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Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 1
CCuurrssoo ddee LLeettrraass aa DDiissttâânncciiaa
UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee AAllaaggooaass
ee UUnniivveerrssiiddaaddee AAbbeerrttaa ddoo BBrraassiill
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AA
DDIISSTTÂÂNNCCIIAA ((PPaarrttee 33))
Uma conceitualização necessária
Professor Gonzalo Abio (Centro de Educação, UFAL)
gonzalo_ufal@yahoo.com.br
Maceió
2013
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 2
UMA CONCEITUALIZAÇÃO
NECESSÁRIA
O analfabeto do século XXI não será aquele que não
sabe ler nem escrever, mas aquele que não consegue
aprender, desaprender e, no fim, aprender de novo.
TOFFLER, Alvin. Choque do futuro. Lisboa: Edição
Livros do Brasil, 1970.
Deixamos de temer aquilo que aprendemos a
entender (Marie Curie, física polonesa, duas vezes
prêmio Nobel, 1867-1934).
Depois de conhecer a história da EaD na segunda apostila do curso,
neste terceiro material estudaremos alguns conceitos e termos que
consideramos que são importantes na Educação a Distância. Alguns
desses conceitos e suas diferenças já foram pesquisados por vocês,
embora seja de forma talvez superficial. Lembrando que eles foram: as
diferenças entre pedagogia, andragogia e heutagogia, assim como
as diferenças entre aprendizagem formal, informal e não formal.
Outros conceitos que veremos a continuação são:
1- As diferenças de matizes existentes entre os conceitos de "EaD",
"E-learning" e "Educação on-line".
2- As diferenças entre "hipertexto" e "hipermídia".
3- O que são "ambientes virtuais de aprendizagem" (AVA) e LMS?
4- As diferenças entre "cooperação" e "colaboração".
5- O conceito de "distância transacional".
6- A “web 2.0” e suas diferenças com a “web 1.0”.
7- O que é aprendizagem móvel (M-learning) e aprendizagem
ubíqua (U-learning).
8- O que é um PLE (Personal Learning Environment ou Ambiente
Pessoal de Aprendizagem)
9- O que é um MOOC (Curso On-line Aberto e Massivo)
Muitos desses conceitos podem ser encontrados no glossário geral de
termos sobre EaD existente no Moodle de nosso curso. Também
recomendamos a leitura desta apostila e, sugerimos, por que não?
uma boa dose de navegação na Internet utilizando estratégias de
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 3
busca de informação adequadas para conhecer mais sobre os temas
aqui tratados e que sejam de maior interesse para você, sem esquecer
de anotar ou fazer um resumo das ideias e conceitos principais
encontrados nas leituras realizadas.
Uma dica para facilitar a tarefa de procurar e saber mais sobre cada
conceito é escrever na janela de busca do Google a palavra definir
junto com o nome do conceito ou termo procurado. O Google, nesse
caso, tentará buscar e oferecer para você, primeiro, as páginas em
que aparece essa definição. Interessante essa possibilidade, não é
verdade?
Para permitir que a apresentação de cada conceito seja feita em uma
leitura mais concentrada e fluida, sem grandes interrupções, no final
da apostila foram concentradas as seções de “Para saber mais”,
correspondentes a cada conceito apresentado e não no final de cada
seção, como era feito até agora nas partes que já foram apresentadas
nas apostilas anteriores.
Nas bibliotecas de alguns polos existe um livro chamado “Educação e
tecnologias. O novo ritmo da informação”, da autora Vani Kenski
(Papirus editora, 2007), que está disponível para empréstimo. Não é
imprescindível, mas nessa obra você poderá ler mais sobre alguns
desses conceitos. Por exemplo: EaD x Educação on-line x E-
learning (páginas 79 a 82), hipertexto e hipermídia (páginas 31 a 33);
ambientes virtuais de aprendizagem (páginas 94 a 100) e o conceito
de "distância transacional" (de Moore) que poderá ser encontrado nas
páginas 89 e 90, mas para este último termo, convém fazer a
leitura completa do capítulo 5 do livro.
O que apresentamos a seguir não esgota o tema e as complexidades
desta dinâmica área, mas necessariamente tivemos que fazer um recorte
de conteúdos para esta disciplina introdutória.
Passaremos agora à descrição dos termos e conceitos mencionados.
1. As diferenças entre EaD, E-Learning e Educação
Online
Na semana anterior você estudou um texto com várias definições do que
era a educação a distância (EaD) e também tentou elaborar uma
definição o mais completa possível desse conceito. Você lembra-se
disso?
Agora, gostaria de perguntar o seguinte:
Educação a distância (EaD) será a mesma coisa que Educação on-
line (EOL)?
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 4
Pense um pouquinho sobre esse assunto e observe com atenção os
nomes desses dois termos. Na realidade um deles é mais amplo que o
outro. Qual será o termo mais abrangente: EaD ou Educação on-line?
Se você pensou que a Educação a Distância (EaD) é mais
abrangente, mais ampla que Educação on-line (EOL) está
certíssimo(a).
A Educação a Distância, efetivamente, é mais geral que a Educação
on-line. A EaD acontece através do uso de diversos meios
(correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, telefone,
computador, internet, etc.) Baseia-se tanto na noção de distância física
entre alunos e professores, como na flexibilidade do tempo e na
localização do aluno em qualquer espaço.
Lembrando algumas características já vistas no capítulo
anterior sobre “Uma definição de Educação a Distância?”:
- Existência de distância física entre professores/ tutores e
alunos;
- São utilizadas tecnologias, como meio de comunicação
principal;
- É um processo de ensino-aprendizagem intencional, planejado;
- Estudo individualizado e independente;
- Existe comunicação bidirecional principalmente.
Pelo contrário, Educação on-line (EOL) é uma modalidade da educação
a distância realizada via Internet, cuja comunicação ocorre de forma
síncrona ou assíncrona. Nesse tipo de ensino, usa-se a Internet para
distribuir as informações e para concretizar a interação entre as pessoas.
A interação pode ser através de formas diferenciadas de comunicação
como: (a) comunicação entre uma e outra pessoa; (b) comunicação de
uma pessoa para muitas pessoas, e (c) comunicação de muitas pessoas
para muitas pessoas. Nessa exploração das possibilidades de
comunicação entre mais de duas pessoas é recomendado por muitos
especialistas que sejam criadas comunidades (virtuais) de
aprendizagem e também redes pessoais de aprendizagem.
Já o e-learning surgiu como opção das
empresas para o treinamento de seus
funcionários. Normalmente são cursos
curtos e específicos para treinamento e
aquisição de determinadas habilidades ou
conhecimentos.
Ilustração representando um curso por e-learning para treinamento do pessoal de
vendas de uma grande empresa multinacional produtora de pneus.
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2. As diferenças entre hipertexto e hipermídia
O termo hipertexto foi criado pelo norte-americano Ted Nelson em 1965.
Hipertexto é o texto eletrônico utilizado em alguns ambientes de
educação a distância, assim como na Internet e CD-ROM, caracterizado
por permitir sub-entradas, reenvios e múltiplas conexões. Não se trata,
portanto, de um texto “fechado”. O hipertexto é caracterizado por possuir
incorporados os chamados hyperlinks ou links. Esses links são ativados,
por exemplo, clicando na palavra sublinhada ou num gráfico realçado em
uma página da Web. Ao clicar em um hyperlink, segue-se para outro
documento que pode ser outra página de informações, outro site da
Internet, filmes, figuras ou sons (MENEZES; SANTOS, 2002).
Imagem que representa hipertextos relacionados pelos hiperlinks (links) para ir de um
para outro. Fonte: http://bit.ly/16O30Wr
Gomes (2011) acrescenta um aspecto interessante. Dependendo do link
que foi clicado é possível seguir percursos diferentes de leitura e de
construção de sentidos e, consequentemente, pressupõe certa
autonomia de escolha dos textos a serem alcançados através dos links.
É um texto que se atualiza ou se realiza, se concretiza, quando clicado,
isto é , quando percorrido pela eleição de links.
Diferente de um livro ou revista, cuja leitura é fundamentalmente linear
(uma página depois da outra), no hipertexto o conceito de “página
seguinte” é ultrapassado, pois a leitura é fundamentalmente não linear e
não hierarquizada.
Os links são os elementos constitutivos do hipertextos. Sem eles, o
hipertexto é apenas texto. Os links são elementos de navegação, pois
se os links não fossem acionados não surgirão novos documentos.
Vejamos algumas caraterísticas da leitura hipertextual (XAVIER,
2004):
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 6
- Natureza não linear do texto (como principio básico de sua
construção): Nos textos em papel também podemos procurar
informações que estão em outros lugares (por exemplo: os sinônimos
em um dicionário; as obras dos autores que aparecem numa
bibliografia, etc., porém normalmente não é seu objetivo principal,
realizar uma leitura não linear);
- Leitura self-service (pelo consumidor);
- Leitura multissensorial;
- Elevado envolvimento;
- Dessacralização do autor;
- “Fim” dos direitos autorais;
- Perigo de “afogamento” do leitor no oceano de informação.
Uma curiosidade – Quando se fala em hipertexto, é muito comum utilizar
a metáfora de “encontrar uma agulha num palheiro”, e sem dúvida, os
sites de pesquisa podem ajudar muito para encontrar as informações
desejadas. No entanto, se pensarmos nas habilidades necessárias para
selecionar a informação adequada, provavelmente será mais exato dizer
que “é como procurar uma agulha, dentro de uma sacola que tem
muitas outras agulhas”.
Para uma leitura compreensiva e uma leitura crítica as habilidades
básicas de leitura, são de fato muito importantes na seleção de
informações e nos caminhos seguidos na navegação hipertextual.
Pode-se afirmar que um bom leitor de textos impressos geralmente é
também um bom leitor de textos digitais, pelo menos no caso dos gêneros
digitais mais semelhantes com os gêneros textuais impressos (com
informação predominantemente verbal).
Um exemplo de hipertexto. Um jornal online
No fragmento de página web tomada do caderno Ambiente, do jornal
Folha de São Paulo em 06/06/2013, observe as diversas notícias e
elementos textuais e icônicos que as rodeiam. Observe também que
existem vários links para notícias do mesmo tema.
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Fragmento da seção Ambiente do jornal Folha de São Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente. Acessado em 06-06-2013.
Sugerimos que você visite também a página web atual desse mesmo
jornal http://www.folha.uol.com.br ou de outros jornais e observe a
estrutura e os elementos hipertextuais presentes em algumas de suas
seções. Tente dividir a página da web do jornal em cada um das partes ou
seções com caraterísticas diferentes que encontrar.
E hipermídia o quê é?
Quando existem hipertextos com outras mídias (fotos, vídeos, sons, etc.),
fala-se em documentos multimídia ou em hipermídia.
Um exemplo de hipermídias está no mesmo fragmento de jornal mostrado
acima, em que podemos ver várias imagens. Em outras seções do jornal
pode haver áudios e vídeos também.
Os jornais on-line são cada vez mais hipermidiáticos, pois aproveitam a
maior velocidade da Internet atual para oferecer materiais multimidiáticos
(áudios ou vídeos e imagens), inclusive de alta qualidade, que são
linkados desde a página do jornal ou inseridos para ser vistos na própria
página do jornal por meio de um código específico, quando na realidade
estão em outros servidores da web, como pode ser Youtube, para o caso
de vídeos.
Segundo Leão (1999), hipermídia será a linguagem que resulta da
combinação não hierárquica e interativa de texto, imagem, som,
animação, possível com os novos meios digitais de produção simbólica. O
que diferencia a hipermídia do cinema e do vídeo ou da arte multimídia
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 8
(que experimenta há muitos anos com a combinação de diversos suportes
em um mesmo espaço) é a possibilidade de acesso randômico e a
ausência de um suporte físico centralizado. Também se pode
considerar que a inexistência de uma ordem pré-estabelecida permite,
então, que a informação disposta em hipermídia seja distribuída por
documentos sem início, meio ou fim, resultando em uma teia de ligações
que pode ser explorada de infinitas maneiras como em um labirinto.
3. O que são Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVA)?
Ambientes virtuais de aprendizagem são sistemas
computacionais disponíveis na internet, destinados ao
suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de
informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas
mídias, linguagens e recursos, apresentar informações
de maneira organizada, desenvolver interações entre
pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e
socializar produções, tendo em vista atingir
determinados objetivos. As atividades se desenvolvem
no tempo, ritmo de trabalho e espaço em que cada
participante se localiza, de acordo com uma
intencionalidade explícita e um planejamento prévio
denominado design educacional, o qual constitui a
espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e
reelaborado continuamente no andamento da atividade
(ALMEIDA, 2003, p. 331)
Em um AVA, visto desde uma perspectiva construtivista, o foco estará
mais nas relações que nele ocorrem e não existirão fronteiras rígidas
do que é meio, objeto e sujeito. Assim, segundo Maçada (2001) um
ambiente virtual de aprendizagem será “um sistema cognitivo que se
constrói na interação entre sujeitos-sujeitos e sujeitos-objetos, e que se
transformam na medida em que as interações vão ocorrendo, e que os
sujeitos entram em atividade cognitiva.” (MAÇADA, 2001, p. 44).
O Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem de código aberto,
livre e gratuito. Dessa forma, junto com as configurações que permite
internamente, também pode ser modificado e adaptado para as
necessidades específicas de cada instituição.
Outros exemplos de AVA são: os brasileiros Teleduc e Aulanet, assim
como o Solar (da Universidade Federal de Ceará) e o Amadeus (da
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 9
Universidade Federal de Pernambuco) ou o estrangeiro WebCT (pago),
entre muitos outros.
E o que será um LMS?
Os Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem (LMS ou Learning
Management Systems, em inglês) são sistemas, em geral, baseados na
web, que se destinam ao gerenciamento eletrônico de cursos a
distância.
São variados os recursos que oferecem, que podem ir de uma simples
apresentação de páginas de conteúdos até completos sistemas de
gestão, incluindo serviços de secretaria e e-commerce.
Os principais recursos comumente encontrados nos LMS são:
- Gerenciamento do curso: criação de cursos, disciplinas, matrícula de
alunos, gerenciamento de senhas, registro das atividades e de acessos
realizados pelos usuários, cálculo e publicação de notas etc.
- Gerenciamento de Conteúdo: armazenamento, gerenciamento, edição
e exibição de conteúdo multimídia;
- Disco Virtual: área de trabalho, que pode ser individual ou
compartilhada, na qual o usuário pode fazer downloads, uploads e
visualização de conteúdos;
- Correio Eletrônico (e-mail): serviço de correio convencional; alguns
permitem o envio e o recebimento de mensagens apenas dentro do
próprio sistema, outros possibilitam trocas de mensagem também com o
exterior;
- Mensagem Instantânea: serviço de mensagem que possibilita a
comunicação síncrona e troca de documentos entre usuários que estejam
conectados ao sistema;
- Sala de bate-papo (chat room): sala virtual para encontros e trocas de
mensagens síncronas, podendo ser de texto, voz ou vídeo;
- Fórum de Discussão: recurso de comunicação assíncrono que
possibilita a organização das discussões por assunto, por disciplina, por
curso, por turma, por grupo etc.;
- Quadro de avisos: área para publicação de informes de interesse geral;
- Lousa Virtual (White board): recurso de comunicação síncrono no qual
os usuários compartilham uma tela que pode receber desenhos, textos e
outras mídias; o instrutor pode liberar a lousa virtual apenas para
visualização ou permitir o compartilhamento para escrita com um ou mais
dos participantes;
- Compartilhamento de recursos: permite que um ou mais usuários
compartilhem a tela, um documento ou recursos de seus computadores;
- Avaliação: recursos para gerenciamento da aplicação e correção de
avaliações (testes de múltipla escolha ou dissertativas), com possibilidade
de sorteio de questões e de alternativas, programação de horário para
publicação, controle de tempos de realização, correção automática,
cálculo e publicação de médias, geração de estatísticas e até mesmo
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 10
feedback automático personalizado ao aluno, em função de seu
desempenho.
- Área de Apresentação do aluno: oferece ao aluno, ou grupo de alunos,
recursos similares aos disponíveis ao professor para publicação de
conteúdo multimídia (TORI, 2003)
Atenção: Em nosso caso, Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVA) e LMS serão considerados como sinônimos [ AVA = LMS ].
Um deles focaliza mais os processos que levam à aprendizagem e o outro
focaliza a parte tecnológica, mas essas diferenças não são importantes
agora para nosso estudo inicial.
Como já sabemos, o Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem (ou
LMS) utilizado por diversas instituições públicas e privadas de ensino
superior no Brasil e no exterior, incorporando-se às ações de educação à
distância, e pode ser adaptado às necessidades de cada instituição.
Quais são as ferramentas de interação existentes no Moodle?
Chat: Permite a realização de discussão textual, na modalidade
síncrona, podendo ser utilizado para estimular o estabelecimento
de vínculos entre os participantes do curso. Além disso, o Chat é
uma atividade em que, alunos, tutores e professores estabelecem
uma comunicação por escrito, online, com dia e hora previamente
determinados. É semelhante, em tudo, às ferramentas disponíveis
na internet com este mesmo nome. É recomendável que, antes
de iniciar um bate-papo real, o aluno experimente a ferramenta
com os colegas.
Glossário: A atividade Glossário é uma forma flexível de
apresentar definições que podem ser relacionadas com todas as
informações do conteúdo global do curso. Por exemplo, se o
termo “soneto” é definido no Glossário e a palavra “soneto”
aparece em um fórum de discussão, ela aparecerá como um link
que conduz o usuário à definição anteriormente dada.
Questionário: Esta ferramenta é utilizada para a composição de
questões e de configuração de questionários, onde o professor
poderá definir o período de disponibilidade, apresentação de
feedback automático, diversos sistemas de avaliação e a
possibilidade de diversas tentativas de respostas.
Fórum: O Fórum é uma ferramenta com diversas perspectivas
pedagógicas, pois além de apresentar o encadeamento das
discussões, identificar os autores das mensagens por meio de
suas fotos inserida no perfil de cada aluno, gerando também
assim como o chat, um maior sentimento de vínculo entre os
alunos cursistas e diminuindo a sensação de estar conversando
com a máquina. Esta ferramenta também pode ser utilizada como
um portfólio, um repositório de atividades, um relatório de
atividades de campo.
Wiki: É uma coleção de muitas páginas interligadas e cada uma
delas pode ser visitada e editada por qualquer pessoa. O que
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 11
torna bastante prático, a reedição e futuras visitas. Você pode
editar esta página, clicando no separador no início da página (ou
no link do fim da página, dependendo do modelo que estiver
usando).
Outra ferramenta de interação existente no Moodle é o blog que, no caso
do Moodle, está atrelado ao perfil de cada aluno.
Como sabemos, de forma geral, um blog pode ser definido como uma
página web atualizada frequentemente, composta por comentários,
reflexões ou notícias, que normalmente são compostas de apenas um ou
poucos parágrafos. As postagens aparecem publicadas no blog, de forma
vertical, uma após a outra, seguindo uma ordem cronológica inversa,
ou seja, a notícia ou postagem mais recente aparece na parte superior da
fila.
Como muitos de vocês já devem saber, o blog foi considerado desde um
início como um diário on-line no qual você publica histórias, ideias,
imagens ou vídeos. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma
infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias,
poesia, ideias, fotografias, enfim, tudo o que a imaginação do autor
permitir. Hoje, entende-se que o blog é um hipergênero constelar, isto é,
um gênero híbrido formado pela junção ou sobreposição de outros
gêneros (MAGNABOSCO, 2010a; 2010b).
O Moodle proporciona essa possibilidade de construção de blogs
individuais, pois os educadores entendem que o blog é uma ferramenta
de grande utilidade para que o aluno mostre sua capacidade de reflexão e
avanços no conhecimento na medida em que avança o curso. Outra
possibilidade,, nessa mesma linha de ação é promover a construção de
blogs externos de alunos em servidores de blogs específicos como
Blogger ou Wordpress que permitem acrescentar mais possibilidades
nos blogs construídos.
Proponho agora pensar agora um pouco sobre quais são as
diferenças entre uma ferramenta de comunicação ou atividade
síncrona e outra ferramenta de comunicação ou atividade
assíncrona.
Síncrono ou sincrônico significa algo que se faz ao mesmo
tempo.
Uma ferramenta síncrona em um AVA é uma ferramenta de
interação online que possibilita a conversa imediata, no mesmo
instante, entre os participantes.
Uma pergunta para você: Muitas das ferramentas vistas acima no AVA
são assíncronas, embora algumas delas até que poderiam ser também
utilizadas pelos alunos trabalhando ao mesmo tempo (de forma quase
síncrona).
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 12
Nessa lista existe uma ferramenta que é tipicamente síncrona, pois só
pode ser utilizada dessa forma. Qual é essa ferramenta? Consulte a lista
anterior com as ferramentas de interação do Moodle para responder essa
pergunta.
Figura. Painel de criação de atividades por parte do professor na versão do
Moodle que estamos utilizando neste curso (versão 2.4, de fevereiro de 2013).
Neste caso o professor escolheu criar uma atividade síncrona com um chat.
Observe no lado direito a explicação sobre chat dada pelo próprio Moodle.
Chegamos até aqui para constatar que a única ferramenta síncrona no
AVA Moodle é o chat, embora exista a possibilidade de instalar outras
funcionalidades como o Skype, mas que não são padrão no Moodle, pelo
menos por enquanto. Outras ferramentas como o blog, mensagens,
fórum, wiki, etc. são todas ferramentas de comunicação assíncronas.
4. As diferenças entre cooperação e colaboração
A cooperação e colaboração entre alunos são estratégias didáticas
muito utilizadas nos paradigmas educacionais baseados no
construtivismo e interação social.
Nas salas de aulas presenciais é comum observar trabalhos realizados
em pequenos grupos, os quais são exemplos desse tipo de estratégia.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 13
Nos sistemas de ensino que utilizam
as TIC, também é muito fácil
estabelecer a colaboração e
cooperação entre os alunos e até
pode ser uma característica nesse
tipo de trabalho virtual.
Mas, será que cooperação e
colaboração são as mesmas coisas
ou significam estratégias didáticas
diferentes?
Trabalho em pequenos grupos (foto do autor).
Observemos as características diferenciais entre cooperação e
colaboração.
Cooperação: Na cooperação existe
uma divisão de tarefas entre os
membros de um grupo. Cada um é
responsável por parte da solução do
problema e ao finalizar a sua tarefa,
existe um agrupamento das soluções,
formando a base unificada do grupo.
Colaboração: Na colaboração, o
esforço mútuo e o trabalho entre todos
é privilegiado. Cada um colabora
visualizando e podendo participar
ativamente na resolução da tarefa junto
com seus parceiros com o objetivo de
resolver o problema em conjunto. Há
um compromisso global,
responsabilizando-se todos pelo
término da tarefa (COSTA;
PARAGUAÇU; MERCADO, 2006, p. 29,
adaptado).
Para refletir: Pense em alguma tarefa cooperativa ou colaborativa feita
no entorno escolar em que você tenha participado. Será capaz de
descrever essa tarefa ou atividade para seus colegas? Foi
cooperativa ou foi colaborativa?
Nos WebQuests, que são uma metodologia de pesquisa e busca de
informações guiada que utiliza fundamentalmente recursos disponíveis na
Internet, o trabalho entre os participantes é principalmente cooperativo.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 14
Os trabalhos colaborativos na web, segundo a classificação de
colaboração que estudamos aqui, apenas foram possíveis por volta do
ano 2005, quando surgiram tecnologias como AJAX, que permitiam editar
de forma virtual os documentos da mesma forma que editávamos o texto
dos arquivos no computador ofline, com ações como arrastrar, soltar,
colorir, mudar o tamanho da fonte, etc. A edição colaborativa nesse tipo
de documentos virtuais é distintiva no trabalho com wikis e também em
documentos que podem ser colaborativos como em Google Drive (o
antigo Google docs).
Resumindo:
1- A metodologia WebQuest usa principalmente a estratégia de trabalho
cooperativa.
2- As páginas wiki e documentos de Google Drive pressupõem uma
estratégia de trabalho colaborativa.
A colaboração on-line só foi possível quando surgiram tecnologias que
permitiam editar documentos on-line, e hoje é muito comum falar em
documentos colaborativos, escrita colaborativa, etc.
Uma curiosidade: Um exemplo de bilhetinhos virtuais feitos no final de
um curso com a ferramenta Webnote, que foi uma das primeiras
ferramentas que utilizava o AJAX para possibilitar a edição on-line e que
surgiu em 2006. Apenas quando apareceu essa possibilidade de edição
virtual é que o caminho ficou pronto para permitir a colaboração on-line
em tempo real.
Figura: Bilhetinhos feitos em Webnote com comentários de alunos no final de
um curso de espanhol e novas tecnologias.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 15
O serviço de Webnote ainda funciona, mas foi superado por outras
ferramentas similares mais potentes e conhecidas da web 2.0 como é o
Wallwisher, agora chamado de Padlet (http://padlet.com).
5. O conceito de Distância Transacional
Distância transacional é a percepção da distância cognitiva que separa
professores, alunos e conteúdos na educação a distância. Proposta por
Michael G. Moore em 1980, a distância transacional é uma função entre
o diálogo e a estrutura para aprendizagem. A distância é menor quando
existe diálogo e uma alta interação, assim como formatos menos rígidos
que contribuem para uma maior participação dos estudantes.
O conceito de transação tem origem em Dewey (1949). Ele "denota a
interação entre o ambiente, os indivíduos e os padrões de comportamento
numa dada situação". A transação a que denominamos Educação a
Distância ocorre entre professores e alunos num ambiente que possui
como característica especial a separação entre alunos e professores.
Esta separação conduz a padrões especiais de comportamento de alunos
e professores. A separação entre alunos e professores afeta
profundamente tanto o ensino quanto a aprendizagem. Com a separação
surge um espaço psicológico e comunicacional a ser transposto, um
espaço de potenciais mal-entendidos entre as intervenções do instrutor e
as do aluno. Este espaço psicológico e comunicacional é a distância
transacional (MOORE, 1993).
Espaços psicológicos e comunicacionais entre um aluno qualquer e seu
instrutor nunca são exatamente os mesmos. Dito de outra forma, a
distância transacional é um termo relativo e não absoluto. Em qualquer
programa educacional, até mesmo na educação presencial, existe alguma
distância transacional. A Educação a Distância é um subconjunto do
universo da educação, mas na situação à qual normalmente nos
referimos como educação a distância, a separação entre professor e
aluno é suficientemente significativa para que as estratégias e técnicas
especiais de ensino-aprendizagem por eles utilizadas possam ser
identificadas como características distintivas desta linhagem de prática
educacional (MOORE, 1993).
Duas perguntas para serem realizadas na hora de determinar a distância
transacional:
- O aluno pode dialogar com os professores ou tutores?
- A estrutura do curso é fechada, rígida ou mais aberta?
Para refletir: Quanto mais estruturado e fechado seja o curso, menores
oportunidades de diálogo existirão e a distância transacional será maior.
O que é mais desejável em um curso? Que seja percebida uma maior
ou uma menor distância transacional?
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6. A web 2.0 (a web social)
A Internet, desde seu surgimento, já passou e vem passando por
profundas transformações. Transformações que são relacionadas à
maneira como o conteúdo é veiculado e disponibilizado para os usuários
e também à interação entre usuários e conteúdo. Uma mudança de
paradigma muito comentada por estudiosos da Web, que está
estritamente relacionada com o conceito de colaboração discutido
anteriormente, foi quando apareceu a Web 2.0, conhecida também como
a web social.
O termo Web 2.0 foi apresentado originalmente em 2004 por Dale
Dougherty em uma conferência em que participavam duas grandes
empresas da Internet. É curioso que essa denominação implica dizer que,
anteriormente, a Web estava em uma fase 1.0 (web inicial), porém essa
nomenclatura jamais havia sido usada anteriormente. Nesse momento de
mudança de paradigma, Dougherty apresentou um quadro com um
resumo das diferenças entre a “velha web” e a “nova web”. Os elementos
apresentados de forma diferencial mostravam que a web que era mais
vertical e autoritária, com conteúdos mais rígidos, feitos por poucos para
muitos, passou a ser uma web mais participativa, social, colaborativa e
interativa, que aproveita a força da inteligência coletiva.
Se a web 1.0 foi fundamental para organizar a informação, a web 2.0
passou a focalizar a organização da participação e trouxe uma mudança
na forma de ver e trabalhar na web. Por exemplo, em lugar de consultar
um dicionário on-line, passou a ser mais utilizado e prático consultar a
Wikipedia (construída entre todos). Em lugar de consumir conteúdos de
vídeos como em um canal de televisão, passou a ser mais importante e
diversificada a possibilidade de ver os vídeos subidos por todos no
servidor de Youtube e escolher o que queremos ver, além da
possibilidade de poder produzir e oferecer novos conteúdos e poder
compartilhar as coisas que queremos mostrar, muitas vezes de forma
altruísta e aberta para todos.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 17
Dessa forma, hoje se fala mais em participar e compartilhar que em
publicar, se estimula mais a construção e participação em blogs e redes
sociais, que possuem formatos menos rígidos e mais dinâmicos e
colaborativos, embora algumas ferramentas e possibilidades ainda
continuam sendo utilizadas, como são o próprio e-mail, as listas de
discussão, os sites pessoais, etc., que são uma amostra dessa web
anterior (web 1.0).
Curiosidades. Algumas estatísticas sobre Youtube:
- O YouTube, criado em fevereiro de 2005, foi comprado pelo Google em
novembro de 2006 por 1,65 bilhão de dólares.
- A cada minuto cem horas de vídeo são enviadas ao YouTube.
- Mais de um bilhão de usuários únicos visitam o YouTube todos os
meses.
- Dois bilhões de visualizações diárias.
- Mais de seis bilhões de horas de vídeo são assistidas por mês no
YouTube, ou seja, quase uma hora para cada pessoa do planeta.
- O número de pessoas que se inscrevem todos os dias é mais que o
triplo do ano passado. O número de inscrições diárias aumentou mais de
quatro vezes desde o ano passado.
- Celular e dispositivos móveis são responsáveis por quase 40% do tempo
de exibição mundial do YouTube.
- O primeiro vídeo do YouTube a atingir um milhão de visualizações tem
a cara do Brasil: foi o popular vídeo do Ronaldinho Gaúcho, que atingiu
esse número em julho de 2006
(https://www.youtube.com/watch?v=ztRyYMSf0K8).
- 400 anos em vídeos são monitorados todos os dias pela tecnologia de
gestão de direitos autorais de Youtube.
Fonte: https://www.youtube.com/yt/press/pt-BR/statistics.html e outros.
Observemos a definição de Web 2.0 originalmente apresentada por Tim
O`Reilly, ainda em 2005, em uma tentativa de desfazer a confusão que
havia se formado em torno do termo:
Web 2.0 é a rede como plataforma, abrangendo todos
os dispositivos conectados. As aplicações da Web 2.0
são aquelas que aproveitam ao máximo as vantagens
intrínsecas de tal plataforma: distribuindo softwares que
funcionam com um serviço de atualização contínua,
melhorando à medida que mais pessoas os utilizam,
consumindo e misturando informações de fontes
diversas, inclusive usuários individuais, enquanto
fornecem seus próprios dados e serviços de uma forma
que possibilita a recombinação por outros, criando efeitos
de rede através de uma “arquitetura da participação” e
indo além da metáfora da página da Web 1.0 para
fornecer experiências mais ricas para os usuários
(O’REILLY, 2005).
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Para entendermos melhor de que maneira a colaboração pode ser
viabilizada e até mesmo encorajada pela Web 2.0, precisamos conhecer
algumas ferramentas de trabalho colaborativo que ela oferece.
Tipos de ferramenta Ferramentas Implicações pedagógicas
Escrita colaborativa
Google Docs,
Wikispaces,
PBWorks
Criação de enquetes,
questionários, redações
colaborativas, apresentações.
Revista virtual
Calaméo,
Youpublisher
Criação de jornalzinho virtual,
dicionário ilustrado, uma “redação
ilustrada”.
História em vídeo Goanimate,
Wideo.co
Powtoon
Criação de propagandas ou
histórias em vídeo.
Muro virtual
Glogster,
Padlet
Pearltrees
Pinterest
Elaboração de comentários sobre
um assunto postando suas visões
no “muro” virtual. Coleta e
visualização de recursos diversos.
Diálogos, interação
oral
Voxopop
Blaving
Conversa virtual assíncrona,
comentários gravados com a
própria voz.
Enquetes, testes
rápidos
Bab.la/quiz
Quizlet
Elaborar perguntas para testar
com colegas, alunos, revisar
conceitos.
Tabela: Algumas ferramentas colaborativas da web 2.0. A partir de informações
de Franco (2010), Silva (2011) e o autor.
Figura: Integração das TIC à aprendizagem colaborativa on-line (DIAS, 2008)
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 19
Segundo Dias (2008), a sala de aula de línguas precisa se tornar múltipla
e combinar diferentes vozes, imagens e movimentos, possibilitando ao
aluno alternativas de escolhas e de representações para construir novos
caminhos de significação no percurso da aprendizagem.
A incorporação de tecnologias ao processo (sejam da web 1.0 ou
principalmente da web 2.0) pode facilitar o estabelecimento desse espaço
múltiplo de alternativas, de modo a efetivar e sustentar o fluxo
multidirecional das ações educativas na fala e na escuta, na leitura e na
escrita, aumentando as chances de interação e colaboração na
aprendizagem de línguas.
Com o estabelecimento de uma cultura colaborativa se configura uma
nova dimensão na interação professor/aluno na dinâmica da sala de aula
contemporânea, num processo do aprender juntos, fortalecendo os laços
de afetividade e confiança entre os agentes de uma aprendizagem
significativa.
Faça menos download e mais upload!!
7. Aprendizagem móvel (M-learning) e Aprendizagem
ubíqua (em qualquer lugar) (U-learning)
Chegando neste ponto, queremos falar brevemente sobre aprendizagem
móvel (M-learning) e aprendizagem ubíqua (U-learning). Para isso, é
bom pensar um pouco sobre esse pequeno aparelho que a grande
maioria das pessoas não tira do seu lado, o nosso querido e quase
indispensável telefone celular.
Você lembra que na apostila segunda falamos que o celular era uma
prótese digital de memória? Bom ele é muito mais do que isso. Esse
dispositivo digital que serve para comunicar falando e que na atualidade
também é utilizado para navegar e interagir com outros por meio de
outros tipos de comunicação, não poderia servir também para estudar e
aprender sem importar o momento e lugar?
Não podemos ignorar essa possibilidade, pois segundo dados da
Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) o número de
acessos à internet de banda larga fixa no país somaram 20 milhões em
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novembro de 2012, enquanto que os acessos à internet por banda larga
móvel foram muito maiores no mesmo mês e chegaram a 69,3 milhões
(INFO EXAME, 2012).
Mais recentemente, em 2013, a venda de smartphones no Brasil superou
à de telefones celulares comuns em um 110%, passando a ocupar um
54% do mercado nacional. Isto significa que, na atualidade, nosso país
conta com 70 milhões de telefones inteligentes, o que o coloca no 4.º
lugar no mundo, segundo um relatório divulgado pela consultora Morgan
Stanley. Em matéria de conectividade, o mesmo relatório afirma que no
Brasil, 88 milhões de usuários acessam à Internet, representando um
45% do total da população.
Os autores do relatório Horizon dedicado a observar a adopção de novas
tecnologias na educação, neste caso no contexto da América Latina
(GARCÍA et al., 2010), acreditam que o m-learning está previsto para ser
adotado em dois ou três anos nas instituições escolares. No contexto
universitário, a missão dos dispositivos móveis não é, por enquanto,
substituir outros meios tecnológicos; é mais para servir ainda como um
complemento às possibilidades de acesso já existentes, permitindo uma
experiência de aprendizagem mais flexível e personalizada, seja por meio
de telefones celulares comuns ou smartphones, tablets, laptops e outros
dispositivos móveis com possibilidades de aceso à Internet.
A aprendizagem móvel (m-learning) foi definida por O’Malley et al.
(2005) como a perspectiva pedagógica para qualquer tipo de
aprendizagem que acontece quando o aluno não está em uma localidade
predeterminada, fixa ou também como a aprendizagem que acontece
quando o aluno aproveita as oportunidades oferecidas pelas tecnologias
móveis.
Como podemos ver, nessa definição são importantes a mobilidade da
pessoa e o uso das tecnologias móveis.
Outra definição de m-learning é brindada por Batista, Behar, Passerino e
Barbosa (2011, p. 23):
Mobile learning (m-learning) é o campo de pesquisa que
busca analisar como os dispositivos móveis podem
colaborar para a aprendizagem. Atividades em m-
learning, em geral, apresentam características como
interatividade, mobilidade, trabalho em equipe,
aprendizagens em contextos reais, entre outras. Embora
ainda um campo imaturo, tanto em termos tecnológicos
quanto pedagógicos, o m-learning pode trazer
contribuições para o setor educacional, à medida que
avançam as pesquisas na área.
A popularização dos celulares e a evolução de tecnologias relacionadas
aos mesmos têm destacado estes dispositivos em ações relacionadas à
m-learning. Estes autores concordam com a opinião de Patten; Arnedillo
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Sánchez e Tagney (2006) de que alguns recursos são particularmente
adequados à aprendizagem com dispositivos móveis e, por isso, não se
busca reproduzir, ou mesmo ampliar, os atuais cenários de
aprendizagem, mas sim criar novas oportunidades que não seriam
possíveis sem a tecnologia móvel.
Por exemplo, a geolocalização com dispositivos móveis permite realizar
tarefas que incluem o posicionamento de objetos pesquisados no campo.
A gravação de áudios, fotografias e vídeos em qualquer lugar e momento
permite registrar informações que antes eram de difícil obtenção. A
realidade aumentada pode brindar também informações adicionais de
lugares e objetos que são visualizados pela câmera do celular.
A aprendizagem em todo momento e lugar graças a esses dispositivos
móveis e outras tecnologias que permitem conexão contínua à Internet é
tema da aprendizagem ubíqua (U-learning), pois o acesso à informação,
a comunicação e a aquisição de conhecimento pode ser permanente.
Para Santaella (2010, p. 21):
a aprendizagem ubíqua, espontânea, contingente, caótica
e fragmentária aproxima-se, mas não coincide
exatamente com a educação informal. A não coincidência
se deve ao fato de que as condições que se apresentam
são tão novas que parecem merecer que seja
estabelecida a distinção entre educação e aprendizagem.
Ou seja, inaugura-se uma modalidade de aprendizagem
que é tão contingencial, inadvertida e não deliberada que
prescinde da equação ensino-aprendizagem
caracterizadora dos modelos educacionais e das formas
de educar. O que emerge, portanto, é um novo processo
de aprendizagem sem ensino.
Atenção: Em nosso caso, consideraremos Aprendizagem Móvel (M-
learning) e Aprendizagem Ubíqua (U-learning) como sinônimos. Embora
sejam diferentes os caminhos das origens desses conceitos, no final
ficam bastante relacionados. Vocês devem observar que esses conceitos
agora devem ser analisados também constatando que o balanço entre
aprendizagens formal e informal mudou bastante nos últimos tempos,
aumentando o papel e importância da aprendizagem informal e das
aprendizagens autorreguladas pelo próprio indivíduo.
8. PLE (Personal Learning Environment ou Ambiente
Pessoal de Aprendizagem)
O conceito de Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning
Environment - PLE) surge em resposta às limitações políticas e técnicas
dos Ambientes Virtuais, tanto em ambiente instrucionais como
profissionais, os quais são vistos como limitadores das opções de
aprendizagem.
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A ideia do PLE pretende reunir toda a aprendizagem, incluindo a
aprendizagem informal, aprendizagem no local de trabalho, o aprendizado
a partir de casa, impulsionado pela aprendizagem de resolução de
problemas e aprendizagem motivada por interesses pessoais, bem como
a aprendizagem por meio do engajamento em programas de educação
formal (ATTWELL, 2007 apud RODRIGUES, 2012, p. 98).
O PLE será o conjunto de recursos e fontes que utiliza uma pessoa para
aprender e se desenvolver fazendo uso da web e comunicando com os
outros nas redes pessoais virtuais.
Com a web 2.0, agora temos a possibilidade de aprender e interagir, mas
também passamos de ser apenas consumidores de informação para ser
também produtores de informação ("prosumers") (ver imagem da página
16).
Nessas condições aparece um novo princípio regulador, a "visibilidade",
pois também é importante poder ser percebidos pelos outros participantes
de nossas redes.
O ambiente pessoal de aprendizagem (PLE) é isso mesmo, pessoal,
individual. Nosso PLE é diferente dos outros professores ou alunos e
tomar consciência dos recursos que utilizamos em nosso trabalho na web
pode trazer várias vantagens.
Um PLE pode ser visto desde duas perspectivas diferentes: uma delas,
mais tecnológica/instrumental, isto é, com foco no conjunto de
ferramentas da web 2.0 que utilizamos, ou também pode ser visto desde
uma segunda perspectiva, com um foco mais pedagógico/educativo, ou
seja, olhando mais para os sistemas que podem ajudar a professores e
alunos para tomar o controle do processo de gestão da própria
aprendizagem e avançar com sucesso no processo educativo (CABERO;
MARÍN, INFANTE, 2011, p. 3).
Os PLE, que permitem visualizar como aprendemos na sociedade do
conhecimento, geralmente possuem três elementos básicos:
1 - Ferramentas e aplicativos que utilizamos,
2 - Recursos e fontes de informação, e
3 - Redes de contatos pessoais e profissionais.
Como professores, geralmente nos comunicamos por diversos meios, de
forma pessoal ou profissional, procuramos materiais para nossas aulas,
pedimos ajuda para outros docentes por diversas redes sociais, utilizamos
algum site ou serviço web para preparar atividades, visualizar vídeos,
aplicar testes e questionários, etc. Não é verdade?
Outros professores usam os mesmos recursos? Provavelmente não, e
muito provavelmente se você não construir e divulgar seu PLE no grupo
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de professores de sua rede não saberá quais outros recursos podem ser
utilizados. De igual forma, podemos imaginar que nossos alunos tecem
outras redes e ambientes pessoais de aprendizagem, provavelmente
muito diferentes dos nossos.
Como bem coloca Mota (2009):
O PLE e a web 2.0 apoiam-se nos mesmos valores: na
emergência das redes sociais e comunidades (aprender
em comunidades); na ênfase na criação e não apenas no
consumo; na descentralização do conteúdo e do controle;
no poder e autonomia do utilizador/aprendente; na
abertura, na colaboração e na partilha; na aprendizagem
permanente e ao longo da vida; na importância e valor da
aprendizagem informal; nas potencialidades do software
social, da rede como espaço de socialização, de
conhecimento e de aprendizagem e na da integração dos
contextos institucionais de aprendizagem com um modelo
peer-to-peer que se centre na aprendizagem pessoal e
ao longo da vida. Cabe salientar que o PLE não é uma
aplicação de software, mas uma “mistura” de diferentes
aplicações e serviços.
Figura: Exemplo de esquema de um PLE de um professor (fonte:
http://tonyburkemakingconnections.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html).
9. MOOC (Cursos Online Abertos e Massivos)
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Você lembra que na página 16 da apostila anterior (segunda)
mencionamos algo sobre os MOOC? Queremos falar agora mais um
pouco sobre esse tipo de curso que se tornou muito popular nos últimos
dois ou três anos e parece que será uma tendência importantes nos
próximos anos.
Para começar, propomos ver algumas notícias sobre lançamentos de
cursos tipo MOOC no Brasil. Por exemplo:
Notícia 1- USP vai acabar com o vestibular? http://bit.ly/PRo9be
Notícia 2- USP lança curso on-line de física e de estatística
http://bit.ly/1gL5qDU
A partir dessas duas leituras provavelmente você já tenha uma ideia
sobre o que é um MOOC.
MOOC é a sigla em inglês de Massive Online Open Courses (ou Cursos
on-line Abertos e Massivos). Os cursos massivos (para muitas pessoas),
são uma evolução natural da educação aberta na internet.
Os MOOC estão baseados em uma concepção conectivista, que
entende que a criação de conhecimento radica no estabelecimento de
conexões entre as pessoas formando redes, de forma que quanto maior
sejam os nós e a qualidade das conexões, mais poderemos aprender. Por
isso, nas plataformas de cursos MOOC, de forma diferente dos cursos
fechados, existe a possibilidade de fazer um mesmo curso milhares de
pessoas do mundo todo.
Em 2008, George Siemens y Stephen Downes criaram o que pode ser
considerado o primeiro MOOC. Mais tarde apareceram iniciativas,
públicas ou privadas, que reúnem cursos abertos preparados por
especialistas das principais universidades.
Algumas caraterísticas dos MOOC são:
- Não ter limite nas matrículas.
- Podem ser seguidos on-line.
- São abertos e gratuitos. Com materiais acessíveis de forma gratuita.
Algumas plataformas que reúnem cursos tipo MOOC são as
estadunidenses, Coursera (https://www.coursera.org), EDX
(https://www.edx.org), Udacity (https://www.udacity.com/), Udemy
(https://www.udemy.com) e P2PU (https://p2pu.org) ou as espanholas
Miríada X (https://www.miriadax.net), promovida pela Fundação
Telefônica e Universia e UNED COMA (https://unedcoma.es) da UNED, a
universidade nacional de educação a distância desse país.
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A primeira iniciativa de uma grande universidade brasileira para reunir em
uma única plataforma cursos abertos foi em 2012 com a chamada
UNESP aberta (http://www.unesp.br/unespaberta). Mais que uma
plataforma de MOOC, essa primeira iniciativa da UNESP é uma reunião
na plataforma MOODLE de um conjunto de conteúdos abertos para auto-
estudo. Os MOOC geralmente tem data de início e fim e são anunciados
nas plataformas acima mencionadas.
Basicamente os MOOC podem ser divididos em dois grandes grupos,
cMOOC e xMOOC.
Os cMOOC, que são, principalmente os primeiros que surgiram, estão
mais fortemente inspirados no conectivismo, por isso o “c” que
acompanha o nome. Nos cursos desse tipo, uma parte importante das
atividades está dedicada à discussão, o compartilhamento de trabalhos e
o intercâmbio de opiniões e experiências entre os participantes do curso,
a partir dos materiais de estudo. De forma diferente, os xMOOC são mais
instrucionistas, com um peso maior no autoestudo dos conteúdos, vídeo-
aulas gravadas e outros materiais, com entrega de tarefas principalmente
individuais e realização de testes e questionários com fornecimento de
feedback automático.
A classificação de cMOOC e xMOOC é útil, mas também é possível
encontrar cursos que misturam caraterísticas dos dois tipos. O modelo
pedagógico dos MOOC, ainda em desenvolvimento, na atualidade está
derivando para modelos talvez mais focalizados, que ainda sendo
abertos, tentam evitar a alta evasão natural existente nesse tipo de
cursos, realizando um trabalho mais direto, personalizado e também
colaborativo, para apoio das comunidades de aprendizagem que podem
ser formadas.
Os MOOC passam por um período de grande expansão e devem ser uma
tendência importante para um futuro próximo. Todo esse movimento,
também criou uma discussão sobre o futuro da educação superior, o
papel das universidades e da importância da aprendizagem ao longo da
vida, além de seu impacto ou influência na empregabilidade das pessoas.
Um dos escolhos que ainda devem ser superados para uma maior
adoção dos MOOC valorizando os cursos universitários é na possível
validação dos créditos obtidos pelas pessoas que realizam estudos por
meio deles e sua articulação mais completa em cursos de longa duração.
Uma utilidade indireta e pouco divulgada dos MOOC é a descoberta de
talentos em qualquer parte do mundo entre os alunos participantes, algo
que é muito valorizado nas universidades, principalmente dos Estados
Unidos, que oferecem esse tipo de cursos.
Como foi possível perceber até aqui, os MOOC possuem uma filosofia de
oferecimento de cursos gratuitos e abertos para qualquer interessado
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neles, mas o modelo de negócios das universidades privadas que
oferecem esse tipo de cursos, ainda está em desenvolvimento, pois
embora sendo cursos gratuitos, estuda-se a possibilidade de cobrar taxas
para a obtenção dos certificados para as pessoas que tivessem concluído
com sucesso os requerimentos do curso.
Provavelmente no futuro próximo vamos conviver com uma ampla oferta
de cursos massivos de diversos tipos.
Este último capitulo técnico, como vocês puderam ver, tenta mostrar
alguns conceitos considerados importantes e praticamente ficará em
aberto, pois o desenvolvimento tecnológico é muito rápido e as
possibilidades de trabalho didático-pedagógico são muito grandes, assim
como as responsabilidades e desafios que professores e escola têm para
levar adiante a educação das novas gerações.
CONCLUINDO NOSSA CONVERSA
Como disse Dimenstein em um texto bastante
antigo, de 1998, “o bom educador é um
administrador de curiosidades. Disposto a criar
um aprendiz permanente”, e como este autor
adverte:
Há uma diferença vital entre encantamento e
deslumbramento com as possibilidades tecnológicas para
a transmissão do conhecimento. Ninguém aprende nada
apenas exposto à informação. A Informação não significa
entendimento; pelo contrário, os guardas das bibliotecas
seriam intelectuais e os vigias dos museus, críticos de
arte.
Santaella (2010) faz menção dos fatos que devem ser considerados na
educação e na escola enumerados por Jacquinot-Delaunay (2009, p.
172):
- pela primeira vez na história, assiste-se a uma inversão
da transmissão intergeracional dos saberes e serviços
ligados ao computador. São hoje os jovens que
transmitem esse saber aos mais velhos;
- os saberes e habilidades associados ao computador
são adquiridos pelos jovens frequentemente entre os
seus pares, numa transmissão horizontal — na escola ou
fora dela, de modo informal, mais que estruturada ou
estruturante;
- não obstante as variações entre países, regiões e níveis
sócio-culturais, a verdade é que “a exclusão informática
se reduz progressivamente, sobretudo graças à
diminuição dos custos e à simplificação dos
procedimentos de acesso (...);
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- há uma grande disparidade nos usos, quantidade e
natureza entre as práticas domésticas e escolares, que é
a causa das divergências pedagógicas;
- em todo o mundo, para os jovens, as relações sociais
passam pela Web.
E seguindo essa mesma linha de pensamento, mas agora desde o ponto
de vista das línguas no contato com as tecnologias, faço minhas umas
palavras ditas por Leffa (2009, p. 121-122):
Vivemos num mundo dinâmico e multimidiático, muito
além da bidimensionalidade estática do papel e do
quadro-negro; é um mundo em movimento, visual e
sonoro, todo ele perpassado pela língua que falamos e
que ensinamos. Ignorar esse mundo é reduzir e
empobrecer a língua que ensinamos. Já há muito
evoluímos do disco de vinil para a fita cassete,
transportando a música da sala para o carro. Atualmente
ainda usamos o CD e o DVD, mas já estamos passando
para o mp3 e iPods, levando a imagem, o som, e
consequentemente a língua, mais junto a nosso corpo.
Sem descartar o papel impresso, e mesmo o quadro,
acho que cabe ao professor considerar esse novos
instrumentos de mediação que estão sendo postos entre
o aluno e o conteúdo a ser aprendido.
O acesso a esses suportes linguísticos multimidiáticos,
incluindo a internet, esta se popularizando cada vez mais,
chegando à periferia em que já é comum ver o aluno
pobre carregando orgulhosamente um mp3 ou postando
mensagens para seus amigos no Orkut. Ainda que a
exclusão digital seja uma realidade, ela é certamente
menor do que a exclusão linguística; há muito mais gente
sem acesso a uma língua estrangeira do que à internet.
Usar os recursos digitais para ensinar a língua é uma
maneira de diminuir a exclusão tanto de um lado como de
outro, O acesso à língua estrangeira pode aumentar o
acesso à rede, que, por sua vez, pode facilitar a
aprendizagem da língua. Se for verdade que cada vez
que se introduz uma nova tecnologia cria-se uma nova
legião de excluídos, também é verdade que com as
novas tecnologias criam-se novas possibilidades de
inclusão.
Com esta reflexão sobre a importância das tecnologias na educação e
desenvolvimento dos indivíduos da nossa sociedade quero concluir nossa
conversa, que poderá seguir por outras vias e em outros momentos. Muito
obrigado.
Agora a responsabilidade está com vocês. Espero ter cumprido meu
objetivo inicial com este breve passeio pela Educação a Distância, sem
perder o foco de que, além de vocês serem estudantes de uma carreira
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universitária semipresencial, também serão professores de uma língua
diferente da materna.
A informação básica necessária está exposta aqui acima, mas se
quiserem ler mais, podem consultar cada uma das seções de “para saber
mais”, referentes a cada item aqui tratado.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<o>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Para saber mais:
1- Sobre EaD, e-learning e EOL (opcional):
- ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de. Educação a distância na internet:
abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem.
Educação e Pesquisa, 2003, v.29, n. 2. Disponível em:
http://bit.ly/128S0A3.
- CARVALHO, Alexandre. Investimento que dá certo. Revista TI, 19 de
abril de 2002. Disponível em: http://bit.ly/13kvAsa.
- FERNANDES, Patrícia Cunha. O e-learning como ferramenta
estratégica para o treinamento e o desenvolvimento de pessoas e
organizações. Textos EaD, ABED, 25-04-2013. Disponível em:
http://bit.ly/11MZsKZ.
- KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. E-Learning na contabilidade,
Gestiopolis, 03-2005. Disponível em: http://bit.ly/17wGr7X .
- Ver definição de “EaD” e também de E-learning no glossário geral do
nosso curso.
2- Sobre hipertexto e hipermídia (opcional):
Textos
- GOMES, Luiz Fernando. Hipertexto no cotidiano escolar. São Paulo:
Cortez, 2011.
- HEINE, Palmeira. Considerações sobre o hipertexto e os gêneros
virtuais emergentes no seio da tecnologia digital. Revista Inventário, n.
4, jul/2005. Disponível em: http://bit.ly/116iKfA.
- LEÃO, Lúcia. O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no
ciberespaço. São Paulo: Iluminuras, 1999.
- MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. Hipertexto: algumas considerações.
In: Anais do CELLI. Colóquio de Estudos Linguísticos e Literários, 3,
2007, Maringá. 2009, p. 1389-1398. Disponível em: http://bit.ly/1blsCXb.
- SILVA, Marco. Educar na Cibercultura. desafios à formação de
professores para docência em cursos online. Revista Digital de
Tecnologias Cognitivas, n. 3, p. 36-51, janeiro-junho de 2010.
Disponível em: http://bit.ly/13rRP0Q.
- XAVIER, Antonio Carlos. Hiperleitura e interatividade na web 2.0. In:
RETTENMAIER, Miguel ; RÖSING, Tania M K. (Org.). Questões de
leitura no hipertexto. 1ed.Passo Fundo: UPF Editora, 2007. Disponível
em: http://bit.ly/12xFaN7.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 29
- XAVIER, Antonio Carlos. Leitura, texto e hipertexto. In: Marcushi, L.A.;
Xavier, A.C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro:
Editora Lucerna, pp. 170-180, 2004.
- Ver “A linguagem digital” (páginas 31 a 33 do livro de Kenski, 2007).
Videografia
- O que é hipertexto? Vídeo em que Demi GetschKo explica rapidamente
no programa Roda Viva o que é hipertexto, 13/4/09 (duração: 0,56 min.)
(http://www.youtube.com/watch?v=iphEbL4KS2o).
- Hipertexto: o que é isso? Vídeo em que o professor Antônio Carlos
Xavier explica com mais detalhes o que hipertexto
(http://www.youtube.com/watch?v=2qIe4BTfvUk). (assistir do início até o
minuto 4:05),
3- Sobre AVA e LMS (opcional):
- ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância na
internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de
aprendizagem. Educação e Pesquisa, 2003, vol.29, n. 2. Disponível
em: http://bit.ly/11nnsVf.
- MAÇADA, D. L. Rede virtual de aprendizagem : interação em uma
ecologia digital. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal do Rio
Grande do Sul - Programa de Pós-Graduação em Informática na
Educação, Porto Alegre - RS - Brasil, 2001.
- MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. O blog como um hipergênero costelar.
Revista Linguasagem, 15° ed., 2010a. Disponível em:
http://bit.ly/sEz6rC.
- MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. A leitura e a produção textual na
Cibercultura: reflexões acerca da possível contribuição do blog no
ensino e aprendizagem da língua materna. Anais eletrônicos. 3°
Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação. "Redes sociais e
aprendizagem", 2010b. Disponível em: http://bit.ly/13vNoSI.
- TORI, Romero. O Virtual que Marca Presença. Revista Brasileira de
Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 2, n. 1, 2003. Disponível em:
http://bit.ly/15VXDAC.
- ______. O Virtual que Marca Presença (Cont.). Revista Brasileira de
Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 2, n. 1, 2003. Disponível em:
http://bit.ly/198MbFq.
- Ver definições de “Ferramenta síncrona”, “LMS” (Learning
Management System) e “Moodle” no glossário geral do nosso curso.
- Ver “Ambientes virtuais de aprendizagem” (páginas 94 a 100 do livro de
Kenski, 2007).
4- Sobre cooperação e colaboração (opcional):
- COSTA, Cleide Jane de Sá Araújo; PARAGUAÇU, Fábio; MERCADO,
Luís Paulo Leopoldo. Ferramentas de aprendizagem colaborativa na
Internet. In: Luís Paulo Leopoldo Mercado (org.) Experiências com
Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. Maceió:
EDUFAL, 2006, p. 23-46.
-PEDRO, António. Escrita Colaborativa, s/d. Disponível em:
http://slidesha.re/9gOnEu.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 30
- ROSADO, Luiz Alexandre da Silva; BOHADANA, Estrella. Autoria
coletiva na educação: análise da ferramenta wiki para cooperação e
colaboração no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. V E-TIC, 12-
13 de novembro de 2007, p. 1-19. Disponível em: http://bit.ly/1bkstDF.
- Ver a definição de “cooperação” no glossário geral do nosso curso.
5- Sobre distância transacional (opcional):
- GROF, Luciana et al. A teoria da distância transaccional – Michael
Moore. Universidade Aberta. s/d. Disponível em: http://bit.ly/14pVfSO.
- MOORE, Michael G. Teoria da Distância Transacional, 1993.
Disponível em: http://bit.ly/13pD1yc.
- “Das salas de aula aos ambientes virtuais de aprendizagem” (páginas 85
a 94 do livro de Kenski, 2007).
6- Sobre a web 2.0 (a web social) (opcional):
- ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do blog – o Edublog,
Professor Digital, SBO, 26 out. 2009. Disponível em:
http://bit.ly/5vWAwV.
- AGÊNCIA FAPESP. Uso de blogs beneficia alunos, diz pesquisa. Info
Exame, 30-12-2008. Disponível em: http://abr.ai/11pqXdC.
- BOHN, Vanessa Cristiane Rodrigues. O potencial da web 2.0 e suas
possibilidades para o ensino de língua estrangeira: apresentando o
podcasting, wiki e a rede social Ning. Letras & Letras, Uberlândia v. 25,
n. 2, p. 173-191, jul./dez. 2009. Disponível em: http://bit.ly/112rkiU.
- COTES, Paloma. Quer aprender? Crie um blog. Revista Época, ed.
456, 12 de fev. de 2007. Disponível em: http://glo.bo/112zrvP.
- DIAS, Reinildes. WebQuests no proceso de aprendizagem de L2 no
meio online.In: Paiva, V.L.M.O. (Org). Interação e aprendizagem em
ambiente virtual. 2ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, p. 359-394.
Disponível em: http://bit.ly/1blTOoL.
- DIAS, Reinildes. Integración das TIC ao ensino e aprendizagem de
língua estrangeira e o aprender colaborativo online. Revista Moara.
Belém: UFPA- Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários, n. 30, 2008.
Disponível em: http://bit.ly/QnjOJY.
- FONTANA, Marcus Vinícius Liessem; FIALHO, Vanessa Ribas.
Postando e aprendendo: O uso de blogs na educação com ênfase no
ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. Signo, Vol. 35, Signo
Especial – Ensino de Língua Estrangeira, p. 182-196, 2010.Disponível
em: http://bit.ly/17AT6qG.
- FRANCO, Claudio de Paiva. Novas tecnologias no ensino de inglês.
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Rio de Janeiro, UERJ, 2010.
- LEAL, Juliana Helena Gomes. O ensino de E/LE e as novas tecnologias:
repensando o trabalho com as atividades de compreensão auditiva. Anais
Hipertexto 2009. Disponível em: http://bit.ly/16Vw3Y5.
- O’REILLY, Tim. What is Web 2.0: design patterns and business models
for the next generation of software, 2005. Disponível em:
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- O’REILLY, Tim. Web 2.0: compact definition?”, 2005. Disponível em:
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- POMBO, Teresa. Weblogs na Educação. Uma experiência no ensino
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Educação: 3 Experiências, 3 Testemunhos, Escola Superior de
Educação de Setúbal, 3 de março de 2007. Disponível em:
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- SCHULZ, Carolina Viviana Alayo Hidalgo. O ensino e a aprendizagem
de língua espanhola por meio de redes sociais – O relato de uma
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- SESC. WebQuest: a Internet na Aprendizagem Cooperativa. Universo
EaD. Revista eletrônica do SESC-SP, novembro de 2004. Disponível em:
http://bit.ly/13QGnLd.
- SILVA, Nadja Naira Salgueiro. Aprendizagem colaborativa on-line na
visão dos alunos. Linguagens e Diálogos, v. 2, n. 2, p. 69-82, 2011.
Disponível em: http://bit.ly/119mSvf.
7- Sobre Aprendizagem móvel (m-learning) e
Aprendizagem ubíqua (U-learning) (opcional):
- BATISTA, Silvia; BEHAR, Patricia; PASSERINO, Liliana; BARBOSA,
Jorge. M-learning e Celulares: em busca de soluções práticas. Cadernos
de Informática, v. 6, n. 1, 2011. Disponível em: http://bit.ly/19gPJpo
- GARCÍA, I. et al. Informe Horizon: Edición Iberoamericana 2010.
Austin, Texas: The New Media Consortium, 2010. Disponível em:
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- GOMES, Patrícia. 10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula.
Porvir. 25/02/2013. Disponível em: http://bit.ly/15eLqX8.
- INFO EXAME. Banda larga ultrapassa 89 mi de acessos em novembro.
Info Exame, 22 de dezembro de 2012. Disponível em:
http://abr.ai/Rc8mT3.
- O’MALLEY, C. et al. D4.1 guidelines for learning in a mobile
environment, MOBIlearn/UoB.OU/wp4/d4.1/1.2, 2005. Disponível em:
http://bit.ly/17CgTqd.
- PATTEN, Bryan; ARNEDILLO SÁNCHEZ, Immaculada; TANGNEY,
Brendan. Designing collaborative, contructionist and contextual
applications for handheld devices. Computers & Educations, v. 46, n. 3,
p. 294-308, April 2006. Disponível em: http://bit.ly/ZEUkfI
- SANTAELLA, Lúcia. A aprendizagem ubíqua substitui a educação
formal? ReCeT. Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP, v. II, n.
1, p. 17-22, 2010. Disponível em: http://bit.ly/13xy9sh.
- SOUSA, Dayanne. Cursos por celular, a nova investida da Abril
Educação. O Estado de São Paulo. Economia & Negócios, 12 de março
de 2013. Disponível em: http://bit.ly/Wl6BnP.
8- Sobre “Ambiente Pessoal de Aprendizagem” (PLE)
(opcional):
- ANDRADE, Hurika Fernandes de; CARVALHO, Ana Beatriz. Efetividade
do uso de ferramentas da web 2.0 em AVA: Colaboração, Autonomia e
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 32
Autoria do aluno. Revista EDaPECI, v. 13, n. 1, p. 114-140, 2013.
Disponível em: http://bit.ly/QaB1ZX
- CABERO, Julio; MARÍN, Verónica; INFANTE, Alfonso. Creación de un
entorno personal para el aprendizaje: desarrollo de una experiencia.
EDUTEC, Revista Electrónica de Tecnología Educativa, 38, 2011.
Disponível em: http://bit.ly/1gcHmKI
- MOTA, José Carlos. Personal Learning Environments: Contributos para
uma discussão do conceito. Educação, Formação & Tecnologias, vol. 2
(2), Novembro, 2009. Disponível em: http://bit.ly/1hEg9Am
- RODRIGUES, Pedro de Jesus Borges. Ambientes pessoais de
aprendizagem: Conceções e práticas. Mestrado em Educação. Instituto
de Educação, Universidade de Lisboa, 2012. Disponível em:
http://bit.ly/PVo9ab
- SILVA, Siony da. Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE) como
recurso de aprendizagem para o professor. Revista GEINTEC, v. 2, n. 2,
p. 120-128, 2012. Disponível em: http://bit.ly/1gcI1fh
9- Sobre MOOC (opcional):
- MATTAR, João. Aprendizagem em ambientes virtuais: teorias,
conectivismo e MOOCs. TECCOGS: Revista Digital de Tecnologias
Cognitivas, v. 7, p. 21-40, 2013. Disponível em: http://bit.ly/PVreao
Webgrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/MOOC
http://www.educacontic.es/blog/moocs-el-concepto
http://www.mooc.es/que-es-un-mooc
http://porvir.org/porcriar/usp-veduca-lancam-primeiro-mooc-da-america-
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10- Sobre “Concluindo nossa conversa” (opcional):
- DIMENSTEIN, Gilberto. O Aprendiz do Futuro - como as novas
tecnologias viraram a educação de pernas para o ar. Folha de São
Paulo, 1998. Disponível em: http://bit.ly/11DfBqz.
- JACQUINOT-DELAUNAY, Geneviève. Convergência tecnológica,
divergências pedagógicas: algumas observações sobre os ―nativos
digitais‖ e a escola. In: BARBOSA, Marialva; FERNANDES, Márcio;
MORAIS, Osvando José de (Org). Comunicação, educação e cultura na
era digital. (Coleção Intercom de Comunicação, n. 23). São Paulo:
Intercom, 2009, p. 167-182. Disponível um resumo em:
http://bit.ly/ZF421z.
- LEFFA, V. J. Por um ensino de idiomas mais includente no contexto
social atual. In: LIMA, D. C. de (Org.). Ensino e aprendizagem de língua
inglesa. Conversa com especialistas (série Estratégias de ensino, 11).
São Paulo: Parábola editorial, 2009. p. 113-123.

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Licenciatura em Letras EaD

  • 1. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 1 CCuurrssoo ddee LLeettrraass aa DDiissttâânncciiaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee AAllaaggooaass ee UUnniivveerrssiiddaaddee AAbbeerrttaa ddoo BBrraassiill IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AA DDIISSTTÂÂNNCCIIAA ((PPaarrttee 33)) Uma conceitualização necessária Professor Gonzalo Abio (Centro de Educação, UFAL) gonzalo_ufal@yahoo.com.br Maceió 2013
  • 2. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 2 UMA CONCEITUALIZAÇÃO NECESSÁRIA O analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler nem escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e, no fim, aprender de novo. TOFFLER, Alvin. Choque do futuro. Lisboa: Edição Livros do Brasil, 1970. Deixamos de temer aquilo que aprendemos a entender (Marie Curie, física polonesa, duas vezes prêmio Nobel, 1867-1934). Depois de conhecer a história da EaD na segunda apostila do curso, neste terceiro material estudaremos alguns conceitos e termos que consideramos que são importantes na Educação a Distância. Alguns desses conceitos e suas diferenças já foram pesquisados por vocês, embora seja de forma talvez superficial. Lembrando que eles foram: as diferenças entre pedagogia, andragogia e heutagogia, assim como as diferenças entre aprendizagem formal, informal e não formal. Outros conceitos que veremos a continuação são: 1- As diferenças de matizes existentes entre os conceitos de "EaD", "E-learning" e "Educação on-line". 2- As diferenças entre "hipertexto" e "hipermídia". 3- O que são "ambientes virtuais de aprendizagem" (AVA) e LMS? 4- As diferenças entre "cooperação" e "colaboração". 5- O conceito de "distância transacional". 6- A “web 2.0” e suas diferenças com a “web 1.0”. 7- O que é aprendizagem móvel (M-learning) e aprendizagem ubíqua (U-learning). 8- O que é um PLE (Personal Learning Environment ou Ambiente Pessoal de Aprendizagem) 9- O que é um MOOC (Curso On-line Aberto e Massivo) Muitos desses conceitos podem ser encontrados no glossário geral de termos sobre EaD existente no Moodle de nosso curso. Também recomendamos a leitura desta apostila e, sugerimos, por que não? uma boa dose de navegação na Internet utilizando estratégias de
  • 3. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 3 busca de informação adequadas para conhecer mais sobre os temas aqui tratados e que sejam de maior interesse para você, sem esquecer de anotar ou fazer um resumo das ideias e conceitos principais encontrados nas leituras realizadas. Uma dica para facilitar a tarefa de procurar e saber mais sobre cada conceito é escrever na janela de busca do Google a palavra definir junto com o nome do conceito ou termo procurado. O Google, nesse caso, tentará buscar e oferecer para você, primeiro, as páginas em que aparece essa definição. Interessante essa possibilidade, não é verdade? Para permitir que a apresentação de cada conceito seja feita em uma leitura mais concentrada e fluida, sem grandes interrupções, no final da apostila foram concentradas as seções de “Para saber mais”, correspondentes a cada conceito apresentado e não no final de cada seção, como era feito até agora nas partes que já foram apresentadas nas apostilas anteriores. Nas bibliotecas de alguns polos existe um livro chamado “Educação e tecnologias. O novo ritmo da informação”, da autora Vani Kenski (Papirus editora, 2007), que está disponível para empréstimo. Não é imprescindível, mas nessa obra você poderá ler mais sobre alguns desses conceitos. Por exemplo: EaD x Educação on-line x E- learning (páginas 79 a 82), hipertexto e hipermídia (páginas 31 a 33); ambientes virtuais de aprendizagem (páginas 94 a 100) e o conceito de "distância transacional" (de Moore) que poderá ser encontrado nas páginas 89 e 90, mas para este último termo, convém fazer a leitura completa do capítulo 5 do livro. O que apresentamos a seguir não esgota o tema e as complexidades desta dinâmica área, mas necessariamente tivemos que fazer um recorte de conteúdos para esta disciplina introdutória. Passaremos agora à descrição dos termos e conceitos mencionados. 1. As diferenças entre EaD, E-Learning e Educação Online Na semana anterior você estudou um texto com várias definições do que era a educação a distância (EaD) e também tentou elaborar uma definição o mais completa possível desse conceito. Você lembra-se disso? Agora, gostaria de perguntar o seguinte: Educação a distância (EaD) será a mesma coisa que Educação on- line (EOL)?
  • 4. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 4 Pense um pouquinho sobre esse assunto e observe com atenção os nomes desses dois termos. Na realidade um deles é mais amplo que o outro. Qual será o termo mais abrangente: EaD ou Educação on-line? Se você pensou que a Educação a Distância (EaD) é mais abrangente, mais ampla que Educação on-line (EOL) está certíssimo(a). A Educação a Distância, efetivamente, é mais geral que a Educação on-line. A EaD acontece através do uso de diversos meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, telefone, computador, internet, etc.) Baseia-se tanto na noção de distância física entre alunos e professores, como na flexibilidade do tempo e na localização do aluno em qualquer espaço. Lembrando algumas características já vistas no capítulo anterior sobre “Uma definição de Educação a Distância?”: - Existência de distância física entre professores/ tutores e alunos; - São utilizadas tecnologias, como meio de comunicação principal; - É um processo de ensino-aprendizagem intencional, planejado; - Estudo individualizado e independente; - Existe comunicação bidirecional principalmente. Pelo contrário, Educação on-line (EOL) é uma modalidade da educação a distância realizada via Internet, cuja comunicação ocorre de forma síncrona ou assíncrona. Nesse tipo de ensino, usa-se a Internet para distribuir as informações e para concretizar a interação entre as pessoas. A interação pode ser através de formas diferenciadas de comunicação como: (a) comunicação entre uma e outra pessoa; (b) comunicação de uma pessoa para muitas pessoas, e (c) comunicação de muitas pessoas para muitas pessoas. Nessa exploração das possibilidades de comunicação entre mais de duas pessoas é recomendado por muitos especialistas que sejam criadas comunidades (virtuais) de aprendizagem e também redes pessoais de aprendizagem. Já o e-learning surgiu como opção das empresas para o treinamento de seus funcionários. Normalmente são cursos curtos e específicos para treinamento e aquisição de determinadas habilidades ou conhecimentos. Ilustração representando um curso por e-learning para treinamento do pessoal de vendas de uma grande empresa multinacional produtora de pneus.
  • 5. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 5 2. As diferenças entre hipertexto e hipermídia O termo hipertexto foi criado pelo norte-americano Ted Nelson em 1965. Hipertexto é o texto eletrônico utilizado em alguns ambientes de educação a distância, assim como na Internet e CD-ROM, caracterizado por permitir sub-entradas, reenvios e múltiplas conexões. Não se trata, portanto, de um texto “fechado”. O hipertexto é caracterizado por possuir incorporados os chamados hyperlinks ou links. Esses links são ativados, por exemplo, clicando na palavra sublinhada ou num gráfico realçado em uma página da Web. Ao clicar em um hyperlink, segue-se para outro documento que pode ser outra página de informações, outro site da Internet, filmes, figuras ou sons (MENEZES; SANTOS, 2002). Imagem que representa hipertextos relacionados pelos hiperlinks (links) para ir de um para outro. Fonte: http://bit.ly/16O30Wr Gomes (2011) acrescenta um aspecto interessante. Dependendo do link que foi clicado é possível seguir percursos diferentes de leitura e de construção de sentidos e, consequentemente, pressupõe certa autonomia de escolha dos textos a serem alcançados através dos links. É um texto que se atualiza ou se realiza, se concretiza, quando clicado, isto é , quando percorrido pela eleição de links. Diferente de um livro ou revista, cuja leitura é fundamentalmente linear (uma página depois da outra), no hipertexto o conceito de “página seguinte” é ultrapassado, pois a leitura é fundamentalmente não linear e não hierarquizada. Os links são os elementos constitutivos do hipertextos. Sem eles, o hipertexto é apenas texto. Os links são elementos de navegação, pois se os links não fossem acionados não surgirão novos documentos. Vejamos algumas caraterísticas da leitura hipertextual (XAVIER, 2004):
  • 6. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 6 - Natureza não linear do texto (como principio básico de sua construção): Nos textos em papel também podemos procurar informações que estão em outros lugares (por exemplo: os sinônimos em um dicionário; as obras dos autores que aparecem numa bibliografia, etc., porém normalmente não é seu objetivo principal, realizar uma leitura não linear); - Leitura self-service (pelo consumidor); - Leitura multissensorial; - Elevado envolvimento; - Dessacralização do autor; - “Fim” dos direitos autorais; - Perigo de “afogamento” do leitor no oceano de informação. Uma curiosidade – Quando se fala em hipertexto, é muito comum utilizar a metáfora de “encontrar uma agulha num palheiro”, e sem dúvida, os sites de pesquisa podem ajudar muito para encontrar as informações desejadas. No entanto, se pensarmos nas habilidades necessárias para selecionar a informação adequada, provavelmente será mais exato dizer que “é como procurar uma agulha, dentro de uma sacola que tem muitas outras agulhas”. Para uma leitura compreensiva e uma leitura crítica as habilidades básicas de leitura, são de fato muito importantes na seleção de informações e nos caminhos seguidos na navegação hipertextual. Pode-se afirmar que um bom leitor de textos impressos geralmente é também um bom leitor de textos digitais, pelo menos no caso dos gêneros digitais mais semelhantes com os gêneros textuais impressos (com informação predominantemente verbal). Um exemplo de hipertexto. Um jornal online No fragmento de página web tomada do caderno Ambiente, do jornal Folha de São Paulo em 06/06/2013, observe as diversas notícias e elementos textuais e icônicos que as rodeiam. Observe também que existem vários links para notícias do mesmo tema.
  • 7. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 7 Fragmento da seção Ambiente do jornal Folha de São Paulo http://www1.folha.uol.com.br/ambiente. Acessado em 06-06-2013. Sugerimos que você visite também a página web atual desse mesmo jornal http://www.folha.uol.com.br ou de outros jornais e observe a estrutura e os elementos hipertextuais presentes em algumas de suas seções. Tente dividir a página da web do jornal em cada um das partes ou seções com caraterísticas diferentes que encontrar. E hipermídia o quê é? Quando existem hipertextos com outras mídias (fotos, vídeos, sons, etc.), fala-se em documentos multimídia ou em hipermídia. Um exemplo de hipermídias está no mesmo fragmento de jornal mostrado acima, em que podemos ver várias imagens. Em outras seções do jornal pode haver áudios e vídeos também. Os jornais on-line são cada vez mais hipermidiáticos, pois aproveitam a maior velocidade da Internet atual para oferecer materiais multimidiáticos (áudios ou vídeos e imagens), inclusive de alta qualidade, que são linkados desde a página do jornal ou inseridos para ser vistos na própria página do jornal por meio de um código específico, quando na realidade estão em outros servidores da web, como pode ser Youtube, para o caso de vídeos. Segundo Leão (1999), hipermídia será a linguagem que resulta da combinação não hierárquica e interativa de texto, imagem, som, animação, possível com os novos meios digitais de produção simbólica. O que diferencia a hipermídia do cinema e do vídeo ou da arte multimídia
  • 8. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 8 (que experimenta há muitos anos com a combinação de diversos suportes em um mesmo espaço) é a possibilidade de acesso randômico e a ausência de um suporte físico centralizado. Também se pode considerar que a inexistência de uma ordem pré-estabelecida permite, então, que a informação disposta em hipermídia seja distribuída por documentos sem início, meio ou fim, resultando em uma teia de ligações que pode ser explorada de infinitas maneiras como em um labirinto. 3. O que são Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)? Ambientes virtuais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções, tendo em vista atingir determinados objetivos. As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de trabalho e espaço em que cada participante se localiza, de acordo com uma intencionalidade explícita e um planejamento prévio denominado design educacional, o qual constitui a espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e reelaborado continuamente no andamento da atividade (ALMEIDA, 2003, p. 331) Em um AVA, visto desde uma perspectiva construtivista, o foco estará mais nas relações que nele ocorrem e não existirão fronteiras rígidas do que é meio, objeto e sujeito. Assim, segundo Maçada (2001) um ambiente virtual de aprendizagem será “um sistema cognitivo que se constrói na interação entre sujeitos-sujeitos e sujeitos-objetos, e que se transformam na medida em que as interações vão ocorrendo, e que os sujeitos entram em atividade cognitiva.” (MAÇADA, 2001, p. 44). O Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem de código aberto, livre e gratuito. Dessa forma, junto com as configurações que permite internamente, também pode ser modificado e adaptado para as necessidades específicas de cada instituição. Outros exemplos de AVA são: os brasileiros Teleduc e Aulanet, assim como o Solar (da Universidade Federal de Ceará) e o Amadeus (da
  • 9. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 9 Universidade Federal de Pernambuco) ou o estrangeiro WebCT (pago), entre muitos outros. E o que será um LMS? Os Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem (LMS ou Learning Management Systems, em inglês) são sistemas, em geral, baseados na web, que se destinam ao gerenciamento eletrônico de cursos a distância. São variados os recursos que oferecem, que podem ir de uma simples apresentação de páginas de conteúdos até completos sistemas de gestão, incluindo serviços de secretaria e e-commerce. Os principais recursos comumente encontrados nos LMS são: - Gerenciamento do curso: criação de cursos, disciplinas, matrícula de alunos, gerenciamento de senhas, registro das atividades e de acessos realizados pelos usuários, cálculo e publicação de notas etc. - Gerenciamento de Conteúdo: armazenamento, gerenciamento, edição e exibição de conteúdo multimídia; - Disco Virtual: área de trabalho, que pode ser individual ou compartilhada, na qual o usuário pode fazer downloads, uploads e visualização de conteúdos; - Correio Eletrônico (e-mail): serviço de correio convencional; alguns permitem o envio e o recebimento de mensagens apenas dentro do próprio sistema, outros possibilitam trocas de mensagem também com o exterior; - Mensagem Instantânea: serviço de mensagem que possibilita a comunicação síncrona e troca de documentos entre usuários que estejam conectados ao sistema; - Sala de bate-papo (chat room): sala virtual para encontros e trocas de mensagens síncronas, podendo ser de texto, voz ou vídeo; - Fórum de Discussão: recurso de comunicação assíncrono que possibilita a organização das discussões por assunto, por disciplina, por curso, por turma, por grupo etc.; - Quadro de avisos: área para publicação de informes de interesse geral; - Lousa Virtual (White board): recurso de comunicação síncrono no qual os usuários compartilham uma tela que pode receber desenhos, textos e outras mídias; o instrutor pode liberar a lousa virtual apenas para visualização ou permitir o compartilhamento para escrita com um ou mais dos participantes; - Compartilhamento de recursos: permite que um ou mais usuários compartilhem a tela, um documento ou recursos de seus computadores; - Avaliação: recursos para gerenciamento da aplicação e correção de avaliações (testes de múltipla escolha ou dissertativas), com possibilidade de sorteio de questões e de alternativas, programação de horário para publicação, controle de tempos de realização, correção automática, cálculo e publicação de médias, geração de estatísticas e até mesmo
  • 10. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 10 feedback automático personalizado ao aluno, em função de seu desempenho. - Área de Apresentação do aluno: oferece ao aluno, ou grupo de alunos, recursos similares aos disponíveis ao professor para publicação de conteúdo multimídia (TORI, 2003) Atenção: Em nosso caso, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e LMS serão considerados como sinônimos [ AVA = LMS ]. Um deles focaliza mais os processos que levam à aprendizagem e o outro focaliza a parte tecnológica, mas essas diferenças não são importantes agora para nosso estudo inicial. Como já sabemos, o Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem (ou LMS) utilizado por diversas instituições públicas e privadas de ensino superior no Brasil e no exterior, incorporando-se às ações de educação à distância, e pode ser adaptado às necessidades de cada instituição. Quais são as ferramentas de interação existentes no Moodle? Chat: Permite a realização de discussão textual, na modalidade síncrona, podendo ser utilizado para estimular o estabelecimento de vínculos entre os participantes do curso. Além disso, o Chat é uma atividade em que, alunos, tutores e professores estabelecem uma comunicação por escrito, online, com dia e hora previamente determinados. É semelhante, em tudo, às ferramentas disponíveis na internet com este mesmo nome. É recomendável que, antes de iniciar um bate-papo real, o aluno experimente a ferramenta com os colegas. Glossário: A atividade Glossário é uma forma flexível de apresentar definições que podem ser relacionadas com todas as informações do conteúdo global do curso. Por exemplo, se o termo “soneto” é definido no Glossário e a palavra “soneto” aparece em um fórum de discussão, ela aparecerá como um link que conduz o usuário à definição anteriormente dada. Questionário: Esta ferramenta é utilizada para a composição de questões e de configuração de questionários, onde o professor poderá definir o período de disponibilidade, apresentação de feedback automático, diversos sistemas de avaliação e a possibilidade de diversas tentativas de respostas. Fórum: O Fórum é uma ferramenta com diversas perspectivas pedagógicas, pois além de apresentar o encadeamento das discussões, identificar os autores das mensagens por meio de suas fotos inserida no perfil de cada aluno, gerando também assim como o chat, um maior sentimento de vínculo entre os alunos cursistas e diminuindo a sensação de estar conversando com a máquina. Esta ferramenta também pode ser utilizada como um portfólio, um repositório de atividades, um relatório de atividades de campo. Wiki: É uma coleção de muitas páginas interligadas e cada uma delas pode ser visitada e editada por qualquer pessoa. O que
  • 11. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 11 torna bastante prático, a reedição e futuras visitas. Você pode editar esta página, clicando no separador no início da página (ou no link do fim da página, dependendo do modelo que estiver usando). Outra ferramenta de interação existente no Moodle é o blog que, no caso do Moodle, está atrelado ao perfil de cada aluno. Como sabemos, de forma geral, um blog pode ser definido como uma página web atualizada frequentemente, composta por comentários, reflexões ou notícias, que normalmente são compostas de apenas um ou poucos parágrafos. As postagens aparecem publicadas no blog, de forma vertical, uma após a outra, seguindo uma ordem cronológica inversa, ou seja, a notícia ou postagem mais recente aparece na parte superior da fila. Como muitos de vocês já devem saber, o blog foi considerado desde um início como um diário on-line no qual você publica histórias, ideias, imagens ou vídeos. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, ideias, fotografias, enfim, tudo o que a imaginação do autor permitir. Hoje, entende-se que o blog é um hipergênero constelar, isto é, um gênero híbrido formado pela junção ou sobreposição de outros gêneros (MAGNABOSCO, 2010a; 2010b). O Moodle proporciona essa possibilidade de construção de blogs individuais, pois os educadores entendem que o blog é uma ferramenta de grande utilidade para que o aluno mostre sua capacidade de reflexão e avanços no conhecimento na medida em que avança o curso. Outra possibilidade,, nessa mesma linha de ação é promover a construção de blogs externos de alunos em servidores de blogs específicos como Blogger ou Wordpress que permitem acrescentar mais possibilidades nos blogs construídos. Proponho agora pensar agora um pouco sobre quais são as diferenças entre uma ferramenta de comunicação ou atividade síncrona e outra ferramenta de comunicação ou atividade assíncrona. Síncrono ou sincrônico significa algo que se faz ao mesmo tempo. Uma ferramenta síncrona em um AVA é uma ferramenta de interação online que possibilita a conversa imediata, no mesmo instante, entre os participantes. Uma pergunta para você: Muitas das ferramentas vistas acima no AVA são assíncronas, embora algumas delas até que poderiam ser também utilizadas pelos alunos trabalhando ao mesmo tempo (de forma quase síncrona).
  • 12. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 12 Nessa lista existe uma ferramenta que é tipicamente síncrona, pois só pode ser utilizada dessa forma. Qual é essa ferramenta? Consulte a lista anterior com as ferramentas de interação do Moodle para responder essa pergunta. Figura. Painel de criação de atividades por parte do professor na versão do Moodle que estamos utilizando neste curso (versão 2.4, de fevereiro de 2013). Neste caso o professor escolheu criar uma atividade síncrona com um chat. Observe no lado direito a explicação sobre chat dada pelo próprio Moodle. Chegamos até aqui para constatar que a única ferramenta síncrona no AVA Moodle é o chat, embora exista a possibilidade de instalar outras funcionalidades como o Skype, mas que não são padrão no Moodle, pelo menos por enquanto. Outras ferramentas como o blog, mensagens, fórum, wiki, etc. são todas ferramentas de comunicação assíncronas. 4. As diferenças entre cooperação e colaboração A cooperação e colaboração entre alunos são estratégias didáticas muito utilizadas nos paradigmas educacionais baseados no construtivismo e interação social. Nas salas de aulas presenciais é comum observar trabalhos realizados em pequenos grupos, os quais são exemplos desse tipo de estratégia.
  • 13. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 13 Nos sistemas de ensino que utilizam as TIC, também é muito fácil estabelecer a colaboração e cooperação entre os alunos e até pode ser uma característica nesse tipo de trabalho virtual. Mas, será que cooperação e colaboração são as mesmas coisas ou significam estratégias didáticas diferentes? Trabalho em pequenos grupos (foto do autor). Observemos as características diferenciais entre cooperação e colaboração. Cooperação: Na cooperação existe uma divisão de tarefas entre os membros de um grupo. Cada um é responsável por parte da solução do problema e ao finalizar a sua tarefa, existe um agrupamento das soluções, formando a base unificada do grupo. Colaboração: Na colaboração, o esforço mútuo e o trabalho entre todos é privilegiado. Cada um colabora visualizando e podendo participar ativamente na resolução da tarefa junto com seus parceiros com o objetivo de resolver o problema em conjunto. Há um compromisso global, responsabilizando-se todos pelo término da tarefa (COSTA; PARAGUAÇU; MERCADO, 2006, p. 29, adaptado). Para refletir: Pense em alguma tarefa cooperativa ou colaborativa feita no entorno escolar em que você tenha participado. Será capaz de descrever essa tarefa ou atividade para seus colegas? Foi cooperativa ou foi colaborativa? Nos WebQuests, que são uma metodologia de pesquisa e busca de informações guiada que utiliza fundamentalmente recursos disponíveis na Internet, o trabalho entre os participantes é principalmente cooperativo.
  • 14. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 14 Os trabalhos colaborativos na web, segundo a classificação de colaboração que estudamos aqui, apenas foram possíveis por volta do ano 2005, quando surgiram tecnologias como AJAX, que permitiam editar de forma virtual os documentos da mesma forma que editávamos o texto dos arquivos no computador ofline, com ações como arrastrar, soltar, colorir, mudar o tamanho da fonte, etc. A edição colaborativa nesse tipo de documentos virtuais é distintiva no trabalho com wikis e também em documentos que podem ser colaborativos como em Google Drive (o antigo Google docs). Resumindo: 1- A metodologia WebQuest usa principalmente a estratégia de trabalho cooperativa. 2- As páginas wiki e documentos de Google Drive pressupõem uma estratégia de trabalho colaborativa. A colaboração on-line só foi possível quando surgiram tecnologias que permitiam editar documentos on-line, e hoje é muito comum falar em documentos colaborativos, escrita colaborativa, etc. Uma curiosidade: Um exemplo de bilhetinhos virtuais feitos no final de um curso com a ferramenta Webnote, que foi uma das primeiras ferramentas que utilizava o AJAX para possibilitar a edição on-line e que surgiu em 2006. Apenas quando apareceu essa possibilidade de edição virtual é que o caminho ficou pronto para permitir a colaboração on-line em tempo real. Figura: Bilhetinhos feitos em Webnote com comentários de alunos no final de um curso de espanhol e novas tecnologias.
  • 15. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 15 O serviço de Webnote ainda funciona, mas foi superado por outras ferramentas similares mais potentes e conhecidas da web 2.0 como é o Wallwisher, agora chamado de Padlet (http://padlet.com). 5. O conceito de Distância Transacional Distância transacional é a percepção da distância cognitiva que separa professores, alunos e conteúdos na educação a distância. Proposta por Michael G. Moore em 1980, a distância transacional é uma função entre o diálogo e a estrutura para aprendizagem. A distância é menor quando existe diálogo e uma alta interação, assim como formatos menos rígidos que contribuem para uma maior participação dos estudantes. O conceito de transação tem origem em Dewey (1949). Ele "denota a interação entre o ambiente, os indivíduos e os padrões de comportamento numa dada situação". A transação a que denominamos Educação a Distância ocorre entre professores e alunos num ambiente que possui como característica especial a separação entre alunos e professores. Esta separação conduz a padrões especiais de comportamento de alunos e professores. A separação entre alunos e professores afeta profundamente tanto o ensino quanto a aprendizagem. Com a separação surge um espaço psicológico e comunicacional a ser transposto, um espaço de potenciais mal-entendidos entre as intervenções do instrutor e as do aluno. Este espaço psicológico e comunicacional é a distância transacional (MOORE, 1993). Espaços psicológicos e comunicacionais entre um aluno qualquer e seu instrutor nunca são exatamente os mesmos. Dito de outra forma, a distância transacional é um termo relativo e não absoluto. Em qualquer programa educacional, até mesmo na educação presencial, existe alguma distância transacional. A Educação a Distância é um subconjunto do universo da educação, mas na situação à qual normalmente nos referimos como educação a distância, a separação entre professor e aluno é suficientemente significativa para que as estratégias e técnicas especiais de ensino-aprendizagem por eles utilizadas possam ser identificadas como características distintivas desta linhagem de prática educacional (MOORE, 1993). Duas perguntas para serem realizadas na hora de determinar a distância transacional: - O aluno pode dialogar com os professores ou tutores? - A estrutura do curso é fechada, rígida ou mais aberta? Para refletir: Quanto mais estruturado e fechado seja o curso, menores oportunidades de diálogo existirão e a distância transacional será maior. O que é mais desejável em um curso? Que seja percebida uma maior ou uma menor distância transacional?
  • 16. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 16 6. A web 2.0 (a web social) A Internet, desde seu surgimento, já passou e vem passando por profundas transformações. Transformações que são relacionadas à maneira como o conteúdo é veiculado e disponibilizado para os usuários e também à interação entre usuários e conteúdo. Uma mudança de paradigma muito comentada por estudiosos da Web, que está estritamente relacionada com o conceito de colaboração discutido anteriormente, foi quando apareceu a Web 2.0, conhecida também como a web social. O termo Web 2.0 foi apresentado originalmente em 2004 por Dale Dougherty em uma conferência em que participavam duas grandes empresas da Internet. É curioso que essa denominação implica dizer que, anteriormente, a Web estava em uma fase 1.0 (web inicial), porém essa nomenclatura jamais havia sido usada anteriormente. Nesse momento de mudança de paradigma, Dougherty apresentou um quadro com um resumo das diferenças entre a “velha web” e a “nova web”. Os elementos apresentados de forma diferencial mostravam que a web que era mais vertical e autoritária, com conteúdos mais rígidos, feitos por poucos para muitos, passou a ser uma web mais participativa, social, colaborativa e interativa, que aproveita a força da inteligência coletiva. Se a web 1.0 foi fundamental para organizar a informação, a web 2.0 passou a focalizar a organização da participação e trouxe uma mudança na forma de ver e trabalhar na web. Por exemplo, em lugar de consultar um dicionário on-line, passou a ser mais utilizado e prático consultar a Wikipedia (construída entre todos). Em lugar de consumir conteúdos de vídeos como em um canal de televisão, passou a ser mais importante e diversificada a possibilidade de ver os vídeos subidos por todos no servidor de Youtube e escolher o que queremos ver, além da possibilidade de poder produzir e oferecer novos conteúdos e poder compartilhar as coisas que queremos mostrar, muitas vezes de forma altruísta e aberta para todos.
  • 17. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 17 Dessa forma, hoje se fala mais em participar e compartilhar que em publicar, se estimula mais a construção e participação em blogs e redes sociais, que possuem formatos menos rígidos e mais dinâmicos e colaborativos, embora algumas ferramentas e possibilidades ainda continuam sendo utilizadas, como são o próprio e-mail, as listas de discussão, os sites pessoais, etc., que são uma amostra dessa web anterior (web 1.0). Curiosidades. Algumas estatísticas sobre Youtube: - O YouTube, criado em fevereiro de 2005, foi comprado pelo Google em novembro de 2006 por 1,65 bilhão de dólares. - A cada minuto cem horas de vídeo são enviadas ao YouTube. - Mais de um bilhão de usuários únicos visitam o YouTube todos os meses. - Dois bilhões de visualizações diárias. - Mais de seis bilhões de horas de vídeo são assistidas por mês no YouTube, ou seja, quase uma hora para cada pessoa do planeta. - O número de pessoas que se inscrevem todos os dias é mais que o triplo do ano passado. O número de inscrições diárias aumentou mais de quatro vezes desde o ano passado. - Celular e dispositivos móveis são responsáveis por quase 40% do tempo de exibição mundial do YouTube. - O primeiro vídeo do YouTube a atingir um milhão de visualizações tem a cara do Brasil: foi o popular vídeo do Ronaldinho Gaúcho, que atingiu esse número em julho de 2006 (https://www.youtube.com/watch?v=ztRyYMSf0K8). - 400 anos em vídeos são monitorados todos os dias pela tecnologia de gestão de direitos autorais de Youtube. Fonte: https://www.youtube.com/yt/press/pt-BR/statistics.html e outros. Observemos a definição de Web 2.0 originalmente apresentada por Tim O`Reilly, ainda em 2005, em uma tentativa de desfazer a confusão que havia se formado em torno do termo: Web 2.0 é a rede como plataforma, abrangendo todos os dispositivos conectados. As aplicações da Web 2.0 são aquelas que aproveitam ao máximo as vantagens intrínsecas de tal plataforma: distribuindo softwares que funcionam com um serviço de atualização contínua, melhorando à medida que mais pessoas os utilizam, consumindo e misturando informações de fontes diversas, inclusive usuários individuais, enquanto fornecem seus próprios dados e serviços de uma forma que possibilita a recombinação por outros, criando efeitos de rede através de uma “arquitetura da participação” e indo além da metáfora da página da Web 1.0 para fornecer experiências mais ricas para os usuários (O’REILLY, 2005).
  • 18. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 18 Para entendermos melhor de que maneira a colaboração pode ser viabilizada e até mesmo encorajada pela Web 2.0, precisamos conhecer algumas ferramentas de trabalho colaborativo que ela oferece. Tipos de ferramenta Ferramentas Implicações pedagógicas Escrita colaborativa Google Docs, Wikispaces, PBWorks Criação de enquetes, questionários, redações colaborativas, apresentações. Revista virtual Calaméo, Youpublisher Criação de jornalzinho virtual, dicionário ilustrado, uma “redação ilustrada”. História em vídeo Goanimate, Wideo.co Powtoon Criação de propagandas ou histórias em vídeo. Muro virtual Glogster, Padlet Pearltrees Pinterest Elaboração de comentários sobre um assunto postando suas visões no “muro” virtual. Coleta e visualização de recursos diversos. Diálogos, interação oral Voxopop Blaving Conversa virtual assíncrona, comentários gravados com a própria voz. Enquetes, testes rápidos Bab.la/quiz Quizlet Elaborar perguntas para testar com colegas, alunos, revisar conceitos. Tabela: Algumas ferramentas colaborativas da web 2.0. A partir de informações de Franco (2010), Silva (2011) e o autor. Figura: Integração das TIC à aprendizagem colaborativa on-line (DIAS, 2008)
  • 19. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 19 Segundo Dias (2008), a sala de aula de línguas precisa se tornar múltipla e combinar diferentes vozes, imagens e movimentos, possibilitando ao aluno alternativas de escolhas e de representações para construir novos caminhos de significação no percurso da aprendizagem. A incorporação de tecnologias ao processo (sejam da web 1.0 ou principalmente da web 2.0) pode facilitar o estabelecimento desse espaço múltiplo de alternativas, de modo a efetivar e sustentar o fluxo multidirecional das ações educativas na fala e na escuta, na leitura e na escrita, aumentando as chances de interação e colaboração na aprendizagem de línguas. Com o estabelecimento de uma cultura colaborativa se configura uma nova dimensão na interação professor/aluno na dinâmica da sala de aula contemporânea, num processo do aprender juntos, fortalecendo os laços de afetividade e confiança entre os agentes de uma aprendizagem significativa. Faça menos download e mais upload!! 7. Aprendizagem móvel (M-learning) e Aprendizagem ubíqua (em qualquer lugar) (U-learning) Chegando neste ponto, queremos falar brevemente sobre aprendizagem móvel (M-learning) e aprendizagem ubíqua (U-learning). Para isso, é bom pensar um pouco sobre esse pequeno aparelho que a grande maioria das pessoas não tira do seu lado, o nosso querido e quase indispensável telefone celular. Você lembra que na apostila segunda falamos que o celular era uma prótese digital de memória? Bom ele é muito mais do que isso. Esse dispositivo digital que serve para comunicar falando e que na atualidade também é utilizado para navegar e interagir com outros por meio de outros tipos de comunicação, não poderia servir também para estudar e aprender sem importar o momento e lugar? Não podemos ignorar essa possibilidade, pois segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) o número de acessos à internet de banda larga fixa no país somaram 20 milhões em
  • 20. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 20 novembro de 2012, enquanto que os acessos à internet por banda larga móvel foram muito maiores no mesmo mês e chegaram a 69,3 milhões (INFO EXAME, 2012). Mais recentemente, em 2013, a venda de smartphones no Brasil superou à de telefones celulares comuns em um 110%, passando a ocupar um 54% do mercado nacional. Isto significa que, na atualidade, nosso país conta com 70 milhões de telefones inteligentes, o que o coloca no 4.º lugar no mundo, segundo um relatório divulgado pela consultora Morgan Stanley. Em matéria de conectividade, o mesmo relatório afirma que no Brasil, 88 milhões de usuários acessam à Internet, representando um 45% do total da população. Os autores do relatório Horizon dedicado a observar a adopção de novas tecnologias na educação, neste caso no contexto da América Latina (GARCÍA et al., 2010), acreditam que o m-learning está previsto para ser adotado em dois ou três anos nas instituições escolares. No contexto universitário, a missão dos dispositivos móveis não é, por enquanto, substituir outros meios tecnológicos; é mais para servir ainda como um complemento às possibilidades de acesso já existentes, permitindo uma experiência de aprendizagem mais flexível e personalizada, seja por meio de telefones celulares comuns ou smartphones, tablets, laptops e outros dispositivos móveis com possibilidades de aceso à Internet. A aprendizagem móvel (m-learning) foi definida por O’Malley et al. (2005) como a perspectiva pedagógica para qualquer tipo de aprendizagem que acontece quando o aluno não está em uma localidade predeterminada, fixa ou também como a aprendizagem que acontece quando o aluno aproveita as oportunidades oferecidas pelas tecnologias móveis. Como podemos ver, nessa definição são importantes a mobilidade da pessoa e o uso das tecnologias móveis. Outra definição de m-learning é brindada por Batista, Behar, Passerino e Barbosa (2011, p. 23): Mobile learning (m-learning) é o campo de pesquisa que busca analisar como os dispositivos móveis podem colaborar para a aprendizagem. Atividades em m- learning, em geral, apresentam características como interatividade, mobilidade, trabalho em equipe, aprendizagens em contextos reais, entre outras. Embora ainda um campo imaturo, tanto em termos tecnológicos quanto pedagógicos, o m-learning pode trazer contribuições para o setor educacional, à medida que avançam as pesquisas na área. A popularização dos celulares e a evolução de tecnologias relacionadas aos mesmos têm destacado estes dispositivos em ações relacionadas à m-learning. Estes autores concordam com a opinião de Patten; Arnedillo
  • 21. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 21 Sánchez e Tagney (2006) de que alguns recursos são particularmente adequados à aprendizagem com dispositivos móveis e, por isso, não se busca reproduzir, ou mesmo ampliar, os atuais cenários de aprendizagem, mas sim criar novas oportunidades que não seriam possíveis sem a tecnologia móvel. Por exemplo, a geolocalização com dispositivos móveis permite realizar tarefas que incluem o posicionamento de objetos pesquisados no campo. A gravação de áudios, fotografias e vídeos em qualquer lugar e momento permite registrar informações que antes eram de difícil obtenção. A realidade aumentada pode brindar também informações adicionais de lugares e objetos que são visualizados pela câmera do celular. A aprendizagem em todo momento e lugar graças a esses dispositivos móveis e outras tecnologias que permitem conexão contínua à Internet é tema da aprendizagem ubíqua (U-learning), pois o acesso à informação, a comunicação e a aquisição de conhecimento pode ser permanente. Para Santaella (2010, p. 21): a aprendizagem ubíqua, espontânea, contingente, caótica e fragmentária aproxima-se, mas não coincide exatamente com a educação informal. A não coincidência se deve ao fato de que as condições que se apresentam são tão novas que parecem merecer que seja estabelecida a distinção entre educação e aprendizagem. Ou seja, inaugura-se uma modalidade de aprendizagem que é tão contingencial, inadvertida e não deliberada que prescinde da equação ensino-aprendizagem caracterizadora dos modelos educacionais e das formas de educar. O que emerge, portanto, é um novo processo de aprendizagem sem ensino. Atenção: Em nosso caso, consideraremos Aprendizagem Móvel (M- learning) e Aprendizagem Ubíqua (U-learning) como sinônimos. Embora sejam diferentes os caminhos das origens desses conceitos, no final ficam bastante relacionados. Vocês devem observar que esses conceitos agora devem ser analisados também constatando que o balanço entre aprendizagens formal e informal mudou bastante nos últimos tempos, aumentando o papel e importância da aprendizagem informal e das aprendizagens autorreguladas pelo próprio indivíduo. 8. PLE (Personal Learning Environment ou Ambiente Pessoal de Aprendizagem) O conceito de Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning Environment - PLE) surge em resposta às limitações políticas e técnicas dos Ambientes Virtuais, tanto em ambiente instrucionais como profissionais, os quais são vistos como limitadores das opções de aprendizagem.
  • 22. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 22 A ideia do PLE pretende reunir toda a aprendizagem, incluindo a aprendizagem informal, aprendizagem no local de trabalho, o aprendizado a partir de casa, impulsionado pela aprendizagem de resolução de problemas e aprendizagem motivada por interesses pessoais, bem como a aprendizagem por meio do engajamento em programas de educação formal (ATTWELL, 2007 apud RODRIGUES, 2012, p. 98). O PLE será o conjunto de recursos e fontes que utiliza uma pessoa para aprender e se desenvolver fazendo uso da web e comunicando com os outros nas redes pessoais virtuais. Com a web 2.0, agora temos a possibilidade de aprender e interagir, mas também passamos de ser apenas consumidores de informação para ser também produtores de informação ("prosumers") (ver imagem da página 16). Nessas condições aparece um novo princípio regulador, a "visibilidade", pois também é importante poder ser percebidos pelos outros participantes de nossas redes. O ambiente pessoal de aprendizagem (PLE) é isso mesmo, pessoal, individual. Nosso PLE é diferente dos outros professores ou alunos e tomar consciência dos recursos que utilizamos em nosso trabalho na web pode trazer várias vantagens. Um PLE pode ser visto desde duas perspectivas diferentes: uma delas, mais tecnológica/instrumental, isto é, com foco no conjunto de ferramentas da web 2.0 que utilizamos, ou também pode ser visto desde uma segunda perspectiva, com um foco mais pedagógico/educativo, ou seja, olhando mais para os sistemas que podem ajudar a professores e alunos para tomar o controle do processo de gestão da própria aprendizagem e avançar com sucesso no processo educativo (CABERO; MARÍN, INFANTE, 2011, p. 3). Os PLE, que permitem visualizar como aprendemos na sociedade do conhecimento, geralmente possuem três elementos básicos: 1 - Ferramentas e aplicativos que utilizamos, 2 - Recursos e fontes de informação, e 3 - Redes de contatos pessoais e profissionais. Como professores, geralmente nos comunicamos por diversos meios, de forma pessoal ou profissional, procuramos materiais para nossas aulas, pedimos ajuda para outros docentes por diversas redes sociais, utilizamos algum site ou serviço web para preparar atividades, visualizar vídeos, aplicar testes e questionários, etc. Não é verdade? Outros professores usam os mesmos recursos? Provavelmente não, e muito provavelmente se você não construir e divulgar seu PLE no grupo
  • 23. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 23 de professores de sua rede não saberá quais outros recursos podem ser utilizados. De igual forma, podemos imaginar que nossos alunos tecem outras redes e ambientes pessoais de aprendizagem, provavelmente muito diferentes dos nossos. Como bem coloca Mota (2009): O PLE e a web 2.0 apoiam-se nos mesmos valores: na emergência das redes sociais e comunidades (aprender em comunidades); na ênfase na criação e não apenas no consumo; na descentralização do conteúdo e do controle; no poder e autonomia do utilizador/aprendente; na abertura, na colaboração e na partilha; na aprendizagem permanente e ao longo da vida; na importância e valor da aprendizagem informal; nas potencialidades do software social, da rede como espaço de socialização, de conhecimento e de aprendizagem e na da integração dos contextos institucionais de aprendizagem com um modelo peer-to-peer que se centre na aprendizagem pessoal e ao longo da vida. Cabe salientar que o PLE não é uma aplicação de software, mas uma “mistura” de diferentes aplicações e serviços. Figura: Exemplo de esquema de um PLE de um professor (fonte: http://tonyburkemakingconnections.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html). 9. MOOC (Cursos Online Abertos e Massivos)
  • 24. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 24 Você lembra que na página 16 da apostila anterior (segunda) mencionamos algo sobre os MOOC? Queremos falar agora mais um pouco sobre esse tipo de curso que se tornou muito popular nos últimos dois ou três anos e parece que será uma tendência importantes nos próximos anos. Para começar, propomos ver algumas notícias sobre lançamentos de cursos tipo MOOC no Brasil. Por exemplo: Notícia 1- USP vai acabar com o vestibular? http://bit.ly/PRo9be Notícia 2- USP lança curso on-line de física e de estatística http://bit.ly/1gL5qDU A partir dessas duas leituras provavelmente você já tenha uma ideia sobre o que é um MOOC. MOOC é a sigla em inglês de Massive Online Open Courses (ou Cursos on-line Abertos e Massivos). Os cursos massivos (para muitas pessoas), são uma evolução natural da educação aberta na internet. Os MOOC estão baseados em uma concepção conectivista, que entende que a criação de conhecimento radica no estabelecimento de conexões entre as pessoas formando redes, de forma que quanto maior sejam os nós e a qualidade das conexões, mais poderemos aprender. Por isso, nas plataformas de cursos MOOC, de forma diferente dos cursos fechados, existe a possibilidade de fazer um mesmo curso milhares de pessoas do mundo todo. Em 2008, George Siemens y Stephen Downes criaram o que pode ser considerado o primeiro MOOC. Mais tarde apareceram iniciativas, públicas ou privadas, que reúnem cursos abertos preparados por especialistas das principais universidades. Algumas caraterísticas dos MOOC são: - Não ter limite nas matrículas. - Podem ser seguidos on-line. - São abertos e gratuitos. Com materiais acessíveis de forma gratuita. Algumas plataformas que reúnem cursos tipo MOOC são as estadunidenses, Coursera (https://www.coursera.org), EDX (https://www.edx.org), Udacity (https://www.udacity.com/), Udemy (https://www.udemy.com) e P2PU (https://p2pu.org) ou as espanholas Miríada X (https://www.miriadax.net), promovida pela Fundação Telefônica e Universia e UNED COMA (https://unedcoma.es) da UNED, a universidade nacional de educação a distância desse país.
  • 25. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 25 A primeira iniciativa de uma grande universidade brasileira para reunir em uma única plataforma cursos abertos foi em 2012 com a chamada UNESP aberta (http://www.unesp.br/unespaberta). Mais que uma plataforma de MOOC, essa primeira iniciativa da UNESP é uma reunião na plataforma MOODLE de um conjunto de conteúdos abertos para auto- estudo. Os MOOC geralmente tem data de início e fim e são anunciados nas plataformas acima mencionadas. Basicamente os MOOC podem ser divididos em dois grandes grupos, cMOOC e xMOOC. Os cMOOC, que são, principalmente os primeiros que surgiram, estão mais fortemente inspirados no conectivismo, por isso o “c” que acompanha o nome. Nos cursos desse tipo, uma parte importante das atividades está dedicada à discussão, o compartilhamento de trabalhos e o intercâmbio de opiniões e experiências entre os participantes do curso, a partir dos materiais de estudo. De forma diferente, os xMOOC são mais instrucionistas, com um peso maior no autoestudo dos conteúdos, vídeo- aulas gravadas e outros materiais, com entrega de tarefas principalmente individuais e realização de testes e questionários com fornecimento de feedback automático. A classificação de cMOOC e xMOOC é útil, mas também é possível encontrar cursos que misturam caraterísticas dos dois tipos. O modelo pedagógico dos MOOC, ainda em desenvolvimento, na atualidade está derivando para modelos talvez mais focalizados, que ainda sendo abertos, tentam evitar a alta evasão natural existente nesse tipo de cursos, realizando um trabalho mais direto, personalizado e também colaborativo, para apoio das comunidades de aprendizagem que podem ser formadas. Os MOOC passam por um período de grande expansão e devem ser uma tendência importante para um futuro próximo. Todo esse movimento, também criou uma discussão sobre o futuro da educação superior, o papel das universidades e da importância da aprendizagem ao longo da vida, além de seu impacto ou influência na empregabilidade das pessoas. Um dos escolhos que ainda devem ser superados para uma maior adoção dos MOOC valorizando os cursos universitários é na possível validação dos créditos obtidos pelas pessoas que realizam estudos por meio deles e sua articulação mais completa em cursos de longa duração. Uma utilidade indireta e pouco divulgada dos MOOC é a descoberta de talentos em qualquer parte do mundo entre os alunos participantes, algo que é muito valorizado nas universidades, principalmente dos Estados Unidos, que oferecem esse tipo de cursos. Como foi possível perceber até aqui, os MOOC possuem uma filosofia de oferecimento de cursos gratuitos e abertos para qualquer interessado
  • 26. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 26 neles, mas o modelo de negócios das universidades privadas que oferecem esse tipo de cursos, ainda está em desenvolvimento, pois embora sendo cursos gratuitos, estuda-se a possibilidade de cobrar taxas para a obtenção dos certificados para as pessoas que tivessem concluído com sucesso os requerimentos do curso. Provavelmente no futuro próximo vamos conviver com uma ampla oferta de cursos massivos de diversos tipos. Este último capitulo técnico, como vocês puderam ver, tenta mostrar alguns conceitos considerados importantes e praticamente ficará em aberto, pois o desenvolvimento tecnológico é muito rápido e as possibilidades de trabalho didático-pedagógico são muito grandes, assim como as responsabilidades e desafios que professores e escola têm para levar adiante a educação das novas gerações. CONCLUINDO NOSSA CONVERSA Como disse Dimenstein em um texto bastante antigo, de 1998, “o bom educador é um administrador de curiosidades. Disposto a criar um aprendiz permanente”, e como este autor adverte: Há uma diferença vital entre encantamento e deslumbramento com as possibilidades tecnológicas para a transmissão do conhecimento. Ninguém aprende nada apenas exposto à informação. A Informação não significa entendimento; pelo contrário, os guardas das bibliotecas seriam intelectuais e os vigias dos museus, críticos de arte. Santaella (2010) faz menção dos fatos que devem ser considerados na educação e na escola enumerados por Jacquinot-Delaunay (2009, p. 172): - pela primeira vez na história, assiste-se a uma inversão da transmissão intergeracional dos saberes e serviços ligados ao computador. São hoje os jovens que transmitem esse saber aos mais velhos; - os saberes e habilidades associados ao computador são adquiridos pelos jovens frequentemente entre os seus pares, numa transmissão horizontal — na escola ou fora dela, de modo informal, mais que estruturada ou estruturante; - não obstante as variações entre países, regiões e níveis sócio-culturais, a verdade é que “a exclusão informática se reduz progressivamente, sobretudo graças à diminuição dos custos e à simplificação dos procedimentos de acesso (...);
  • 27. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 27 - há uma grande disparidade nos usos, quantidade e natureza entre as práticas domésticas e escolares, que é a causa das divergências pedagógicas; - em todo o mundo, para os jovens, as relações sociais passam pela Web. E seguindo essa mesma linha de pensamento, mas agora desde o ponto de vista das línguas no contato com as tecnologias, faço minhas umas palavras ditas por Leffa (2009, p. 121-122): Vivemos num mundo dinâmico e multimidiático, muito além da bidimensionalidade estática do papel e do quadro-negro; é um mundo em movimento, visual e sonoro, todo ele perpassado pela língua que falamos e que ensinamos. Ignorar esse mundo é reduzir e empobrecer a língua que ensinamos. Já há muito evoluímos do disco de vinil para a fita cassete, transportando a música da sala para o carro. Atualmente ainda usamos o CD e o DVD, mas já estamos passando para o mp3 e iPods, levando a imagem, o som, e consequentemente a língua, mais junto a nosso corpo. Sem descartar o papel impresso, e mesmo o quadro, acho que cabe ao professor considerar esse novos instrumentos de mediação que estão sendo postos entre o aluno e o conteúdo a ser aprendido. O acesso a esses suportes linguísticos multimidiáticos, incluindo a internet, esta se popularizando cada vez mais, chegando à periferia em que já é comum ver o aluno pobre carregando orgulhosamente um mp3 ou postando mensagens para seus amigos no Orkut. Ainda que a exclusão digital seja uma realidade, ela é certamente menor do que a exclusão linguística; há muito mais gente sem acesso a uma língua estrangeira do que à internet. Usar os recursos digitais para ensinar a língua é uma maneira de diminuir a exclusão tanto de um lado como de outro, O acesso à língua estrangeira pode aumentar o acesso à rede, que, por sua vez, pode facilitar a aprendizagem da língua. Se for verdade que cada vez que se introduz uma nova tecnologia cria-se uma nova legião de excluídos, também é verdade que com as novas tecnologias criam-se novas possibilidades de inclusão. Com esta reflexão sobre a importância das tecnologias na educação e desenvolvimento dos indivíduos da nossa sociedade quero concluir nossa conversa, que poderá seguir por outras vias e em outros momentos. Muito obrigado. Agora a responsabilidade está com vocês. Espero ter cumprido meu objetivo inicial com este breve passeio pela Educação a Distância, sem perder o foco de que, além de vocês serem estudantes de uma carreira
  • 28. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 28 universitária semipresencial, também serão professores de uma língua diferente da materna. A informação básica necessária está exposta aqui acima, mas se quiserem ler mais, podem consultar cada uma das seções de “para saber mais”, referentes a cada item aqui tratado. <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<o>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Para saber mais: 1- Sobre EaD, e-learning e EOL (opcional): - ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, 2003, v.29, n. 2. Disponível em: http://bit.ly/128S0A3. - CARVALHO, Alexandre. Investimento que dá certo. Revista TI, 19 de abril de 2002. Disponível em: http://bit.ly/13kvAsa. - FERNANDES, Patrícia Cunha. O e-learning como ferramenta estratégica para o treinamento e o desenvolvimento de pessoas e organizações. Textos EaD, ABED, 25-04-2013. Disponível em: http://bit.ly/11MZsKZ. - KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. E-Learning na contabilidade, Gestiopolis, 03-2005. Disponível em: http://bit.ly/17wGr7X . - Ver definição de “EaD” e também de E-learning no glossário geral do nosso curso. 2- Sobre hipertexto e hipermídia (opcional): Textos - GOMES, Luiz Fernando. Hipertexto no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2011. - HEINE, Palmeira. Considerações sobre o hipertexto e os gêneros virtuais emergentes no seio da tecnologia digital. Revista Inventário, n. 4, jul/2005. Disponível em: http://bit.ly/116iKfA. - LEÃO, Lúcia. O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. São Paulo: Iluminuras, 1999. - MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. Hipertexto: algumas considerações. In: Anais do CELLI. Colóquio de Estudos Linguísticos e Literários, 3, 2007, Maringá. 2009, p. 1389-1398. Disponível em: http://bit.ly/1blsCXb. - SILVA, Marco. Educar na Cibercultura. desafios à formação de professores para docência em cursos online. Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, n. 3, p. 36-51, janeiro-junho de 2010. Disponível em: http://bit.ly/13rRP0Q. - XAVIER, Antonio Carlos. Hiperleitura e interatividade na web 2.0. In: RETTENMAIER, Miguel ; RÖSING, Tania M K. (Org.). Questões de leitura no hipertexto. 1ed.Passo Fundo: UPF Editora, 2007. Disponível em: http://bit.ly/12xFaN7.
  • 29. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 29 - XAVIER, Antonio Carlos. Leitura, texto e hipertexto. In: Marcushi, L.A.; Xavier, A.C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, pp. 170-180, 2004. - Ver “A linguagem digital” (páginas 31 a 33 do livro de Kenski, 2007). Videografia - O que é hipertexto? Vídeo em que Demi GetschKo explica rapidamente no programa Roda Viva o que é hipertexto, 13/4/09 (duração: 0,56 min.) (http://www.youtube.com/watch?v=iphEbL4KS2o). - Hipertexto: o que é isso? Vídeo em que o professor Antônio Carlos Xavier explica com mais detalhes o que hipertexto (http://www.youtube.com/watch?v=2qIe4BTfvUk). (assistir do início até o minuto 4:05), 3- Sobre AVA e LMS (opcional): - ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, 2003, vol.29, n. 2. Disponível em: http://bit.ly/11nnsVf. - MAÇADA, D. L. Rede virtual de aprendizagem : interação em uma ecologia digital. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Porto Alegre - RS - Brasil, 2001. - MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. O blog como um hipergênero costelar. Revista Linguasagem, 15° ed., 2010a. Disponível em: http://bit.ly/sEz6rC. - MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. A leitura e a produção textual na Cibercultura: reflexões acerca da possível contribuição do blog no ensino e aprendizagem da língua materna. Anais eletrônicos. 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação. "Redes sociais e aprendizagem", 2010b. Disponível em: http://bit.ly/13vNoSI. - TORI, Romero. O Virtual que Marca Presença. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 2, n. 1, 2003. Disponível em: http://bit.ly/15VXDAC. - ______. O Virtual que Marca Presença (Cont.). Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 2, n. 1, 2003. Disponível em: http://bit.ly/198MbFq. - Ver definições de “Ferramenta síncrona”, “LMS” (Learning Management System) e “Moodle” no glossário geral do nosso curso. - Ver “Ambientes virtuais de aprendizagem” (páginas 94 a 100 do livro de Kenski, 2007). 4- Sobre cooperação e colaboração (opcional): - COSTA, Cleide Jane de Sá Araújo; PARAGUAÇU, Fábio; MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Ferramentas de aprendizagem colaborativa na Internet. In: Luís Paulo Leopoldo Mercado (org.) Experiências com Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. Maceió: EDUFAL, 2006, p. 23-46. -PEDRO, António. Escrita Colaborativa, s/d. Disponível em: http://slidesha.re/9gOnEu.
  • 30. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 30 - ROSADO, Luiz Alexandre da Silva; BOHADANA, Estrella. Autoria coletiva na educação: análise da ferramenta wiki para cooperação e colaboração no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. V E-TIC, 12- 13 de novembro de 2007, p. 1-19. Disponível em: http://bit.ly/1bkstDF. - Ver a definição de “cooperação” no glossário geral do nosso curso. 5- Sobre distância transacional (opcional): - GROF, Luciana et al. A teoria da distância transaccional – Michael Moore. Universidade Aberta. s/d. Disponível em: http://bit.ly/14pVfSO. - MOORE, Michael G. Teoria da Distância Transacional, 1993. Disponível em: http://bit.ly/13pD1yc. - “Das salas de aula aos ambientes virtuais de aprendizagem” (páginas 85 a 94 do livro de Kenski, 2007). 6- Sobre a web 2.0 (a web social) (opcional): - ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do blog – o Edublog, Professor Digital, SBO, 26 out. 2009. Disponível em: http://bit.ly/5vWAwV. - AGÊNCIA FAPESP. Uso de blogs beneficia alunos, diz pesquisa. Info Exame, 30-12-2008. Disponível em: http://abr.ai/11pqXdC. - BOHN, Vanessa Cristiane Rodrigues. O potencial da web 2.0 e suas possibilidades para o ensino de língua estrangeira: apresentando o podcasting, wiki e a rede social Ning. Letras & Letras, Uberlândia v. 25, n. 2, p. 173-191, jul./dez. 2009. Disponível em: http://bit.ly/112rkiU. - COTES, Paloma. Quer aprender? Crie um blog. Revista Época, ed. 456, 12 de fev. de 2007. Disponível em: http://glo.bo/112zrvP. - DIAS, Reinildes. WebQuests no proceso de aprendizagem de L2 no meio online.In: Paiva, V.L.M.O. (Org). Interação e aprendizagem em ambiente virtual. 2ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, p. 359-394. Disponível em: http://bit.ly/1blTOoL. - DIAS, Reinildes. Integración das TIC ao ensino e aprendizagem de língua estrangeira e o aprender colaborativo online. Revista Moara. Belém: UFPA- Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários, n. 30, 2008. Disponível em: http://bit.ly/QnjOJY. - FONTANA, Marcus Vinícius Liessem; FIALHO, Vanessa Ribas. Postando e aprendendo: O uso de blogs na educação com ênfase no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. Signo, Vol. 35, Signo Especial – Ensino de Língua Estrangeira, p. 182-196, 2010.Disponível em: http://bit.ly/17AT6qG. - FRANCO, Claudio de Paiva. Novas tecnologias no ensino de inglês. Apresentação do VII Encontro de Professores de Língua Inglesa do Rio de Janeiro, UERJ, 2010. - LEAL, Juliana Helena Gomes. O ensino de E/LE e as novas tecnologias: repensando o trabalho com as atividades de compreensão auditiva. Anais Hipertexto 2009. Disponível em: http://bit.ly/16Vw3Y5. - O’REILLY, Tim. What is Web 2.0: design patterns and business models for the next generation of software, 2005. Disponível em: http://oreil.ly/aa1sP.
  • 31. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 31 - O’REILLY, Tim. Web 2.0: compact definition?”, 2005. Disponível em: http://oreil.ly/1ahpB9. - POMBO, Teresa. Weblogs na Educação. Uma experiência no ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e das TIC. In: Weblogs na Educação: 3 Experiências, 3 Testemunhos, Escola Superior de Educação de Setúbal, 3 de março de 2007. Disponível em: http://bit.ly/119IWpG - SCHULZ, Carolina Viviana Alayo Hidalgo. O ensino e a aprendizagem de língua espanhola por meio de redes sociais – O relato de uma experiência, 2010. Disponível em: http://slidesha.re/h43Kiq. - SESC. WebQuest: a Internet na Aprendizagem Cooperativa. Universo EaD. Revista eletrônica do SESC-SP, novembro de 2004. Disponível em: http://bit.ly/13QGnLd. - SILVA, Nadja Naira Salgueiro. Aprendizagem colaborativa on-line na visão dos alunos. Linguagens e Diálogos, v. 2, n. 2, p. 69-82, 2011. Disponível em: http://bit.ly/119mSvf. 7- Sobre Aprendizagem móvel (m-learning) e Aprendizagem ubíqua (U-learning) (opcional): - BATISTA, Silvia; BEHAR, Patricia; PASSERINO, Liliana; BARBOSA, Jorge. M-learning e Celulares: em busca de soluções práticas. Cadernos de Informática, v. 6, n. 1, 2011. Disponível em: http://bit.ly/19gPJpo - GARCÍA, I. et al. Informe Horizon: Edición Iberoamericana 2010. Austin, Texas: The New Media Consortium, 2010. Disponível em: http://bit.ly/cdmo9f. - GOMES, Patrícia. 10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula. Porvir. 25/02/2013. Disponível em: http://bit.ly/15eLqX8. - INFO EXAME. Banda larga ultrapassa 89 mi de acessos em novembro. Info Exame, 22 de dezembro de 2012. Disponível em: http://abr.ai/Rc8mT3. - O’MALLEY, C. et al. D4.1 guidelines for learning in a mobile environment, MOBIlearn/UoB.OU/wp4/d4.1/1.2, 2005. Disponível em: http://bit.ly/17CgTqd. - PATTEN, Bryan; ARNEDILLO SÁNCHEZ, Immaculada; TANGNEY, Brendan. Designing collaborative, contructionist and contextual applications for handheld devices. Computers & Educations, v. 46, n. 3, p. 294-308, April 2006. Disponível em: http://bit.ly/ZEUkfI - SANTAELLA, Lúcia. A aprendizagem ubíqua substitui a educação formal? ReCeT. Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP, v. II, n. 1, p. 17-22, 2010. Disponível em: http://bit.ly/13xy9sh. - SOUSA, Dayanne. Cursos por celular, a nova investida da Abril Educação. O Estado de São Paulo. Economia & Negócios, 12 de março de 2013. Disponível em: http://bit.ly/Wl6BnP. 8- Sobre “Ambiente Pessoal de Aprendizagem” (PLE) (opcional): - ANDRADE, Hurika Fernandes de; CARVALHO, Ana Beatriz. Efetividade do uso de ferramentas da web 2.0 em AVA: Colaboração, Autonomia e
  • 32. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 3. Prof. Gonzalo Abio. 32 Autoria do aluno. Revista EDaPECI, v. 13, n. 1, p. 114-140, 2013. Disponível em: http://bit.ly/QaB1ZX - CABERO, Julio; MARÍN, Verónica; INFANTE, Alfonso. Creación de un entorno personal para el aprendizaje: desarrollo de una experiencia. EDUTEC, Revista Electrónica de Tecnología Educativa, 38, 2011. Disponível em: http://bit.ly/1gcHmKI - MOTA, José Carlos. Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. Educação, Formação & Tecnologias, vol. 2 (2), Novembro, 2009. Disponível em: http://bit.ly/1hEg9Am - RODRIGUES, Pedro de Jesus Borges. Ambientes pessoais de aprendizagem: Conceções e práticas. Mestrado em Educação. Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, 2012. Disponível em: http://bit.ly/PVo9ab - SILVA, Siony da. Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE) como recurso de aprendizagem para o professor. Revista GEINTEC, v. 2, n. 2, p. 120-128, 2012. Disponível em: http://bit.ly/1gcI1fh 9- Sobre MOOC (opcional): - MATTAR, João. Aprendizagem em ambientes virtuais: teorias, conectivismo e MOOCs. TECCOGS: Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, v. 7, p. 21-40, 2013. Disponível em: http://bit.ly/PVreao Webgrafia http://pt.wikipedia.org/wiki/MOOC http://www.educacontic.es/blog/moocs-el-concepto http://www.mooc.es/que-es-un-mooc http://porvir.org/porcriar/usp-veduca-lancam-primeiro-mooc-da-america- latina/20130610 10- Sobre “Concluindo nossa conversa” (opcional): - DIMENSTEIN, Gilberto. O Aprendiz do Futuro - como as novas tecnologias viraram a educação de pernas para o ar. Folha de São Paulo, 1998. Disponível em: http://bit.ly/11DfBqz. - JACQUINOT-DELAUNAY, Geneviève. Convergência tecnológica, divergências pedagógicas: algumas observações sobre os ―nativos digitais‖ e a escola. In: BARBOSA, Marialva; FERNANDES, Márcio; MORAIS, Osvando José de (Org). Comunicação, educação e cultura na era digital. (Coleção Intercom de Comunicação, n. 23). São Paulo: Intercom, 2009, p. 167-182. Disponível um resumo em: http://bit.ly/ZF421z. - LEFFA, V. J. Por um ensino de idiomas mais includente no contexto social atual. In: LIMA, D. C. de (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa. Conversa com especialistas (série Estratégias de ensino, 11). São Paulo: Parábola editorial, 2009. p. 113-123.