Nesta palestra, serão apresentados em primeira mão no FISL os resultados iniciais do projeto GAIA - Guidelines for Accessible Interfaces for Autistics (https://github.com/talitapagani/gaia), um projeto de mestrado open-source desde o início que visa estabelecer guidelines (diretrizes) para o projeto de interfaces web/mobile para crianças autistas, apoiado nos princípios de Design Universal.
2. • Mestranda em Ciência da Computação – UFSCar
– Bacharel em Ciência da Computação – USC
• Assistente de Gestão de Projetos – MSTECH
– Projetos educacional, EaD e de acessibilidade digital
• Comunidade de desenvolvimento
– Palestrante de eventos técnicos
– Autora: Tableless, UX.Blog
– GitHub, Mozillian (comunidade Mozilla), Interaction Design
Foundation
– Membro do GT de Acessibilidade do W3C Brasil
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4. • Tecnologias como parte
do cotidiano das
pessoas;
• Necessidades de
interfaces projetadas
para diferentes pessoas:
– Diversidade de usuários;
– Diferenças físicas,
cognitivas e
socioculturais.
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5. • Deficiências cognitivas
• Desconhecimento sobre a
tecnologia aplicada neste
contexto (LEWIS, 2006)
• Entre estas
deficiências encontra-
se o Autismo
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6. 08/05/2014 Projeto GAIA - Talita Pagani 6
2,5 milhões
de brasileiros apresentam alguma deficiência
mental ou intelectual
Fonte: IBGE, 2010
7. 08/05/2014 Projeto GAIA - Talita Pagani 7
Um dos únicos estudos sobre prevalência do
autismo no Brasil apresenta uma taxa de
27,2 a cada
10.000 crianças
(Paula et al, 2011)
9. • Monografias, Dissertações
e Teses com excelentes
contribuições
– Metodologia e resultado
caixa preta
– Como foi feito?
– Como posso utilizar o que
foi desenvolvido?
– Onde baixo o software?
• Esquecido nos acervos das
bibliotecas
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10. • Ainda há lacunas
quanto à diretrizes de
acessibilidade web
considerando
deficiências cognitivas
e neuronais.
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11. • Avançar nas pesquisas
sobre interfaces
contextualizadas para
diferentes cenários de
uso;
• Interfaces flexíveis.
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12. • Todos nós convivemos
com barreiras;
• Compreender e
contribuir para a
melhor interação das
pessoas com a
tecnologia.
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13. • Ferramental aberto
– Facilmente acessado, complementado, compreendido,
distribuído e repetível
• Conjunto finito de diretrizes (guidelines)
– Foco para o mestrado: crianças autistas de 5 a 7 anos
que estejam em fase de alfabetização
• Premissa: beneficiar pessoas autistas e não
autistas
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15. • Transtornos do Espectro do
Autismo (TEA) (GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004; OZAND et
al., 2003; DSM-IV, 2000)
– Transtorno Autistico
– Síndrome de Asperger
– Síndrome de Rett
– Síndrome de Heller
• Considerado o terceiro distúrbio de
desenvolvimento com maior
prevalência (GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004)
• Afeta três pontos de
comportamento e desenvolvimento:
habilidades sociais, de
comunicação e de interesse (OZAND et al.,
2003)
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16. • Identificado
principalmente durante a
infância (em média, aos 3
anos de idade)
• Os aspectos do
desenvolvimento mais
afetados são o social e
cognitivo
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17. • Características marcantes da pessoa
autista:
– Diminuição da capacidade de se
comunicar e relacionar com os
outros socialmente (Paula et al,
2011);
– Comportamentos repetitivos e
imitações (OZAND et al., 2003);
– Apego excessivo a objetos e
fascínio com o movimento de
peças (GADIA; TUCHMAN;
ROTTA, 2004).
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18. • Desafios:
– Não há estatísticas sobre prevalência do autismo no Brasil;
– A variação do grau de severidade do autismo é relacionada
aos níveis de comprometimento das habilidades de
comunicação e linguagem;
– Nem sempre pode ser detectado na infância;
– O não tratamento durante a infância pode agravar os
sintomas durante a adolescência e a fase adulta;
– Escopo de diagnóstico em constantes descobertas.
• Oportunidades:
– Tecnologia para a educação especial interfaces
universais que possibilitem o autista a trabalhar as
habilidades cognitivas e sociais desde a alfabetização.
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19. • Design para todos
ao invés de design
adaptado.
• “Projeto de produtos e ambientes
para serem utilizados por todas as
pessoas, em sua máxima extensão
possível, sem a necessidade de
adaptação ou um projeto
especializado” (CONNELL et al, 1997; CHRISHOL; MAY,
2009)
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Universal
Acessível
20. • Forma única de acesso, sem
adaptações e design especializado;
• Conteúdo universal, independente
de características, habilidades, nível
social ou cultural;
– Uma única forma de apresentação para
oferecer conteúdo a diferentes públicos.
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Universal
Acessível
21. GAIA - Guidelines for Accessible Interfaces for Autistics
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22. 08/05/2014 Projeto GAIA - Talita Pagani 22
NUI Guidelines
apoiadas no DU
Interfaces
inclusivas e
que apoiam
diferentes
habilidades
23. 08/05/2014 Projeto GAIA - Talita Pagani 23
Eu sou desenvolvedor de software e
preciso projetar a interface de um
software para autistas
Eu sou professor da área de
educação especial e quero criar uma
atividade lúdica para meus alunos
autistas usando o Scratch
Consulta às
guidelines do GAIA
29. • ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9241-11: Requisitos ergonômicos para o
trabalho com dispositivos de interação visual: Parte 11: Orientações sobre usabilidade. Rio de Janeiro:
1998.
• CONNELL, B. R., et al. The Principles of Universal Design. Disponível em:
<http://www.ncsu.edu/ncsu/design/cud/about_ud/udprinciplestext.htm>.
• CHRISHOLM, W.; MAY, M. Universal Design for Web Applications. Sebastopol, Califórnia: O’Reilly Media,
Inc., 2009.
• DECRETO nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>.
• DSM-IV. Pervasive Developmental Disorders. In: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders.
4th ed. Washington, DC: American Psychiatric Association, 1994. p. 65-78.
• GADIA, C. A.; TUCHMAN, R.; ROTTA, N. T. Autism and pervasive developmental disorders. J. Pediatr., Porto
Alegre, v. 80, n. 2, 2004.
• GOLDSMITH, S. Universal Design. [s.l.]: Reed Education and Professional Publishing Ltd., 2000.
08/05/2014 Projeto GAIA - Talita Pagani 29
30. • HULL, L. Accessibility: it's not just for disabilities any more. Interactions, New York, v. 11, n. 2, p. 36-41, 2004.
• KENDRICK, D. Integrating the Seven Principles of Universal Design into Planning Practive. In: NASAR, J.; EVANS-COWLEY, J.
(Eds.). Universal Design and Visitability: From Accessibility to Zoning. Columbus, Ohio: The John Glenn School of Public
Affairs, 2007.
• LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm>.
• LEWIS, C. HCI and cognitive disabilities. Interactions, New York, v. 13, n. 3, p. 14-15, 2016.
• NIELSEN, J.; MOLICH, R. Heuristic Evaluation of User Interface. In: CARRASCO, J.; WHITESIDE, J. (eds.) ACM CHI 90 Human
Factors in Computing Systems Conference, 1990, Seattle, Washington, USA. Proceedings… Seattle: ACM Press, 1990, p. 249-
256.
• NIELSEN, J. 10 Usability Heuristics for User Interface Design. 1995. Disponível em: <http://www.nngroup.com/articles/ten-
usability-heuristics/>. Acesso em: 20 out. 2013.
• _______. Usability 101: Introduction to Usability. 2003. Disponível em: <http://www.nngroup.com/articles/usability-101-
introduction-to-usability/>. Acesso em: 01 jan. 2014.
• OZAND, P. T. et al. Autism: a review. Journal of Pediatric Neurology, [s.l.], v. 1, n. 2, p. 55-67, 2003.
• PAULA, C. S. et al. Autism in Brazil - perspectives from science and society. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 57, n. 1, p. 2-
5, 2011.
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