INTRODUÇÃO
Para a equipe de enfermagem, a comunicação implica em emitir, receber e codificar mensagem verbal e não-verbal focando na assistência ao paciente. A SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem) é um instrumento de comunicação com informações relevantes e pertinentes sobre os cuidados de enfermagem, coordenação e avaliação das ações, priorizando, primordialmente o atendimento ao cliente. Para efetivação do tratamento é de fundamental importância da comunicação entre paciente e profissional.
OBJETIVO
Elaborar uma Sistematização de Enfermagem em um usuário com Meningite criptocócica.
Fisiopatologia da Meningite
criptocócica.
Identificar os diagnósticos de
enfermagem.
Elaborar um plano de cuidado ao paciente, baseado na SAE.
MENINGITE CRIPTOCÓCICA
A meningite é um processo inflamatório das leptomeninges. Causado por bactérias, vírus, parasitas e fungos, e também por processos não infecciosos. A meningite criptocócica também conhecida como meningite fúngica, é uma micose sistêmica, com evolução subaguda ou crônica, de natureza cosmopolita, causada por um fungo, o Cryptococcus neoformans, que mostra predileção pelo SNC. Pessoas imunodeprimidas são mais suscetíveis à infecção pelo C. neoformans, havendo
um aumento importante dos
casos após o advento da AIDS
e a utilização de drogas
imunossupressoras.
DIAGNÓSTICO
Microscopia: a levedura pode ser vista no escarro, lavado brônquico, LCR, pus de abscesso, urina, aspirados de medula óssea e de gânglios, fragmentos de tecidos, com grande sensibilidade.
Cultivo: é o exame comprobatório da doença.
Diagnóstico imunológico: a detecção de antígeno capsular polissacarídeo de Cryptococcus pela aglutinação do látex, pode ser realizada no sangue, urina, lavado brônquio alveolar e no LCR.
SINAIS E SINTOMAS
CEFALÉIA
HIPERTERMIA
RIGIDEZ DE NUCA
VÔMITOS
ALTERAÇÃO DE CONSCIÊNCIA
ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO
ALTERAÇÕES VISUAIS
ALTERAÇÕES DE NERVOS CRANIANOS
CRISES EPILÉPTICAS
RETENÇÃO URINÁRIA
CONTROLE E PREVENÇÃO
Orientar a população sobre a importância da higiene corporal e ambiental.
Informar sobre os mecanismos de transmissão da doença.
Capacitar profissionais de saúde para o diagnóstico e o tratamento precoces.
Notificar todos os casos suspeitos às autoridades de saúde e investigá-los imediatamente.
Realizar a quimioprofilaxia dos contatos íntimos, quando indicada.
Manter alta cobertura vacinal contra BCG e Tetravalente.
Controle da população de pombos.
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM MENINGITE CRIPTOCÓCICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUITO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
ACADÊMICOS: Erika Beatriz Borges Silva
Thamyres Batista Procópio
ORIENTADORA: Profª. Ana Sofia Resque Gonçalves
BELÉM
2016
2. INTRODUÇÃO
Para a equipe de enfermagem, a comunicação
implica em emitir, receber e codificar mensagem
verbal e não-verbal focando na assistência ao
paciente. A SAE (Sistematização da Assistência de
Enfermagem) é um instrumento de comunicação
com informações relevantes e pertinentes sobre os
cuidados de enfermagem, coordenação e avaliação
das ações, priorizando, primordialmente o
atendimento ao cliente. Para efetivação do
tratamento é de fundamental importância da
comunicação entre paciente e profissional.
3. OBJETIVO
Elaborar uma Sistematização de Enfermagem em
um usuário com Meningite criptocócica.
Fisiopatologia da Meningite
criptocócica.
Identificar os diagnósticos de
enfermagem.
Elaborar um plano de cuidado ao paciente, baseado
na SAE.
4. METODOLOGIA
Tipo de Estudo: Trata-se de um estudo descritivo,
do tipo relato de caso.
Local do Estudo: A pesquisa foi realizada no 3°
andar Oeste, onde localiza-se a Clínica de
Infectologia, do Hospital Universitário João de
Barros Barreto, com referência em Doenças
Infecciosas e Parasitárias (DIP) do município de
Belém, Estado do Pará, em junho de 2014. A DIP,
como é conhecida, dispõe de 44 leitos, dos quais 26
são destinados a pacientes portadores de HIV/AIDS,
doença que o sujeito do estudo é portador.
5. METODOLOGIA
Sujeito de Estudo: A Assistência de Enfermagem neste
trabalho foi direcionada ao paciente K.L.G, do sexo
feminino, de 21 anos, diagnosticado com Meningite
criptocócica e HIV+, internado em Hospital Universitário
no período de dois meses (14/04/2016 à 14/06/2016).
Coleta de Dados: A coleta de dados foi realizada
através de consulta e análise do prontuário, entrevista
semi-estruturada baseada no roteiro da consulta de
enfermagem e exame físico. Com o objetivo de
identificar quais as principais necessidades afetadas do
paciente. Foi utilizada como parâmetro para definições
do diagnóstico de enfermagem a taxonomia II do NANDA
e CARPENITO-MOYET.
6. MENINGITE CRIPTOCÓCICA
A meningite é um processo inflamatório das leptomeninges.
Causado por bactérias, vírus, parasitas e fungos, e também por
processos não infecciosos. A meningite criptocócica também
conhecida como meningite fúngica, é uma micose sistêmica, com
evolução subaguda ou crônica, de natureza cosmopolita, causada
por um fungo, o Cryptococcus neoformans, que mostra predileção
pelo SNC. Pessoas imunodeprimidas são mais suscetíveis à
infecção pelo C. neoformans, havendo
um aumento importante dos
casos após o advento da AIDS
e a utilização de drogas
imunossupressoras.
8. DIAGNÓSTICO
Microscopia: a levedura pode ser vista no escarro,
lavado brônquico, LCR, pus de abscesso, urina,
aspirados de medula óssea e de gânglios, fragmentos de
tecidos, com grande sensibilidade.
Cultivo: é o exame comprobatório da doença.
Diagnóstico imunológico: a detecção de antígeno
capsular polissacarídeo de Cryptococcus pela
aglutinação do látex, pode ser realizada no sangue,
urina, lavado brônquio alveolar e no LCR.
9. SINAIS E SINTOMAS
CEFALÉIA
HIPERTERMIA
RIGIDEZ DE NUCA
VÔMITOS
ALTERAÇÃO DE CONSCIÊNCIA
ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO
ALTERAÇÕES VISUAIS
ALTERAÇÕES DE NERVOS CRANIANOS
CRISES EPILÉPTICAS
RETENÇÃO URINÁRIA
13. CONTROLE E PREVENÇÃO
Orientar a população sobre a
importância da higiene
corporal e ambiental.
Informar sobre os mecanismos
de transmissão da doença.
Capacitar profissionais de
saúde para o diagnóstico e o
tratamento precoces.
14. Notificar todos os casos
suspeitos às autoridades de
saúde e investigá-los
imediatamente.
Realizar a quimioprofilaxia dos
contatos íntimos, quando
indicada.
Manter alta cobertura vacinal
contra BCG e Tetravalente.
Controle da população de
pombos.
15. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Paciente K.L.G. 21 anos, protestante, se autodeclara branca, natural de Belém do
Pará, bairro Jurunas, trabalha com ações e eventos no Boulevard, em relação
estável, PARA 1 de parto cesáreo há dois meses; soropositiva para HIV desde o
nascimento, diagnosticada com meningite fúngica e em tratamento há 3 meses,
porém deu entrada no dia 14/04/16 no HUJBB como puépera. DSE: EMI, casa de
alvenaria, com 3 compartimentos, para 6 pessoas, condições precárias de
saneamento e usa água mineral para ingestão. AF: avó materna com hipertensão,
avô materno com insuficiência pulmonar e mãe falecida de câncer e soropositiva
para HIV. AP: possui alergia à dipirona, abacaxi, camarão, mamão, rinite, bronquite
e faz tratamento para HIV.
AG: início da vida sexual aos 17 anos, nunca fez preventivo, não está
menstruando.
Orientada, consciente, calma, acuidade visual e auditiva preservada, apresenta
dificuldade na fala, comunicativa, deambula com auxílio, alimentação branda
hipossódica, apetite normal, micções e evacuações normais, sono
preservado,possui capacidade para ler, apresenta padrão de enfrentamento
prejudicado.
16. EXAME FÍSICO
Cabeça e couro cabeludo limpo e íntegro, mucosas
normocoradas, cavidades limpas e íntegras, apresenta
rigidez na nuca, cefaléia, cavidade oral com arcada
dentária completa, lesões no lábio inferior e lábios
ressecados; tórax normal, ausculta cardíaca com bulhas
rítmicas normofonéticas, ausculta pulmonar com
presença de ruídos adventícios; abdômen plano, indolor
a palpação com presença de ruídos hidroaéreos; lesões
e eczemas disseminadas, movimento limitado para
extensão no punho esquerdo, hipertemia e perfusão
periférica normal; Apresentava tosse produtiva.. Sinais
vitais: quarta-feira ( T:36,4ºc P:74bpm R:20rpm
PA:120x60 mmHg. quinta-feira (T:35,4ºc P:107bpm
R:20rpm PA:120x80 mmHg).
17. PRESCRIÇÃO MÉDICA
Anfotericina B desoxicelato
Cloreto de sódio
Bromoprida
Cloperostina
Diazepam
Escopelamina s/n
Loratadina
Lamuvidina
N acetil cisteina granulada
Nevirapina
Paracetamol (em caso de dor ou febre)
18. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO INTERVENÇÃO
Hipertermia
Monitorar os sinais vitais, a ingestão
adequada de líquidos para manter as
funções metabólicas durante os
episódios de febre e realizar balanço
hídrico. Além de remover o excesso
de roupas e cobertores para
promover a perda de calor
Dor aguda
Ensinar o uso de técnicas não-
farmacologica, utilizando
musicoterapia, terapia de jogos,
relaxamento, massagem. Administrar
analgésicos prescritos.
Mobilidade física prejudicada
Terapia com exercícios como a
fisioterapia motora, incentivando e
deambulação com auxilio e
prevenção de quedas
19. DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO INTERVENÇÃO
Tristeza crônica
Promoção da capacidade de
resiliência, incentivando o paciente a
partilhar sonhos ou esperanças
perdidas, realizar escuta ativa
estimulando-o a compartilhar seus
sentimentos desde a descoberta do
seu diagnóstico, além de encaminhar
aos psicólogos e assistentes sociais
do serviço
Integridade da pele prejudicada
Cuidados com ulceras por pressão,
promovendo a circulação ideal quando
o individuo estiver no leito, trocando
de posição e incentivando a
deambulação e supervisão da pele
examinando-a diariamente
20. RESULTADOS (NOC)
Após a execução da SAE, espera-se atingir os
seguintes resultados:
Termorregulação;
Controle e diminuição dos episódios de dor;
Movimentos articulares, pois o individuo relatará
aumento de força e resistência dos membros;
Aceitação do estado de saúde, adaptação
psicossocial e equilíbrio de humor;
Extensão de regeneração de tecidos em uma lesão
(ferida) aberta.
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o desenvolvimento das atividades as práticas
percebemos a relevância do enfermeiro cotidianamente no
ambiente hospitalar, e verificamos ser imprenscidível o uso da
SAE na assistencia. É valido enfatizar que a SAE é privativa do
enfermeiro, não devendo ser delegada a outro profissional.
Durante a prática hospitalar, observou-se a importância da
criação de vínculo e uma relação de confiança entre o enfermeiro
e o paciente, visto que inicialmente o mesmo, encontrava-se
receoso, porém após o acolhimento, a qualidade do atendimento
prestado e a recuperação do paciente foram potencializados
devido a maior receptividade do mesmo para com os
profissionais. Portanto, a SAE se mostra como um instrumento
efetivo no reestabelecimento das NHBs afetadas. E também, por
ser baseada em princípios científicos, assegura e solidifica as
bases científicas da enfermagem.
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Portal da saúde
(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/meningites). Acessado em
10/06/2016.
Hinrichsen, S. L. et al; Doenças infecciosas e parasitárias, cap. 71 pg. 663; 2005.
Portal da saúde, Datasus
(http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&id=29892234&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cg
i/deftohtm.exe?sinannet/cnv/meningite) -Acessado em 10/06/2016.
Ministério da Saúde, Guia de Vigilância Epidemiológica – 6ª edição (2005) Série A. Normas e Manuais
Técnicos. Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica Brasília / DF, 2007.
Sperando, D. J. et al, Revista Latino Americana de Enfermagem vol 13 mo.6; Planejamento da Assistência
de Enfermagem: proposta de um software-prototipo. Rireirão Preto, 2005
McCloskey, J. C. ET AL, Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 3.ed. – Porto Alegre:
Artmed, 2004.
Moorhead, S. et al, Classificação dos resultados de Enfermagem (NOC). 3. ed. – Porto Alegre: Artmed,
2008.
Michel, J. L. M, Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação – Porto Alegre, 1999-
2000.
Carpenito-Moyet, L. J. Planos de Cuidados de Enfermagem e Documentação (Diagnostico de
enfermagem e problemas colaborativos). 5.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2011.