5. Segundo a Comissão Europeia,
empreender “é, acima de tudo, uma
atitude mental que engloba a
motivação e a capacidade de um
indivíduo, isolado ou integrado num
organismo, para identificar uma
oportunidade e para a concretizar
com o objectivo de produzir um novo
valor ou um resultado económico”.
8. Quais as partes envolvidas no
desenvolvimento do espírito
empreendedor?
9. A questão do espírito empreendedor
pode desenvolver-se a três níveis:
indivíduo, empresa e sociedade.
Por um lado, para que os indivíduos
se tornem empreendedores, é
necessário transmitir-lhes a noção de
“espírito empresarial”, de modo a
possuírem capacidades adequadas
para transformar as suas ambições
em projectos de sucesso.
10. Por outro lado, para que esses projectos
empresariais dêem origem a empresas
prósperas, é essencial que existam condições de
apoio ao seu funcionamento, que permitam o
desenvolvimento e o crescimento das empresas e
que não criem obstáculos capazes de levar a
empresa à falência.
Além destes dois aspectos, a actividade
empresarial depende de uma atitude positiva da
sociedade em relação aos empresários.
12. O empreendedor é uma pessoa capaz de
perceber e interpretar necessidades e
problemas e de encontrar soluções para os
mesmos.
O empreendedor inova, transforma ideias
em realidade.
13. Ser empreendedor implica ser activo, arrojado,
imaginativo, autónomo, responsável, capaz de
assumir riscos.
É alguém que aprende com os erros e fracassos
diante dos quais não se deixa abater. São estas
características e muitas outras que distinguem
um empreendedor daqueles que, em igualdade
de circunstâncias, não conseguem progredir e
avançar.
22. Enquanto o gestor pergunta “com os
recursos que estão ao meu alcance,
o que é que eu consigo obter?”, o
empreendedor questiona: “dado o
que eu quero obter, que recursos é
que preciso de adquirir?”.
24. Quer as competências pessoais (como a
criatividade, a persistência e o
compromisso, todas necessárias para a
criação de uma empresa), quer as
competências de gestão (como a
eficiência, a eficácia e a fiabilidade, todas
importantes para o desenvolvimento de
uma empresa) são elementos-chave para
o sucesso empresarial.
26. O empreendedorismo pode revelar-se
em todos os sectores de actividade,
pois é um fenómeno multifacetado.
27. Para empreender são necessários
elevados recursos financeiros e
tecnologia avançada?
28. Para empreender não é necessário
muito dinheiro ou tecnologia de
ponta.
Muitas das vezes, as grandes ideias
são simples e dispensam grandes
tecnologias e grandes investimentos.
29. O segredo passa por uma grande
ideia.
O problema existe quando se quer
passar da ideia para a concretização
da mesma.
31. O empreendedorismo tem vantagens
a vários níveis:
Contribui para a criação de emprego;
Funciona como um meio de
integração de desempregados e
desfavorecidos no meio laboral;
32. Pode contribuir para reforçar a coesão
económica e social das regiões menos
desenvolvidas;
Constitui um caminho para a inovação;
É crucial para a competitividade;
Oferece aos consumidores mais
possibilidades de escolha e preços mais
baixos.
34. Iniciar uma actividade empresarial é um
grande desafio que deve ser apoiado.
Assim, potenciar o empreendedorismo e o
surgimento de novos empreendedores tem
como consequências directas:
Criação de empresas;
Aumento do emprego;
Importante contribuição para o crescimento
económico e para a coesão social do país.
36. Algumas pessoas nascem com maior
qualificação para o empreendedorismo.
Outras não têm tantos talentos inatos,
mas isso não significa que não possam
aprender e desenvolver esses talentos,
que serão adquiridos com tempo,
experiência e esforço, fundamentais
para todos os indivíduos que pretendam
implantar e gerir um negócio.
37. Contudo, é necessário que o
indivíduo tenha aspectos da sua
personalidade que sejam compatíveis
com o perfil de um empreendedor, já
que não é possível mudar o perfil
psicológico de uma pessoa.
38. É preciso notar que algumas pessoas
definitivamente não são capazes de
actuar como empreendedores e não
existe formação alguma que altere
isso.
39. Qual o papel da educação e da
formação em empreendedorismo?
40. A educação para o empreendedorismo
deve iniciar-se nos níveis mais baixos
de ensino, uma vez que se revela
importantíssima para o desenvolvimento
de atitudes e competências
empreendedoras.
41. A formação assume um papel
crucial pois tem por objectivo
munir os empreendedores de
competências técnicas ligadas à
criação e gestão de empresas.
43. Um empregado não necessita de
abandonar a organização onde desenvolve
a sua actividade empresarial para ser
empreendedor.
A ideia consiste, precisamente, em
combinar vantagens de aproveitamento
das estruturas e dos recursos de uma
organização com as características de
independência e criatividade de um
pequeno projecto.
44. O desafio é conseguir desenvolver os
comportamentos empreendedores
para que os participantes possam
actuar como agentes de mudança
nas organizações, melhorando
processos e criando novas
oportunidades de negócio.
45. Intra-empreendedor é um conceito cada vez
mais difundido nas organizações e significa
“empreendedor interno”, ou seja, é aquele
profissional que a partir de uma ideia e
recebendo a liberdade, incentivo e recursos
da empresa onde trabalha, dedica-se em
transformá-la num produto de sucesso.
Não necessita de deixar a empresa onde
trabalha, como faria o empreendedor.
46. O intra-empreendedorismo nas empresas é
fortalecido e estimulado por mecanismos
de remuneração variável, pelo que o
profissional ganha consoante os resultados
que apresentar.
Este aspecto permite introduzir a
competitividade nas empresas e no próprio
mercado, onde vence quem conseguir
marcar a diferença.
47. Quais o obstáculos com que se
deparam as organizações que
tentam disseminar o conceito de
intra-empreendedorismo dentro
das mesmas?
48. As organizações sentem dificuldade na
disseminação deste novo conceito dentro das
mesmas, deparando-se com diversos
obstáculos como:
Financiamento;
Riscos e recompensas (dado que os custos de
falhar são muito elevados e as recompensas
pelo sucesso são reduzidas);
Resistência à mudança;
Hierarquia das organizações.
50. 1. Agir sempre sabendo que o dinheiro
não faz o empresário.
Normalmente o criador de uma empresa é
alguém que não tem grande capacidade
financeira, mas tem outros recursos como
a determinação, a persistência e a
criatividade que o levam a triunfar.
51. 2. Saber que a sua riqueza resulta da
persistência, actividade e tempo, estando
consciente de que existe uma diferença entre
persistência e teimosia.
O empresário teimoso responde aos problemas
sempre da mesma maneira enquanto o
empresário persistente não desiste de encontrar
novas alternativas para controlar o problema.
52. 3. Ter visão suficiente para identificar
os clientes e as suas necessidades
procurando saber se existe um
mercado suficientemente grande para
gerar lucros, permitir crescimento e
diversificação.
53. 4. Reduzir os investimentos iniciais ao
indispensável e não gastar recursos
em equipamentos supérfluos.
54. 5. Diminuir os custos fixos, eventualmente
optando por ter na fase inicial da sua
empresa funcionários a tempo parcial e
gerindo os recursos humanos em função
do crescimento da empresa.
55. 6. Preparar as negociações críticas
com fornecedores e investidores,
sem nunca se afastar dos pilares em
que sustentou a sua ideia de negócio.
57. 8. Estabelecer as alianças
fundamentais para o negócio, abrindo
mão de exclusivismos que podem
deitar por terra a expansão da
empresa.
Não queira centrar tudo em si.