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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE
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            ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS EM ODONTOGERIATRIA

                                                                   Marco Tulio Pettinato Pereira¹
                                                              Fernando Luiz Brunetti Montenegro²
                                                                            Flávia Martão Flório³

RESUMO: O objetivo deste artigo foi de relatar algumas estratégias preventivas em
Odontogeriatria. O envelhecimento populacional traz um número enorme de implicações como as
mudanças fisiológicas, as doenças sistêmicas, as deficiências físicas e mentais, dentre outras.
Mas a Odontogeriatria é uma ciência fundamental não somente no tratamento curativo,
restaurador, como no que se refere à medidas preventivas. Concluíu-se que os governantes
necessitam investir maiores recursos na questão da Odontogeriatria e neste aspecto as atividades
preventivas educacionais odontogeriátricas são imprescindíveis e devem ser realizadas
frequentemente pelos cirurgiões-dentistas. Os profissionais devem conhecer os aspectos
biopsicossociais da terceira idade, e através de estratégias preventivas, proporcionar a promoção
de saúde com o intuito da qualidade de vida nesta faixa etária.

PALAVRAS-CHAVE: GERONTOLOGIIA, ODONTOGERIATRIA,                        PREVENÇÃO,       IDOSOS,
ATIVIDADES ODONTOGERIÁTRICAS, QUALIDADE DE VIDA.

                     PREVENTIVE STRATEGIES IN DENTISTRY

ABSTRACT: The objective of this article was to report some preventive strategies in Geriatric
dentistry. The aging population brings a huge number of implications such as physiological
changes, the systemic diseases, the physical and mental disabilities, among others. But the
Geriatric dentistry is a fundamental science not only in curative treatment, restorative, like the
preventive measures. Concluded that the government need invest more resources in the matter of
Geriatric dentistry and this aspect the preventive activities educational odontogeriatrics are
essential and must be performed frequently by dentists. Professionals should know the
biopsychosocial aspects of old age, and through preventive strategies, implement health promotion
with the objective of quality of life in this age group.

KEYWORDS: GERONTOLOGY, GERIATRIC DENTISTRY,                          PREVENTION,       ELDERLY,
ODONTOGERIATRICS ACTIVITIES, QUALITY OF LIFE.
¹ Especialista em Saúde Coletiva (SLMandic), Saúde Pública (UNAERP) e Saúde da Família
(UCAM)
² Mestre e Doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa
Ondina Lobo
³ Mestre e Doutora FOP/UNICAMP, Profa. Fac. Uniararas, Especialista Saúde Coletiva
(SLMandic).




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                                             ser conhecido e considerado pelo
1 INTRODUÇÃO                                 cirurgião-dentista.13
                                                     Tendo em vista o crescimento
        Nas últimas décadas, tem sido        da população de idosos, este artigo
constatado um declínio nas taxas de          tem o objetivo de relatar algumas
natalidade   e    um    aumento    na        estratégias        preventivas   em
expectativa de vida, com consequente         Odontogeriatria ( sin: Odontologia
crescimento da população idosa,              Geriátrica).
graças ao desenvolvimento da ciência
                                             Revisão da Literatura e Discussão
e de novas tecnologias, que tem como                 Historicamente            existem
objetivo a melhora na qualidade de           deficiências acumuladas pelo sistema
vida28. E quanto mais longa a vida           de saúde no tratamento odontológico
média da população, mais importante          no idoso, como por exemplo, o
se torna o conceito de qualidade de          despreparo de tal sistema para
                                             preencher as necessidades especiais
vida, e a saúde bucal tem um papel
                                             do idoso, a educação inadequada para
relevante    nisso.    Saúde     bucal       treinamentos dos cirurgiões-dentistas
comprometida pode afetar o nível             interessados em Odontogeriatria e a
                                             má distribuição dos dentistas em
                                             regiões mais carentes.20
                                                     A saúde do idoso sofre forte
nutricional e o bem-estar físico e           impacto da aposentadoria, pois leva o
mental e diminuir o prazer de uma vida       mesmo a maior exposição a doenças
social ativa.1                               associadas a inatividade física,20tendo
        Os idosos com mais de 80 anos        como principais fatores a ociosidade
passarão de 69 milhões atuais para           assim como a segregação, levando à
379 milhões em 50 anos e esta faixa da       deterioração gradual dos processos
população deve ser incluída em planos        sensoriais, e também induzindo o
governamentais que visam à qualidade         indivíduo a isolar-se e desenvolver
de vida destes indivíduos.20                 enfermidades           crônicas         ou
        Envelhecer      e    manter    a     degenerativas pelo próprio processo de
qualidade de vida, com saúde geral e         envelhecimento.25
bucal, serão os grandes desafios a                   A situação epidemiológica em
serem alcançados neste século. Tratar        termos de saúde bucal da população
do idoso representará a manutenção e         idosa no Brasil pode ser classificada
o aprimoramento da qualidade de vida         como bastante severa e grave,11pois a
dessas pessoas e um grande                   ruína da dentição é cada vez mais
aprendizado para o envelhecimento.6          rápida.21 Então, um dos temas centrais
        O envelhecimento populacional        na melhoria da qualidade de vida dos
traz um número enorme de implicações         idosos      brasileiros,     sendo       já
de ordem econômica, política e social2       considerado         como        questões
        e      o     conhecimento    das     epidemiológicas e demográficas, é o
alterações      sistêmicas   no   idoso,     edentulismo.20 A perda da dentição
incluindo       incapacidades,    saúde      influi sobre a mastigação, digestão,
psíquica e comportamento social,             gustação, pronúncia, aspecto estético e
compõe a totalidade da realidade de          predispõe a doenças geriátricas14 e os
um paciente cuja cavidade bucal deve         pacientes      edêntulos      apresentam
ser incluída em um amplo contexto a          condições de saúde geral mais

                                                                                     76
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precária, mais incapacidades físicas e         manifestações orais do envelhecimento
maior chance de mortalidade do que             modificam bioquimicamente o ambiente
em pacientes dentados.20Além disso,            na cavidade oral, podendo contribuir
na área da Odontogeriatria, os estudos         para o desenvolvimento da halitose,
apontam, além do edentulismo, uma              para a produção de saburra lingual
alta prevalência de cáries coronárias e        (placa bacteriana que recobre a língua)
radiculares,     doenças     periodontais,     que possivelmente causa problemas
desgastes dentais, dores orofaciais,           sistêmicos e doenças bucais como a
desordens          têmporo-mandibulares,       cárie e a doença periodontal.
alterações oclusais, hipossalivação e                  A redução do fluxo salivar
lesões de tecidos moles.13                     provoca uma maior retenção de células
         Infelizmente, oito milhões de         epiteliais      descamadas,        restos
brasileiros com mais de 65 anos                alimentares e maior acúmulo de
padecem pela falta de políticas                microorganismos, podendo levar ao
públicas adequadas e tratamento                aparecimento da cárie, que é uma
especializado.24 Por isso, a realização        infecção que destrói bioquimicamente
de procedimentos específicos em                os tecidos mineralizados dos dentes.
programas de saúde pública para a              Em pacientes acima de 50 anos de
população idosa se faz necessária,             idade, a cárie atinge o cemento dental
visto que esta faixa etária vem                e é produzida pelo Actinomyces
aumentando a cada ano que passa.20             Viscosus que têm como hábitat normal
Existe, então, a necessidade de se             as papilas filiformes da língua. Já as
revisar o planejamento dos governos o          doenças periodontais, estão quase
mais rápido possível e os poderes              sempre associadas com a halitose,
públicos precisam investir maiores             sendo que as bactérias que causam a
recursos na questão da Odontogeriatria         doença      periodontal    também       se
para que resultados mais promissores           acumulam       na    placa     bacteriana
sejam alcançados, uma vez que é                lingual.27 Vale ressaltar que o
notoriamente sabido que "a saúde               incremento no índice de cáries
bucal é altamente responsável pela             radiculares no idoso está relacionado à
saúde geral do indivíduo".9                    exposição das raízes, quase sempre
        Entende-se por envelhecimento          expostas por problemas periodontais e
o fenômeno biopsicossocial que atinge          não relacionado à idade. Outros fatores
o homem e sua existência na                    que       também      influenciam       no
sociedade. Manifestando-se em todos            desenvolvimento      destas     são      a
os domínios da vida, inicia-se pelas           xerostomia, a mastigação deficiente
células, passa aos tecidos e órgãos e          motivada pela perda de dentes e a
termina nos processos extremamente             dieta cariogênica.1 A prevenção da
complicados do pensamento.30 Esses             doença periodontal e da cárie é
processos são de natureza interacional,        alcançada pela erradicação das causas
iniciam-se em diferentes épocas e              desses processos pela eliminação e
ritmos e acarretam resultados distintos        controle da placa bacteriana e para
para as diversas partes e funções do           prevenir estas doenças é fundamental
organismo.16 O envelhecimento é um             o desenvolvimento de uma higiene oral
novo desafio para a saúde pública              bem executada, através do uso de
contemporânea, bem como um fator de            dispositivos como escova, fio dental,
risco para várias doenças bucais,              escova       interdental,     dentifrícios
devido      às    alterações   funcionais      fluoretados e soluções para bochecho.
fisiológicas próprias do idoso.19 As           A escovação requer o emprego de

                                                                                      77
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técnicas adequadas, e no caso dos               tratamento do diabético.19 Mas é
idosos, a técnica de Bass modificada é          importante mencionar que os pacientes
uma das mais recomendadas. Para                 diabéticos frequentemente apresentam
complementar a limpeza da escova, a             doenças cardiovasculares e estão mais
utilização de fio dental e das escovas          susceptíveis a processos infecciosos
interdentais se faz indispensável para          se a doença não está sendo
as regiões interproximais dos dentes            adequadamente         controlada.1     As
nos sulcos gengivais. Os dentifrícios           doenças      cardiovasculares      e    o
fluoretados têm uma significativa ação          tratamento médico dispensado a
cariostática, que aumenta com o                 pacientes cardíacos podem levar a
passar dos anos de uso. Já as                   emergências durante o tratamento
soluções enxaguatórias na sua grande            dentário. O controle constante da
maioria apresentam alguma ação na               pressão arterial e da terapia com
eliminação e controle da placa                  anticoagulantes é indispensável.1 No
bacteriana, como as soluções à base             caso dos pacientes com Endocardite
de clorexidina, ainda que seu uso               infecciosa é aconselhável a prescrição
constante      é     visto   com      certas    de antimicrobianos para prevenir
restrições.11                                   bacteriemias, antes dos procedimentos
        Devido       ao     aumento       da    odontológicos.1, 13 Em relação à artrite,
população de idosos com complicações            recomenda-se o posicionamento e o
múltiplas e a necessidade da                    conforto nas atividades gerais destes
realização de uma odontologia com               pacientes, além de executar as
ênfase no tratamento como um todo, o            atividades com suavidade, respeitando
conhecimento das doenças crônicas               a dor e a tolerância, e evitar atividades
presentes torna-se de fundamental               que envolvam apreensão forte. A
importância. As doenças crônicas mais           higienização bucal pode se tornar difícil
comuns em idosos são as respiratórias,          para os pacientes com artrite e outras
condições       coronárias      avançadas,      doenças reumáticas deformantes1 e
debilidade           renal,         doenças     então recomenda-se engrossar o cabo
cardiovasculares, artrite, distúrbios           das escovas dentais e também apertar
emocionais ou psicológicos como                 o tubo do creme dental com as palmas
ansiedade ou depressão e endócrinas             das mãos, para que a força possa ser
como a diabetes tipo dois.17 Então, é           mais bem direcionada. A escova
de extrema importância considerar os            elétrica pode ser também utilizada pelo
eventuais distúrbios sistêmicos que             paciente portador de artrite, embora a
podem envolver a cavidade bucal na              escova      manual      utilizada     com
sua apresentação clínica, como por              movimentos circulares e suaves
exemplo, um paciente diabético não              permita maior estímulo articular. Para
controlado pode ter os tecidos bucais           uma higiene bucal satisfatória de
edemaciados19, sendo válido sinalizar           pacientes idosos portadores ou não de
que      o     diabetes      favorece      o    artrite, mas que apresentem menor
aparecimento da doença gengival.                capacidade funcional ou cognitiva,
Além disso, o diabetes produz halitose          deve-se contar com o apoio de um
e dificulta a cicatrização.22                   cuidador     para complementação da
        Não é incomum pacientes                 higiene, com escova elétrica, além
apresentarem             gengivites        e    também de dispositivos em forma de
periodontites de difícil controle em            "y" para utilização do fio dental (ou
função de glicemia elevada.            Além     suportes para fio dental) ou escovas
disso, a infecção gengival dificulta o          interdentais, realizando o enxágue, em

                                                                                      78
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caso de paciente acamado, com o                 foram as seguintes: hiperplasias
auxílio de seringa descartável e cuba           fibrosas inflamatórias, estomatites,
do tipo rim.13                                  candidíases,        queilite      angular,
         Algumas doenças específicas            associadas ao uso de próteses, além
associadas        ao       processo       de    da presença de extensas hiperplasias
envelhecimento, além do diabetes e              de palato (causadas pelo uso de
das doenças cardiovasculares, são a             prótese total superior com câmara de
doença de Alzheimer/demência e a                sucção), e em menor número foram
osteoporose.1 A doença de Alzheimer e           relatados leucoplasias e carcinomas.15
a demência vascular, além de outras             Como medida preventiva no caso de
doenças debilitantes e progressivas             portadores de próteses, deve-se
como o Parkinson, podem levar à                 aconselhar os idosos a não dormirem
dependência        total     em     estágios    com as mesmas, pois como os idosos
             13
avançados. Os pacientes com doença              são mais propensos a infecções o que
de       Alzheimer/demência          podem      facilitaria a contaminação por fungos,
apresentar      diferentes      níveis    de    como a Cândida albicans, além de
dificuldade de comunicação e de                 aumentar o risco de surgimento de
comportamento,1 são casos típicos de            lesões de tecido mole, oriundas de
pacientes que precisam de tratamentos           traumas ou mesmo devido em relação
em casa4, onde o direcionamento da              à halitose.23
atenção      odontológica       deve     ser    Algumas deficiências crônicas podem
baseado na fase em que se encontra a            ser encontradas no paciente geriátrico
doença com o estabelecimento de uma             como a alteração auditiva, catarata,
rotina eficaz de cuidados que poderá            deficiência     ortopédica,     zumbidos,
incluir flúor, educação preventiva e a          deficiência visual, glaucoma, ausência
utilização      de       digluconato      de    das extremidades, incapacidade para
clorexidina.13 Já a osteoporose pode            diferenciar     cores,    paralisia   das
levar à perda acentuada de osso                 extremidades.7 Além disso, muitos
alveolar e mais facilmente à fratura            idosos têm medo do cirurgião-dentista,
mandibular no caso de quedas ou de              muitos têm instabilidade de postura,
tentativas intempestivas de exodontias          que os impossibilitam de deitar na
feitas por profissionais que não levam          cadeira ou levantar dela, muitos tem a
este ponto em consideração.1                    mobilidade comprometida e dependem
         Os pacientes idosos ainda              de cadeiras de rodas, bengalas, apoio
podem estar sujeitos a outras                   de terceiros para caminhar, ou
complicações próprias da terceira               simplesmente não andam mais.22 E
idade, como a depressão, perda da               estas deficiências/alterações devem
memória,       estresse,      aterosclerose,    ser levadas em conta, uma vez que foi
obesidade, incontinência urinária25,            constatado que o paciente geriátrico
alergias17, anemia13 e lesões da                que       possue    algum      grau    de
mucosa bucal.15 Diante de um paciente           dependência, têm uma deficiência na
com anemia ou hipossalivação, como              higiene oral e que representa o mais
na Síndrome de Sjögren, é importante            sério problema de saúde bucal.10
que a escova dental tenha cerdas                         O tratamento do paciente idoso
extramacias para menor risco de lesão           difere do tratamento da população em
do tecido gengival.13 No que se refere a        geral, devido às mudanças fisiológicas
lesões de mucosas, em uma revisão de            durante o processo de envelhecimento
literatura, as lesões mais frequentes           natural, da presença de doenças
relatadas em idosos institucionalizados         sistêmicas crônicas e da alta incidência

                                                                                       79
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de deficiências físicas e mentais nesse        motivação e interesse de cada um, sem
segmento da população5, e com isso, a          sobrecarregar);      d)    público      alvo
Odontologia         Geriátrica      ganha      (diversidades culturais, sociais e
importância e deve incluir não somente         econômicas, limitações físicas para o
tratamento protético, restaurador e            desenvolvimento de atividades).3
periodontal, mas também medidas                        Mas para realizar as atividades
preventivas.29 E é neste sentido que os        educacionais, o cirurgião-dentista deve
governos devem investir na questão da          considerar com atenção e critério as
Odontogeriatria.                               peculiaridades familiares do idoso
        As atividades educacionais em          procurando adaptar às mesmas seus
saúde bucal desempenham um papel               cuidados de saúde. Neste sentido, é
fundamental na qualidade de vida de            necessário      o     conhecimento        da
qualquer pessoa, em qualquer idade,            arquitetura     do      domicílio,     seus
pois a exemplo dos programas                   obstáculos ambientais, sua rotina de
educacionais, atividades preventivas           funcionamento de horários de trabalho,
reduzem o risco de enfermidades                refeições etc., disponibilidade de apoio
bucais.3 Mas acredita-se que conhecer          por parte de familiares, empregados ou
a percepção das pessoas sobre sua              agregados ao idoso,8 pois deve-se
condição bucal deva ser o primeiro             conhecer não somente o paciente
passo na elaboração de uma                     como também a família e o seu
programação       que     inclua    ações      responsável (cuidador) para ajudar o
educativas,      voltadas       para     o     paciente na promoção de sua saúde
autodiagnóstico e o autocuidado, além          bucal.4     No     caso      de      idosos
de ações preventivas e curativas.26 Em         institucionalizados,               qualquer
um      estudo     onde     analisaram-se      programação que seja implementada
algumas       atividades       preventivas     deve estar adequada as características
educacionais odontogeriátricas, foi            organizacionais da instituição e dos
concluído que: a) as instruções de             residentes.10 Além disso, o profissional
higiene, cuidados com dentes/próteses          deve também ser educador do
e a aprendizagem devem ser uma                 cuidador,      contribuindo      para      a
constante; b) a sensibilização e a             organização, abrandamento e eficácia
motivação para o aprendizado devem             da rotina de cuidados que um idoso
ser uma preocupação incessante no              dependente impõe.
contexto ensinoaprendizagem; c) a                         Como          exemplo          de
manutenção para uma modificação                ensinamento por parte do profissional,
comportamental educacional, deve ser           pode-se citar a técnica da higienização
feita com atividades frequentes e              da mucosa desdentada com solução de
diversificadas (verbal, demonstrativa)         digluconato de clorexidina a 0,12% sem
para que o indivíduo se sensibilize e se       álcool e gaze, que deve ser realizada
motive a aprender. Além disso, no              pelo cuidador, além do incentivo que se
estudo afirmou-se que é importante             deve realizar ao idoso dependente para
observar: a) o conteúdo do que se quer         deglutir várias vezes, evitando a
ensinar (informações básicas, técnicas         manutenção de restos alimentares na
adequadas e de fácil aprendizagem,             cavidade       bucal.13    Quando         da
qualidade e quantidade da informação);         elaboração de atividades preventivas
b)    a    maneira     (escrita,   verbal,     educacionais      odontogeriátricas,       o
explicativa, audiovisual, adequação de         profissional deve conscientizar-se de
linguagem, demonstração prática); c)           que o conhecimento por si só não é
frequência     (deve-se      observar    a     capaz de modificar hábitos.11 É

                                                                                        80
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fundamental a utilização de meios            1.   Barbosa     AF,   Barbosa    AB.
corretos de higienização28e também a         Odontologia geriátrica: perspectivas
realização da motivação, pois embora         atuais. JBC j bras clin odontol integr
com idades avançadas, indivíduos             2002 maio-jun; 6(33):231-4.
motivados      têm    capacidade    de
aprender, necessitando apenas de             2. Brito FC , Ramos LR. Serviços de
incentivo e orientação.12 Como medidas       atenção à saúde do idoso. In:
de orientação podem ser realizadas           Gerontologia:   A    velhice  e   o
aquelas relacionadas quanto à limpeza        envelhecimento em visão globalizada.
regular    diária   dos    dentes,   as      São Paulo: Atheneu, 1996.
orientações quanto ao controle da dieta
e orientações visando o fortalecimento       3. Brondani MA. Educação preventiva
da superfície dentária.18                    em odontogeriatria - mais que uma
                                             necessidade, uma realidade. Rev
CONCLUSÕES:                                  odonto ciênc 2002 jan-mar; 17(35):57-
                                             61.
Baseado na literatura consultada,            4. Carvalho C. Odontologia domiciliar.
parece lícito chegar às seguintes            Rev bras odontol 2002 mar-abr;
conclusões:                                  59(2):108-11.
- Os governantes, seja no âmbito
municipal, estadual ou federal, de           5. Fajardo RS, Grecco P. O que o
forma conjunta como ideal ou mesmo           cirurgião-dentista precisa saber para
individualmente, devem criar políticas       compreender seu paciente geriátrico –
de prevenção e tratamento voltadas à         parte I: aspectos psicossociais. JBC j
terceira idade com a maior brevidade         bras clin odontol integr 2003 jul-ago;
possível;                                    7(40):324-330.
-       Faculdades de Odontologia
(graduação) e cursos de pós-                 6.   Hebling     E.     Prevenção  em
graduação devem começar a formar             odontogeriatria.    In:    Pereira AC.
profissionais,      especialistas     e      Odontologia em saúde coletiva. Porto
professores com conhecimento dirigido        Alegre: Artmed, 2003. p. 426-37.
à Odontogeriatria;
- Tais profissionais, além da parte          7. Kaiser OB, Bonachela WC, Hamata
técnica envolvida devem buscar               MM, Kaizer ROF. Como entender o
analisar os aspectos biopsicossociais        tratamento odontológico de idosos com
no atendimento ao paciente idoso, para       deficiências. JBG J Bras Odonto 2006
direcionar uma atenção voltada às suas       jan-mar; 2(4):8-19.
necessidades mais amplas;
                                             8. Leme LEG, Silva PSCP . O idoso e a
-     Um programa preventivo bucal
                                             família. In: Gerontologia: A velhice e o
eficiente é aquele individualizado para
                                             envelhecimento em visão globalizada.
determinado paciente e que conte com
                                             São Paulo: Atheneu, 1996.
o apoio de seus familiares e cuidadores
devidamente treinados e informados           9. Madeira AA, Madeira L. O paciente
para proporcionar uma promoção de            geriátrico e a complexidade de seu
saúde com o intuito de melhorar a            atendimento. Rev brasil odontol 2000
qualidade de vida destes idosos mais         nov-dez; 57(6):350-1.
debilitados físicamente.
                                             10. Mello ALSF , Padilha DMP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS                   Instituições geriátricas e negligência

                                                                                  81
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odontológica. Rev Fac Odontol Porto          19. Rios LR. Distúrbios bucais na
Alegre 2000 jul; 41(1): 44-8.                terceira idade [monografia]. Campinas:
                                             Centro de Pesquisas Odontológicas
11. Melo NSFO, Seto EPS, Germann             São Leopoldo Mandic; 2006.
ER.    Medidas      de   higiene  oral
empregadas por pacientes da terceira         20. Santos DH . A odontogeriatria no
idade. Pesq Bras Odontoped Clin Integr       contexto     da    saúde     pública
2001 set-dez; 1(3): 42-50.                   [monografia]. Campinas: Centro de
                                             Pesquisas      Odontológicas     São
12. Moimaz SAS, Santos CLV, Pizzatto         Leopoldo Mandic; 2005.
E, Garbin CAS, Saliba NA. Perfil de
utilização de próteses totais em idosos      21. Scelza MFZ, Almeida Jr LR, Costa
e avaliação da eficácia de sua               RF, Hermano C, Costa CA. A
higienização. Ciênc Odontol Bras 2004        odontogeriatria    na   Universidade
jul-set; 7(3):72-8.                          Federal Fluminense: um atendimento
                                             diferenciado. J Brasil Odontogeriatria
13. Montandon AAB, Rosell FL.                2005; 1(2/3):40-3.
Odontogeriatria:   reaprendendo     o
atender e o cuidar. In: Sá JLM ,             22. Sequeira E, Neves DM, Brunetti
Panhoca I, Pacheco JL. Na intimidade         RF, Luz DT, Montenegro FLB.
da    velhice.   Holambra:    Editora        Odontogeriatria: a especialidade do
Setembro, 2006. p. 111-122.                  futuro. Rev ABO Nac 2001 abr-mai;
                                             9(2):72-8.
14. Moriguchi Y. Aspectos geriátricos
no atendimento odontológico. Rev             23. Siqueira SL. A importância da
odonto ciênc 1990 jun;5(9):117-23.           dentição para uma boa nutrição na
                                             terceira idade [monografia]. Campinas:
15. Munhoz MAC. Perfil da saúde bucal        Centro de Pesquisas Odontológicas
do idoso institucionalizado no Brasil        São Leopoldo Mandic; 2005.
[monografia]. Campinas: Centro de
Pesquisas      Odontológicas     São         24. Silva CC. O idoso e o acesso aos
Leopoldo Mandic; 2005.                       serviços de saúde bucal [monografia].
                                             Campinas: Centro de Pesquisas
16. Neri AL .      Palavras-chave em         Odontológicas São Leopoldo Mandic;
gerontologia. 2a ed. Campinas: Alínea;       2005.
2005. p. 68-70.
                                             25. Silva EMM, Gallo AKG, Santos DM
17. Pinelli LAP, Montandon AAB,              ,    Barão     VAR,   Júnior    ACF.
Boschi A, Fais LMG. Prevalência de           Enfermidades do paciente idoso. Pesq
doenças      crônicas  em     pacientes      Bras Odontoped Clin Integr 2007 jan-
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                                             26. Silva SRC, Fernandes AC.
18. Pucca Júnior GA. Saúde bucal do          Autopercepção das condições de
idoso: aspectos sociais e preventivos.       saúde bucal por idosos. Rev Saúde
In: Papaléo Netto M. Gerontologia - A        Pública 2001 ago; 35(4): 349-55.
velhice e o envelhecimento em visão
globalizada.  São     Paulo:   Editora       27. Souza MR , Genestra M. A terceira
Atheneu, 1996.p.297-310.                     idade na região sul fluminense do
                                             Estado do Rio de Janeiro e a
                                             importância    da    inclusão     da
                                                                                 82
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odontogeriatria       no       currículo
odontológico. Odontol clín-cient 2003
set-dez ; 2(3): 217-223.
28. Souza VMS , Pagani C, Jorge ALC.
Odontogeriatria: sugestão de um
programa de prevenção. Pós-grad Rev
Fac Odontol 2001 jan-abr; 4(1):56-62.

29. Tibério D, Santos MTBR , Ramos
LR. Estado periodontal e necessidade
de tratamento em idosos. Rev Assoc
Paul Cir Dent 2005 jan-fev; 59(1):69-
72.

30. Vargas HS. Psicologia do
envelhecimento. São Paulo: Fundo
Editorial BYK - PROCIENX; 1983. p.
17-28.


“Este    artigo    é   baseado    na
Dissertação de Especialização em
Saúde Coletiva, que foi apresentada
em Fevereiro de 2009 no Curso de
Especialização em Saúde Coletiva
do      Centro      de     Pesquisas
Odontológicas       São     Leopoldo
Mandic, Campinas, pelo Dr. Marco
Tulio    Pettinato    Pereira,  cuja
dissertação foi aprovada com nota
máxima”.




                                                                                 83

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Estratégias preventivas em odontogeriatria

  • 1. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS EM ODONTOGERIATRIA Marco Tulio Pettinato Pereira¹ Fernando Luiz Brunetti Montenegro² Flávia Martão Flório³ RESUMO: O objetivo deste artigo foi de relatar algumas estratégias preventivas em Odontogeriatria. O envelhecimento populacional traz um número enorme de implicações como as mudanças fisiológicas, as doenças sistêmicas, as deficiências físicas e mentais, dentre outras. Mas a Odontogeriatria é uma ciência fundamental não somente no tratamento curativo, restaurador, como no que se refere à medidas preventivas. Concluíu-se que os governantes necessitam investir maiores recursos na questão da Odontogeriatria e neste aspecto as atividades preventivas educacionais odontogeriátricas são imprescindíveis e devem ser realizadas frequentemente pelos cirurgiões-dentistas. Os profissionais devem conhecer os aspectos biopsicossociais da terceira idade, e através de estratégias preventivas, proporcionar a promoção de saúde com o intuito da qualidade de vida nesta faixa etária. PALAVRAS-CHAVE: GERONTOLOGIIA, ODONTOGERIATRIA, PREVENÇÃO, IDOSOS, ATIVIDADES ODONTOGERIÁTRICAS, QUALIDADE DE VIDA. PREVENTIVE STRATEGIES IN DENTISTRY ABSTRACT: The objective of this article was to report some preventive strategies in Geriatric dentistry. The aging population brings a huge number of implications such as physiological changes, the systemic diseases, the physical and mental disabilities, among others. But the Geriatric dentistry is a fundamental science not only in curative treatment, restorative, like the preventive measures. Concluded that the government need invest more resources in the matter of Geriatric dentistry and this aspect the preventive activities educational odontogeriatrics are essential and must be performed frequently by dentists. Professionals should know the biopsychosocial aspects of old age, and through preventive strategies, implement health promotion with the objective of quality of life in this age group. KEYWORDS: GERONTOLOGY, GERIATRIC DENTISTRY, PREVENTION, ELDERLY, ODONTOGERIATRICS ACTIVITIES, QUALITY OF LIFE. ¹ Especialista em Saúde Coletiva (SLMandic), Saúde Pública (UNAERP) e Saúde da Família (UCAM) ² Mestre e Doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa Ondina Lobo ³ Mestre e Doutora FOP/UNICAMP, Profa. Fac. Uniararas, Especialista Saúde Coletiva (SLMandic). 75
  • 2. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 ser conhecido e considerado pelo 1 INTRODUÇÃO cirurgião-dentista.13 Tendo em vista o crescimento Nas últimas décadas, tem sido da população de idosos, este artigo constatado um declínio nas taxas de tem o objetivo de relatar algumas natalidade e um aumento na estratégias preventivas em expectativa de vida, com consequente Odontogeriatria ( sin: Odontologia crescimento da população idosa, Geriátrica). graças ao desenvolvimento da ciência Revisão da Literatura e Discussão e de novas tecnologias, que tem como Historicamente existem objetivo a melhora na qualidade de deficiências acumuladas pelo sistema vida28. E quanto mais longa a vida de saúde no tratamento odontológico média da população, mais importante no idoso, como por exemplo, o se torna o conceito de qualidade de despreparo de tal sistema para preencher as necessidades especiais vida, e a saúde bucal tem um papel do idoso, a educação inadequada para relevante nisso. Saúde bucal treinamentos dos cirurgiões-dentistas comprometida pode afetar o nível interessados em Odontogeriatria e a má distribuição dos dentistas em regiões mais carentes.20 A saúde do idoso sofre forte nutricional e o bem-estar físico e impacto da aposentadoria, pois leva o mental e diminuir o prazer de uma vida mesmo a maior exposição a doenças social ativa.1 associadas a inatividade física,20tendo Os idosos com mais de 80 anos como principais fatores a ociosidade passarão de 69 milhões atuais para assim como a segregação, levando à 379 milhões em 50 anos e esta faixa da deterioração gradual dos processos população deve ser incluída em planos sensoriais, e também induzindo o governamentais que visam à qualidade indivíduo a isolar-se e desenvolver de vida destes indivíduos.20 enfermidades crônicas ou Envelhecer e manter a degenerativas pelo próprio processo de qualidade de vida, com saúde geral e envelhecimento.25 bucal, serão os grandes desafios a A situação epidemiológica em serem alcançados neste século. Tratar termos de saúde bucal da população do idoso representará a manutenção e idosa no Brasil pode ser classificada o aprimoramento da qualidade de vida como bastante severa e grave,11pois a dessas pessoas e um grande ruína da dentição é cada vez mais aprendizado para o envelhecimento.6 rápida.21 Então, um dos temas centrais O envelhecimento populacional na melhoria da qualidade de vida dos traz um número enorme de implicações idosos brasileiros, sendo já de ordem econômica, política e social2 considerado como questões e o conhecimento das epidemiológicas e demográficas, é o alterações sistêmicas no idoso, edentulismo.20 A perda da dentição incluindo incapacidades, saúde influi sobre a mastigação, digestão, psíquica e comportamento social, gustação, pronúncia, aspecto estético e compõe a totalidade da realidade de predispõe a doenças geriátricas14 e os um paciente cuja cavidade bucal deve pacientes edêntulos apresentam ser incluída em um amplo contexto a condições de saúde geral mais 76
  • 3. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 precária, mais incapacidades físicas e manifestações orais do envelhecimento maior chance de mortalidade do que modificam bioquimicamente o ambiente em pacientes dentados.20Além disso, na cavidade oral, podendo contribuir na área da Odontogeriatria, os estudos para o desenvolvimento da halitose, apontam, além do edentulismo, uma para a produção de saburra lingual alta prevalência de cáries coronárias e (placa bacteriana que recobre a língua) radiculares, doenças periodontais, que possivelmente causa problemas desgastes dentais, dores orofaciais, sistêmicos e doenças bucais como a desordens têmporo-mandibulares, cárie e a doença periodontal. alterações oclusais, hipossalivação e A redução do fluxo salivar lesões de tecidos moles.13 provoca uma maior retenção de células Infelizmente, oito milhões de epiteliais descamadas, restos brasileiros com mais de 65 anos alimentares e maior acúmulo de padecem pela falta de políticas microorganismos, podendo levar ao públicas adequadas e tratamento aparecimento da cárie, que é uma especializado.24 Por isso, a realização infecção que destrói bioquimicamente de procedimentos específicos em os tecidos mineralizados dos dentes. programas de saúde pública para a Em pacientes acima de 50 anos de população idosa se faz necessária, idade, a cárie atinge o cemento dental visto que esta faixa etária vem e é produzida pelo Actinomyces aumentando a cada ano que passa.20 Viscosus que têm como hábitat normal Existe, então, a necessidade de se as papilas filiformes da língua. Já as revisar o planejamento dos governos o doenças periodontais, estão quase mais rápido possível e os poderes sempre associadas com a halitose, públicos precisam investir maiores sendo que as bactérias que causam a recursos na questão da Odontogeriatria doença periodontal também se para que resultados mais promissores acumulam na placa bacteriana sejam alcançados, uma vez que é lingual.27 Vale ressaltar que o notoriamente sabido que "a saúde incremento no índice de cáries bucal é altamente responsável pela radiculares no idoso está relacionado à saúde geral do indivíduo".9 exposição das raízes, quase sempre Entende-se por envelhecimento expostas por problemas periodontais e o fenômeno biopsicossocial que atinge não relacionado à idade. Outros fatores o homem e sua existência na que também influenciam no sociedade. Manifestando-se em todos desenvolvimento destas são a os domínios da vida, inicia-se pelas xerostomia, a mastigação deficiente células, passa aos tecidos e órgãos e motivada pela perda de dentes e a termina nos processos extremamente dieta cariogênica.1 A prevenção da complicados do pensamento.30 Esses doença periodontal e da cárie é processos são de natureza interacional, alcançada pela erradicação das causas iniciam-se em diferentes épocas e desses processos pela eliminação e ritmos e acarretam resultados distintos controle da placa bacteriana e para para as diversas partes e funções do prevenir estas doenças é fundamental organismo.16 O envelhecimento é um o desenvolvimento de uma higiene oral novo desafio para a saúde pública bem executada, através do uso de contemporânea, bem como um fator de dispositivos como escova, fio dental, risco para várias doenças bucais, escova interdental, dentifrícios devido às alterações funcionais fluoretados e soluções para bochecho. fisiológicas próprias do idoso.19 As A escovação requer o emprego de 77
  • 4. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 técnicas adequadas, e no caso dos tratamento do diabético.19 Mas é idosos, a técnica de Bass modificada é importante mencionar que os pacientes uma das mais recomendadas. Para diabéticos frequentemente apresentam complementar a limpeza da escova, a doenças cardiovasculares e estão mais utilização de fio dental e das escovas susceptíveis a processos infecciosos interdentais se faz indispensável para se a doença não está sendo as regiões interproximais dos dentes adequadamente controlada.1 As nos sulcos gengivais. Os dentifrícios doenças cardiovasculares e o fluoretados têm uma significativa ação tratamento médico dispensado a cariostática, que aumenta com o pacientes cardíacos podem levar a passar dos anos de uso. Já as emergências durante o tratamento soluções enxaguatórias na sua grande dentário. O controle constante da maioria apresentam alguma ação na pressão arterial e da terapia com eliminação e controle da placa anticoagulantes é indispensável.1 No bacteriana, como as soluções à base caso dos pacientes com Endocardite de clorexidina, ainda que seu uso infecciosa é aconselhável a prescrição constante é visto com certas de antimicrobianos para prevenir restrições.11 bacteriemias, antes dos procedimentos Devido ao aumento da odontológicos.1, 13 Em relação à artrite, população de idosos com complicações recomenda-se o posicionamento e o múltiplas e a necessidade da conforto nas atividades gerais destes realização de uma odontologia com pacientes, além de executar as ênfase no tratamento como um todo, o atividades com suavidade, respeitando conhecimento das doenças crônicas a dor e a tolerância, e evitar atividades presentes torna-se de fundamental que envolvam apreensão forte. A importância. As doenças crônicas mais higienização bucal pode se tornar difícil comuns em idosos são as respiratórias, para os pacientes com artrite e outras condições coronárias avançadas, doenças reumáticas deformantes1 e debilidade renal, doenças então recomenda-se engrossar o cabo cardiovasculares, artrite, distúrbios das escovas dentais e também apertar emocionais ou psicológicos como o tubo do creme dental com as palmas ansiedade ou depressão e endócrinas das mãos, para que a força possa ser como a diabetes tipo dois.17 Então, é mais bem direcionada. A escova de extrema importância considerar os elétrica pode ser também utilizada pelo eventuais distúrbios sistêmicos que paciente portador de artrite, embora a podem envolver a cavidade bucal na escova manual utilizada com sua apresentação clínica, como por movimentos circulares e suaves exemplo, um paciente diabético não permita maior estímulo articular. Para controlado pode ter os tecidos bucais uma higiene bucal satisfatória de edemaciados19, sendo válido sinalizar pacientes idosos portadores ou não de que o diabetes favorece o artrite, mas que apresentem menor aparecimento da doença gengival. capacidade funcional ou cognitiva, Além disso, o diabetes produz halitose deve-se contar com o apoio de um e dificulta a cicatrização.22 cuidador para complementação da Não é incomum pacientes higiene, com escova elétrica, além apresentarem gengivites e também de dispositivos em forma de periodontites de difícil controle em "y" para utilização do fio dental (ou função de glicemia elevada. Além suportes para fio dental) ou escovas disso, a infecção gengival dificulta o interdentais, realizando o enxágue, em 78
  • 5. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 caso de paciente acamado, com o foram as seguintes: hiperplasias auxílio de seringa descartável e cuba fibrosas inflamatórias, estomatites, do tipo rim.13 candidíases, queilite angular, Algumas doenças específicas associadas ao uso de próteses, além associadas ao processo de da presença de extensas hiperplasias envelhecimento, além do diabetes e de palato (causadas pelo uso de das doenças cardiovasculares, são a prótese total superior com câmara de doença de Alzheimer/demência e a sucção), e em menor número foram osteoporose.1 A doença de Alzheimer e relatados leucoplasias e carcinomas.15 a demência vascular, além de outras Como medida preventiva no caso de doenças debilitantes e progressivas portadores de próteses, deve-se como o Parkinson, podem levar à aconselhar os idosos a não dormirem dependência total em estágios com as mesmas, pois como os idosos 13 avançados. Os pacientes com doença são mais propensos a infecções o que de Alzheimer/demência podem facilitaria a contaminação por fungos, apresentar diferentes níveis de como a Cândida albicans, além de dificuldade de comunicação e de aumentar o risco de surgimento de comportamento,1 são casos típicos de lesões de tecido mole, oriundas de pacientes que precisam de tratamentos traumas ou mesmo devido em relação em casa4, onde o direcionamento da à halitose.23 atenção odontológica deve ser Algumas deficiências crônicas podem baseado na fase em que se encontra a ser encontradas no paciente geriátrico doença com o estabelecimento de uma como a alteração auditiva, catarata, rotina eficaz de cuidados que poderá deficiência ortopédica, zumbidos, incluir flúor, educação preventiva e a deficiência visual, glaucoma, ausência utilização de digluconato de das extremidades, incapacidade para clorexidina.13 Já a osteoporose pode diferenciar cores, paralisia das levar à perda acentuada de osso extremidades.7 Além disso, muitos alveolar e mais facilmente à fratura idosos têm medo do cirurgião-dentista, mandibular no caso de quedas ou de muitos têm instabilidade de postura, tentativas intempestivas de exodontias que os impossibilitam de deitar na feitas por profissionais que não levam cadeira ou levantar dela, muitos tem a este ponto em consideração.1 mobilidade comprometida e dependem Os pacientes idosos ainda de cadeiras de rodas, bengalas, apoio podem estar sujeitos a outras de terceiros para caminhar, ou complicações próprias da terceira simplesmente não andam mais.22 E idade, como a depressão, perda da estas deficiências/alterações devem memória, estresse, aterosclerose, ser levadas em conta, uma vez que foi obesidade, incontinência urinária25, constatado que o paciente geriátrico alergias17, anemia13 e lesões da que possue algum grau de mucosa bucal.15 Diante de um paciente dependência, têm uma deficiência na com anemia ou hipossalivação, como higiene oral e que representa o mais na Síndrome de Sjögren, é importante sério problema de saúde bucal.10 que a escova dental tenha cerdas O tratamento do paciente idoso extramacias para menor risco de lesão difere do tratamento da população em do tecido gengival.13 No que se refere a geral, devido às mudanças fisiológicas lesões de mucosas, em uma revisão de durante o processo de envelhecimento literatura, as lesões mais frequentes natural, da presença de doenças relatadas em idosos institucionalizados sistêmicas crônicas e da alta incidência 79
  • 6. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 de deficiências físicas e mentais nesse motivação e interesse de cada um, sem segmento da população5, e com isso, a sobrecarregar); d) público alvo Odontologia Geriátrica ganha (diversidades culturais, sociais e importância e deve incluir não somente econômicas, limitações físicas para o tratamento protético, restaurador e desenvolvimento de atividades).3 periodontal, mas também medidas Mas para realizar as atividades preventivas.29 E é neste sentido que os educacionais, o cirurgião-dentista deve governos devem investir na questão da considerar com atenção e critério as Odontogeriatria. peculiaridades familiares do idoso As atividades educacionais em procurando adaptar às mesmas seus saúde bucal desempenham um papel cuidados de saúde. Neste sentido, é fundamental na qualidade de vida de necessário o conhecimento da qualquer pessoa, em qualquer idade, arquitetura do domicílio, seus pois a exemplo dos programas obstáculos ambientais, sua rotina de educacionais, atividades preventivas funcionamento de horários de trabalho, reduzem o risco de enfermidades refeições etc., disponibilidade de apoio bucais.3 Mas acredita-se que conhecer por parte de familiares, empregados ou a percepção das pessoas sobre sua agregados ao idoso,8 pois deve-se condição bucal deva ser o primeiro conhecer não somente o paciente passo na elaboração de uma como também a família e o seu programação que inclua ações responsável (cuidador) para ajudar o educativas, voltadas para o paciente na promoção de sua saúde autodiagnóstico e o autocuidado, além bucal.4 No caso de idosos de ações preventivas e curativas.26 Em institucionalizados, qualquer um estudo onde analisaram-se programação que seja implementada algumas atividades preventivas deve estar adequada as características educacionais odontogeriátricas, foi organizacionais da instituição e dos concluído que: a) as instruções de residentes.10 Além disso, o profissional higiene, cuidados com dentes/próteses deve também ser educador do e a aprendizagem devem ser uma cuidador, contribuindo para a constante; b) a sensibilização e a organização, abrandamento e eficácia motivação para o aprendizado devem da rotina de cuidados que um idoso ser uma preocupação incessante no dependente impõe. contexto ensinoaprendizagem; c) a Como exemplo de manutenção para uma modificação ensinamento por parte do profissional, comportamental educacional, deve ser pode-se citar a técnica da higienização feita com atividades frequentes e da mucosa desdentada com solução de diversificadas (verbal, demonstrativa) digluconato de clorexidina a 0,12% sem para que o indivíduo se sensibilize e se álcool e gaze, que deve ser realizada motive a aprender. Além disso, no pelo cuidador, além do incentivo que se estudo afirmou-se que é importante deve realizar ao idoso dependente para observar: a) o conteúdo do que se quer deglutir várias vezes, evitando a ensinar (informações básicas, técnicas manutenção de restos alimentares na adequadas e de fácil aprendizagem, cavidade bucal.13 Quando da qualidade e quantidade da informação); elaboração de atividades preventivas b) a maneira (escrita, verbal, educacionais odontogeriátricas, o explicativa, audiovisual, adequação de profissional deve conscientizar-se de linguagem, demonstração prática); c) que o conhecimento por si só não é frequência (deve-se observar a capaz de modificar hábitos.11 É 80
  • 7. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 fundamental a utilização de meios 1. Barbosa AF, Barbosa AB. corretos de higienização28e também a Odontologia geriátrica: perspectivas realização da motivação, pois embora atuais. JBC j bras clin odontol integr com idades avançadas, indivíduos 2002 maio-jun; 6(33):231-4. motivados têm capacidade de aprender, necessitando apenas de 2. Brito FC , Ramos LR. Serviços de incentivo e orientação.12 Como medidas atenção à saúde do idoso. In: de orientação podem ser realizadas Gerontologia: A velhice e o aquelas relacionadas quanto à limpeza envelhecimento em visão globalizada. regular diária dos dentes, as São Paulo: Atheneu, 1996. orientações quanto ao controle da dieta e orientações visando o fortalecimento 3. Brondani MA. Educação preventiva da superfície dentária.18 em odontogeriatria - mais que uma necessidade, uma realidade. Rev CONCLUSÕES: odonto ciênc 2002 jan-mar; 17(35):57- 61. Baseado na literatura consultada, 4. Carvalho C. Odontologia domiciliar. parece lícito chegar às seguintes Rev bras odontol 2002 mar-abr; conclusões: 59(2):108-11. - Os governantes, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, de 5. Fajardo RS, Grecco P. O que o forma conjunta como ideal ou mesmo cirurgião-dentista precisa saber para individualmente, devem criar políticas compreender seu paciente geriátrico – de prevenção e tratamento voltadas à parte I: aspectos psicossociais. JBC j terceira idade com a maior brevidade bras clin odontol integr 2003 jul-ago; possível; 7(40):324-330. - Faculdades de Odontologia (graduação) e cursos de pós- 6. Hebling E. Prevenção em graduação devem começar a formar odontogeriatria. In: Pereira AC. profissionais, especialistas e Odontologia em saúde coletiva. Porto professores com conhecimento dirigido Alegre: Artmed, 2003. p. 426-37. à Odontogeriatria; - Tais profissionais, além da parte 7. Kaiser OB, Bonachela WC, Hamata técnica envolvida devem buscar MM, Kaizer ROF. Como entender o analisar os aspectos biopsicossociais tratamento odontológico de idosos com no atendimento ao paciente idoso, para deficiências. JBG J Bras Odonto 2006 direcionar uma atenção voltada às suas jan-mar; 2(4):8-19. necessidades mais amplas; 8. Leme LEG, Silva PSCP . O idoso e a - Um programa preventivo bucal família. In: Gerontologia: A velhice e o eficiente é aquele individualizado para envelhecimento em visão globalizada. determinado paciente e que conte com São Paulo: Atheneu, 1996. o apoio de seus familiares e cuidadores devidamente treinados e informados 9. Madeira AA, Madeira L. O paciente para proporcionar uma promoção de geriátrico e a complexidade de seu saúde com o intuito de melhorar a atendimento. Rev brasil odontol 2000 qualidade de vida destes idosos mais nov-dez; 57(6):350-1. debilitados físicamente. 10. Mello ALSF , Padilha DMP. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Instituições geriátricas e negligência 81
  • 8. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 odontológica. Rev Fac Odontol Porto 19. Rios LR. Distúrbios bucais na Alegre 2000 jul; 41(1): 44-8. terceira idade [monografia]. Campinas: Centro de Pesquisas Odontológicas 11. Melo NSFO, Seto EPS, Germann São Leopoldo Mandic; 2006. ER. Medidas de higiene oral empregadas por pacientes da terceira 20. Santos DH . A odontogeriatria no idade. Pesq Bras Odontoped Clin Integr contexto da saúde pública 2001 set-dez; 1(3): 42-50. [monografia]. Campinas: Centro de Pesquisas Odontológicas São 12. Moimaz SAS, Santos CLV, Pizzatto Leopoldo Mandic; 2005. E, Garbin CAS, Saliba NA. Perfil de utilização de próteses totais em idosos 21. Scelza MFZ, Almeida Jr LR, Costa e avaliação da eficácia de sua RF, Hermano C, Costa CA. A higienização. Ciênc Odontol Bras 2004 odontogeriatria na Universidade jul-set; 7(3):72-8. Federal Fluminense: um atendimento diferenciado. J Brasil Odontogeriatria 13. Montandon AAB, Rosell FL. 2005; 1(2/3):40-3. Odontogeriatria: reaprendendo o atender e o cuidar. In: Sá JLM , 22. Sequeira E, Neves DM, Brunetti Panhoca I, Pacheco JL. Na intimidade RF, Luz DT, Montenegro FLB. da velhice. Holambra: Editora Odontogeriatria: a especialidade do Setembro, 2006. p. 111-122. futuro. Rev ABO Nac 2001 abr-mai; 9(2):72-8. 14. Moriguchi Y. Aspectos geriátricos no atendimento odontológico. Rev 23. Siqueira SL. A importância da odonto ciênc 1990 jun;5(9):117-23. dentição para uma boa nutrição na terceira idade [monografia]. Campinas: 15. Munhoz MAC. Perfil da saúde bucal Centro de Pesquisas Odontológicas do idoso institucionalizado no Brasil São Leopoldo Mandic; 2005. [monografia]. Campinas: Centro de Pesquisas Odontológicas São 24. Silva CC. O idoso e o acesso aos Leopoldo Mandic; 2005. serviços de saúde bucal [monografia]. Campinas: Centro de Pesquisas 16. Neri AL . Palavras-chave em Odontológicas São Leopoldo Mandic; gerontologia. 2a ed. Campinas: Alínea; 2005. 2005. p. 68-70. 25. Silva EMM, Gallo AKG, Santos DM 17. Pinelli LAP, Montandon AAB, , Barão VAR, Júnior ACF. Boschi A, Fais LMG. Prevalência de Enfermidades do paciente idoso. Pesq doenças crônicas em pacientes Bras Odontoped Clin Integr 2007 jan- geriátricos. Rev odonto ciênc 2005 jan- abr; 7(1):83-88. mar; 20(47): 69-74. 26. Silva SRC, Fernandes AC. 18. Pucca Júnior GA. Saúde bucal do Autopercepção das condições de idoso: aspectos sociais e preventivos. saúde bucal por idosos. Rev Saúde In: Papaléo Netto M. Gerontologia - A Pública 2001 ago; 35(4): 349-55. velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Editora 27. Souza MR , Genestra M. A terceira Atheneu, 1996.p.297-310. idade na região sul fluminense do Estado do Rio de Janeiro e a importância da inclusão da 82
  • 9. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS - CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 2ª Edição / Jul – Dez / 2009 odontogeriatria no currículo odontológico. Odontol clín-cient 2003 set-dez ; 2(3): 217-223. 28. Souza VMS , Pagani C, Jorge ALC. Odontogeriatria: sugestão de um programa de prevenção. Pós-grad Rev Fac Odontol 2001 jan-abr; 4(1):56-62. 29. Tibério D, Santos MTBR , Ramos LR. Estado periodontal e necessidade de tratamento em idosos. Rev Assoc Paul Cir Dent 2005 jan-fev; 59(1):69- 72. 30. Vargas HS. Psicologia do envelhecimento. São Paulo: Fundo Editorial BYK - PROCIENX; 1983. p. 17-28. “Este artigo é baseado na Dissertação de Especialização em Saúde Coletiva, que foi apresentada em Fevereiro de 2009 no Curso de Especialização em Saúde Coletiva do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas, pelo Dr. Marco Tulio Pettinato Pereira, cuja dissertação foi aprovada com nota máxima”. 83