1. 2ª aula - 24/04/2013
Tema: Currículo
Turma 5: 4ª feira- 8h às 11h20
Local: CEFORTEPE
Orientadora de estudos: Juliana M. A. Vieira
Contato: juliana-arruda@ig.com.br
Telefones: 83075027/32591495
2. Iniciando a conversa
sobre
currículo ....
Partindo da leitura do texto
das Diretrizes Curriculares e
do elemento da dinâmica
escolar que representa
currículo, o que você entende
por currículo?
3. Aproximações ao tema...
Assistiremos a uma breve palestra com
a professora Kátia Smole :
O que define um Currículo de qualidade
Disponível em:
O que define um currículo de qualidade_ (Katia Smole)F
4. QUAL A RELAÇÃO ENTRE
CURRÍCULO, CULTURA E
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
?
Leitura dos textos: Unidade 1
Seção: Aprofundando o tema
5. CURRÍCULO
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Unidades 01,02 e 03
Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa
SISTEMATIZAÇÃO SOBRE CURRÍCULO
NOS CADERNOS
Cadernos 01,02 e 03
6. A pluralidade da infância
Que espaços e tempos estamos criando para que as crianças
possam trazer para dentro da escola as muitas questões e
inquietudes que envolvem esse período da vida?
8. APROFUNDANDO O TEMA – U1 – Ano 1 – azul p.6-15
Currículo no ciclo de alfabetização: princípios gerais
OBJETIVO: abrir espaços de REFLEXÃO e de DISCUSSÃO sobre
questões significativas para o desenvolvimento do currículo nas
escolas, sob a perspectiva de uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
PARA TODOS(AS), de maneira democrática e relevante para a
construção do conhecimento escolar multiculturalmente
orientada.
1. OS ESTUDOS DE CURRÍCULO: DESENVOLVIMENTO E
PREOCUPAÇÕES
a. CURRÍCULO: Questionamentos importantes.
É relevante as preocupações com a construção dos currículos?
Os professores devem se envolver com tais questões ou devem deixar que
as autoridades competentes tomem as devidas decisões sobre o que deve
ser ensinado nas salas de aula?
b. SIGNIFICADO DO TERMO CURRÍCULO: Há distintas concepções
derivadas dos mais variados contextos socioeconômicos, políticos e
9. APROFUNDANDO O TEMA – U1 – ano 1 – azul p.6-15
Currículo no ciclo de alfabetização: princípios gerais
As práticas de leitura e escrita estão vinculadas não apenas ao
ensino de letras e palavras, mas sobretudo, às práticas sociais
de leitura e escrita que inserem os alunos em vários contextos
de vida.
CONCEITO DE CURRÍCULO – Para Moreira e Silva (1994)
currículo não é um veículo que transporta algo a ser
transmitido e absorvido, mas sim UM LUGAR EM QUE
ATIVAMENTE EM MEIO A TENSÕES, SE PRODUZ E SE
REPRODUZ A CULTURA.
CURRÍCULO É A CRIAÇÃO, RECRIAÇÃO, CONTESTAÇÃO E
TRANSGRESSÃO.
Discutir currículo envolve conhecimentos escolares,
procedimentos, relações sociais que englobam o entorno onde
acontece a aprendizagem.
10. MAIS SOBRE CURRÍCULO
1.ALGUMAS CONCEPÇÕES JÁ INCORPORADAS:
(a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos;
(b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos;
(c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas
educacionais;
(d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino;
(e) os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos
procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização.
Não são concepções “certas ou erradas”, apenas refletem
posicionamentos, compromissos e pontos de vista teóricos relevantes de
um´período histórico.
11. MAIS SOBRE CURRÍCULO
2. COMO SE CONCEBE A PALAVRA CURRÍCULO NESTE
CONTEXTO?
a. Entende-se currículo “como as experiências escolares que se desdobram em torno
do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção
das identidades de nossos/as estudantes.
b. É o conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas.
c. É todo e qualquer espaço organizado para afetar e educar pessoas (o currículo da
mídia, o currículo da prisão etc). Aqui a palavra é empregada em referência às
atividades organizadas por instituições escolares.
3. CURRÍCULO OCULTO versus CURRÍCULO FORMAL
a. CURRÍCULO OCULTO: é todo efeito que, devido a ações não explicitadas nos planos
e nas propostas escolares, provoca, mesmo que imperceptivelmente, determinados
comportamentos não esperados. São atitudes e valores transmitidos pelas relações
sociais e pela rotina escolar: rituais e práticas; relações hierárquicas, regras e
procedimentos; organizações de espaço e tempo; modos de distribuições dos
alunos; mensagens implícitas nas falas dos educadores e nos livros didáticos etc.
Exemplos: Chamar a professora de “tia”; a maneira como se organiza as carteiras na sala;
visões sobre a família (livros didáticos) etc.
12. MAIS SOBRE CURRÍCULO
b. CURRÍCULO FORMAL: Independentemente da concepção de currículo, é
de suma importância para a sistematização das ações
pedagógicas. É “o coração da escola”; o espaço central de atuação e de
responsabilização dos envolvidos na prática educativa.
“O papel do educador no processo curricular é, assim,
fundamental. Ele é um dos grandes artífices, queira ou não, da
construção dos currículos que se materializam nas escolas e
nas salas de aula.”
Discussões e reflexões sobre o currículo, tanto o formalmente
planejado e desenvolvido quanto o oculto, são fundamentais. O
educador deve participar crítica e criativamente na elaboração de
currículos mais condizentes com a realidade de suas escolas. Para isso,
torna-se necessário recorrer: à Lei de Diretrizes e Bases; às Diretrizes
Curriculares Nacionais; às Propostas Curriculares Estaduais e Municipais.
Além de se aprofundar em estudos teóricos atualizados.
13. APROFUNDANDO O TEMA – U1 – Ano 1 – azul p.6-15
Currículo no ciclo de alfabetização: princípios gerais
Perspectivas no ensino da leitura e escrita:
O ensino da leitura e escrita se iniciou no séc. XVII, momento
em que a maioria da população europeia era analfabeta
O método de decodificação visava expandir a escolarização.
Até o XX ao aluno cabia o papel de recebedor de algo pronto –
a língua (por meio da cartilha)
Na Educação infantil e primeiros meses da 1ª. Série o aluno
não tinha contato com textos, pois a ênfase era o
desenvolvimento de habilidades de coordenação motora e
discriminação auditiva e visual de letras e sílabas isoladamente
e erro deveria ser evitado.
Os alunos que não evoluíam eram excluídos do processo de
ensino-aprendizagem. De forma que, alunos com necessidades
especiais eram mantidos em salas separadas, pois estavam
‘fadados ao fracasso’.
14. APROFUNDANDO O TEMA – U1 – Ano 1 – azul p.6-15
Currículo no ciclo de alfabetização: princípios gerais
COMO PENSAR O CURRÍCULO HOJE
Professores e gestores devem se revestir de uma nova postura
para construção de um currículo culturalmente orientado.
Transformar escola e currículo em espaços de crítica cultural,
diálogo e desenvolvimento de pesquisas.
O professor daltônico cultural é aquele que não valoriza o arco-
íris de culturas encontrado em sua sala da aula.
O currículo deve ser multicultural – que aponte propostas
inclusivas que compreendam as necessidades sociais e
culturais do entorno de seus alunos.
16. APROFUNDANDO O TEMA – U1, Ano 2 , laranja
Currículo no ciclo de alfabetização: consolidação e
monitoramento do processo de ensino e de aprendizagem
Pensar em currículo significa recuperar o direito do estudante
ao conhecimento , assim
CURRÍCULO = CULTURA +APRENDIZAGEM
Assim, pensar no Ensino Fundamental em nove anos, com uma
proposta de alfabetização que compreenda três anos no
sistema pública pode ser o caminho .
O professor, no entanto, é aquele que dará vida às propostas
curriculares. Os ciclos de alfabetização se configuram como um
produto histórico-cultural, em que o professor poderá propiciar
aos alunos uma vivência cultural e a construção de sua
identidade, para tanto deve considerar também o que
chamamos de currículo oculto (valores, ideias que estão
subliminares em sala de aula).
17. MAIS SOBRE CULTURA
ACEPÇÕES CULTURA:
1- Cultivo da terra, de plantações e de animais (Séc. XV):
agriCULTURA, floriCULTURA, suinoCULTURA.
2- Cultivo da terra e de animais para a mente humana: Ampliação
da ideia de apenas cultivo da terra e de animais para o cultivo da mente
humana (séc. XVI). No séc. XVIII é uma questão social: acesso
restrito à elite. Cultivo da beleza e da riqueza.Os currículos escolares são
ancorados nos grandes autores, nas grandes obras e nas grandes ideias.
Menosprezo às culturas populares. No séc. XX, inclui-se a noção de
cultura popular. Mas as escolas ainda se mantêm impregnadas pela
valorização da cultura elitizada e por avaliações: estudantes ainda são
desvalorizados e abandonados na escola.
3- Crença na harmonização do desenvolvimento social
(Iluminismo): Valorização da civilização europeia em detrimento à do
Terceiro Mundo. Dominação dos países desenvolvidos, alienação dos
esforços e dos rumos seguidos pelos países do segundo grupo.
18. MAIS SOBRE CULTURA
4- a palavra “culturas” (no plural) corresponde aos diversos modos de vida,
valores e significados compartilhados por diferentes grupos (nações,
classes sociais, grupos étnicos, culturas regionais, geracionais, de gênero
etc) e períodos históricos. Trata-se de uma visão antropológica de cultura,
em que se enfatizam os significados que os grupos compartilham, ou seja,
os conteúdos culturais.
5- A cultura é prática social, não como coisa (artes) ou estado de ser
(civilização). Nesse enfoque, coisas e eventos do mundo natural existem,
mas não apresentam sentidos intrínsecos: os significados são atribuídos a
partir da linguagem. Cultura é o conjunto de práticas por meio das
quais significados são produzidos e compartilhados em um
grupo.
QUESTIONAMENTO:
“Como entender, então, as relações entre currículo e cultura?
Como se tem considerado, no currículo, essa pluralidade, esse
caráter multicultural de nossa sociedade? Como articular
currículo e multiculturalismo? Que estratégias pedagógicas
podem ser selecionadas?”
19. APROFUNDANDO O TEMA – U1, Ano 2 , laranja
Currículo no ciclo de alfabetização: consolidação e
monitoramento do processo de ensino e de aprendizagem
Na abordagem do ensino da língua materna, o professor não
deve pensar em transformar a escrita em objeto escolar, mas
sim em objeto sócio-cultural.
Pensar nos ciclos de lfabetização é relacionar: “o quê?, para
quê?, articulando ao para quem?”
A interdisciplinaridade é algo importante na construção dos
ciclos, para que o ensino não seja fragmentado, sendo a língua
portuguesa o eixo.
21. APROFUNDANDO O TEMA – U1, ano 3, completo
Currículo inclusivo: o direito de ser alfabetizado
O currículo deve ser construído na prática diária dos
professores , mas também não pode ser entendido como
decisão de cada um.
O currículo deve ser fruto de decisões coletivas
compromissadas com os direitos de aprendizagem dos
estudantes.
Para Murta(2004), as escolas devem eleger um conjunto de
intenções educativas e um conjunto de diretrizes pedagógicas
articuladas em torno da prática educativa. As escolas devem
considerar o entorno , suas necessidades e todo seu
equipamento cultural .
Dar voz a acordos concretizados por documentos oficiais
também se faz importante, assim, pensar sobre os direitos de
aprendizagem das crianças e que todas devem estar
alfabetizadas até 8 anos é emergencial.
22. APROFUNDANDO O TEMA – U1, ano 3, completo
Currículo inclusivo: o direito de ser alfabetizado
Garantir a aprendizagem é colocar em prática os princípios da
inclusão, um currículo baseado no reconhecimento das
diferenças entre os sujeitos e no esforço conjunto de todos.
Avaliação-diagnóstica, como uma prática que visa à
compreensão e à garantia dos direitos dessas crianças.
O conteúdo da alfabetização deve ser norteado pelas
necessidades dos alunos registradas por gravações, relatos,
conversas pelo grupo.
As crianças devem se sentir ativas, numa escola em que a
leitura, a escrita e a fala fazem parte de todo o processo de
alfabetização
23. APROFUNDANDO O TEMA – U1, ano 3, completo
Currículo inclusivo: o direito de ser alfabetizado
Vygostsky (1989ª) enfatiza a dimensão da cultura na interação
do aprendiz com o outro no processo de aprendizagem. Assim
percebe que o desenvolvimento cognitivo se dá por demandas
externas ao organismo e que a linguagem a disssim ocorre por
necessidades externas ao indivíduo.
Na perspectiva de Emília Ferreiro, quanto mais motivado o
aprendiz, mais concentrado na busca de desvendar os
mistérios da escrita ele estará.
(Ler p. 14 – segunda coluna – pesquisa Bernardin (2003)
Perceber o mundo por meio dos gêneros discursivos é
extremamente importante, principalmente em nosso contexto de
modernidade (internet, redes sociais). Assim, o professor deve
assumir seu papel de intermediador entre alunos e gêneros
discursivos – auxiliá-los no reconhecimento das relações entre
texto , o mundo e outros textos.
24. APROFUNDANDO O TEMA – U1, ano 3, completo
Currículo inclusivo: o direito de ser alfabetizado
Ao compreenderem os princípios básicos da escrita no 1º. Ano,
é provável que a criança consiga consolidar sua fluência de
leitura e escrita nos anos seguintes.
No 3º. Ano precisamos nos organizar para que :
1. sejam planejadas situações de aprendizagem acerca do
funcionamento do sistema de escrita (caso alguns ainda não o
compreendam).
2.sejam planejadas situações de aprendizagem para que as
crianças relacionem letras e grafemas (correspondência
grafonômica).
3.sejam planejadas situações de aprendizagem de oralidade
(situações mais formais)
25. TAREFA PARA O PRÓXIMO
ENCONTRO
08/05/2013
* Leitura dos textos Sobre Alfabetização:
Ano 1: p. 16 a 23- Concepções de alfabetização: o que
ensinar no ciclo de alfabetização
Ano 2: p. 13 a 18- A complexidade da aprendizagem do
Sistema de Escrita Alfabética: ampliação do tempo para a
consolidação da leitura e da escrita pela criança
Ano 3: p. 13 a 21-Alfabetização:o que ensinar no terceiro ano
do ensino fundamental
* Resgate de Memórias: Por que me tornei Professora?