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do estudanteNúm. 44 - ANO IV 2ª quinzena - Outubro/2015
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim
http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
vogvirtual@gmail.com
EDITORIAL
26.10.2015 - UNESCO Office in Brasília
UNESCO no Brasil
premia textos e vídeos
em homenagem a
professores
A UNESCO no Brasil
homenageou professores de
todo o país, em outubro, com a
realização de um concurso de
textos e vídeos, por ocasião do
Dia Mundial dos Professores,
celebrado em 5 de outubro, e do
Dia Nacional dos Professores,
em 15 de outubro.
Internautas de todas as idades
puderam enviar textos e/ou vídeos
para a página da UNESCO no
Facebook, respondendo à seguinte
pergunta: o que faz do meu
professor um herói?
A vencedora da categoria texto foi
Natália Pereira, representando
uma estudante que cumpre
medida socioeducativa em
Brasília. O texto premiado
homenageou a professora Débora
Diniz e foi escolhido entre 501
inscritos. Na categoria vídeo, a
ganhadora foi Natália Maria, do
município de Peruíbe, em São
Paulo, com homenagem à
professora Elaine Tomazinho. A
categoria vídeo teve 167 inscritos.
O evento criado na
página UNESCO na Rede no
Facebook para receber as
inscrições – cada participante
postou o respectivo trabalho
online – atraiu 2.735 internautas e
circulou pelas páginas de pelo
menos 176 mil pessoas no
Facebook.
"Este é o quinto ano que
promovemos uma campanha nas
redes sociais para celebrar as duas
datas e o número de participantes
é cada vez maior. É uma prova do
interesse do grande público que
está nas redes sociais quando o
assunto é professor ou
professora”, diz a coordenadora
da Unidade de Comunicação,
Informação Pública e Publicações
da UNESCO no Brasil, Ana Lúcia
Guimarães.
As autoras do texto e vídeo
vencedores, assim como as
respectivas professoras
homenageadas, ganharão um
tablet cada. Os autores de outros
cinco textos e cinco vídeos
receberão diploma de menção
honrosa. A seleção foi feita por
uma comissão julgadora formada
por integrantes da UNESCO no
Brasil.
· Veja o texto que
conquistou o 1º lugar:
"Em um lugar que só tem grades,
ela chega com livros nas mãos.
Toda frágil, passa pelo corredor
pesado de maldades, para na porta
do meu quarto e abre um sorriso
que reflete um futuro cheio de
promessas. Ela diz que sou capaz,
que tenho muitas qualidades, que
isso vai acabar e que, quando eu
estiver em liberdade, poderei
recomeçar junto com ela. Às
vezes, penso em desistir, mas ela
me olha nos olhos e diz 'eu estou
com você'. Sou uma adolescente
em conflito com a lei, estudo em
escola de cadeia e tenho 18 anos.
A minha professora não ensina
matérias, mas sentidos para a
vida. É isso que a faz minha
heroína."
Autora: Natália Pereira, represen-
tando a estudante AB.
Professora homenageada: Débora
Diniz
Cidade: Brasília - DF
Folhetim
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do estudante ano IV outubro/2015
EDUCAÇÃO
Trupe da Lona Preta
“O Grupo” A Trupe Lona Preta,
grupo composto por pessoas que
mobilizam diversas linguagens
artísticas, tais como: música,
teatro, artes plásticas e cinema,
surgiu em 2005, a partir da
experiência em saraus e
intervenções artísticas organiza-
das na comunidade do Jd. Guaraú
(SP) e no seu entorno, dialogando
com associações de moradores da
região e movimentos culturais.
Tal experiência coincidiu com o
desenvolvimento de uma pesquisa
sobre a linguagem do palhaço, o
que incentivou ainda mais a
prática de colocar em cena, tanto
nos saraus como nas ruas, os
esquetes criados coletivamente. “
Espetáculo :
O CONCERTO DA LONA PRETA
Data
22/10/2015
Horário
16h
Local
E. E. Instituto Maria Imaculada
O Concerto da Lona Preta...
Eu achei muito legal o
espetáculo “O Concerto da Lona
Preta”, eles foram muito
engraçados além de serem ótimos
músicos e ótimos atores também.
A brincadeira deles com a música
foi muito envolvente, alegre, fez
todos darem muitas risadas e isso
é o que as crianças, como nós,
querem.
Legal, também, que as
músicas eram, em parte, conheci-
das por nós, como Patati-Patatá
que é uma que conhecemos bem,
outras nem tanto como o hino da
África do Sul.
Eles juntaram brincadeira
com música e muita, muita
mesmo, diversão, isso que fez o
espetáculo concerto ser muito
cativante e divertido. Os
instrumentos que eles usaram não
são muito comuns para nós como
o trompete, trombone de vara,
saxofone, alfaia, tambores e tantos
outros.
Acredito tratar-se de
humor mais visual que verbal. O
Concerto da Lona Preta pode ser
considerado uma palhaçada
musical.
Considero que todas as
partes foram legais, mas a entrada
deles no início do espetáculo
chamou mais a atenção pois eles
chegaram pelo fundo da plateia
fazendo muito barulho - eu pensei
até que fosse uma briga- todo
mundo querendo ver e eram os
atores iniciando o concerto. O
momento do piano humano foi
muito engraçado bem como a
parte da guitarra além das cenas
que simulavam um vídeo em
“câmera lenta”, as bombinhas, as
palavras trocadas, enfim tudo foi
muito legal.
Obrigado professor
Valter por trazer a Trupe da
Lona Preta para a nossa
escola E. E. Instituto Maria
Imaculada, nós pudemos nos
identificar com aquelas
músicas e espero que o
senhor possa nos trazer,
muitas outras vezes,
apresentações como essas,
isso para a escola é muito
legal.
Nicolle Nascimento de Souza – 8ºA
E. E. Instituto Maria Imaculada
folhetim
Projeto “CAMINHoS
CrUZADoS”
apresenta...
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do estudante ano IV outubro/2015
DEBATE
O Concerto da Lona
Preta
O trabalho aborda alguns
aspectos da complexa e diversificada
linguagem musical, bem como, da
sofisticada arte da “palhaçaria”. Em
cena, músicos/palhaços se
desdobram para a execução de um
amplo e variado repertorio, que
abrange arranjos musicais
concernentes às manifestações
populares, eruditas e popularescas
(no que concerne a execução das
músicas que são produtos da
indústria cultural, os
atores/dramaturgos tem a
preocupação de recriar os símbolos
já amplamente divulgados e
banalizados pela forte presença da
indústria de massa).
Nossa pesquisa prima pelo
som e pela execução do som, bem
como pelos desdobramentos
cômicos daí decorrentes. A partir de
um longo processo, criamos,
adaptamos e recriamos diversos
jogos de cena com o intuito de
trilhar dois caminhos, opostos, mas
necessariamente complementares:
por um lado, optamos pela primazia
da execução musical, tendo como
foco o minucioso aprofundamento
nos processos de composição,
estudos teóricos e praticas de
conjunto; por outro lado, num
processo paralelo, trabalhamos com
jogos de “palhaçaria”. Aqui, o
palhaço (esse ser que não se adequa
e que descontrói, sistematicamente,
a precisão, as regras bem definidas,
as convenções) destrói o rigor
necessário da execução musical e o
ritual formalista da, quase,
totalidade dos concertos de música
erudita.
Sinopse:
“O Concerto da Lona Preta”
é um espetáculo inspirado na
tradição circense e em músicas que
fazem parte do imaginário popular.
Cinco músicos, ou melhor, cinco
palhaços tentam de forma divertida
executar um concerto musical
com um amplo e variado repertorio,
que abrange arranjos musicais
concernentes às manifestações
populares, eruditas e popularescas.
Ficha Técnica:
Direção: Sergio Carozzi
Elenco: Alexandre Matos, Elias
Costa, Joel Carozzi, Sergio Carozzi e
Wellington Bernado.
Figurinos: O Grupo
Produção: Henrique Alonso
Educação pelo Mundo...
Imagens que transmitem
uma síntese da importância
do ato de educar
Homenagem do Instituto
RIZOMA aos professores de
todo o mundo
folhetim
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do estudante ano IV outubro/2015
EDUCAÇÃO
A semana de Geografia da
USP, em um momento de extrema
dificuldade pessoal, não poderia
ter sido concluída e muito menos
realizada sem a apresentação da
EMEF Ileusa Caetano da Silva.
Assim agradeço a todos os alunos
e especialmente às apresentadoras
firmeza que seguraram e se
comprometeram desde o começo.
Agradeço, ao Eric Filipe, a
Marília coordenadora, que
permaneceu com os alunos,
quando eu ia para mais uma
batelada de exames clínicos. Sem
palavras, gratíssimo.
Estudar e reconhecer o
LUGAR, a comunidade, com
apoio das ferramentas da
Geografia, investigar o lugar e as
infinitas possibilidades de
descobertas e realizações, no
nosso caso, abraçar politicamente
nosso compromisso ambiental.
Não aceitar que o vandalismo
social e político deixe que a
vivência comunitária seja
destruída pela ignorância e pela
indiferença. O passo seguinte é
nos reunirmos com pais, alunos,
comunidade e exigir que seja
reformulado o ambiente
comunitário, que se tornou
ambiente de abandono absoluto ao
invés de um lugar para todos
viverem com alegria e com uma
vista privilegiada.
O ambiente urbano do
CDHU, não pode ser comparado
com os atuais e desqualificados
ambientes urbanos para vida em
comunidade. Este CDHU,
construído em uma região, até
hoje, abandonada de
equipamentos públicos, locais de
lazer, bibliotecas, apresenta como
principal característica, o
despreparo do planejamento que
não previu a existência, desde sua
origem, de padarias, açougue,
mercado, por menor que seja.
Essa situação foi resolvida
de maneira incorreta pela
comunidade,mas com aquilo que
esteve ao seu alcance. Ou seja,
invadiram a mata de várzea e
fizeram obras com a finalidade
citada e ainda hoje, invadem com
finalidades mais abjetas, pois o
governo Alckmin, responsável
pelo CDHU, nunca fez
absolutamente nada pela
comunidade. O ambiente que é
tombado por ser resíduo de mata
atlântica na cidade e com nascente
no entorno da escola, permitiu que
os alunos produzissem ações para
promover a luta por uma escola
verde, por um parque linear e por
moradias saudáveis na cidade
usando o conhecimento e
ferramentas que exigem
sensibilidade, entre elas o haicai
como exercício e resignificação
da paisagem.
Apresentar um trabalho
coletivo exige paciência
pedagógica, desejo de
experimentar, elaborar processos
diferentes de apreensão da
realidade e do lugar. Neste caso
duas intervenções foram
fundamentais: Os haicais (como
linguagem escrita) e a fotografia
realizada a partir dos celulares dos
alunos. Tudo apreendido, sejam
os passos amparados pelos
colegas, seja a chuva, o vento e as
descobertas frescas no espaço,
algo que envolveu várias pessoas
como o Professor Élio, a
professora Mirinha e a
coordenadora Marília. Isso é o
exemplo de trabalho coletivo.
Prof. Rubens dos Santos –Geografia
EMEF Ileusa C. da Silva e E. E. Domingos
Mignoni
folhetim