de vida eram muito
precárias, com enorme mortalidade infantil.
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33. Legado
• O Direito Romano serviu de base para a constituição
do Direito moderno.
• As marcas da dominação e administração romana se
fizeram presentes na grande maioria dos territórios
subjugados pelo Império.
• A arquitetura romana serviu de inspiração a diversos
arquitetos modernos, inspirados principalmente na
tradução da supremacia política demonstrada por
essas obras.
34. Legado
• Muitas das obras produzidas pelos
governantes romanos são admiradas até hoje
como monumentos da humanidade.
• As disputas políticas e as lutas pelo poder na
Roma antiga sempre foram temas constantes
da literatura, inspirando obras de autores
prestigiosos, como William Shakespeare e
outros. O Cinema também frequentou
sobejamente essa temática.
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36. Legado
• A língua latina deu origem a várias línguas modernas:
português, espanhol, francês, italiano, romeno,
catalão, e teve vocábulos incorporados por muitas
outras línguas, como o inglês e o alemão.
• O Latim permaneceu como língua de cultura por
excelência durante toda a Idade Média.
• A literatura latina produziu nomes de grande
importância para a cultura universal, como Horácio,
Catulo e Virgílio, entre outros.
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38. Fontes
• CORNELL, T.; MATTHEWS, J. Roma: legado de
um Império. Volume 1. Madrid: Edições del
Prado, 1996.
• REVISTA BBC HISTÓRIA, ano 1, edição n. 3,
São Paulo: Tríada, 1996.