O documento descreve diversos antigos reinos africanos, incluindo o Império Egípcio, o Reino de Cuche/Núbia, o Império de Axum e Cartago. O Império Egípcio se estabeleceu ao longo do rio Nilo por volta de 3200 a.C. e durou até ser conquistado pelos romanos no século I a.C. O Reino de Cuche emergiu na Núbia por volta de 3200 a.P. e conquistou o Egito entre 750-660 a.C., d
3. Regionalização da África
PERSPECTIVA COLONIALISTA
Geopolítica – colonial: África portuguesa, África
islâmica, etc.
Racial: África negra, África branca.
A África não é uma parte histórica do mundo. Não tem movimentos, progressos a mostrar,
movimentos históricos próprios dela. Quer isso dizer que a sua parte setentrional pertence ao mundo
europeu ou asiático. Aquilo que entendemos precisamente pela África é o espírito a-histórico, o
espírito não desenvolvido, ainda envolto em condições de natural e que deve ser aqui apresentado
apenas como no limiar da história do mundo. (HEGEL , filósofo alemão)
5. IMPÉRIO EGÍPCIO
Fonte da imagem: Egypt_NK_edit.svg: Original by Andrei Nacu, edits by Jeff Dahl
“O Egito é uma dádiva do Nilo” (Heródoto).
Era mesmo? O que significa ser uma dádiva? O que
defende o determinismo geográfico?
6. Primeiras aldeias em 6.500 A.P. Por volta de 3.200 a.C. ocorre a junção de aldeias e o surgimento dos reinos do Alto e
do Baixo Egito.
O faraó Menés conquista o Baixo Egito e funda um só reino com capital em Mênfis.
Faraó: teocracia, poder de vida e morte sobre todos. Considerava-se o faraó a reencarnação de Hórus e filho de
Amon-Rá.
Amon-Rá, junção das
divindades Amon (“o
oculto, personificando o
vento) e Rá (Sol). Rá, o
primeiro Deus, o criador.
A imagem encontrada no
túmulo de Nefertiri,
mostra Imentet (a deusa
que alimentava os recém
mortos, segundo o Livro
dos Mortos)
acompanhando Rá.
Hórus, filho de Osíris e Ísis.
Segundo a mitologia egípcia,
Hórus foi concebido por Isis,
quando Osíris estava morto.
A fecundação ocorreu
quando Isis, na forma de um
pássaro, pousou sobre a
múmia do esposo, que
estava deitado em um sofá.
Hórus carrega nas mãos a
chave da vida, da morte e da
fertilidade.
7. ANKH, cruz egípcia que simboliza a vida. Pode estar
relacionada à atividade agrícola, surgindo como um
representação da vértebra torácica de um touro. Na
foto, a Ankh encontrada no túmulo de Tutancâmon.
Apropriações contemporâneas da Ankh. Na parceria
com Paulo Coelho, Raul Seixas canta a Sociedade
Alternativa na década de 1970.
9. Politeísmo: deuses antropozoomórficos, alguns ligados aos
fenômenos da natureza e outros representando ideias
como honra e justiça.
Invasão dos hicsos por cerca de 40 anos (1600 a.C.),
provenientes da atual Síria: cavalos, carros de guerras,
novas técnicas de fiação e tecelagem.
Escrita hieroglífica.
750 a.C. a 660 a.C.: Aclamação do rei cuche Piye faraó do
Egito, após expulsão dos assírios, dando início à 25ª
Dinastia, conhecida como reino dos faraós negros. A união
Egito-Núbia transformou o reino em uma potência
equiparada à Assíria.
Com o fim da Dinastia Cuche, o Egito entra em decadência.
Disputas com os núbios e povos do Oriente Médio e sul da
Europa a partir de 300 a.C. favorecem a penetração dos
persas e, no século I a.C., com o suicídio de Cleópatra, o
Egito cai sob domínio romano.
Representação das pirâmides núbias de Meroé produzida em 1850
11. Pirâmide de Djoser, também conhecida como pirâmide de degraus ou pirâmide de Sacara, Egito, 2610 a.C. Obra do arquiteto Imnhotep para o faraó Djoser (III
Dinastia), essa pirâmide de 60 metros altura, foi a primeira feita com blocos de pedra.
Fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/falando-em-piramides/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
12. Pirâmide de Queóps, em Gizé, Egito, 2560 a.C. Com base de 230 metros de cada lado, 146,5 metros (139 metros segundo algumas fontes), e 2,3
milhões de blocos de pedra. É a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer em grande parte intacta.
Fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/falando-em-piramides/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
13. NÚBIA
(Reino de Cuche / Kush)
Fonte do mapa: https://laurenkfoster.files.wordpress.com/2014/02/kush-map.png
Surgiu por volta de 3200 A.P., quando comunidades núbias das
margens do Nilo comandadas por famílias de nobres se uniram e
ficaram submetidas a um único rei.
Possuía relação com o Egito. Objetos e produtos núbios, como
ouro, foram encontrados em terras egípcias e vice-versa,
mostrando a existência de relações comerciais entre as regiões.
Em 1530 a.C., o Reino de Kush foi conquistado pelo Egito e, em
730 a.C., foi a vez dos cuxitas conquistarem o Egito.
Quando dessa última conquista, iniciou-se a dinastia dos faraós
negros. Eles acreditavam que eram sucessores dos faraós
egípcios e também ordenavam a construção de pirâmides para
que servissem de túmulos quando morressem.
O Reino de Kush se distinguia dos demais reinos por duas
importantes características: a escolha do rei e o papel da mulher
na política.
(Adaptado de: http://www.universiaenem.com.br/sistema/faces/pagina/publica/conteudo/texto-
html.xhtml?redirect=43603228225583459510449544129 ).
14. Escolha do Rei: líderes das comunidades primeiramente votavam nos candidatos que consideravam mais preparados para o
cargo e, em seguida, jogavam sementes no chão e perguntavam ao deus da cidade qual dos eleitos deveria ser escolhido.
Eles analisavam o desenho que as sementes formavam que era considerado a resposta dos deuses. Ou seja, a escolha era
consumada por um oráculo.
Mulheres e Política: As mulheres tinham papel importante neste reino e ocupavam posições igualmente importantes. Uma
dessas posições era o título de candace que era dado à mãe do rei. Quando seu filho se casava, ela adotava a esposa do
filho como se fosse sua filha o que a permitia influenciar o governo através do filho e da nora. Diversas vezes candaces
ocuparam o poder político.
Como entreposto comercial, o Reino de Cuche ligava diferentes regiões da África. Seus principais produtos de exportação:
ouro, marfim, ébano, peles de leopardo, escravos e produtos tropicais oriundos da África Subsaariana. A maior parte da
população era composto por camponeses.
Com o fim da união com o Egito (+/- 660 a.C.), muda sua capital para Meroé, principalmente em decorrência das
investidas dos Persas comandados por Xerxes I e seu filho Dario contra a cidade de Napata. Inicia-se o período Meroítico.
Período Meroítico: pirâmides deixam de ser sepulturas e passam a representar uma escada que levaria a alma do morto
para o céu. Dada sua importância econômica, os romanos tentaram dominar Meroé sem sucesso. Em 30 a.C. os romanos
são derrotados pelo exército meroita, comandando por Amanishakheto, uma das rainhas-mães do Reino de Cuche. que
negociou um acordo de paz no qual os cuxitas não precisariam mais pagar impostos aos romanos.
Em 350 d.C. Cuche é dominada pelo reino de Axum.
(Fonte: Santos, Ynaê Lopes do. História da África e do Brasil Afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas, 2017).
15. Pirâmides de Nuri (Napata) Meroé
Fonte das imagens: http://www.joaoleitao.com/viagens/sudao/
17. Expansão máxima do império de Axum. Na ilustração é possível ver a indicação da cidade portuária de Adulis
(atualmente território da Eritréia).
Crédito da imagem: http://temansejarah.blogspot.com.br/2016/07/kerajaan-kerajaan-afrika-yang.html
18. Localizado no planalto etíope, por volta do século I a cidade de Axum começa a dominar povos vizinhos, estendendo-
se ao atual Iêmen e sul da Arábia Saudita, perdurando até o século XIII.
Estado hierarquizado, dominado por um rei e estabelecendo aos chefes de povos dominados o regime da vassalagem
(vassalos, chamados de negus, continuavam chefiando seus súditos, porém pagavam impostos ao rei de Axum e
fidelidade militar. Negus também podiam possuir seus próprios vassalos).
População majoritariamente composta por agricultores e criadores de animais.
O império de Axum controlou importantes portos, controlando o comércio entre o continente africano e o sul da
península arábica através do Mar Vermelho. O império chegou a estabelecer transações comerciais com lugares
distantes, como a Índia.
Politeístas até o reinado de Ezana (séc. IV), quando o império se converte ao cristianismo, antes mesmo do imperador
Teodósio transformar o cristianismo em religião oficial do Império Romano (391 d.C.).
Instabilidades entre bizantinos e persas e a expansão islâmica, que acarretou no controle dos árabes sobre o Mar
Vermelho, promoveram a decadência do império axumita.
(Referência: Santos, Ynaê Lopes do. História da África e do Brasil Afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas, 2017).
22. Moeda axumita do período do Rei
Ezana (séc. IV d.C.), anterior à
conversão ao cristianismo. A lua
crescente representa Artêmis, deusa da
lua, da caça, dos animais selvagens, da
região selvagem, do parto e da
virgindade e protetora das meninas na
antiga religião grega.
Moeda axumita do período
do Rei Ezana (séc. IV d.C.),
após à conversão ao
cristianismo.
Fonte das imagens: http://www.wildwinds.com/coins/greece/axum/ezana/i.html
23. CARTAGO
Location of Carthage and Carthaginian sphere of influence prior to the First Punic War (264 BC) Source: Self-made, based on
Putzger Atlas und Chronik zur Weltgeschichte, Berlin, 2002 Template: Author: BishkekRocks.Fonte:
https://ca.wikipedia.org/wiki/Imperi_cartagin%C3%A8s#/media/File:CarthageMap.png
24. Cidade Estado fundada pelos fenícios (rainha ELISSA, filha do rei de Tiro que fugiu após a morte do pai perseguida
pelo irmão) por volta do século IX a.C. CARTAGO significa CIDADE NOVA.
Localizava-se próximo à atual capital da Tunísia, Túnis. Localização estratégica: ligava o Mediterrâneo Ocidental ao
Oriental.
Economia estruturada sobre o comércio marítimo.
No século IV a.C. desvincula-se de Tiro e se transforma em cidade autônoma e em império, dominando parte do
norte africano por meio do exército de mercenários.
Mantinham o monopólio comercial com os povos que dominavam e estabeleceram rotas comerciais com o Sudão
(ouro) e regiões subsaarianas.
Até o século V a.C. Cartago foi governada por reis que eram também os chefes militares, quando o império passa a
ser administrado pelos sufetes, eleitos anualmente, e uma corte composta por 100 homens. Os sufetes e os membros
da corte pertenciam às camadas mais ricas da sociedade.
Cartago era uma cidade planejada, com cisternas, sistema de esgoto, água encanada, casas de pedra com mais de
um andar e um porto
Guerras púnicas (3) contra os romanos pelo controle do Mediterrâneo (264 a.C. a 146 a.C., com interrupções). As
tropas romanas lideradas por Cipião Emiliano Africano destruíram a cidade.
25. Crédito da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADbal#/media/File:Hannibal_route_of_invasion-pt.svgBusto de Aníbal
Crédito da imagem: Phaidon Verlag (Wien-Leipzig) - "Römische
Geschichte", gekürzte Ausgabe (1932).