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Material de Revisão
 1 º Filosofia
Tema: Em Busca da Felicidade
Prof. Felipe Serra
EM BUSCA DA FELICIDADE

O que é felicidade? Grande parte da humanidade já se fez esta
   pergunta. Para alguns os problemas do cotidiano, os
   sofrimentos físicos e morais, a fome, a pobreza, a violência e a
   morte, ou simplesmente o tédio de não se saber o que fazer da
   vida, são empecilhos severos para se ter felicidade. Mas será
   mesmo que devemos esperar que todos os problemas se
   resolvam para só então encontrarmos a felicidade? Pelo que
   parece a felicidade sempre esta do lado de fora da nossa cerca.
   Sempre parece vindoura, mas nunca chega. A definição de
   felicidade é complexa porque se confunde muitas vezes com
   alegrias momentâneas.

Por exemplo, para grande parte da população o dinheiro, o
   consumo desenfreado de bens matérias se traduz em felicidade.
   Por essa razão tantos esperam as férias perfeitas, o par perfeito,
   o lugar inesquecível, a aposentadoria dos sonhos, mas não
   vivem o presente como ele realmente é, com todos os seus
   espinhos e suas glórias. Há pessoas que criam, fantasiam uma
   vida ilusória, por meio da fama, da mídia e glamour (estando ela
   no meio da fama, ou simplesmente dentro de sua casa
   fantasiando idéias ao ser hipnotizado por novela, por exemplo.).

Ao contrário disso tudo a felicidade encontra-se mais no que o ser
   humano faz de si próprio e menos no que consegue alcançar
   com bens materiais e sucessos.
I – EXPERIÊNCIA DE SER
             Para que possamos conseguir um
               sentimento de satisfação, que
               em geral a felicidade comporta
               é necessário que reflitamos
               sobre nós mesmos para que
               possamos      saber     o   que
               realmente queremos, o que nos
               influência e quais são os nossos
               verdadeiros objetivos. Ou seja,
               projetos que darão sentido as
               nossas decisões. Caso o
               contrário poderemos ficar como
               “baratas tontas”, perdidos, ou
               como “Maria vai com as outras”
               fazendo o que os outros acham
               melhor para nossa vida.
II - NARCISO E O INDIVIDUALISMO
Existem varias versos sobre o mito de
   narciso, em geral a maioria conta
   sobre um jovem tão belo que
   despertava o amor das pessoas, e
   mesmo com sua beleza encantadora
   lhe possibilitando amar varias, não
   amava ninguém. Até que um dia viu
   sua imagem refletida em um lago e
   se apaixonou, e isso o levou a morte.
   Em algumas versões eles se suicida
   por não poder viver aquela paixão,
   em outras, definha contemplando a
   própria beleza, em fim, são muitas
   variantes. Do sangue dele na terra
   nasce a flor branca que recebe teu
   nome, Narciso.
O mito é usado no mundo todo
  para refletir sobre uma
  forma de individualismo na
  qual a pessoa se perde num
  exacerbado amor próprio,
  que a priva num sentimento
  egoísta pelo qual os outros
  não importam, e assim,
  centrada em si mesma e
  desconsiderando o coletivo,
  fere, magoa, “atropela e
  passa por cima”, pois perdida
  em si não consegue ver os
  outro, passando a moral
  inescrupulosa, isolando-se e
  criando inimigos. É o que
  chamamos                   de
  INDIVIDUALISMO EGOÍSTA.
Mas     existe    outro    tipo,    o
  INDIVIDUALISMO RESPONSÁVEL.
  Nesse a pessoa se respeita, tem
  amor próprio e colocando-se em
  primeiro     lugar,   mas      não
  desconsidera os outros, e nem sua
  responsabilidade para com eles. E
  por meio da auto-reflexão busca se
  conhecer, saber o que quer para
  construir um projeto de vida, dessa
  forma exercendo autonomia de
  decisão. Pois só estando bem
  consigo, ciente de suas qualidades
  e defeitos, como de suas
  expectativas e possibilidades, e
  que é possível estar em equilíbrio
  para lidar bem com os outros. E
  assim desenvolver uma relação
  interpessoal de sucesso, capaz de
  colaborar com seu projeto pessoal
  e com o projeto do grupo.
III – TIPOS DE AMOR
Existem vários tipos de amor, mas para evitar
    confusão trabalharemos com a divisão em três
    tipos: Filía, Ágape e Eros.

Filía: é o amor entre familiares, amigos, e membros
    de uma comunidade, etc.
Ágape: é o amor da caridade, das ações sociais, das
    lutas pelos direitos dos semelhantes...
Eros: é o amor carnal entre pessoas. OBS: no tópico
    de Freud veremos uma divergência desse
    conceito e como isso levou a incompreensão de
    muitos sobre o pensamento deste autor.

Vale ressaltar que o amor Filía estabelece
   generosidade, reciprocidade e desprendimento
   mútuos. Enquanto o Ágape não pré-supõe
   reciprocidade, muito menos mutualidade no
   desprendimento e na generosidade. Já o Eros
   não só exige mutualidade como, quase sempre,
   exclusividade.
O CONCEITO DE FELICIDADE NAS DIFERENTES
       VERTENTES DA HUMANIDADE
IV- SIDDHARTHA GAUTAMA
Considerava que para conseguir o estágio de paz interior
(felicidade), ou seja, atingir o “Bodhi” (a iluminação) quando a
pessoa consegue compreender as “quatro nobres verdades”: 1º
reconhecer o sofrimento, 2º buscar a origem do sofrimento, 3º
decretar do sofrimento, 4º passar pelo “caminho” para cessar o
sofrimento. Este último considera a superação do ego, ou seja, a
superação do “eu”, isso quer dizer que na interpretação dele
devemos deixar de desejar, abandonar o “eu quero” e “eu não
quero” e viver o agora. Segundo essa lógica de pensamento
seria a busca por essa felicidade (realização dos desejos,
objetivos) a origem do sofrimento, porque após a realização de
determinado objetivo (desejo) a felicidade que o originou se
torna vazia passando a outro querer num ciclo sem fim. É como
uma droga que cada vez que é consumida leva a necessidade de
mais e mais, e nunca há satisfação durável só aumenta o vazio.
Assim para Gautama não existe a concepção de felicidade e sim
a paz interior que seria a negação aos desejos (eu quero ou eu
não quero), e a valorização do agora.
V- NIETZSCHE
Para Nietzsche a sociedade ocidental se baseia em duas
morais referentes a sua origem no escravismo da Roma
antiga: a moral do escravo X a moral do aristocrata. O
escravo para agüentar sua realidade horrível inventa uma
moral na qual todo o sofrimento que ele é obrigado a
passar será recompensado em um mundo imaginário que
ele mesmo criou e que ninguém nunca viu mas que existe
para ele após a vida. Nessa moral o escravo apresenta um
grande ressentimento para com o aristocrata sendo que
todo o seu sofrimento será beneficiado e todos os
benefícios do aristocrata serão punidos. Já na moral do
aristocrata ele faz tudo que deseja pois ele pode e na
realização dos seus desejos ele encontra sentimento de
satisfação e assim não vive uma vida de ressentimentos e
amarguras, mais sim de plenitude. Logo para Nietzsche a
felicidade é a plena realização dos seus desejos individuais.
Restando para o escravo a felicidade de rebanho, que
consiste em abrir mão da individualidade para atender os
desejos da coletividade ou às regras da sociedade.
V- IDEALISTAS X MATERIALISTAS:
    A INTRETAÇÃO DO CORPO

Idealistas: acreditam que a realidade é
  construída por meio das idéias.


Materialistas: acreditam que o social
 (a realidade) determina a consciência.
PLATÃO
Defendia a existência de dois mundos o mundo
sensível e o mundo inteligível o mundo sensível é
aquele que podemos conhecer por meio das
nossas sensibilidades corporais (visão, olfato...),
juntamente com o senso comum. O mundo
inteligível é perceptível por meio do estudo, da
busca por conhecimento e por novas formas de
entendimento do mundo. Nessa mesma lógica ele
entendia o ser humano como que divido em duas
partes (dualismo platônico), o corpo (matéria) e a
alma (espírito e consciência) sendo está ultima
dividida em: Alma superior = Logus = Razão e Alma
inferior = Eros = (coragem “irascível” + desejo
“concupiscível”). Assim a alma inferior e o corpo
são passiveis de corrupção, decadência moral e
erro. Por isso a alma superior (logos = razão) tem
que controlar as paixões e os desejos. Portanto,
todo esforço humano consiste no domínio da alma
superior sobre a inferior.
DESCARTES


        Defendia a idéia do “corpo-
        máquina”, segundo a qual a alma é
        a razão e o corpo, inferior, concede
        a ela os sentimentos. Cabe a alma
        controlar     as    paixões      que
        prejudicam a atividade intelectual
        e provocam a tristeza. Assim a
        maior felicidade do homem é o uso
        adequado da razão adquirido pelo
        estudo a mais útil das ocupações, a
        mais agradável e mais doce.
ESPINOSA

Rompe com esse dualismo (corpo e alma), a suateoria do
paralelismo, segundo esta quando passivos somos de corpo e
alma, e do contrario, quando ativos também somos de corpo
e alma. Ele ainda concebe a paixão alegre e a triste. Sendo
que a primeira ocorre quando nossa força interna aumenta e,
por conseguinte, nosso ser e capacidade de agir. A paixão
triste é quando uma causa externa é mais forte que nossa
força interna assim afasta nossa potência de agir, por ser
geradora de ódio, indagação, inveja, crueldade,
ressentimento, melancolia, remorso, vingança, etc,
sentimentos que tomam tempo, tornam nebulosa a visão,
cegam o caminho da felicidade. Por isso só uma paixão alegre
pode destruir uma paixão triste.
FREUD

Para ele a consciência humana não é o centro das decisões e do
controle dos desejos. Pois diante das forças conflitantes internas
no individuo, ele reage mais desconhece os determinantes, que
estariam no inconsciente, escondida na memória pela repressão
dos desejos. Vale lembre que diferente de outros autores Freud
interpreta Eros como desejo no sentido amplo, e não só o desejo
pela pessoa amada (o amor carnal), mas de varias ordens. Ele diz
que essa força que impulsiona o ser a agir para realizar seus
desejos (necessidades), a qual chama de Libido, está presente em
todas os atos psíquicos o que nos permite encontrar prazer em
varias atividades, não só a sexual, como jogos, investigação
intelectual, trabalho, produção artística,etc. O mal estar humano
está no não equilíbrio do inconsciente pelo EGO, das
determinações do ID e do SUPEREGO. Mas o que vem a ser EGO,
ID e SUPEREGO? Vejamos:
ID, EGO e SUPEREGO

        • ID: Constitui o reservatório de energia psíquica,
          das características atribuídas ao sistema
          inconsciente, e é regido pelo princípio do prazer
          (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo).
        • SUPEREGO: Origina-se da internalização das
          proibições, dos limites e da autoridade. (É algo
          além do ego que fica sempre te censurando e
          dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo,
          não faça isso, ou seja, aquela que dói quando
          prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)
        • EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio
          entre as exigências do id, as exigências da
          realidade e as ordens do superego. A verdadeira
          personalidade, que decide se acata as decisões
          do (Id) ou do (Superego).
Acontece que às vezes o EGO de uma pessoa só
dá ouvidos ao ID, e assim ele age unicamente
por     prazer,  sendo     inconseqüente    e
irresponsável. Ou escuta apenas o SUPEREGO
se reprimindo e se culpando excessivamente, o
que pode levá-la a depressão. Mas é
perfeitamente possível que o individuo
estabeleça o equilíbrio sobre o EGO, às vezes
com ajuda outras sozinho, porém é algo que só
ele pode fazer.
FOUCAULT

   No livro “microfisica do poder” ele argumente
   que o poder não é exercido somente através das
   grandes estruturas como o estado, mas também
   das pequenas relações, pelas quais os indivíduos,
   alienados por nascer sobre a lógica das ideologias
   dominantes, vigiam e punem uns aos outros para
   garantir o cumprimento das regras estabelecidas.
   Nesse sentido existem relações de poder
   (determinar o que dever ser feito e punir no
   descumprimento) na família, nos casais, entre os
   amigos, nas escolas, nas igrejas, nos locais de
   trabalho, etc
VEJA UM RESUMO DO MITO DAS
         CAVERNAS

• Link:



http://www.brasilescola.com/filosofia/mito
  -caverna-platao.htm

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Material de revisão

  • 1. Material de Revisão 1 º Filosofia Tema: Em Busca da Felicidade Prof. Felipe Serra
  • 2. EM BUSCA DA FELICIDADE O que é felicidade? Grande parte da humanidade já se fez esta pergunta. Para alguns os problemas do cotidiano, os sofrimentos físicos e morais, a fome, a pobreza, a violência e a morte, ou simplesmente o tédio de não se saber o que fazer da vida, são empecilhos severos para se ter felicidade. Mas será mesmo que devemos esperar que todos os problemas se resolvam para só então encontrarmos a felicidade? Pelo que parece a felicidade sempre esta do lado de fora da nossa cerca. Sempre parece vindoura, mas nunca chega. A definição de felicidade é complexa porque se confunde muitas vezes com alegrias momentâneas. Por exemplo, para grande parte da população o dinheiro, o consumo desenfreado de bens matérias se traduz em felicidade. Por essa razão tantos esperam as férias perfeitas, o par perfeito, o lugar inesquecível, a aposentadoria dos sonhos, mas não vivem o presente como ele realmente é, com todos os seus espinhos e suas glórias. Há pessoas que criam, fantasiam uma vida ilusória, por meio da fama, da mídia e glamour (estando ela no meio da fama, ou simplesmente dentro de sua casa fantasiando idéias ao ser hipnotizado por novela, por exemplo.). Ao contrário disso tudo a felicidade encontra-se mais no que o ser humano faz de si próprio e menos no que consegue alcançar com bens materiais e sucessos.
  • 3. I – EXPERIÊNCIA DE SER Para que possamos conseguir um sentimento de satisfação, que em geral a felicidade comporta é necessário que reflitamos sobre nós mesmos para que possamos saber o que realmente queremos, o que nos influência e quais são os nossos verdadeiros objetivos. Ou seja, projetos que darão sentido as nossas decisões. Caso o contrário poderemos ficar como “baratas tontas”, perdidos, ou como “Maria vai com as outras” fazendo o que os outros acham melhor para nossa vida.
  • 4. II - NARCISO E O INDIVIDUALISMO Existem varias versos sobre o mito de narciso, em geral a maioria conta sobre um jovem tão belo que despertava o amor das pessoas, e mesmo com sua beleza encantadora lhe possibilitando amar varias, não amava ninguém. Até que um dia viu sua imagem refletida em um lago e se apaixonou, e isso o levou a morte. Em algumas versões eles se suicida por não poder viver aquela paixão, em outras, definha contemplando a própria beleza, em fim, são muitas variantes. Do sangue dele na terra nasce a flor branca que recebe teu nome, Narciso.
  • 5. O mito é usado no mundo todo para refletir sobre uma forma de individualismo na qual a pessoa se perde num exacerbado amor próprio, que a priva num sentimento egoísta pelo qual os outros não importam, e assim, centrada em si mesma e desconsiderando o coletivo, fere, magoa, “atropela e passa por cima”, pois perdida em si não consegue ver os outro, passando a moral inescrupulosa, isolando-se e criando inimigos. É o que chamamos de INDIVIDUALISMO EGOÍSTA.
  • 6. Mas existe outro tipo, o INDIVIDUALISMO RESPONSÁVEL. Nesse a pessoa se respeita, tem amor próprio e colocando-se em primeiro lugar, mas não desconsidera os outros, e nem sua responsabilidade para com eles. E por meio da auto-reflexão busca se conhecer, saber o que quer para construir um projeto de vida, dessa forma exercendo autonomia de decisão. Pois só estando bem consigo, ciente de suas qualidades e defeitos, como de suas expectativas e possibilidades, e que é possível estar em equilíbrio para lidar bem com os outros. E assim desenvolver uma relação interpessoal de sucesso, capaz de colaborar com seu projeto pessoal e com o projeto do grupo.
  • 7. III – TIPOS DE AMOR Existem vários tipos de amor, mas para evitar confusão trabalharemos com a divisão em três tipos: Filía, Ágape e Eros. Filía: é o amor entre familiares, amigos, e membros de uma comunidade, etc. Ágape: é o amor da caridade, das ações sociais, das lutas pelos direitos dos semelhantes... Eros: é o amor carnal entre pessoas. OBS: no tópico de Freud veremos uma divergência desse conceito e como isso levou a incompreensão de muitos sobre o pensamento deste autor. Vale ressaltar que o amor Filía estabelece generosidade, reciprocidade e desprendimento mútuos. Enquanto o Ágape não pré-supõe reciprocidade, muito menos mutualidade no desprendimento e na generosidade. Já o Eros não só exige mutualidade como, quase sempre, exclusividade.
  • 8. O CONCEITO DE FELICIDADE NAS DIFERENTES VERTENTES DA HUMANIDADE
  • 9. IV- SIDDHARTHA GAUTAMA Considerava que para conseguir o estágio de paz interior (felicidade), ou seja, atingir o “Bodhi” (a iluminação) quando a pessoa consegue compreender as “quatro nobres verdades”: 1º reconhecer o sofrimento, 2º buscar a origem do sofrimento, 3º decretar do sofrimento, 4º passar pelo “caminho” para cessar o sofrimento. Este último considera a superação do ego, ou seja, a superação do “eu”, isso quer dizer que na interpretação dele devemos deixar de desejar, abandonar o “eu quero” e “eu não quero” e viver o agora. Segundo essa lógica de pensamento seria a busca por essa felicidade (realização dos desejos, objetivos) a origem do sofrimento, porque após a realização de determinado objetivo (desejo) a felicidade que o originou se torna vazia passando a outro querer num ciclo sem fim. É como uma droga que cada vez que é consumida leva a necessidade de mais e mais, e nunca há satisfação durável só aumenta o vazio. Assim para Gautama não existe a concepção de felicidade e sim a paz interior que seria a negação aos desejos (eu quero ou eu não quero), e a valorização do agora.
  • 10. V- NIETZSCHE Para Nietzsche a sociedade ocidental se baseia em duas morais referentes a sua origem no escravismo da Roma antiga: a moral do escravo X a moral do aristocrata. O escravo para agüentar sua realidade horrível inventa uma moral na qual todo o sofrimento que ele é obrigado a passar será recompensado em um mundo imaginário que ele mesmo criou e que ninguém nunca viu mas que existe para ele após a vida. Nessa moral o escravo apresenta um grande ressentimento para com o aristocrata sendo que todo o seu sofrimento será beneficiado e todos os benefícios do aristocrata serão punidos. Já na moral do aristocrata ele faz tudo que deseja pois ele pode e na realização dos seus desejos ele encontra sentimento de satisfação e assim não vive uma vida de ressentimentos e amarguras, mais sim de plenitude. Logo para Nietzsche a felicidade é a plena realização dos seus desejos individuais. Restando para o escravo a felicidade de rebanho, que consiste em abrir mão da individualidade para atender os desejos da coletividade ou às regras da sociedade.
  • 11. V- IDEALISTAS X MATERIALISTAS: A INTRETAÇÃO DO CORPO Idealistas: acreditam que a realidade é construída por meio das idéias. Materialistas: acreditam que o social (a realidade) determina a consciência.
  • 12. PLATÃO Defendia a existência de dois mundos o mundo sensível e o mundo inteligível o mundo sensível é aquele que podemos conhecer por meio das nossas sensibilidades corporais (visão, olfato...), juntamente com o senso comum. O mundo inteligível é perceptível por meio do estudo, da busca por conhecimento e por novas formas de entendimento do mundo. Nessa mesma lógica ele entendia o ser humano como que divido em duas partes (dualismo platônico), o corpo (matéria) e a alma (espírito e consciência) sendo está ultima dividida em: Alma superior = Logus = Razão e Alma inferior = Eros = (coragem “irascível” + desejo “concupiscível”). Assim a alma inferior e o corpo são passiveis de corrupção, decadência moral e erro. Por isso a alma superior (logos = razão) tem que controlar as paixões e os desejos. Portanto, todo esforço humano consiste no domínio da alma superior sobre a inferior.
  • 13. DESCARTES Defendia a idéia do “corpo- máquina”, segundo a qual a alma é a razão e o corpo, inferior, concede a ela os sentimentos. Cabe a alma controlar as paixões que prejudicam a atividade intelectual e provocam a tristeza. Assim a maior felicidade do homem é o uso adequado da razão adquirido pelo estudo a mais útil das ocupações, a mais agradável e mais doce.
  • 14. ESPINOSA Rompe com esse dualismo (corpo e alma), a suateoria do paralelismo, segundo esta quando passivos somos de corpo e alma, e do contrario, quando ativos também somos de corpo e alma. Ele ainda concebe a paixão alegre e a triste. Sendo que a primeira ocorre quando nossa força interna aumenta e, por conseguinte, nosso ser e capacidade de agir. A paixão triste é quando uma causa externa é mais forte que nossa força interna assim afasta nossa potência de agir, por ser geradora de ódio, indagação, inveja, crueldade, ressentimento, melancolia, remorso, vingança, etc, sentimentos que tomam tempo, tornam nebulosa a visão, cegam o caminho da felicidade. Por isso só uma paixão alegre pode destruir uma paixão triste.
  • 15. FREUD Para ele a consciência humana não é o centro das decisões e do controle dos desejos. Pois diante das forças conflitantes internas no individuo, ele reage mais desconhece os determinantes, que estariam no inconsciente, escondida na memória pela repressão dos desejos. Vale lembre que diferente de outros autores Freud interpreta Eros como desejo no sentido amplo, e não só o desejo pela pessoa amada (o amor carnal), mas de varias ordens. Ele diz que essa força que impulsiona o ser a agir para realizar seus desejos (necessidades), a qual chama de Libido, está presente em todas os atos psíquicos o que nos permite encontrar prazer em varias atividades, não só a sexual, como jogos, investigação intelectual, trabalho, produção artística,etc. O mal estar humano está no não equilíbrio do inconsciente pelo EGO, das determinações do ID e do SUPEREGO. Mas o que vem a ser EGO, ID e SUPEREGO? Vejamos:
  • 16. ID, EGO e SUPEREGO • ID: Constitui o reservatório de energia psíquica, das características atribuídas ao sistema inconsciente, e é regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo). • SUPEREGO: Origina-se da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".) • EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do (Id) ou do (Superego).
  • 17. Acontece que às vezes o EGO de uma pessoa só dá ouvidos ao ID, e assim ele age unicamente por prazer, sendo inconseqüente e irresponsável. Ou escuta apenas o SUPEREGO se reprimindo e se culpando excessivamente, o que pode levá-la a depressão. Mas é perfeitamente possível que o individuo estabeleça o equilíbrio sobre o EGO, às vezes com ajuda outras sozinho, porém é algo que só ele pode fazer.
  • 18. FOUCAULT No livro “microfisica do poder” ele argumente que o poder não é exercido somente através das grandes estruturas como o estado, mas também das pequenas relações, pelas quais os indivíduos, alienados por nascer sobre a lógica das ideologias dominantes, vigiam e punem uns aos outros para garantir o cumprimento das regras estabelecidas. Nesse sentido existem relações de poder (determinar o que dever ser feito e punir no descumprimento) na família, nos casais, entre os amigos, nas escolas, nas igrejas, nos locais de trabalho, etc
  • 19. VEJA UM RESUMO DO MITO DAS CAVERNAS • Link: http://www.brasilescola.com/filosofia/mito -caverna-platao.htm