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Ana Carolina S. Oliveira
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mantido através de roforços positivos e
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Reconhecer seu direito de decidir o que fazer em vez de ceder às
expectativas ou solicitações de outras pessoas, além de reconhecer o
direito dos demais. Você tem o direito de expressar sua opinião, falar
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Passivo: pessoas que abrem mão de seus direitos por pensarem que para
defendê-los precisam entrar em conflito com alguém. Normalmente sentem
raiva, ansiedade, deprimidas, magoadas, ressentidas. Em geral não atingem
seus objetivos.
Agressivo: pessoas que agem para proteger seus direitos, mas ao fazê-lo não
respeitam o direito do outro. Em geral tem suas necessidades imediatas
satisfeitas, mas esse comportamento traz consequências negativas.
Passivo-agressivo: pessoas que não exteriorizam o que pensam ou sentem
de maneira adequada, fazendo comentários sarcásticos, murmurando coisas,
descontando em outras pessoas ou objetos seus sentimentos. Muitas vezes o
outro não compreende o que essa pessoa quer, e o passivo-agressivo acaba
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Assertividade
Dicas:
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Relate três situações que viveu durante a semana, registrando o tipo de comunicação que
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Bibliografia
• Payá, R.; Figlie, N.B. Abordagem Familiar
em Dependência Química. In: Figlie, N.B.;
Bordin, S.; Laranjeira, R. Aconselhamento
em Dependência Química. 2ª ed. São
Paulo: Roca, 2010.
• http://www.amorexigente.org.br/
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Como Tratar a Codependência

  • 2. O que é e como tratar a codependência? Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra Forense Psiquiatra ProMulher IPq-HC-FMUSP CREMESP 114681 Ana Carolina S. Oliveira Psicóloga Esp. Dependência Química CRP 06/99198
  • 3. Codependência • 1981 – Wegscheider • “uma obsessão familiar sobre o comportamento do dependente” • Preocupação extrema, dependência com pessoa ou objeto • Dependente – doente • Familiares - codoentes
  • 4. Codependência • Pais, cônjuges, parentes, amigos, colegas de trabalho, rede de pessoas próximas de uma pessoa com dependência química (DQ) • Família além da consanguinidade • Existe um perfil? (valores, compreensão, recursos próprios)
  • 5. Sentimentos Comuns • Raiva • Ressentimento • Descrédito • Sofrimento • Impotência • Medo do futuro • Solidão • Culpa • Vergonha
  • 6. Os Impactos da DQ • Nos pais • Nos cônjuges • Nos filhos • Nos amigos • Nos colegas de trabalho
  • 7. Estágios • 1) Negação, tensão e não se expressam; • 2) Preocupação, tentativa de controle e “segredo”; • 3) Desorganização, rigidez, facilitação e inversão de papéis; • 4) Exaustão, distúrbios de comportamento e desestruturação familiar. Krupnick, 1995
  • 8. Papéis • Diante do próprio auto cuidado • Diante da dependência química de seu familiar • Diante do tratamento do familiar dependente
  • 10. Psicoterapia • Abordagem Sistêmica – A DQ é um sintoma da disfunção familiar. Foco na interação dos membros da família. • Abordagem Cognitivo-Comportamental – DQ como comportamento aprendido e mantido através de roforços positivos e negativos, inclusive das interações familiares.
  • 11. Psicoterapia • Estratégias: – Psicoeducação: • o que é dependência química; • causas da dependência química; • o que são comorbidades psiquiátricas; • o que são fatores de risco e de proteção. – Treinamento de Habilidades Sociais: • assertividade; • expressar sentimentos; • habilidade de fazer/ receber críticas; • manejo da raiva; • aumento das atividades prazerosas.
  • 12. Assertividade Definição Reconhecer seu direito de decidir o que fazer em vez de ceder às expectativas ou solicitações de outras pessoas, além de reconhecer o direito dos demais. Você tem o direito de expressar sua opinião, falar sobre os seus sentimentos, pedir que os outros mudem algo que te afeta, aceitar ou recusar qualquer coisa que te digam ou peçam.
  • 13. Assertividade Estilos Passivo: pessoas que abrem mão de seus direitos por pensarem que para defendê-los precisam entrar em conflito com alguém. Normalmente sentem raiva, ansiedade, deprimidas, magoadas, ressentidas. Em geral não atingem seus objetivos. Agressivo: pessoas que agem para proteger seus direitos, mas ao fazê-lo não respeitam o direito do outro. Em geral tem suas necessidades imediatas satisfeitas, mas esse comportamento traz consequências negativas. Passivo-agressivo: pessoas que não exteriorizam o que pensam ou sentem de maneira adequada, fazendo comentários sarcásticos, murmurando coisas, descontando em outras pessoas ou objetos seus sentimentos. Muitas vezes o outro não compreende o que essa pessoa quer, e o passivo-agressivo acaba por se sentir frustrado ou vítima. Assertivo: pessoas que decidem o que querem, planejam uma forma de conseguir e agem. Deixa clara suas opiniões, é objetivo e respeitoso. Geralmente consegue atingir seus objetivos, mesmo que precise insistir.
  • 14. Assertividade Dicas: • Pense antes de falar • Planeje o melhor jeito de falar • Atenção a linguagem corporal • Mostre vontade de ser compreensivo • Insista • Treine Tarefa Relate três situações que viveu durante a semana, registrando o tipo de comunicação que utilizou e como poderia ter se expressado de forma mais assertiva. Situação 1: Tipo de comunicação: Forma assertiva:
  • 15. Ajuda ao DQ • Participação da família é fundamental no tratamento da DQ – Busca por tratamento e adesão – Melhora de resultados em relação ao uso da substância – Melhora funcionamento familiar – Redução dos danos da DQ nos familiares – Trata outras consequências, como violência e perdas – Custo-benefício – De fator predisponente e de risco para fator de proteção
  • 16. Serviços • Formais: – UBS – CAPS – CAPS AD – CREAS – Consultórios • Informais: – AL-ANON/ NAR-ANON – Amor Exigente – Pastoral da Sobriedade
  • 17. Defensoria Pública • Parceria com responsável pelas avaliações • Trabalhar com familiares suas ansiedades • Informar • Experiência: maioria dos casos receberam tratamento voluntário
  • 18. Conclusões • A família deve receber atenção para suas demandas • A família deve ser parte integrante do tratamento do dependente químico • Relação de mútua influência
  • 20. Bibliografia • Payá, R.; Figlie, N.B. Abordagem Familiar em Dependência Química. In: Figlie, N.B.; Bordin, S.; Laranjeira, R. Aconselhamento em Dependência Química. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2010. • http://www.amorexigente.org.br/ • http://www.naranon.org.br/