O documento discute como os dispositivos móveis estão transformando o modelo de negócios da mídia. A escassez de conteúdo acabou com a internet, e leitores não pagam mais por notícias online. No entanto, dispositivos móveis podem permitir novos modelos de pagamento com assinaturas e micropagamentos. Empresas precisam reinventar o conteúdo para aproveitar as oportunidades dos aplicativos móveis.
2. Quando a tecnologia habilita os
consumidores a terem o que querem,
como querem, e por menos, eles
inevitavelmente o farão.
3. Um modelo de negócios
• Venda de conteúdo e papel para leitores
• Venda de leitores para anunciantes
4. Este modelo funcionou muito bem
• Baseado em escassez
• Barreiras à entrada altas: o conteúdo era
caro de se produzir e distribuir
• Plataforma fechada: o papel
• Controle do publisher sobre a experiência
do leitor
• Menor número de canais competindo por
atenção
6. • A transformação do conteúdo em digital
está sempre acompanhada do
“unbundling” do conteúdo.
• Jornais e revistas foram “desempacotados”-
por que pagar por tudo quando posso ler
apenas os artigos que me interessam online
e gratuitamente?
7. Mudanças no modelo de negócios
• Abertura: a web é necessariamente aberta
• Fim da escassez com a redução das
barreiras à entrada – o conteúdo agora é
barato p/se produzir e distribuir
• Divisão da atenção: o volume de conteúdo
aumenta de modo exponencial
• Aumento da competição com um maior
número de canais
• Fim do controle sobre a audiência
8. Como se basear em um modelo
construído sobre a escassez quando
não há mais escassez
9. Não há limites à entrega de conteúdo
no meio digital, que eliminou a
possibilidade de gerar receitas com a
distribuição
10. A perda de controle sobre a
distribuição é como perder a estrada:
não há mais como cobrar pedágio.
11. O jornal impresso passou de fonte
prioritária de informação a mais
um coadjuvante do universo
‘’real time’’ da informação.
12. Constatações
• Os leitores não pagarão para acessar
notícias online
• De fato, o modelo baseado em assinatura
só existiu no meio impresso
• As pessoas pagavam em contrapartida ao
custo de produção e entrega de um
produto completo
• E é este exato motivo que justifica a
expectativa com relação aos dispositivos
móveis
14. Dispositivos móveis são uma nova
plataforma – digital – onde a
cobrança pelo uso – leitura – é
possível
15. Novo velho mundo
• Velho
• Plataforma fechada – rede e device
• Controle sobre a experiência – iPad representa
a essência do controle (iAd intensifica)
• Novo
• Custos marginais de distribuição = zero
• Maior conhecimento sobre a audiência
• Experiência interativa capaz de agregar valor
16. O futuro do conteúdo está nos
aplicativos e canais verticais de
distribuição
17. A maioria dos aplicativos são, de fato,
sites sem URL. Ou livros empacotados
como aplicativos. Isto é conteúdo que
está abandonando a web para se
tornar um aplicativo “monetizável”.
18. Estamos nos movendo para um
modelo de “a melhor tela disponível”,
onde os consumidores assistirão ao
que quiserem, quando quiserem, em
qualquer tela que esteja disponível
naquele instante.
19. Pesquisa realizada pelo ABC informa
que 80% dos consumidores
entrevistados disseram que iriam
utilizar cada vez mais dispositivos
móveis como fonte primária de
notícias, nos próximos três anos.
20. Pagar por conteúdo no celular X online
• Facilidade e • Mecanismos de
segurança de pagamento
pagamentos fragmentados e
• Valores menores e inseguros
pontuais
• Dificuldade de X • Mais caros e
complexos
conseguir conteúdo • Facilidade de acesso
pirata a conteúdos
• “Lojas” de conteúdo alternativos
facilitam a • Inexistência de um
descoberta marketplace
• Personalização simplificado
21. No Brasil é diferente?
Quando comparamos com países desenvolvidos percebemos que o hábito
de pagar por um jornal no Brasil ainda está em outro estágio evolutivo.
JAPÃO:
População: 130 milhões de habitantes
Média de jornais vendidos por dia: 68,4 milhões
INGLATERRA
População: 50 milhões de habitantes
Média de jornais vendidos por dia: 15,5 milhões
BRASIL
População: 180 milhões de habitantes
Média de jornais vendidos por dia (IVC): 4,35 milhões
22. Transição ou salto?
• 4,35 milhões de leitores
• 8 milhões de celulares 3G
• 20 milhões de smartphones (TGI)
24. Modelos de conteúdo
• Extensão do canal – mobilizar o conteúdo
(presença)
• Réplica: reprodução da revista (auditoria
de conteúdo)
• Criação de produtos: enriquecendo a
experiência móvel (entretenimento,
utilidade)
28. Extensão: FREE – 3M downloads/75M impressões
NEW YORK TIMES
iPhone
iPad : Editor’s Choice
Blackberry
Palm
TOP APPS
Mudança para modelo pago em 2011
35. Premissas
• Dispositivos móveis são, por definição, onipresentes
• Todas as formas de consumo de mídia migrarão para
dispositivos móveis – especialmente iPad e tablets
• A transferência do investimento em mídia se dá do meio
impresso p/o meio digital
• Ainda não há o formato ideal de publicidade móvel
• A publicidade virá acompanhada da ação, habilitada por
meios de pagamento móvel
• Não há retorno ao formato de consumo de mídia
“empacotado” – a audiência aprendeu com a internet a
consumir de modo fragmentado, pessoal e dinâmico
• Ainda estamos no começo – ainda há espaço p/o erro
36. Pontos de ação
• Mobile web X apps não é uma escolha –
são modelos diferentes
• Reinvente ou reestruture o conteúdo
• Crie novos produtos baseados em seu
conteúdo
• Esteja alinhado com desenvolvedores e
agências
41. Tendências
• Redes sociais como porta de entrada e
locus do conteúdo, dificultando a
descoberta
• Hiperlocalismo
• Splinternet: maior controle sobre a internet
pelos grandes players
• Paywalls
• Redução da escala de empresas de mídia