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Professor precisa falar menos e provocar mais, diz educador
Fábio Ribeiro Mendes é graduado, mestre e doutor em Filosofia pela UFRGS.
Desde 2006, desenvolve projetos inovadores para desenvolvimento da autonomia
no aprendizado, tendo recebido o Premio Educação RS 2010 (Sinpro/RS). Possui
5 livros publicados sobre o tema e é sócio-diretor da empresa Autonomia
Soluções em Educação.
I - Fábio Mendes, autor de “A Nova Sala de Aula”, defende ensinar
alunos a aprender por conta própria.
Em “A Nova Sala de Aula”, Fábio Mendes, professor, doutor em Filosofia e
autor de cinco livros sobre aprendizado e educação, defende que para viver em
um mundo sob constante mudança é preciso formar jovens que tenham papel
ativo na construção de seu conhecimento, renovando os saberes continuamente.
“O mais importante é formar habilidades. Não importa a lista de conteúdos
aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando
desatualizada”, diz.
Como alternativa à tradicional aula expositiva, Fábio propõe a adoção de oficinas
de estudo. Com o método, os conteúdos se tornam meio para o desenvolvimento
da autonomia no aprendizado e, a sala de aula, o ambiente.
Durante o processo, o professor deve apresentar o material que servirá de base
para o estudo (textos ou o próprio livro didático), explicar o método passo a
passo, e acompanhar a prática, orientando os alunos.
Ao final, os estudantes produzem as sínteses e fazem exercícios atestando se
avançaram no aprendizado.
“O ponto principal é fazer com que eles (estudantes) notem que conseguem
aprender por conta própria. Não é o professor que ensina, mas eles que
aprendem. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz
parte do currículo escolar. E quantas vezes ao longo da vida escolar
demanda-se que eles estudem? Você se motivaria a fazer uma atividade que
não te dizem como fazer e te cobram o tempo todo?”, questiona o autor em
entrevista ao Porvir.
Em um mundo no qual os jovens estão o tempo todo em atividade, criando e
avaliando conteúdos, Fábio defende que é preciso colocá-los para produzir.
A lógica do estudo é quase a mesma das postagens nas redes sociais, arrisca.
Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida por telefone:
Porvir
– No livro “A Nova Sala de Aula”, você defende que é preciso dar
autonomia aos estudantes no processo de aprendizado para que eles
desenvolvam a capacidade de construir o próprio conhecimento e consigam
lidar com os desafios do nosso tempo.
Como o método das oficinas atua para atrair os interesses dos alunos?
O aluno desmotivado se interessa por leitura, interpretação de texto e
anotações?
Fábio Mendes
- Os alunos estão desinteressados, porque eles não conseguem notar no dia a dia
da escola que eles produzem algo e que eles são escutados.
Quando eu proponho as oficinas, a primeira questão que surge é exatamente essa.
Se os alunos estão desmotivados, como vão se envolver em uma atividade na
qual eles vão ter que ler, vão ter que se concentrar, vão ter que ter foco?
O que faz funcionar as oficinas é, na verdade, o modo de conduzir a atividade.
É essencial a movimentação do professor.
Sem isso, os alunos acabam fazendo outras atividades.
Se o professor mantém a circulação e conduz a oficina, com etapas muito
simples, de fácil execução, esse aluno desmotivado sente que consegue fazer
pequenos progressos.
Eu costumo pedir para que os alunos façam uma autoavaliação anônima deles e
da oficina, sobre essa atividade de tentar aprender a estudar em sala de aula.
A aprovação dos alunos é massiva. Muitos comentam “por incrível que pareça,
eu consegui estudar”, “o tempo passou rápido”.
Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar?
Isso não faz parte do currículo escolar.
Porvir
– Há uma idade ideal ou série para iniciar as oficinas de estudo? Elas se
aplicam melhor ao ensino médio do que ao fundamental?
Fábio Mendes
– A oficina é uma forma de resgatar alunos que perderam a confiança de que
podem gostar de estudar.
É um modo despertar o interesse pelo conteúdo em alunos que estão
completamente desconectados.
Isso é típico de estudantes do ensino médio.
Mas as oficinas podem ser aplicadas desde o 5º, 6º anos do ensino fundamental.
O ponto principal é fazer com que eles notem que conseguem aprender por conta
própria.
Não é o professor que ensina, mas eles que aprendem.
Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar?
Isso não faz parte do currículo escolar.
E quantas vezes ao longo da vida escolar demanda-se que eles estudem?
Você se motivaria a fazer uma atividade que não te dizem como fazer e te
cobram o tempo todo?
Esse é o centro das oficinas.
Elas não precisam ser implantadas da noite pro dia, em todos os períodos, por
todos os professores, com todos os conteúdos.
Muito pelo contrário, pode ser uma aula especial que o professor propõe uma ou
duas vezes por trimestre, mas que dá ferramentas para o aluno poder estudar por
conta própria.
Porvir
– As oficinas de estudo podem ter um horário específico na grade?
Por exemplo, ao final do dia, os alunos tem uma hora de oficina de estudos?
Ou a ideia é que toda disciplina, toda aula seja dada com a didática da
oficina de estudo?
Fábio Mendes
- O professor deve se sentir livre para aplicar quando ele achar necessário e no
conteúdo que ele achar necessário.
Não precisa ser frequente.
Não precisa ter um horário determinado e os professores têm que ter livre adesão,
até porque eles já estão cansados de coisas implantadas de cima para baixo.
Eu tenho retorno de professores que adotaram como didática principal as
oficinas de estudos, e, em algum momento, fazem uma explicação expositiva,
normalmente, com base na pergunta dos alunos.
Outros utilizam em alguns conteúdos, na introdução de um tema novo, para
trabalhar de um modo diferente.
Não tem uma ruptura com o dia a dia da escola. Isso é um ponto muito positivo.
Porvir
– Você faz formação de professores em como aplicar a didática das
oficinas? Como é a receptividade à didática?
Fábio Mendes
- Sim. O mais importante das oficinas é a mudança de perspectiva do professor.
O professor se dá conta que não adianta um aluno tirar 10 em toda vida escolar,
se ele sair da educação básica sem conseguir construir o seu conhecimento com
autonomia.
Em oito horas de trabalho, é possível dar uma formação sobre as oficinas, elas
não são difíceis de serem aplicadas, são bastante intuitivas.
Alguns professores, no primeiro momento, resistem: “esse guri está querendo
me ensinar a dar aula?”.
Mas logo depois eles veem que não estou querendo ensinar nada para ninguém,
estou apresentando uma perspectiva para trabalhar dificuldades que eles
enfrentam.
No final, a aprovação dos professores é maior até que a dos alunos.
Entre os estudantes, a avaliação positiva do trabalho não baixa de 80%.
Entre os professores, está acima de 90%.
Os comentários principais são “finalmente apresentaram uma proposta que pode
ser aplicada no dia a dia da escola”, e “essa formação não ficou só no discurso e
mostrou como trabalhar em sala de aula”.
Porvir
– A oficina de estudo mantém a disposição física da sala de aula, utiliza os
mesmos materiais que há séculos são as bases da escola (leitura de texto,
interpretação e exercícios, papel e caneta) e não depende da tecnologia. A
revolução na educação é mais simples do que se imagina?
Fábio Mendes
- Essa gurizada está acostumada a durante o tempo livre, ser ativa.
Na minha época (tenho 33 anos), existia a televisão, mas a gente ficava passivo
diante dela.
Hoje, ao navegar na internet, os alunos publicam, curtem, e compartilham,
passam adiante o conteúdo.
Por isso, quando entram na sala de aula, há um contraste ainda maior do que o da
minha geração.
A regra geral é a seguinte: para aprender, tem que escutar.
“Por favor, não sejam ativos, senão isso aqui não funciona”.
Eles enlouquecem. A oficina de estudos coloca o aluno para construir.
Eles se interessam pela atividade que as tecnologias proporcionam.
Se a gente provoca a atividade deles dentro da sala de aula com livros, eles
também se interessam e muito.
Eles notam que estão compartilhando conhecimento e avaliando o que os outros
acharam do mesmo conteúdo.
Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender,
ela vai acabar ficando desatualizada.
Porvir
– Você avalia que hoje seria melhor termos um currículo mais enxuto?
Como deve ser feito esse processo?
Fábio Mendes
- O mais importante é formar habilidades.
Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender,
ela vai acabar ficando desatualizada.
A reforma que precisa ser feita é muito mais didática do que curricular.
Se o aluno não aprendeu a estudar por conta própria, a construir um projeto, a
montar cronogramas de estudo para conduzir o seu aprendizado depois da escola,
da universidade, do mestrado, do doutorado, estará despreparado para o século
21.
Porvir
– Você avalia que a formação dos professores é fraca no ensino da didática?
Fábio Mendes
- Em todas as formações, os professores sempre me dizem que não tiveram
metodologia de estudo na faculdade.
Há muita teoria na formação sobre como as inteligências são diferentes, que cada
um aprende de uma forma e temos que personalizar o aprendizado, mas pouca
prática.
Se a gente não colocar os alunos na atividade de aprendizado, nem eles têm como
saber qual tipo cognitivo eles são.
Isso os professores não aprendem em sua formação.
Fala-se apenas que a aula deve ser lúdica e que tem que se respeitar a diferença
entre os alunos.
Porvir
– Você tem uma empresa de serviços educacionais que recentemente
comandou a criação de uma Mostra Científica em Nova Santa Rita
(município de 25 mil habitantes, localizado a 20 quilômetros ao norte de
Porto Alegre). Como foi este projeto?
Fábio Mendes
- O objetivo da minha empresa, a Autonomia Soluções em Educação, é fazer
projetos que desenvolvam a autonomia dos estudantes, dos professores e das
escolas.
Além de trabalhar com alunos sobre como estudar, como programar horários, a
gente desenvolve projetos de iniciação científica, como o de Nova Santa Rita.
As escolas da região nunca tiveram isso, e chegamos com o desafio de mostrar
para estes estudantes que eles podem não só aprender por conta própria, como
desenvolver projetos de pesquisa nos quais eles podem adquirir conhecimentos.
Alguns temas foram: a saúde das pessoas do bairro, repetência escolar, relação
entre namoro e estudo, o problema do lixo eletrônico, um ponto constante de
alagamento próximo à escola.
O trabalho durou cerca de sete meses e o resultado foi a Primeira Mostra
Multidisciplinar e Feira de Iniciação Científica da cidade, com mais de 60
projetos.
Isso aconteceu porque houve uma mudança de perspectiva sobre trabalhar com
pesquisa e como fazer isso com ferramentas simples e acessíveis.
II - Curso online prepara alunos para estudar
Com o conteúdo desenvolvido pelo educador Fábio Mendes,
as aulas utilizam vídeos e apostilas para tornar o
aprendizado mais fácil.
Estudar, estudar e ter a sensação de que não conseguiu aprender.
Quem nunca passou por uma situação parecida? O curso online “Como estudar?”
promete ajudar os estudantes que estão com essa dificuldade.
Desenvolvido pelo Aulalivre.net e a Autonomia Soluções em Educação, o
conteúdo é ministrado pelo educador Fábio Mendes, que em janeiro publicou
um artigo no Porvir explicando o seu método de quatro etapas que ensina alunos
a estudarem sozinhos e adquirirem mais autonomia.
A ideia do curso é fazer com que os alunos não percam mais tempo estudando da
maneira incorreta.
Estruturado em 15 aulas rápidas, ele apresenta tópicos como a diferença entre
estudar e revisar, quais hábitos podem impedir um bom aproveitamento, como
criar um ambiente adequado para o aprendizado, por onde começar e de que
forma conciliar jogos e entretenimentos com o estudo.
“A maior dificuldade dos alunos é que eles não sabem estudar. Não tiveram aula
sobre isso na escola. Cada um acaba estudando de um jeito. Para alguns
funciona, mas para outros, não”, afirma Fábio Mendes, que é sócio-diretor da
empresa Autonomia Soluções em Educação.
Segundo ele, isso é recorrente em diversas faixas etárias, tanto que o curso pode
ser útil para alunos do ensino fundamental até candidatos que estão se
preparando para prestar um concurso público.
Cada aula é composta por um vídeo com duração média de dez minutos. Além
disso, o estudante pode baixar apostilas que servem de material complementar.
A ideia é que ele tente aplicar o método aprendido no curso nos seus momentos
de estudo. Ao assistir uma aula que fala sobre o ambiente adequado, por
exemplo, um exercício interessante seria o aluno ir até o seu local de estudo e
analisar se ele está de acordo.
‘A maior dificuldade dos alunos é que eles não sabem estudar. Não tiveram aula
sobre isso na escola’
“Muitos alunos dizem que não conseguem estudar sozinhos.” Para Fábio, além
da falta de conhecimento sobre como fazer, isso também é reflexo do hábito de
separar horários e locais inadequados de estudo.
O curso foi lançado no começo de março e até agora já tem mais de seis mil
alunos inscritos. Os conteúdos são gratuitos e disponibilizados de forma
gradativa na plataforma, às segundas, quartas e sextas. No total já existem oito
aulas disponíveis. Até o próximo mês o material deve estar completo.
Além de auxiliar estudantes, o curso também pode ser útil para professores que
desejam trabalhar o método com os seus alunos. Uma dica apresentada por Fábio
é que eles desenvolvam oficinas de estudo aplicadas ao conteúdo da sua
disciplina. Para isso, também podem recorrer ao seu livro “A Nova Sala de
Aula”, da Autonomia Editora.
III - Aprenda como estudar em quatro etapas
Educador Fábio Ribeiro Mendes criou método para que
alunos desenvolvam autonomia no aprendizado
Eu não gostava de estudar, como a esmagadora maioria dos estudantes. O estudo
era sempre chato, tomava o tempo do meu lazer e nunca acabava. Anos depois,
descobri o que estava errado: eu não sabia estudar e nem notava que era preciso
ter preparação, método e um horário definido. Sem isso, estudar era algo que não
funcionava e eu não percebia resultados.
Mas, por que eu não tinha aprendido a estudar?
Ora, porque ninguém havia me ensinado como fazer! Geralmente, não temos
uma única aula com esse objetivo específico durante toda a educação básica. O
resultado é que os alunos acabam esse nível de instrução com baixa autonomia
no aprendizado.
Tendo percebido essa carência, passei a trabalhar com o tema.
Meu principal objetivo é instruir os alunos sobre um método em 4 etapas, que
forma um ciclo de estudo.
É muito simples e intuitivo.
Aprenda:
Etapa 1: Leitura panorâmica
Antes de se atirar no texto, tentando tudo entender, respire fundo e procure ter
uma idéia geral do que tem diante de si. Isso pode ser feito com uma leitura
rápida, superficial, panorâmica, que lê apenas o início e o final de cada parágrafo.
Seu o objetivo é apenas reconhecer o texto, qual é seu tema, como se desenvolve,
se parece fácil, difícil, longo ou breve.
É quase uma etapa preliminar ao estudo, que cria uma expectativa sobre o
aprendizado que virá.
Etapa 2: Marcação e sublinhado
Tendo uma noção geral, leia o texto com calma, como está acostumado, com o
objetivo de destacar o que parece ser o mais importante ou o que desperta
especial interesse. Esse destaque merece ser feito em dois momentos.
Em primeiro lugar, marque os trechos que parecem ser os mais importantes com
um colchete na margem do texto.
Nesse primeiro momento, evite sublinhar enquanto lê, porque isso geralmente
resulta em um sublinhado excessivo, com frases ou até mesmo parágrafos
inteiros marcados. Se esse trecho é importante, uma marcação simples ao lado do
texto servirá para o destaque. Faça isso com todo o texto.
Após a marcação dos trechos, volte diretamente a cada um deles e sublinhe suas
palavras-chave. Podem ser algumas palavras por trecho. O objetivo é facilitar a
identificação do que trata o trecho destacado. Proceda dessa forma com todos os
trechos, até o final do texto.
Etapa 3: Anotações
Com base no que foi marcado e sublinhado, faça anotações livres em uma folha a
parte, de próprio punho. Pode ser na forma de esquema, mapa conceitual, linha
de tempo, tabela, contendo desenhos, cores ou o que julgar útil para registrar o
que destacou no texto.
Geralmente, é nesta etapa que perceberá que está aprendendo, pois o que faz é,
do seu próprio modo, estabelecer relações entre os conceitos do texto. Assim,
estará criando algo que é seu com base no material de estudo.
Etapa 4: Exercícios
Após as anotações, é preciso saber o quanto aprendemos, o que é alcançado com
exercícios. Eles podem ser de vários tipos, desde a resposta às questões prontas
trazidas pelo livro didático até a atividade de refazer anotações sem consulta ou
ensinar o conteúdo para um colega.
Os exercícios revelam o que precisa ser reforçado no aprendizado. Isso é força
motriz para iniciar um novo ciclo de estudo: leia, marque, sublinhe e complete as
anotações com o que faltou ou precisava de maior detalhamento.
- Estudando Matemática
Sim, é possível estudar matemática utilizando as 4 etapas acima tendo como base
um livro didático. A peculiaridade é que o ciclo de estudo se repete várias vezes
em uma única sessão de estudo. Aliás, esse é o motivo da percepção geral – na
verdade, um mito – de que “estudar matemática se resume a fazer exercícios”.
Não, isso não está correto: exercícios são necessários para entender os conceitos
e relações expressas nas fórmulas, mas nem sempre são suficientes. Se você não
entende o exercício, deve tentar ler o conteúdo, marcar e fazer suas anotações.
Sem isso, ficará travado.
- Como ensinar a estudar em sala de aula
O professor pode organizar oficinas de estudo, nas quais leva um material e
instrui os alunos passo a passo no método, desafiando-os a “aprender um
conteúdo inédito por conta própria”. Eles ficam um pouco chocados, mas gostam
do resultado.
Duas dicas fundamentais: i) o material não deve ser muito extenso e ii) o
professor deve movimentar-se constantemente, atendendo os alunos que
levantarem a mão em suas classes. Além disso, é válido na primeira ocasião dar
um tempo curto para a execução da primeira etapa: isso estimula os alunos a
começarem a trabalhar e logo se envolverem na atividade. Por mais paradoxal
que possa parecer, talvez o que esteja faltando em nossa educação é ensinar a
estudar. Qualquer escola, em qualquer condição, pode suprir essa carência e
formar alunos com autonomia no aprendizado.
Para saber mais: “A Nova Sala de Aula” e “A Formação de Hábito de Estudo”,
de Fábio Ribeiro Mendes (Autonomia Editora). Fonte: Porvir

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Professor precisa falar menos e provocar mais

  • 1. Professor precisa falar menos e provocar mais, diz educador Fábio Ribeiro Mendes é graduado, mestre e doutor em Filosofia pela UFRGS. Desde 2006, desenvolve projetos inovadores para desenvolvimento da autonomia no aprendizado, tendo recebido o Premio Educação RS 2010 (Sinpro/RS). Possui 5 livros publicados sobre o tema e é sócio-diretor da empresa Autonomia Soluções em Educação. I - Fábio Mendes, autor de “A Nova Sala de Aula”, defende ensinar alunos a aprender por conta própria. Em “A Nova Sala de Aula”, Fábio Mendes, professor, doutor em Filosofia e autor de cinco livros sobre aprendizado e educação, defende que para viver em um mundo sob constante mudança é preciso formar jovens que tenham papel ativo na construção de seu conhecimento, renovando os saberes continuamente. “O mais importante é formar habilidades. Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando desatualizada”, diz. Como alternativa à tradicional aula expositiva, Fábio propõe a adoção de oficinas de estudo. Com o método, os conteúdos se tornam meio para o desenvolvimento da autonomia no aprendizado e, a sala de aula, o ambiente. Durante o processo, o professor deve apresentar o material que servirá de base para o estudo (textos ou o próprio livro didático), explicar o método passo a passo, e acompanhar a prática, orientando os alunos. Ao final, os estudantes produzem as sínteses e fazem exercícios atestando se avançaram no aprendizado.
  • 2. “O ponto principal é fazer com que eles (estudantes) notem que conseguem aprender por conta própria. Não é o professor que ensina, mas eles que aprendem. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar. E quantas vezes ao longo da vida escolar demanda-se que eles estudem? Você se motivaria a fazer uma atividade que não te dizem como fazer e te cobram o tempo todo?”, questiona o autor em entrevista ao Porvir. Em um mundo no qual os jovens estão o tempo todo em atividade, criando e avaliando conteúdos, Fábio defende que é preciso colocá-los para produzir. A lógica do estudo é quase a mesma das postagens nas redes sociais, arrisca. Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida por telefone: Porvir – No livro “A Nova Sala de Aula”, você defende que é preciso dar autonomia aos estudantes no processo de aprendizado para que eles desenvolvam a capacidade de construir o próprio conhecimento e consigam lidar com os desafios do nosso tempo. Como o método das oficinas atua para atrair os interesses dos alunos? O aluno desmotivado se interessa por leitura, interpretação de texto e anotações? Fábio Mendes - Os alunos estão desinteressados, porque eles não conseguem notar no dia a dia da escola que eles produzem algo e que eles são escutados. Quando eu proponho as oficinas, a primeira questão que surge é exatamente essa. Se os alunos estão desmotivados, como vão se envolver em uma atividade na qual eles vão ter que ler, vão ter que se concentrar, vão ter que ter foco? O que faz funcionar as oficinas é, na verdade, o modo de conduzir a atividade. É essencial a movimentação do professor. Sem isso, os alunos acabam fazendo outras atividades.
  • 3. Se o professor mantém a circulação e conduz a oficina, com etapas muito simples, de fácil execução, esse aluno desmotivado sente que consegue fazer pequenos progressos. Eu costumo pedir para que os alunos façam uma autoavaliação anônima deles e da oficina, sobre essa atividade de tentar aprender a estudar em sala de aula. A aprovação dos alunos é massiva. Muitos comentam “por incrível que pareça, eu consegui estudar”, “o tempo passou rápido”. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar. Porvir – Há uma idade ideal ou série para iniciar as oficinas de estudo? Elas se aplicam melhor ao ensino médio do que ao fundamental? Fábio Mendes – A oficina é uma forma de resgatar alunos que perderam a confiança de que podem gostar de estudar. É um modo despertar o interesse pelo conteúdo em alunos que estão completamente desconectados. Isso é típico de estudantes do ensino médio. Mas as oficinas podem ser aplicadas desde o 5º, 6º anos do ensino fundamental. O ponto principal é fazer com que eles notem que conseguem aprender por conta própria. Não é o professor que ensina, mas eles que aprendem. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar. E quantas vezes ao longo da vida escolar demanda-se que eles estudem?
  • 4. Você se motivaria a fazer uma atividade que não te dizem como fazer e te cobram o tempo todo? Esse é o centro das oficinas. Elas não precisam ser implantadas da noite pro dia, em todos os períodos, por todos os professores, com todos os conteúdos. Muito pelo contrário, pode ser uma aula especial que o professor propõe uma ou duas vezes por trimestre, mas que dá ferramentas para o aluno poder estudar por conta própria. Porvir – As oficinas de estudo podem ter um horário específico na grade? Por exemplo, ao final do dia, os alunos tem uma hora de oficina de estudos? Ou a ideia é que toda disciplina, toda aula seja dada com a didática da oficina de estudo? Fábio Mendes - O professor deve se sentir livre para aplicar quando ele achar necessário e no conteúdo que ele achar necessário. Não precisa ser frequente. Não precisa ter um horário determinado e os professores têm que ter livre adesão, até porque eles já estão cansados de coisas implantadas de cima para baixo. Eu tenho retorno de professores que adotaram como didática principal as oficinas de estudos, e, em algum momento, fazem uma explicação expositiva, normalmente, com base na pergunta dos alunos. Outros utilizam em alguns conteúdos, na introdução de um tema novo, para trabalhar de um modo diferente. Não tem uma ruptura com o dia a dia da escola. Isso é um ponto muito positivo. Porvir
  • 5. – Você faz formação de professores em como aplicar a didática das oficinas? Como é a receptividade à didática? Fábio Mendes - Sim. O mais importante das oficinas é a mudança de perspectiva do professor. O professor se dá conta que não adianta um aluno tirar 10 em toda vida escolar, se ele sair da educação básica sem conseguir construir o seu conhecimento com autonomia. Em oito horas de trabalho, é possível dar uma formação sobre as oficinas, elas não são difíceis de serem aplicadas, são bastante intuitivas. Alguns professores, no primeiro momento, resistem: “esse guri está querendo me ensinar a dar aula?”. Mas logo depois eles veem que não estou querendo ensinar nada para ninguém, estou apresentando uma perspectiva para trabalhar dificuldades que eles enfrentam. No final, a aprovação dos professores é maior até que a dos alunos. Entre os estudantes, a avaliação positiva do trabalho não baixa de 80%. Entre os professores, está acima de 90%. Os comentários principais são “finalmente apresentaram uma proposta que pode ser aplicada no dia a dia da escola”, e “essa formação não ficou só no discurso e mostrou como trabalhar em sala de aula”. Porvir – A oficina de estudo mantém a disposição física da sala de aula, utiliza os mesmos materiais que há séculos são as bases da escola (leitura de texto, interpretação e exercícios, papel e caneta) e não depende da tecnologia. A revolução na educação é mais simples do que se imagina? Fábio Mendes - Essa gurizada está acostumada a durante o tempo livre, ser ativa.
  • 6. Na minha época (tenho 33 anos), existia a televisão, mas a gente ficava passivo diante dela. Hoje, ao navegar na internet, os alunos publicam, curtem, e compartilham, passam adiante o conteúdo. Por isso, quando entram na sala de aula, há um contraste ainda maior do que o da minha geração. A regra geral é a seguinte: para aprender, tem que escutar. “Por favor, não sejam ativos, senão isso aqui não funciona”. Eles enlouquecem. A oficina de estudos coloca o aluno para construir. Eles se interessam pela atividade que as tecnologias proporcionam. Se a gente provoca a atividade deles dentro da sala de aula com livros, eles também se interessam e muito. Eles notam que estão compartilhando conhecimento e avaliando o que os outros acharam do mesmo conteúdo. Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando desatualizada. Porvir – Você avalia que hoje seria melhor termos um currículo mais enxuto? Como deve ser feito esse processo? Fábio Mendes - O mais importante é formar habilidades. Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando desatualizada. A reforma que precisa ser feita é muito mais didática do que curricular.
  • 7. Se o aluno não aprendeu a estudar por conta própria, a construir um projeto, a montar cronogramas de estudo para conduzir o seu aprendizado depois da escola, da universidade, do mestrado, do doutorado, estará despreparado para o século 21. Porvir – Você avalia que a formação dos professores é fraca no ensino da didática? Fábio Mendes - Em todas as formações, os professores sempre me dizem que não tiveram metodologia de estudo na faculdade. Há muita teoria na formação sobre como as inteligências são diferentes, que cada um aprende de uma forma e temos que personalizar o aprendizado, mas pouca prática. Se a gente não colocar os alunos na atividade de aprendizado, nem eles têm como saber qual tipo cognitivo eles são. Isso os professores não aprendem em sua formação. Fala-se apenas que a aula deve ser lúdica e que tem que se respeitar a diferença entre os alunos. Porvir – Você tem uma empresa de serviços educacionais que recentemente comandou a criação de uma Mostra Científica em Nova Santa Rita (município de 25 mil habitantes, localizado a 20 quilômetros ao norte de Porto Alegre). Como foi este projeto? Fábio Mendes - O objetivo da minha empresa, a Autonomia Soluções em Educação, é fazer projetos que desenvolvam a autonomia dos estudantes, dos professores e das escolas. Além de trabalhar com alunos sobre como estudar, como programar horários, a gente desenvolve projetos de iniciação científica, como o de Nova Santa Rita.
  • 8. As escolas da região nunca tiveram isso, e chegamos com o desafio de mostrar para estes estudantes que eles podem não só aprender por conta própria, como desenvolver projetos de pesquisa nos quais eles podem adquirir conhecimentos. Alguns temas foram: a saúde das pessoas do bairro, repetência escolar, relação entre namoro e estudo, o problema do lixo eletrônico, um ponto constante de alagamento próximo à escola. O trabalho durou cerca de sete meses e o resultado foi a Primeira Mostra Multidisciplinar e Feira de Iniciação Científica da cidade, com mais de 60 projetos. Isso aconteceu porque houve uma mudança de perspectiva sobre trabalhar com pesquisa e como fazer isso com ferramentas simples e acessíveis. II - Curso online prepara alunos para estudar Com o conteúdo desenvolvido pelo educador Fábio Mendes, as aulas utilizam vídeos e apostilas para tornar o aprendizado mais fácil. Estudar, estudar e ter a sensação de que não conseguiu aprender. Quem nunca passou por uma situação parecida? O curso online “Como estudar?” promete ajudar os estudantes que estão com essa dificuldade. Desenvolvido pelo Aulalivre.net e a Autonomia Soluções em Educação, o conteúdo é ministrado pelo educador Fábio Mendes, que em janeiro publicou um artigo no Porvir explicando o seu método de quatro etapas que ensina alunos a estudarem sozinhos e adquirirem mais autonomia. A ideia do curso é fazer com que os alunos não percam mais tempo estudando da maneira incorreta. Estruturado em 15 aulas rápidas, ele apresenta tópicos como a diferença entre estudar e revisar, quais hábitos podem impedir um bom aproveitamento, como criar um ambiente adequado para o aprendizado, por onde começar e de que forma conciliar jogos e entretenimentos com o estudo.
  • 9. “A maior dificuldade dos alunos é que eles não sabem estudar. Não tiveram aula sobre isso na escola. Cada um acaba estudando de um jeito. Para alguns funciona, mas para outros, não”, afirma Fábio Mendes, que é sócio-diretor da empresa Autonomia Soluções em Educação. Segundo ele, isso é recorrente em diversas faixas etárias, tanto que o curso pode ser útil para alunos do ensino fundamental até candidatos que estão se preparando para prestar um concurso público. Cada aula é composta por um vídeo com duração média de dez minutos. Além disso, o estudante pode baixar apostilas que servem de material complementar. A ideia é que ele tente aplicar o método aprendido no curso nos seus momentos de estudo. Ao assistir uma aula que fala sobre o ambiente adequado, por exemplo, um exercício interessante seria o aluno ir até o seu local de estudo e analisar se ele está de acordo. ‘A maior dificuldade dos alunos é que eles não sabem estudar. Não tiveram aula sobre isso na escola’ “Muitos alunos dizem que não conseguem estudar sozinhos.” Para Fábio, além da falta de conhecimento sobre como fazer, isso também é reflexo do hábito de separar horários e locais inadequados de estudo. O curso foi lançado no começo de março e até agora já tem mais de seis mil alunos inscritos. Os conteúdos são gratuitos e disponibilizados de forma gradativa na plataforma, às segundas, quartas e sextas. No total já existem oito aulas disponíveis. Até o próximo mês o material deve estar completo. Além de auxiliar estudantes, o curso também pode ser útil para professores que desejam trabalhar o método com os seus alunos. Uma dica apresentada por Fábio é que eles desenvolvam oficinas de estudo aplicadas ao conteúdo da sua
  • 10. disciplina. Para isso, também podem recorrer ao seu livro “A Nova Sala de Aula”, da Autonomia Editora. III - Aprenda como estudar em quatro etapas Educador Fábio Ribeiro Mendes criou método para que alunos desenvolvam autonomia no aprendizado Eu não gostava de estudar, como a esmagadora maioria dos estudantes. O estudo era sempre chato, tomava o tempo do meu lazer e nunca acabava. Anos depois, descobri o que estava errado: eu não sabia estudar e nem notava que era preciso ter preparação, método e um horário definido. Sem isso, estudar era algo que não funcionava e eu não percebia resultados. Mas, por que eu não tinha aprendido a estudar? Ora, porque ninguém havia me ensinado como fazer! Geralmente, não temos uma única aula com esse objetivo específico durante toda a educação básica. O resultado é que os alunos acabam esse nível de instrução com baixa autonomia no aprendizado. Tendo percebido essa carência, passei a trabalhar com o tema. Meu principal objetivo é instruir os alunos sobre um método em 4 etapas, que forma um ciclo de estudo. É muito simples e intuitivo. Aprenda:
  • 11. Etapa 1: Leitura panorâmica Antes de se atirar no texto, tentando tudo entender, respire fundo e procure ter uma idéia geral do que tem diante de si. Isso pode ser feito com uma leitura rápida, superficial, panorâmica, que lê apenas o início e o final de cada parágrafo. Seu o objetivo é apenas reconhecer o texto, qual é seu tema, como se desenvolve, se parece fácil, difícil, longo ou breve. É quase uma etapa preliminar ao estudo, que cria uma expectativa sobre o aprendizado que virá. Etapa 2: Marcação e sublinhado
  • 12. Tendo uma noção geral, leia o texto com calma, como está acostumado, com o objetivo de destacar o que parece ser o mais importante ou o que desperta especial interesse. Esse destaque merece ser feito em dois momentos. Em primeiro lugar, marque os trechos que parecem ser os mais importantes com um colchete na margem do texto. Nesse primeiro momento, evite sublinhar enquanto lê, porque isso geralmente resulta em um sublinhado excessivo, com frases ou até mesmo parágrafos inteiros marcados. Se esse trecho é importante, uma marcação simples ao lado do texto servirá para o destaque. Faça isso com todo o texto. Após a marcação dos trechos, volte diretamente a cada um deles e sublinhe suas palavras-chave. Podem ser algumas palavras por trecho. O objetivo é facilitar a identificação do que trata o trecho destacado. Proceda dessa forma com todos os trechos, até o final do texto. Etapa 3: Anotações Com base no que foi marcado e sublinhado, faça anotações livres em uma folha a parte, de próprio punho. Pode ser na forma de esquema, mapa conceitual, linha de tempo, tabela, contendo desenhos, cores ou o que julgar útil para registrar o que destacou no texto. Geralmente, é nesta etapa que perceberá que está aprendendo, pois o que faz é, do seu próprio modo, estabelecer relações entre os conceitos do texto. Assim, estará criando algo que é seu com base no material de estudo.
  • 13. Etapa 4: Exercícios Após as anotações, é preciso saber o quanto aprendemos, o que é alcançado com exercícios. Eles podem ser de vários tipos, desde a resposta às questões prontas trazidas pelo livro didático até a atividade de refazer anotações sem consulta ou ensinar o conteúdo para um colega. Os exercícios revelam o que precisa ser reforçado no aprendizado. Isso é força motriz para iniciar um novo ciclo de estudo: leia, marque, sublinhe e complete as anotações com o que faltou ou precisava de maior detalhamento. - Estudando Matemática Sim, é possível estudar matemática utilizando as 4 etapas acima tendo como base um livro didático. A peculiaridade é que o ciclo de estudo se repete várias vezes em uma única sessão de estudo. Aliás, esse é o motivo da percepção geral – na verdade, um mito – de que “estudar matemática se resume a fazer exercícios”. Não, isso não está correto: exercícios são necessários para entender os conceitos e relações expressas nas fórmulas, mas nem sempre são suficientes. Se você não entende o exercício, deve tentar ler o conteúdo, marcar e fazer suas anotações. Sem isso, ficará travado. - Como ensinar a estudar em sala de aula O professor pode organizar oficinas de estudo, nas quais leva um material e instrui os alunos passo a passo no método, desafiando-os a “aprender um conteúdo inédito por conta própria”. Eles ficam um pouco chocados, mas gostam do resultado. Duas dicas fundamentais: i) o material não deve ser muito extenso e ii) o professor deve movimentar-se constantemente, atendendo os alunos que levantarem a mão em suas classes. Além disso, é válido na primeira ocasião dar um tempo curto para a execução da primeira etapa: isso estimula os alunos a começarem a trabalhar e logo se envolverem na atividade. Por mais paradoxal que possa parecer, talvez o que esteja faltando em nossa educação é ensinar a estudar. Qualquer escola, em qualquer condição, pode suprir essa carência e formar alunos com autonomia no aprendizado. Para saber mais: “A Nova Sala de Aula” e “A Formação de Hábito de Estudo”, de Fábio Ribeiro Mendes (Autonomia Editora). Fonte: Porvir