Este documento fornece uma introdução aos conceitos e representações cartográficas. Discute a evolução da cartografia, objetivos, tipos de documentos cartográficos, projeções e elementos essenciais de um mapa.
2. A EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA
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3. OBJETIVOS A ALCANÇAR
Ler, interpretar e representar espaços físicos
Diferenciar os principais documentos cartográficos (mapas, cartas,
croquis, globo terrestre, foto aérea e planta cartográfica)
Criar e ler símbolos e legendas.
Adquirir noções de direção, sentido, projeção, proporção, paisagem,
escala gráfica e escala numérica.
4. CARTOGRAFIA X CARTÓGRAFO
A Cartografia é a técnica e a arte de produzir documentos cartográficos. É
uma linguagem da Geografia. Ela engloba tarefas como: a obtenção de
informações sobre o espaço a ser mapeado, a pesquisa em livros e outros
escritos, a confecção de mapas, a sua impressão e a sua publicação.
Hoje ela está presente no cotidiano da sociedade,
levando soluções para problemas urbanos, de
segurança, saúde pública, turismo e auxiliando as
navegações.
As informações cartográficas constituem as bases
sobre as quais se tomam decisões e encontram
soluções para os problemas socioeconômicos e
técnicos existentes.
O Cartógrafo ou Engenheiro Cartográfico é o profissional que trabalha
na elaboração de mapas.
5. PRINCIPAIS DOCUMENTOS
CARTOGRÁFICOS
• MAPA (menor detalhamento / maior escala)
• CARTA (maior detalhamento / menor escala)
• PLANTA (de casa ou condomínio / maior
detalhamento)
• GLOBO TERRESTRE
• PLANISFÉRIO (MAPA MUNDI)
• MAQUETE
• ATLAS
• CROQUI
6.
7. CONCEPÇÃO DE UM DOCUMENTO CARTOGRÁFICO
Espaço Geográfico
Reconhecer
Abstração Selecionar
Classificar
Foto Aérea Simplificar
Cartógrafo
Desenho Simbolizar
•O objetivo da cartografia não é, como nos
estudos da geografia de quantificar ou classificar
a população de um determinado aglomerado Mapa
urbano ou mesmo o estudo do potencial de Ler
determinado solo pela agronomia, mas sim a Analizar
geração da representação gráfica dessas Interpretar
informações geográficas através de um meio de
comunicação entre que a gerou e o usuário. Usuário
(Geográfo)
8. O VELHO E O NOVO
As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos.
Atualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas
fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensoriamento remoto.
12. ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
Chegar a um lugar desconhecido utilizando um mapa ou abrir o guia de ruas para traçar
um bom caminho é uma tortura para muita gente.
Embora essas ações pareçam banais, realizá-las com desenvoltura envolve uma série de
conhecimentos que só são adquiridos num processo de alfabetização diferente.
Ele não envolve letras, palavras e pontuação, mas linhas, cores e formas. É a
aprendizagem da linguagem cartográfica ou alfabetização cartográfica. Aliás o uso de
mapas é uma forma de linguagem mais antiga do que a escrita.
13. A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE
DOMINAÇÃO CULTURAL
•Durante muito tempo, a cartografia restringiu-se a
uma ciência de elaboração de mapas.
•Cada civilização desenvolveu as suas próprias
ciências cartográficas.
•Logo, os mapas deixados por essas civilizações
constituem um reflexo de sua cultura e mostram as
visões que elas possuíam do mundo.
•As representações cartográficas não traduzem
apenas o nosso olhar sobre o mundo. Nelas podemos
identificar também os nossos interesses em relação ao
nosso espaço imediato, ou em relação ao espaço que
desejamos, de alguma forma, dominar.
15. MAPAS – O QUE É ? PARA QUE SERVE?
O mapa é um (a) :
1) Representação (abstrata) gráfica de uma área.
Ex: O rio é uma linha e não o rio.
2) Instrumento usado p/ orientação e localização no espaço
geográfico.
3) Forma de linguagem (visual)
4) Instrumento de trabalho (pesquisa), registro e informação.
16.
17. TIPOS DE MAPA
Os mapas fornecem informações sobre aspectos físicos ou naturais da
superfície terrestre e sobre dados culturais, ou seja, resultantes da ação do
homem. Existem, portanto, diversos tipos de mapa. Veja alguns exemplos:
• Os mapas políticos mostram municípios, estados, países, seus limites, capitais
e cidades importantes.
• Os mapas físicos representam um ou vários elementos naturais, como os rios
(hidrografia), as formas de relevo, as diferentes altitudes, os tipos de clima e os
tipos de vegetação.
• Os mapas econômicos representam as riquezas disponíveis e as atividades
praticadas num continente, país, estado ou município: jazidas minerais,
principais produtos agrícolas, tipos de indústria etc.
• Os mapas de população, também chamados de demográficos, mostram a
distribuição da população no espaço geográfico.
• Os mapas históricos apresentam informações sobre determinado momento
histórico.
18. Brasil: Divisão política Brasil - Clima
(capitais)
Mapas: Mário Yoshida
Fonte: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. Fonte: Anuário estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1999
33 (adaptado). (adaptado).
19. Brasil – Povos indígenas
Brasil – Recursos minerais (século XVI)
Fonte: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 82 Fonte: Manoel M. de Albuquerque e outros. Atlas histórico
(adaptado). escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1983 (adaptado).
20. ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UM MAPA
Todo bom mapa deve conter CINCO elementos principais:
TÍTULO
LEGENDA (símbolos e cores)*
ESCALA
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
ORIENTAÇÃO
Esses elementos asseguram a leitura
e a interpretação precisas das
informações nele contidas.
* Também chamados de Convenções Cartográficas, isto é, sistema simbólico.
21. CORES DO MAPA
Azul : água
Vermelho: construções
Sépia (marrom) : curvas de
nível
Verde : vegetação
Preto: limites e estradas
rodo e ferroviárias.
23. ESCALA CARTOGRÁFICA
DEFINIÇÃO: É a relação matemática entre o comprimento ou a distância medida sobre um
mapa e a sua medida real na superfície terrestre.
Pode ser de 2 tipos:
1- Escala Gráfica:
2- Escala Numérica:
24. CARTOGRAFIA X MEDICINA
ONDE
COMEÇOU
A
EPIDEMIA
?
Mapa da Cidade de Paris com foco de Varíola
25. MAPA TOPOGRÁFICO (CURVAS DE NÍVEL )
As curvas de nível
são linhas que
unem pontos de
igual altitude. A
partir delas
podemos fazer um
Mapa Topográfico
(Relevo) e uma
interpretação do
relevo.
27. (UFAL) Observe atentamente a figura a seguir. Trata-se de um esboço de curvas de nível.
Assinale qual a forma de relevo que mais se aproxima do que está representado pelas
curvas de nível no trecho XY.
A) C)
B) D)
28. (UFMA) Com base na figura abaixo, identifique as feições
topográficas orientadas pelas direções cardeais e colaterais.
a) Terreno íngreme ao nordeste e aplainados a oeste e a leste.
b) Terreno aplainado ao noroeste e íngreme ao sudoeste e leste.
c) Terreno íngreme ao oeste e leste e aplainado ao norte.
d) Terreno aplainado ao norte e íngreme ao noroeste e sudeste
e) Terreno íngreme ao sudeste e sudoeste e aplainado ao nordeste
29. MAQUETE
Nem todas as representações do
espaço geográfico mostram uma
visão bidimensional, como a planta
e o mapa.
A maquete é uma representação,
em miniatura e escala, de uma
construção (casa, edifício, fábrica
etc.) ou de um lugar. Ela pode ser
feita de diferentes tipos de
materiais.
Diferentemente dos mapas e
plantas, a maquete mostra uma
visão tridimensional da área
representada. Esta é a visão que
temos das coisas em nosso dia a
dia, pois vemos a altura, a largura e Sala de Aula: Visão Oblíqua
o comprimento, ou seja, três
dimensões.
33. ATLAS (GEOGRÁFICO)
Atlas é um livro de mapas de
vários tipos (físicos, políticos
etc.), que também pode
conter gráficos e tabelas. A
maioria dos historiadores
atribui a Cláudio Ptolomeu,
que viveu no Egito no século
II, a publicação do primeiro
atlas. Mas foi Gerardus
Mercator, cartógrafo do
século XVI, o primeiro a usar
o nome de atlas para uma Mapa do Ártico criado em 1595 por
coleção de mapas. Gerardus Mercator.
35. REPRESENTAÇÕES DA TERRA
O Globo Terrestre tem como principal função ilustrar os Movimentos da Terra
(Dia/Noite, Estações do Ano, Ano Bissexto, Solstícios e Equinócios, etc.), os Fusos
Horários e a Dinâmica Climática do planeta.
37. QUAL É A FORMA DA TERRA?
• A superfície topográfica da Terra apresenta uma forma muito irregular, com
elevações e depressões.
Raio ≈ 6 400 km
Comprimento no Equador ≈ 40.072 km
Eratóstenes (séc. III a.c.)
7º = 1/50 de 360º
D= 800km , logo 800 x 50 = 40.000Km
38. HISTÓRICO
• 580 a.C. / 500 a.C.
– Pitágoras apresenta a figura esférica da Terra, pois a
humanidade deveria viver numa forma perfeita.
Perfeição Divina
• 384 a. C. / 322 a. C.
– Aristóteles apresenta a figura esférica da Terra através
de observações.
• Barco aproximando ou afastando do porto
• Sombra da Terra na Lua
39. HISTÓRICO
• 276 a. C. / 194 a. C.
– Erastostenes calcula o valor o valor da circunferência da
Terra
40. A TERRA É GEÓIDE
Achatada nos pólos devido ao
movimento de ROTAÇÃO e
GRAVIDADE (Newton) igual a
pizza girando
RELEVO
41. FOTO
GRAVIMÉTRICA
MOSTRA FORMA
GEÓIDE
Essas informações
são essenciais para
medir a
movimentação dos
oceanos, a
mudança do nível
do mar e a
dinâmica do gelo –
e para entender
como são afetados
pelas mudanças
climáticas.
44. FOTOMONTAGEM DA NASA EM NOITE SEM NUVENS
ERRO: Essa foto só é possível por construção no computador devido
ao movimento de rotação metade do globo deveria estar claro.
45. DA ESFERA AO PLANO
Repare nas
deformações nas
áreas próximas aos
pólos.
DO GEÓIDE AO PLANÍSFÉRIO
46. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
PROJEÇÃO - O processo de sistematicamente transformar partes da Terra esférica
para que sejam representadas em uma superfície plana mantendo as relações
espaciais.
O grande problema da cartografia consiste em ter de representar uma
superfície esférica num plano, pois, como é sabido, a esfera é um sólido não-
desenvolvível, isto é, não achatável ou não planificável. Assim, sempre que
achatarmos uma esfera, necessariamente ela sofrerá alterações ou
deformações.
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DA ESFERA AO PLANO
47. PROJEÇÃO DE MERCATOR X PETERS
Séc. XV - Visão Eurocêntrica : Séc. XIX - Privilegiou os países
Supervalorizou o tamanho dos países subdesenvolvidos com seus tamanhos
Desenvolvidos reais
49. (UNICAMP) Abaixo é reproduzido um mapa-múndi na projeção de Mercator.
É possível afirmar que, nesta projeção,
a) os meridianos e paralelos não se cruzam formando ângulos de 90°, o que
promove um aumento das massas continentais em latitudes elevadas.
b) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos de 90°, o que
distorce mais as porções terrestres próximas aos polos e menos as porções
próximas ao equador.
c) não há distorções nas massas continentais e oceanos em nenhuma
latitude, possibilitando o uso deste mapa para a navegação marítima até os
dias atuais.
d) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos perfeitos de 90°, o
que possibilita a representação da Terra sem deformações.