SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 9
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
Exemplos de Eletrônica Digital
Exemplo 1
Projetar um circuito multiplicador de números binários positivos de 2 bits cada um.
Utilizar somente as regras da álgebra Booleana (e não os Mapas de Karnaugh) para
encontrar o circuito resultante.
Sol.:
Como os números binários de entrada A e B são compostos cada um de 2 bits, então
trata-se de um circuito de 4 bits de entrada. Neste caso o maior valor dado por cada um
deles é o valor 3 em decimal ou 11 em binário, ou seja, 3x3 = 9, aqui observamos que 9
é um número decimal de 4 bits!
Portanto, o nosso circuito multiplicador de 2 bits deverá ter como máximo 4 linhas de
saída, ou seja,
Agora vamos analisar como as funções booleanas de saída M0, M1, M2 e M3 são
formadas. Para isto, vejamos através de um exemplo numérico, para o caso de A = 11 e
B = 11, fazendo a multiplicação temos,
Aqui os bits 1 (em vermelho) são os bit de carry devido às somas em módulo 2! Como
esperado o resultado de 3x3 é 9 (1001 binário).
Então no caso genérico de termos os dois números A (A1 A0) e B (B1 B0) ambos de 2
bits, temos o seguinte,
Circuito Multiplicador
Binário de
2 bits
A0
A1
B0
B1
M0 (LSB)
M1
M2
M3 (MSB)
A
B
1 1
X 1 1
1 1 1
+ 1 1 1 a
1 0 0 1
A1 A0
X B1 B0
C1 A1B0 A0B0
C2 A1B1 A0B1 a
M3 M2 M1 M0
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
Neste caso,
M0 = A0B0,
M1 = A1B0 + A0B1
M2 = A1B1 + C1
M3 = C2
Onde C1 e C2 são os possíveis bits de carry que podem aparecer das somas realizadas
em módulo 2. Agora sim estamos prontos para escrever a nossa tabela-verdade deste
projeto.
B1 B0 A1 A0 A0B0 A1B0 + A0B1 = M1 C1 + A1B1 = M2 M3 = C2
0 0 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 0 0 1 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 0 1 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 0 1 1 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 1 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 1 0 1 1 0 + 0 0 0 + 0 0 0
0 1 1 0 0 1 + 0 1 0 + 0 0 0
0 1 1 1 1 1 + 0 1 0 + 0 0 0
1 0 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
1 0 0 1 0 0 + 1 1 0 + 0 0 0
1 0 1 0 0 0 + 0 0 0 + 1 1 0
1 0 1 1 0 0 + 1 1 0 + 1 1 0
1 1 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0
1 1 0 1 1 0 + 1 1 0 + 0 0 0
1 1 1 0 0 1 + 0 1 0 + 1 1 0
1 1 1 1 1 1 + 1 0 1 + 1 0 1
Bits de Entrada M0 M1 M2 M3
Aqui as colunas sombreadas são as colunas que nos interessam para projetar o circuito
multiplicador de 2 bits.
Portanto,
1. Para M0 temos 4 mintermos,
2. Para M1 temos 6 mintermos,
3. Para M2 temos 3 mintermos,
4. Para M3 temos um (1) único mintermo.
O nosso seguinte passo é escrever as respectivas funções booleanas para M0, M1, M2 e
M3 e logo minimizá-las utilizando as regras da álgebra de Boole.
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
No caso de M0 temos,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Simplificando fica,
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ )
̅̅̅̅
(̅̅̅̅ )
Finalmente
Agora a função booleana para M1 é dada pela soma de 6 mintermos,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Fazendo as simplificações necessárias,
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ( ̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
Portanto,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ( )
Para M2 temos a função booleana,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Simplificando fica,
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
Pela lei da Absorção,
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
E para M3 temos,
O nosso último passo é o montar o circuito digital, no exemplo temos os valores A=11 e
B=11 de entrada e na saída podemos observar o resultado 1001.
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
Exemplo 2
Projetar um circuito somador de números binários de 2 bits cada. Utilizar somente as
regras da álgebra Booleana (e não os Mapas de Karnaugh) para encontrar o circuito
resultante.
Onde A0 A1 são os bits do número A e B0 B1 são os bits do número B, as saídas S0 e
C0 são as somas e o possível bit de carry respectivamente. Da mesma forma S1 e C1
são a soma e o bit de carry dessa segunda etapa do circuito.
Por exemplo, fazemos a soma dos números binários, A = 11 e B = 11,
Onde os bits em vermelho são os bits de carry C0 para a primeira soma e C1 para a
segunda soma, o resultado, como era de se esperar, é 110 (6 decimal).
Portanto, de forma genérica a soma de números binários de 2 bits é dada da seguinte
forma,
As saídas do circuito são,
S0 = B0 + A0
S1 = B1 + A1 + C0
C1 = C1
Meio Somador
Somador Completo
A0
B0
A1
B1
S0
C0
S1
C1
1 1
1 1
+ 1 1 1
1 1 0
C0 a
A1 A0
+ C1 B1 B0
C1 S1 S0
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
Agora passamos a fazer a tabela-verdade deste projeto de 4 bits de entrada (B1, B0, A1,
e A0).
B1 B0 A1 A0 B0 + A0 = S0 C0 + B1 + A1 = S1 C1
0 0 0 0 0 + 0 0 0 0 + 0 0 0
0 0 0 1 0 + 1 1 0 0 + 0 0 0
0 0 1 0 0 + 0 0 0 0 + 1 1 0
0 0 1 1 0 + 1 1 0 0 + 1 1 0
0 1 0 0 1 + 0 1 0 0 + 0 0 0
0 1 0 1 1 + 1 0 1 0 + 0 1 0
0 1 1 0 1 + 0 1 0 0 + 1 1 0
0 1 1 1 1 + 1 0 1 0 + 1 0 1
1 0 0 0 0 + 0 0 0 1 + 0 1 0
1 0 0 1 0 + 1 1 0 1 + 0 1 0
1 0 1 0 0 + 0 0 0 1 + 1 0 1
1 0 1 1 0 + 1 1 0 1 + 1 0 1
1 1 0 0 1 + 0 1 0 1 + 0 1 0
1 1 0 1 1 + 1 0 1 1 + 0 0 1
1 1 1 0 1 + 0 1 0 1 + 1 0 1
1 1 1 1 1 + 1 0 1 1 + 1 1 1
Bits de Entrada S0 C0 S1 C1
Dessa tabela verdade, as colunas que nos interessam apresentam as seguintes
características,
1. S0 tem 8 mintermos,
2. C0 tem 4 mintermos,
3. S1 tem 8 mintermos,
4. C1 tem 6 mintermos.
Portanto, a função boolena para S0 é dada por,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Simplificando,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ )
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ )
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
̅̅̅̅ ( ) ( )
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
(̅̅̅̅ )( )
Finalmente,
( )
Agora encontramos a função booleana para o bit de carry C0,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ )
̅̅̅̅
(̅̅̅̅ )
Finalmente,
A função booleana para S1 é dada por 9 mintermos como mostrada embaixo,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Simplificando e lembrando que o bit de carry , podemos escrever,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ )
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Do primeiro e o quarto termo fatoramos (̅̅̅̅ ) e do terceiro e quinto termos
fatoramos ( ̅̅̅̅)
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅ )
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
Agora temos que prestar muita atenção ao conteúdo entre parêntesis do primeiro e
terceiro termos.
Pela lei da Absorção temos que,
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
e
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
Portanto, com essas considerações podemos escrever,
̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
Fatorado mais uma vez,
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅)(̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
Finalmente,
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅)( ) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
Agora encontramos a função booleana para o bit de carry C1, esta é dada por 6
mintermos,
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅
Fatorando elementos comuns do primeiro e quarto termo, assim como do segundo e
terceiro e do quinto e último para obter,
(̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ( ̅̅̅̅ )
( ) ̅̅̅̅
( ) (̅̅̅̅ )
Finalmente,
( )
Eletrônica Digital
Prof. Aníbal Miranda
O passo final é a montagem do circuito digital, no exemplo temos os valores A=11 (3) e
B=11 (3), ou seja, 3 + 3 de entrada e na saída podemos observar o resultado 110 (6)
como esperado.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (6)

Simuladinho IX
Simuladinho IXSimuladinho IX
Simuladinho IX
 
Codificadores e Descodificadores
Codificadores e DescodificadoresCodificadores e Descodificadores
Codificadores e Descodificadores
 
tri2colmatematica.marco.2013
tri2colmatematica.marco.2013tri2colmatematica.marco.2013
tri2colmatematica.marco.2013
 
Sf2n3 2011
Sf2n3 2011Sf2n3 2011
Sf2n3 2011
 
Complexos
ComplexosComplexos
Complexos
 
Listão 8º ano
Listão  8º anoListão  8º ano
Listão 8º ano
 

Ähnlich wie Eletrônica digital

Curso básico de eletrônica digital parte 5
Curso básico de eletrônica digital parte 5Curso básico de eletrônica digital parte 5
Curso básico de eletrônica digital parte 5Renan Boccia
 
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01marcel-sampaio
 
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdf
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdfn12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdf
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdfCarlosPereira558606
 
Tp representação de informação
Tp   representação de informaçãoTp   representação de informação
Tp representação de informaçãoLuis Lino Ferreira
 
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitos
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitosAalgebra-boole-simplificacao-circuitos
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitosBel Arts
 
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitos
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitosAb algebra-boole-simplificacao-circuitos
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitosJuvena1212
 
Sf2n1 2011
Sf2n1 2011Sf2n1 2011
Sf2n1 2011cavip
 
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)profzwipp
 
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabaritoprofzwipp
 
Intro teoria dos numerros cap4
Intro teoria dos numerros cap4Intro teoria dos numerros cap4
Intro teoria dos numerros cap4Paulo Martins
 
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas Elementares
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas ElementaresSéries fourier cap_2 Relações Trigonométricas Elementares
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas ElementaresCiro Marcus
 
OBMEP-2010-Solução da Prova
OBMEP-2010-Solução da ProvaOBMEP-2010-Solução da Prova
OBMEP-2010-Solução da ProvaProfessor Emerson
 
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdf
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdfAula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdf
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdfWilliamAlbertassi1
 

Ähnlich wie Eletrônica digital (20)

Curso básico de eletrônica digital parte 5
Curso básico de eletrônica digital parte 5Curso básico de eletrônica digital parte 5
Curso básico de eletrônica digital parte 5
 
Sf1n3 2018
Sf1n3 2018Sf1n3 2018
Sf1n3 2018
 
computaçao
computaçaocomputaçao
computaçao
 
Sistemas numericos
Sistemas numericosSistemas numericos
Sistemas numericos
 
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01
Apostilamatconcursos 111209123909-phpapp01
 
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdf
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdfn12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdf
n12-pra-ufcd-6024-13-circuitos-logicospdf_compress (1).pdf
 
Tp representação de informação
Tp   representação de informaçãoTp   representação de informação
Tp representação de informação
 
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitos
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitosAalgebra-boole-simplificacao-circuitos
Aalgebra-boole-simplificacao-circuitos
 
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitos
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitosAb algebra-boole-simplificacao-circuitos
Ab algebra-boole-simplificacao-circuitos
 
Td 3 mat i
Td 3   mat iTd 3   mat i
Td 3 mat i
 
Sf2n1 2011
Sf2n1 2011Sf2n1 2011
Sf2n1 2011
 
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito (1)
 
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito
2010 volume1 cadernodoaluno_matematica_ensinofundamentalii_6aserie_gabarito
 
Intro teoria dos numerros cap4
Intro teoria dos numerros cap4Intro teoria dos numerros cap4
Intro teoria dos numerros cap4
 
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas Elementares
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas ElementaresSéries fourier cap_2 Relações Trigonométricas Elementares
Séries fourier cap_2 Relações Trigonométricas Elementares
 
Calculo numerico
Calculo numerico Calculo numerico
Calculo numerico
 
OBMEP-2010-Solução da Prova
OBMEP-2010-Solução da ProvaOBMEP-2010-Solução da Prova
OBMEP-2010-Solução da Prova
 
1 fase nivel2_gabarito_2011
1 fase nivel2_gabarito_20111 fase nivel2_gabarito_2011
1 fase nivel2_gabarito_2011
 
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdf
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdfAula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdf
Aula_Zegonc_Aritmetica_Binaria_e_Complemento.pdf
 
Exercicio de Modelagem de Suspensão Dinamica
Exercicio de Modelagem de Suspensão DinamicaExercicio de Modelagem de Suspensão Dinamica
Exercicio de Modelagem de Suspensão Dinamica
 

Kürzlich hochgeladen

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 

Eletrônica digital

  • 1. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda Exemplos de Eletrônica Digital Exemplo 1 Projetar um circuito multiplicador de números binários positivos de 2 bits cada um. Utilizar somente as regras da álgebra Booleana (e não os Mapas de Karnaugh) para encontrar o circuito resultante. Sol.: Como os números binários de entrada A e B são compostos cada um de 2 bits, então trata-se de um circuito de 4 bits de entrada. Neste caso o maior valor dado por cada um deles é o valor 3 em decimal ou 11 em binário, ou seja, 3x3 = 9, aqui observamos que 9 é um número decimal de 4 bits! Portanto, o nosso circuito multiplicador de 2 bits deverá ter como máximo 4 linhas de saída, ou seja, Agora vamos analisar como as funções booleanas de saída M0, M1, M2 e M3 são formadas. Para isto, vejamos através de um exemplo numérico, para o caso de A = 11 e B = 11, fazendo a multiplicação temos, Aqui os bits 1 (em vermelho) são os bit de carry devido às somas em módulo 2! Como esperado o resultado de 3x3 é 9 (1001 binário). Então no caso genérico de termos os dois números A (A1 A0) e B (B1 B0) ambos de 2 bits, temos o seguinte, Circuito Multiplicador Binário de 2 bits A0 A1 B0 B1 M0 (LSB) M1 M2 M3 (MSB) A B 1 1 X 1 1 1 1 1 + 1 1 1 a 1 0 0 1 A1 A0 X B1 B0 C1 A1B0 A0B0 C2 A1B1 A0B1 a M3 M2 M1 M0
  • 2. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda Neste caso, M0 = A0B0, M1 = A1B0 + A0B1 M2 = A1B1 + C1 M3 = C2 Onde C1 e C2 são os possíveis bits de carry que podem aparecer das somas realizadas em módulo 2. Agora sim estamos prontos para escrever a nossa tabela-verdade deste projeto. B1 B0 A1 A0 A0B0 A1B0 + A0B1 = M1 C1 + A1B1 = M2 M3 = C2 0 0 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 0 0 1 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 0 1 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 0 1 1 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 1 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 1 0 1 1 0 + 0 0 0 + 0 0 0 0 1 1 0 0 1 + 0 1 0 + 0 0 0 0 1 1 1 1 1 + 0 1 0 + 0 0 0 1 0 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 1 0 0 1 0 0 + 1 1 0 + 0 0 0 1 0 1 0 0 0 + 0 0 0 + 1 1 0 1 0 1 1 0 0 + 1 1 0 + 1 1 0 1 1 0 0 0 0 + 0 0 0 + 0 0 0 1 1 0 1 1 0 + 1 1 0 + 0 0 0 1 1 1 0 0 1 + 0 1 0 + 1 1 0 1 1 1 1 1 1 + 1 0 1 + 1 0 1 Bits de Entrada M0 M1 M2 M3 Aqui as colunas sombreadas são as colunas que nos interessam para projetar o circuito multiplicador de 2 bits. Portanto, 1. Para M0 temos 4 mintermos, 2. Para M1 temos 6 mintermos, 3. Para M2 temos 3 mintermos, 4. Para M3 temos um (1) único mintermo. O nosso seguinte passo é escrever as respectivas funções booleanas para M0, M1, M2 e M3 e logo minimizá-las utilizando as regras da álgebra de Boole.
  • 3. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda No caso de M0 temos, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Simplificando fica, ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) Finalmente Agora a função booleana para M1 é dada pela soma de 6 mintermos, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Fazendo as simplificações necessárias, ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ( ̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) Portanto, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ( ) Para M2 temos a função booleana, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Simplificando fica, ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) Pela lei da Absorção, (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)
  • 4. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda E para M3 temos, O nosso último passo é o montar o circuito digital, no exemplo temos os valores A=11 e B=11 de entrada e na saída podemos observar o resultado 1001.
  • 5. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda Exemplo 2 Projetar um circuito somador de números binários de 2 bits cada. Utilizar somente as regras da álgebra Booleana (e não os Mapas de Karnaugh) para encontrar o circuito resultante. Onde A0 A1 são os bits do número A e B0 B1 são os bits do número B, as saídas S0 e C0 são as somas e o possível bit de carry respectivamente. Da mesma forma S1 e C1 são a soma e o bit de carry dessa segunda etapa do circuito. Por exemplo, fazemos a soma dos números binários, A = 11 e B = 11, Onde os bits em vermelho são os bits de carry C0 para a primeira soma e C1 para a segunda soma, o resultado, como era de se esperar, é 110 (6 decimal). Portanto, de forma genérica a soma de números binários de 2 bits é dada da seguinte forma, As saídas do circuito são, S0 = B0 + A0 S1 = B1 + A1 + C0 C1 = C1 Meio Somador Somador Completo A0 B0 A1 B1 S0 C0 S1 C1 1 1 1 1 + 1 1 1 1 1 0 C0 a A1 A0 + C1 B1 B0 C1 S1 S0
  • 6. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda Agora passamos a fazer a tabela-verdade deste projeto de 4 bits de entrada (B1, B0, A1, e A0). B1 B0 A1 A0 B0 + A0 = S0 C0 + B1 + A1 = S1 C1 0 0 0 0 0 + 0 0 0 0 + 0 0 0 0 0 0 1 0 + 1 1 0 0 + 0 0 0 0 0 1 0 0 + 0 0 0 0 + 1 1 0 0 0 1 1 0 + 1 1 0 0 + 1 1 0 0 1 0 0 1 + 0 1 0 0 + 0 0 0 0 1 0 1 1 + 1 0 1 0 + 0 1 0 0 1 1 0 1 + 0 1 0 0 + 1 1 0 0 1 1 1 1 + 1 0 1 0 + 1 0 1 1 0 0 0 0 + 0 0 0 1 + 0 1 0 1 0 0 1 0 + 1 1 0 1 + 0 1 0 1 0 1 0 0 + 0 0 0 1 + 1 0 1 1 0 1 1 0 + 1 1 0 1 + 1 0 1 1 1 0 0 1 + 0 1 0 1 + 0 1 0 1 1 0 1 1 + 1 0 1 1 + 0 0 1 1 1 1 0 1 + 0 1 0 1 + 1 0 1 1 1 1 1 1 + 1 0 1 1 + 1 1 1 Bits de Entrada S0 C0 S1 C1 Dessa tabela verdade, as colunas que nos interessam apresentam as seguintes características, 1. S0 tem 8 mintermos, 2. C0 tem 4 mintermos, 3. S1 tem 8 mintermos, 4. C1 tem 6 mintermos. Portanto, a função boolena para S0 é dada por, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Simplificando, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ ( ) ( )
  • 7. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda (̅̅̅̅ )( ) Finalmente, ( ) Agora encontramos a função booleana para o bit de carry C0, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) Finalmente, A função booleana para S1 é dada por 9 mintermos como mostrada embaixo, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Simplificando e lembrando que o bit de carry , podemos escrever, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) (̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Do primeiro e o quarto termo fatoramos (̅̅̅̅ ) e do terceiro e quinto termos fatoramos ( ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅ )
  • 8. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda Agora temos que prestar muita atenção ao conteúdo entre parêntesis do primeiro e terceiro termos. Pela lei da Absorção temos que, (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e (̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Portanto, com essas considerações podemos escrever, ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) Fatorado mais uma vez, (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)(̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ Finalmente, (̅̅̅̅ ̅̅̅̅)( ) ( )̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ Agora encontramos a função booleana para o bit de carry C1, esta é dada por 6 mintermos, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ Fatorando elementos comuns do primeiro e quarto termo, assim como do segundo e terceiro e do quinto e último para obter, (̅̅̅̅ ̅̅̅̅) ̅̅̅̅ (̅̅̅̅ ) ( ̅̅̅̅ ) ( ) ̅̅̅̅ ( ) (̅̅̅̅ ) Finalmente, ( )
  • 9. Eletrônica Digital Prof. Aníbal Miranda O passo final é a montagem do circuito digital, no exemplo temos os valores A=11 (3) e B=11 (3), ou seja, 3 + 3 de entrada e na saída podemos observar o resultado 110 (6) como esperado.