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Por: Thiago André
É uma enfermidade infecciosa causada por protozoários
parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada
do mosquito Anopheles “fêmea infectada”.
•Se caracteriza como: Aguda ou Crônica.
•Cusada por Quaisquer das 4 espácies de Plasmodium.
Também se denomina:
A designação paludismo surgiu no século XIX, formada a partir da
forma latinizada de paul, palude, com o sufixo -ismo.
Malária é termo de origem italiana que se internacionalizou e
que surge em obras em português na mesma altura.
Paludismo
A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só
comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de
pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e
uma das mais frequentes causas
de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de
crianças com menos de 5 anos a cada ano).
Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a
cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos
severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades
de aprendizagem.
Os países que têm regiões onde a malária é endêmica em 2003 (cor
amarela). Países em verde estão livres de casos autóctones de
malária em todas as áreas.
Frequência de casos de malária por gravidade do tipo de
contaminação (vermelho escuro = mais grave, amarelo = menos grave).
A infecção humana começa quando um mosquito Anopheles
fêmea inocula esporozoítos dos plasmódios a partir da sua
glândula salivar durante a hematofagia.
Essas formas são transportadas pela corrente sanguínea até
o fígado, onde invadem as células do parênquima hepático
e começam o período de reprodução assexuada.
Mediante esse processo de amplificação (conhecido como
esquizogonia ou merogonia intra-hepática ou pré-
eritrocitária), um único esporozoíto produz vários
merozoítos-filhos.
A doença em seres-humanos é causada pelos efeitos diretos
da invasão e destruição eritrocitárias pelo parasito
assexuado e pela reação do hospedeiro.
Depois de uma série de ciclos assexuados (P. falciparum) ou
imediatamente após a liberação do fígado (P. vivax), alguns
dos parasitos desenvolvem-se em formas sexuadas de vida
longa, morfologicamente distintas, responsáveis por
transmitir a malária.
Mais tarde a célula se rompe, liberando merozoítos móveis
na corrente sanguínea e rapidamente os merozoítos
invadem os eritrócitos e se transformam em trofozoítos.
A fixação é mediada através de um receptor específico da
superfície do eritrócito.
Ao fim do ciclo evolutivo intra-eritrocitário, o parasito
consumiu quase toda a hemoglobina e cresceu a ponto de
ocupar a maior parte do eritrócito.
Agora denomina-se esquizonte. Ocorrem múltiplas divisões
celulares (esquizogonia ou merogonia), e o eritrócito se
rompe para liberar 6 a 30 merozoítos-filhos (clones), cada
um potencialmente capaz de invadir um novo eritrócito e
repetir o ciclo.
• Após serem ingeridos durante
a picada de um mosquito
Anopheles fêmea por
alimentar-se de sangue, os
gametócitos masculinos e
femininos formam um zigoto
no intestino médio do inseto.
• Esse zigoto amadurece até
um oocineto, que penetra e
encista-se na parede
intestinal do mosquito.
• O oocisto resultante
multiplica-se por divisão
assexuada, até romper-se e
liberar grande quantidade de
esporozoítos móveis, que em
seguida migram pela
hemolinfa até a glândula
salivar do mosquito, onde
aguardam a inoculação em
outro ser humano na segunda
picada.
A forma parasitária que é mortal dentro dos
seres humanos, não podem sobreviver dentro
dos mosquitos!
http://www.youtube.com/watch?v=XQAj4Y2cA1c
A forma feminina do parasita madura num óvulo.
A forma masculina demora algum tempo mais, até
madurar em um espermatozoide.
Cada oocisto da origem á milhares de parásitos
minúsculos.
O alimento do Plasmódio está dentro das
hemácias, sendo as hemoglobinas que
contém heme (ferro).
No Homem:
Trofozoítas
Esquizonte
Merozoítos
Gametocitos
Zigoto
Oocitos
Esporozoítas
Esquizogonia
zogonia
Varia de acordo com a espécie de Plasmodium:
•P. falciparum – 8-12 dias,
•P. vivax – 13-17 dias,
•P. malariae – 18-30 dias.
Os três tipos mais importantes no brasil.
•P. Ovale – 14 dias.
.
•Os intervalos entre as crises paroxísticas são diferentes
consoante a espécie.
•Normalmente há acessos de febre violenta e tremores no
1° dia e, passadas 48 horas, já no 3° dia, novo acesso,
sendo classificada de malária ternária.
A detecção precoce de malária quaternária, em que o novo
acesso de febre ocorre no 4ª dia, é importante porque este
tipo pode não ser devido a P. falciparum, sendo, portanto,
menos perigoso.
Os períodos de intervalo são:
• P. falciparum - 36 a 48 horas, chamada de febre terçã maligna
• P. vivax - a cada 48 horas, chamada de febre terçã benigna
• P. ovale - de 48 a 50 horas, chamada de febre terçã benigna
• P. malariae - a cada 72 horas, chamada de febre quartã
A malária causada pelo
protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente
por sintomas inespecíficos como:
• Dores de cabeça;
• Cansaço;
• Febre;
• Náuseas;
• Sudorese;
• Esplenomegalia.
Vários dias depois, com a destruição maciça de hemácias e
com a descarga de substâncias imunogênicas tóxicas
na corrente sanguínea conforme o ciclo reprodutivo do
parasita chega ao fim, ocorrem geralmente no fim da
tarde:
•Calafrios(calor e frio);
•Febre 39-40°C; (periódica)
•Palidez;
•Tremores fortes (entre 15 min. e 1hr.)
•Ondas de calor.
•Anemia Hemolítica
•Icterícia
Depois cessam os tremores e seguem-se 2 a 6h de febre de
até 41 °C, terminando em vermelhidão da pele e suores
abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois,
até à crise seguinte, dois a três dias depois.
Se a infecção for severa, geralmente por P. falciparum, podem
haver sintomas adicionais mais graves como:
• Choque circulatório (parasitas entupindo vasos sanguíneos);
• Síncopes (desmaios);
• Convulsões;
• Delirium;
• Hepatomegalia (inchaço do fígado);
• Esplenomegalia (inchaço do baço);
• Hipoglicemia
• Problemas renais com urina escurecida por hemoglobinas;
• Fraqueza muscular (ao ponto de não conseguir andar adequadamente);
• Edema pulmonar resultando em dificuldade de respirar.
A ruptura dos eritrócitos durante a liberação de merozoítos
é responsável pelos sintomas clínicos.
Quando grave, a hemólise produz anemia e icterícia que
pioram por fagocitose de eritrócitos infectados no baço.
Ao contrário de outras formas de malária, P. falciparum
causa:
obstrução microvascular por que os eritrócitos infectados
aderem ás células vasculares endoteliais.
Isquemia se desenvolve, resultando em hipóxia de tecido,
em particular no cérebro, nos rins, nos pulmões e no trato
GI -> hipoglicemia e acidose láctica.
•A morte pode ocorrer a cada crise de malária severa.
•Pode também ocorrer a chamada malária cerebral: a
oclusão de vasos sanguíneos no cérebro
pelos eritrócitos infectados causando déficits mentais
e coma, podendo levar a problemas mentais irreversíveis
ou morte.
•Danos renais e hepáticos graves ocorrem pelas mesmas
razões.
•As formas causadas pelas outras espécies (benignas) são
geralmente apenas debilitantes, ocorrendo raramente a
morte.
•A chamada malária maligna destrói maior número de
hemácias a cada reprodução dos merozoítos, além de
provocar sua aglutinação dentro dos vasos sangüíneos,
podendo comprometer o fluxo de sangue em órgãos
importantes e, conseqüentemente, levar à morte.
•A doença se caracteriza pela ruptura de hemácias, quando
ocorrem as típicas febres da malária, com sudorese e
calafrios pronunciados. A destruição das hemácias pode
acarretar outras conseqüências graves.
Para as espécies de P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P.
malariae, o ciclo da invasão de hemácias por uma geração,
multiplicação interna na célula, hemólise (rompimento da
hemácia) e invasão pela nova geração de mais hemácias
dura cerca de 48 horas.
É importante ressaltar que: não é o rompimentos das hemácias
por sí que causa a febre característica da doença, mas sim a
liberação de pigmentos tóxicos produzidos pelos protozoários
durante a sua reprodução no interior das hemácias, essa
substância recebe o nome de 'Hemozoínas'.
A malária é transmitida pela picada
das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles infectado. A
transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-
rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente
em periferias.
•Não há transmissão direta de
pessoa a pessoa.
•Raramente pode ocorrer a
transmissão por meio de
transfusão de sangue contaminado
ou do uso compartilhado de
seringas contaminados.
•Mais raro ainda é a transmissão
congênita.
“Esses modos de transmissão não produzem
doença latente e não provocam recorrências”
•Em cidades situadas em locais cuja
altitude seja superior a 1500
metros, no entanto, o risco de
aquisição de malária é pequeno.
•Os mosquitos têm maior atividade
durante o período da noite, do
crepúsculo ao amanhecer.
Contaminam-se ao picar os
portadores da doença, tornando-se
o principal vetor de transmissão
desta para outras pessoas.
•O mosquito da malária atinge números
suficientes de indivíduos para a
transmissão da doença em regiões onde
as temperaturas médias sejam cerca de
20-30 °C, e umidade alta.
•Só os mosquitos fêmeas picam o homem
pois alimentam-se de sangue.
•Os machos vivem de seivas de plantas.
•As larvas se desenvolvem em águas
paradas, e a prevalência máxima ocorre
durante as estações com chuva
abundante.
Diagnóstico Clínico:
O elemento fundamental no diagnóstico clínico da malária, tanto
nas áreas endêmicas como não-endêmicas, é sempre pensar na
possibilidade da doença.
Como a distribuição geográfica da malária não é homogênea,
nem mesmo nos países onde a transmissão é elevada, torna-se
importante, durante o exame clínico, resgatar informações sobre
a área de residência ou relato de viagens de exposição ao
parasita, como em áreas endêmicas (tropicais).
Além disso informações sobre transfusão de sangue,
compartilhamento de agulhas em usuários de drogas injetáveis,
transplante de órgãos podem sugerir a possibilidade de malária
induzida.
Diagnóstico Laboratorial:
O diagnóstico de certeza da infeção malárica só é possível
pela demonstração do parasito, ou
de antígenos relacionados, no sangue periférico do
paciente, através dos métodos diagnósticos especificados a
seguir:
Gota Espessa:
•É o método adotado oficialmente no Brasil para o
diagnóstico da malária.
•Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este
exame continua sendo um método simples, eficaz, de
baixo custo e fácil realização.
•Sua técnica baseia-se na visualização do parasito através
de microscopia ótica, após coloração com corante vital
(azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação
específica dos parasitos a partir da análise da sua
morfologia, e pelos estágios de desenvolvimento do
parasito encontrados no sangue periférico.
Esfregaço delgado:
Possui baixa sensibilidade (estima-se que, a gota espessa é
cerca de 30 vezes mais eficiente que o esfregaço delgado
na detecção da infecção malárica).
Porém, o esfregaço delgado é o único método que permite,
com facilidade e segurança, a diferenciação específica dos
parasitos, a partir da análise da sua morfologia e das
alterações provocadas no eritrócito infectado.
Testes rápidos para detecção de componentes antigênicos
de plasmódio - Testes imunocromatográficos representam
novos métodos de diagnóstico rápido de malária.
•Realizados em fitas
de nitrocelulose contendo a
nticorpo monoclonal
contra antígenos específicos
do parasito. Apresentam
sensibilidade superior a 95%
quando comparado à gota
espessa, e com parasitemia
superior a 100 parasitos/µL.
• POSITIVO: Duas linhas são visíveis, sendo uma linha na região controle (C) e outra na região
teste (T). A intensidade de cor da linha teste (T) poderá variar de acordo com a
concentração presente na amostra. Todavia, qualquer intensidade de cor na linha teste
indica resultado positivo.
• NEGATIVO: Apenas uma linha é visível na região controle (C), não sendo observada linha na
região teste.
• INVÁLIDO: Não é evidenciada a linha controle (C). As razões mais comuns de falha são o
volume insuficiente de amostra ou falha no procedimento técnico. Neste caso, reler a
técnica e repetir o teste com uma nova tira.
http://www.biomedicinapadrao.com/2012/06/imunocromatografia.html
O tratamento da Malária visa a atingir o parasito em
pontos-chave de seu ciclo evolutivo, os quais podem ser
didaticamente resumidos em:
•Interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela
patogenia e manifestações clinicas da infecção,
destruindo de formas latentes do parasitos do parasito no
ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P.
ovale, evitando assim as recaídas tardias, interrupção da
transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem
o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos
(gametócitos).
Esquizogonia:
É o nome dado à divisão de uma célula (em três ou
mais novas células), comum em protozoários (como os
do gênero Plasmodium e Esporozoários) e que ocorre
durante a fase assexuada do ciclo de vida do
organismo.
Hipnozoítos:
Estado de dormencia, descanço, Parasito dormindo.
OBS! Esquizontes teciduais no fígado podem
persistir como hipnozoítas por até três anos no
caso de P. vivax e P. ovale, mas não de P.
falciparum ou P. malariae.
O tratamento adequado e oportuno da Malária é, hoje, o
principal alicerce para o controle da doença.
A decisão quanto ao tratamento do paciente com Malária deve
ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos:
1. Espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos
esquemas terapêuticos a serem utilizados.
2. Idade do paciente, pela toxidade para crianças e idosos.
3. Historia de exposição anterior a infecção uma vez que
indivíduos primoinfectados tendem a apresentar formas mais
graves da doença.
4. Condições associadas, tais como: gravidez e outros
problemas de saúde.
5. Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e
de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos.
•Cloroquina – 5mg|Kg|dia – por 3 dias.
•Primaquina – 15mg|Kg|dia – por 15 dias.
A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento
antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada
no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é
resistente às suas acções. Foi suplantada por drogas
sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina,
e primaquina.
É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários
destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer
um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e cara.
Cinchona contendo Quinina,
o primeiro antimalárico
As redes contra mosquitos ou mosquiteiros ajudam a
manter os mosquitos longe de pessoas e reduzir
significativamente as taxas de infecção e transmissão da
malária.
Essas redes não são uma barreira
perfeita e muitas vezes são tratadas
com um inseticida destinado a matar
o mosquito antes que ele tenha
tempo para procurar uma forma de
passar a rede. Estima-se que
mosquiteiros tratados com inseticida
(MTI) sejam duas vezes mais eficazes
que os mosqueteiros não tratados e
aumentam em 70% a proteção em
comparação aos comuns.
•Os cremes repelentes de
insetos também são eficazes, más
mais caros que as redes.
•A roupa deve cobrir a pele nua o
mais completamente possível de
dia.
•O mosquito não tem tanta
tendência para picar o rosto ou as
mãos, onde os vasos sanguíneos são
menos acessíveis, enquanto as
pernas, os braços ou o pescoço
possuem vasos sanguíneos mais
acessíveis.
•A drenagem de pântanos e outras
águas paradas é uma medida de
saúde pública eficaz.
A melhor medida, até o momento, é a erradicação do
mosquito Anopheles que transmite o parasita Plasmodium,
que causa a doença.
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Malária apresentação

  • 2. É uma enfermidade infecciosa causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles “fêmea infectada”. •Se caracteriza como: Aguda ou Crônica. •Cusada por Quaisquer das 4 espácies de Plasmodium.
  • 3. Também se denomina: A designação paludismo surgiu no século XIX, formada a partir da forma latinizada de paul, palude, com o sufixo -ismo. Malária é termo de origem italiana que se internacionalizou e que surge em obras em português na mesma altura. Paludismo
  • 4. A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.
  • 5. Os países que têm regiões onde a malária é endêmica em 2003 (cor amarela). Países em verde estão livres de casos autóctones de malária em todas as áreas.
  • 6. Frequência de casos de malária por gravidade do tipo de contaminação (vermelho escuro = mais grave, amarelo = menos grave).
  • 7. A infecção humana começa quando um mosquito Anopheles fêmea inocula esporozoítos dos plasmódios a partir da sua glândula salivar durante a hematofagia. Essas formas são transportadas pela corrente sanguínea até o fígado, onde invadem as células do parênquima hepático e começam o período de reprodução assexuada. Mediante esse processo de amplificação (conhecido como esquizogonia ou merogonia intra-hepática ou pré- eritrocitária), um único esporozoíto produz vários merozoítos-filhos.
  • 8. A doença em seres-humanos é causada pelos efeitos diretos da invasão e destruição eritrocitárias pelo parasito assexuado e pela reação do hospedeiro. Depois de uma série de ciclos assexuados (P. falciparum) ou imediatamente após a liberação do fígado (P. vivax), alguns dos parasitos desenvolvem-se em formas sexuadas de vida longa, morfologicamente distintas, responsáveis por transmitir a malária.
  • 9. Mais tarde a célula se rompe, liberando merozoítos móveis na corrente sanguínea e rapidamente os merozoítos invadem os eritrócitos e se transformam em trofozoítos. A fixação é mediada através de um receptor específico da superfície do eritrócito. Ao fim do ciclo evolutivo intra-eritrocitário, o parasito consumiu quase toda a hemoglobina e cresceu a ponto de ocupar a maior parte do eritrócito. Agora denomina-se esquizonte. Ocorrem múltiplas divisões celulares (esquizogonia ou merogonia), e o eritrócito se rompe para liberar 6 a 30 merozoítos-filhos (clones), cada um potencialmente capaz de invadir um novo eritrócito e repetir o ciclo.
  • 10.
  • 11. • Após serem ingeridos durante a picada de um mosquito Anopheles fêmea por alimentar-se de sangue, os gametócitos masculinos e femininos formam um zigoto no intestino médio do inseto. • Esse zigoto amadurece até um oocineto, que penetra e encista-se na parede intestinal do mosquito. • O oocisto resultante multiplica-se por divisão assexuada, até romper-se e liberar grande quantidade de esporozoítos móveis, que em seguida migram pela hemolinfa até a glândula salivar do mosquito, onde aguardam a inoculação em outro ser humano na segunda picada.
  • 12. A forma parasitária que é mortal dentro dos seres humanos, não podem sobreviver dentro dos mosquitos! http://www.youtube.com/watch?v=XQAj4Y2cA1c
  • 13. A forma feminina do parasita madura num óvulo. A forma masculina demora algum tempo mais, até madurar em um espermatozoide. Cada oocisto da origem á milhares de parásitos minúsculos.
  • 14. O alimento do Plasmódio está dentro das hemácias, sendo as hemoglobinas que contém heme (ferro).
  • 16.
  • 17. Varia de acordo com a espécie de Plasmodium: •P. falciparum – 8-12 dias, •P. vivax – 13-17 dias, •P. malariae – 18-30 dias. Os três tipos mais importantes no brasil. •P. Ovale – 14 dias.
  • 18. . •Os intervalos entre as crises paroxísticas são diferentes consoante a espécie. •Normalmente há acessos de febre violenta e tremores no 1° dia e, passadas 48 horas, já no 3° dia, novo acesso, sendo classificada de malária ternária.
  • 19. A detecção precoce de malária quaternária, em que o novo acesso de febre ocorre no 4ª dia, é importante porque este tipo pode não ser devido a P. falciparum, sendo, portanto, menos perigoso. Os períodos de intervalo são: • P. falciparum - 36 a 48 horas, chamada de febre terçã maligna • P. vivax - a cada 48 horas, chamada de febre terçã benigna • P. ovale - de 48 a 50 horas, chamada de febre terçã benigna • P. malariae - a cada 72 horas, chamada de febre quartã
  • 20. A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos como: • Dores de cabeça; • Cansaço; • Febre; • Náuseas; • Sudorese; • Esplenomegalia.
  • 21. Vários dias depois, com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogênicas tóxicas na corrente sanguínea conforme o ciclo reprodutivo do parasita chega ao fim, ocorrem geralmente no fim da tarde: •Calafrios(calor e frio); •Febre 39-40°C; (periódica) •Palidez; •Tremores fortes (entre 15 min. e 1hr.) •Ondas de calor. •Anemia Hemolítica •Icterícia
  • 22. Depois cessam os tremores e seguem-se 2 a 6h de febre de até 41 °C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois, até à crise seguinte, dois a três dias depois.
  • 23. Se a infecção for severa, geralmente por P. falciparum, podem haver sintomas adicionais mais graves como: • Choque circulatório (parasitas entupindo vasos sanguíneos); • Síncopes (desmaios); • Convulsões; • Delirium; • Hepatomegalia (inchaço do fígado); • Esplenomegalia (inchaço do baço); • Hipoglicemia • Problemas renais com urina escurecida por hemoglobinas; • Fraqueza muscular (ao ponto de não conseguir andar adequadamente); • Edema pulmonar resultando em dificuldade de respirar.
  • 24. A ruptura dos eritrócitos durante a liberação de merozoítos é responsável pelos sintomas clínicos. Quando grave, a hemólise produz anemia e icterícia que pioram por fagocitose de eritrócitos infectados no baço. Ao contrário de outras formas de malária, P. falciparum causa: obstrução microvascular por que os eritrócitos infectados aderem ás células vasculares endoteliais. Isquemia se desenvolve, resultando em hipóxia de tecido, em particular no cérebro, nos rins, nos pulmões e no trato GI -> hipoglicemia e acidose láctica.
  • 25. •A morte pode ocorrer a cada crise de malária severa. •Pode também ocorrer a chamada malária cerebral: a oclusão de vasos sanguíneos no cérebro pelos eritrócitos infectados causando déficits mentais e coma, podendo levar a problemas mentais irreversíveis ou morte. •Danos renais e hepáticos graves ocorrem pelas mesmas razões. •As formas causadas pelas outras espécies (benignas) são geralmente apenas debilitantes, ocorrendo raramente a morte.
  • 26. •A chamada malária maligna destrói maior número de hemácias a cada reprodução dos merozoítos, além de provocar sua aglutinação dentro dos vasos sangüíneos, podendo comprometer o fluxo de sangue em órgãos importantes e, conseqüentemente, levar à morte. •A doença se caracteriza pela ruptura de hemácias, quando ocorrem as típicas febres da malária, com sudorese e calafrios pronunciados. A destruição das hemácias pode acarretar outras conseqüências graves.
  • 27. Para as espécies de P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malariae, o ciclo da invasão de hemácias por uma geração, multiplicação interna na célula, hemólise (rompimento da hemácia) e invasão pela nova geração de mais hemácias dura cerca de 48 horas.
  • 28. É importante ressaltar que: não é o rompimentos das hemácias por sí que causa a febre característica da doença, mas sim a liberação de pigmentos tóxicos produzidos pelos protozoários durante a sua reprodução no interior das hemácias, essa substância recebe o nome de 'Hemozoínas'.
  • 29. A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles infectado. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi- rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias.
  • 30.
  • 31. •Não há transmissão direta de pessoa a pessoa. •Raramente pode ocorrer a transmissão por meio de transfusão de sangue contaminado ou do uso compartilhado de seringas contaminados. •Mais raro ainda é a transmissão congênita. “Esses modos de transmissão não produzem doença latente e não provocam recorrências”
  • 32. •Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. •Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer.
  • 33. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas.
  • 34. •O mosquito da malária atinge números suficientes de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30 °C, e umidade alta. •Só os mosquitos fêmeas picam o homem pois alimentam-se de sangue. •Os machos vivem de seivas de plantas. •As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38. Diagnóstico Clínico: O elemento fundamental no diagnóstico clínico da malária, tanto nas áreas endêmicas como não-endêmicas, é sempre pensar na possibilidade da doença. Como a distribuição geográfica da malária não é homogênea, nem mesmo nos países onde a transmissão é elevada, torna-se importante, durante o exame clínico, resgatar informações sobre a área de residência ou relato de viagens de exposição ao parasita, como em áreas endêmicas (tropicais). Além disso informações sobre transfusão de sangue, compartilhamento de agulhas em usuários de drogas injetáveis, transplante de órgãos podem sugerir a possibilidade de malária induzida.
  • 39. Diagnóstico Laboratorial: O diagnóstico de certeza da infeção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, através dos métodos diagnósticos especificados a seguir:
  • 40. Gota Espessa: •É o método adotado oficialmente no Brasil para o diagnóstico da malária. •Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização. •Sua técnica baseia-se na visualização do parasito através de microscopia ótica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia, e pelos estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue periférico.
  • 41. Esfregaço delgado: Possui baixa sensibilidade (estima-se que, a gota espessa é cerca de 30 vezes mais eficiente que o esfregaço delgado na detecção da infecção malárica). Porém, o esfregaço delgado é o único método que permite, com facilidade e segurança, a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise da sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado.
  • 42. Testes rápidos para detecção de componentes antigênicos de plasmódio - Testes imunocromatográficos representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária. •Realizados em fitas de nitrocelulose contendo a nticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito. Apresentam sensibilidade superior a 95% quando comparado à gota espessa, e com parasitemia superior a 100 parasitos/µL.
  • 43. • POSITIVO: Duas linhas são visíveis, sendo uma linha na região controle (C) e outra na região teste (T). A intensidade de cor da linha teste (T) poderá variar de acordo com a concentração presente na amostra. Todavia, qualquer intensidade de cor na linha teste indica resultado positivo. • NEGATIVO: Apenas uma linha é visível na região controle (C), não sendo observada linha na região teste. • INVÁLIDO: Não é evidenciada a linha controle (C). As razões mais comuns de falha são o volume insuficiente de amostra ou falha no procedimento técnico. Neste caso, reler a técnica e repetir o teste com uma nova tira. http://www.biomedicinapadrao.com/2012/06/imunocromatografia.html
  • 44. O tratamento da Malária visa a atingir o parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, os quais podem ser didaticamente resumidos em: •Interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clinicas da infecção, destruindo de formas latentes do parasitos do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias, interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).
  • 45. Esquizogonia: É o nome dado à divisão de uma célula (em três ou mais novas células), comum em protozoários (como os do gênero Plasmodium e Esporozoários) e que ocorre durante a fase assexuada do ciclo de vida do organismo. Hipnozoítos: Estado de dormencia, descanço, Parasito dormindo. OBS! Esquizontes teciduais no fígado podem persistir como hipnozoítas por até três anos no caso de P. vivax e P. ovale, mas não de P. falciparum ou P. malariae.
  • 46. O tratamento adequado e oportuno da Malária é, hoje, o principal alicerce para o controle da doença. A decisão quanto ao tratamento do paciente com Malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos: 1. Espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados. 2. Idade do paciente, pela toxidade para crianças e idosos. 3. Historia de exposição anterior a infecção uma vez que indivíduos primoinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença. 4. Condições associadas, tais como: gravidez e outros problemas de saúde. 5. Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos.
  • 47. •Cloroquina – 5mg|Kg|dia – por 3 dias. •Primaquina – 15mg|Kg|dia – por 15 dias.
  • 48. A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é resistente às suas acções. Foi suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina. É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e cara. Cinchona contendo Quinina, o primeiro antimalárico
  • 49. As redes contra mosquitos ou mosquiteiros ajudam a manter os mosquitos longe de pessoas e reduzir significativamente as taxas de infecção e transmissão da malária. Essas redes não são uma barreira perfeita e muitas vezes são tratadas com um inseticida destinado a matar o mosquito antes que ele tenha tempo para procurar uma forma de passar a rede. Estima-se que mosquiteiros tratados com inseticida (MTI) sejam duas vezes mais eficazes que os mosqueteiros não tratados e aumentam em 70% a proteção em comparação aos comuns.
  • 50. •Os cremes repelentes de insetos também são eficazes, más mais caros que as redes. •A roupa deve cobrir a pele nua o mais completamente possível de dia. •O mosquito não tem tanta tendência para picar o rosto ou as mãos, onde os vasos sanguíneos são menos acessíveis, enquanto as pernas, os braços ou o pescoço possuem vasos sanguíneos mais acessíveis. •A drenagem de pântanos e outras águas paradas é uma medida de saúde pública eficaz.
  • 51. A melhor medida, até o momento, é a erradicação do mosquito Anopheles que transmite o parasita Plasmodium, que causa a doença.