O documento descreve o Mosteiro de São Bento de Singeverga, localizado em Roriz, Santo Tirso. Foi fundado em 1892 por monges do Mosteiro de Cucujães e segue a Regra de São Bento. Destaca-se a tela "A Adoração dos Reis Magos" atribuída a Tintoretto e uma coleção única de borboletas na Europa.
História e tipos de mosteiros e conventos cristãos
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3. Um mosteiro (ou
monastério) é uma
instituição e edifício
de habitação,
oração e trabalho
de uma
comunidade de
monges ou monjas.
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4. Originalmente era a
habitação, a cela de um
anacoreta ( anachorēta,
término grego Ανα-
χωρέω, que significa
'retirar-se'.
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Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa
5. Os mosteiros budistas são
chamados de Vihara (embora no
budismo tibetano possa ser
usado o termo "gompa"). Os
mosteiros cristãos ocidentais
também são chamados de
abadia, priorado, convento
cartuxo, convento de frades, e
preceptoria, enquanto a
habitação de freiras também
pode ser chamada de convento
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6. A vida comum de um
mosteiro cristão é
chamada cenobítica, ao
contrário do anacorético
(ou anacoreta) da vida
de um anacoreta e da
vida eremítica de um
eremita.
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OAnacoreta, de George Forero
7. Monaquismo cristão primitivo
O monaquismo cristão começou
no Egipto e depois continuou na
Abissínia (Etiópia). Segundo a
tradição, no século III, Antão do
Deserto foi o primeiro cristão a
adoptar este estilo de vida.
Passado algum tempo, outros o
seguiram.
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8. Originalmente, todos os
monges cristãos foram
eremitas, levando uma vida
de completo afastamento
da sociedade.
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9. Esses eremitas reuniam-se
semanalmente para assistir
à Santa Missa, onde
recebiam a Comunhão, e
para ouvir a Palavra de
Deus proclamada nas
igrejas.
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10. Numa etapa seguinte,
esses homens começaram
a agrupar-se em pequenos
recintos (chamados celas)
ao redor de uma igreja,
com alguma organização
central.
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11. Assim, em várias partes do
deserto egípcio, surgiram
as primeiras comunidades
monásticas, sob a
orientação de um pai
espiritual.
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N. Sra. De Alexandria
12. Monaquismo cristão no
Ocidente.
Uma das primeiras vezes em que
o Ocidente ouviu falar da vida
monástica foi através de Santo
Atanásio de Alexandria, que no
ano de 335 estava exilado em
Treves (ou Troyes, Languedoc).
Pela mesma época, peregrinos
ocidentais que retornavam da
Terra Santa falavam do que
haviam visto nos mosteiros.
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13. Monaquismo cristão no
Ocidente.
São Bento de Núrsia, nascido
por volta de 480, adaptaria
ainda mais o ideal monástico ao
caráter ocidental e, quando em
Monte Cassino escreveu a sua
Regra, formulou um modo de
vida monástica que mudou a
face da Europa.
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14. Em todos os seus detalhes, a
Regra de São Bento é
marcada por um espírito de
equilíbrio e de discrição que
possibilitou o seguimento
monástico a um número
muito maior de fiéis,
orientando e regulando um
estilo de vida rígido, mas sem
mortificações imoderadas.
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15. O século XII na Europa foi uma
época de intensa construção de
igrejas e de abadias, além das
grandes catedrais góticas, que são a
glória da cristandade. Ao mesmo
tempo em que se deu esse
progresso material, deu-se na Igreja
uma renovação espiritual, às vezes
estabelecendo um contraponto de
idéias e de costumes.
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16. Foi característica desse período
histórico a fundação de novas
ordens monásticas, como por
exemplo a dos Cartuxos, fundados
por São Bruno de Colónia em 1084,
e a dos Cistercienses, que, pelo
trabalho árduo, transformaram os
terrenos agrestes e até os pântanos
onde se localizavam seus mosteiros
em granjas produtivas por toda a
Europa.
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17. Filhos da Abadia de Cister,
fundada em 1098, os
cistercienses têm São
Bernardo de Claraval como
seu monge mais célebre.
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18. O termo convento, do latim
conventus, que significa
"assembleia", advém
originalmente da assembleia
romana, onde os cidadãos se
reuniam para fins
administrativos ou de justiça
(convéntum jurídicum).
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19. Posteriormente passou-se a
utilizar o termo no sentido
religioso do monasticismo,
quando para melhor servir e
amar a Deus, os homens se
retiravam do mundo, primeiro
sozinhos, depois em grupos de
monges (comunidades
religiosas), para edifícios
concebidos para este fim,
chamados de conventos.
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20. São Bento, no Ocidente, foi o
primeiro a criar a estrutura
que levava este nome.
Posteriormente ao trabalho da
Igreja, juntou-se o das
cruzadas, a partir do século
XII, nas Ordens militares, e o
dos apostolados nas Ordens
mendicantes.
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21. Os conventos, fosse qual
fosse o estilo arquitectónico
da sua construção,
mantinham um traçado
fundamentalmente igual,
dada as exigências da vida
religiosa em comunidade: a
igreja conventual com o coro;
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22. o claustro no rés-do-chão para
onde abriam as salas em que se
realizavam os outros actos de
vida em comum; a sala do
capítulo para as reuniões
solenes de instrução e
correcção, donde normalmente
também eram erguidos o
refeitório e a biblioteca;
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23. em cima, a toda a volta,
corriam os dormitórios, com
celas individuais; ao redor do
edifício, campo para recreio e
cultivo.
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24. Por vezes, o termo Convento é
confundido, erradamente, com
Mosteiro. Convento é o termo
usado para o edifício construído
na malha urbana, normalmente
delimitada por uma Muralha. A
designação de Mosteiro aplica-
se ao oposto, ou seja, para
edifício construído fora da
Cidade.
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São Cristóvão Lafões
25. Hoje em dia, devido à
expansão das cidades, muitos
Mosteiros encontram-se já em
Zona Urbana. No entanto, na
hora de os classificar, deve ser
levado em consideração o
entorno na data da sua
construção..
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26. Exemplo disso é o Mosteiro de
Celas, Coimbra. No séc. XIII
(data de fundação), estava a
alguns quilómetros da Cidade.
Hoje em dia, encontra-se em
pleno coração da malha
urbana.
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27. A raiz inicial da diferença
entre Convento e Mosteiro
está relacionada com a sua
fundação, ou seja, os frades
vivem desde o início em
Convento e os monges, vivem
em Mosteiro.
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28. No Convento, os frades
reúnem-se temporiariamente
para a vida fraterna em
comum (oração, partilha dos
trabalhos internos e externos,
momentos de recreação).
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29. Vivem em modo diferenciado
dos monges, porque a vida
dentro do recinto do Convento
é passageira, uma vez que a
missão dos frades é itinerante.
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31. Já os monges vivem na
estabilidade quase absoluta
dentro de um Mosteiro. No
Convento existem frades
(freis) não ordenados
ordenados (irmãos) e frades
ordenados.
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32. Cada um segue a vocação a
um chamado, seja para os
ministérios não ordenados,
seja para os ministérios
ordenados.
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33. No Mosteiro encontramos a
mesma configuração,
relacionada ao sacramento da
ordem ou não, ou seja,
existem monges irmãos e
monges sacerdotes.
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34. O guardião é o superior do
Convento. O abade é o
superior do Mosteiro.
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35. O Mosteiro de Singeverga foi
fundado em 1892 na freguesia
de Roriz, Santo Tirso, por
monges vindos de Cucujães,
onde se iniciara a restauração
da vida beneditina, após a
extinção das Ordens
Religiosas, em 1834.
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36. É o único mosteiro masculino
que, em Portugal, segue a
Regra de S. Bento.
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37. De todo o seu património, conta-se a tela A
Adoração dos Reis Magos atribuída a
Tintoretto. Esta obra pode ser contemplada
mesmo atrás do altar do mosteiro. Mosteiro de
Singeverga conta ainda com uma colecção de
borboletas única na Europa, que pode ser visitada
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39. Esta obra pode ser
contemplada mesmo atrás do
altar do mosteiro.
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40. O Mosteiro de São Bento de
Singeverga da ordem religiosa
beneditina encontra-se
situado na freguesia de Roriz,
concelho de Santo Tirso. Foi
fundado a 25 de Janeiro de
1892 pelo Mosteiro de São
Martinho de Cucujães, na casa
e quinta homónima.
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41. A recuperação do Mosteiro de
Cucujães, marca o início da
restauração da Ordem
Beneditina em Portugal,
iniciada por Dom João de
Santa Gertrudes Amorim,
abade daquele Mosteiro, em
finais do século XIX.
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42. O Mosteiro de Singeverga foi
agraciado em 1938, pela Santa
Sé com o título de Abadia,
sendo o seu primeiro abade,
Dom Plácido de Carvalho
entre (1938-1948).
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43. O Mosteiro de São Bento de
Singeverga foi marcado por
grande desenvolvimento e
expansão entre 1930 e 1960,
com uma forte afluência de
vocações, e a necessária
ampliação dos edifícios,
fundando mesmo novas
comunidades ou missões.
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44. O Mosteiro de São Bento de
Singeverga foi marcado por
grande desenvolvimento e
expansão entre 1930 e 1960,
com uma forte afluência de
vocações, e a necessária
ampliação dos edifícios,
fundando mesmo novas
comunidades ou missões.
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45. Ora et Labora
A vocação monástica, segundo a
Regra de São Bento ("Ora et
Labora") "Reza eTrabalha", implica
características específicas como:
A escuta da Palavra de Deus no
silêncio ou na reflexão, no
recolhimento, na leitura e na
contemplação;
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46. Ora et Labora
O trabalho quotidiano, de ordem
pastoral, intelectual, agrícola,
artesanal, manual, entre outros;
O acolhimento, na hospedaria, de
todos quantos vivem no mundo e
procuram no Mosteiro, um lugar e
tempo de reflexão, descanso e
oração.
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47. O trabalho quotidiano, de
ordem pastoral, intelectual,
agrícola, artesanal, manual,
entre outros;
O acolhimento, na hospedaria,
de todos quantos vivem no
mundo e procuram no Mosteiro,
um lugar e tempo de reflexão,
descanso e oração.
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