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Bruno Alencar
Venelouis Tyago
LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA
• A câmera na verdade se chamava
cinematógrafo, equipamento inventado
pelos irmãos Lumière. Era uma caixa de
madeira muito reforçada e que precisava
de um operador girando a manivela o
tempo todo. Por conta disso, era
melhor deixar a câmera no tripé,
numa altura em que o operador
pudesse fazer esse trabalho contínuo
de maneira mais cômoda.
• Nada de posições muito estranhas ou
muito diferentes. O máximo que podia
acontecer era um pequeno
movimento de câmera chamado
panorâmica, em que a câmera fazia
um leve giro sem sair do tripé.
HISTÓRIA
George Méliès. O ilusionista francês tinha
interesse em pesquisar novas técnicas e
brincar com o público da mesma maneira
que numa apresentação de um número de
mágica. Alguns truques eram bem
simples, como ligar e desligar a câmera
pedindo para os atores saírem do cenário
nesse meio tempo.
O espectador ficava com a impressão de
que as pessoas tinham desaparecido.
Contudo, Méliès chegou a descobertas
mais sofisticadas. Naquele tempo, se
usavam rolos de filmes químicos, que eram
expostos uma vez e mandados para
revelação. Um dia, Méliès usou duas vezes o
mesmo filme, com a câmera fixa, mas os
atores em posições diferentes. Quando foi
ver o resultado, foi aquela surpresa: o
mesmo ator parecia duas vezes na
filmagem, como se tivesse um irmão
gêmeo.
GEORGE MÉLIÈS
Griffith considerado o pai da gramática
cinematográfica. Griffith foi uma figura
chave no estabelecimento de um conjunto de
códigos que se tornou a coluna dorsal da
linguagem cinematográfica.
Ele foi particularmente influente ao
popularizar a montagem paralela — o uso da
montagem para alternar diferentes eventos
que ocorrem simultaneamente para construir
o suspense.
Dito isso, ele ainda usava muitos elementos
da maneira "primitiva" de fazer cinema, que
existiu antes do sistema clássico de
hollywood de continuidade, como atuação
frontal, gestos exagerados, movimentos de
câmera mínimos, e a ausência de câmera
subjetiva. Alguns dizem, inclusive, que ele
"inventou" o plano detalhe.
DAVID LLEWELYN WARK
GRIFFITH
O enquadramento depende de três elementos:
o plano, a altura do ângulo e o lado do ângulo.
ENQUADRAMENTOS:
PLANOS E ÂNGULOS
A câmera está distante do objeto, de modo que ele ocupa uma parte pequena
do cenário. É um plano de AMBIENTAÇÃO.
PLANO ABERTO (“LONG SHOT”)
A câmera está a uma distância média do objeto, de modo que ele ocupa uma parte
considerável do ambiente, mas ainda tem espaço à sua volta. É um plano de
POSICIONAMENTO e MOVIMENTAÇÃO.
PLANO MÉDIO (“MEDIUM SHOT”)
A personagem fica engajado em tela de cabeça a pés. Se diferença do PC (Plano
Conjunto) em que no PE (Plano Expressivo) só há uma pessoa e no outro várias.
Neste tipo de plano interessa-nos sobretudo a ação. Tem um valor narrativo, mas
começa a potenciar-se o valor dramático.
PLANO INTEIRO
A câmera está bem próxima do objeto, de modo que ele ocupa quase todo o
cenário, sem deixar grandes espaços à sua volta. É um plano de
INTIMIDADE e EXPRESSÃO.
PLANO FECHADO (“CLOSE-UP)
Com um ângulo visual bem aberto, a câmera revela o cenário à sua frente. A figura
humana ocupa espaço muito reduzido na tela. Plano para exteriores ou interiores
de grandes proporções. Também chamado, na intimidade, de “Geralzão”
PLANO GERAL (PG)
GRANDE PLANO GERAL
(“BIG LONG SHOT” OU “EXTREME LONG SHOT”)
Este é um dos tipos de “Take de Localização”. Com esta imagem criamos uma
ambientação e designamos uma localização para a sequencia de imagem que a seguirá.
Com um ângulo visual aberto, a câmera revela uma parte significativa do
cenário à sua frente. A figura humana ocupa um espaço relativamente maior
na tela. É possível reconhecer os rostos das pessoas mais próximas à câmera.
PLANO DE CONJUNTO (PC)
A figura humana é enquadrada do joelho para cima.
PLANO AMERICANO (PA)
A figura humana é enquadrada da cintura para cima.
MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP)
A figura humana é enquadrada do peito para cima. Também chamado de
“CLOSE-UP, ou “CLOSE”.
PRIMEIRO PLANO (PP)
A figura humana é enquadrada dos ombros para cima. Também chamado de
“BIG CLOSE-UP” ou “BIG-CLOSE”.
PRIMEIRÍSSIMO PLANO (PPP)
A câmera enquadra uma parte do rosto ou do corpo (um olho, uma mão, um pé, etc.).
Também usado para objetos pequenos, como uma caneta sobre a mesa, um copo, uma
caixa de fósforos, etc.
PLANO DETALHE (PD)
ÂNGULO NORMAL – quando ela está no nível dos olhos da pessoa que está
sendo filmada.
EM RELAÇÃO À ALTURA DO ÂNGULO,
SÃO TRÊS POSIÇÕES FUNDAMENTAIS:
Quando a câmera está acima do nível dos olhos, voltada para baixo.
Também chamada de “câmera alta”.
PLONGÉE (PALAVRA FRANCESA
QUE SIGNIFICA “MERGULHO”)
Quando a câmera está abaixo do nível dos olhos, voltada para cima.
Também chamada de “câmera baixa”.
CONTRA-PLONGÉE
(COM O SENTIDO DE “CONTRA-MERGULHO”)
FRONTAL – a câmera está em linha reta com o nariz da pessoa filmada.
EM RELAÇÃO AO LADO DO ÂNGULO, SÃO
QUATRO POSIÇÕES FUNDAMENTAIS:
A câmera forma um ângulo de aproximadamente 45 graus com o nariz da
pessoa filmada. Essa posição pode ser realizada com muitas variantes.
3/4
A câmera forma um ângulo de aproximadamente 90 graus com o nariz da
pessoa filmada. O perfil pode ser feito à esquerda ou à direita.
PERFIL
A câmera está em linha reta com a nuca da pessoa filmada. É um dos ângulos
preferidos do cineasta Gus Van Sant, usado até à exaustão em “Elefante” (2003).
DE NUCA
Meio primeiro plano, contra-plongée, 3/4
A COMBINAÇÃO DO:
PLANO,
DA ALTURA DO ÂNGULO
E
DO LADO DO ÂNGULO
DETERMINARÁ O SEU ENQUADRAMENTO.
Meio primeiro plano, plongée, perfil
Primeiro plano, contra-plongée, 3/4
• Em cinema, e no audiovisual em geral, adotou-se um conceito de "cena"
derivado do teatral, mas centrado na continuidade espaço-temporal.
• Segundo o "Dicionário de Cinema" de Jean Mitry, por exemplo, cena é:
"o conjunto de planos situados num mesmo local ou num mesmo
cenário, e que se desenrolam dentro de um tempo determinado".
Portanto, em cinema, uma cena é um trecho de filme com unidade de
tempo e de espaço.
• Ou, na definição de Jacques Aumont:
"um segmento que mostra uma ação unitária e totalmente contínua,
sem elipse nem salto de um plano ao outro" .
• Cena: é uma unidade de tempo e de espaço em que se desenrola uma parte
do filme. É menor que a sequência. Ao contrário do que ocorre nesta, não
há elipses (v. sequência) dentro de uma cena.
CENA
• Sequência: é um conjunto de planos e cenas que formam uma única e coerente unidade
de ação dramática 1 . Muitos autores comparam a sequência de um filme narrativo com
o capítulo de um romance, já que ambos, sequência e capítulo, possuem ações independentes
completas, com inícios, meios e fins aparentes, e ambos concluem com uma espécie de clímax
dramático.
• Muitas sequências são unificadas também por se passarem em um único local ou em espaços
contíguos, e ainda por uma continuidade cronológica. É o caso de sequências de perseguição em
um western ou filme de aventuras, ou mesmo de uma sequência romântica em que um casal de
personagens se encontra, se envolve e termina por fazer amor. Mas, em geral, uma sequência
não precisa ter uma única locação, e sua cronologia pode ser ambígua, desde que se mantenha a
unidade dramática. É o que acontece em sequências de montagem paralela, como a sequência
do batizado e dos assassinatos em O Poderoso chefão (1971).
• Diferentemente da cena, que é um trecho de filme caracterizado pela unidade de espaço e
tempo, a sequência é "um momento facilmente isolável da história contada por um filme: uma
série de acontecimentos cujo conjunto é fortemente unitário" 2
• Um filme convencional é formado por algumas poucas sequências, cada uma compreendendo
uma etapa mais ou menos separada das outras pelos acontecimentos que desenvolve.
• Dentro de uma sequência, pode haver lacunas de tempo, isto é, eventos que se supõe ocorrer,
embora não sejam mostrados na tela. A isso, dá-se o nome de elipse.
SEQUÊNCIA
• Tomada: é cada captura feita de uma determinada parte do filme, com o
objetivo de se chegar àquela mais perfeita.
• A mesma parte pode ser encenada e registrada repetidas vezes, para que
seja possível selecionar a melhor, a que será, enfim, utilizada na versão que
vai às telas.
TOMADA
OBRIGADO
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ATENÇÃO!

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Linguagem cinematográfica

  • 2. • A câmera na verdade se chamava cinematógrafo, equipamento inventado pelos irmãos Lumière. Era uma caixa de madeira muito reforçada e que precisava de um operador girando a manivela o tempo todo. Por conta disso, era melhor deixar a câmera no tripé, numa altura em que o operador pudesse fazer esse trabalho contínuo de maneira mais cômoda. • Nada de posições muito estranhas ou muito diferentes. O máximo que podia acontecer era um pequeno movimento de câmera chamado panorâmica, em que a câmera fazia um leve giro sem sair do tripé. HISTÓRIA
  • 3. George Méliès. O ilusionista francês tinha interesse em pesquisar novas técnicas e brincar com o público da mesma maneira que numa apresentação de um número de mágica. Alguns truques eram bem simples, como ligar e desligar a câmera pedindo para os atores saírem do cenário nesse meio tempo. O espectador ficava com a impressão de que as pessoas tinham desaparecido. Contudo, Méliès chegou a descobertas mais sofisticadas. Naquele tempo, se usavam rolos de filmes químicos, que eram expostos uma vez e mandados para revelação. Um dia, Méliès usou duas vezes o mesmo filme, com a câmera fixa, mas os atores em posições diferentes. Quando foi ver o resultado, foi aquela surpresa: o mesmo ator parecia duas vezes na filmagem, como se tivesse um irmão gêmeo. GEORGE MÉLIÈS
  • 4. Griffith considerado o pai da gramática cinematográfica. Griffith foi uma figura chave no estabelecimento de um conjunto de códigos que se tornou a coluna dorsal da linguagem cinematográfica. Ele foi particularmente influente ao popularizar a montagem paralela — o uso da montagem para alternar diferentes eventos que ocorrem simultaneamente para construir o suspense. Dito isso, ele ainda usava muitos elementos da maneira "primitiva" de fazer cinema, que existiu antes do sistema clássico de hollywood de continuidade, como atuação frontal, gestos exagerados, movimentos de câmera mínimos, e a ausência de câmera subjetiva. Alguns dizem, inclusive, que ele "inventou" o plano detalhe. DAVID LLEWELYN WARK GRIFFITH
  • 5. O enquadramento depende de três elementos: o plano, a altura do ângulo e o lado do ângulo. ENQUADRAMENTOS: PLANOS E ÂNGULOS
  • 6. A câmera está distante do objeto, de modo que ele ocupa uma parte pequena do cenário. É um plano de AMBIENTAÇÃO. PLANO ABERTO (“LONG SHOT”)
  • 7. A câmera está a uma distância média do objeto, de modo que ele ocupa uma parte considerável do ambiente, mas ainda tem espaço à sua volta. É um plano de POSICIONAMENTO e MOVIMENTAÇÃO. PLANO MÉDIO (“MEDIUM SHOT”)
  • 8. A personagem fica engajado em tela de cabeça a pés. Se diferença do PC (Plano Conjunto) em que no PE (Plano Expressivo) só há uma pessoa e no outro várias. Neste tipo de plano interessa-nos sobretudo a ação. Tem um valor narrativo, mas começa a potenciar-se o valor dramático. PLANO INTEIRO
  • 9. A câmera está bem próxima do objeto, de modo que ele ocupa quase todo o cenário, sem deixar grandes espaços à sua volta. É um plano de INTIMIDADE e EXPRESSÃO. PLANO FECHADO (“CLOSE-UP)
  • 10. Com um ângulo visual bem aberto, a câmera revela o cenário à sua frente. A figura humana ocupa espaço muito reduzido na tela. Plano para exteriores ou interiores de grandes proporções. Também chamado, na intimidade, de “Geralzão” PLANO GERAL (PG)
  • 11. GRANDE PLANO GERAL (“BIG LONG SHOT” OU “EXTREME LONG SHOT”) Este é um dos tipos de “Take de Localização”. Com esta imagem criamos uma ambientação e designamos uma localização para a sequencia de imagem que a seguirá.
  • 12. Com um ângulo visual aberto, a câmera revela uma parte significativa do cenário à sua frente. A figura humana ocupa um espaço relativamente maior na tela. É possível reconhecer os rostos das pessoas mais próximas à câmera. PLANO DE CONJUNTO (PC)
  • 13. A figura humana é enquadrada do joelho para cima. PLANO AMERICANO (PA)
  • 14. A figura humana é enquadrada da cintura para cima. MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP)
  • 15. A figura humana é enquadrada do peito para cima. Também chamado de “CLOSE-UP, ou “CLOSE”. PRIMEIRO PLANO (PP)
  • 16. A figura humana é enquadrada dos ombros para cima. Também chamado de “BIG CLOSE-UP” ou “BIG-CLOSE”. PRIMEIRÍSSIMO PLANO (PPP)
  • 17. A câmera enquadra uma parte do rosto ou do corpo (um olho, uma mão, um pé, etc.). Também usado para objetos pequenos, como uma caneta sobre a mesa, um copo, uma caixa de fósforos, etc. PLANO DETALHE (PD)
  • 18. ÂNGULO NORMAL – quando ela está no nível dos olhos da pessoa que está sendo filmada. EM RELAÇÃO À ALTURA DO ÂNGULO, SÃO TRÊS POSIÇÕES FUNDAMENTAIS:
  • 19. Quando a câmera está acima do nível dos olhos, voltada para baixo. Também chamada de “câmera alta”. PLONGÉE (PALAVRA FRANCESA QUE SIGNIFICA “MERGULHO”)
  • 20. Quando a câmera está abaixo do nível dos olhos, voltada para cima. Também chamada de “câmera baixa”. CONTRA-PLONGÉE (COM O SENTIDO DE “CONTRA-MERGULHO”)
  • 21. FRONTAL – a câmera está em linha reta com o nariz da pessoa filmada. EM RELAÇÃO AO LADO DO ÂNGULO, SÃO QUATRO POSIÇÕES FUNDAMENTAIS:
  • 22. A câmera forma um ângulo de aproximadamente 45 graus com o nariz da pessoa filmada. Essa posição pode ser realizada com muitas variantes. 3/4
  • 23. A câmera forma um ângulo de aproximadamente 90 graus com o nariz da pessoa filmada. O perfil pode ser feito à esquerda ou à direita. PERFIL
  • 24. A câmera está em linha reta com a nuca da pessoa filmada. É um dos ângulos preferidos do cineasta Gus Van Sant, usado até à exaustão em “Elefante” (2003). DE NUCA
  • 25. Meio primeiro plano, contra-plongée, 3/4 A COMBINAÇÃO DO: PLANO, DA ALTURA DO ÂNGULO E DO LADO DO ÂNGULO DETERMINARÁ O SEU ENQUADRAMENTO. Meio primeiro plano, plongée, perfil Primeiro plano, contra-plongée, 3/4
  • 26. • Em cinema, e no audiovisual em geral, adotou-se um conceito de "cena" derivado do teatral, mas centrado na continuidade espaço-temporal. • Segundo o "Dicionário de Cinema" de Jean Mitry, por exemplo, cena é: "o conjunto de planos situados num mesmo local ou num mesmo cenário, e que se desenrolam dentro de um tempo determinado". Portanto, em cinema, uma cena é um trecho de filme com unidade de tempo e de espaço. • Ou, na definição de Jacques Aumont: "um segmento que mostra uma ação unitária e totalmente contínua, sem elipse nem salto de um plano ao outro" . • Cena: é uma unidade de tempo e de espaço em que se desenrola uma parte do filme. É menor que a sequência. Ao contrário do que ocorre nesta, não há elipses (v. sequência) dentro de uma cena. CENA
  • 27. • Sequência: é um conjunto de planos e cenas que formam uma única e coerente unidade de ação dramática 1 . Muitos autores comparam a sequência de um filme narrativo com o capítulo de um romance, já que ambos, sequência e capítulo, possuem ações independentes completas, com inícios, meios e fins aparentes, e ambos concluem com uma espécie de clímax dramático. • Muitas sequências são unificadas também por se passarem em um único local ou em espaços contíguos, e ainda por uma continuidade cronológica. É o caso de sequências de perseguição em um western ou filme de aventuras, ou mesmo de uma sequência romântica em que um casal de personagens se encontra, se envolve e termina por fazer amor. Mas, em geral, uma sequência não precisa ter uma única locação, e sua cronologia pode ser ambígua, desde que se mantenha a unidade dramática. É o que acontece em sequências de montagem paralela, como a sequência do batizado e dos assassinatos em O Poderoso chefão (1971). • Diferentemente da cena, que é um trecho de filme caracterizado pela unidade de espaço e tempo, a sequência é "um momento facilmente isolável da história contada por um filme: uma série de acontecimentos cujo conjunto é fortemente unitário" 2 • Um filme convencional é formado por algumas poucas sequências, cada uma compreendendo uma etapa mais ou menos separada das outras pelos acontecimentos que desenvolve. • Dentro de uma sequência, pode haver lacunas de tempo, isto é, eventos que se supõe ocorrer, embora não sejam mostrados na tela. A isso, dá-se o nome de elipse. SEQUÊNCIA
  • 28. • Tomada: é cada captura feita de uma determinada parte do filme, com o objetivo de se chegar àquela mais perfeita. • A mesma parte pode ser encenada e registrada repetidas vezes, para que seja possível selecionar a melhor, a que será, enfim, utilizada na versão que vai às telas. TOMADA