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Processos de Usinagem




        Aula 04

Materiais de Ferramentas




             Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau
Processos de Usinagem


Aula 04
      Tópicos
      •   Materias de ferramentas:
            •   Requisitos
            •   Evolução
            •   Tipos
            •   Características
            •   Emprego
            •   Custos, etc
      •   Considerações gerais sobre ferramentas de corte




                                             Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau
Processos de Usinagem


Conseqüência dos esforços na de Ferramenta
Processos de Usinagem

•   Requisitos desejados em uma ferramentas de corte
     ➔   Resistência à compressão
     ➔   Dureza
     ➔   Resistência à flexão e tenacidade
     ➔   Resistência do gume
     ➔   Resistência interna de ligação                Nenhum material de
                                                           ferramenta
     ➔   Resistência a quente
                                                       possui todas estas
     ➔   Resistência à oxidação                          características
     ➔   Pequena tendência à fusão e caldeamento
     ➔   Resistência à abrasão
     ➔   Condutibilidade térmica, calor específico e
     expansão térmica
Processos de Usinagem


Evolução dos materiais de ferramenta
–   50 mil anos atrás (Paleolítico – Pedra Lascada):

     ●   Emprego de ferramentas de pedra com gumes afiados por
         lascamento, adaptando a geometria de corte à tarefa a ser realizada.
Processos de Usinagem


Evolução dos materiais de ferramenta

   ●   Aço ferramenta (1868)
   ●   Aço rápido (1900)
   ●   Stellite (1910)
   ●   Metal duro (1926)
   ●   Cerâmicas (1938)
   ●   Nitreto de boro cúbico (década de 50)
   ●   Diamante mono e policristalino (década de 70)
Processos de Usinagem


Classificação dos materiais de ferramentas
Processos de Usinagem


Propriedades dos materiais de ferramentas
Processos de Usinagem


Propriedades dos materiais de ferramentas
Processos de Usinagem

Resistência a quente dos principais materiais de ferramentas
Processos de Usinagem

Dureza e condutividade de alguns materiais de corte
Processos de Usinagem

Aplicação de materiais de ferramenta na indústria
                                          CBN+PKD 2
automobilística                                       CERÂMICAS 14




                                                                       CERMETS 4




           MD - CVD 39,2




                                                                     MD S/ REV. 35




                           MD – PVD 5,9
Processos de Usinagem


Aços ferramenta

Características

   - Aços carbono (0,8 a 1,5 % de C)

   - sem ou com mínimos teores de elementos de liga

   - Principal material utilizado ate 1900

   - Baixo custo

   - Facilidade de afiação – obtençãcao de gumes vivos

   - Tratamento térmico relativamente simples  elevada dureza e
resistência ao desgaste

   - Resistem a temperatura de até aproximadamente 250°C
Processos de Usinagem


Aços ferramenta

Áreas de aplicação dos aços-ferramentas

   - Materiais de baixa velocidade de corte

   - Usinagem de aços doces com Vc < 25m/min

   - Brocas para uso doméstico – hobby

   - Ferramentas para carpintaria
Processos de Usinagem

Aços rápidos

Características

- Principais elementos constituintes (W, Mo, Co, V), elementos que
conferem alta tenacidade às ferramentas.

- Dureza de 60 a 67 HRC

- Resistem a temperatura de até aproximadamente 520 a 600°C
   - Clássico 18 (%W) - 4 (%Cr) – 1 (%V)
   - Aço super rápido adição de Co
   - Tratamento térmico complexo
   - preço elevado
Processos de Usinagem


Aços rápidos

Características
–   Composição química usual (5 a 7% formam carbonetos):
      0,6 a 1,6% C
      4% Cr
      7 a 10% W
      85 a 89% Fe
      4 a 5% Mo
      0,9 a 3% V
–   Designação: HS + % W - Mo - V - Co (ex.: HS 10-4-3-10).
Processos de Usinagem

Aços rápidos
–   Subdivisão em 4 grupos, segundo o teor de W e Mo
                                                  Para usinagem de aço
               Grupo    Nomenclatura         de médio esforço | de alto esforço
                                             < 850 N/ mm 2/        desbaste /
                        W    Mo V Co          > 850 N/ mm 2      acabamento
                        HS 18 – 0 - 1        +          -          -         -
               18% W
                        HS 18 – 1 - 2 -5      -         -         +          -
                        HS 12– 1 - 4 -5       -         -        (+ )        +
               12% W
                        HS 10 – 4 - 3 -10     -         -        (+ )        +
                        HS 6 – 5 - 2          -        +           -         -
               6% W +   HS 6 – 5 - 3    -5    -         -        (+ )       +
               5% Mo
                        HS 6 – 5 - 2    -5    -         -         +          -
                        HS 2 – 9 - 1         +          -          -         -
               2% W +                         -        +           -
                        HS 2 – 9 - 2                                         -
               9% Mo
                        HS 2 – 10 - 1   8     -         -         +          -
Processos de Usinagem

Aços rápidos – Subdivisão

–   Grupo 1
     ● alto teor de W (até 18%)
     ● bom revenimento
     ● empregado para desbaste de aço e ferro fundido
–   Grupo 2
     ● teores de W de até 12%
     ● crescente teor de V
     ● revenimento um pouco pior que grupo 1
     ● empregado para acabamento de materiais ferrosos e na usinagem de
       materiais não-ferrosos
     ● para ferramentas com forma complexa (boa maleabilidade e tenacidade)
–   Grupos 3 e 4
     ● W + Mo (Mo substitui W )
     ● possui tenacidade muito boa
     ● empregado para todos tipos de ferramentas
Processos de Usinagem

Aços rápidos
➔   Influência dos elementos de liga
–    Aumento no teor de elementos de liga:

       ●   Maior produtividade destes materiais;

       ●   Aumento na resistência ao desgaste;

       ●   Aumento na vida das ferramenta;

       ●   Porém torna-se mais difícil a fabricação deste material;

       ●   Maiores custos de produção
Processos de Usinagem

Aços rápidos
➔   Influência dos elementos de liga

     ●   Tungstênio (W)                ●   Molibdênio (Mo)
          –   formador de carbonetos        –   melhora temperabilidade
          –   melhora revenimento           –   melhora tenacidade
          –   melhora resistência ao
                                            –   substitui W
              desgaste

     ●   Vanádio (V)
                                       ●   Cobalto (Co)
          –   Formador de carbonetos        –   eleva temperatura de
          –   melhora resistência ao            sensibilização a quente
              desgaste (resist. a           –   melhora dureza a quente
              quente)                       –   melhor solubilidade de
          –   usado para acabamento             carbonetos
Processos de Usinagem

Aços rápidos
●   Aço-rápido com revestimento (TiC, TiN):

       ●   Menor atrito;

       ●   Redução no desgaste;

       ●   Maior estabilidade química;

       ●   Proteção térmica do substrato
Processos de Usinagem

Aços rápidos
Áreas de aplicação dos aços-rápidos
     - Ferramentas para todas as operações de usinagem
     - Ferramentas para desbaste e acabamento
     - Machos e cossinetes de roscas
     - Brocas helicoidais
     - Alargadores
     - Fresas de todos os tipos
     - Ferramentas de plainar
     - Escareadores
     - Ferramentas para trabalho a frio
     - Ferramentas para trabalho em madeira
     - outras.
Processos de Usinagem


Ligas Fundidas
Características
- Composição típica:
     ➔   3% Fe
     ➔   17% W
     ➔   33% Cr
     ➔   44% Co
- Resistem a temperatura entre aproximadamente 700 a 800°C

   - W  Mn, Mo, V, Ti e Ta
   - Tratamento térmico complexo
   - Preço elevado
Processos de Usinagem


Ligas Fundidas

Nomes comerciais: Stellite, Tantung, Rexalloy e Chromalloy

Áreas de aplicação das Ligas Fundidas

      - Raro em ferramentas para usinagem de geometria definida

      - Material para abrasivos

      - Isoladores térmicos, isoladores elétricos

      - Fundição de materiais cerâmicos

      - outros
Processos de Usinagem


Metal Duro – WIDIA

  Características

  - Desenvolvimento 1926 - Leipzig

  - Material de ferramenta mais utilizado na indústria

  - Indústria automobilística consome cerca de 50% das ferramentas de
  metal duro produzidas no mundo

  - Resistem a temperatura de até aproximadamente 1000°C (mesma
  dureza que o aço rápido à temperatura ambiente)

  - Maiores Vc com relação as ligas fundidas, aços rápidos e aços
  ferramenta

  - Aumento na vida útil das ferramentas na ordem de 200 a 400%
Processos de Usinagem


Duro – WIDIA

    - Composição típica: 81% W, 6% C e 13% Co – (WC-Co)
●   Algumas razões do sucesso deste material:
     –   Grande variedade de tipos de metal duro (adição de elementos de
         liga);
     –   Propriedades adequadas às solicitações em diferentes condições
     –   Possibilidade de utilização de insertos intercambiáveis
     –   Estrutura homogênea (processo de fabricação)
     –   Dureza elevada;
     –   Resistência à compressão;
     –   Resistência ao desgaste a quente.
Processos de Usinagem

Metal Duro – WIDIA

Características

  - Boa distribuição da estrutura

  - Boa resistência à compressão

  - Boa resistência ao desgaste a quente

  - Possibilidade de se obter propriedades específicas

  - A princípio utilizado para a usinagem de materiais fundidos

  - Anos 70 (seculo XX)- surgimento de metais duros revestidos

  - Primeiros Cermets ® (metais duros à base de TiC)-  vc’s -1973 - Japão
Processos de Usinagem

Fabricação do Metal Duro
Processos de Usinagem


Metal Duro – Fabricação
Processos de Usinagem

Estrutura do Metal Duro

–   Carbonetos:

     ●   fornecem dureza a quente e resistência ao desgaste (WC, TiC,
         TaC, NbC, ...)

–   Ligante metálico:

     ●   Atua na ligação dos carbonetos frágeis (Co ou Ni);

–   Obtido por sinterização (ligante + carbonetos)
Processos de Usinagem

Estrutura do Metal Duro




     onde:
        α = carbonetos de tungstênio
        β = cobalto
        γ = carbonetos de titânio, tântalo e nióbio
Processos de Usinagem


Propriedades dos componentes do Metal Duro

Carboneto de tungstênio (WC)

  - Solúvel em Co  alta resistência de ligação interna e de gume
  - Boa resistência ao desgaste abrasivo (melhor que TiC e TaC)

  - Limitações de vc’s devido à tendência à difusão em temperaturas
  elevadas
Carboneto de Titânio (TiC)
  - Baixa tendência à difusão
  - Boa resistência à quente

  - Pequena resistência de ligação interna  baixa reistência de gume
  - Os metais duros com alto teor de TiC são frágeis
Processos de Usinagem


Propriedades dos componentes do Metal Duro

Carboneto de Nióbio (NbC)

  - Em pequenas quantidades  refino do grão  proporciona um
  aumento de tenacidade e de resistência do gume

  - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é
  utilizado TiC

Carboneto de Tântalo (TaC)

  - Em pequenas quantidades  refino do grão  proporciona um
  aumento de tenacidade e de resistência do gume

  - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é
  utilizado TiC
Processos de Usinagem


Propriedades dos componentes do Metal Duro

Nitreto de titânio (TiN)
  - Componente de maior influência nas propriedades dos Cermets
  - Menor solubilidade no aço
  - Maior resistência à difusão que o TiC
  - Alta resistência ao desgaste
  - Estrutura de grãos finos

Cobalto (Co)
  - Melhor metal de ligação para metais duros com base em WC
  - Boa solubilidade do WC
  - Bom ancoramento dos cristais de WC
Processos de Usinagem

Metal Duro - Grandezas de influência sobre a resistência
Processos de Usinagem


Classificação dos Metais Duros
    ●   Divididos em três grupos (P,K e M) e classificados de acordo com
        à tenacidade e resistência ao desgaste, de acordo com uma
        numeração (p. ex. P01, P10,..., K10, ...)
Processos de Usinagem


Classificação dos Metais Duros

–   Grupo P
     ● Alta resistência a quente
     ● Pequeno desgaste abrasivo
     ● Empregado para usinagem de aços com cavacos longos
–   Grupo M
     ● Média resistência a quente
     ● Média resistência à abrasão
     ● Para aços resistentes a altas temperaturas, aço inoxidável, aços
       resistentes à corrosão, Fofo...
–   Grupo K
     ● Pouca resistência a quente
     ● Alta resistência ao desgaste
     ● Usinagem de materiais com cavacos curtos, Fofo, metais não ferrosos,
       materiais não metálicos (pedra, madeira, ...) materiais com boa
       resistência a quente, ...
     ● Compostos praticamente somente por W C e Co (pequenas
       quantidades de TiC, TaC e NbC)
Processos de Usinagem


Classificação dos Metais Duros

–   Metal Duro Polivalente

     ●   Melhores características (material com maior pureza e maior
         controle na sinterização)

     ●   Redução da quantidade de insertos diferentes

     ●   Mais homogêneos, com melhor distribuição dos carbonetos e
         tamanho dos carbonetos mais uniforme
Processos de Usinagem


Classificação dos Metais Duros

Metais duros à base de WC-Co

  ●   Alta resistência à compressão

  ●   Aconselháveis para a usinagem de aço mole, materiais de cavaco
      curto, fundidos, não ferrosos, materiais resistentes ao calor e não
      metálicos como pedra e madeira

Metais duro à base de WC- (Ti, Ta, Nb)C-Co

  ●   Comparados aos metais duros WC-Co possuem melhores
  propriedades sob altas temperaturas

  ●   Aconselháveis para usinagem de aços de cavacos longos
Processos de Usinagem


Classificação dos Metais Duros

Metais duro à base de TiC-TiN-Co, Ni (Cermets)

  ●   Grande dureza, baixa tendência à difusão e à adesão, boa resistência a
      quente

  ●   Apropriados para o acabamento de aços (torneamento e fresamento)
Processos de Usinagem

                         Metais Duros Revestidos
–   Substrato tenaz com revestimento duro (TiC, TiN, Ti(C,N), Al2O3, ...),
    combinando-se assim uma alta resistência a choques com alta
    resistência a desgaste (maior vida de ferramenta).
–   É freqüente a deposição de várias camadas
–   Processos de revestimento
     ●   CVD (chemical vapour deposition)
     ●   PVD (physical vapour deposition)
–   Exigências aos revestimentos
     ●   Espessura regular da camada sobre a face e flancos
     ●   Composição química definida
     ●   Possibilidade de fabricação em grandes lotes
Processos de Usinagem

Metais Duros Revestidos
Processos de Usinagem

                           Metais Duros Revestidos

➔   Principais revestimentos

–    Carboneto de Titânio (TiC)

–    Nitreto de titânio (TiN)

–    Carbonitreto de titânio (Ti(C,N))

–    Nitreto de alumínio-titânio ((Ti, Al)N)

–    Óxido de Alumínio (Al2O3)

–    Camadas de diamante
Processos de Usinagem

                   Áreas de aplicação dos Metais Duros

- Ferramentas para quase todas as operações de usinagem (sob a forma
de insertos)

- Ferramentas para desbaste e acabamento

- Brocas helicoidais

- Brocas para furação profunda

- Fresas de topo

- Brochas

- Alargadores

- outros
Processos de Usinagem


Cerâmicas de Corte
Classificação das cerâmicas de corte
Processos de Usinagem

Cerâmicas de Corte
➔   Generalidades

    - Alta resistência à compressão

    - Alta estabilidade química

    - Limitações na aplicação devido ao comportamento frágil e à

     dispersão das propriedades de resistência mecânica

    - Indispensável em áreas como fabricação de discos de freio
Processos de Usinagem

Cerâmicas de Corte
➔   Generalidades

    - Materiais de importância crescente

    - Melhoria constante na qualidade

    - Empregada na usinagem de aços e ferros fundidos

    - Altas velocidades de corte, altas potências de acionamento

    - Exigem máquinas rígidas e proteção ao operador
Processos de Usinagem

Cerâmicas de Corte

➔   Propriedades e características de cerâmicas

      - Resistentes à corrosão e às altas temperaturas

      - Elevada estabilidade química (boa resistência ao desgaste)

      - Resistência à compressão

      - Materiais não-metálicos e inorgânicos

      - Ligação química de metais com não metais

      - Podem ser óxidas ou não óxidas
Processos de Usinagem

Cerâmicas óxidas
➔   Cerâmicas à base de Al2 O3
Processos de Usinagem

Cerâmicas óxidas
➔   Cerâmicas à base de Al2 O3
    - Surgiram a partir do final dos anos 30
    - Tradicional – cerâmica branca
    - Percentual de Al2O3 maior que 90% (cor branca)
    - Al2 O3 + óxido de zircônio finamente distribuído
    - Torneamento de desbaste e acabamento de FoFo cinzento,
      aços cementados, aços temperados e extrudados
    - Apresentam alta dureza a quente
    - Têm pouca resistência à flexão
    - Extremamente sensíveis a choques térmicos (usinagem a seco)
    - Empregadas em ferros fundidos e aços de alta resistência
Processos de Usinagem

Cerâmicas óxidas
➔   Cerâmicas mistas
      - Teor de Al2O3 menor que 90% (cor escura)
      - Contém de 5 a 40% de TiC e/ou TiN
      - Mais tenaz que cerâmica óxida e com maior resistência de canto e
         gume
      - Mais dura e mais resistente à abrasão que cerâmica óxida
      - Mais resiste a variações de temperatura que cerâmica óxida
      - Grãos finos => melhor tenacide, resistência ao desgaste e resistência
         de quina
      - Maior dureza que as óxidas, maior resistência a choques térmicos
      - Torneamento e fresamento leves de FoFo cinzento
      - Usinagem de aços cementados e temperados
Processos de Usinagem

Cerâmicas óxidas

➔   Cerâmicas de corte reforçadas com whiskers

     - Whiskers – cristais unitários em forma de agulhas com baixo grau de
imperfeição no retículo cristalino

     - A base de Al2O3 com aproximadamente 20 até 40% de whiskers de
carboneto de silício (SiC)

     - Objetivo de melhorar as propriedades de tenacidade (aumento de 60%).

     - Boa resistência a choques térmicos - corte com fluidos
Processos de Usinagem


Dureza a Quente de Diversos Materias de Ferramentas
                      2500



                      2000
                                                      Cerâmicas mistas
                                   Cerâmicas óxidas
       Dureza HV 10



                      1500
                                                                   Cerâmicas
                                                                   não óxidas


                      1000

                                                                    Metal duro
                                                                      P-10

                      500

                                                                            Stellite

                                                                    Aço rápido

                             200          400         600        800        1000
                                             Temperatura oC
Processos de Usinagem

Cerâmicas não Óxidas

Definição: São cerâmicas a base de carbonetos, nitretos, boretos,
silicatos, etc.

     ●   Principalmente a base de Si3N4

     ●   Maior tenacidade e resistência a choques térmicos quando
         comparadas às cerâmicas óxidas;

     ●   Elevada dureza a quente e resistência ao calor
Processos de Usinagem

Cerâmicas não Óxidas

➔   Campos de aplicação de cerâmicas de corte não-óxidas

      ●   usinagem do Ferro Fundido Cinzento

      ●   torneamento de discos de freio

      ●   desbaste de ligas à base de níquel (grupos II e III)

      ●   Possuem alta afinidade com ferro e oxigênio (desgastam-se
          rapidamente na usinagem de aço - sem aplicações);

           –   Desgaste na superfície de saída;

           –   Gume de corte com tendência ao arredondamento
Processos de Usinagem


Cerâmicas de Corte Não Óxidas

➔   Divisão em relação à composição química

     I: Nitreto de silício + materiais de sinterização;

     II: Nitreto de Silício + fases cristalinas + materiais de sinterização;

    - Sialone - o Si3N4 pode conter até 60 % de Al2 O3 na mistura sólida

     III: Nitreto de silício + materiais duros + materiais de sinterização.

    - Si3N4 com propriedades influenciadas por materiais como TiN,

      TiC, óxido de zircônio e whisker - SiC
Processos de Usinagem


Materiais de corte superduros não-metálicos
  ●   Nitreto de Boro Cúbico – CBN
  ●   Diamante
  ●   Nitrero de Boro
Processos de Usinagem


Nitrero de Boro - CBN
Processos de Usinagem


Nitrero de Boro - CBN
➔   Caracterísiticas
     - Forma mole - hexagonal (mesma estrutura cristalina do grafite)

     - Forma dura - cúbica (mesma estrutura do diamante)

     - Wurtzita - simetria hexagonal (arranjo atômico diferente do grafite)

     - Fabricação de Nitreto de boro hexagonal através de reação de

      halogêneos de boro com amoníaco

     - Transformação em nitreto de boro cúbico através de altas

      pressões (50 a 90 kbar) e temperaturas 1800 a 2200 K
Processos de Usinagem

Nitrero de Boro - CBN

➔   Caracterísiticas
     - Segundo material de maior dureza conhecido
     - Obtido sinteticamente (primeira síntese em 1957), com transformação de
     estrutura hexagonal para cúbica (pressão + temperatura)
     - Quimicamente mais estável que o diamante (até 2000 graus)
     - Grupos de ferramentas:
      ●   CBN + fase ligante (PCBN com alto teor de CBN);
      ●   CBN + carbonetos (TiC + fase ligante);
      ●   CBN + HBN + fase ligante (maior tenacidade).
Processos de Usinagem

Nitrero de Boro - CBN

➔   Campo de aplicações
      ●   Aços temperados com dureza > 45 HRC:
           –   Torneamento, fresamento, furação;
      ●   Aço-rápido (ferramentas de corte);
      ●   Aços resistentes a altas temperaturas;
      ●   Ligas duras (Ni, Co, ...);
      ●   Emprego em operações severas (corte interrompido), tanto quanto em
          operações de desbaste e acabamento.
–    Usinagem com ferramentas de geometria não-definida:
      ●   Possibilidade de usinagem de aços e ferros fundidos, que não são
          usinados com diamante em função da afinidade química.
Processos de Usinagem

Diamante

➔   Caracterísiticas
      ●   Material de maior dureza encontrado na natureza
      ●   Pode ser natural ou sintético
      ●   Monocristalino (anisotrópico) ou policristalino (isotrópico)
–    Diamante policristalino
      ●   Primeira síntese em 1954 (GE)
      ●   Síntese sob 60 a 70 kbar, 1400 a 2000 graus C
      ●   Cobalto é usado como ligante
      ●   Substitui metal-duro e diamante monocristalino, em alguns casos
Processos de Usinagem

Diamante

➔   Formas de utilização

     - policirstalino PKD - aglomerado de diamantes

     - monocristalino

     - revestimento
Processos de Usinagem

Diamante

➔   Campo de aplicação
      ●   Usinagem de ferro e aço não é possível (afinidade Fe-C);
      ●   Usinagem de metais não ferrosos, plásticos, madeira, pedra,
          borracha, etc.
      ●   Usinagem de precisão e ultraprecisão
      ●   Pequenas ap e f, tolerâncias estreitas (baixa resistência a flexão das
          ferramentas)
      ●   Emprego de altas velocidades de corte;
      ●   Tempos de vida de até 80 vezes maior que os das ferramentas de
          metal duro;
Processos de Usinagem




Considerações gerais sobre Ferramentas de corte
Processos de Usinagem


             Considerações gerais sobre Ferramentas de corte

                            Ferramentas inteiriças

●   São produzidas por fundição, forjamento, barras laminadas ou por
processos de metalurgia do pó

●   Seus materiais incluem aços carbono e baixas ligas, aços rápidos, ligas
de cobalto fundidas e metais duros

●   Ferramentas de ponta arredondada permitem a aplicação de grandes
avanços, em peças de grande diâmetro
Processos de Usinagem


                    Ferramentas com insertos soldados

●   Ferramentas de gume único

●   Corpo de material de baixo custo

●   Parte cortante com material de corte de melhor qualidade soldado ou
montado sobre a base

●   Materiais cortantes usados: aços rápidos, ligas fundidas à base de
cobalto, metal-duro, cerâmica, diamante mono e policristalino e nitreto de
boro cúbico
Processos de Usinagem


Ferramentas com insertos soldados
Processos de Usinagem



                Ferramentas com insertos intercambiáveis



●   Ferramentas mais largamente utilizadas em operações de torneamento

●   Insertos de metal-duro predominam, mas insertos de aços rápidos,
cerâmicas, diamante e CBN são também usados para muitas aplicações

●   Sistema de identificação normalizado, com base nas caracterís-ticas
mecânicas e geométricas dos insertos
Processos de Usinagem



Ferramentas com insertos intercambiáveis
Processos de Usinagem


                              Forma dos insertos

➔   A geometria da peça, suas tolerâncias, seu material e qualidade
    superficial definem o formato do inserto

➔   Há seis formas comuns, com benefícios e limitações, em relação à
    resistência a tensão
Processos de Usinagem


                        Geometria dos insertos
Insertos com ângulo de saída negativo:
     - dobro de superfície de corte e maior resistência,
     - avanço e profundidade de corte maiores
     - gera um aumento nas forças de corte
     - exigem maior potência e rigidez do torno

Insertos com ângulo de saída positivo:

     - bons para trabalho em material mais dúctil, como aços de baixo
     carbono, ligas de alta temperatura e materiais que endurecem
     durante a usinagem
Processos de Usinagem


                        Geometria dos insertos

Insertos positivo-negativos:

  - combinam a ação de corte dos positivos com a resistência dos
  negativos

  - possuem gumes realçados ou sulcos na face

  - em insertos revestidos, são capazes de remover material a altas
  velocidades e avanços, com aumento do volume de cavacos.

  - há diversos modelos, de diferentes fabricantes, com diferentes formas
  de sulcos
Processos de Usinagem


                           Tamanho dos insertos

➔   Na maioria das formas padrão de insertos, o tamanho é especificado pelo
diâmetro do maior círculo que pode ser inscrito no perímetro do inserto
(chamado IC)

➔   Por razões econômicas, deve ser selecionado o menor inserto possível,
com o qual possa ser empregada a profundidade de corte requerida na
operação

➔   De modo geral o comprimento do gume deve ser no mínimo o dobro da
profundidade de corte
Processos de Usinagem

                          Espessura dos insertos

➔   Depende basicamente da profundidade de corte e do avanço utilizados

➔   Com base nestes fatores, a espessura do inserto é selecionada em
tabelas de fabricantes, ou através de dados da literatura
Processos de Usinagem

                          Raio de quina dos insertos
●   Determinado pela configuração da peça e pelos requisitos de qualidade
superficial
●   Raios de quina muito pequenos
        - quinas fracas, quebra ou lascamento
        - melhor controle dos cavacos e menos ruídos
●   Raios de quina muito grandes:
        - ruídos ou vibrações (pequena espessura dos cavacos e aumento Fp)
        - máquina-ferramenta e dispositivos devem ter rigidez suficiente
●   Raio de quina apropriado é um dos mais importantes fatores relacionados
ao acabamento superficial
●   De modo geral raios de quina maiores produzem melhores superfícies
usinadas
Processos de Usinagem


                     Tolerância dos insertos

Define a precisão de acoplamento

Insertos padrão estão disponíveis em 3 classes de tolerância:

     - usual: ± 0,1 a 0,3 mm

     - precisão: ± 0,03 a 0,05mm

     - alta precisão: ± 0,013 mm
Processos de Usinagem


Ferramenta de torneamento com inserto intercambiável
Processos de Usinagem


Sistema de fixação para insertos intercambiáveis
Processos de Usinagem

                       Escolha da geometria da ferramenta
➔   Material da ferramenta
➔   Material da peça
➔   Condições de corte
➔   Geometria da peça

                Geometrias usuais de ferramentas de corte
Processos de Usinagem


                     Cuidados com ferramentas de corte
➔   Manuseio e manutenção de ferramentas de corte
➔   Evitar o contato entre ferramentas
➔   Cuidados no armazenamento
➔   Danificações no manuseio (quebras)
Processos de Usinagem


Manutenção e gerenciamento das ferramentas de corte
  ●   Limpeza
  ●   Prevenção contra oxidação



Aplicação de tecnologia de grupo e manutenção de ferramentas de
corte
  ●   Ferramentas adequadas aos processos
  ●   Cuidados no preparo e instalação
  ●   Condições de corte adequadas

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Aula 04-u-2007-1-materiais para ferramentas de corte

  • 1. Processos de Usinagem Aula 04 Materiais de Ferramentas Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau
  • 2. Processos de Usinagem Aula 04 Tópicos • Materias de ferramentas: • Requisitos • Evolução • Tipos • Características • Emprego • Custos, etc • Considerações gerais sobre ferramentas de corte Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau
  • 3. Processos de Usinagem Conseqüência dos esforços na de Ferramenta
  • 4. Processos de Usinagem • Requisitos desejados em uma ferramentas de corte ➔ Resistência à compressão ➔ Dureza ➔ Resistência à flexão e tenacidade ➔ Resistência do gume ➔ Resistência interna de ligação Nenhum material de ferramenta ➔ Resistência a quente possui todas estas ➔ Resistência à oxidação características ➔ Pequena tendência à fusão e caldeamento ➔ Resistência à abrasão ➔ Condutibilidade térmica, calor específico e expansão térmica
  • 5. Processos de Usinagem Evolução dos materiais de ferramenta – 50 mil anos atrás (Paleolítico – Pedra Lascada): ● Emprego de ferramentas de pedra com gumes afiados por lascamento, adaptando a geometria de corte à tarefa a ser realizada.
  • 6. Processos de Usinagem Evolução dos materiais de ferramenta ● Aço ferramenta (1868) ● Aço rápido (1900) ● Stellite (1910) ● Metal duro (1926) ● Cerâmicas (1938) ● Nitreto de boro cúbico (década de 50) ● Diamante mono e policristalino (década de 70)
  • 7. Processos de Usinagem Classificação dos materiais de ferramentas
  • 8. Processos de Usinagem Propriedades dos materiais de ferramentas
  • 9. Processos de Usinagem Propriedades dos materiais de ferramentas
  • 10. Processos de Usinagem Resistência a quente dos principais materiais de ferramentas
  • 11. Processos de Usinagem Dureza e condutividade de alguns materiais de corte
  • 12. Processos de Usinagem Aplicação de materiais de ferramenta na indústria CBN+PKD 2 automobilística CERÂMICAS 14 CERMETS 4 MD - CVD 39,2 MD S/ REV. 35 MD – PVD 5,9
  • 13. Processos de Usinagem Aços ferramenta Características - Aços carbono (0,8 a 1,5 % de C) - sem ou com mínimos teores de elementos de liga - Principal material utilizado ate 1900 - Baixo custo - Facilidade de afiação – obtençãcao de gumes vivos - Tratamento térmico relativamente simples  elevada dureza e resistência ao desgaste - Resistem a temperatura de até aproximadamente 250°C
  • 14. Processos de Usinagem Aços ferramenta Áreas de aplicação dos aços-ferramentas - Materiais de baixa velocidade de corte - Usinagem de aços doces com Vc < 25m/min - Brocas para uso doméstico – hobby - Ferramentas para carpintaria
  • 15. Processos de Usinagem Aços rápidos Características - Principais elementos constituintes (W, Mo, Co, V), elementos que conferem alta tenacidade às ferramentas. - Dureza de 60 a 67 HRC - Resistem a temperatura de até aproximadamente 520 a 600°C - Clássico 18 (%W) - 4 (%Cr) – 1 (%V) - Aço super rápido adição de Co - Tratamento térmico complexo - preço elevado
  • 16. Processos de Usinagem Aços rápidos Características – Composição química usual (5 a 7% formam carbonetos):  0,6 a 1,6% C  4% Cr  7 a 10% W  85 a 89% Fe  4 a 5% Mo  0,9 a 3% V – Designação: HS + % W - Mo - V - Co (ex.: HS 10-4-3-10).
  • 17. Processos de Usinagem Aços rápidos – Subdivisão em 4 grupos, segundo o teor de W e Mo Para usinagem de aço Grupo Nomenclatura de médio esforço | de alto esforço < 850 N/ mm 2/ desbaste / W Mo V Co > 850 N/ mm 2 acabamento HS 18 – 0 - 1 + - - - 18% W HS 18 – 1 - 2 -5 - - + - HS 12– 1 - 4 -5 - - (+ ) + 12% W HS 10 – 4 - 3 -10 - - (+ ) + HS 6 – 5 - 2 - + - - 6% W + HS 6 – 5 - 3 -5 - - (+ ) + 5% Mo HS 6 – 5 - 2 -5 - - + - HS 2 – 9 - 1 + - - - 2% W + - + - HS 2 – 9 - 2 - 9% Mo HS 2 – 10 - 1 8 - - + -
  • 18. Processos de Usinagem Aços rápidos – Subdivisão – Grupo 1 ● alto teor de W (até 18%) ● bom revenimento ● empregado para desbaste de aço e ferro fundido – Grupo 2 ● teores de W de até 12% ● crescente teor de V ● revenimento um pouco pior que grupo 1 ● empregado para acabamento de materiais ferrosos e na usinagem de materiais não-ferrosos ● para ferramentas com forma complexa (boa maleabilidade e tenacidade) – Grupos 3 e 4 ● W + Mo (Mo substitui W ) ● possui tenacidade muito boa ● empregado para todos tipos de ferramentas
  • 19. Processos de Usinagem Aços rápidos ➔ Influência dos elementos de liga – Aumento no teor de elementos de liga: ● Maior produtividade destes materiais; ● Aumento na resistência ao desgaste; ● Aumento na vida das ferramenta; ● Porém torna-se mais difícil a fabricação deste material; ● Maiores custos de produção
  • 20. Processos de Usinagem Aços rápidos ➔ Influência dos elementos de liga ● Tungstênio (W) ● Molibdênio (Mo) – formador de carbonetos – melhora temperabilidade – melhora revenimento – melhora tenacidade – melhora resistência ao – substitui W desgaste ● Vanádio (V) ● Cobalto (Co) – Formador de carbonetos – eleva temperatura de – melhora resistência ao sensibilização a quente desgaste (resist. a – melhora dureza a quente quente) – melhor solubilidade de – usado para acabamento carbonetos
  • 21. Processos de Usinagem Aços rápidos ● Aço-rápido com revestimento (TiC, TiN): ● Menor atrito; ● Redução no desgaste; ● Maior estabilidade química; ● Proteção térmica do substrato
  • 22. Processos de Usinagem Aços rápidos Áreas de aplicação dos aços-rápidos - Ferramentas para todas as operações de usinagem - Ferramentas para desbaste e acabamento - Machos e cossinetes de roscas - Brocas helicoidais - Alargadores - Fresas de todos os tipos - Ferramentas de plainar - Escareadores - Ferramentas para trabalho a frio - Ferramentas para trabalho em madeira - outras.
  • 23. Processos de Usinagem Ligas Fundidas Características - Composição típica: ➔ 3% Fe ➔ 17% W ➔ 33% Cr ➔ 44% Co - Resistem a temperatura entre aproximadamente 700 a 800°C - W  Mn, Mo, V, Ti e Ta - Tratamento térmico complexo - Preço elevado
  • 24. Processos de Usinagem Ligas Fundidas Nomes comerciais: Stellite, Tantung, Rexalloy e Chromalloy Áreas de aplicação das Ligas Fundidas - Raro em ferramentas para usinagem de geometria definida - Material para abrasivos - Isoladores térmicos, isoladores elétricos - Fundição de materiais cerâmicos - outros
  • 25. Processos de Usinagem Metal Duro – WIDIA Características - Desenvolvimento 1926 - Leipzig - Material de ferramenta mais utilizado na indústria - Indústria automobilística consome cerca de 50% das ferramentas de metal duro produzidas no mundo - Resistem a temperatura de até aproximadamente 1000°C (mesma dureza que o aço rápido à temperatura ambiente) - Maiores Vc com relação as ligas fundidas, aços rápidos e aços ferramenta - Aumento na vida útil das ferramentas na ordem de 200 a 400%
  • 26. Processos de Usinagem Duro – WIDIA - Composição típica: 81% W, 6% C e 13% Co – (WC-Co) ● Algumas razões do sucesso deste material: – Grande variedade de tipos de metal duro (adição de elementos de liga); – Propriedades adequadas às solicitações em diferentes condições – Possibilidade de utilização de insertos intercambiáveis – Estrutura homogênea (processo de fabricação) – Dureza elevada; – Resistência à compressão; – Resistência ao desgaste a quente.
  • 27. Processos de Usinagem Metal Duro – WIDIA Características - Boa distribuição da estrutura - Boa resistência à compressão - Boa resistência ao desgaste a quente - Possibilidade de se obter propriedades específicas - A princípio utilizado para a usinagem de materiais fundidos - Anos 70 (seculo XX)- surgimento de metais duros revestidos - Primeiros Cermets ® (metais duros à base de TiC)-  vc’s -1973 - Japão
  • 29. Processos de Usinagem Metal Duro – Fabricação
  • 30. Processos de Usinagem Estrutura do Metal Duro – Carbonetos: ● fornecem dureza a quente e resistência ao desgaste (WC, TiC, TaC, NbC, ...) – Ligante metálico: ● Atua na ligação dos carbonetos frágeis (Co ou Ni); – Obtido por sinterização (ligante + carbonetos)
  • 31. Processos de Usinagem Estrutura do Metal Duro onde: α = carbonetos de tungstênio β = cobalto γ = carbonetos de titânio, tântalo e nióbio
  • 32. Processos de Usinagem Propriedades dos componentes do Metal Duro Carboneto de tungstênio (WC) - Solúvel em Co  alta resistência de ligação interna e de gume - Boa resistência ao desgaste abrasivo (melhor que TiC e TaC) - Limitações de vc’s devido à tendência à difusão em temperaturas elevadas Carboneto de Titânio (TiC) - Baixa tendência à difusão - Boa resistência à quente - Pequena resistência de ligação interna  baixa reistência de gume - Os metais duros com alto teor de TiC são frágeis
  • 33. Processos de Usinagem Propriedades dos componentes do Metal Duro Carboneto de Nióbio (NbC) - Em pequenas quantidades  refino do grão  proporciona um aumento de tenacidade e de resistência do gume - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC Carboneto de Tântalo (TaC) - Em pequenas quantidades  refino do grão  proporciona um aumento de tenacidade e de resistência do gume - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC
  • 34. Processos de Usinagem Propriedades dos componentes do Metal Duro Nitreto de titânio (TiN) - Componente de maior influência nas propriedades dos Cermets - Menor solubilidade no aço - Maior resistência à difusão que o TiC - Alta resistência ao desgaste - Estrutura de grãos finos Cobalto (Co) - Melhor metal de ligação para metais duros com base em WC - Boa solubilidade do WC - Bom ancoramento dos cristais de WC
  • 35. Processos de Usinagem Metal Duro - Grandezas de influência sobre a resistência
  • 36. Processos de Usinagem Classificação dos Metais Duros ● Divididos em três grupos (P,K e M) e classificados de acordo com à tenacidade e resistência ao desgaste, de acordo com uma numeração (p. ex. P01, P10,..., K10, ...)
  • 37. Processos de Usinagem Classificação dos Metais Duros – Grupo P ● Alta resistência a quente ● Pequeno desgaste abrasivo ● Empregado para usinagem de aços com cavacos longos – Grupo M ● Média resistência a quente ● Média resistência à abrasão ● Para aços resistentes a altas temperaturas, aço inoxidável, aços resistentes à corrosão, Fofo... – Grupo K ● Pouca resistência a quente ● Alta resistência ao desgaste ● Usinagem de materiais com cavacos curtos, Fofo, metais não ferrosos, materiais não metálicos (pedra, madeira, ...) materiais com boa resistência a quente, ... ● Compostos praticamente somente por W C e Co (pequenas quantidades de TiC, TaC e NbC)
  • 38. Processos de Usinagem Classificação dos Metais Duros – Metal Duro Polivalente ● Melhores características (material com maior pureza e maior controle na sinterização) ● Redução da quantidade de insertos diferentes ● Mais homogêneos, com melhor distribuição dos carbonetos e tamanho dos carbonetos mais uniforme
  • 39. Processos de Usinagem Classificação dos Metais Duros Metais duros à base de WC-Co ● Alta resistência à compressão ● Aconselháveis para a usinagem de aço mole, materiais de cavaco curto, fundidos, não ferrosos, materiais resistentes ao calor e não metálicos como pedra e madeira Metais duro à base de WC- (Ti, Ta, Nb)C-Co ● Comparados aos metais duros WC-Co possuem melhores propriedades sob altas temperaturas ● Aconselháveis para usinagem de aços de cavacos longos
  • 40. Processos de Usinagem Classificação dos Metais Duros Metais duro à base de TiC-TiN-Co, Ni (Cermets) ● Grande dureza, baixa tendência à difusão e à adesão, boa resistência a quente ● Apropriados para o acabamento de aços (torneamento e fresamento)
  • 41. Processos de Usinagem Metais Duros Revestidos – Substrato tenaz com revestimento duro (TiC, TiN, Ti(C,N), Al2O3, ...), combinando-se assim uma alta resistência a choques com alta resistência a desgaste (maior vida de ferramenta). – É freqüente a deposição de várias camadas – Processos de revestimento ● CVD (chemical vapour deposition) ● PVD (physical vapour deposition) – Exigências aos revestimentos ● Espessura regular da camada sobre a face e flancos ● Composição química definida ● Possibilidade de fabricação em grandes lotes
  • 42. Processos de Usinagem Metais Duros Revestidos
  • 43. Processos de Usinagem Metais Duros Revestidos ➔ Principais revestimentos – Carboneto de Titânio (TiC) – Nitreto de titânio (TiN) – Carbonitreto de titânio (Ti(C,N)) – Nitreto de alumínio-titânio ((Ti, Al)N) – Óxido de Alumínio (Al2O3) – Camadas de diamante
  • 44. Processos de Usinagem Áreas de aplicação dos Metais Duros - Ferramentas para quase todas as operações de usinagem (sob a forma de insertos) - Ferramentas para desbaste e acabamento - Brocas helicoidais - Brocas para furação profunda - Fresas de topo - Brochas - Alargadores - outros
  • 45. Processos de Usinagem Cerâmicas de Corte Classificação das cerâmicas de corte
  • 46. Processos de Usinagem Cerâmicas de Corte ➔ Generalidades - Alta resistência à compressão - Alta estabilidade química - Limitações na aplicação devido ao comportamento frágil e à dispersão das propriedades de resistência mecânica - Indispensável em áreas como fabricação de discos de freio
  • 47. Processos de Usinagem Cerâmicas de Corte ➔ Generalidades - Materiais de importância crescente - Melhoria constante na qualidade - Empregada na usinagem de aços e ferros fundidos - Altas velocidades de corte, altas potências de acionamento - Exigem máquinas rígidas e proteção ao operador
  • 48. Processos de Usinagem Cerâmicas de Corte ➔ Propriedades e características de cerâmicas - Resistentes à corrosão e às altas temperaturas - Elevada estabilidade química (boa resistência ao desgaste) - Resistência à compressão - Materiais não-metálicos e inorgânicos - Ligação química de metais com não metais - Podem ser óxidas ou não óxidas
  • 49. Processos de Usinagem Cerâmicas óxidas ➔ Cerâmicas à base de Al2 O3
  • 50. Processos de Usinagem Cerâmicas óxidas ➔ Cerâmicas à base de Al2 O3 - Surgiram a partir do final dos anos 30 - Tradicional – cerâmica branca - Percentual de Al2O3 maior que 90% (cor branca) - Al2 O3 + óxido de zircônio finamente distribuído - Torneamento de desbaste e acabamento de FoFo cinzento, aços cementados, aços temperados e extrudados - Apresentam alta dureza a quente - Têm pouca resistência à flexão - Extremamente sensíveis a choques térmicos (usinagem a seco) - Empregadas em ferros fundidos e aços de alta resistência
  • 51. Processos de Usinagem Cerâmicas óxidas ➔ Cerâmicas mistas - Teor de Al2O3 menor que 90% (cor escura) - Contém de 5 a 40% de TiC e/ou TiN - Mais tenaz que cerâmica óxida e com maior resistência de canto e gume - Mais dura e mais resistente à abrasão que cerâmica óxida - Mais resiste a variações de temperatura que cerâmica óxida - Grãos finos => melhor tenacide, resistência ao desgaste e resistência de quina - Maior dureza que as óxidas, maior resistência a choques térmicos - Torneamento e fresamento leves de FoFo cinzento - Usinagem de aços cementados e temperados
  • 52. Processos de Usinagem Cerâmicas óxidas ➔ Cerâmicas de corte reforçadas com whiskers - Whiskers – cristais unitários em forma de agulhas com baixo grau de imperfeição no retículo cristalino - A base de Al2O3 com aproximadamente 20 até 40% de whiskers de carboneto de silício (SiC) - Objetivo de melhorar as propriedades de tenacidade (aumento de 60%). - Boa resistência a choques térmicos - corte com fluidos
  • 53. Processos de Usinagem Dureza a Quente de Diversos Materias de Ferramentas 2500 2000 Cerâmicas mistas Cerâmicas óxidas Dureza HV 10 1500 Cerâmicas não óxidas 1000 Metal duro P-10 500 Stellite Aço rápido 200 400 600 800 1000 Temperatura oC
  • 54. Processos de Usinagem Cerâmicas não Óxidas Definição: São cerâmicas a base de carbonetos, nitretos, boretos, silicatos, etc. ● Principalmente a base de Si3N4 ● Maior tenacidade e resistência a choques térmicos quando comparadas às cerâmicas óxidas; ● Elevada dureza a quente e resistência ao calor
  • 55. Processos de Usinagem Cerâmicas não Óxidas ➔ Campos de aplicação de cerâmicas de corte não-óxidas ● usinagem do Ferro Fundido Cinzento ● torneamento de discos de freio ● desbaste de ligas à base de níquel (grupos II e III) ● Possuem alta afinidade com ferro e oxigênio (desgastam-se rapidamente na usinagem de aço - sem aplicações); – Desgaste na superfície de saída; – Gume de corte com tendência ao arredondamento
  • 56. Processos de Usinagem Cerâmicas de Corte Não Óxidas ➔ Divisão em relação à composição química I: Nitreto de silício + materiais de sinterização; II: Nitreto de Silício + fases cristalinas + materiais de sinterização; - Sialone - o Si3N4 pode conter até 60 % de Al2 O3 na mistura sólida III: Nitreto de silício + materiais duros + materiais de sinterização. - Si3N4 com propriedades influenciadas por materiais como TiN, TiC, óxido de zircônio e whisker - SiC
  • 57. Processos de Usinagem Materiais de corte superduros não-metálicos ● Nitreto de Boro Cúbico – CBN ● Diamante ● Nitrero de Boro
  • 59. Processos de Usinagem Nitrero de Boro - CBN ➔ Caracterísiticas - Forma mole - hexagonal (mesma estrutura cristalina do grafite) - Forma dura - cúbica (mesma estrutura do diamante) - Wurtzita - simetria hexagonal (arranjo atômico diferente do grafite) - Fabricação de Nitreto de boro hexagonal através de reação de halogêneos de boro com amoníaco - Transformação em nitreto de boro cúbico através de altas pressões (50 a 90 kbar) e temperaturas 1800 a 2200 K
  • 60. Processos de Usinagem Nitrero de Boro - CBN ➔ Caracterísiticas - Segundo material de maior dureza conhecido - Obtido sinteticamente (primeira síntese em 1957), com transformação de estrutura hexagonal para cúbica (pressão + temperatura) - Quimicamente mais estável que o diamante (até 2000 graus) - Grupos de ferramentas: ● CBN + fase ligante (PCBN com alto teor de CBN); ● CBN + carbonetos (TiC + fase ligante); ● CBN + HBN + fase ligante (maior tenacidade).
  • 61. Processos de Usinagem Nitrero de Boro - CBN ➔ Campo de aplicações ● Aços temperados com dureza > 45 HRC: – Torneamento, fresamento, furação; ● Aço-rápido (ferramentas de corte); ● Aços resistentes a altas temperaturas; ● Ligas duras (Ni, Co, ...); ● Emprego em operações severas (corte interrompido), tanto quanto em operações de desbaste e acabamento. – Usinagem com ferramentas de geometria não-definida: ● Possibilidade de usinagem de aços e ferros fundidos, que não são usinados com diamante em função da afinidade química.
  • 62. Processos de Usinagem Diamante ➔ Caracterísiticas ● Material de maior dureza encontrado na natureza ● Pode ser natural ou sintético ● Monocristalino (anisotrópico) ou policristalino (isotrópico) – Diamante policristalino ● Primeira síntese em 1954 (GE) ● Síntese sob 60 a 70 kbar, 1400 a 2000 graus C ● Cobalto é usado como ligante ● Substitui metal-duro e diamante monocristalino, em alguns casos
  • 63. Processos de Usinagem Diamante ➔ Formas de utilização - policirstalino PKD - aglomerado de diamantes - monocristalino - revestimento
  • 64. Processos de Usinagem Diamante ➔ Campo de aplicação ● Usinagem de ferro e aço não é possível (afinidade Fe-C); ● Usinagem de metais não ferrosos, plásticos, madeira, pedra, borracha, etc. ● Usinagem de precisão e ultraprecisão ● Pequenas ap e f, tolerâncias estreitas (baixa resistência a flexão das ferramentas) ● Emprego de altas velocidades de corte; ● Tempos de vida de até 80 vezes maior que os das ferramentas de metal duro;
  • 65. Processos de Usinagem Considerações gerais sobre Ferramentas de corte
  • 66. Processos de Usinagem Considerações gerais sobre Ferramentas de corte Ferramentas inteiriças ● São produzidas por fundição, forjamento, barras laminadas ou por processos de metalurgia do pó ● Seus materiais incluem aços carbono e baixas ligas, aços rápidos, ligas de cobalto fundidas e metais duros ● Ferramentas de ponta arredondada permitem a aplicação de grandes avanços, em peças de grande diâmetro
  • 67. Processos de Usinagem Ferramentas com insertos soldados ● Ferramentas de gume único ● Corpo de material de baixo custo ● Parte cortante com material de corte de melhor qualidade soldado ou montado sobre a base ● Materiais cortantes usados: aços rápidos, ligas fundidas à base de cobalto, metal-duro, cerâmica, diamante mono e policristalino e nitreto de boro cúbico
  • 68. Processos de Usinagem Ferramentas com insertos soldados
  • 69. Processos de Usinagem Ferramentas com insertos intercambiáveis ● Ferramentas mais largamente utilizadas em operações de torneamento ● Insertos de metal-duro predominam, mas insertos de aços rápidos, cerâmicas, diamante e CBN são também usados para muitas aplicações ● Sistema de identificação normalizado, com base nas caracterís-ticas mecânicas e geométricas dos insertos
  • 70. Processos de Usinagem Ferramentas com insertos intercambiáveis
  • 71. Processos de Usinagem Forma dos insertos ➔ A geometria da peça, suas tolerâncias, seu material e qualidade superficial definem o formato do inserto ➔ Há seis formas comuns, com benefícios e limitações, em relação à resistência a tensão
  • 72. Processos de Usinagem Geometria dos insertos Insertos com ângulo de saída negativo: - dobro de superfície de corte e maior resistência, - avanço e profundidade de corte maiores - gera um aumento nas forças de corte - exigem maior potência e rigidez do torno Insertos com ângulo de saída positivo: - bons para trabalho em material mais dúctil, como aços de baixo carbono, ligas de alta temperatura e materiais que endurecem durante a usinagem
  • 73. Processos de Usinagem Geometria dos insertos Insertos positivo-negativos: - combinam a ação de corte dos positivos com a resistência dos negativos - possuem gumes realçados ou sulcos na face - em insertos revestidos, são capazes de remover material a altas velocidades e avanços, com aumento do volume de cavacos. - há diversos modelos, de diferentes fabricantes, com diferentes formas de sulcos
  • 74. Processos de Usinagem Tamanho dos insertos ➔ Na maioria das formas padrão de insertos, o tamanho é especificado pelo diâmetro do maior círculo que pode ser inscrito no perímetro do inserto (chamado IC) ➔ Por razões econômicas, deve ser selecionado o menor inserto possível, com o qual possa ser empregada a profundidade de corte requerida na operação ➔ De modo geral o comprimento do gume deve ser no mínimo o dobro da profundidade de corte
  • 75. Processos de Usinagem Espessura dos insertos ➔ Depende basicamente da profundidade de corte e do avanço utilizados ➔ Com base nestes fatores, a espessura do inserto é selecionada em tabelas de fabricantes, ou através de dados da literatura
  • 76. Processos de Usinagem Raio de quina dos insertos ● Determinado pela configuração da peça e pelos requisitos de qualidade superficial ● Raios de quina muito pequenos - quinas fracas, quebra ou lascamento - melhor controle dos cavacos e menos ruídos ● Raios de quina muito grandes: - ruídos ou vibrações (pequena espessura dos cavacos e aumento Fp) - máquina-ferramenta e dispositivos devem ter rigidez suficiente ● Raio de quina apropriado é um dos mais importantes fatores relacionados ao acabamento superficial ● De modo geral raios de quina maiores produzem melhores superfícies usinadas
  • 77. Processos de Usinagem Tolerância dos insertos Define a precisão de acoplamento Insertos padrão estão disponíveis em 3 classes de tolerância: - usual: ± 0,1 a 0,3 mm - precisão: ± 0,03 a 0,05mm - alta precisão: ± 0,013 mm
  • 78. Processos de Usinagem Ferramenta de torneamento com inserto intercambiável
  • 79. Processos de Usinagem Sistema de fixação para insertos intercambiáveis
  • 80. Processos de Usinagem Escolha da geometria da ferramenta ➔ Material da ferramenta ➔ Material da peça ➔ Condições de corte ➔ Geometria da peça Geometrias usuais de ferramentas de corte
  • 81. Processos de Usinagem Cuidados com ferramentas de corte ➔ Manuseio e manutenção de ferramentas de corte ➔ Evitar o contato entre ferramentas ➔ Cuidados no armazenamento ➔ Danificações no manuseio (quebras)
  • 82. Processos de Usinagem Manutenção e gerenciamento das ferramentas de corte ● Limpeza ● Prevenção contra oxidação Aplicação de tecnologia de grupo e manutenção de ferramentas de corte ● Ferramentas adequadas aos processos ● Cuidados no preparo e instalação ● Condições de corte adequadas