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Introdução: Josué 18: 8 a 10
• A Geografia (do grego geo=terra; grafia= descrição, tratado, estudo) é a Ciência que
estuda a Terra na sua forma, ou seja, estuda os acidentes físicos; o clima; também é a ciência
que estuda as relações entre sociedade e a natureza, i.e., as populações, as divisões políticas
etc. A geografia se serve do espaço geográfico.
• O espaço geográfico mostra as múltiplas formas e os diversos processos que ocorrem na
superfície da Terra, num certo determinado período de tempo. É aonde tudo acontece.
A Geografia não se resume em descrever a superfície da Terra, mas principalmente em
avaliar as transformações que ocorrem no espaço geográfico, através do produto histórico da
atividade humana. A Geografia divide-se em diversas disciplinas:
• A Geografia Humana estuda os agrupamentos humanos em suas relações com a Terra:
como repartem o espaço; como se adaptam às condições naturais, como se organizam para
explorar os recursos provenientes da natureza etc.
• A Geografia Econômica estuda os recursos econômicos - de origem vegetal, animal e
minerais - presentes nas diversas regiões da terra e suas formas de exploração.
• A Geografia Física estuda os aspectos físicos das diversas regiões da terra, o que inclui o
estudo do relevo, do clima, da vegetação, da fauna e da flora.
• A Geografia Política estuda a influência da geografia dentro da política, da relação entre o
poder de um país e sua geografia física e humana, bem como o estudo do reparto político da
terra.
• A Geografia História reconstrói os aspectos humanos, econômicos, físicos e políticos de
uma dada região do passado. É aqui que entra a Geografia Bíblica, que se dedica a estudar
as diversas regiões que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da
Bíblia.
• A Geografia do Mundo Bíblico. Netta Kemp de Money, do seu livro “Geografia Histórica
do Mundo Bíblico”, define: "A Geografia Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do cenário
da revelação divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes".
Por isso a Geografia Bíblica é uma cadeira muito importante, pois auxilia a todos que
querem conhecer melhor o texto bíblico através de esclarecimentos quanto aos grupos
humanos, às características físicas, os recursos econômicos e as transformações políticas das
diversas regiões citadas na Bíblia. Sem contar que ela nos permite localizar e situar os
relatos bíblicos no espaço em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstrução dos
eventos. Por exemplo: a conquista de Canaã pelos israelitas; as características culturais e
localização dos diversos povos que habitavam as diferentes regiões da Palestina no
momento da chegada dos hebreus; os variados acidentes físicos que dificultavam os
deslocamentos etc.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 1
O Mundo Bíblico1
Desde a Antiguidade, o saber sobre o lugar e sua posição na superfície terrestre sempre foi
fonte de conhecimento e poder. Heródoto - considerado o pai da Geografia e da História – disse que
o Egito era “uma dádiva do rio Nilo”, para mostrar a fertilidade das terras com as cheias periódicas
que depositavam matéria orgânica em suas margens.
Heródoto quando descreveu a batalha de Maratona entre atenienses e persas, demostrou
como o conhecimento preciso do terreno permitiu que os gregos derrotassem o exército persa, mais
numeroso, infligindo mais de seis mil baixas ao inimigo, enquanto os soldados de Atenas teriam
perdido menos de duzentos homens.
Por isso, a região que denominamos Mundo Bíblico situa-se, hoje, nas regiões conhecidas
como Oriente Médio e mediterrânicas. As áreas limites do Mundo Bíblico são:
• A Península Ibérica, a ocidente, e o atual Iraque, a oriente.
• Os países que são encontrados hoje nestas regiões são: Portugal, Espanha, França,
Itália, Grécia, os diversos países balcânicos, Turquia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano,
Síria, Iraque, Irã, Arábia Saudita e vários emirados árabes.
Principais áreas do Mundo Bíblico
• Mesopotâmia (Meso = entre; potamos = rio) - região marcada pela presença de dois
grandes rios que fertilizavam a região para a agricultura: Tigre e Eufrates. Nesta área
surgiram grandes e poderosos impérios: o Sumério, o Acádio, o Babilônico e o Persa.
• Península Arábica - extensa península formada por poucas áreas férteis e muitos desertos.
Ali se desenvolveu um importante reino, o de Sabá.
• Egito- Situa-se no nordeste do continente Africano. Como a mesopotâmia, tem sua
fertilidade graças ao rio Nilo, que atravessa toda a região. Nesta região se organizou um
grande Império, o Egípcio.
• Canaã- região estratégica por seu caráter de passagem entre as diversas regiões do Mundo
Bíblico. Reunia a Síria e a Palestina. Nesta área se estabeleceram diversos povos, como os
filisteus, os fenícios, e os próprios hebreus.
• Europa- Local de importantes Impérios, por exemplo, o Macedônico, também conhecido
como Império de Alexandre. Ele reuniu a Grécia, a Macedônia e o Oriente Médio, e o
Romano, que a partir da cidade de Roma, situada na atual Itália, unificou as regiões
mediterrânica da Europa Ocidental e Oriental, o Norte da África e o Oriente Médio. A
Europa possui uma grande diversidade geográfica e cultural. Ela está presente na Bíblia, de
forma efetiva, nos livros do Novo Testamento.
1
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/geografia.htm
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 2
O Mundo Antigo
Também chamado de mundo bíblico, compreende todos os povos antigos na Bíblia que eram
banhadas pelo Mediterrâneo (Grande Mar) mais aqueles que ficavam entre este e os mares: Negro
(Auxino), o Cáspio, ou Setentrional, o Golfo Pérsico, ou Meridional e o Mar Vermelho, chamado
pelos romanos de Eriteu.
• Mediterrâneo (Grande Mar): 30° N 15° E
• Mar Negro (Auxino): 40° N 35° E. Banha a Turquia.
• Mar Cáspio (Mar Setentrional): 40° N 50° E. Banha o Cazaquistão
• Golfo Pérsico (Mar Meridional): 25° N 50° E
• Mar Vermelho (Mar Eriteu): 20° N 38° E
Observe que a descrição da Bíblia, no Antigo Testamento e no Novo Testamento, vai desde a
Espanha, sendo o ponto mais ocidental das missões do apóstolo Paulo, até a Pérsia (fica na atual
Irã), país mais oriental e mais setentrional da Ásia Menor que manteve relação com Israel. Da
Pérsia ao sul do Mar Negro (banha a Turquia), cujo povo estava representado em Jerusalém no dia
de Pentecostes, At 2.9, indo ao extremo sul da Arábia, onde ficava, provavelmente, Ofir.
O Mundo antigo se confunde com o mundo Bíblico.
Fig. 01. As terras da Bíblia.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 3
O Mundo Antigo – Montanhas Extrapalestínicas da História Bíblica
1. Arará2
: O Monte Ararat é a mais alta montanha da Turquia moderna. Tem dois picos:
Grande Ararat (o pico mais alto da Turquia e de todo o planalto armênio com uma elevação
de 5137 metros) e o Baixo Ararat (com uma elevação de 3896 metros). O maciço do Ararat
tem de cerca de 40 km de diâmetro. A fronteira entre o Irã e a Turquia fica a leste do Baixo
Ararat, o pico mais baixo do maciço do Ararat. Foi nesta área que pela Convenção de Teerã
de 1932, a mudança das fronteiras foi feito em favor da Turquia, permitindo a ela para
ocupar o flanco leste do maciço. O Monte Ararat, na tradição judaico cristã, está associado
com as "Montanhas do Ararat", onde segundo o livro do Gênesis, a Arca de Noé estaria
supostamente localizada (Gn 8.4). Também desempenha um papel significativo no
nacionalismo e irredentismo armênio.
Fig. 02. Localização do Monte Ararat.
2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Ararat
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 4
2. Sinai ou Horebe3
: O Monte Sinai (também conhecido como Monte Horeb ou Jebel Musa,
que significa “Monte de Moisés” em árabe) está situado no sul da península do Sinai, no
Egipto. Esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islão. É
um pico de granito com uma altura de 2288 metros onde, segundo a Bíblia e a tradição
judaica, Moisés teria recebido as Tábuas da Lei, embora não haja evidências arqueológicas
diretas da passagem daquele profeta na região. No entanto, essa tradição é tão antiga que, ao
longo dos séculos, foram sendo construídos sobre o monte e à sua volta vários locais de
culto e acumulados tesouros da cultura religiosa. O Monte Sinai está incluído no sítio Área
de Santa Catarina, Patrimônio Mundial da UNESCO.
Fig. 03. Local do Monte Sinai,
em vermelho, entre os golfos
de Suez (esquerda) e Acaba.
3. Hermon4
: O Monte Hermon foi chamado também de Baal-Hermon (Jz 3.3; 1 Cr 5.23). Seu
nome aparece na poesia hebraica (Sl 89.12; 133.3; Ct 4.8). É talvez o "alto monte" de Mt
17.1; Mc 9.2 e Lc 9.28, o monte da transfiguração. O Monte Hermon (em hebraico: transl.
Har Hermon, "montanha sagrada"; em língua árabe: transl. Djabal el-Sheikh, "montanha do
3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_sinai e Apostila de Geografia Bíblica do Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão,
Brasília, DF.
4
http://geografia-biblica.blogspot.com/2010/02/monte-hermom.html
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 5
O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada
entre os golfos de Suez e Acaba. Nessa região, Deus apareceu
a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo faraônico.
Da sarça ardente, clamou o grande Jeová: "Eu sou o que sou".
Em frente a esse monte, ficaram os israelitas acampados por
quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor entregou a Lei aos
filhos de Israel (Ex 19 e Nm 10).
Conhecido também como Horebe, o monte Sinai serviu de
refúgio a Elias. Nele, o profeta, o ardente profeta de Jeová,
pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os
exegetas, significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem
alguns ser esse nome uma evocação a Sin, deusa da Lua. Nas
Sagradas Escrituras, esse monte recebe três diferentes
designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus.
Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam nos
territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao Ocidente, pelo
Golfo de Suez. A área da Península do Sinai mede 35.000-. Nessa região, podemos
encontrar três zonas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica.
Apesar de aridificado, esse território tem os seus encantos particulares. Os montes erguem-
se soberanos e altivos. Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se multe coloridas. A
vegetação é sobremodo escassa, tornando a sobrevivência humana praticamente
impossível. Os oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo, vislumbram-se verdes
vales, em virtude da água, que provém da neve de alguns altos picos. Nesses lugares, os
anacoretas encontram repouso e silêncio para a sua meditação.
O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou
toda essa região. Segundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos
israelitas.
xeque", ou "montanha nevada") é uma montanha localizada na porção terminal sul da
cordilheira5
do Antilíbano6
, na fronteira entre Síria e Líbano. Com 2.814 metros de altitude,
o seu pico está quase sempre coberto de neve(pode ser avistado de muitas partes da
Palestina, Síria, Arábia, Fenício e Mediterrâneo), enquanto as terras ao redor queimam pelo
sol de verão. É também conhecido pelo nome de Monte Sirion e Monte Senir.
Catalisador de correntes quentes e úmidas vindas do Mediterrâneo desta forma realiza o
fenômeno de precipitar as mesmas em forma de orvalho em áreas mais próximas e chuvas
abundantes em regiões mais distantes.
Fig. 04. O Monte Hermon bem acima no mapa.
5
Uma cordilheira é um conjunto de serras dispostas paralelamente. As cordilheiras formam um grande sistema de montanhas
reunidas.
6
O Antilíbano é uma cordilheira situada principalmente no Líbano, mas também na Síria e Israel. Ela se estende a leste e
paralelamente ao maciço do monte Líbano. O Monte Líbano é a denominação de uma pequena cadeia montanhosa que se estende por
todo o Líbano, erguendo-se paralelamente ao Mar Mediterrâneo (de norte a sul do país) por 160 quilômetros. Seu ponto mais alto
atinge 3.090 metros de altitude.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 6
O Mundo Antigo – Quatro rios importantes da História Bíblica
1. Nilo7
: O rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha
do Equador e deságua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3
349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República Democrática do
Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o
Nilo apresenta um comprimento de 6 852 15 km. É formado pela confluência de três outros
rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo
Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em
Cartum, capital do Sudão. Muitos geógrafos deixaram de considerá-lo como o maior rio do
mundo, perdendo o posto para o rio Amazonas, com cerca de 6.992,06 km de extensão. O
Burundi ou Burúndi é um pequeno país de África, encravado entre o Ruanda a norte, a
Tanzânia a leste e a sul e a República Democrática do Congo a oeste, neste país se encontra
a nascente do Rio Nilo. Capital: Bujumbura. É o país mais pobre do continente africano.
2. Tigre8
: O rio Tigre (em árabe, Dijla, em turco: Dicle; na Bíblia Hiddekil) é o mais oriental
dos dois grandes rios que delineiam a Mesopotâmia, junto com o Eufrates, que corre desde
as montanhas de Anatólia através do Iraque. De fato, o nome "Mesopotâmia" significa terra
entre os rios. A Tigre tem 1.900 km de extensão. Nasce nos Montes Taurus da Turquia
oriental e corre geralmente para sudeste até unir-se ao rio Eufrates, próximo a Al Qurna no
sul do Iraque. Os dois rios formam o canal de Shatt al-Arab, que desemboca no Golfo
Pérsico. Neste rio desembocam muitos afluentes, como o Diyala e o Zab. Entre as cidades
mais importantes do Tigre encontravam-se Nínive.
3. Eufrates: Rio * Eufrates (nome tradicional, em aramaico Frot/Frat, Persa antigo Ufrat, em
árabe, e em turco Fırat) é um dos rios que forma a Mesopotâmia juntamente com o Rio
Tigre, onde hoje se encontra o atual Iraque. O rio é formado pela união de dois afluentes: o
Kara (Eufrates Ocidental), que nasce nas montanhas orientais da Turquia ao norte de
Erzerum e o Murat (Eufrates Oriental), que se origina no lago Van. O rio tem
aproximadamente 2.780 km de extensão e sua porção superior escoa por entre canyons e
gargantas para o sudoeste através da Síria e depois do Iraque. Os rios Khabur e Balikh, que
se origina também na Turquia, se juntam ao rio Eufrates na porção oriental da Síria. Após
isso, ao longo de todo o seu curso, o rio Eufrates não recebe mais contribuições de outros
corpos d´água. Abaixo de Bassora no Sul do Iraque o rio se une ao rio Tigre para formar o
rio Shatt al-Arab, que vai desaguar no Golfo Pérsico.
7
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo
8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_tigre
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 7
Fig. 05. Rios Tigre e Eufrates.
Fig. 06 A Mesopotâmia. Em vermelho são vários sítios arqueológicos Acima Nínive e
abaixo Babilônia.
Aproveitar os comentários dos rios Tigre e Eufrates para ver sobre:
• O Jardim do Éden existiu num local próximo às nascentes dos rios Tigre e Eufrates(Gênesis
2.10-14). Veja os dois comentários abaixo sobre a localização do Éden9
: (as divisões são
9
1- Luiz Gustavo Assis, formado em Teologia pelo Unasp, atualmente exerce a função de capelão do Colégio Adventista de Esteio,
RS) – http://www.arqueologiadabiblia.com/2009/09/alegria-perdida.html. 2- Prof. Paulo Cristiano
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 8
minhas)
Fig. 07. Possível localização10
do Jardim do Éden?
1. Será que o relato de Gênesis oferece coordenadas geográficas suficientes para identificarmos a localização do jardim do
Éden? Acompanhe a leitura do texto de Gênesis 2:9-14: "E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à
vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio
do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. O nome do primeiro é Pisom; este é o que
rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica. E o nome do
segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado
oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates."
Apesar de o texto ter sido escrito muito tempo depois do evento que está sendo narrado, seu autor, muito provavelmente
Moisés, oferece ao leitor as coordenadas geográficas dos seus dias. Se por um lado qualquer aluno de 7ª série é capaz de
identificar no mapa a localização dos rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia, por outro, eruditos bíblicos têm gastado anos
de pesquisa em busca da localização dos rios Pisom e Giom.
(1)A respeito do primeiro rio, a passagem bíblica afirma que ele rodeava a terra de Havilá, onde havia muito ouro. De
acordo com Nahum Sarna, respeitado erudito do Antigo Testamento, existem duas possíveis localidades para identificarmos
como Havilá: Arábia e Núbia, já que o nome desse país em egípcio antigo (neb) significa ouro. Porém, diversos outros
textos bíblicos que mencionam Havilá (Gn 10:7, 29; 25:18; 1Sm 15:7; 1Cr 1:9, 23) sugerem que a localidade ficava na
região da Arábia. De acordo com Gordon J. Wenham, autor do comentário de Gênesis da série Word Biblical Commentary,
"certamente Arábia era uma fonte de ouro na antiguidade".
(2)Quanto ao rio Giom, as Escrituras afirmam que ele rodeava a terra de Cuxe. Ora, algumas passagens bíblicas (Is 20:3, 5;
Jr 46:9[1]) sugerem que esse é o antigo nome da Etiópia.
(3)Juntando as informações que obtivemos do texto bíblico, podemos supor que o jardim do Éden compreendia uma região
desde o rio Tigre na Mesopotâmia indo até a Etiópia, próximo do Egito. É interessante notarmos que quando fez aliança
com Abrão, em Gênesis 15, o Senhor prometeu dar a ele e a descendência dele a terra que abrangia desde "o rio do Egito
até ao grande rio Eufrates" (v. 18). Seria mera coincidência o fato de Deus oferecer aos descendentes de Abraão a mesma
região que anteriormente poderia ter sido o local do jardim do Éden? Creio que não.
(4)Há uma interessante lição para cada um de nós a respeito do Éden. A etimologia da palavra "Éden" tem sido alvo de
calorosas discussões entre os especialistas em línguas semíticas. A opinião mais aceita até o momento é aquela que defende
que Éden é um cognato das línguas semíticas ocidentais tais como o ugarítico, siríaco e o aramaico, cujo significado é
"prazer, deleite, alegria". Foi exatamente isso que Deus ofereceu para o ser humano na criação e é exatamente isso que o
ser humano perdeu graças ao pecado. Isso foi uma realidade no passado e, infelizmente, é uma realidade em nossos dias.
2. O Jardim do Éden ou Paraíso tem sido considerado por muitos um mito. Por alguns um ideal. E ainda por outros uma
figura de linguagem de uma vida de deleite. Também tem sido alvo de muitos estudos teológicos, pois ali está a gênese da
humanidade, o nicho do egoísmo, da rebelião e do pecado. Mas, acima de tudo, ali houve a promessa de um Redentor que
não apenas restauraria o caminho, mas seria o próprio caminho, a verdade que liberta e a vida tão almejada (Jo 14.6).
Logo no início do relato bíblico encontramos detalhadamente informações sobre o Jardim do Éden. A Palavra de Deus nos
diz: “E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. O nome do primeiro é
Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro dessa terra é bom; ali há obdélio, e a pedra
sardônica. E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este
é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates” (Gn 2.10-14; grifo do autor).
A Palavra de Deus tem-se mostrado verdadeira em todos os níveis, seja no âmbito arqueológico, antropológico ou histórico.
Ainda assim, alguns têm perguntado sobre a existência dos primeiros dois rios e sua união fluvial com os outros dois. Pois
temos a comprovação da existência dos dois: Tigre e Eufrates, enquanto Pison e Giom não foram encontrados. Podemos ter
alguma ideia sobre esses rios pelos nomes que lhes são aplicados. O rio Tigre, provavelmente, tinha outro nome (Hidequel)
ou ele era chamado por esse nome somente pelos hebreus. Entre o rio Tigre e o rio Eufrates ficava a região conhecida como
Mesopotâmia, palavra que significa “entre rios”.
(1)A Bíblia diz que do Éden saía um rio que se dividia em quatro cabeceiras. Isso demonstra que o Jardim deveria compor
uma extensão considerável, talvez abrangendo dezenas de quilômetros, não era apenas um “quintal”. Dentro desse habitat,
(http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1303&menu=7&submenu=5).
10
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/eden.jpg.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 9
Adão pôde desempenhar sua primeira missão, dar nomes a todos os animais (Gn 2.19). Esse lugar de deleite (Éden) não
excluía o trabalho, antes, o trabalho era edificante e trazia seus frutos. É interessante notar que alguns estudiosos têm
afirmado que a palavra “éden” teria sua origem do acádico edinu, que significa “campo aberto”. Contudo, o consenso geral
é de que a palavra tem sua origem no hebraico eden, isto é “deleite”. Se onde há fumaça pode haver uma clareira, então
talvez o reflexo acadiano compartilhe a ideia de um lugar amplo e de verdadeiro deleite.
(2)O catedrático Antônio Neves de Mesquita, em sua obra “Povos e Nações do Mundo Antigo”, descreve a possível
localização do Éden confirmando a etimologia de seu nome: “A região norte da Mesopotâmia é realmente interessante,
tanto na flora, como na fauna e no clima. Em volta da montanha onde o Eufrates tem a sua nascente, há um verdadeiro
jardim. Os vales são ricos e produzem abundantemente uvas, tâmaras, morangos, peras, figos e uma infinita variedade de
outras frutas. As flores são lindas e de aroma particularmente inebriante. A parte oriental do lago Van é composta de
pomares verdejantes e jardins, onde, ao lado da riqueza e abundância, a variedade de plantas odoríferas é de tal modo
abundante, que embalsama o ar. O clima da região é um misto de tropical e temperado; o céu é sempre límpido e a brisa,
refrescante; nos períodos de calor, torna-se encantadora a região. Se o jardim era como diz a narrativa bíblica, um encanto
para o homem, e nós aceitamos o fato sem qualquer dúvida, e se houver um recanto na face da terra onde se possam
encontrar vestígios desse encanto, só temos de aceitar a região da alta Mesopotâmia”. [meu adento: uma parte do estudo
sobre a mesopotâmia do Sérgio Gleiston, estudante de História e Processos gerenciais - “A vegetação de norte a leste é
formada por arbustos perenes; e nas montanhas, florestas de carvalhos, choupas, nogueiras e pinheiros. Produz-se tâmaras,
trigo, cevada, linhaça, lentilhas, feijões, arroz, gergelim, milho, vinhas, oliveiras, algodão. A fauna é composta de uma
variedade de animais: leopardos, antílopes, chacais, hienas, olbos, tartarugas, cabras, muflões, javalis auroques, gatos
selvagens, onagros, abutres, caranguejos, escorpiões, serpentes, leões, touros, ovelhas, patos, gansos, cavalos (introduzidos
no segundo milênio) e camelos (introduzido somente no primeiro milênio)” ]
(3)A questão levantada aqui diz respeito aos dois rios “perdidos”. Alguns estudiosos procuram aplicar o nome desses dois
rios aos distantes do Nilo e Indo. Contudo, somente com muito esforço poderíamos aceitar tais hipóteses.
Devemos procurar esclarecimentos no próprio livro de Gênesis. Uma leitura mais precisa do texto nos traz alguns
esclarecimentos. Estamos acostumados a nos referir ao Dilúvio como “chuva intensa durante quarenta dias e quarenta
noites” (Gn 7.12). E isso é verdade! Mas, além disso, lemos nas Escrituras: “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês
segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos
céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7.11,12; grifo do autor).
Notemos que houve uma mudança continental. Romperam todas as fontes do grande abismo. Ou romperam todas as fontes
do grande oceano. Maremotos, terremotos... Um verdadeiro cataclismo sobreveio à Terra. Toda essa fúria provavelmente
cooperou para que houvesse o soterramento de rios e a abertura de outros. Evidentemente, o autor, inspirado, tinha a
compreensão da diferença topográfica de seus dias ao fazer sua declaração. Entretanto, ainda assim foi fiel à revelação do
Espírito de Deus.
(4)Podemos concluir que as seguintes mudanças ocorreram da seguinte forma: Primeiro, o rio principal que alimentava as
cabeceiras foi provavelmente dividido em duas cabeceiras independentes. Segundo, provavelmente Pison e Giom tiveram
as seguintes interferências: 1. Foram soterrados. 2. Tiveram seu curso fluvial reduzido e perderam seu leito original. 3. A
arqueologia poderá ainda trazer mais luz ao assunto, corroborando com a primeira ideia
Talvez pudessem mencionar o apóstolo Paulo, que diz: “Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o
espiritual” (1 Co 15.46). Deus, em sua soberania e providência, não permitiu que o homem tivesse absoluta certeza da
localização específica do Jardim, devido às tendências supersticiosas e idólatras. Fazendo isso, enfoca agora o espiritual.
Cristo, o segundo Adão, vivificado no espírito (1 Pe 3.18), chama toda a humanidade, por meio do evangelho, ao Caminho
que um dia Adão e Eva abandonaram pela desobediência; à Verdade que um dia trocaram pela mentira; e à Vida em
comunhão que perderam. Talvez nunca saibamos o lugar exato do Jardim do Éden, contudo, já temos em Cristo o deleite da
paz com Deus (Rm 5.1).
• O norte da Mesopotâmia é conhecido como Assíria e a sul como Babilônio ou Caldeu.
• Ur dos Caldeus. Atual Tal-AL-Muqayyarn o sul do Iraque, é o lugar de origem de Abraão,
antes de seu deslocamento com a família para Harã (Gn11, 31). Lugar em que ouviu a
Palavra do Senhor que o convidava a deixar a sua terra e a pôr-se a caminho do país que lhe
haveria de ser indicado (Gn12, 1-3).
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 10
4. Jordão: Por curiosidade, no Brasil temos um Rio Jordão que banha o estado do Paraná. O rio
aqui do estudo é o rio da Terra Santa várias vezes referido nas Escrituras. Para começar11
:
Israel é uma terra abundante em vales. Antes da conquista de Canaã, Moisés esclarece ao
povo israelita: "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em
que semeáveis a vossa semente, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a
possuir é terra de montes e de vales: da chuva dos céus, beberás as águas" (Dt 11.10 e 11). No
Novo Dicionário da Bíblia, explica-nos A.R. Millard: "Na Palestina, onde a chuva cai somente
durante certo período do ano, a paisagem é recortada por muitos vales estreitos e leitos de riachos
(ou wadis), que só exibem água durante a estação chuvosa (em hebraico, nahal; no árabe, iradi).
Frequentemente, pode ser encontrada água subterrânea nesses wadis. durante os meses de estio. (Cf.
Gn 26.17,19.) Os rios perenes atravessam vales e planícies mais largos (no hebraico, emeq, biq'ã),
ou então cortam gargantas estreitas através da rocha. O vocábulo hebraico 'shephèlâ' denota terreno
baixo, especialmente a planície costeira;
• Um vale é um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns poucos quilômetros
quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros quadrados de área. É
tipicamente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou
colinas.
VALE DO JORDÃO
Eis o maior vale de Israel. Começa no sopé do monte Hermom (no Norte) e vai até o mar
Morto (no Sul). O território israelita, portanto, é cortado, longitudinalmente, pelo vale do Jordão,
cenário de importantíssimos acontecimentos na vida do povo de Deus. Constituindo-se de uma
grande fenda geológica, esse portentoso vale, em seu ponto inicial, tem uma largura de 100 metros.
Alarga-se, porém, pouco a pouco, nas proximidades do mar da Galiléia, chega a três quilômetros; e,
nas imediações do mar Morto, a 15. Depois, no entanto, começa a estreitar-se novamente. Nesse
vale, temos a bacia do Jordão onde corre o rio Jordão, onde Jesus foi batizado. O Jordão é, ainda, o
mais profundo vale de toda a Terra: encontra-se a 426 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo.
Netta Kemp de Money fornece-nos mais algumas informações sobre o vale do Jordão: "Seu solo,
em parte argiloso e arenoso, interrompe-se por penhascos de greda gris e inumeráveis pedras de
forma fantástica, que imprimem àquela paisagem um ar um tanto triste e desolador. Grande parte
deste vale, todavia, é de uma fertilidade exuberante e todo suscetível de cultivo. O vale do Jordão
não constituía antigamente barreira intransponível, mas dificultava a comunicação e o livre tráfego
entre as tribos irmãs em ambos os lados."
• Uma bacia12
hidrográfica ou bacia de drenagem13
de um curso de água é o conjunto de
terras que fazem a drenagem das precipitações (chuvas) para que esse curso de água e
seus afluentes14
. A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos
terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais
baixas.
• E foz15
, é a desembocadura, o deságue ou o desague de um curso de água é o local onde
um corpo de água fluente, como um rio, deságua ou desemboca em outro corpo de água.
Sendo assim, um rio pode ter como foz outro rio, um lago, uma lagoa, um mar, o oceano,
etc.
A bacia do Jordão é formada pelos seguintes rios: Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque,
11
Geografia Bíblica do Pregador, preletor, articulista, escritor, ministro do Evangelho, Claudionor de Andrade.
12
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_hidrogr%C3%A1fica
13
O ato de escoar as águas de terrenos encharcados.
14
É o nome dado aos rios e cursos de água menores que desaguam em rios principais.
15
http://pt.wikipedia.org/wiki/Foz
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 11
Jaboque e Arnom.
Fig.0816
. Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque,
Jaboque e Arnom.
16
Geografia Bíblica do Pregador, preletor, articulista, escritor, ministro do Evangelho, Claudionor de Andrade.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 12
O rio Jordão possui três fontes:
▪Banias
▪Dan
▪Hasbani
Estas fontes não nascem em território
israelense; elas começam a correr no
monte Hermom, localizado na Síria.
"Jordão", em hebraico, significa declive
ou o que desce, por causa de seu
vertiginoso curso: do cume do Monte
Hermom à mais profunda depressão do
planeta - o mar Morto.
Apesar da sua importância histórica, o
Jordão é um rio pequeno. Tem 252
quilômetros de extensão.
Pode-se dividir o curso do Jordão em
três trechos para fins de estudo:
►PRIMEIRO TRECHO: a região das
nascentes, como explicado mais acima,
nos seus pontos mais setentrionais e que
vai até o lago de Merom. Depois da
junção das quatro nascentes, o Jordão
atravessa uma planície pantanosa em
uma extensão de 11 quilômetros e entra
no lago de Merom. Neste trecho, a sua
largura varia muito e a profundidade vai
a 3 e 4 metros.
►SEGUNDO TRECHO: o Jordão superior, entre o lago
de Meron e o mar da Galiléia, extensão esta de cerca de
20 quilômetros. É quase reto, com um declive de 225
metros, o que forma as suas águas impetuosas e provoca
um enorme trabalho de erosão. A força da impetuosidade
das águas do Jordão neste trecho é tanta que quase 20
quilômetros mar da Galiléia adentro ainda se percebe a
sua correnteza. Neste trecho, o terreno é rochoso, de
vegetação média, e a largura do rio varia entre 8 e 15
metros.
►TERCEIRO TRECHO: o Jordão interior, do mar da
Galiléia ao mar Morto, com 117 quilômetros em linha
reta e cerca de 340 quilômetros pelo leito sinuoso do rio,
tendo uma largura que varia entre 25 e 35 metros, e l a 4
metros de profundidade. Este trecho tem um declive de
200 metros, o rio desce precipitadamente, e formam
numerosos meandros e cascatas e alargando o vale até
15 quilômetros, como ocorre na altura de Jerico.
Fig.0917
. As três fontes do Rio Jordão.
Fig. 10. O curso do Rio Jordão.
Este vale é limitado por verdadeiras muralhas de rocha calcária, quase em toda sua extensão,
fica muito difícil a sua travessia. Até o tempo dos romanos, não tinha pontes sobre o rio Jordão. A
sua travessia era feita em lugares de margens mais rasas e águas menos profundas, assim chamados
de vaus. Em frente de Jerico, perto da desembocadura do rio Jaboque, e nas proximidades de Sucot,
se encontrava em cada um vaus.
Nos tempos bíblicos, tinha uma grande floresta às margens do rio Jordão, nesses frondosos bosques
havia até leões. Hoje, a região está desnuda e, morta praticamente. Você consegue-se até encontrar
tamareiras, palmeiras e tamargueiras nessa aridificada área.
Importância histórica:
• O rio Jordão aparece pela primeira vez nas Sagradas Escrituras: "E levantou Ló os seus
olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o Senhor ter
destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito quando
se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o
Oriente, e apartaram-se um do outro" (Gn 13.10 e 11).
Os nossos queridos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó tornaram-se íntimos do Jordão. A água
desse rio abriu-se para o povo de Deus conquistar Canaã. O Jordão sempre esteve ligado à história
de Israel. Foi em seu leito que:
• Naamã viu-se livre da lepra (II Rs 5:1-14 ).
17
Ibidem.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 13
• João Batista batizou o Filho de Deus.
O Jordão não é um rio vistoso e, do ponto de vista puramente humano, Naamã tinha toda a
razão em não querer banhar-se em suas escuras e barrentas águas. Ora, na terra natal desse general,
havia riachos cristalinos. Além de ser pouco atraente, nas imediações do Jordão, o seu clima é
quente e sufocante.
1. Promessa: O altar que o SENHOR mandou o povo construir de doze pedras tiradas do
rio Jordão, quando o povo o atravessou a seco (Deuteronômio 27:4-8).
2. A promessa se cumpre: (vs.5) O povo de Israel atravessou o rio a seco (Josué 3:1-17)
3. Também foi atravessado a seco por Elias (2 Rs 2.8-9) e Eliseu II Rs 2:13-14 . Por
intermédio de Eliseu, diz a Bíblia, houve dois milagres no Jordão:
• A cura de Naaman por ter mergulhado sete vezes no rio (II Rs 5:1-14) ; e
• Fez flutuar um machado (II Reis 6:1-7).
4. Nos Evangelhos, João Batista desenvolveu a sua pregação nas proximidades do Jordão, onde
Jesus foi batizado (Mt 3:1-13) e não terá sido longe daí que decorreu o período das suas
tentações.
Hoje em dia é uma das maiores fontes de água de Israel, porém, veja a notícia a baixo da
Discovery News no site: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4412440-EI238,00-
Rio+onde+Jesus+teria+sido+batizado+pode+secar+ate.html.
Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011
Ambientalistas afirmaram nesta segunda-feira que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que
Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja
revitalizado. Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês),
o famoso rio foi reduzido a um "fio" de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração,
poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News. Segundo os
ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. "O
fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água
salina", diz o grupo. O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia,
Síria e Cisjordânia. "Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão", diz o diretor da FoEME para
Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. "Ninguém pode dizer
que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa
fama", diz. A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde
se acredita que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumas se banhar ali, apesar da
alta poluição do local. A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e
palestinas que vivem ao longo do rio - cerca de 340 mil pessoas - jogam esgoto não tratado em suas
águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio - como planejado por Israel - pode ser ainda
pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a
solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.O rio
Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta
algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. "Um novo estudo que nos patrocinamos
revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do
desvio quase total de água fresca", diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia.
Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 14
de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser
redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está
secando”.
O Rio de Jordão é um divisor geográfico:
• 1a
A Transjordânia (hoje é a Jordânia)
• 2a
O vale do Jordão
• 3a
As montanhas da Cisjordânia, a Palestina propriamente dita.
• 4a
A zona costeira.
Fig.11. O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia(hoje Jordânia).
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 15
Jordânia
Como divisor, vamos aproveitar para conhecer a Terra Santa, de hoje para os tempos
bíblicos.
A História de Israel18
Esta Terra Santa é a região mais visada pelas superpotências. Bem no centro do globo,
constitui-se em um ponto mais estratégico do mundo. Em todas as épocas serviu de palco para as
mais sangrentas batalhas. A Terra Santa é, politicamente, um barril de pólvora, tanto nos tempos
bíblicos, como hoje em dia. Israel é o mais nevrálgico tópico da história.
A geografia política da Terra Santa passou por inúmeras alterações. Veja que, atualmente,
não obstante os seus 40 anos de existência, teve os seus limites diversas vezes alterados em
consequência da agressividade dos países árabes.
Israel Hoje
Dados: Israel ocupa uma área de 20.700 km². Capital: Jerusalém.
• O tamanho do país pode ser comparado, em área (km²), com o estado de Sergipe no Brasil
ou um pouco menos do que a região do Alentejo em Portugal, contudo, a distância, em linha
reta, entre a extremidade norte e sul do país é a mesma entre Viseu e Portimão (Portugal).
• A norte de Israel nasce o Rio Jordão, importante rio para a região, que cruza o país de norte
a sul e que serve de fronteira com a Jordânia, alimentando o Mar da Galileia e desaguando
no Mar Morto numa zona de depressão 400 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo.
• O formato meridional e litorâneo fornece ao país um microclima bem diversificado,
florísticas e geológicas.
• É possível esquiar no norte do país e ir a uma praia quente no sul em poucas horas.
18
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Israel, http://www.airtonjo.com/historia14.htm,
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente, http://pt.wikipedia.org/wiki/Palestina,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cisjord%C3%A2nia
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 16
Fig. 12. Israel
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 17
Continente: Ásia.
Região: Ásia Ocidental.
Fronteiras: Líbano, Síria, Jordânia e Egito.
Há seis principais distritos administrativos de Israel, conhecido em
hebraico como mehozot (singular: mahoz) e quinze subdistritos
conhecido como nafot (singular: ANPA). Cada subdistrito é
subdividido em regiões naturais, que são 50.
O subdistrito Golã, que contém 4 regiões naturais, está incluído
neste valor, embora não seja reconhecido pela ONU como parte do
território israelita. As regiões da Judéia e Samaria (Cisjordânia), no
entanto, não estão incluídas, uma vez que Israel não tenha aplicado
integralmente a sua jurisdição lá.
Fig.13. Israel Hoje.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 18
Distritos de Israel (Hoje)
Fig 14. Os Distritos de Israel.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 19
1. Jerusalém (Mehoz Yerushalayim)
Capital: Jerusalém. População: 868.500
2. Distrito Norte (Mehoz HaTzafon)
Capital: Nazaré. População: 1.202.600
Subdistritos: Safed, Kinneret, Yizre'el,
Acre, Colinas de Golã.
3. Haifa (Mehoz Hefa)
Capital: Haifa. População: 865.200
Subdistritos: Haifa, Hadera.
4. Distrito Central (Mehoz HaMerkaz)
Capital: Ramla. População: 1.689.600
Sub distritos: Sharon, Petah Tiqwa, Ramla,
Rehovot.
5. Distrito de Tel Aviv (Mehoz Tel-Aviv)
Capital: Tel Aviv. População: 1.204.400
6. Distrito Sul (Mehoz HaDarom)
Capital: Berseba. População: 1.201.200
Subdistritos: Ascalon, Berseba.
Observações:
-West Bank: (A Cisjordânia ou Margem
Ocidental) é o nome dado para a localização da
costa oeste do Rio Jordão. É um território
palestino, entretanto, é dominado pela milícia
israelita desde fim da Guerra dos Seis Dias em
1967. O local é parcialmente administrado pelo
governo de Israel e pelas autoridades palestinas,
de forma que seus habitantes se dividem entre
essas duas etnias. Todavia, a maioria corresponde
a palestinos.
O conflito Israel-palestiniano ou conflito israelo-
palestiniano é a designação dada à luta armada
entre israelenses e palestinos, sendo parte de um
contexto maior, o conflito árabe-israelense. As
raízes remotas do conflito remontam aos fins do
século XIX quando colonos judeus começaram a
migrar para a região. Sendo os judeus um dos
povos do mundo que não tinham um Estado
próprio, tendo sempre sofrido por isso várias
perseguições, foram movidos pelo projeto do
sionismo - cujo objetivo era refundar na Palestina
um estado judeu. Entretanto, a Palestina já era
habitada há séculos por uma maioria árabe.
Fig. 15. West Bank e Faixa de Gaza.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 20
Os Territórios Palestinianos são
formados por três regiões não
contíguas, a Cisjordânia, a Faixa
de Gaza e Jerusalém Oriental,
cujo estatuto final ainda está por
determinar.
Observação:
- Bethlehem = Belém.
Fig.16. Mapa de Jerusalém Oriental.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 21
Israel Nos Tempos de Jesus
NO SÉCULO I19
O Filho de Deus se fez homem, não em geral, fez-se homem particular, judeu, galileu, num
determinado momento da história do mundo. Logo, Ele foi marcado pela geografia e pela história
do seu país, por sua cultura, sujeito às leis econômicas; experimentou os conflitos políticos (A
palestina, nessa época, fazia parte do império romano); e partilhou das esperanças do seu povo.
A terra pertence a Deus: esse é um dogma essencial da fé de Israel. Deus lhe deu o país de
Canaã — que se chama Palestina ou País dos filisteus desde a época helenística20
. Israel vai, pois,
valorizar esta terra da Palestina no séc. I da nossa era neste. As diversas festas e a instituição
religiosa lhe recordarão que é Deus quem permanece seu dono.
Aspecto Geográfico
• O país tem a forma dum trapézio, cujas bases medem 50 e 100 quilômetros, para uma altura
de 220 quilômetros.
• O Mediterrâneo o limita a oeste e o vale do Jordão, muito apertado, a leste;
• Esse rio, cujo nome significa sem dúvida o descente, tem suas fontes nas faldas
do Hermon;
• No lago Hulé, está a 68m acima do nível do mar,
• Uns quinze quilômetros abaixo, no lago de Tiberíades,
• Já está a 212 abaixo do nível do mar e se lança no mar Morto a 392m abaixo
do nível do mar.
• Entre o Mediterrâneo e o Jordão, uma cadeia de montanhas forma a espinha dorsal do país:
• Com 600 m de altitude em média, ela tem seus pontos mais altos na Alta
Galiléia e em Hebron (1000 m) e apresenta uma depressão na fértil planície de
Jezrael, a Meguido do AT (50 m).
• A leste do Jordão sobe-se mui rapidamente para o planalto da Transjordânia (a Peréia), que
se eleva entre 900 e 1200 m:
• a diferença de nível entre o Jordão e esse planalto é comparável à que existe
entre o Dedo de Deus (1320 m) e a cidade do Rio de Janeiro!
O relevo, muito acidentado, é fator decisivo no regime das chuvas:
• a Galiléia, encostada aos 2.800 m do Monte Hermon, recebe tanta água
quanto as cidades mais úmidas da Mantiqueira: 1.000 mm
• A planície do Saron (abaixo do Carmelo), a região montanhosa da Palestina
central e a Transjordânia são também tão regadas como a região do ABC paulista.
• Ao contrário, a depressão do Jordão não recebe praticamente nada, tanto
assim que na metade do seu comprimento ela é desértica, exceto alguns oásis como
Jericó e os espessos bosques dos meandros do rio.
19
Livro “A Palestina No Tempo de Jesus” de CHRISTIANE SAULNIER, E BERNARD ROLLAND.
20
Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia e
de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. , e a anexação da península grega e ilhas
por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo
oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura
grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande
desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de
Roma. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo)
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 22
• As chuvas caem praticamente todas entre novembro e março, e em pequena quantidade em
outubro e abril. O verão é totalmente seco. O relevo faz com que essa água escorra
imediatamente, quase sem penetrar no solo, bem pobre em argila, não conseguindo
conservá-la. Os produtos naturais do país são, portanto árvores de folhagem persistente que
crescem, sobretudo no inverno, ou plantas da estepe que secam no verão. Mas o trabalho
humano e a irrigação podem mudar muitas coisas neste país de clima relativamente
temperado; no tempo de Jesus, conseguiu-se aclimatar espécies normalmente incompatíveis:
a maçã que gosta de clima fresco e a palmeira que exige o calor!
Fig.17. Mapa Físico da Palestina séc. I
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 23
Fig.18. Topografia da Terra Santa21
.
21
http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/14
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 24
No próximo mapa observe estas convenções22
:
i. Um ponto vermelho representa uma cidade. Um traço feito a partir desse ponto indicará o
nome da cidade ou local.
ii. Um pequeno triângulo preto representa uma montanha.
iii. Esse tipo de letra é utilizado para indicar nomes geográficos, como: oceanos, mares, etc.
iv. Esse tipo de letra é utilizado em todas as cidades.
v. Esse tipo de letra é utilizado para indicar divisões políticas menores, tais como regiões,
povos e tribos.
vi. Esse tipo de letra é usado para divisões políticas mais amplas como nações, países e
continentes.
22
http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/contents
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 25
Fig.19. Mapa da Palestina no tempo de Jesus.
(siglo = século; Bajo el = sob o)
Fig.20. A Terra Santa na Época do Novo Testamento23
.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 26
A Terra Santa na Época do Novo Testamento24
1. Tiro e Sidom: Jesus comparou Corazim e Betsaida a Tiro e Sidom (Mt. 11:20–22). Ele curou a filha de uma
mulher cananéia (Mt. 15:21–28).
2. Monte da Transfiguração: Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João (Mt. 17:1–13). (Alguns
acreditam que o Monte da Transfiguração seja o Monte Hermom; outros creem que seja o Monte Tabor.)
3. Cesaréia de Filipe: Pedro testificou que Jesus é o Cristo e foi-lhe prometido que receberia as chaves do reino
(Mt. 16:13–20). Jesus predisse sua própria morte e Ressurreição (Mt. 16:21–28).
4. Região da Galiléia: Jesus passou a maior parte de sua vida e ministério na Galiléia (Mt. 4:23–25). Nessa
região, Ele pregou o Sermão da Montanha25
(Mt. 5–7); curou um leproso (Mt. 8:1–4); e escolheu, ordenou e
enviou os Doze Apóstolos a pregar, sendo que aparentemente apenas Judas Iscariotes26
não era originário da
Galiléia (Mc. 3:13–19). Na Galiléia, o Cristo ressuscitado apareceu aos Apóstolos (Mt. 28:16–20).
5. Mar da Galiléia, posteriormente chamado de Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré. Jesus entrou no barco
de Pedro para ensinar (Lc. 5:1–3) e chamou Pedro, André, Tiago e João para que se tornassem pescadores de
homens (Mt. 4:18–22; Lc. 5:1–11). Ele também acalmou a tempestade27
(Lc. 8:22–25), ensinou parábolas de um
barco (Mt. 13), andou sobre o mar (Mt. 14:22–32), e apareceu aos discípulos após Sua ressurreição (João 21).
6. Betsaida: Pedro, André e Filipe nasceram em Betsaida (João 1:44). Jesus retirou-se com os Apóstolos para
perto de Betsaida. As multidões seguiram-no e Ele alimentou os 5.000 (Lc. 9:10–17; João 6:1–14). Jesus curou
um cego nessa cidade (Mc. 8:22–26).
7. Cafarnaum: Era a casa de Pedro (Mt. 8:14). Em Cafarnaum, que Mateus dizia ser a “cidade de Jesus”, este
curou um paralítico (Mt. 9:1–7; Mc. 2:1–12), curou o servo de um centurião, curou a mãe da esposa de Pedro (Mt.
8:5–15), chamou Mateus como um de seus Apóstolos (Mt. 9:9), curou cegos, expulsou um demônio (Mt. 9:27–
33), curou a mão mirrada de um homem no sábado (Mt. 12:9–13), pregou o sermão do pão da vida (João 6:22–65)
e concordou em pagar impostos, dizendo a Pedro que tirasse o dinheiro da boca de um peixe (Mt. 17:24–27).
23
http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/11
24
Ibidem.
25
Possivelmente em Cafarnaum: Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mateus 8:5-17; Marcos 1:21-28; Marcos 2:1-13; João
4:46-54; etc.) e aí ensinou frequentemente (cf. João 6:24-71; Marcos 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o seu quartel-
general e foi chamada a sua cidade, pelo fato de aí ter fixado residência (Mateus 9:1; cf. Marcos 2:1). Contudo, apesar do real
impacto do seu ministério entre o povo, este acabará por se afastar; por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mateus
11:23-24; Lucas 10:15). (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafarnaum).
"Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia; e deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum,
situada à beira do lago, nos confins de Zebulom e Naftali." (Mt 4, 12-13) Cafarnaum é a cidade onde Jesus residia. Passou
praticamente a sua vida toda. Com certeza aqui foi o lugar onde Jesus fez mais milagres. O sítio da antiga aldeia de pescadores
Cafarnaum ( em hebraico Kfar Nachum , a Aldeia de Naum) situa-se na costa noroeste do Lago Kineret (o Mar da Galiléia), 2,5 km a
nordeste de Tagba e a uns 15 km ao norte de Tiberíades. O vilarejo é mencionado pela primeira vez no Novo Testamento, onde figura
de forma proeminente nas narrativas do Evangelho, como o lugar onde Jesus viveu durante grande parte de seu ministério na
Galiléia. Foi aqui, segundo o Novo Testamento, que ele "curou muitos que estavam doentes", e também "expeliu os espíritos" dos
endemoninhados. Vários dos Apóstolos - Simão (chamado Pedro) e seu irmão André; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João -
viviam na aldeia, além de Mateus (Levi, filho de Alfeu), que era coletor de impostos no local. Há evidência arqueológica de que a
aldeia foi estabelecida no início da Dinastia dos Hasmoneus (as moedas mais antigas encontradas no local datam do século II a.E.C.).
O vilarejo, próximo à fronteira da província da Galiléia, situava-se num caminho transversal da rota comercial Via Maris. Na época
narrada no Evangelho, havia em Cafarnaum um posto alfandegário e uma pequena guarnição romana comandada por um centurião.
(http://rdpviagens.com/lugares/terra_santa1/terra_santa_cont_03.htm)
A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma
parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como "Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás,
porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-
vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio
de Jesus. (http://www.vivos.com.br/124.htm)
26
A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa "homem de Queriote". Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25).
Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era
o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa
atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos. (http://www.vivos.com.br/124.htm)
Queriote - cidades. (Hebraico: Kriyot): Uma cidade no sul da Judéia. Judas Iscariotes provavelmente foi um nativo deste
lugar e por isso seu nome Iscariotes. Ela foi identificada com as ruínas de el-Kureitein, em torno de 16,1 quilômetros do sul de
Hebrom.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Queriote)
27
De maio a outubro ventos forte sopram frequentemente por entre os montes e pelos vales, causando tempestades extremamente
violentos, de uma hora para outra. Em torno do mar da Galiléia – ou Tiberíades (João 6:1) – havia uma indústria pesqueira bem-
sucedida. (The MacArthur Study Bible, de John MacArthur).(http://www.narrativas.callistek.com/?mod=page&page_p=34)
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 27
8. Magadã28
(Gr. Magadan e Magdala) Era onde Maria Madalena29
morava (Mc. 16:9). Jesus foi a esse lugar
depois de alimentar os 4.000 (Mt. 15:32–39), e os fariseus e saduceus pediram que Ele lhes mostrasse um sinal do
céu (Mt. 16:1–4).
9. Caná: Jesus transformou a água em vinho (João 2:1–11) e curou o filho de um nobre que estava em Cafarnaum
(João 4:46–54). Caná foi também o lar de Natanael (João 21:2).
10. Nazaré: As anunciações feitas a Maria e a José ocorreram em Nazaré (Mt. 1:18–25; Lc. 1:26–38; 2:4–5).
Depois de voltar do Egito, Jesus passou sua infância e juventude nessa cidade (Mt. 2:19–23; Lc. 2:51–52),
anunciou que Ele era o Messias e foi rejeitado pelos seus (Lc. 4:14–32).
11. Jericó: (Descrita no Velho Testamento como a "Cidade das Palmeiras". Ela é conhecida na Tradição judaico
cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué) Jesus deu a visão a um
cego (Lc. 18:35–43). Ele também jantou com Zaqueu “um chefe dos publicanos” (Lc. 19:1–10).
12. Betânia30
: (Betabara) João Batista testificou que ele era “a voz do que [clamava] no deserto” (João 1:19–28).
João batizou Jesus no Rio Jordão e testificou que Jesus é o Cordeiro de Deus (João 1:28–34).
13. Deserto da Judéia31
: João Batista pregou nesse deserto (Mt. 3:1–4), onde Jesus jejuou durante 40 dias e foi
tentado (Mt. 4:1–11).
14. Emaús32
: O Cristo ressurreto caminhou pela estrada para Emaús com dois de seus discípulos (Lc. 24:13–32).
15. Betfagé: Dois discípulos trouxeram uma jumenta com a qual Ele começou sua entrada triunfal em Jerusalém
28
Magdala ("torre") foi uma pequena aldeia, aparentemente situada na Galileia, visto que parece ter sido o local de nascimento de
Maria Madalena, chamada a Madalena, ou "Maria de Magdala". O nome que aparece na Versão Revista de Mateus 15:39 para
Magdala é Magadan. É provavelmente outro nome para o mesmo lugar, ou então era outra aldeia tão próxima que a costa a que Jesus
acostou poderia ter pertencido a qualquer uma das duas terras. O Talmude menciona dois lugares com o nome de Magdala. Um deles
situava-se no leste, no Yarmuk perto de Gadara (na Jadar da Idade Média, hoje Mukes), recebendo assim o nome de Magdala Gadar.
Existia outra Magdala, mais conhecida, perto de Tiberíades, Magdala Nunayya ("Magdala dos Peixes"), o que a colocaria na costa do
lago. Josephus menciona uma cidade galileia destruída pelos romanos na Guerra Judaica (III, x) com o nome grego de Taricheæ
(Josephus não fornece o nome hebraico), rica devido às suas prósperas pescarias. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Magdala)
(Tiberíades: Está situada às margens do Mar da Galiléia, o qual é conhecido também por Mar ou Lago de Tiberíades (em
hebraico ‫,כנרת‬ Kinneret). Foi denominado em honra ao imperador romano Tibério) (O Talmude (em hebraico: ‫ו,ד‬ּ‫ד‬‫לומ‬ְ‫ּומ‬‫ת‬ַּ‫ד‬ , transl.
Talmud) é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o
judaísmo rabínico, perdendo em importância apenas para a Bíblia hebraica)
29
Era um domingo pela manhã, era o domingo da ressurreição do Senhor Jesus, no Evangelho de São Marcos no cap.16 e no verso 2
diz: E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. Podemos ver neste texto o destaque dessa
mulher, Maria Madalena, que acompanhou desde a crucificação até a ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Jesus havia libertado
Maria Madalena de sete demônios. Lc. 8.2- E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de
enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios. Maria Madalena, recebeu esse nome por ser natural de
Magdala, uma cidade situada no litoral do mar da Galiléia. Maria Madalena era uma discípula fiel de Jesus, pois recebeu de Jesus
uma grande libertação. Pois a quem mais perdoou, mais amor tem para com Jesus. Depois da sua libertação e conversão, Maria
Madalena passou a servir a Jesus em seu Ministério com os seus bens. Juntamente com outras mulheres que davam sustentação ao
Ministério de Jesus.
30
Betânia do Além Jordão era uma antiga cidade da Judéia/Samaria, na margem oriental do Rio Jordão, fora da Terra Santa. Foi nas
Localidades dessa antiga cidade que Jesus foi batizado por João Batista. Não deve ser confundida com Betânia, cidade próxima a
Jerusalém. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Betânia_do_Além_Jordão)
31
Eventos importantes: O Deserto da Judéia foi um importante refúgio em muitas ocasiões da história antiga. Davi escondeu-se do
Rei Saul (I Sam. 26:1–3). Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites (Mt. 4:1–11; Mc. 1:12–13). Jesus utilizou a rota de Jerusalém a
Jericó que atravessava o Deserto da Judéia como o cenário para a parábola do bom samaritano porque viajantes solitários eram presas
fácil naquela área (Lc. 10:25–37). O Deserto da Judeia faz fronteira com as Montanhas da Judeia no oeste e com o Mar Morto no
leste. Ele é considerado um deserto relativamente pequeno, passando por somente 1500 quilômetros quadrados, mas ele contém
muitas reservas naturais fascinantes, sítios históricos, monastérios e panoramas fascinantes que o tornam um lugar excitante e
especial para se visitar. O Deserto da Judeia está perto de Jerusalém e é relativamente pouco habitado. Os poucos assentamentos que
existem lá foram estabelecidos em seu perímetro. O deserto é conhecido pela sua paisagem dura, que forneceu refúgio e um
esconderijo para rebeldes e zelotes através da história, além de solidão e isolamento para monges e eremitas. Durante os dias do
macabeus (cerca de 2000 anos atrás), grandes fortalezas foram estabelecidas no deserto, como Massada e Horkenya . Durante o
período da grande rebelião judaica contra Roma, a última batalha dos zelotes judeus foi disputada em Massada, e durante o período
do Segundo Templo os membros deste grupo viveram ali. Há várias décadas atrás os Pergaminhos do Mar Morto foram descobertos
escondidos numa caverna em Qumran, e estes ensinaram muito sobre a Bíblia e o período durante o qual foram escritos Desertos
devido a barreiras ao ar úmido: Desertos deste tipo se formam devido a grandes barreiras montanhosas que impedem à chegada de
nuvens úmidas nas áreas a sota-vento (ou seja, áreas protegidas do vento). Na medida em que o ar sobe a montanha, a água se
precipita e o ar perde seu conteúdo úmido. Assim, um deserto se forma do lado oposto. O deserto da Judéia em Israel e Palestina é
um exemplo, assim como o deserto do Vale da Morte, nos EUA, que é formado pelos ventos Chinook que formam uma zona de
sombra de chuva no local (http://www.ufrgs.br/museudetopografia/Artigos/Os_Desertos.pdf)
32
...distante de Jerusalém sessenta estádios: O stadiwn, stadion, era a oitava parte da milha romana, tendo a equivalência de cerca de
125 passos ou 185 m. Era uma medida grega. A aldeia de Emaús distava de Jerusalém 60 estádios (stadious exhkonta), ou mais de 10
km (ou + ou - 12 km) - (a 11 km = 2,5 horas de caminhada firme).
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 28
(Mt. 21:1–11).
16. Betânia33
: Era o lar de Maria, Marta e Lázaro (João 11:1). Maria ouviu as palavras de Jesus e Jesus falou a
Marta e respeito de se escolher a “boa parte” (Lc. 10:38–42); Jesus levantou Lázaro dos mortos (João 11:1–44); e
Maria ungiu os pés de Jesus (Mt. 26:6–13; João 12:1–8). Estando próximos de Jerusalém, perto de Betfagé e de
Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos Seus discípulos. (Mc.11.1). Ora Betânia distava de
Jerusalém cerca de quinze estádios[ou 1875 passos percorridos em cerca de 45 minutos, alcançando algo como 3
km] (Jo.11.18). Chegaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e, depois de ter examinado tudo quanto O rodeava,
como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. (Mc.11.11). Depois afastou-se deles saiu da cidade e foi para
Betânia, onde pernoitou.(Mt.21.17). Depois, levou-os até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os.
Enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao Céu.(Lc.24.50).
17. Belém: (em hebraico: ‫בית‬‫לחם‬ , transl. Beit Lehem, lit. "Casa do Pão") Jesus nasceu e foi colocado em uma
manjedoura (Lc. 2:1–7); anjos anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc. 2:8–20); homens sábios foram
guiados por uma estrela até Jesus (Mt. 2:1–12); e Herodes matou os meninos (Mt. 2:16–18).
Obras Consultadas
33
Seu nome vem do grego Béthania, que por sua vez se origina da expressão hebraica bét nîyyah contração de bét nanîyah ("casa
de Ananias"). Betânia ou Bethânia era originalmente uma aldeia em Israel antiga, localizada bem próximo (certa de 6 km)de
Jerusalém e do Monte das Oliveiras. É mencionada diversas vezes (doze, mais exatamente) na Bíblia, como tendo sido visitada
por Jesus Cristo. Deu origem a nomes de diversas localidades em todo o mundo, de acordo com as variantes em cada idioma, por
exemplo, Bethany em inglês. Originou igualmente o nome feminino Betânia, pois era onde morava a irmã de Lázaro, Maria de
Betânia.
Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 29
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Introdução a Geografia Bíblica

  • 1. Introdução: Josué 18: 8 a 10 • A Geografia (do grego geo=terra; grafia= descrição, tratado, estudo) é a Ciência que estuda a Terra na sua forma, ou seja, estuda os acidentes físicos; o clima; também é a ciência que estuda as relações entre sociedade e a natureza, i.e., as populações, as divisões políticas etc. A geografia se serve do espaço geográfico. • O espaço geográfico mostra as múltiplas formas e os diversos processos que ocorrem na superfície da Terra, num certo determinado período de tempo. É aonde tudo acontece. A Geografia não se resume em descrever a superfície da Terra, mas principalmente em avaliar as transformações que ocorrem no espaço geográfico, através do produto histórico da atividade humana. A Geografia divide-se em diversas disciplinas: • A Geografia Humana estuda os agrupamentos humanos em suas relações com a Terra: como repartem o espaço; como se adaptam às condições naturais, como se organizam para explorar os recursos provenientes da natureza etc. • A Geografia Econômica estuda os recursos econômicos - de origem vegetal, animal e minerais - presentes nas diversas regiões da terra e suas formas de exploração. • A Geografia Física estuda os aspectos físicos das diversas regiões da terra, o que inclui o estudo do relevo, do clima, da vegetação, da fauna e da flora. • A Geografia Política estuda a influência da geografia dentro da política, da relação entre o poder de um país e sua geografia física e humana, bem como o estudo do reparto político da terra. • A Geografia História reconstrói os aspectos humanos, econômicos, físicos e políticos de uma dada região do passado. É aqui que entra a Geografia Bíblica, que se dedica a estudar as diversas regiões que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da Bíblia. • A Geografia do Mundo Bíblico. Netta Kemp de Money, do seu livro “Geografia Histórica do Mundo Bíblico”, define: "A Geografia Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do cenário da revelação divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes". Por isso a Geografia Bíblica é uma cadeira muito importante, pois auxilia a todos que querem conhecer melhor o texto bíblico através de esclarecimentos quanto aos grupos humanos, às características físicas, os recursos econômicos e as transformações políticas das diversas regiões citadas na Bíblia. Sem contar que ela nos permite localizar e situar os relatos bíblicos no espaço em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstrução dos eventos. Por exemplo: a conquista de Canaã pelos israelitas; as características culturais e localização dos diversos povos que habitavam as diferentes regiões da Palestina no momento da chegada dos hebreus; os variados acidentes físicos que dificultavam os deslocamentos etc. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 1
  • 2. O Mundo Bíblico1 Desde a Antiguidade, o saber sobre o lugar e sua posição na superfície terrestre sempre foi fonte de conhecimento e poder. Heródoto - considerado o pai da Geografia e da História – disse que o Egito era “uma dádiva do rio Nilo”, para mostrar a fertilidade das terras com as cheias periódicas que depositavam matéria orgânica em suas margens. Heródoto quando descreveu a batalha de Maratona entre atenienses e persas, demostrou como o conhecimento preciso do terreno permitiu que os gregos derrotassem o exército persa, mais numeroso, infligindo mais de seis mil baixas ao inimigo, enquanto os soldados de Atenas teriam perdido menos de duzentos homens. Por isso, a região que denominamos Mundo Bíblico situa-se, hoje, nas regiões conhecidas como Oriente Médio e mediterrânicas. As áreas limites do Mundo Bíblico são: • A Península Ibérica, a ocidente, e o atual Iraque, a oriente. • Os países que são encontrados hoje nestas regiões são: Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, os diversos países balcânicos, Turquia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Iraque, Irã, Arábia Saudita e vários emirados árabes. Principais áreas do Mundo Bíblico • Mesopotâmia (Meso = entre; potamos = rio) - região marcada pela presença de dois grandes rios que fertilizavam a região para a agricultura: Tigre e Eufrates. Nesta área surgiram grandes e poderosos impérios: o Sumério, o Acádio, o Babilônico e o Persa. • Península Arábica - extensa península formada por poucas áreas férteis e muitos desertos. Ali se desenvolveu um importante reino, o de Sabá. • Egito- Situa-se no nordeste do continente Africano. Como a mesopotâmia, tem sua fertilidade graças ao rio Nilo, que atravessa toda a região. Nesta região se organizou um grande Império, o Egípcio. • Canaã- região estratégica por seu caráter de passagem entre as diversas regiões do Mundo Bíblico. Reunia a Síria e a Palestina. Nesta área se estabeleceram diversos povos, como os filisteus, os fenícios, e os próprios hebreus. • Europa- Local de importantes Impérios, por exemplo, o Macedônico, também conhecido como Império de Alexandre. Ele reuniu a Grécia, a Macedônia e o Oriente Médio, e o Romano, que a partir da cidade de Roma, situada na atual Itália, unificou as regiões mediterrânica da Europa Ocidental e Oriental, o Norte da África e o Oriente Médio. A Europa possui uma grande diversidade geográfica e cultural. Ela está presente na Bíblia, de forma efetiva, nos livros do Novo Testamento. 1 http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/geografia.htm Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 2
  • 3. O Mundo Antigo Também chamado de mundo bíblico, compreende todos os povos antigos na Bíblia que eram banhadas pelo Mediterrâneo (Grande Mar) mais aqueles que ficavam entre este e os mares: Negro (Auxino), o Cáspio, ou Setentrional, o Golfo Pérsico, ou Meridional e o Mar Vermelho, chamado pelos romanos de Eriteu. • Mediterrâneo (Grande Mar): 30° N 15° E • Mar Negro (Auxino): 40° N 35° E. Banha a Turquia. • Mar Cáspio (Mar Setentrional): 40° N 50° E. Banha o Cazaquistão • Golfo Pérsico (Mar Meridional): 25° N 50° E • Mar Vermelho (Mar Eriteu): 20° N 38° E Observe que a descrição da Bíblia, no Antigo Testamento e no Novo Testamento, vai desde a Espanha, sendo o ponto mais ocidental das missões do apóstolo Paulo, até a Pérsia (fica na atual Irã), país mais oriental e mais setentrional da Ásia Menor que manteve relação com Israel. Da Pérsia ao sul do Mar Negro (banha a Turquia), cujo povo estava representado em Jerusalém no dia de Pentecostes, At 2.9, indo ao extremo sul da Arábia, onde ficava, provavelmente, Ofir. O Mundo antigo se confunde com o mundo Bíblico. Fig. 01. As terras da Bíblia. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 3
  • 4. O Mundo Antigo – Montanhas Extrapalestínicas da História Bíblica 1. Arará2 : O Monte Ararat é a mais alta montanha da Turquia moderna. Tem dois picos: Grande Ararat (o pico mais alto da Turquia e de todo o planalto armênio com uma elevação de 5137 metros) e o Baixo Ararat (com uma elevação de 3896 metros). O maciço do Ararat tem de cerca de 40 km de diâmetro. A fronteira entre o Irã e a Turquia fica a leste do Baixo Ararat, o pico mais baixo do maciço do Ararat. Foi nesta área que pela Convenção de Teerã de 1932, a mudança das fronteiras foi feito em favor da Turquia, permitindo a ela para ocupar o flanco leste do maciço. O Monte Ararat, na tradição judaico cristã, está associado com as "Montanhas do Ararat", onde segundo o livro do Gênesis, a Arca de Noé estaria supostamente localizada (Gn 8.4). Também desempenha um papel significativo no nacionalismo e irredentismo armênio. Fig. 02. Localização do Monte Ararat. 2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Ararat Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 4
  • 5. 2. Sinai ou Horebe3 : O Monte Sinai (também conhecido como Monte Horeb ou Jebel Musa, que significa “Monte de Moisés” em árabe) está situado no sul da península do Sinai, no Egipto. Esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islão. É um pico de granito com uma altura de 2288 metros onde, segundo a Bíblia e a tradição judaica, Moisés teria recebido as Tábuas da Lei, embora não haja evidências arqueológicas diretas da passagem daquele profeta na região. No entanto, essa tradição é tão antiga que, ao longo dos séculos, foram sendo construídos sobre o monte e à sua volta vários locais de culto e acumulados tesouros da cultura religiosa. O Monte Sinai está incluído no sítio Área de Santa Catarina, Patrimônio Mundial da UNESCO. Fig. 03. Local do Monte Sinai, em vermelho, entre os golfos de Suez (esquerda) e Acaba. 3. Hermon4 : O Monte Hermon foi chamado também de Baal-Hermon (Jz 3.3; 1 Cr 5.23). Seu nome aparece na poesia hebraica (Sl 89.12; 133.3; Ct 4.8). É talvez o "alto monte" de Mt 17.1; Mc 9.2 e Lc 9.28, o monte da transfiguração. O Monte Hermon (em hebraico: transl. Har Hermon, "montanha sagrada"; em língua árabe: transl. Djabal el-Sheikh, "montanha do 3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_sinai e Apostila de Geografia Bíblica do Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão, Brasília, DF. 4 http://geografia-biblica.blogspot.com/2010/02/monte-hermom.html Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 5 O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e Acaba. Nessa região, Deus apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo faraônico. Da sarça ardente, clamou o grande Jeová: "Eu sou o que sou". Em frente a esse monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor entregou a Lei aos filhos de Israel (Ex 19 e Nm 10). Conhecido também como Horebe, o monte Sinai serviu de refúgio a Elias. Nele, o profeta, o ardente profeta de Jeová, pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os exegetas, significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem alguns ser esse nome uma evocação a Sin, deusa da Lua. Nas Sagradas Escrituras, esse monte recebe três diferentes designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus. Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam nos territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao Ocidente, pelo Golfo de Suez. A área da Península do Sinai mede 35.000-. Nessa região, podemos encontrar três zonas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica. Apesar de aridificado, esse território tem os seus encantos particulares. Os montes erguem- se soberanos e altivos. Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se multe coloridas. A vegetação é sobremodo escassa, tornando a sobrevivência humana praticamente impossível. Os oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo, vislumbram-se verdes vales, em virtude da água, que provém da neve de alguns altos picos. Nesses lugares, os anacoretas encontram repouso e silêncio para a sua meditação. O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou toda essa região. Segundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos israelitas.
  • 6. xeque", ou "montanha nevada") é uma montanha localizada na porção terminal sul da cordilheira5 do Antilíbano6 , na fronteira entre Síria e Líbano. Com 2.814 metros de altitude, o seu pico está quase sempre coberto de neve(pode ser avistado de muitas partes da Palestina, Síria, Arábia, Fenício e Mediterrâneo), enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão. É também conhecido pelo nome de Monte Sirion e Monte Senir. Catalisador de correntes quentes e úmidas vindas do Mediterrâneo desta forma realiza o fenômeno de precipitar as mesmas em forma de orvalho em áreas mais próximas e chuvas abundantes em regiões mais distantes. Fig. 04. O Monte Hermon bem acima no mapa. 5 Uma cordilheira é um conjunto de serras dispostas paralelamente. As cordilheiras formam um grande sistema de montanhas reunidas. 6 O Antilíbano é uma cordilheira situada principalmente no Líbano, mas também na Síria e Israel. Ela se estende a leste e paralelamente ao maciço do monte Líbano. O Monte Líbano é a denominação de uma pequena cadeia montanhosa que se estende por todo o Líbano, erguendo-se paralelamente ao Mar Mediterrâneo (de norte a sul do país) por 160 quilômetros. Seu ponto mais alto atinge 3.090 metros de altitude. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 6
  • 7. O Mundo Antigo – Quatro rios importantes da História Bíblica 1. Nilo7 : O rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e deságua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6 852 15 km. É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão. Muitos geógrafos deixaram de considerá-lo como o maior rio do mundo, perdendo o posto para o rio Amazonas, com cerca de 6.992,06 km de extensão. O Burundi ou Burúndi é um pequeno país de África, encravado entre o Ruanda a norte, a Tanzânia a leste e a sul e a República Democrática do Congo a oeste, neste país se encontra a nascente do Rio Nilo. Capital: Bujumbura. É o país mais pobre do continente africano. 2. Tigre8 : O rio Tigre (em árabe, Dijla, em turco: Dicle; na Bíblia Hiddekil) é o mais oriental dos dois grandes rios que delineiam a Mesopotâmia, junto com o Eufrates, que corre desde as montanhas de Anatólia através do Iraque. De fato, o nome "Mesopotâmia" significa terra entre os rios. A Tigre tem 1.900 km de extensão. Nasce nos Montes Taurus da Turquia oriental e corre geralmente para sudeste até unir-se ao rio Eufrates, próximo a Al Qurna no sul do Iraque. Os dois rios formam o canal de Shatt al-Arab, que desemboca no Golfo Pérsico. Neste rio desembocam muitos afluentes, como o Diyala e o Zab. Entre as cidades mais importantes do Tigre encontravam-se Nínive. 3. Eufrates: Rio * Eufrates (nome tradicional, em aramaico Frot/Frat, Persa antigo Ufrat, em árabe, e em turco Fırat) é um dos rios que forma a Mesopotâmia juntamente com o Rio Tigre, onde hoje se encontra o atual Iraque. O rio é formado pela união de dois afluentes: o Kara (Eufrates Ocidental), que nasce nas montanhas orientais da Turquia ao norte de Erzerum e o Murat (Eufrates Oriental), que se origina no lago Van. O rio tem aproximadamente 2.780 km de extensão e sua porção superior escoa por entre canyons e gargantas para o sudoeste através da Síria e depois do Iraque. Os rios Khabur e Balikh, que se origina também na Turquia, se juntam ao rio Eufrates na porção oriental da Síria. Após isso, ao longo de todo o seu curso, o rio Eufrates não recebe mais contribuições de outros corpos d´água. Abaixo de Bassora no Sul do Iraque o rio se une ao rio Tigre para formar o rio Shatt al-Arab, que vai desaguar no Golfo Pérsico. 7 http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo 8 http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_tigre Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 7
  • 8. Fig. 05. Rios Tigre e Eufrates. Fig. 06 A Mesopotâmia. Em vermelho são vários sítios arqueológicos Acima Nínive e abaixo Babilônia. Aproveitar os comentários dos rios Tigre e Eufrates para ver sobre: • O Jardim do Éden existiu num local próximo às nascentes dos rios Tigre e Eufrates(Gênesis 2.10-14). Veja os dois comentários abaixo sobre a localização do Éden9 : (as divisões são 9 1- Luiz Gustavo Assis, formado em Teologia pelo Unasp, atualmente exerce a função de capelão do Colégio Adventista de Esteio, RS) – http://www.arqueologiadabiblia.com/2009/09/alegria-perdida.html. 2- Prof. Paulo Cristiano Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 8
  • 9. minhas) Fig. 07. Possível localização10 do Jardim do Éden? 1. Será que o relato de Gênesis oferece coordenadas geográficas suficientes para identificarmos a localização do jardim do Éden? Acompanhe a leitura do texto de Gênesis 2:9-14: "E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica. E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates." Apesar de o texto ter sido escrito muito tempo depois do evento que está sendo narrado, seu autor, muito provavelmente Moisés, oferece ao leitor as coordenadas geográficas dos seus dias. Se por um lado qualquer aluno de 7ª série é capaz de identificar no mapa a localização dos rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia, por outro, eruditos bíblicos têm gastado anos de pesquisa em busca da localização dos rios Pisom e Giom. (1)A respeito do primeiro rio, a passagem bíblica afirma que ele rodeava a terra de Havilá, onde havia muito ouro. De acordo com Nahum Sarna, respeitado erudito do Antigo Testamento, existem duas possíveis localidades para identificarmos como Havilá: Arábia e Núbia, já que o nome desse país em egípcio antigo (neb) significa ouro. Porém, diversos outros textos bíblicos que mencionam Havilá (Gn 10:7, 29; 25:18; 1Sm 15:7; 1Cr 1:9, 23) sugerem que a localidade ficava na região da Arábia. De acordo com Gordon J. Wenham, autor do comentário de Gênesis da série Word Biblical Commentary, "certamente Arábia era uma fonte de ouro na antiguidade". (2)Quanto ao rio Giom, as Escrituras afirmam que ele rodeava a terra de Cuxe. Ora, algumas passagens bíblicas (Is 20:3, 5; Jr 46:9[1]) sugerem que esse é o antigo nome da Etiópia. (3)Juntando as informações que obtivemos do texto bíblico, podemos supor que o jardim do Éden compreendia uma região desde o rio Tigre na Mesopotâmia indo até a Etiópia, próximo do Egito. É interessante notarmos que quando fez aliança com Abrão, em Gênesis 15, o Senhor prometeu dar a ele e a descendência dele a terra que abrangia desde "o rio do Egito até ao grande rio Eufrates" (v. 18). Seria mera coincidência o fato de Deus oferecer aos descendentes de Abraão a mesma região que anteriormente poderia ter sido o local do jardim do Éden? Creio que não. (4)Há uma interessante lição para cada um de nós a respeito do Éden. A etimologia da palavra "Éden" tem sido alvo de calorosas discussões entre os especialistas em línguas semíticas. A opinião mais aceita até o momento é aquela que defende que Éden é um cognato das línguas semíticas ocidentais tais como o ugarítico, siríaco e o aramaico, cujo significado é "prazer, deleite, alegria". Foi exatamente isso que Deus ofereceu para o ser humano na criação e é exatamente isso que o ser humano perdeu graças ao pecado. Isso foi uma realidade no passado e, infelizmente, é uma realidade em nossos dias. 2. O Jardim do Éden ou Paraíso tem sido considerado por muitos um mito. Por alguns um ideal. E ainda por outros uma figura de linguagem de uma vida de deleite. Também tem sido alvo de muitos estudos teológicos, pois ali está a gênese da humanidade, o nicho do egoísmo, da rebelião e do pecado. Mas, acima de tudo, ali houve a promessa de um Redentor que não apenas restauraria o caminho, mas seria o próprio caminho, a verdade que liberta e a vida tão almejada (Jo 14.6). Logo no início do relato bíblico encontramos detalhadamente informações sobre o Jardim do Éden. A Palavra de Deus nos diz: “E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro dessa terra é bom; ali há obdélio, e a pedra sardônica. E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates” (Gn 2.10-14; grifo do autor). A Palavra de Deus tem-se mostrado verdadeira em todos os níveis, seja no âmbito arqueológico, antropológico ou histórico. Ainda assim, alguns têm perguntado sobre a existência dos primeiros dois rios e sua união fluvial com os outros dois. Pois temos a comprovação da existência dos dois: Tigre e Eufrates, enquanto Pison e Giom não foram encontrados. Podemos ter alguma ideia sobre esses rios pelos nomes que lhes são aplicados. O rio Tigre, provavelmente, tinha outro nome (Hidequel) ou ele era chamado por esse nome somente pelos hebreus. Entre o rio Tigre e o rio Eufrates ficava a região conhecida como Mesopotâmia, palavra que significa “entre rios”. (1)A Bíblia diz que do Éden saía um rio que se dividia em quatro cabeceiras. Isso demonstra que o Jardim deveria compor uma extensão considerável, talvez abrangendo dezenas de quilômetros, não era apenas um “quintal”. Dentro desse habitat, (http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1303&menu=7&submenu=5). 10 http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/eden.jpg. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 9
  • 10. Adão pôde desempenhar sua primeira missão, dar nomes a todos os animais (Gn 2.19). Esse lugar de deleite (Éden) não excluía o trabalho, antes, o trabalho era edificante e trazia seus frutos. É interessante notar que alguns estudiosos têm afirmado que a palavra “éden” teria sua origem do acádico edinu, que significa “campo aberto”. Contudo, o consenso geral é de que a palavra tem sua origem no hebraico eden, isto é “deleite”. Se onde há fumaça pode haver uma clareira, então talvez o reflexo acadiano compartilhe a ideia de um lugar amplo e de verdadeiro deleite. (2)O catedrático Antônio Neves de Mesquita, em sua obra “Povos e Nações do Mundo Antigo”, descreve a possível localização do Éden confirmando a etimologia de seu nome: “A região norte da Mesopotâmia é realmente interessante, tanto na flora, como na fauna e no clima. Em volta da montanha onde o Eufrates tem a sua nascente, há um verdadeiro jardim. Os vales são ricos e produzem abundantemente uvas, tâmaras, morangos, peras, figos e uma infinita variedade de outras frutas. As flores são lindas e de aroma particularmente inebriante. A parte oriental do lago Van é composta de pomares verdejantes e jardins, onde, ao lado da riqueza e abundância, a variedade de plantas odoríferas é de tal modo abundante, que embalsama o ar. O clima da região é um misto de tropical e temperado; o céu é sempre límpido e a brisa, refrescante; nos períodos de calor, torna-se encantadora a região. Se o jardim era como diz a narrativa bíblica, um encanto para o homem, e nós aceitamos o fato sem qualquer dúvida, e se houver um recanto na face da terra onde se possam encontrar vestígios desse encanto, só temos de aceitar a região da alta Mesopotâmia”. [meu adento: uma parte do estudo sobre a mesopotâmia do Sérgio Gleiston, estudante de História e Processos gerenciais - “A vegetação de norte a leste é formada por arbustos perenes; e nas montanhas, florestas de carvalhos, choupas, nogueiras e pinheiros. Produz-se tâmaras, trigo, cevada, linhaça, lentilhas, feijões, arroz, gergelim, milho, vinhas, oliveiras, algodão. A fauna é composta de uma variedade de animais: leopardos, antílopes, chacais, hienas, olbos, tartarugas, cabras, muflões, javalis auroques, gatos selvagens, onagros, abutres, caranguejos, escorpiões, serpentes, leões, touros, ovelhas, patos, gansos, cavalos (introduzidos no segundo milênio) e camelos (introduzido somente no primeiro milênio)” ] (3)A questão levantada aqui diz respeito aos dois rios “perdidos”. Alguns estudiosos procuram aplicar o nome desses dois rios aos distantes do Nilo e Indo. Contudo, somente com muito esforço poderíamos aceitar tais hipóteses. Devemos procurar esclarecimentos no próprio livro de Gênesis. Uma leitura mais precisa do texto nos traz alguns esclarecimentos. Estamos acostumados a nos referir ao Dilúvio como “chuva intensa durante quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7.12). E isso é verdade! Mas, além disso, lemos nas Escrituras: “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7.11,12; grifo do autor). Notemos que houve uma mudança continental. Romperam todas as fontes do grande abismo. Ou romperam todas as fontes do grande oceano. Maremotos, terremotos... Um verdadeiro cataclismo sobreveio à Terra. Toda essa fúria provavelmente cooperou para que houvesse o soterramento de rios e a abertura de outros. Evidentemente, o autor, inspirado, tinha a compreensão da diferença topográfica de seus dias ao fazer sua declaração. Entretanto, ainda assim foi fiel à revelação do Espírito de Deus. (4)Podemos concluir que as seguintes mudanças ocorreram da seguinte forma: Primeiro, o rio principal que alimentava as cabeceiras foi provavelmente dividido em duas cabeceiras independentes. Segundo, provavelmente Pison e Giom tiveram as seguintes interferências: 1. Foram soterrados. 2. Tiveram seu curso fluvial reduzido e perderam seu leito original. 3. A arqueologia poderá ainda trazer mais luz ao assunto, corroborando com a primeira ideia Talvez pudessem mencionar o apóstolo Paulo, que diz: “Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual” (1 Co 15.46). Deus, em sua soberania e providência, não permitiu que o homem tivesse absoluta certeza da localização específica do Jardim, devido às tendências supersticiosas e idólatras. Fazendo isso, enfoca agora o espiritual. Cristo, o segundo Adão, vivificado no espírito (1 Pe 3.18), chama toda a humanidade, por meio do evangelho, ao Caminho que um dia Adão e Eva abandonaram pela desobediência; à Verdade que um dia trocaram pela mentira; e à Vida em comunhão que perderam. Talvez nunca saibamos o lugar exato do Jardim do Éden, contudo, já temos em Cristo o deleite da paz com Deus (Rm 5.1). • O norte da Mesopotâmia é conhecido como Assíria e a sul como Babilônio ou Caldeu. • Ur dos Caldeus. Atual Tal-AL-Muqayyarn o sul do Iraque, é o lugar de origem de Abraão, antes de seu deslocamento com a família para Harã (Gn11, 31). Lugar em que ouviu a Palavra do Senhor que o convidava a deixar a sua terra e a pôr-se a caminho do país que lhe haveria de ser indicado (Gn12, 1-3). Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 10
  • 11. 4. Jordão: Por curiosidade, no Brasil temos um Rio Jordão que banha o estado do Paraná. O rio aqui do estudo é o rio da Terra Santa várias vezes referido nas Escrituras. Para começar11 : Israel é uma terra abundante em vales. Antes da conquista de Canaã, Moisés esclarece ao povo israelita: "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales: da chuva dos céus, beberás as águas" (Dt 11.10 e 11). No Novo Dicionário da Bíblia, explica-nos A.R. Millard: "Na Palestina, onde a chuva cai somente durante certo período do ano, a paisagem é recortada por muitos vales estreitos e leitos de riachos (ou wadis), que só exibem água durante a estação chuvosa (em hebraico, nahal; no árabe, iradi). Frequentemente, pode ser encontrada água subterrânea nesses wadis. durante os meses de estio. (Cf. Gn 26.17,19.) Os rios perenes atravessam vales e planícies mais largos (no hebraico, emeq, biq'ã), ou então cortam gargantas estreitas através da rocha. O vocábulo hebraico 'shephèlâ' denota terreno baixo, especialmente a planície costeira; • Um vale é um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns poucos quilômetros quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros quadrados de área. É tipicamente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou colinas. VALE DO JORDÃO Eis o maior vale de Israel. Começa no sopé do monte Hermom (no Norte) e vai até o mar Morto (no Sul). O território israelita, portanto, é cortado, longitudinalmente, pelo vale do Jordão, cenário de importantíssimos acontecimentos na vida do povo de Deus. Constituindo-se de uma grande fenda geológica, esse portentoso vale, em seu ponto inicial, tem uma largura de 100 metros. Alarga-se, porém, pouco a pouco, nas proximidades do mar da Galiléia, chega a três quilômetros; e, nas imediações do mar Morto, a 15. Depois, no entanto, começa a estreitar-se novamente. Nesse vale, temos a bacia do Jordão onde corre o rio Jordão, onde Jesus foi batizado. O Jordão é, ainda, o mais profundo vale de toda a Terra: encontra-se a 426 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. Netta Kemp de Money fornece-nos mais algumas informações sobre o vale do Jordão: "Seu solo, em parte argiloso e arenoso, interrompe-se por penhascos de greda gris e inumeráveis pedras de forma fantástica, que imprimem àquela paisagem um ar um tanto triste e desolador. Grande parte deste vale, todavia, é de uma fertilidade exuberante e todo suscetível de cultivo. O vale do Jordão não constituía antigamente barreira intransponível, mas dificultava a comunicação e o livre tráfego entre as tribos irmãs em ambos os lados." • Uma bacia12 hidrográfica ou bacia de drenagem13 de um curso de água é o conjunto de terras que fazem a drenagem das precipitações (chuvas) para que esse curso de água e seus afluentes14 . A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. • E foz15 , é a desembocadura, o deságue ou o desague de um curso de água é o local onde um corpo de água fluente, como um rio, deságua ou desemboca em outro corpo de água. Sendo assim, um rio pode ter como foz outro rio, um lago, uma lagoa, um mar, o oceano, etc. A bacia do Jordão é formada pelos seguintes rios: Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque, 11 Geografia Bíblica do Pregador, preletor, articulista, escritor, ministro do Evangelho, Claudionor de Andrade. 12 http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_hidrogr%C3%A1fica 13 O ato de escoar as águas de terrenos encharcados. 14 É o nome dado aos rios e cursos de água menores que desaguam em rios principais. 15 http://pt.wikipedia.org/wiki/Foz Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 11
  • 12. Jaboque e Arnom. Fig.0816 . Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque, Jaboque e Arnom. 16 Geografia Bíblica do Pregador, preletor, articulista, escritor, ministro do Evangelho, Claudionor de Andrade. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 12 O rio Jordão possui três fontes: ▪Banias ▪Dan ▪Hasbani Estas fontes não nascem em território israelense; elas começam a correr no monte Hermom, localizado na Síria. "Jordão", em hebraico, significa declive ou o que desce, por causa de seu vertiginoso curso: do cume do Monte Hermom à mais profunda depressão do planeta - o mar Morto. Apesar da sua importância histórica, o Jordão é um rio pequeno. Tem 252 quilômetros de extensão. Pode-se dividir o curso do Jordão em três trechos para fins de estudo: ►PRIMEIRO TRECHO: a região das nascentes, como explicado mais acima, nos seus pontos mais setentrionais e que vai até o lago de Merom. Depois da junção das quatro nascentes, o Jordão atravessa uma planície pantanosa em uma extensão de 11 quilômetros e entra no lago de Merom. Neste trecho, a sua largura varia muito e a profundidade vai a 3 e 4 metros. ►SEGUNDO TRECHO: o Jordão superior, entre o lago de Meron e o mar da Galiléia, extensão esta de cerca de 20 quilômetros. É quase reto, com um declive de 225 metros, o que forma as suas águas impetuosas e provoca um enorme trabalho de erosão. A força da impetuosidade das águas do Jordão neste trecho é tanta que quase 20 quilômetros mar da Galiléia adentro ainda se percebe a sua correnteza. Neste trecho, o terreno é rochoso, de vegetação média, e a largura do rio varia entre 8 e 15 metros. ►TERCEIRO TRECHO: o Jordão interior, do mar da Galiléia ao mar Morto, com 117 quilômetros em linha reta e cerca de 340 quilômetros pelo leito sinuoso do rio, tendo uma largura que varia entre 25 e 35 metros, e l a 4 metros de profundidade. Este trecho tem um declive de 200 metros, o rio desce precipitadamente, e formam numerosos meandros e cascatas e alargando o vale até 15 quilômetros, como ocorre na altura de Jerico.
  • 13. Fig.0917 . As três fontes do Rio Jordão. Fig. 10. O curso do Rio Jordão. Este vale é limitado por verdadeiras muralhas de rocha calcária, quase em toda sua extensão, fica muito difícil a sua travessia. Até o tempo dos romanos, não tinha pontes sobre o rio Jordão. A sua travessia era feita em lugares de margens mais rasas e águas menos profundas, assim chamados de vaus. Em frente de Jerico, perto da desembocadura do rio Jaboque, e nas proximidades de Sucot, se encontrava em cada um vaus. Nos tempos bíblicos, tinha uma grande floresta às margens do rio Jordão, nesses frondosos bosques havia até leões. Hoje, a região está desnuda e, morta praticamente. Você consegue-se até encontrar tamareiras, palmeiras e tamargueiras nessa aridificada área. Importância histórica: • O rio Jordão aparece pela primeira vez nas Sagradas Escrituras: "E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o Oriente, e apartaram-se um do outro" (Gn 13.10 e 11). Os nossos queridos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó tornaram-se íntimos do Jordão. A água desse rio abriu-se para o povo de Deus conquistar Canaã. O Jordão sempre esteve ligado à história de Israel. Foi em seu leito que: • Naamã viu-se livre da lepra (II Rs 5:1-14 ). 17 Ibidem. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 13
  • 14. • João Batista batizou o Filho de Deus. O Jordão não é um rio vistoso e, do ponto de vista puramente humano, Naamã tinha toda a razão em não querer banhar-se em suas escuras e barrentas águas. Ora, na terra natal desse general, havia riachos cristalinos. Além de ser pouco atraente, nas imediações do Jordão, o seu clima é quente e sufocante. 1. Promessa: O altar que o SENHOR mandou o povo construir de doze pedras tiradas do rio Jordão, quando o povo o atravessou a seco (Deuteronômio 27:4-8). 2. A promessa se cumpre: (vs.5) O povo de Israel atravessou o rio a seco (Josué 3:1-17) 3. Também foi atravessado a seco por Elias (2 Rs 2.8-9) e Eliseu II Rs 2:13-14 . Por intermédio de Eliseu, diz a Bíblia, houve dois milagres no Jordão: • A cura de Naaman por ter mergulhado sete vezes no rio (II Rs 5:1-14) ; e • Fez flutuar um machado (II Reis 6:1-7). 4. Nos Evangelhos, João Batista desenvolveu a sua pregação nas proximidades do Jordão, onde Jesus foi batizado (Mt 3:1-13) e não terá sido longe daí que decorreu o período das suas tentações. Hoje em dia é uma das maiores fontes de água de Israel, porém, veja a notícia a baixo da Discovery News no site: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4412440-EI238,00- Rio+onde+Jesus+teria+sido+batizado+pode+secar+ate.html. Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011 Ambientalistas afirmaram nesta segunda-feira que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja revitalizado. Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês), o famoso rio foi reduzido a um "fio" de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração, poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News. Segundo os ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. "O fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água salina", diz o grupo. O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia, Síria e Cisjordânia. "Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão", diz o diretor da FoEME para Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. "Ninguém pode dizer que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa fama", diz. A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde se acredita que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumas se banhar ali, apesar da alta poluição do local. A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e palestinas que vivem ao longo do rio - cerca de 340 mil pessoas - jogam esgoto não tratado em suas águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio - como planejado por Israel - pode ser ainda pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.O rio Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. "Um novo estudo que nos patrocinamos revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do desvio quase total de água fresca", diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia. Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 14
  • 15. de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está secando”. O Rio de Jordão é um divisor geográfico: • 1a A Transjordânia (hoje é a Jordânia) • 2a O vale do Jordão • 3a As montanhas da Cisjordânia, a Palestina propriamente dita. • 4a A zona costeira. Fig.11. O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia(hoje Jordânia). Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 15
  • 16. Jordânia Como divisor, vamos aproveitar para conhecer a Terra Santa, de hoje para os tempos bíblicos. A História de Israel18 Esta Terra Santa é a região mais visada pelas superpotências. Bem no centro do globo, constitui-se em um ponto mais estratégico do mundo. Em todas as épocas serviu de palco para as mais sangrentas batalhas. A Terra Santa é, politicamente, um barril de pólvora, tanto nos tempos bíblicos, como hoje em dia. Israel é o mais nevrálgico tópico da história. A geografia política da Terra Santa passou por inúmeras alterações. Veja que, atualmente, não obstante os seus 40 anos de existência, teve os seus limites diversas vezes alterados em consequência da agressividade dos países árabes. Israel Hoje Dados: Israel ocupa uma área de 20.700 km². Capital: Jerusalém. • O tamanho do país pode ser comparado, em área (km²), com o estado de Sergipe no Brasil ou um pouco menos do que a região do Alentejo em Portugal, contudo, a distância, em linha reta, entre a extremidade norte e sul do país é a mesma entre Viseu e Portimão (Portugal). • A norte de Israel nasce o Rio Jordão, importante rio para a região, que cruza o país de norte a sul e que serve de fronteira com a Jordânia, alimentando o Mar da Galileia e desaguando no Mar Morto numa zona de depressão 400 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo. • O formato meridional e litorâneo fornece ao país um microclima bem diversificado, florísticas e geológicas. • É possível esquiar no norte do país e ir a uma praia quente no sul em poucas horas. 18 http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Israel, http://www.airtonjo.com/historia14.htm, http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente, http://pt.wikipedia.org/wiki/Palestina, http://pt.wikipedia.org/wiki/Cisjord%C3%A2nia Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 16
  • 17. Fig. 12. Israel Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 17 Continente: Ásia. Região: Ásia Ocidental. Fronteiras: Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Há seis principais distritos administrativos de Israel, conhecido em hebraico como mehozot (singular: mahoz) e quinze subdistritos conhecido como nafot (singular: ANPA). Cada subdistrito é subdividido em regiões naturais, que são 50. O subdistrito Golã, que contém 4 regiões naturais, está incluído neste valor, embora não seja reconhecido pela ONU como parte do território israelita. As regiões da Judéia e Samaria (Cisjordânia), no entanto, não estão incluídas, uma vez que Israel não tenha aplicado integralmente a sua jurisdição lá.
  • 18. Fig.13. Israel Hoje. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 18
  • 19. Distritos de Israel (Hoje) Fig 14. Os Distritos de Israel. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 19 1. Jerusalém (Mehoz Yerushalayim) Capital: Jerusalém. População: 868.500 2. Distrito Norte (Mehoz HaTzafon) Capital: Nazaré. População: 1.202.600 Subdistritos: Safed, Kinneret, Yizre'el, Acre, Colinas de Golã. 3. Haifa (Mehoz Hefa) Capital: Haifa. População: 865.200 Subdistritos: Haifa, Hadera. 4. Distrito Central (Mehoz HaMerkaz) Capital: Ramla. População: 1.689.600 Sub distritos: Sharon, Petah Tiqwa, Ramla, Rehovot. 5. Distrito de Tel Aviv (Mehoz Tel-Aviv) Capital: Tel Aviv. População: 1.204.400 6. Distrito Sul (Mehoz HaDarom) Capital: Berseba. População: 1.201.200 Subdistritos: Ascalon, Berseba. Observações: -West Bank: (A Cisjordânia ou Margem Ocidental) é o nome dado para a localização da costa oeste do Rio Jordão. É um território palestino, entretanto, é dominado pela milícia israelita desde fim da Guerra dos Seis Dias em 1967. O local é parcialmente administrado pelo governo de Israel e pelas autoridades palestinas, de forma que seus habitantes se dividem entre essas duas etnias. Todavia, a maioria corresponde a palestinos. O conflito Israel-palestiniano ou conflito israelo- palestiniano é a designação dada à luta armada entre israelenses e palestinos, sendo parte de um contexto maior, o conflito árabe-israelense. As raízes remotas do conflito remontam aos fins do século XIX quando colonos judeus começaram a migrar para a região. Sendo os judeus um dos povos do mundo que não tinham um Estado próprio, tendo sempre sofrido por isso várias perseguições, foram movidos pelo projeto do sionismo - cujo objetivo era refundar na Palestina um estado judeu. Entretanto, a Palestina já era habitada há séculos por uma maioria árabe.
  • 20. Fig. 15. West Bank e Faixa de Gaza. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 20 Os Territórios Palestinianos são formados por três regiões não contíguas, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, cujo estatuto final ainda está por determinar. Observação: - Bethlehem = Belém.
  • 21. Fig.16. Mapa de Jerusalém Oriental. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 21
  • 22. Israel Nos Tempos de Jesus NO SÉCULO I19 O Filho de Deus se fez homem, não em geral, fez-se homem particular, judeu, galileu, num determinado momento da história do mundo. Logo, Ele foi marcado pela geografia e pela história do seu país, por sua cultura, sujeito às leis econômicas; experimentou os conflitos políticos (A palestina, nessa época, fazia parte do império romano); e partilhou das esperanças do seu povo. A terra pertence a Deus: esse é um dogma essencial da fé de Israel. Deus lhe deu o país de Canaã — que se chama Palestina ou País dos filisteus desde a época helenística20 . Israel vai, pois, valorizar esta terra da Palestina no séc. I da nossa era neste. As diversas festas e a instituição religiosa lhe recordarão que é Deus quem permanece seu dono. Aspecto Geográfico • O país tem a forma dum trapézio, cujas bases medem 50 e 100 quilômetros, para uma altura de 220 quilômetros. • O Mediterrâneo o limita a oeste e o vale do Jordão, muito apertado, a leste; • Esse rio, cujo nome significa sem dúvida o descente, tem suas fontes nas faldas do Hermon; • No lago Hulé, está a 68m acima do nível do mar, • Uns quinze quilômetros abaixo, no lago de Tiberíades, • Já está a 212 abaixo do nível do mar e se lança no mar Morto a 392m abaixo do nível do mar. • Entre o Mediterrâneo e o Jordão, uma cadeia de montanhas forma a espinha dorsal do país: • Com 600 m de altitude em média, ela tem seus pontos mais altos na Alta Galiléia e em Hebron (1000 m) e apresenta uma depressão na fértil planície de Jezrael, a Meguido do AT (50 m). • A leste do Jordão sobe-se mui rapidamente para o planalto da Transjordânia (a Peréia), que se eleva entre 900 e 1200 m: • a diferença de nível entre o Jordão e esse planalto é comparável à que existe entre o Dedo de Deus (1320 m) e a cidade do Rio de Janeiro! O relevo, muito acidentado, é fator decisivo no regime das chuvas: • a Galiléia, encostada aos 2.800 m do Monte Hermon, recebe tanta água quanto as cidades mais úmidas da Mantiqueira: 1.000 mm • A planície do Saron (abaixo do Carmelo), a região montanhosa da Palestina central e a Transjordânia são também tão regadas como a região do ABC paulista. • Ao contrário, a depressão do Jordão não recebe praticamente nada, tanto assim que na metade do seu comprimento ela é desértica, exceto alguns oásis como Jericó e os espessos bosques dos meandros do rio. 19 Livro “A Palestina No Tempo de Jesus” de CHRISTIANE SAULNIER, E BERNARD ROLLAND. 20 Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. , e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo) Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 22
  • 23. • As chuvas caem praticamente todas entre novembro e março, e em pequena quantidade em outubro e abril. O verão é totalmente seco. O relevo faz com que essa água escorra imediatamente, quase sem penetrar no solo, bem pobre em argila, não conseguindo conservá-la. Os produtos naturais do país são, portanto árvores de folhagem persistente que crescem, sobretudo no inverno, ou plantas da estepe que secam no verão. Mas o trabalho humano e a irrigação podem mudar muitas coisas neste país de clima relativamente temperado; no tempo de Jesus, conseguiu-se aclimatar espécies normalmente incompatíveis: a maçã que gosta de clima fresco e a palmeira que exige o calor! Fig.17. Mapa Físico da Palestina séc. I Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 23
  • 24. Fig.18. Topografia da Terra Santa21 . 21 http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/14 Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 24
  • 25. No próximo mapa observe estas convenções22 : i. Um ponto vermelho representa uma cidade. Um traço feito a partir desse ponto indicará o nome da cidade ou local. ii. Um pequeno triângulo preto representa uma montanha. iii. Esse tipo de letra é utilizado para indicar nomes geográficos, como: oceanos, mares, etc. iv. Esse tipo de letra é utilizado em todas as cidades. v. Esse tipo de letra é utilizado para indicar divisões políticas menores, tais como regiões, povos e tribos. vi. Esse tipo de letra é usado para divisões políticas mais amplas como nações, países e continentes. 22 http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/contents Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 25 Fig.19. Mapa da Palestina no tempo de Jesus. (siglo = século; Bajo el = sob o)
  • 26. Fig.20. A Terra Santa na Época do Novo Testamento23 . Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 26
  • 27. A Terra Santa na Época do Novo Testamento24 1. Tiro e Sidom: Jesus comparou Corazim e Betsaida a Tiro e Sidom (Mt. 11:20–22). Ele curou a filha de uma mulher cananéia (Mt. 15:21–28). 2. Monte da Transfiguração: Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João (Mt. 17:1–13). (Alguns acreditam que o Monte da Transfiguração seja o Monte Hermom; outros creem que seja o Monte Tabor.) 3. Cesaréia de Filipe: Pedro testificou que Jesus é o Cristo e foi-lhe prometido que receberia as chaves do reino (Mt. 16:13–20). Jesus predisse sua própria morte e Ressurreição (Mt. 16:21–28). 4. Região da Galiléia: Jesus passou a maior parte de sua vida e ministério na Galiléia (Mt. 4:23–25). Nessa região, Ele pregou o Sermão da Montanha25 (Mt. 5–7); curou um leproso (Mt. 8:1–4); e escolheu, ordenou e enviou os Doze Apóstolos a pregar, sendo que aparentemente apenas Judas Iscariotes26 não era originário da Galiléia (Mc. 3:13–19). Na Galiléia, o Cristo ressuscitado apareceu aos Apóstolos (Mt. 28:16–20). 5. Mar da Galiléia, posteriormente chamado de Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré. Jesus entrou no barco de Pedro para ensinar (Lc. 5:1–3) e chamou Pedro, André, Tiago e João para que se tornassem pescadores de homens (Mt. 4:18–22; Lc. 5:1–11). Ele também acalmou a tempestade27 (Lc. 8:22–25), ensinou parábolas de um barco (Mt. 13), andou sobre o mar (Mt. 14:22–32), e apareceu aos discípulos após Sua ressurreição (João 21). 6. Betsaida: Pedro, André e Filipe nasceram em Betsaida (João 1:44). Jesus retirou-se com os Apóstolos para perto de Betsaida. As multidões seguiram-no e Ele alimentou os 5.000 (Lc. 9:10–17; João 6:1–14). Jesus curou um cego nessa cidade (Mc. 8:22–26). 7. Cafarnaum: Era a casa de Pedro (Mt. 8:14). Em Cafarnaum, que Mateus dizia ser a “cidade de Jesus”, este curou um paralítico (Mt. 9:1–7; Mc. 2:1–12), curou o servo de um centurião, curou a mãe da esposa de Pedro (Mt. 8:5–15), chamou Mateus como um de seus Apóstolos (Mt. 9:9), curou cegos, expulsou um demônio (Mt. 9:27– 33), curou a mão mirrada de um homem no sábado (Mt. 12:9–13), pregou o sermão do pão da vida (João 6:22–65) e concordou em pagar impostos, dizendo a Pedro que tirasse o dinheiro da boca de um peixe (Mt. 17:24–27). 23 http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/11 24 Ibidem. 25 Possivelmente em Cafarnaum: Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mateus 8:5-17; Marcos 1:21-28; Marcos 2:1-13; João 4:46-54; etc.) e aí ensinou frequentemente (cf. João 6:24-71; Marcos 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o seu quartel- general e foi chamada a sua cidade, pelo fato de aí ter fixado residência (Mateus 9:1; cf. Marcos 2:1). Contudo, apesar do real impacto do seu ministério entre o povo, este acabará por se afastar; por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mateus 11:23-24; Lucas 10:15). (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafarnaum). "Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia; e deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira do lago, nos confins de Zebulom e Naftali." (Mt 4, 12-13) Cafarnaum é a cidade onde Jesus residia. Passou praticamente a sua vida toda. Com certeza aqui foi o lugar onde Jesus fez mais milagres. O sítio da antiga aldeia de pescadores Cafarnaum ( em hebraico Kfar Nachum , a Aldeia de Naum) situa-se na costa noroeste do Lago Kineret (o Mar da Galiléia), 2,5 km a nordeste de Tagba e a uns 15 km ao norte de Tiberíades. O vilarejo é mencionado pela primeira vez no Novo Testamento, onde figura de forma proeminente nas narrativas do Evangelho, como o lugar onde Jesus viveu durante grande parte de seu ministério na Galiléia. Foi aqui, segundo o Novo Testamento, que ele "curou muitos que estavam doentes", e também "expeliu os espíritos" dos endemoninhados. Vários dos Apóstolos - Simão (chamado Pedro) e seu irmão André; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João - viviam na aldeia, além de Mateus (Levi, filho de Alfeu), que era coletor de impostos no local. Há evidência arqueológica de que a aldeia foi estabelecida no início da Dinastia dos Hasmoneus (as moedas mais antigas encontradas no local datam do século II a.E.C.). O vilarejo, próximo à fronteira da província da Galiléia, situava-se num caminho transversal da rota comercial Via Maris. Na época narrada no Evangelho, havia em Cafarnaum um posto alfandegário e uma pequena guarnição romana comandada por um centurião. (http://rdpviagens.com/lugares/terra_santa1/terra_santa_cont_03.htm) A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como "Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta- vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus. (http://www.vivos.com.br/124.htm) 26 A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa "homem de Queriote". Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos. (http://www.vivos.com.br/124.htm) Queriote - cidades. (Hebraico: Kriyot): Uma cidade no sul da Judéia. Judas Iscariotes provavelmente foi um nativo deste lugar e por isso seu nome Iscariotes. Ela foi identificada com as ruínas de el-Kureitein, em torno de 16,1 quilômetros do sul de Hebrom.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Queriote) 27 De maio a outubro ventos forte sopram frequentemente por entre os montes e pelos vales, causando tempestades extremamente violentos, de uma hora para outra. Em torno do mar da Galiléia – ou Tiberíades (João 6:1) – havia uma indústria pesqueira bem- sucedida. (The MacArthur Study Bible, de John MacArthur).(http://www.narrativas.callistek.com/?mod=page&page_p=34) Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 27
  • 28. 8. Magadã28 (Gr. Magadan e Magdala) Era onde Maria Madalena29 morava (Mc. 16:9). Jesus foi a esse lugar depois de alimentar os 4.000 (Mt. 15:32–39), e os fariseus e saduceus pediram que Ele lhes mostrasse um sinal do céu (Mt. 16:1–4). 9. Caná: Jesus transformou a água em vinho (João 2:1–11) e curou o filho de um nobre que estava em Cafarnaum (João 4:46–54). Caná foi também o lar de Natanael (João 21:2). 10. Nazaré: As anunciações feitas a Maria e a José ocorreram em Nazaré (Mt. 1:18–25; Lc. 1:26–38; 2:4–5). Depois de voltar do Egito, Jesus passou sua infância e juventude nessa cidade (Mt. 2:19–23; Lc. 2:51–52), anunciou que Ele era o Messias e foi rejeitado pelos seus (Lc. 4:14–32). 11. Jericó: (Descrita no Velho Testamento como a "Cidade das Palmeiras". Ela é conhecida na Tradição judaico cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué) Jesus deu a visão a um cego (Lc. 18:35–43). Ele também jantou com Zaqueu “um chefe dos publicanos” (Lc. 19:1–10). 12. Betânia30 : (Betabara) João Batista testificou que ele era “a voz do que [clamava] no deserto” (João 1:19–28). João batizou Jesus no Rio Jordão e testificou que Jesus é o Cordeiro de Deus (João 1:28–34). 13. Deserto da Judéia31 : João Batista pregou nesse deserto (Mt. 3:1–4), onde Jesus jejuou durante 40 dias e foi tentado (Mt. 4:1–11). 14. Emaús32 : O Cristo ressurreto caminhou pela estrada para Emaús com dois de seus discípulos (Lc. 24:13–32). 15. Betfagé: Dois discípulos trouxeram uma jumenta com a qual Ele começou sua entrada triunfal em Jerusalém 28 Magdala ("torre") foi uma pequena aldeia, aparentemente situada na Galileia, visto que parece ter sido o local de nascimento de Maria Madalena, chamada a Madalena, ou "Maria de Magdala". O nome que aparece na Versão Revista de Mateus 15:39 para Magdala é Magadan. É provavelmente outro nome para o mesmo lugar, ou então era outra aldeia tão próxima que a costa a que Jesus acostou poderia ter pertencido a qualquer uma das duas terras. O Talmude menciona dois lugares com o nome de Magdala. Um deles situava-se no leste, no Yarmuk perto de Gadara (na Jadar da Idade Média, hoje Mukes), recebendo assim o nome de Magdala Gadar. Existia outra Magdala, mais conhecida, perto de Tiberíades, Magdala Nunayya ("Magdala dos Peixes"), o que a colocaria na costa do lago. Josephus menciona uma cidade galileia destruída pelos romanos na Guerra Judaica (III, x) com o nome grego de Taricheæ (Josephus não fornece o nome hebraico), rica devido às suas prósperas pescarias. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Magdala) (Tiberíades: Está situada às margens do Mar da Galiléia, o qual é conhecido também por Mar ou Lago de Tiberíades (em hebraico ‫,כנרת‬ Kinneret). Foi denominado em honra ao imperador romano Tibério) (O Talmude (em hebraico: ‫ו,ד‬ּ‫ד‬‫לומ‬ְ‫ּומ‬‫ת‬ַּ‫ד‬ , transl. Talmud) é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em importância apenas para a Bíblia hebraica) 29 Era um domingo pela manhã, era o domingo da ressurreição do Senhor Jesus, no Evangelho de São Marcos no cap.16 e no verso 2 diz: E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. Podemos ver neste texto o destaque dessa mulher, Maria Madalena, que acompanhou desde a crucificação até a ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Jesus havia libertado Maria Madalena de sete demônios. Lc. 8.2- E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios. Maria Madalena, recebeu esse nome por ser natural de Magdala, uma cidade situada no litoral do mar da Galiléia. Maria Madalena era uma discípula fiel de Jesus, pois recebeu de Jesus uma grande libertação. Pois a quem mais perdoou, mais amor tem para com Jesus. Depois da sua libertação e conversão, Maria Madalena passou a servir a Jesus em seu Ministério com os seus bens. Juntamente com outras mulheres que davam sustentação ao Ministério de Jesus. 30 Betânia do Além Jordão era uma antiga cidade da Judéia/Samaria, na margem oriental do Rio Jordão, fora da Terra Santa. Foi nas Localidades dessa antiga cidade que Jesus foi batizado por João Batista. Não deve ser confundida com Betânia, cidade próxima a Jerusalém. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Betânia_do_Além_Jordão) 31 Eventos importantes: O Deserto da Judéia foi um importante refúgio em muitas ocasiões da história antiga. Davi escondeu-se do Rei Saul (I Sam. 26:1–3). Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites (Mt. 4:1–11; Mc. 1:12–13). Jesus utilizou a rota de Jerusalém a Jericó que atravessava o Deserto da Judéia como o cenário para a parábola do bom samaritano porque viajantes solitários eram presas fácil naquela área (Lc. 10:25–37). O Deserto da Judeia faz fronteira com as Montanhas da Judeia no oeste e com o Mar Morto no leste. Ele é considerado um deserto relativamente pequeno, passando por somente 1500 quilômetros quadrados, mas ele contém muitas reservas naturais fascinantes, sítios históricos, monastérios e panoramas fascinantes que o tornam um lugar excitante e especial para se visitar. O Deserto da Judeia está perto de Jerusalém e é relativamente pouco habitado. Os poucos assentamentos que existem lá foram estabelecidos em seu perímetro. O deserto é conhecido pela sua paisagem dura, que forneceu refúgio e um esconderijo para rebeldes e zelotes através da história, além de solidão e isolamento para monges e eremitas. Durante os dias do macabeus (cerca de 2000 anos atrás), grandes fortalezas foram estabelecidas no deserto, como Massada e Horkenya . Durante o período da grande rebelião judaica contra Roma, a última batalha dos zelotes judeus foi disputada em Massada, e durante o período do Segundo Templo os membros deste grupo viveram ali. Há várias décadas atrás os Pergaminhos do Mar Morto foram descobertos escondidos numa caverna em Qumran, e estes ensinaram muito sobre a Bíblia e o período durante o qual foram escritos Desertos devido a barreiras ao ar úmido: Desertos deste tipo se formam devido a grandes barreiras montanhosas que impedem à chegada de nuvens úmidas nas áreas a sota-vento (ou seja, áreas protegidas do vento). Na medida em que o ar sobe a montanha, a água se precipita e o ar perde seu conteúdo úmido. Assim, um deserto se forma do lado oposto. O deserto da Judéia em Israel e Palestina é um exemplo, assim como o deserto do Vale da Morte, nos EUA, que é formado pelos ventos Chinook que formam uma zona de sombra de chuva no local (http://www.ufrgs.br/museudetopografia/Artigos/Os_Desertos.pdf) 32 ...distante de Jerusalém sessenta estádios: O stadiwn, stadion, era a oitava parte da milha romana, tendo a equivalência de cerca de 125 passos ou 185 m. Era uma medida grega. A aldeia de Emaús distava de Jerusalém 60 estádios (stadious exhkonta), ou mais de 10 km (ou + ou - 12 km) - (a 11 km = 2,5 horas de caminhada firme). Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 28
  • 29. (Mt. 21:1–11). 16. Betânia33 : Era o lar de Maria, Marta e Lázaro (João 11:1). Maria ouviu as palavras de Jesus e Jesus falou a Marta e respeito de se escolher a “boa parte” (Lc. 10:38–42); Jesus levantou Lázaro dos mortos (João 11:1–44); e Maria ungiu os pés de Jesus (Mt. 26:6–13; João 12:1–8). Estando próximos de Jerusalém, perto de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos Seus discípulos. (Mc.11.1). Ora Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios[ou 1875 passos percorridos em cerca de 45 minutos, alcançando algo como 3 km] (Jo.11.18). Chegaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e, depois de ter examinado tudo quanto O rodeava, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. (Mc.11.11). Depois afastou-se deles saiu da cidade e foi para Betânia, onde pernoitou.(Mt.21.17). Depois, levou-os até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao Céu.(Lc.24.50). 17. Belém: (em hebraico: ‫בית‬‫לחם‬ , transl. Beit Lehem, lit. "Casa do Pão") Jesus nasceu e foi colocado em uma manjedoura (Lc. 2:1–7); anjos anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc. 2:8–20); homens sábios foram guiados por uma estrela até Jesus (Mt. 2:1–12); e Herodes matou os meninos (Mt. 2:16–18). Obras Consultadas 33 Seu nome vem do grego Béthania, que por sua vez se origina da expressão hebraica bét nîyyah contração de bét nanîyah ("casa de Ananias"). Betânia ou Bethânia era originalmente uma aldeia em Israel antiga, localizada bem próximo (certa de 6 km)de Jerusalém e do Monte das Oliveiras. É mencionada diversas vezes (doze, mais exatamente) na Bíblia, como tendo sido visitada por Jesus Cristo. Deu origem a nomes de diversas localidades em todo o mundo, de acordo com as variantes em cada idioma, por exemplo, Bethany em inglês. Originou igualmente o nome feminino Betânia, pois era onde morava a irmã de Lázaro, Maria de Betânia. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 29
  • 30. Ilúmina Gold – A Bíblia do Século XXI A vida diária nos tempos de Jesus - Henri Daniel - Rops Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Enciclopédia Barsa Eletrônica Geografia Histórica da Bíblia - Netta Kenp de Monney História Geral - Souto Maior História Geral – Renato Azevedo e J.S. Tiné História de Israel - Samuel Shultz Novo Dicionário da Bíblia - Edições Vida Nova O Mundo do Novo Testamento - Dana Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer Viagem à Terra Santa – Pastor N. Lawrence Olson Vida Terrena de Jesus – Armando Chaves Cohen Geografia Bíblica – Osvaldo Ronis Geografia Bíblica - Claudionor de Andrade “A Palestina No Tempo de Jesus” de Christiane Saulnier, e Bernard Rolland. Pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto 30