5. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
A Idade Média
A Bíblia subordinada ao Dogma Eclesiástico
A Reforma
Reação contra a sujeição das Escrituras ao
Dogma da Igreja.
A Teologia deve ser Fundamentada na
Escrituras ( sola scriptura).
Reação contra a Tradição da Igreja.
Resultado: desenvolvimento subseqüente da
teologia bíblica através de sua conclamação à
livre interpretação das Escrituras (sui ipsius
interpres ).
6. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
Contribuições da Reforma para Teologia Bíblica
O estudo das línguas originais (Fruto do Renascença)
Interpretação Literal e não Alegórica.
A Hermenêutica de Lutero
O princípio do “was Christum treibet”(O Que
Impulsiona a Cristo)
Dualismo “letra-espírito” o impediram de desenvolver
uma teologia bíblica.
O. Glait e Andréas Ficher,
Representantes da Reforma Radical, desenvolveram,
nos primórdios de 1530, um método que prefigurava
o da futura teologia bíblica.
7. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
Escolasticismo Ortodoxo
Utilização das Escrituras numa
perspectiva crítica e histórica;
Utilização das Escrituras para apoiar à
doutrina ortodoxa.
Reação do Pietismo e sua contribuição para
a T.B.
8. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
A Era do Iluminismo. Uma concepção completamente nova do estudo
da Bíblia desenvolveu-se sob diversas influências na era do Iluminismo.
A Reação Racionalista
Reação contra qualquer forma de sobrenaturalismo.
A razão humana tornou-se o padrão definitivo e a fonte principal de
conhecimento
A autoridade da Bíblia como registro infalível de revelação divina fora rejeitada.
Uma Nova Hermenêutica:
O Método Histórico Crítico
Atualmente no liberalismo e em movimentos subseqüentes.
O Surgimento da Crítica Literária
A Bíblia foi submetida a crítica literária radical.
Resultado
A Bíblia é vista como um livro de História da Religião
Distinção estabelecida por Johann Phillip Gabler
9. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
O Surgimento da Filosofia da Religião
Filosofia Dialética de G. F. Hegel (1770
– 1831)
Sua Influência em F. C. Bauer (1792-
1860)
Surgimento da Escola de Tübingen
10. HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
A Reação Conservadora
A Resistência nos Círculos Ortodoxos:
Contra os que negavam a validade histórica;
Contraos que combinavam o Método Histórico
com uma fé firmemente apoiada na revelação.
A perspectiva de J. C. Hofmann
Defesa da Autoridade e Inspiração da Bíblia por
meios históricos;
A Heilsgeschichte (História da Salvação)
11. A Perspectiva Histórica Liberal Na
Teologia do Novo Testamento
Para Bultmann a verdade absoluta não pode
está presente na relatividade da história.
A personalidade é um poder que forma a
história.
O Cristianismo é uma religião puramente ético-
espiritual.
O Reino de Deus é o bem supremo. O ideal
ético.
O Centro ou coração da religião é a comunhão
pessoal com Deus como pai.
12. A Vitória da Religião Sobre a
Teologia
Juntamente com o liberalismo
desenvolveu-se a escola do estudo
desenvolvimento da religião.
O liberalismo encontrou nos ensinos
éticos simples de Jesus o elemento
distintivo na teologia bíblica.
13. Este novo método de estudo teve centros de
interesse distintos:
H. Weinel - Bibilsche Theologie das NT. Não
demonstrou interesse no valor ou verdade do
Cristianismo, mas somente em sua natureza estudada
comparativamente com outras religiões. Ele estabeleceu
tipos de religiões contra as quais o Cristianismo deveria
ser compreendido como uma religião ética de caráter
redentor.
14. J. Weiss - The Preaching of Jesus About the Kingdom of
God. Interpretou a mensagem de Jesus sobre o Reino em
termos do milieu do apocalipticiscmo judaico. Esta perspectiva
tornou-se famosa pela obra de Albert Schweitzer, The Quest
of the Historical Jesus (1906), que oferece um quadro
minucioso das posições sobre a interpretação da pessoa de
Jesus e, depois, interpreta a Jesus em termos de uma
Escatologia Consistente como um apocalípto judaico que
pertence ao Judaísmo do primeiro século e tendo pouca
relevância para o homem moderno.
Paulo foi interpretado em termos do Judaísmo helenístico ou
do culto e religiões de Mistério característicos do helenismo.
15. Brückiner - Argumentou que Paulo encontrou uma
doutrina pré-fabricada de um homem celestial no
Judaísmo, a qual ele aplicou à pessoa de Jesus.
Günkel - Afirmou que havia se desenvolvido uma
religião sincretista no Oriente, de caráter gnóstico, cuja
doutrina central era a fé na ressurreição. Este
Gnosticismo pré-cristão havia penetrado no Judaísmo,
e, através deste, influenciou o Cristianismo, mesmo
numa época anterior ao apóstolo Paulo.
16. W. Bousset - O Gnosticismo, um fenômeno pré-cristão, mais
Oriental que Grego, e de caráter mais místico e religioso do
que filosófico. Em sua obra Kyrios Christos, Bousset deliniou a
história da fé em Jesus na igreja primitiva, e fez uma forte e
nítida diferenciação entre a consciência religiosa de Jesus, a fé
professada pelo cristianismo primitivo, que afirmava ser Jesus
o Filho do Homem transcendental do apocalipticismo judaico, e
a concepção da igreja helenística e de Paulo, que afirmavam a
divindade de Jesus, tal como nas formas encontradas nos
cultos da religião grega.
A teologia mais importante que incorporou esta perspectiva é a
de Rudolf Butmann.
17. O Retorno Contemporâneo à
Teologia Bíblica
Durante a década de 1920 um novo ponto de vista
começou a fazer-se sentir. Três fatores contribuíram
para que isso acontecesse:
1) Perda de confiança no naturalismo
evolucionista;
2) uma reação contra o método puramente
histórico que reivindicara uma objetividade
completa e acreditara que os simples fatos
eram adequados para revelar a verdade contida
na história;
3) a redescoberta da idéia da revelação.
18. W. Wrede - The Messianic Secret in the Gospels (1901) -
Procurou explicar historicamente de que modo o Jesus
histórico não-messiânico veio a tornar-se o Cristo messiânico
dos Evangelhos.
A Crítica da Forma - Voltou-se para o estudo do estágio
oral da tradição dos evangelhos (formgeschichte) numa
tentativa de descobrir as leis controladoras da tradição que
poderiam explicar a transformação do Jesus histórico no Cristo
Kerygmático.
H. Hoskyns e Noel Davey - Na obra The Riddle of the NT
(1931), mostram que toda a evidência do Novo Testamento
converge para um único ponto: que, na pessoa de Jesus, Deus
revelou-se a si mesmo, objetivando a salvação do homem.
C. H.Dodd: Principais Obras: A Pregação Apostólica, As
Parábolas do Reino e Interpretação do Quarto Evangelho . Sua
teologia fundamenta-se na Escatologia Realizada
19. F. V. Filson - One Lord, One Faith (1943) defende a unidade
da mensagem neotestamentária, e no livro Jesus Christ the
Risen Lord (1956) argumenta que a teologia do NT deve
compreender a história do NT sob um ponto de vista teológico,
ou seja, do Deus vivo que age na história, cujo evento mais
notável encontra-se na ressurreição de Cristo. Interpreta a
teologia do Novo Testamento como um todo à luz do evento da
Ressurreição.
A. M. Hunter - Expõe a unidade do NT em termos de Um
Senhor, Uma Igreja, Uma Salvação (The Unity of the NT, 1944,
publicado na América sob o título The Message of the NT) .
Oscar Cullmann - Segue a interpretação da Heilsgeschichte
- História da salvação - Suas principais obras: Crist and time -
argumentou que o NT encontra a sua unidade em uma
concepção comum do tempo e da história, e não tanto em
idéias de essência, natureza, verdade eterna ou existencial. A
teologia é o significado do elemento histórico no tempo.
20. Alan Richardson - em seu livro Introdução à Teologia do NT
(Aste 1967) assume a concepção Kerygmática por aceitar a
hipótese de que a brilhante interpretação do esquema de
salvação do Velho Testamento encontrada nas páginas do NT
é derivada do próprio Jesus, e não foi produto da comunidade
da fé.
G. Kümmel - Sua obra The Theology of the New Testament
According to Its Major Witnesses bem pode ser caracterizada
dentro da perspectiva da escola da Heilsgeschichte.
A Escola Bultmanniana
Rejeição da continuidade do Cristo do Kerygma com o Jesus
Histórico.
21. O Cenário Americano
A erudição americana não tem se
destacado por uma contribuição crítica ao
campo da teologia do NT.
O texto de George Barker Stevens, The
Theology of the NT (1906).
22. Cenário Americano Atual
Teologia Bíblica, História e
Revelação
Teologia Bíblica, Revelação e
História
A Teologia Bíblica e a Natureza da
História
História e Revelação
A Teologia Bíblica e o Cânon
23. A Natureza e o Método da T.B
O que é Teologia Bíblica?
1. George Ladd apresenta a seguinte definição:
“A teologia bíblica é a disciplina que estrutura a mensagem dos livros
da bíblia em seu ambiente formativo histórico. A teologia bíblica é
primariamente uma disciplina descritiva. Ela não está inicialmente
preocupada com o significado último dos ensinos da Bíblia ou com
a sua relevância para os dias atuais. Esta é a tarefa da teologia
sistemática. A tarefa da teologia bíblica é de expor a teologia
encontrada na Bíblia em seu próprio contexto histórico, com seus
principais termos, categorias e formas de pensamentos. O
propósito da Bíblia é contar uma estória sobre Deus e seus atos na
história.”
24. A Natureza e o Método da T.B
2. Grant Osborne define a Teologia
Bíblica como “o braço da pesquisa
teológica que se preocupa em encontrar
temas através das diversas seções da
Bíblia e então procurar os temas
unificadores da Bíblia.”
25. A Natureza e Met. da TB
3. Alberto Fernando Roldán “A TB se
propõe a expor o conteúdo da revelação
de Deus em seu desenvolvimento
histórico. Ela confere importância decisiva
ao trabalho exegético, já que forma uma
espécie de elo entre a exegese e a
teologia sistemática”. O esquema seria o
seguinte:
26. A Natureza e o Método da T.B
Teologia Sistemática
Teologia Bíblica
Exegese do Texto
27. A Natureza e a Met. da TB
4. Geerhadus Vos
“A teologia Bíblica é o braço da teologia
exegética que estuda o processo da auto-
revelação de Deus depositada na Bíblia”.
28. A Natureza e a Metodologia da T.B
5. Walter A. Eewell “Ramo das disciplinas que
segue determinados temas através de todos os
autores do NT, e que depois funde esses
quadros individuais num só conjunto
abrangente. Estuda, portanto, a revelação
progressiva de Deus em termos da situação
vivencial na ocasião da escrita, e depois
delineia o fio subjacente que une todos os
dados. Essa disciplina enfoca o significado mais
do que a aplicação, i.e., a mensagem do
mensagem do texto para seus próprios dias
mais do que para as necessidades modernas...”
29. A Natureza e a Met. da T.B
6. “ Investiga a verdade de Deus e o Seu universo
no seu desenvolvimento divinamente ordenado
e no seu ambiente histórico conforme
apresentados nos diversos livros da Bíblia. A
teologia bíblica é a exposição do conteúdo
doutrinário e ético da Bíblia, conforme
originalmente revelada. A teologia bíblica extrai
o seu material exclusivamente da Bíblia.”
30. A Natureza e a Met. da T.B
Wilson C. Ferreira
“Teologia Bíblica é o ramo da Teologia
Exegética que busca descobrir, conhecer
e explicar a revelação de Deus ao
homem, conforme se entende das
Escrituras Sagradas do Velho e Novo
Testamento – A Bíblia Sagrada.”
31. A Natureza e a Met. da TB
D. A. Carson
7. “TB, ramo da teologia cuja preocupação
é estudar cada segmento das Escrituras
individualmente, especialmente quanto
ao seu lugar na história da revelação
progressiva de Deus. A Ênfase de tal
estudo recai sobre a história e o
segmento específico ”.
32. A Relação da TB e outras
disciplinas
a. A hermenêutica nos fornece as regras pelas
quais devemos abordar o texto bíblico.b.
A exegese nos fornece os instrumentos de
precisão, incluindo as línguas originais, para
obter o sentido exato de um texto.c.
A TB trás a exegese ao contexto do todo e
fornece o material base para a sistematização,
que por sua vez é usada para a boa pregação
da Palavra de Deus.
33. A Relação da T.B com outras
Disciplinas.
Teologia Bíblica e Exegese
Teologia Bíblica e Teologia
Sistemática
Teologia Bíblica e Teologia
Histórica
Teologia Bíblica e Teologia
Homilética
34. Implicações Práticas
A disciplina que colhe diretamente e
organiza os primeiros frutos da exegese
propriamente dita.
Dá o primeiro passo na direção da
contextualização maior dos textos
individuais, assim como de livros e seções
da Bíblia.
35. Implicações Práticas
Como fonte primária para o trabalho da
teologia sistemática evita que o dogma se
torne imutável diante da própria Escritura
(o que acontece na Igreja Católica
Romana).
Facilita a leitura das Escrituras mostrando
a unidade e progresso da revelação de
Deus a seu povo.
36. Método da Teologia Bíblica
O Método Sintético – Segue os temas
teológicos básicos por todas as partes
das Escrituras a fim de notar seu
desenvolvimento através do período
bíblico. Sua fortaleza é a ênfase que dá à
unidade das Escrituras. Sua fraqueza é
tendência para a subjetividade.
37. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Analítico – Estuda a teologia
distintiva de seções individuais e nota a
mensagem específica de cada uma delas.
Sua virtude é a ênfase no significado do
autor individual. Sua fraqueza é a
diversidade radical, que resulta numa
colagem de quadros, sem coesão.
38. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Histórico – Estuda o
desenvolvimento de idéias religiosas na
vida do povo de Deus. Sua ênfase está
tentativa de entender a comunidade dos
crentes por trás da Bíblia. Seu problema é
a subjetividade da maioria das
reconstruções, nas quais os textos bíblico
está à mercê do pesquisador.
39. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Cristológico – Faz de Cristo a
chave hermenêutica dos dois testamentos. Sua
virtude é a ênfase que se dá a pessoa de Cristo.
Sua fraqueza é a sua tendência de espiritualizar
passagens e forçar interpretações que lhes são
estranhas, especialmente em termos da
experiência veterotestamentária de Israel. Não
se deve considerar que tudo no AT ou no NT
seja um tipo de Cristo.
40. Métodos da Teologia Bíblica
O Método do Corte Transversal – Segue
um só tema unificador (Aliança, promessa, etc)
e o estuda historicamente por meio de cortes
transversais ou amostragens do registro
canônico. Sua virtude é a compreensão dos
temas principais que ele oferece. Seu perigo é a
seleção arbitrária de um tema. Se alguém
selecionar o tema central errado, outros temas
podem ser forçados a se harmonizarem com
ele.
41. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Multíplice – Começa com a análise
gramatical e histórica do texto, e procura desvendar o
significado de vários textos dentro dos seus contextos
vivenciais. Também faz-se uma análise social, posto
que estuda aqueles contextos vivenciais em termos da
matriz social das comunidades da fé. À medida que os
dados são coletados por meio da tarefa exegética, são
organizados pelos padrões básicos de cada livro
individual e depois, pelos de cada autor. Já nessa etapa,
o intérprete delineou as ênfases ou as forças que
entrelaçam as partes.
42. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Dogmático-Didático. É o
método tradicional de organizar a teologia do
Antigo Testamento com cantegorias
sistemáticas: teologia, antropologia e
soteorologia. Old Testament Theology de
Ludwig Köhler é um bom exemplo do uso
desse método.
43. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Confessional – Considera a
Bíblia como uma série de declarações de
fé que estão além do alcance da história.
Seu valor é seu reconhecimento dos
credos e da adoração do NT. Seu perigo
é sua separação radical entre a fé e a
história.
44. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Genético-Progressivo.
Apresenta o desenholar da revelação de
Deus conforme a Bíblia o apresenta. As
obras de Geerhardus Vos e Chester K.
Lehman empregam esse método.
45. Métodos da Teologia Bíblica
O método Transversal. É uma tentativa de
combinar as abordagens temática e
diacrônica. Walther Eichrodt foi o principal
exemplo dessa abordagem. Ele tomou a idéia
da aliança e tratou suas ocorrências em todo o
Antigo Testamento enquanto falava acerca do
Deus da aliança, do povo da aliança e das
instituições da aliança.
46. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Tópico. Emprega tópicos
extraídos do Antigo Testamento para
organizar uma discussão de sua
teologia. Old Testament Theology de
John mckenzie é o melhor exemplo
desse método.
47. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Diacrônico. Depende do método
histórico-tradicional de interpretação
desenvolvido na década de 1930 por Von Rad
e seus companheiros. Trata-se de uma
narração do qurigma, “os atos salvíficos de
Deus”, conforme dispostos nas confissões de
israel. Ele penetra nas sucessivas camadas de
tradições recitadas e reconstitui o crescimento
da fé israelita de período em período. Von Rad
foi o único autor de uma teologia diacrônica do
Antigo Testamento totalmente desenvolvida.
48. Métodos da Teologia Bíblica
O Método Temático-Dialético. É representado
por três proeminentes estudiosos do Antigo
Testamentos: Samuel Terrien, Claus Westermann e
Paul Hanson. Esses três estudiosos têm apresentado
uma dialética predominante da “éticaestética”
(Terrien), “livramentobênção” (Westermann) e
“teológicacósmica” (Hanson). Esse método tem sido
útil ao permitir que o leitor veja como ênfases opostas
podem relacionar-se para expandir o entendimento de
um problema maior.
49. Métodos da Teologia Bíblica
Método Críticos Recentes de
Teologia do Antigo Testamento .
Essa é mais nova categoria de Hasel.
Esse método é de estudiosos como
James Barr e John J. Collins, que não
escreveram uma telogia do Antigo
Testamento e têm sérias dúvidas quanto
ao futuro da disciplina.
50. Métodos da Teologia Bíblica
O Método da Nova Teologia Bíblica. Esse
método lida com o problema da relação entre o
Antigo e o Novo Testamento. Brevard Childs crê
que é possível fazer uma teologia do Antigo
Testamento e uma teologia do Novo
Testamento separadamente, juntando-as
depois. Ele fez uma teologia do Antigo
Testamento e uma teologia bíblica separada.
Childs insiste que só a forma final do texto
bíblico no cãnon que temos agora é Escritura
autorizada.
51. Métodos da Teologia Bíblica
Teologia Canônica Múltipla do Antigo
Testamento. É um resumo da concepção de
teologia do Antigo Testamento adotada por Hasel.
Primeiro, ele entende que a teologia do Antigo
Testamento deve estar ligada á forma canônica final
do Antigo Testamento. Isso exclui as abordagens da
história da religião e da história das tradições.
Segundo, uma teologia do Antigo Testamento deve
ser temática, em vez de lidar com um conceito central
ou chave. Terceiro, a estrutura deve ser múltipla, o
que evita as armadilhas dos métodos transversal,
genético e tópico. Quarto, o objetivo final de uma
teologia do Antigo Testamento é penetrar nas várias
teologias de cada livro e grupos de escritos chegando
a unidade dinâmica que liga todas as teologias e
temas.
52. Temas unificadores
Cinco critérios são necessários para a
procura de um tema central que envolvia
as ênfases individuais e as diversas
doutrinas do NT:
1) O tema básico deve expressar a
natureza e o caráter de Deus;
2) deve-se descrever o povo de Deus no
seu relacionamento com ele;
53. Temas Unificadores: Critérios
3) deve expressar o mundo dos homens como objeto da
atividade redentora de Deus;
4) deve explicar o relacionamento dialético entre os
testamentos;
5) deve levar em conta os outros possíveis temas
unificadores e deve realmente unir as ênfases teológicos
do NT. Muitos temas propostos encaixam-se a uma ou
outra das partes do AT e do NT. Abaixo colocamos
alguns dos temas que têm sido propostos pelos
estudiosos contemporâneos:
54. Temas Unificadores
A Aliança – (Eichrodt, Ridderbos) – Tem
sido usada para expressar o
relacionamento obrigatório entre Deus e
seu povo. Inclui tanto o contrato jurídico
como a esperança escatológica que daí
resulta, tanto a dimensão universal do
Deus cósmico que cria e sustem, como a
comunhão específica que dela provém.
55. Temas Unificadores
Deus e Cristo – (Hasel) Têm sido muito ressaltados
em tempos recentes, notando-se o caráter teocêntrico
do AT e o caráter cristocêntrico do NT.
A Realidade ou Comunhão Existencial – Os
proponentes desse tema argumentam que ele liga os
demais temas e expressa a obra dinâmica de Deus
entre o seu povo.
A Esperança Escatológica (Kaiser) – É ressaltada
freqüentemente, tanto no sentido da promessa como da
esperança.
56. Temas Unificadores
A História da Salvação – (Von Rad,
Cullmann, Ladd) enfatiza a atividade
redentora de Deus/Cristo na história em
favor de seu povo.
57. Abordagem conhecida como
História da Salvação
Definição: Heinrich Fries:
Para a inteligência teológica a história
da salvação consiste no conjunto dos
fatos históricos, tendo uma relação
positiva ou negativa com a salvação
definitiva do homem.
A expressão história da salvação
designa tudo o que contribui para a
salvação (ou para perdição), em toda a
história da humanidade; designa a
história de todas as experiências da
humanidade concernentes à salvação.
58. História da salvação
História da Salvação (em alemão
Heilgeschichte) é um termo que se refere
a uma série de acontecimentos
históricos que a fé cristã interpreta como
os atos específicos de Deus com o fim
de salvar o seu povo.
59. História da Salvação
Hoekema assim define a história da Salvação:
A história é um desenvolvimento dos propósitos
de Deus. Deus revela seus propósitos na
história. Isto é verdadeiramente no que é
geralmente denominado “história sacra” ou
“história santa”. Com história sacra, queremos
dizer história da redenção, redenção que Deus
faz de seu povo através de Jesus Cristo. Esta
redenção tem suas raízes nas promessas, tipos
e cerimônias do Velho Testamento; chega a seu
cumprimento na vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo; e alcançará sua consumação nos
novos céus e nova terra, que ainda são futuros.
60. História da Salvação
Heilsgeschichte - Um termo alemão que
significa a “história da salvação”, encarando a
Bíblia essencialmente como uma história assim.
embora a Bíblia diga muitas coisas a respeito de
outras questões, elas são meramente
incidentais em seu único propósito de desdobrar
a história da redenção. Na história e na doutrina
é traçado o desenvolvimento do propósito divino
na salvação dos homens. Considera uma
abordagem um pouco diferente do método dos
“textos prova”, que utiliza a Bíblia como matéria
prima para formar uma teologia sistemática, a
heilsgeschichte, ressalta uma abordagem mais
orgânica.
61. História da Salvação
Dois Grandes Representantes
Oscar Cullmann.
Georg E. Ladd
62. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Diferentes Perspectivas da História:
A visão dos Gregos.
A visão do Existencialismo ateísta
63. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
A Visão Cristã da História e Suas
Principais Características :
A História é um desenvolvimento
dos propósitos de Deus .
64. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Deus é o Senhor da História. Veja o Salmo
103.19; 2 Cron 20.6; Prov. 21.1-2; Ef. 1.11; Atos
17.26.Gn 50.20; Atos 4.27-28.
A queda de Samaria sob os Assírios, no oitavo
século a.C. (Is. 10.5, 12, 24-27).
Siro, o soberano da Pérsia é chamado pelo
Senhor de seu pastor e seu ungido (Is. 44.28;
45.1).
Romanos 2.5.
Romanos 8.28.
65. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Cristoé o Centro da História.
A analogia de Cullmann do “dia D” e do
“dia V”, sendo o a primeira vinda de
Cristo o “dia D”, no qual aconteceu a
batalha decisiva da guerra, garantindo a
derrota final do inimigo. A segunda vinda
será o “Dia V”, no qual o inimigo
finalmente depõe suas armas e se rende.
O crente neotestamentário vive, por
assim dizer, entre o “dia D” e o “dia V”.
66. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
A Nova Era já foi inaugurada.
Tudo na História se move em
direção a um alvo: os novos céus e
a nova terra(veja Gn 3.17-18; Rom
8.19-23) .
67. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
a redenção do pecado deve igualmente
envolver a totalidade da criação de Deus. Os
textos abaixo falam da dimensão cósmica da
redenção:
Efésios 1.9-10. “desvendando-nos o mistério da
sua vontade, segundo o seu beneplácito que
propusera em Cristo, 10 de fazer convergir
nele, na dispensação da plenitude dos tempos,
todas as coisas, tanto as do céu como as da
terra; “
68. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Colossenses 1.19-20 “porque aprouve a
Deus que, nele, residisse toda a
plenitude 20 e que, havendo feito a paz
pelo sangue da sua cruz, por meio dele,
reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos
céus.”
69. Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Conclusão:
Essas são as principais características
da interpretação cristã da história. Deus
revelou-se na história e por atos
históricos salvifícos, e tem a história
como instrumento para levar adiante
seus propósitos previamente
estabelecidos .
70. O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
A erudição moderna tem afirmado que o Reino
de Deus é o tema central da pregação e dos
ensinos de Jesus nos evangelhos (Cf. Mr 1.15;
Lc 4.21; Mt 12.28; Lc 11.20; Mt 11.11, etc).
Tendo em vista que tal assunto recebeu alta
importância nos ensinos de Jesus, faremos uma
breve abordagem sobre o mesmo destacando
sua definição e seus aspectos temporais.
71. O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
I. ABORDAGENS
CONTEMPORÂNEAS
DIVERGENTES QUANTO AO
ASPECTO TEMPORAL DO
REINO DE DEUS NOS ENSINOS
DE JESUS.
72. O Reino de Deus nos Ensinos
de Jesus
A ANTIGA PERSPECTIVA LIBERAL QUANTO
AO REINO DE DEUS NOS ENSINOS DE
JESUS
O REINO DE DEUS: O REINO É DE
CARÁTER ÉTICO E PRESENTE
Albert Ritschl - O Reino: Uma Tarefa Humana
Adolf Harnack - O Reino de Deus: Um
Governo Presente nos Corações dos
Homens
73. O Reino de Deus nos Ensinos
de Jesus
II. O SURGIMENTO DO ESQUEMA
TEOLÓGICO CONHECIDO COMO
ESCATOLOGIA CONSISTENTE
OURADICAL: O REINO DE DEUS É
FUTURO
Johannes Weiss – O Reino é Futuro
Albert Schweitzer - O Reino é
Futuro
74. O Reino de Deus nos Ensinos de Jesus
Escatologia Realizada de C. H.
Dodd
JoachimJeremias - O Reino está
em Processo de Realização
75. O Reino de Deus nos Ensinos
de Jesus
EVIDÊNCIAS DO DUPLO ASPECTO
DO REINO DE DEUS NOS
ENSINOS DE JESUS
Jesus e a Proclamação do Reino
de Deus
76. O Reino de Deus nos Ensinos
de Jesus
O ASPECTO PRESENTE DO
REINO DE DEUS NOS ENSINOS
DE JESUS
OS SINAIS DA PRESENÇA DO
REINO :
A Expulsão de Demônios
A Queda de Satanás
77. O ASPECTO PRESENTE DO
REINO DE DEUS NOS
ENSINOS DE JESUS
A Realização de Milagres
A Pregação do Evangelho
A Dádiva do Perdão
78. O ASPECTO PRESENTE DO REINO DE
DEUS NOS ENSINOS DE JESUS
ALGUMAS PARÁBOLAS QUE
INDICAM QUE O REINO DE DEUS
ESTÁ PRESENTE
A Parábola do Semeador e o
Mistério do Reino: Mt 13.1-23
Os Quatro Tipos de Solo
79. ALGUMAS PARÁBOLAS QUE INDICAM
QUE O REINO DE DEUS ESTÁ
PRESENTE
A Parábola do Joio: Mateus 13.24-
30 e 36-43
A parábola do Grão de Mostarda:
Mateus 13.31-32
A Parábola do Fermento: Mateus
13.33
A parábola do Tesouro Escondido:
Mateus 13.44.
80. ALGUMAS PARÁBOLAS QUE INDICAM
QUE O REINO DE DEUS ESTÁ
PRESENTE
A Parábola da Pérola: Mateus
13.45-46
A Parábola da Rede: Mateus 13.47-
50
A Parábola da Semente: Marcos
4.26-30
Implicações Teológicas
81. O ASPECTO FUTURO DO REINO DE
DEUS NOS ENSINOS DE JESUS
TERMOS USADOS POR JESUS
PARA EXPRESSAR O ASPECTO
FUTURO DO REINO DE DEUS
“ Aquele dia”
A vinda próxima
82. O TEMPO DA VINDA DO REINO
Iminência
Demora
Incerteza do tempo
83. ALGUMAS PARÁBOLAS QUE IMPLICAM
QUE O REINO DE DEUS É AINDA
FUTURO
A parábola da Grande Ceia: Lucas
14.15-14
A parábola do Joio e sua
explicação: Mateus 13.24-30 e 36-
43
A Parábola da Rede: Mateus 13.47-
50
A Parábola das Dez Virgens
Mateus 25.1-13
84. ALGUMAS PARÁBOLAS QUE IMPLICAM
QUE O REINO DE DEUS É AINDA
FUTURO
A parábola dos Talentos Mateus
25.14-30
Sumário
Conclusão