O documento discute o impacto dos telemóveis na sociedade portuguesa. Em particular, aborda três pontos principais: 1) A elevada taxa de penetração dos telemóveis em Portugal, com 74% da população possuindo pelo menos um telemóvel; 2) As diferenças no uso de telemóveis entre grupos etários e níveis de escolaridade; 3) Os principais usos dos telemóveis por crianças, jovens, adultos e idosos.
2. OS TELEMÓVEIS
Os telemóveis tornaram-se parte integrante do nosso
quotidiano. Hoje em dia, é difícil concebermos o mundo sem
eles. O impacto dos telemóveis na sociedade actual é
portanto inegável, as suas implicações em termos de
transformação da vida social são inseparáveis.
3. O USO DOS TELEMÓVEIS
O primeiro telemóvel a ser lançado foi em 1973 pela marca
“Motorola” , chama-se “Dyna-tac”. Pesava 2,5 kilos, tinha um
tempo de conversação de 35 minutos. As suas características
de funcionamento eram apenas conversação.
O uso dos telemóveis pelos portugueses:
Em média 74% dos portugueses utiliza os telemóveis e pelo
menos cada um desses possui um telemóvel. Os restante de
11,3% tem mais de um telemóvel.
Tendo em conta esta elevada taxa de penetração, vejamos as
diferenças no interior dos grupos etários.
4. O USO DOS TELEMÓVEIS
No grupo de adultos entre os 25 e os 44 anos, 40% possui um
telemóvel contra 10% dos mesmos, que não tem. Acima dos 65
anos 8,5% tem um telemóvel, contra 45% que não tem, esta relação
é inversamente proporcional no que respeita à posse de telefone
fixo.
A relação da posse do telemóvel com a escolaridade dos adultos é
directamente proporcional: quanto mais escolaridade se tem, maior
é o número de pessoas com telemóvel com 91,1%, de entre os que
não sabem ler nem escrever, apenas 1% têm telemóvel. Telemóveis
já não são símbolos de "status" social. Hoje em dia são bens
comuns e de grande utilidade para muitos. Não são propriamente
baratos mas também não são muito dispendiosos. Isto no caso dos
modelos de gamas baixas e médias, os topos de gama são
extremamente mais caros, mas muitos deles fazem e têm as
mesmas funções que de gama média e média/alta.
5. O USO DOS TELEMÓVEIS
Crianças: usam o telemóvel para jogos.
Jovens/adolescentes: utilizam o telemóvel para escrever
mensagens, para ouvir musica e conversar.
Adultos: necessitam do telemóvel para comunicar através de
voz e mensagens.
Idosos: limitam-se atender e efectuar chamadas.
6. A práTIcAS SOcIAIS
Telemóveis, media e sociabilidades
Quem possui telemóvel, assiste com mais frequência a filmes, passa mais
tempo a ouvir rádio, lê jornais por mais de duas horas por dia (práticas de
consumo de media e forte intensidade)
O telemóvel na sociedade portuguesa é um instrumento essencialmente
utilizado e percepcionado como facilitador da gestão da vida pessoal,
familiar e social – 60% utiliza-o para saber como estão amigos e familiares.
A maioria dos utilizadores de telemóvel desconhece os níveis de radiação
do seu aparelho, preocupando-se mais com questões estéticas ou
tecnológica quando tem de escolher um modelo.
O alerta é mais perigoso quando estão em causa as crianças, aconselhando
a moderação no uso do telemóvel "porque a parte cerebral e as defesas
imunitárias ainda estão a desenvolver-se".
7. EVOLUçõES fUTUrAS nO USO DOS TELEMÓVEIS
E AS SUAS cOnSEqUêncIAS.
Das inúmeras investigações até hoje divulgadas relativamente aos
perigos dos telemóveis, não obstante os seus resultados por vezes
contraditórios, retira-se uma conclusão importante, ainda não
existem provas cabais das consequências do uso dos telemóveis na
saúde humana, não porque estas não existam, mas porque só
depois de 10 anos de utilização, começam a registar-se eventuais
danos no organismo humano. No entanto, há um ponto em que
parece que todos os cientistas estão de acordo, as crianças e jovens
com menos de 20 anos correm perigo imediato por causa das
perturbações causadas ao desenvolvimento normal.
As lesões podem vir a ser ainda mais frequentes no futuro, quando
uma nova geração de viciados em aparelhos electrónicos chegar à
idade adulta. Os jovens, que hoje passam várias horas a escrever
SMS, têm uma grande facilidade em recuperar de problemas físicas,
mas o mesmo não vai acontecer quando ficarem mais velhos porque
vai se notar uma maior fragilidade no corpo humano.
8. DIfErEnTES fOrMAS DO USO DA LíngUA E
rESpEcTIVOS SíMbOLOS E cÓDIgOS nAS
TEcnOLOgIAS DE InfOrMAçãO E
cOMUnIcAçãO.
O telemóvel é agenda; lista de contactos; arquivo de ficheiros;
rádio; despertador; calculadora; relógio e consola de jogos. O
impacto dos telemóveis na sociedade actual é portanto inegável.
O escrevente juvenil passou a utilizar entre eles um código que
investe em sinais e risonhos, que considera de maior prestigio
no acto de comunicar, entre as quais, frequentemente, a
informação que domina a língua que esta omnipresente nas
suas actividades preferidas, o inglês, ex. Amigos 4 ever.
A prática comunicativa através do telemóvel é influenciada pelo
contexto social em que é utilizado, ao poder ser activado em
qualquer parte do mundo (roaming) e a qualquer momento, o
telemóvel passou a assumir um papel social activo.
Deixou de ser um dispositivo que permite comunicar, par se
tornar numa ferramenta de interacção social.
9. USAnDO AS VárIAS LIngUAgEnS DOS MEIOS
TEcnOLÓgIcOS cOM OS TELEMÓVEIS.
Estas são formas coloquiais, certo, mas é justamente para
representar estas formas que as Línguas-de-Telemóvel foram
e estão a ser inventadas, como escrita alternativa.
A palavra-chave aqui é “alternativa”. O Português-de-
Telemóvel representa um tipo de escrita para um tipo de
oralidade. Também aqui não se trata da “Língua”, trata-se de
uma forma específica dela com área de uso delimitada. Cada
registo de língua tem a sua gíria própria e as suas regras
gramaticais, factos bem documentados tanto para a oralidade
como para a escrita. Novos códigos de escrita como este estão
a ser alvo de interesse e investigação científica, gerados pelo
que possam vir a revelar-nos sobre intuições de seres
humanos alfabetizados à cerca de formas escritas de línguas.
10. OS cOMpOnEnTES prIncIpAIS DE UM
TELEMÓVEL.
O telemóvel e constituído por cabos de dados, antena,
bateria, displays, cartão sim, leds, carcaça, teclado, auricular,
entre outros componentes como também carregador e
memoria ,ecrã de cristais líquidos e também placa de circuitos
integrados.
11. OS cOMpOnEnTES prIncIpAIS DO TELEMÓVEL
gSM
Originalmente, Groupe Special Mobile é uma tecnologia móvel e o padrão
mais popular para telefones celular do mundo. Telefones GSM são usados
por mais de um bilião de pessoas em mais de 200 países. A omnipresença
do sistema GSM faz com que o roaming internacional seja muito comum
através de "acordos de roaming" entre operadoras de telefonia móvel. O
GSM diferencia-se muito dos seus antecessores sendo que o sinal e os
canais de voz são digitais, o que significa que o GSM é visto como um
sistema de telefone celular de segunda geração (2G). O GSM possui uma
série de características que o distinguem dentro do universo das
comunicações móveis. Nascido nos anos 80 e fruto de uma cooperação
sem precedentes dentro da Europa, o sistema partilha elementos comuns
com outras tecnologias utilizadas em telemóveis, como a transmissão ser
feita de forma digital e a utilizar células (como funciona um telemóvel).Do
ponto de vista do consumidor, a vantagem-chave do GSM são os serviços
novos com baixos custos. Por exemplo, a troca de mensagens de texto foi
originalmente desenvolvida para o GSM. A performance dos celulares é
muito similar, mas apesar disso o sistema GSM tem mantido
compatibilidade com os telefones GSM originais. No mesmo tempo, o
sistema GSM continua a desenvolver-se com o lançamento do sistema
GPS.
12. O TELEMÓVEL
GPRS:
O GPRS - General Packet Rádio Serviço é uma tecnologia que
aumenta as taxas de transferência de dados nas redes GSM
existentes. Esta permite o transporte de dados por pacotes
(Comutação por pacotes). Sendo assim, o GPRS oferece uma taxa
de transferência de dados muito mais elevada que as taxas de
transferência das tecnologias anteriores, que usavam comutação por
circuito, que eram em torno de 12kbps. Já o GPRS, em situações
ideais, pode ultrapassar a marca dos 170kbps. No entanto na
prática, essa taxa está em torno dos 40 kbps.
13. O TELEMÓVEL 3g
Terceira geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel,
substituindo o 2G. As tecnologias 3G permitem às operadoras da rede
oferecerem a seus usuários uma ampla gama dos mais avançados
serviços, já que possuem uma capacidade de rede maior por causa de
uma melhora na eficiência espectral. Entre os serviços, há a telefonia por
voz e a transmissão de dados a longas distâncias, tudo em um ambiente
móvel. Normalmente, são fornecidos serviços com taxas de 5 a 10
Megabits por segundo. As redes 3G permitem telefonia móvel de longo
alcance e evoluíram para incorporar redes de acesso à Internet em alta
velocidade e video-telefonia. A característica mais importante da
tecnologia móvel 3G é suportar um número maior de clientes de voz e
dados, especialmente em áreas urbanas, além de maiores taxas de
dados a um custo incremental menor que na 2G.Ela utiliza o espectro de
radiofrequência em bandas identificadas, fornecidas pela UTI para a
Terceira Geração de serviços móveis IMT-2000, e depois licenciadas
para as operadoras. Permite a transmissão de 384 kbits/s para sistemas
móveis e 2 Megabits/s para sistemas estacionários. Espera-se que tenha
uma maior capacidade de usuários e uma maior eficiência espectral, de
forma que os consumidores possam dispor de roaming global entre
diferentes redes 3G.
14. prESEnçA DE OnDAS
ELEcTrOMAgnÉTIcAS
São ondas formadas por campos eléctricos e magnéticos oscilantes
que se propagam na velocidade da luz.
No aspecto electromagnético podemos ter desde ondas mais curtas
(bastante energéticas) até as mais longas (pouco energéticas).
A radiação electromagnética ocorre naturalmente no Universo e, como
tal, sempre esteve presente na Terra.
O nosso Sol, por exemplo, é a fonte (natural) de radiação
electromagnética mais intensa a que estamos expostos. Por outro
lado, o crescimento tecnológico, as mudanças no comportamento
social e nos hábitos de trabalho (próprios de uma sociedade em
evolução) criaram um ambiente crescentemente exposto a outras
fontes de radiação electromagnética. Estas fontes foram criadas
artificialmente pelo homem e são, por exemplo, as antenas dos
sistemas de telecomunicações, a linhas de alta tensão, os aparelhos
eléctricos etc.
15. cArAcTEríSTIcAS gErIAS DAS OnDAS
ELEcTrOMAgnÉTIcAS VELOcIDADE,
frEqUêncIA E AMpLITUDE.
O campo eléctrico está representado com cor azul, e o campo
magnético com cor vermelha. Estes campos evoluem no espaço
como uma onda, daí a designação de “onda electromagnética”. Uma
onda electromagnética pode ser criada por uma corrente eléctrica
variável no tempo.
Comprimento de onda, e frequência:
A onda electromagnética apresenta um padrão que se repete
enquanto se propaga. O comprimento desse padrão de repetição no
espaço designa-se por comprimento de onda, medindo-se em metros
[m].
16. cArAcTEríSTIcAS gErIAS DAS OnDAS
ELEcTrOMAgnÉTIcAS VELOcIDADE,
frEqUêncIA E AMpLITUDE
A frequência representa o número de ciclos da onda num
ponto do espaço em cada segundo, medindo-se em Hertz
[Hz].
O comprimento de onda e a frequência estão interligados
entre si, através da velocidade de propagação da luz.
Amplitude
A amplitude dá uma medida da intensidade dos campos,
medindo-se no caso do campo eléctrico em Volt por metro [V/
m], e do campo magnético em Ampère por metro [A/m]. A
densidade de potência vem expressa em Watt por metro
quadrado [W/m2], medindo a potência transportada pela onda
por unidade de área.
17. cArAcTEríSTIcAS gErIAS DAS OnDAS
ELEcTrOMAgnÉTIcAS VELOcIDADE,
frEqUêncIA E AMpLITUDE.
Direcção e velocidade de propagação:
Em espaço aberto, as ondas electromagnéticas propagam-se em linha
recta com velocidade c próxima de 300 000 km/s. Na vizinhança de
obstáculos, como o relevo do terreno, espelhos de água, construções,
etc... a direcção de propagação pode ser alterada por reflexão, ou por
difracção
A reflexão ou a difracção sofridas por uma onda electromagnética, em
geral modificam também a sua amplitude, mas não alteram a frequência.
Modificam ainda a polarização da onda.
Polarização:
O campo eléctrico oscila sobre uma direcção vertical, designada por
polarização vertical (PV); em alternativa, é possível escolher
convenientemente a orientação da fonte de forma a ter o campo
eléctrico a oscilar sobre uma direcção horizontal, designada por
polarização horizontal (PH). A esta orientação espacial dos campos
electromagnéticos dá-se o nome de polarização.
18. cArAcTEríSTIcAS DAS prIncIpAIS
rADIAçõES
Ondas de Rádio
"Ondas de rádio" é a denominação dada às ondas
desde frequências muito pequenas, até 1012 Hz ,
acima da qual estão os raios infravermelhos.
As ondas de rádio são geradas por osciladores
electrónicos instalados geralmente num lugar alto,
para atingir uma maior região. Logo o nome "ondas de
rádio" inclui as microondas, as ondas de TV, as ondas
curtas, as ondas longas e as próprias bandas de AM e
FM. Ondas de rádio propriamente ditas :As ondas de
rádio propriamente ditas, que vão de 104 Hz a 107
Hz, têm comprimento de onda grande, o que permite
que elas sejam reflectidas pelas camadas ionizadas
da atmosfera superior (ionosfera)*.
19. Raios X
Os raios X foram descobertos, em 1895, pelo
físico alemão Wilhelm Röntgen. Os raios X têm
frequência alta e possuem muita energia. São
capazes de atravessar muitas substâncias embora
sejam detidos por outras, principalmente pelo
chumbo.
Esses raios são produzidos sempre que um feixe
de electrões dotados de energia incide sobre um
obstáculo material. A energia cinética do feixe
incidente é parcialmente transformada em energia
electromagnética, dando origem aos raios X.
Os raios X são capazes de impressionar uma
chapa fotográfica e são muito utilizados em
radiografias, já que conseguem atravessar a pele
e os músculos da pessoa, mas são retidos pelos
ossos.
Os raios X são também bastante utilizados no tratamento de
doenças como o câncer. Têm ainda outras aplicações: na pesquisa
da estrutura da matéria, em Química, em Mineralogia e outros
ramos.
20. Raios Gama
As o a e c m g tic s c m fre uê ia a im d d s ra s X
nd s le tro a né a o q nc c a a o io
re e e o no ed ra sg m (g
cbm m e io a a ).
Os ra s g s o p d
io ã ro uzid s p r d s g ç o na l o a
o o e inte ra ã tura u rtific l d
ia e
e m nto ra io c s
le e s d a tivo .
Um m te l ra io c
a ria d a tivo p d e itir ra s g d nte m
oe m io ura uito te p , a
m o té
a ir um fo am ise tá l.
ting a rm a s ve
Ra s g d a e rg p d m s r o s rva o ta b m no ra s
io e lta ne ia o e e b e d s m é s io
c s ic s q a e a a a o fe te s e g nd q ntid d
ó m o ue ting m lta tm s ra rre tre m ra e ua a e
p rs g o
o e und .
Os raios g podem causar graves
danos às células, de modo que os
cientistas que trabalham em
laboratório de radiação devem
desenvolver métodos especiais
de detecção e protecção contra
doses excessivas desses raios.
21. TrAbALHO rEALIZADO
pOr: Ana Marques; Rui Ferreira;
Isabel Correia e Rui Fernandes
13 de Maio 2009