O documento discute os conceitos de signo, linguagem e semiótica de acordo com diferentes teóricos. Resume as principais ideias de Saussure sobre o signo linguístico, definindo-o como a união do significante e do significado através de uma associação arbitrária. Também aborda a concepção de Peirce sobre o signo, que envolve três elementos: representamen, objeto e interpretante.
4. Em português dá-se o nome de sinal a coisas diferentes.
É sinal tudo aquilo que pode servir para identificar uma coisa, no
sentido de a distinguir das demais.
5. o Sinal na Pele
o Uma Cicatriz,
o A Cor Dos Olhos,
o A Altura,
o A Gordura,
o A Falta de Cabelo,
o Ou outro elemento qualquer
o que distinga essa pessoa
PESSOAS.
6. Os sinais de trânsito têm um significado
e é isso que os distingue dos primeiros
sinais, os distintivos.
Estes, os sinais da pele, limitam-se a
assinalar, mas nada significam, ao passo
que os segundos significam, mas não
assinalam ou então só o fazem
indiretamente.
7. O significado não é
automático, não é um dado
imediato a quem olha para o
sinal.
Os sinais cujo significado é
determinado por um código
exigem uma aprendizagem
do seu significado.
8. Como o sinal da cruz temos os gestos, cujo significado está
previamente determinado.
O sinal da cruz distingue-se dos sinais
anteriores simplesmente porque consiste
num gesto e não é um objeto, mas tem
como eles um significado.
14. Para Saussure, o signo linguístico é formado pela
“união do sentido e da imagem acústica”.
O que o autor chama de “sentido” é o mesmo que conceito/ideia, é uma
representação mental, e o que ele chama de “imagem acústica” não é o
som material, puramente físico, mas a impressão psíquica desse som.
15.
16. A associação entre significante e significado é arbitrária.
O vínculo que une as duas faces do signo é de natureza convencional, ele assenta
num hábito coletivo.
“Assim, a ideia de “pé” não está ligada por nenhuma relação à cadeia de
sons [p] + [e] que lhe serve de significante; podia ser tão bem
representada por qualquer outra: provam-no as diferenças entre as
línguas e a própria existência de línguas diferentes”
17. Quando dizemos que o signo é arbitrário isso “não deve dar a ideia
de que o significante depende da livre escolha do sujeito falante;
queremos dizer que ele é imotivado, isto é arbitrário em relação ao
significado, com o qual não tem, na realidade, qualquer ligação
natural.”
É justamente devido à arbitrariedade do signo linguístico que
Saussure considera a língua como o mais característico de todos os
sistemas semiológicos, podendo, por isso mesmo, a linguística
tornar-se o padrão geral de toda a semiologia.
18. Os signos linguísticos são considerados apenas numa só dimensão.
As letras e palavras sucedem-se em linha, umas atrás das outras.
Além dessas duas características
principais, os signos linguísticos são, ao
mesmo tempo, imutáveis e mutáveis:
19. Arbitrariedade e Linearidade
- Corre, corre, ele está se aproximando! – Gritava Pedro.
Maria corria aflita quando tropeçou em uma pedra e caiu no chão úmido da
floresta.
- Não! – bradou Pedro de uma distância segura.
Maria virou-se lentamente e viu aquela estranha criatura lhe encarando.
A criatura era alta com pernas extremamente longas e finas, seu tronco era
pequeno como de um bebê, não tinha braços e tinha duas cabeças, uma com
quatro olhos dois chifres e outra com três bocas e um enorme cabelo preto,
porém o mais assustador era a quantidade enorme de dentes que ambas as
cabeças tinham ao seu redor. Maria ficou completamente paralisada.
Alguns segundos depois Pedro ouviu um grito de pavor, e caiu no chão aos
prantos. Ele sabia: Maria acabara de ser devorada.
20. Ao ler essa história você possivelmente criou uma imagem em
sua cabeça da estranha criatura narrada, e vivenciou cada
segundo com Maria até o seu último suspiro, porém o mais
impressionante é que mesmo a criatura sendo completamente
irreal, você foi capaz de visualizá-la em sua mente.
21. Mas por que isso aconteceu?
A explicação é simples:
a língua não é um sistema de
mostração de objetos, pois a
linguagem humana pode falar de
objetos presentes ou ausentes da
situação de comunicação.
Aliás, o objeto nem precisa existir para
que coifalemos dele, pois a língua
pode criar universos.inexistentes.
Para Saussure, o signo linguístico tem
duas características principais: a
arbitrariedade do signo e a linearidade
do significante.
22. O significado é o conceito, ideia ou concepção que
cada pessoa tem de uma determinada palavra.
23. O significante é uma imagem acústica, uma
representação psíquica do som de uma palavra, ou
seja, o reconhecimento mental desse som, sem que
haja a necessidade de materialização desse som
através da fala.
29. Não há comunicação humana sem
signos. (Santaella, p. 4)
O signo tem uma função mediadora:
medeia a nossa percepção do mundo;
signo pode ser entendido como a forma
ordenada de um processo