Adriano Correia de Oliveira nasceu no Porto em 1942 e cresceu em uma família católica tradicional. Ele estudou Direito em Coimbra onde se envolveu com música e política, se tornando um importante cantor de intervenção contra o regime de Salazar. Após a revolução de 1974, ele continuou a lançar álbuns musicais até sua morte prematura em 1982 aos 40 anos de idade.
2. Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu no Porto, a 9 de Abril de
1942. Cresceu no seio de uma família tradicionalista católica.
Filho primogénito de Joaquim Gomes de Oliveira, agricultor, e de Laura
Correia, doméstica, Adriano passa a infância na Quinta de Porcas, em Avintes
(concelho de Vila Nova de Gaia). Seria aqui que iria despertar para as tarefas
culturais, tendo sido um dos fundadores da União Académica de Coimbra.
Intérprete do Fado de Coimbra e elemento da geração de cantores da
resistência ao Estado Novo, conhecida como música de intervenção chegando
também a atuar com Zeca Afonso nos tempos do TEP (Teatro Experimental do
Porto).
Fonte: WEB
BIOGRAFIA
3. Concluído o ensino liceal no Porto foi para Coimbra em 1959, estudando
Direito. Foi repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta, solista no Orfeão
Académico de Coimbra, fez parte do Grupo Universitário de Danças e
Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e
tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica de Coimbra.
Pouco depois editava o primeiro EP, acompanhado por António Portugal
e Rui Pato lançando, em 1963, o seu primeiro disco de vinil, Fados de
Coimbra, que continha Trova do vento que passa, balada fundamental
da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, transformado numa
espécie de hino do movimento estudantil de contestação ao regime.
4. Militante do Partido Comunista Português, a partir da década de 1960,
envolveu-se nas greves académicas de 1962 e concorreu à Direcção da
Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo Movimento de
Unidade Democrática (MUD).
Quando lhe faltava uma disciplina para terminar o curso de Direito,
trocou Coimbra por Lisboa, trabalhando no Gabinete de Imprensa da
Feira Industrial de Lisboa e como produtor da Editora Orfeu.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha
do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite e de Maria
Margarida de Seixas Nogueira de Lemos O casal, que mais tarde se
separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967 e José
Manuel, nascido em 1971. Chamado a cumprir o Serviço Militar, em
1967, ficaria apenas a uma disciplina de se formar em Direito.
Em 1969 editou O Canto e as Armas tendo todas as canções poesia de
Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues.
5. No ano seguinte sai o disco de vinil Cantaremos e em 1971 Gente d'Aqui e de Agora, que
marca o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, que tinha vinte anos. José
Niza foi o principal compositor neste disco que precedeu um silêncio de quatro anos,
recusando-se Adriano a enviar os textos à Censura.
1975 lançou Que Nunca Mais, com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da
Fonseca. Este vinil levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.
Fundou a Cooperativa Cantabril e publicou o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, em
1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava degradada,
rompeu com a direcção da Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova.
6. Em 1982, com quarenta anos, num sábado, dia 16 de Outubro, morreu em
Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma hemorragia esofágica.
A 24 de Setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da
Liberdade e a 24 de Abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do
Infante D. Henrique, em ambos os casos a título póstumo.
7. Escola Adriano Correia de Oliveira, Avintes
5º J – Português ; Professora: Carla Rema
Dia do patrono – 21 de março de 2014