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Da Antiga Grécia à atualidade
Foi na antiga civilização Grega ( 776 a.C) que surgiram os Jogos
Olímpicos.
O povo grego apesar de falar a
mesma língua e de ter as mesmas
crenças religiosas, apresentava
alguns conflitos entre si . Os jogos
eram uma forma de apaziguar
esses desentendimentos.
Prof. Susana Simões
Estátua de Afrodite (ou deusa romana
Vénus de Milo), Musée du Louvre)
Busto de Zeus. Copia romana do
original grego do séc. IV a.C.
Apolo - Original grego atribuído
a Leocarés, hoje nos Museus
Vaticanos
Os gregos eram politeístas, acreditavam em vários deuses que
imaginavam semelhantes aos seres humanos.
Prof. Susana Simões
Atena - cópia romana de original
grego atribuído a Fídias. Museus
Vaticanos
Poseidon, estátua atribuída a Milos, 2nd century BC
(National Archaeological Museum of Athens)
Prof. Susana Simões
Uma das formas dos gregos prestarem culto aos deuses consistia em
organizar competições artístico-desportivas em sua honra – os jogos.
Ao mais famosos foram os Jogos Olímpicos, que se celebravam em
Olímpia, de 4 em 4 anos, em honra de Zeus.
Os jogos eram uma forma de devoção tipicamente grega – para os
atletas, vencer as provas a que concorriam era símbolo de prestigio.
As primeiras Olimpíadas ter-se-ão realizado em 776 a.C. e terão
continuado até ao ano 394, altura em que foram suprimidas pelo
Imperador romano Teodósio, por considerá-las uma forma de culto
pagão.
Prof. Susana Simões
A cidade escolhida foi Olímpia, uma cidade de fácil acesso por via
marítima. Essa era uma das grandes preocupações dos gregos,
uma vez que, tanto participantes, como espetadores, deslocavam-
se de diferentes cidades do mundo grego.
Prof. Susana Simões
“Herácles, meus senhores, é digno de memória, por
muitas e belas ações e, em especial, por ter sido o
primeiro a instituir este concurso (…) Até àquele
tempo, as cidades gregas viviam isoladas umas das
outras. Então, ele criou uma competição física e uma
parada de inteligência no lugar mais belo da Grécia, a
fim de que nos reuníssemos no mesmo sítio, por amor
dessas manifestações. Entendia ele que esta reunião
seria o começo da amizade entre todos os Helenos”.
Lísias (orador do séc. IV a.C.), Discurso em Olímpia
Representação de Héracles
num vaso grego no século V
a.C.
Museu do Louvre, Paris
Segundo a mitologia, o início dos Jogos Olímpicos deve-se a Herácles.
Com eles pretendia, por um lado, homenagear Zeus pela ajuda que lhe
dera na conquista de Elis e na guerra contra Augias, por outro,
contribuir para a pacificação do povo, razão pela qual durante a
realização dos jogos, era decretada a trégua sagrada.
Prof. Susana Simões
Olímpia ficou conhecida pela
gigantesca estátua de Zeus,
feita em marfim e ouro, criada pelo
escultor Fídias para o templo
localizado no centro do santuário.
Reconstituição da estátua de Zeus O que resta do santuário na atualidade
Prof. Susana Simões
Santuário da Cidade-estado de
Olímpia
A- Templo de Zeus
B- Templo de Hera
C- Estádio (192,27 m)
D- Ginásio
E- Palestra
F- Instalações para os
visitantes importantes
Prof. Susana Simões
Reconstituição da entrada para o “stadium”
O que resta do “stadium” na atualidade
Prof. Susana Simões
Dez meses antes de sua realização, eram enviados arautos
(mensageiros) que anunciavam a todo o mundo grego a data
concreta em que se desenrolariam os jogos e convidavam atletas e
espetadores a participar. Anunciavam também a trégua sagrada,
que proibia a guerra durante o período dos jogos, a fim de proteger
todos os participantes durante a vinda, permanência e regresso.
“Os jogos são um costume que nos leva a
celebrar tréguas (entre cidades inimigas) e a
renunciar aos ódios para nos reunirmos num
mesmo lugar, em que as orações e os sacrifícios,
feitos em conjunto, nos recordam a nossa
origem comum.”
Isócrates (orador do séc.IV a.C.)
Prof. Susana Simões
As pessoas dos lugares mais distantes
deslocavam-se a Olímpia para assistir aos
jogos. As mulheres não podiam participar
nos jogos que se realizavam no santuário
de Zeus, uma área consagrada aos
homens. Elas só podiam assistir às
corridas realizadas fora do recinto
sagrado.
Representação de uma corrida de quadriga,
num vaso grego no século V a.C.
Prof. Susana Simões
Dia 1
Orações e sacrifícios dedicados a Zeus. Cerimónia de juramento dos
atletas e dos juízes.
Palestras públicas de filósofos e historiadores. Recitais de poesia.
Dia 2 a 5
Provas no stadium e na palestra: corridas a pé, luta, pugilato, pentatlo.
Provas no hipódromo: corridas de carros e corridas a cavalo.
Dia 6
Banquete em honra dos vencedores, que recebiam como prémio coroas
de folhas de oliveira.
Cerimónias em honra de Zeus e Hera.
Os jogos olímpicos realizavam-se durante 6 dias.
Prof. Susana Simões
Os atletas podiam ser de qualquer cidade, mas tinham de ser homens ou
adolescentes livres e de ascendência grega. A maioria pertencia aos grupos mais
abastados e tinham sido iniciados no desporto desde muito novos.
Prof. Susana Simões
Se alguém, no santuário de Zeus em
Olímpia, alcançar a vitória na corrida,
graças à velocidade dos seus pés, ou no
pentatlo ou na luta (…), tornar-se-á mais
ilustre aos olhos dos seus concidadãos, terá
o lugar de honra nos jogos e será
sustentado durante toda a vida pela sua
cidade.
Xenófanes (filósofo do sec. V a.C.)
Vaso grego do século V a.C.
Prof. Susana Simões
Os Jogos Olímpicos eram supervisionados por juízes, sorteados dez
meses antes do início do concurso.
Os juízes eram responsáveis por:
- garantir o bom estado dos edifícios do santuário;
- garantir o policiamento e segurança;
- intervir nas provas, sorteando os atletas, arbitrando e proclamando
os vencedores, os quais coroavam.
- julgar de forma imparcial os concorrentes.
- ordenar a execução dos castigos aos que não cumprissem as regras
da organização.
Prof. Susana Simões
Luta Corridas equestres
Corridas pedestres Lançamento do disco
Pentatlo (corrida, lançamento
do disco, salto em comprimento,
lançamento do dardo e luta)
Prof. Susana Simões
Os atletas vencedores recebiam uma coroa de glória feita com
folhas de oliveira, símbolo de glória e respeito por parte da população.
As vitórias eram perpetuadas na poesia, pintura, escultura, o que
transformava os atletas em heróis, dignos de honras múltiplas na sua
cidade.
Prof. Susana Simões
Em 426 o Imperador romano Teodósio II, mandou queimar o
santuário de Zeus para se certificar que não se realizariam mais
jogos, pelo que esta data assinala o fim dos Jogos Olímpicos da
Antiguidade.
Prof. Susana Simões
Pierre de Fredy, Barão de Coubertin ficou internacionalmente conhecido por
ter criado os Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Organizou um congresso internacional em Paris
(1894), onde propôs que se recuperasse a
tradição de realizar um evento desportivo
internacional, inspirado no que se fazia
na Grécia Antiga. Foi constituído o Comité
Olímpico Internacional, (do qual o barão seria
secretário geral), e decidiu-se que os primeiros
Jogos Olímpicos da Era Moderna teriam lugar
em Atenas, na Grécia e que a partir daí, seriam
realizados de 4 em 4 anos (uma Olimpíada).
Prof. Susana Simões
Dois anos depois realizaram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1896.
O lema:
Citius, Altius, Fortius, (Mais
rápido, mais alto e mais forte)
chamava a atenção para que o
mais importante na vida não é
o triunfo, mas a luta; O
essencial não é ter ganho, mas
ter lutado bem.
Apesar dos jogos terem contado sempre com a presença de atletas
oriundos de diferentes países, só em Estocolmo, em 1912, é que
conseguiram reunir-se participantes dos 5 continentes.
Prof. Susana Simões
Em 1913, o barão idealizou a bandeira
olímpica e apresentou-a ao congresso
no ano seguinte. Nela constariam 5
arcos entrelaçados representando a
união entre os continentes. Seria
estreada em 1920, nas Olimpíadas de
Antuérpia.
Em 1931, Pierre de Coubertin, explicava o significado da bandeira:
“A bandeira Olímpica […] tem um fundo branco, com cinco anéis entrelaçados no centro:
azul, amarelo, preto, verde e vermelho.
[…]. Este desenho é simbólico; ele representa os cinco continentes do mundo, unidos
pelo Olimpismo, enquanto as seis cores são aquelas que aparecem em todas as bandeiras
nacionais do mundo de Hoje.”
Prof. Susana Simões
- O Acendimento
Em memória das origens dos Jogos, a
chama é acesa em Olímpia (Grécia),
alguns meses antes da abertura dos
Jogos.
- A Tocha
É criada uma nova tocha por cada edição
dos Jogos. Cada corredor da estafeta
carrega-a e não pode deixá-la apagar-se.
A chama Olímpica é um dos mais conhecidos símbolos dos Jogos
Olímpicos desde a Antiguidade. Recuperada em 1928, a chama e o seu
transporte através dos vários países, simboliza a amizade entre os
povos.
Prof. Susana Simões
A chegada da chama Olímpica ao
estádio, transportada por estafeta, é
um dos pontos altos da cerimónia de
abertura. O último corredor da
estafeta, transfere a chama da tocha
para o lugar onde ela continuará a
arder durante toda a duração dos
Jogos. A chama é extinta no último
dia, no fecho da cerimónia de
encerramento.
- A Rota da Estafeta
Levada por estafeta desde Olímpia até à cidade anfitriã dos Jogos, a
chama atravessa diversas regiões, países e continentes.
Prof. Susana Simões
Pro. Susana Simões
Nos últimos Jogos Olímpicos, a tocha olímpica foi transportada por
por 12 000 carregadores em 83 cidades brasileiras (incluindo as
capitais dos 26 estados e do Distrito Federal). Após a fase grega
(de Olímpia a Atenas), a tocha passou pelas cidades suíças de
Genebra e Lausanne, onde visitou a sede das Nações Unidas e a
sede do Comité Olímpico Internacional, juntamente com o Museu
Olímpico, ficando exposta por um dia. A fase brasileira começou na
capital, Brasília, e terminou no Rio de Janeiro durante a cerimónia
de abertura dos Jogos Olímpicos.
Pro. Susana Simões
Pro. Susana Simões
Todas as imagens utilizadas neste trabalho foram retiradas de sítios na
Internet.
Prof. Susana Simões

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Da Antiga Grécia aos Jogos Modernos

  • 1. Da Antiga Grécia à atualidade
  • 2. Foi na antiga civilização Grega ( 776 a.C) que surgiram os Jogos Olímpicos. O povo grego apesar de falar a mesma língua e de ter as mesmas crenças religiosas, apresentava alguns conflitos entre si . Os jogos eram uma forma de apaziguar esses desentendimentos. Prof. Susana Simões
  • 3. Estátua de Afrodite (ou deusa romana Vénus de Milo), Musée du Louvre) Busto de Zeus. Copia romana do original grego do séc. IV a.C. Apolo - Original grego atribuído a Leocarés, hoje nos Museus Vaticanos Os gregos eram politeístas, acreditavam em vários deuses que imaginavam semelhantes aos seres humanos. Prof. Susana Simões
  • 4. Atena - cópia romana de original grego atribuído a Fídias. Museus Vaticanos Poseidon, estátua atribuída a Milos, 2nd century BC (National Archaeological Museum of Athens) Prof. Susana Simões
  • 5. Uma das formas dos gregos prestarem culto aos deuses consistia em organizar competições artístico-desportivas em sua honra – os jogos. Ao mais famosos foram os Jogos Olímpicos, que se celebravam em Olímpia, de 4 em 4 anos, em honra de Zeus. Os jogos eram uma forma de devoção tipicamente grega – para os atletas, vencer as provas a que concorriam era símbolo de prestigio. As primeiras Olimpíadas ter-se-ão realizado em 776 a.C. e terão continuado até ao ano 394, altura em que foram suprimidas pelo Imperador romano Teodósio, por considerá-las uma forma de culto pagão. Prof. Susana Simões
  • 6. A cidade escolhida foi Olímpia, uma cidade de fácil acesso por via marítima. Essa era uma das grandes preocupações dos gregos, uma vez que, tanto participantes, como espetadores, deslocavam- se de diferentes cidades do mundo grego. Prof. Susana Simões
  • 7. “Herácles, meus senhores, é digno de memória, por muitas e belas ações e, em especial, por ter sido o primeiro a instituir este concurso (…) Até àquele tempo, as cidades gregas viviam isoladas umas das outras. Então, ele criou uma competição física e uma parada de inteligência no lugar mais belo da Grécia, a fim de que nos reuníssemos no mesmo sítio, por amor dessas manifestações. Entendia ele que esta reunião seria o começo da amizade entre todos os Helenos”. Lísias (orador do séc. IV a.C.), Discurso em Olímpia Representação de Héracles num vaso grego no século V a.C. Museu do Louvre, Paris Segundo a mitologia, o início dos Jogos Olímpicos deve-se a Herácles. Com eles pretendia, por um lado, homenagear Zeus pela ajuda que lhe dera na conquista de Elis e na guerra contra Augias, por outro, contribuir para a pacificação do povo, razão pela qual durante a realização dos jogos, era decretada a trégua sagrada. Prof. Susana Simões
  • 8. Olímpia ficou conhecida pela gigantesca estátua de Zeus, feita em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo localizado no centro do santuário. Reconstituição da estátua de Zeus O que resta do santuário na atualidade Prof. Susana Simões
  • 9. Santuário da Cidade-estado de Olímpia A- Templo de Zeus B- Templo de Hera C- Estádio (192,27 m) D- Ginásio E- Palestra F- Instalações para os visitantes importantes Prof. Susana Simões
  • 10. Reconstituição da entrada para o “stadium” O que resta do “stadium” na atualidade Prof. Susana Simões
  • 11. Dez meses antes de sua realização, eram enviados arautos (mensageiros) que anunciavam a todo o mundo grego a data concreta em que se desenrolariam os jogos e convidavam atletas e espetadores a participar. Anunciavam também a trégua sagrada, que proibia a guerra durante o período dos jogos, a fim de proteger todos os participantes durante a vinda, permanência e regresso. “Os jogos são um costume que nos leva a celebrar tréguas (entre cidades inimigas) e a renunciar aos ódios para nos reunirmos num mesmo lugar, em que as orações e os sacrifícios, feitos em conjunto, nos recordam a nossa origem comum.” Isócrates (orador do séc.IV a.C.) Prof. Susana Simões
  • 12. As pessoas dos lugares mais distantes deslocavam-se a Olímpia para assistir aos jogos. As mulheres não podiam participar nos jogos que se realizavam no santuário de Zeus, uma área consagrada aos homens. Elas só podiam assistir às corridas realizadas fora do recinto sagrado. Representação de uma corrida de quadriga, num vaso grego no século V a.C. Prof. Susana Simões
  • 13. Dia 1 Orações e sacrifícios dedicados a Zeus. Cerimónia de juramento dos atletas e dos juízes. Palestras públicas de filósofos e historiadores. Recitais de poesia. Dia 2 a 5 Provas no stadium e na palestra: corridas a pé, luta, pugilato, pentatlo. Provas no hipódromo: corridas de carros e corridas a cavalo. Dia 6 Banquete em honra dos vencedores, que recebiam como prémio coroas de folhas de oliveira. Cerimónias em honra de Zeus e Hera. Os jogos olímpicos realizavam-se durante 6 dias. Prof. Susana Simões
  • 14. Os atletas podiam ser de qualquer cidade, mas tinham de ser homens ou adolescentes livres e de ascendência grega. A maioria pertencia aos grupos mais abastados e tinham sido iniciados no desporto desde muito novos. Prof. Susana Simões
  • 15. Se alguém, no santuário de Zeus em Olímpia, alcançar a vitória na corrida, graças à velocidade dos seus pés, ou no pentatlo ou na luta (…), tornar-se-á mais ilustre aos olhos dos seus concidadãos, terá o lugar de honra nos jogos e será sustentado durante toda a vida pela sua cidade. Xenófanes (filósofo do sec. V a.C.) Vaso grego do século V a.C. Prof. Susana Simões
  • 16. Os Jogos Olímpicos eram supervisionados por juízes, sorteados dez meses antes do início do concurso. Os juízes eram responsáveis por: - garantir o bom estado dos edifícios do santuário; - garantir o policiamento e segurança; - intervir nas provas, sorteando os atletas, arbitrando e proclamando os vencedores, os quais coroavam. - julgar de forma imparcial os concorrentes. - ordenar a execução dos castigos aos que não cumprissem as regras da organização. Prof. Susana Simões
  • 17. Luta Corridas equestres Corridas pedestres Lançamento do disco Pentatlo (corrida, lançamento do disco, salto em comprimento, lançamento do dardo e luta) Prof. Susana Simões
  • 18. Os atletas vencedores recebiam uma coroa de glória feita com folhas de oliveira, símbolo de glória e respeito por parte da população. As vitórias eram perpetuadas na poesia, pintura, escultura, o que transformava os atletas em heróis, dignos de honras múltiplas na sua cidade. Prof. Susana Simões
  • 19. Em 426 o Imperador romano Teodósio II, mandou queimar o santuário de Zeus para se certificar que não se realizariam mais jogos, pelo que esta data assinala o fim dos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Prof. Susana Simões
  • 20. Pierre de Fredy, Barão de Coubertin ficou internacionalmente conhecido por ter criado os Jogos Olímpicos da Era Moderna. Organizou um congresso internacional em Paris (1894), onde propôs que se recuperasse a tradição de realizar um evento desportivo internacional, inspirado no que se fazia na Grécia Antiga. Foi constituído o Comité Olímpico Internacional, (do qual o barão seria secretário geral), e decidiu-se que os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna teriam lugar em Atenas, na Grécia e que a partir daí, seriam realizados de 4 em 4 anos (uma Olimpíada). Prof. Susana Simões
  • 21. Dois anos depois realizaram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1896. O lema: Citius, Altius, Fortius, (Mais rápido, mais alto e mais forte) chamava a atenção para que o mais importante na vida não é o triunfo, mas a luta; O essencial não é ter ganho, mas ter lutado bem. Apesar dos jogos terem contado sempre com a presença de atletas oriundos de diferentes países, só em Estocolmo, em 1912, é que conseguiram reunir-se participantes dos 5 continentes. Prof. Susana Simões
  • 22. Em 1913, o barão idealizou a bandeira olímpica e apresentou-a ao congresso no ano seguinte. Nela constariam 5 arcos entrelaçados representando a união entre os continentes. Seria estreada em 1920, nas Olimpíadas de Antuérpia. Em 1931, Pierre de Coubertin, explicava o significado da bandeira: “A bandeira Olímpica […] tem um fundo branco, com cinco anéis entrelaçados no centro: azul, amarelo, preto, verde e vermelho. […]. Este desenho é simbólico; ele representa os cinco continentes do mundo, unidos pelo Olimpismo, enquanto as seis cores são aquelas que aparecem em todas as bandeiras nacionais do mundo de Hoje.” Prof. Susana Simões
  • 23. - O Acendimento Em memória das origens dos Jogos, a chama é acesa em Olímpia (Grécia), alguns meses antes da abertura dos Jogos. - A Tocha É criada uma nova tocha por cada edição dos Jogos. Cada corredor da estafeta carrega-a e não pode deixá-la apagar-se. A chama Olímpica é um dos mais conhecidos símbolos dos Jogos Olímpicos desde a Antiguidade. Recuperada em 1928, a chama e o seu transporte através dos vários países, simboliza a amizade entre os povos. Prof. Susana Simões
  • 24. A chegada da chama Olímpica ao estádio, transportada por estafeta, é um dos pontos altos da cerimónia de abertura. O último corredor da estafeta, transfere a chama da tocha para o lugar onde ela continuará a arder durante toda a duração dos Jogos. A chama é extinta no último dia, no fecho da cerimónia de encerramento. - A Rota da Estafeta Levada por estafeta desde Olímpia até à cidade anfitriã dos Jogos, a chama atravessa diversas regiões, países e continentes. Prof. Susana Simões
  • 25. Pro. Susana Simões Nos últimos Jogos Olímpicos, a tocha olímpica foi transportada por por 12 000 carregadores em 83 cidades brasileiras (incluindo as capitais dos 26 estados e do Distrito Federal). Após a fase grega (de Olímpia a Atenas), a tocha passou pelas cidades suíças de Genebra e Lausanne, onde visitou a sede das Nações Unidas e a sede do Comité Olímpico Internacional, juntamente com o Museu Olímpico, ficando exposta por um dia. A fase brasileira começou na capital, Brasília, e terminou no Rio de Janeiro durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos.
  • 28. Todas as imagens utilizadas neste trabalho foram retiradas de sítios na Internet. Prof. Susana Simões