3. APRESENTAÇÃO
Formada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela
FAPCOM e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências
Humanas e Sociais da UFABC na linha de pesquisa Cultura, Comunicação e
Dinâmica Social.
Atualmente é Coordenadora de Social Media na agência 2PRO Comunicação
e pesquisadora membra do NEAB-UFABC (Núcleo de Estudos Africanos e
Afro-brasileiros).
É co-fundadora do blog Versátil RP, canal com oito anos de existência que
aborda temas relacionados ao universo das relações públicas e da
comunicação.
Foi Agente de Governo Aberto pela Prefeitura Municipal de São Paulo no
primeiro ciclo de 2017, ofertando oficinas sobre a Lei de Acesso à
Informação e sua interface com as mídias sociais.
4. VERSÁTIL RP
o Blog que existe desde 2009;
o Produtores de conteúdo de várias cidades do país;
o Em 2015 iniciamos a série ‘EnegreceR[P]’;
o Mulheres e LGBT+.
8. DIVERSIDADE | SOCIEDADE
DIVERSIDADE | CONSUMO
DIVERSIDADE | ORGANIZAÇÃO
Equidade de oportunidades
Acesso e desenvolvimento em [...]
Negros são 54% da população
Mulheres são 51% da população
Pluralidade de pessoal
Imagem positiva
9.
10. CALCE OS MEUS SAPATOS E PERCORRA O
CAMINHO QUE PERCORRI
11. IDENTIDADE E MAPEAMENTO DE PÚBLICOS
"Os públicos são a razão de ser da relação; determinam os diferentes modos da
interação empresa-públicos[...]É fundamental identificar os públicos, conhecê-
los, para que, ao lidar com eles, as organizações sejam bem-sucedidas nesse
relacionamento[...]Precisa levar à especificação do público, objeto da relação, e
explicar ainda o tipo, a temporalidade, o objetivo, as expectativas e outras
características do relacionamento" (FRANÇA, 2012).
12. IDENTIDADE E MAPEAMENTO DE PÚBLICOS
“Os fluxos culturais, entre as nações, e o consumismo global criam
possibilidades de “identidades partilhadas” – como “consumidores” para os
mesmos bens, “clientes” para os mesmos serviços, “públicos” para as mesmas
mensagens e imagens – entre pessoas que estão bastante distantes umas das
outras no espaço e no tempo. À medida em que as culturas nacionais tornam-
se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades
culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do
bombardeamento e da infiltração cultural” (HALL, 2006).
14. DIVERSIDADE E REPRESENTATIVIDADE
“A publicidade brasileira não acompanha as mudanças sociais, e os debates em
torno de temas mais profundos são comumente resumidos a polêmica, ou o
famoso jargão “mimimi”[...] temas que necessitam de profunda reflexão para a
assimilação das novas conjunturas da sociedade são negligenciados por não
serem considerados pertinentes aos negócios e estratégia de valorização da
marca” (MOURA, 2016).
23. Sobre as mulheres brasileiras...
70% tem cabelo crespo ou cacheado
40% estão acima do peso
65% não se identificam com a maneira que são retratadas na publicidade
10% fazem parte dos setores de criatividade das agências de comunicação
Pesquisa realizada pela 65/10
revolucaodelas.meiacincodez.com.br
25. Pesquisa realizada pelas Blogueiras Negras nas páginas de Facebook
das marcas no período de 24 e 25 e novembro de 2014.
blogueirasnegras.org/2014/11/26/nao-me-vejo-nao-compro
26. Pesquisa realizada pelas Blogueiras Negras nas páginas de Facebook
das marcas no período de 24 e 25 e novembro de 2014.
blogueirasnegras.org/2014/11/26/nao-me-vejo-nao-compro
27. Pesquisa realizada pelas Blogueiras Negras nas páginas de Facebook
das marcas no período de 24 e 25 e novembro de 2014.
blogueirasnegras.org/2014/11/26/nao-me-vejo-nao-compro
28. Pesquisa realizada pelas Blogueiras Negras nas páginas de Facebook
das marcas no período de 24 e 25 e novembro de 2014.
blogueirasnegras.org/2014/11/26/nao-me-vejo-nao-compro
29. Pesquisa realizada pelas Blogueiras Negras nas páginas de Facebook
das marcas no período de 24 e 25 e novembro de 2014.
blogueirasnegras.org/2014/11/26/nao-me-vejo-nao-compro
33. RELAÇÕES PÚBLICAS E DIVERSIDADE
“Cabe às Relações Públicas agir junto aos centros decisórios das instituições,
procurando estabelecer a harmonia entre o interesse público e o privado,
contribuindo assim para amenizar as tensões resultantes das atitudes
individuais” (ANDRADE, 1989).
“Comunicação, e não apenas divulgação” (MESTIERI, 2004).
34. A diversidade é, a princípio, uma pauta sociopolítica da luta de
grupos de “minorias” por promoção de igualdade de
oportunidades entre todos.
Pauta incorporada nas organizações empresariais.
É no nível estratégico que as decisões são tomadas e repassadas para os níveis
seguintes gerando impacto em todos os processos da comunicação. Então,
podemos afirmar que o assunto diversidade pertence a esse nível.
PLANEJAMENTO E DIVERSIDADE
35. “O capitalismo assimila as críticas que lhe são feitas, sem colocar em perigo sua
lógica de acumulação. [...] As empresas não podem reconhecer que sua conduta
é ilegal. Jamais vão admitir que suas práticas gerenciais são marcadas pelo
racismo. Então falam em valorização da diversidade.” (COELHO JR, 2015)
PARADOXO DA DIVERSIDADE
36. MERCADO DE TRABALHO
A diversidade nas organizações melhora o desempenho, atrai talentos de grupos
diferentes, diversifica repertórios culturais, proporciona criatividade e inovação
ao ambiente. E claro, o retorno positivo de imagem ao agregar o valor simbólico
de uma organização inclusiva, que no fim gera lucro de alguma forma.
37. NOSSAS ENTREGAS NA PRÁTICA
o Contratar profissionais dos grupos de diversidade
o Fazer um cronograma de datas específicas
o Dar a oportunidade para que as pessoas sejam protagonistas
o Criar peças com diversidade estética
o Ouvir pessoas que pertencem e/ou já estudam sobre esses grupos
o Acompanhar blogs, páginas, perfis e canais que abordam diversidade
o Se perguntar "será que vou ofender alguém?"
o Tire a expressão "mimimi" do seu vocabulário
45. WIKI LEAKS DAS AGÊNCIAS
1886 registros
48 “machismo”
03 “racismo”
13 “negros”
02 “sexismo”
177 “assédio”
13 “assédio sexual”
115 “assédio moral”
12 “diversidade”
Não existem horas extras pagas, jornadas absurdas, disparidade incrível de salários,
não existe um negro em posição de comando. Existe muito machismo por mais que o
discurso seja de trazer mais mulheres, nos não somos ouvidas. Pessoas dentro da
mesma empresa recebem valor de vr diferente entre outras coisas.
Pior lugar que já trabalhei na vida. Pior ambiente de trabalho e um profissional pior
que o outro na criação. Machismo e racismo rolavam solto na agência e os diretores de
criação eram a estupidez em forma de gente (ou de besta, no caso). Fujam.
Você encontrará: salários baixos e defasados, não existe hora extra e banco horas.
Exemplo: se você sai no horário o dono reclama. Você terá sentimentos de inutilidade
e vai começar a questionar sua capacidade profissional, vai chorar algumas vezes seja
tristeza ou de raiva, não existe perspectiva de crescimento profissional, assédio moral é
um ponto forte nesta agência. O dono é autossuficiente, só ele faz tudo! Se ele está
bem, todos estarão bem, mas se ele estiver mal, tratará de deixar o dia de todos uma
merda. Terá ansiedade, aqui não é um lugar sadio. Não existe respeito com os
funcionários. Infelizmente muitos sonham em trabalhar aqui, mas não tem noção do
que é o dia-a-dia de verdade.
https://bit.ly/2rikGa8
46. WIKI LEAKS DAS STARTUPS
473 registros
07 “machismo”
04 “racismo”
00 “negros”
01 “sexismo”
24 “assédio”
04 “assédio sexual”
13 “assédio moral”
08 “diversidade”
[...] Assédio moral é frequentemente visto. Cargas horárias acima de 14 horas com
frequência, final de semana não remunerado. Homens com desrespeito a
homossexuais e mulheres, com piadas sendo feitas em alto e bom. Relacionamentos
baseados em amizades. E demissões e contratações sem nenhum critério. [...] Existe
um trabalho grande feito de cortina de fumaça para atenuar esses pontos como
cerveja no escritório, inúmeras festas e um clima cool, mas que segue a política de
pão e circo. Por ser um escritório com uma média de idade de 24 anos o pão e circo
mtas vezes funciona. Triste
Amigos. Não existem gestores, existem amigos nos cargos maiores. Eles não estão
aptos sequer a propor uma reunião sem que haja assédio moral. Reclamou?
Demissão. Muitos caciques para poucos índios.
https://bit.ly/2rvpusL
Se pagam de legais e modernos, mas o ambiente é machista e racista, com gerência
fraca e despreparada. Tiveram que abafar mais de 20 pessoas que se demitiram (ou
foram demitidas) em face de assédio sexual e moral, muitos com processos judiciais.
47. É SÓ DISCURSO OU EXISTE
DE FATO UMA POLÍTICA
ORGANIZACIONAL EM
VOGA?
48. ESTUDOS
SARAIVA, Luiz Alex Silva; IRIGARAY, Hélio Arthur dos Reis. Políticas de diversidade nas organizações: uma questão de
discurso?. RAE-Revista de Administração de Empresas, [S.l.], v. 49, n. 3, p. 337-348, jul. 2009. ISSN 2178-938X. Disponível
em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/36354>.
CARVALHO-FREITAS, Maria Nivalda et al. DIVERSIDADE EM CONTEXTOS DE TRABALHO: Pluralismo teórico e questões
conceituais. Revista Economia & Gestão, Belo Horizonte, v. 17, n. 48, p. 174-191, mar. 2018. ISSN 1984-6606. Disponível
em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/16769>. Acesso em: 13 maio 2018.
doi:https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2017v17n48p174-191.
POMPPER, Donnalyn. Linking ethnic diversity & two-way symmetry: Modeling female African American practitioners’
roles. Journal of Public Relations Research, v. 16, n. 3, p. 269-299, 2004.
COELHO JÚNIOR, Pedro Jaime de. Executivos negros: racismo e diversidade no mundo empresarial. São Paulo: Edusp,
2016.
49. EXERCÍCIO
Praticar o lugar de fala
Mapear estudiosos, referências ou influenciadores e propor uma ação
institucional formativa sobre a temática.
1. L > Governo do Estado de Goiás
2. G > CNBB
3. B > Professores da rede municipal
4. T > Abrapcorp
5. Negro/a > UFG
6. Mulher > Goiás Esporte Clube
50. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Psicossociologia das relações públicas. 2ª edição. São Paulo: Loyola, 1989.
MESTIERI, Carlos Eduardo. Relações Públicas: arte de harmonizar expectativas. São Paulo: Aberje, 2004.
FRANÇA, Fabio. Públicos – como identificá-los em nova visão estratégica: business relationship. 3ª ed. São Caetano do
Sul: Yendis, 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. TupyKurumin, 2006.
MOURA, Gabriela. Mulheres e comunicação: um cenário que não desce redondo. In Meu amigo secreto: feminismo além
das redes. Rio de Janeiro: Edições Rio de Janeiro, 2016.