O documento discute a dislexia, incluindo sintomas, recomendações para professores e exemplos de pessoas disléxicas de sucesso. Uma pesquisa com alunos mostrou que cerca de 4% tinham dislexia. É importante diagnosticar cedo e ter paciência com esses alunos.
2. Universidade Estadual Vale do
Acaraú-UVA
Disciplina: Pesquisa e Pratica em Educação II
Professora: Arlete Ribeiro
Universitários: Alessandra Andrade
Anderson Oliveira
Dandara Alves
Elionardo Oliveira
Thais Sant’Ana
3. “Ninguém ignora tudo”. Ninguém
sabe tudo.
Todos nós sabemos alguma coisa.
Todos nós ignoramos alguma coisa.
Por isso aprendemos sempre. ”
Paulo Freire
5. INTRODUÇÃO
Compreender o que se lê não é uma tarefa
fácil para quem já tem um conhecimento na
escrita e entende as pronúncias das palavras,
imagine a complicação para quem tem uma
deficiência que muitas vezes são camufladas por
medo e vergonha de se expor por não
conseguirem entender e muito menos ler uma
palavra se quer em um texto. A dificuldade em
que essas pessoas têm de serem
diagnosticadas a tempo ou de tentarem se
engajar na sociedade como uma pessoa com
necessidades especiais vêm se tornando a
grande estagnação do assunto.
6. A notória identificação das crianças com
dificuldades de leitura é especialmente
preocupante porque, mesmo quando a escola
realiza a identificação da criança que apresenta
problemas, tal fato ocorre relativamente
tarde, frequentemente depois da melhor idade
para intervenção. As crianças disléxicas estão
em geral no 4 ano, ou série superior quando são
identificados pelas escolas, os problemas de
leitura diagnosticados depois do 4 ano são
muito mais difíceis de resolver.
7. A identificação precoce é muito
importante, porque o cérebro é muito plástico
nas crianças pequenas e potencialmente mais
maleável para um redirecionamento dos
circuitos neurais.
A dislexia é causa ainda ignorada de
evasão escolar em nosso país, e uma das
causas do chamado “analfabetismo funcional”
que, por permanecer envolta do
desconhecimento, na desinformação ou na
informação imprecisa, não é considerada como
desencadeante de insucessos no aprendizado.
8.
9. A CEGUEIRA VERBAL
No final do século XIX relatos de artigos
científicos mostravam a preocupação de pais
de famílias bem estruturadas e escolarizadas e
que tinham professores altamente
competentes, mas com certo desapontamento
em relação à leitura de seus filhos que
aparentemente se mostravam crianças
brilhantes. Eles não conseguiam entender o
porquê que seu filho se destacava em algumas
situações como problemas matemáticos, por
exemplo, enquanto sua leitura era
extremamente precária.
10. Baseado nesses relatos a palavra
dislexia ainda não tinha tomado corpo e
muito menos significado e sim era conhecida
como “cegueira verbal”. Quando apareciam
relatos de pessoas com dificuldades na
leitura era considerado logo um problema
oftalmológico e não neurológico.
11.
12. O DIVISOR DE ÁGUAS
O ano de 1987 foi a grande divisão
pra se entender, diferenciar e tratar mais
efetivamente a incapacidade de ler. Com
essa forma de pesquisa, os cientistas e
outros profissionais puderam fazer
observações com vários indivíduos e
provar que essas pessoas não sofriam de
nenhuma cegueira verbal e sim de um
novo problema que desencadeariam
sérios e preocupantes fatores. Surgia
assim o termo dislexia que viria a afligir
muitos pais com filhos disléxicos.
13.
14. A DISLEXIA NA ESCOLA
Dislexia é um transtorno genético e
hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela
dificuldade de decodificar o estímulo escrito
ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete
a capacidade de aprender a ler e escrever
com correção e fluência e de compreender
um texto. Em diferentes graus, os portadores
desse defeito congênito não conseguem
estabelecer a memória fonêmica, isto é,
associar os fonemas às letras.
15. Ao longo de nossa pesquisa realizada
com 512 alunos do 2º ao 5 ano sendo
avaliado o total de 18 salas da Escola de
Ensino Fundamental São Pedro podemos
obter os resultados que aproximadamente
3,9% (que corresponde a total de 20
crianças) com idade entre 6 a 16 anos
apresentam essas dificuldades.
16. No entanto queremos reforçar o
conhecimento dos nossos educadores
para que os mesmos venham a observar
mais cuidadosamente e buscar com isso
ajudar seus alunos, esclarecemos que
esse problema existe uma solução e que
se for diagnosticado desde os anos iniciais
de estudo facilitará para que o professor
venha a ter uma dedicação em especial
com esses alunos. Mostraremos esses
índices no gráfico abaixo:
17. 160
140
120
100
80 Total de Alunos
Alunos disléxicos
60
40
20
0
2°ano 3° ano 4° ano 5° ano
18. A partir desta avaliação parcial
caracterizando índices, pode-se constatar
a importância de se estudar e questionar
sobre um assunto com particularidades
consideradas irrelevantes nos primeiros
anos de vida da criança por ser visto como
um fator comum no desenvolvimento da
mesma. Deve-se ter uma atenção como
pai, mãe, professor do assunto aqui
trabalhado, para que o diagnostico dos
problemas característicos da dislexia não
passem por despercebido. Por esses
múltiplos fatores e que leva a resultados
mais concretos e favorecedores para o
desenvolvimento psicomotor da criança.
19.
20. SINTOMAS FREQUENTES
Apresentamos aos nossos
colaboradores da pesquisa quais são os
sintomas mais frequentes, pedindo que os
mesmos verificassem em sala se existiam
alunos com esse problema. Tivemos a
surpresa de que muitos não conheciam
esse tal nome DISLEXIA, e que a medida
que iam lendo quais são os sintomas mais
frequentes já começavam a lembrar-se de
um ou mais de seus alunos.
21. Sintomas mais frequentes:
Dificuldades com a linguagem e
escrita
Dificuldades em escrever
Dificuldades com a ortografia
Lentidão na aprendizagem da leitura
22.
23. Sintomas que podem ocorrer:
Disgrafia (letra feia)
Discalculia (dificuldadecom a
matemática, sobretudo para assimilar
símbolos e decorar a tabuada)
Dificuldades com a memória de curto prazo
e com a organização
Dificuldades em seguir indicações de
caminhos e em executar sequências de
tarefas complexas
Dificuldades para compreender textos
escritos
Dificuldades em aprender uma segunda
língua.
24.
25. Sintomas menos comuns:
Dificuldades com a linguagem falada
Dificuldade com a percepção espacial
Confusão entre direita e esquerda
26. É importante ressaltar que uma
das características importantes pra
identificar um aluno disléxico é perceber
se aquela criança é tímida ou pouco
comunicativa. Geralmente por não
saberem ler, elas não conseguem se
expressar por causa de sua leitura pouco
fluente, por vergonha de falar ou de
demostrar em público o quanto sua
leitura é escassa, acaba ficando no seu
cantinho bastante tímido e com medo de
que seus colegas acabam percebendo e
zombando deles.
27.
28. RECOMENDAÇÕES
Algumas dificuldades que as
crianças podem apresentar durante a
alfabetização só ocorrem porque são
pequenas e imaturas e ainda não estão
prontas para iniciar o processo de
leitura e escrita. Se as dificuldades
persistirem, o ideal é encaminhar a
criança para avaliação por profissionais
capacitados.
29. O tratamento da dislexia pressupõe um
processo longo que demanda persistência.
Portadores de dislexia devem dar preferencia a
escolas preparadas para atender suas
necessidades específicas.
Saber que a pessoa é portadora de
dislexia e as características do distúrbio é o
melhor caminho para evitar prejuízos no
desempenho escolar e social e os rótulos
depreciativos que levam à baixa-estima.
30. Sugerimos aos professores da
Escola São Pedro para que tivessem um
pouco mais de paciência com seus alunos
disléxicos na hora das provas e exames.
Com isso permitirá ao aluno que leia a tempo
sua prova e conclua com êxito. Explicamos
também que quanto mais preservá-lo em
sala de aula melhor tanto para o aluno e
como para o bem estar da sala de aula.
31.
32. Alguns exemplos de pessoas disléxicas
que obtiveram grande sucesso
profissional
A dislexia não deve ser motivo de
vergonha para crianças que sofrem dela ou
para seus pais. Dislexia não significa falta de
inteligência e não é um indicativo de futuras
dificuldades acadêmicas e profissionais. A
dislexia, principalmente quando tratada, não
implica em falta de sucesso no futuro. Alguns
pesquisadores acreditam que pessoas
disléxicas têm até uma maior probabilidade de
serem bem sucedidas; acredita-se que a
batalha inicial de disléxicos para aprender de
maneira convencional estimula sua criatividade
e desenvolve uma habilidade para lidar melhor
com problemas e com o stress.