O documento discute os conceitos de gênero e formato radiofônico, explicando que gênero se refere à classificação de um programa de acordo com suas características, enquanto formato se refere ao conjunto de ações que compõem um programa. Também define os termos programa, programação e produto radiofônico, e discute brevemente a comunicação versus informação no rádio.
1. Gêneros e Formatos Radiofônicos
Prof. Marcelo Abud
(adaptado do material do
Prof. Robson Rodrigues)
2. Termos específicos
Gênero radiofônico
Formato radiofônico
Programa de rádio ou Produto
radiofônico
Programação radiofônica
3. Gênero
Do latim: genus/generis (família/espécie)
Serve para que o “espectador/leitor/crítico
oriente suas reações para o que está lá, de
acordo com as expectativas geradas pelo fato
de distinguir o gênero no começo” (Dicionário
conceitos-chave em estudos de comunicação)
4. Formato radiofônico
conjunto de ações integradas e reproduzíveis,
enquadrado em um ou mais gêneros
radiofônicos
manifestado por meio de uma
intencionalidade
Deve ser configurado concordando com as
características conjuntas do programa de
rádio ou produto radiofônico.
5. Programa radiofônico
É o módulo básico de informação
radiofônica; é a reprodução concreta
das propostas do “formato radiofônico”,
obedecendo a uma planificação e a
regras de utilização dos elementos
sonoros
6. Programação radiofônica
É o conjunto de programas ou produtos
radiofônicos apresentado de forma
sequencial e cronológica.
7. Comunicação e Informação
Comunicação: fenômeno bidirecional,
essencialmente dialógico.
Informação: unilateral, indireto e
público.
8. Gêneros das Rádios
Esportes
Rádios que transmitem jogos de futebol e fórmula 1.
Jovem
Estão organizadas aqui as rádios nos segmentos:
Rock; Pop/Rock; Pop; Dance
Popular
Rádios que tocam axé, pop, hits, samba, pagode,
sertanejo e outros.
9. Gêneros das Rádios
Adulto
Rádios que tocam: flashbacks, Jazz, clássicos, MPB e
outros.
FM qualificada
Programação soft, baseada em hits atuais e flashbacks da
década de 70 e 80 (90, em alguns casos).
Jornalismo
Rádios que dão ênfase à informação constante.
10. Gêneros das Rádios
Religiosas
As rádios religiosas estão divididas em 3:
Católicas;
Espíritas e esotéricas;
Evangélicas e Gospel.
Webradios
Rádios transmitidas apenas via internet.
11. História
Antecedentes:
Brasil
1892 – 1894: Padre Landell de Moura (também cientista) transmite
mensagens a distância (TELEGRAFIA SEM FIO)
Itália
1896 – Guglielmo Marconi adquire patente da TSF
Mais tarde é tido como o inventor do rádio
1919 – Westinghouse comercializa radiocomunicadores
utilizados por soldados norte-americanos durante a 1ª Guerra
12. 1º Gênero
Gênero: Propagandístico
Em 7 de setembro de 1922
Formato:
discurso de Epitácio Pessoa
Apresentação da peça O Guarani, de
Carlos Gomes, direto do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro
13. Sociedade Rádio do Rio de
Janeiro, 1923
Gênero: Sociedade / Clube
Formatação:
Cotações da bolsa do açúcar e do café
previsão do tempo
Números musicais e declamação, diretamente
da Estação do Sumaré, Correios e Telégrafos
do Largo do Machado.
Prefixo: SPE -> PRA-2
14. Nasce o Rádio no Brasil
Em 7 de setembro de 1922 acontece a
primeira transmissão oficial na cidade
do Rio de Janeiro;
80 receptores foram importados dos
EUA, captaram o discurso do então
Presidente Epitácio Pessoa e os acordes
da peça “O Guarani”;
15. Roquete Pinto = Pai do rádio no Brasil;
20 de abril de 1923 é inaugurada a Rádio
Sociedade do Rio de Janeiro
Década de 20: rádios sociedade ou clube
1936 – Rádio Sociedade é passada para o
MEC;
Roquete Pinto fala sobre 7 de setembro de 22
16. O rádio na década de 1920
Programação: cultura e educação
Propaganda era proibida
Sociedade / clube: emissoras vivem das
contribuições de sócios;
17. O rádio comercial (década de 30)
A partir da década de 30 o rádio sofre uma
transformação radical: Ademar Casé
É permitida a publicidade por meio do Decreto
nº21.111, de 1º de março de 1932;
Os comerciais garantiriam a sobrevivência do rádio
como meio de difusão da educação, de acordo com
o governo;
O Primeiro Jingle Jingle Ademar Casé
18. Buscando audiência.
+ verbas = artistas como Carmem e Ari
Primeiros programas de auditório
Humor
Empresas jornalísticas: JB, Tupi,
Nacional (A Noite adquire a Rádio Philips em
12 de setembro de 1936)
1937 – GV decreta o Estado Novo em cadeia
nacional = início da Hora do Brasil
19. A Guerra dos Mundos
Orson Welles
1938 – A Guerra dos Mundos
Radioteatro exibido no Dia das Bruxas
Público pegou a atração começada e
acreditou no que estava sendo irradiado
20. A fase do Radiojornalismo
A voz do Brasil, nacional – 1937;
Repórter Esso, Rádio Nacional, no RJ e
Rádio Record, em SP – 1941;
O Grande Jornal Falado Tupi, Rádio
Tupi, SP – 1942;
Imprensa x Rádio (quem ouve uma
notícia no rádio procura depois mais
detalhes no jornal).
21. A fase de ouro do rádio
Aconteceu durante as décadas de 40 e 50;
Getúlio Vargas adquire a Rádio Nacional;
Radionovelas melodramáticas, explorando
fantasias dos ouvintes, substituem o radioteatro
(“Em busca da felicidade”, escrita pelo cubano
Leandro Blanco, transmitida em 1941 pela Rádio
Nacional do Rio de Janeiro);
Em Busca da Felicidade - 1940
22. O grande sucesso fez com que uma mesma
emissora apresentasse 20 radionovelas
simultaneamente, cada uma com trinta
minutos diários;
Seriados para o público masculino.
Programas de Humor proliferam
Balança mas não cai / R. Nacional – 1950...
Primo Rico, Primo Pobre
23. Rainhas do Rádio
entre as décadas de 40 e 60, as marchinhas
carnavalescas eram lançadas pelas eternas
cantoras do rádio.
entre as principais majestades que marcaram
época, em rádios como mayrink veiga e
nacional, estão emilinha, marlene, ângela
maria e dalva de oliveira.
24. Rainhas do Rádio
concurso foi criado por Victor Costa –
Associação Brasileira de Rádio
apoio da Revista do Rádio - cupons que
davam direito de voto ao público.
1937: Linda Batista foi a primeira
majestade.
1948: Dircinha Batista recebeu a coroa
de rainha do rádio.
25. Rainhas do Rádio
1949: patrocínios premiavam as vencedoras
com jóias, viagens, automóveis e até casas
e apartamentos.
Entre as candidatas despontaram Marlene e
Emilinha. com o apoio da companhia
antarctica paulista, Marlene levou a melhor
e ficou com a coroa até 1951.
Marlene
26. Rainhas do Rádio
Emilinha Borba garantiu a faixa de
campeã entre 1953 e 1954.
Emilinha Borba
27. Ângela Maria Reina
Apesar de marlene e emilinha serem os
nomes mais associados ao concurso, já que
protagonizaram a maior rivalidade de todos
os tempos entre as rainhas, a verdadeira
campeã de popularidade foi eleita entre
1954 e 1955 com quase 1 milhão e meio de
votos, marca jamais igualada por nenhuma
outra concorrente. Senhoras e senhores,
Ângela Maria canta...
Ângela Maria Acordes que Choram, de Othon Russo e Nazareno de Brito
28. Ângela Maria
1952: contrada da Nacional, Ângela
Maria, todo sábado, ao vivo, era
acompanhada pela orquestra da rádio
em Sua Majestade Canta.
Canta
29. Chegou a Televisão.
1950 marca a entrada da televisão no
Brasil;
Sonho, lazer e humor migram para a TV;
Sem anúncios e profissionais de peso o
rádio, a partir de 1955, começa a perder
espaço. Vive 5 anos em crise.
O Peru Silvio Santos - 1959
30. Revanche do rádio – anos 1960
Dois fatos marcaram esta nova fase:
Tecnológico industrial – descoberta do
transistor e uso da pilha; e
Retomada: esporte e prestação de
serviços.
32. ANOS 1970
Surgem os DJ’s
Excelsior – A máquina do Som
Difusora
Emissoras AM voltadas ao público jovem = VITROLÃO
Final dos anos 1970 – surgem as FMs
Darcio Arruda relembra a Jet Music: Difusora
33. Anos 1980
Início da segmentação
Rádio divide público
por características: FM = Música
e promoções
Geográfica;
De público AM = Notícia, futebol
consumidor Programas para as
Mulheres
Gênero de programa
Locutor x Comunicador
Rádio Cidade
34. Anos 90 – Rede + Segmentação
Transamérica começa transmissão em rede
via Satélite
1995: CBN (também em FM)
Segmentação ainda maior
Rádios FM começam a veicular conteúdos
comuns às AMs
35. O futuro – Rádio Digital
• Rádio FM com qualidade de CD;
• Tecnologia que permite à emissora de rádio, acrescentar
mais informações e serviços, simultâneamente à
programação;
• Economia expressiva de energia elétrica,
• No AM o sinal torna-se imune às interferências e outros
problemas de recepção.
O RÁDIO DIGITAL É UM SERVIÇO LIVRE E GRATUITO
A TODO POVO BRASILEIRO
36. Outro benefício do Rádio Digital é a possibilidade da emissora
transmitir informações e dados junto com a transmissão
analógica. Isto quer dizer, texto em movimento no "display" do
Rádio Digital. Podendo ser: título da música, intérprete e
autores, informações de trânsito e clima, manchetes do dia,
enfim mais serviços e de graça.
37. O Rádio no Brasil
98% Domiciliar
45.500.000 de Domicílios
133.770.000 aparelhos
83% Veicular
19.339.000 de aparelhos
38. Classificação dos gêneros
radiofônicos
Aplicação do esquema funcional de
Lasswell e Wright (Harold Dwight Lasswell e Charles Wright
Mills),
fundamentado na obra de Marques Melo
39. Características do Rádio
Instantaneidade
Imediatismo
Mobilidade
Atenção
Prestação de Serviços X
Linguagem oral Audiência
Sensorialidade
Prestação de Serviço – Berra Bairro / Band AM
40. Marcas Radiofônicas
As Marcas Radiofônicas
Além da locução, contam os elementos
da sonoplastia que conferem
plasticidade às emissões sonoras. Os
efeitos sonoros, as músicas/trilhas
sonoras, o silêncio, são instrumentos-
vozes que dinamizam a produção e
estão presentes nas marcas
radiofônicas
41. Abertura
momento de exposição do
programa e sua proposta. Consiste
na apresentação do locutor, as
atrações do dia, sempre num tom
dinâmico, coloquial e convidativo.
Abertura Sonycast
42. Encerramento
pode-se anunciar o
programa seguinte
e/ou reafirmar o
horário do próximo
programa, identifica
a rádio e o
patrocinador.
Encerramento
Sonycast
43. Vinhetas
Vinhetas: da rádio, do programa,
do locutor, de passagem: têm como
objetivo básico a identificação, mas
devem ir além desta função, criando
uma identidade e procurando conciliar o
estilo da rádio e do seu público.
44. Ritmo
O ritmo vem da junção dos seguintes
elementos:
Abertura
Vinhetas
BG (música de fundo)
Encerramento
Vale a Pena
45. Case Sebrae
“O rádio não é o meio de quem
não vê, mas sim de quem
imagina.”
(Mineiro - MCR)
52. Público-Alvo
- População de baixa renda e
escolaridade.
- Pessoas que se ocupam de pequenos
empreendimentos familiares e
comunitários existentes ou em fase de
implantação.
53. Público-alvo(cont.):
População que se ocupa de prestação de pequenos
serviços: free-lance, donas de casa, estudantes,
assalariados de baixa renda e desempregados.
Autônomos
55. Lembre-se
- O rádio nos obriga a pensar,
a criar junto com o criador.
Quando se consegue a
cumplicidade, a atenção é
garantida.
- O rádio tem sons, além de
palavras e músicas.
Na Geral