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A vida em Portugal
Antigamente
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Todososdireitosreservados
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Portugal, um retrato social
Transformação
dos direitos e
hábitos sociais
da mulher
Dizia o Código Civil de 1966: “O
marido é o chefe da família,
competindo-lhe nessa qualidade
representá-la e decidir em todos os
atos da vida conjugal comum (…).
Diz a Constituição,
desde 1976: “Todos os
cidadãos têm a mesma
dignidade social e são
iguais perante a lei”.
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mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019
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Vida
doméstica
Aos homens competia ganhar o
sustento da família, às mulheres
serem boas domésticas, esposas e
mães. Em vésperas da Revolução,
Portugal tinha quase 70% de donas de
casa, entre os 20 e os 54 anos. Embora
praticamente confinasse a sua vida a
quatro paredes, a função era
prestigiante e permitia alguma
independência, como ilustra o velho
provérbio «Em casa quem manda
é ela, mas nela quem manda
sou eu.»
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Vida
doméstica
Hoje, e apesar de trabalharem,
as mulheres continuam a
comandar as tarefas domésticas:
um estudo recente do Instituto de
Ciências Sociais revelou que elas
despendem em média 21
horas por semana nas
tarefas domésticas e eles
oito. Nos cuidados familiares,
nomeadamente com os filhos, eles
gastam nove horas semanais e
elas 17.
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Trabalho
O marido podia impedir que
a esposa trabalhasse fora de
casa e algumas profissões
estavam vedadas às mulheres,
como a magistratura judicial, o
ministério público, a diplomacia
e as forças de segurança. Por
outro lado, só as solteiras
podiam ser hospedeiras de bordo
ou enfermeiras.
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Trabalho
A partir da década de 60 houve um
aumento da força laboral feminina devido à onda
de emigração de cerca de um milhão de
portugueses, maioritariamente masculina numa
primeira fase, e às guerras coloniais que fizeram
sair do país milhares de homens.
Em 1974, só 19% trabalhava
fora de casa, sobretudo jovens dos 15
aos 24 anos e não casadas. Atualmente a
população ativa feminina aproxima-se da
masculina: representavam em 2015 48,8%
e 51,1%, respetivamente.
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Salários
Em geral, as mulheres ganhavam
menos cerca de 40% do que os
homens. Em setembro de 1974, por exemplo,
no setor industrial o salário médio masculino era
de 5885 escudos, enquanto o feminino ficava nos
3783 escudos.
As desigualdades salariais
persistem muitos anos depois: em 2013,
segundo dados da Pordata, os homens
tinham uma remuneração base média de
993,2 euros e as mulheres de 815,6 euros.
Incluindo horas extras, subsídios e prémios,
os valores são, respetivamente, de 1.208,8 e
957,6 euros.
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Maternidade
O papel de mãe era
muitíssimo valorizado mas a
função disciplinadora cabia ao
pai ou era desempenhado pela mulher
em nome dele. A ela competia
também ensinar as filhas
a serem boas donas de
casa, esposas e mães,
reproduzindo os valores que sempre a
tinham orientado.
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Maternidade
No último período do Estado Novo e
sobretudo em Lisboa, ter estudos e um
emprego eram cada vez mais
encarados como desejáveis para que
as jovens pudessem vir a ter uma vida
melhor.
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Maternidade
Hoje a responsabilidade com
os filhos é partilhada pelos
pais e estudar e conseguir trabalho
são objetivos comuns.
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Maternidade
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Entretanto, o número médio de
filhos por mulher diminuiu
consideravelmente, de 3 em 1970
para 1,23 em 2014. Casais sem
descendência têm vindo a aumentar e não
escapam à pergunta “quando é que têm
um bebé?”, sendo que esta pressão social
recai sobretudo sobre as mulheres
Educação
Em 1970 a taxa de analfabetismo das
mulheres era bastante superior à dos
homens: 31% e 19,7%, respetivamente.
Apesar do enorme decréscimo, a
situação mantinha-se em 2011: 6,8%
versus 3,5%.
Nas escolas, houve e ainda há mais homens
matriculados do que mulheres no total dos
graus de ensino: em 1978, 52% e 48%,
respetivamente, taxas que se aproximam em
2014, sendo a masculina de 50,9% e a
feminina de 49,1%.
É nas universidades que elas se destacam:
se em 1970 os homens representavam 55,6% e as mulheres
44,4%, em 2011 eles eram apenas 45,7% e elas 54,3%.
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Namoro e sexo
O namoro servia para exibir
as qualidades femininas e
provar que a mulher era
decente, ou seja, que cumpria as normas
da castidade e da virgindade. Chegar virgem
ao casamento era uma espécie de garantia
de que seria uma esposa fiel – aliás, caso não
o fosse poderia ser legalmente repudiada
pelo marido – e a mulher só devia “conhecer”
um único homem em toda a sua vida.
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Namoro e sexo
Comportamentos que pudessem ser
considerados duvidosos fariam a rapariga cair
nas bocas do mundo, ser catalogada como leviana,
comprometendo definitivamente a sua reputação:
ninguém quereria casar com ela e as amigas teriam de
se afastar por imposição dos pais.
Sexo antes do casamento só podia ser “reparado” através
do matrimónio. O aborto era punido com prisão e os
contracetivos não podiam ser tomados contra a vontade
do marido, que podia alegar esse facto para pedir o
divórcio.
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Namoroesexo
Hoje os contracetivos estão
vulgarizados e muitas
adolescentes começam a usá-los por
sugestão das mães. O aborto foi
legalizado em 2007. Sexo e relação
afetiva não estão necessariamente
relacionados e as mulheres têm
vários parceiros sexuais ao longo da
vida.
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Casamento e
afeto
As mulheres eram criadas para
serem boas donas de casa, boas
mães e boas esposas. Casava-se
pela igreja e estes casamentos não
exigiam cerimónia civil nem podiam
ser dissolvidos pelos tribunais, o que
só aconteceria a partir de 1975. Em
2014, menos de metade dos
casamentos foram católicos (35,9%
face a 63,6% pelo civil).
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Casamento e
afeto
A relação do casal era
inevitavelmente condicionada pelo
papel subordinado da mulher,
afetando igualmente os homens, segundo a
investigadora Helena Neves: “Também é
verdade que nenhum homem escapou à
distorção humana (…) que o iludia como
senhor de si, desconhecendo-se e ocultando de
si mesmo a sensibilidade, a capacidade de
encontro com esse outro igual que é a
mulher”.
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Tempos livres
As tarefas domésticas não paravam
ao fim de semana, só o ritmo
abrandava. Os momentos de lazer
eram maioritariamente passados
em casa, com o marido e os filhos, a
ver televisão ou a receber parentes e
amigos. Famílias com mais posses
faziam passeios de automóvel e iam
ao cinema.
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Tempos livres
As filhas saíam na companhia de
amigas mas tinham de estar em
casa às 20h00. Aos bailes, por exemplo
nos Santos Populares, iam sempre
acompanhadas pelos pais ou por um
irmão mais velho, que vigiava a
distância entre corpos nas danças a
pares. Hoje começam a sair à noite na
adolescência e regressam de madrugada.
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Tempos livres
Até 1969 a mulher não podia viajar
para o estrangeiro sem uma
autorização do marido ou do pai.
Atualmente são as mulheres que mais
viajam, segundo um estudo recente de
uma agência de viagens online.
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Política
Uma lacuna na lei, que restringia
o voto a quem soubesse ler e fosse
chefe de família, permitiu que
uma mulher, cirurgiã e viúva,
exercesse esse direito nas eleições
de 1911. A legislação foi
rapidamente alterada e voto só se
tornaria universal em 1974.
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Política
A participação feminina nos
lugares de decisão têm vindo,
lentamente, a aumentar. Na
composição inicial dos governos
constitucionais, as mulheres representavam
1,9% em 1976; o atual governo, dos 17
ministros quatro são mulheres (23,5%).
Na Assembleia da República, as
deputadas passaram de 15 em 1976
para 76 em 2015.
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Violência
doméstica
Mais um velho provérbio indicia o que
muitas vezes se vivia entre quatro
paredes: “entre marido e mulher não
se mete a colher”. Numa relação em
que o marido manda e a mulher
obedece, a violência física tinha
cabimento e abrangia também os
filhos.
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Bater era uma forma de disciplinar as crianças
e adolescentes mais reguilas e a palavra
“tareia” tinha utilização em contexto familiar.
Violência
doméstica
Em 2000 a violência doméstica
passou a ser crime público, o que
significa que não depende de uma queixa por
parte da vítima para que o Ministério Público
abra o processo. Basta uma
denúncia.
Dados de 2014 referem que foram feitas três
participações por hora às forças de segurança,
num total de 27.317. As vítimas são sobretudo
mulheres (84%), casadas ou em uniões de facto
(48%) mas também há homens sujeitos a
agressões, físicas ou psicológicas, e pais,
sobretudo os idosos.
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A vida em portugal antigamente

  • 1. A vida em Portugal Antigamente ©Thera Todososdireitosreservados
  • 3. Transformação dos direitos e hábitos sociais da mulher Dizia o Código Civil de 1966: “O marido é o chefe da família, competindo-lhe nessa qualidade representá-la e decidir em todos os atos da vida conjugal comum (…). Diz a Constituição, desde 1976: “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei”. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 4. Vida doméstica Aos homens competia ganhar o sustento da família, às mulheres serem boas domésticas, esposas e mães. Em vésperas da Revolução, Portugal tinha quase 70% de donas de casa, entre os 20 e os 54 anos. Embora praticamente confinasse a sua vida a quatro paredes, a função era prestigiante e permitia alguma independência, como ilustra o velho provérbio «Em casa quem manda é ela, mas nela quem manda sou eu.» https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 5. Vida doméstica Hoje, e apesar de trabalharem, as mulheres continuam a comandar as tarefas domésticas: um estudo recente do Instituto de Ciências Sociais revelou que elas despendem em média 21 horas por semana nas tarefas domésticas e eles oito. Nos cuidados familiares, nomeadamente com os filhos, eles gastam nove horas semanais e elas 17. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 6. Trabalho O marido podia impedir que a esposa trabalhasse fora de casa e algumas profissões estavam vedadas às mulheres, como a magistratura judicial, o ministério público, a diplomacia e as forças de segurança. Por outro lado, só as solteiras podiam ser hospedeiras de bordo ou enfermeiras. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 7. Trabalho A partir da década de 60 houve um aumento da força laboral feminina devido à onda de emigração de cerca de um milhão de portugueses, maioritariamente masculina numa primeira fase, e às guerras coloniais que fizeram sair do país milhares de homens. Em 1974, só 19% trabalhava fora de casa, sobretudo jovens dos 15 aos 24 anos e não casadas. Atualmente a população ativa feminina aproxima-se da masculina: representavam em 2015 48,8% e 51,1%, respetivamente. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 8. Salários Em geral, as mulheres ganhavam menos cerca de 40% do que os homens. Em setembro de 1974, por exemplo, no setor industrial o salário médio masculino era de 5885 escudos, enquanto o feminino ficava nos 3783 escudos. As desigualdades salariais persistem muitos anos depois: em 2013, segundo dados da Pordata, os homens tinham uma remuneração base média de 993,2 euros e as mulheres de 815,6 euros. Incluindo horas extras, subsídios e prémios, os valores são, respetivamente, de 1.208,8 e 957,6 euros. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 9. Maternidade O papel de mãe era muitíssimo valorizado mas a função disciplinadora cabia ao pai ou era desempenhado pela mulher em nome dele. A ela competia também ensinar as filhas a serem boas donas de casa, esposas e mães, reproduzindo os valores que sempre a tinham orientado. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 10. Maternidade No último período do Estado Novo e sobretudo em Lisboa, ter estudos e um emprego eram cada vez mais encarados como desejáveis para que as jovens pudessem vir a ter uma vida melhor. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 11. Maternidade Hoje a responsabilidade com os filhos é partilhada pelos pais e estudar e conseguir trabalho são objetivos comuns. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 12. Maternidade https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados Entretanto, o número médio de filhos por mulher diminuiu consideravelmente, de 3 em 1970 para 1,23 em 2014. Casais sem descendência têm vindo a aumentar e não escapam à pergunta “quando é que têm um bebé?”, sendo que esta pressão social recai sobretudo sobre as mulheres
  • 13. Educação Em 1970 a taxa de analfabetismo das mulheres era bastante superior à dos homens: 31% e 19,7%, respetivamente. Apesar do enorme decréscimo, a situação mantinha-se em 2011: 6,8% versus 3,5%. Nas escolas, houve e ainda há mais homens matriculados do que mulheres no total dos graus de ensino: em 1978, 52% e 48%, respetivamente, taxas que se aproximam em 2014, sendo a masculina de 50,9% e a feminina de 49,1%. É nas universidades que elas se destacam: se em 1970 os homens representavam 55,6% e as mulheres 44,4%, em 2011 eles eram apenas 45,7% e elas 54,3%. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 14. Namoro e sexo O namoro servia para exibir as qualidades femininas e provar que a mulher era decente, ou seja, que cumpria as normas da castidade e da virgindade. Chegar virgem ao casamento era uma espécie de garantia de que seria uma esposa fiel – aliás, caso não o fosse poderia ser legalmente repudiada pelo marido – e a mulher só devia “conhecer” um único homem em toda a sua vida. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 15. Namoro e sexo Comportamentos que pudessem ser considerados duvidosos fariam a rapariga cair nas bocas do mundo, ser catalogada como leviana, comprometendo definitivamente a sua reputação: ninguém quereria casar com ela e as amigas teriam de se afastar por imposição dos pais. Sexo antes do casamento só podia ser “reparado” através do matrimónio. O aborto era punido com prisão e os contracetivos não podiam ser tomados contra a vontade do marido, que podia alegar esse facto para pedir o divórcio. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 16. Namoroesexo Hoje os contracetivos estão vulgarizados e muitas adolescentes começam a usá-los por sugestão das mães. O aborto foi legalizado em 2007. Sexo e relação afetiva não estão necessariamente relacionados e as mulheres têm vários parceiros sexuais ao longo da vida. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 17. Casamento e afeto As mulheres eram criadas para serem boas donas de casa, boas mães e boas esposas. Casava-se pela igreja e estes casamentos não exigiam cerimónia civil nem podiam ser dissolvidos pelos tribunais, o que só aconteceria a partir de 1975. Em 2014, menos de metade dos casamentos foram católicos (35,9% face a 63,6% pelo civil). https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 18. Casamento e afeto A relação do casal era inevitavelmente condicionada pelo papel subordinado da mulher, afetando igualmente os homens, segundo a investigadora Helena Neves: “Também é verdade que nenhum homem escapou à distorção humana (…) que o iludia como senhor de si, desconhecendo-se e ocultando de si mesmo a sensibilidade, a capacidade de encontro com esse outro igual que é a mulher”. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 19. Tempos livres As tarefas domésticas não paravam ao fim de semana, só o ritmo abrandava. Os momentos de lazer eram maioritariamente passados em casa, com o marido e os filhos, a ver televisão ou a receber parentes e amigos. Famílias com mais posses faziam passeios de automóvel e iam ao cinema. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 20. Tempos livres As filhas saíam na companhia de amigas mas tinham de estar em casa às 20h00. Aos bailes, por exemplo nos Santos Populares, iam sempre acompanhadas pelos pais ou por um irmão mais velho, que vigiava a distância entre corpos nas danças a pares. Hoje começam a sair à noite na adolescência e regressam de madrugada. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 21. Tempos livres Até 1969 a mulher não podia viajar para o estrangeiro sem uma autorização do marido ou do pai. Atualmente são as mulheres que mais viajam, segundo um estudo recente de uma agência de viagens online. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 22. Política Uma lacuna na lei, que restringia o voto a quem soubesse ler e fosse chefe de família, permitiu que uma mulher, cirurgiã e viúva, exercesse esse direito nas eleições de 1911. A legislação foi rapidamente alterada e voto só se tornaria universal em 1974. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 23. Política A participação feminina nos lugares de decisão têm vindo, lentamente, a aumentar. Na composição inicial dos governos constitucionais, as mulheres representavam 1,9% em 1976; o atual governo, dos 17 ministros quatro são mulheres (23,5%). Na Assembleia da República, as deputadas passaram de 15 em 1976 para 76 em 2015. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados
  • 24. Violência doméstica Mais um velho provérbio indicia o que muitas vezes se vivia entre quatro paredes: “entre marido e mulher não se mete a colher”. Numa relação em que o marido manda e a mulher obedece, a violência física tinha cabimento e abrangia também os filhos. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados Bater era uma forma de disciplinar as crianças e adolescentes mais reguilas e a palavra “tareia” tinha utilização em contexto familiar.
  • 25. Violência doméstica Em 2000 a violência doméstica passou a ser crime público, o que significa que não depende de uma queixa por parte da vítima para que o Ministério Público abra o processo. Basta uma denúncia. Dados de 2014 referem que foram feitas três participações por hora às forças de segurança, num total de 27.317. As vítimas são sobretudo mulheres (84%), casadas ou em uniões de facto (48%) mas também há homens sujeitos a agressões, físicas ou psicológicas, e pais, sobretudo os idosos. https://www.delas.pt/1974-revolucao-mudou-vida-das- mulheres/atualidade/116056/visitadoem:30/10/2019 ©Thera Todososdireitosreservados