O documento discute como controlar os impulsos de compra e evitar o endividamento. Aponta que 52% dos brasileiros fazem compras não planejadas e que roupas, eletrônicos e outros itens são vilões do controle financeiro. Recomenda atenção com locais de compra e compras parceladas, além de acompanhar o extrato bancário para melhor gerenciar as finanças.
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Controle Seu Impulso De Compra
1. Controle seu impulso de compra
Segundo pesquisa do SPC Brasil, 52% dos brasileiros fizeram alguma
aquisiçãoimpensada nos últimos três meses. Aprenda a lidar com seu
poder de crédito de forma segura…
Na hora das compras, roupas e calçados fazem a cabeça das mulheres
enquanto os eletrônicos seduzem os homens, mas outros itens como
calçados, perfumes, acessórios e livros também fazem o papel de vilão
do controle financeiro. Segundo estudo realizado pelo SPC Brasil,seis
em cada dez consumidores preferem parcelar, mesmo que acabem
pagando mais pelo produto e 52% dos entrevistadosfizeram alguma
compra descontrolada nos últimos três meses. "É preciso ter cuidado
pois o consumo não planejado deixa de ser um ato de prazer a partir do
momento em que essa prática conduz o consumidor ao descontrole
orçamentário e, consequentemente, à inadimplência", explica José
Vignoli, educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’.
Para se educar financeiramente é preciso guardar dinheiro, poupar e, mais
do que isso,tomar decisões conscientes na priorização e organização de
gastos, passando a ter maior controle sobre a impulsividade. Aqui,
listamos algumas atitudes que te ajudarão nessa tarefa:
CUIDADO COM OS LOCAIS DE COMPRA
A principal justificativa dada pelos consumidores para comprar por
impulso são os descontos e promoções, mencionados por metade dos
entrevistados. Além disso, as aquisições sem planejamento são feitas,
normalmente, em shopping centers, lojas virtuais, lojas de rua, de
departamento e, até, em supermercados. Para evitar a compra por
impulso, durante seus momentos livres, pense em outros passeios
interessantes que não incluam "bater perna no shopping". Na hora de
fazer a compra do mês no supermercado, evite os chamados corredores
mortos, aqueles que vendem tudo aquilo que não está em sua lista oficial.
ATENÇÃO ÀS COMPRAS PARCELADAS
É expressiva a parcela dos que não se imaginam sem a compra parcelada.
“A pesquisa mostrou que muitos consumidores brasileiros procuram
adequar os gastos ao orçamento, mesmo sabendo que o desembolso total
pode ser maior. Outros consumidores preferem prestações menores para
reservar parte do salário mensal para outras compras ou para
imprevistos”, explica Luiza Rodrigues, economista do SPC Brasil. De modo
geral, o crédito é definido como algo muito positivo na opinião da maior
2. parte dos consumidores que consideram uma oportunidade de alcançar
um sonho. Mas realizar um desejo de forma impulsiva, ou seja, sem se
programar financeiramente, pode ser uma furada. Por isso:
1. Resista às tentações das propagandas e não insista em manter um estilo
de vida que não combina com a sua renda atual.
2. Cuidado com o poder que fatores psicológicos exercem sob você. Por
uma questão de status, algumas pessoas compram descontroladamente
apenas para impressionar a família, os amigos e até mesmo o vendedor da
loja, para alimentar a autoestima. Sem planejamento, essas pessoas
adquirem produtos supérfluos e acabam se endividando excessivamente.
3. O estudo do SPC Brasil revela que 21% dos consumidores admitem não
saber quantas prestações estão pagando atualmente. Por isso, evite
parcelar suas compras, principalmente as menores. Mais de três parcelas
acumuladas em um mês vão desestruturar sua organização financeira.
FIQUE DE OLHO NO EXTRATO
A pesquisa detectou comportamentos que demonstram falta de
planejamento por parte dos consumidores. Mais de um terço dos
entrevistados admite que não tem o hábito de olhar o extrato bancário
antes de fazer uma compra parcelada e 12% chegam a incorporar o limite
do cheque especial e do cartão de crédito como parte do orçamento
disponível para ser gasto no mês.
Por isso, o cheque especial só deve ser usado em casos emergenciais, não
como fonte de renda para gastos mensais. Além disso, a atenção com o
cartão de crédito deve ser redobrada. “Ele transmite à pessoa a falsa
sensação de não estar gastando. Esse é um dos grandes perigos para
quem não está maduro o suficiente para lidar com o crédito de maneira
correta. Por isso, é fundamental checar na fatura o valor total das compras
antigas antes de se fazer uma nova dívida no cartão”, alerta Vignoli.
FUJA DO NOME SUJO
Sete em cada dez entrevistadosconfessam que já passaram pela
experiência de ter ficado com nome sujo na praça, sendo que 20% ficaram
mais de três anos nesta situação e 13%, entre um e três anos. Para não
fazer parte desse número, o consumidor deve ser mais cuidadoso. “Em
tempos de aperto no crédito, inflação alta e baixo crescimento da
economia, fique atento. Os bancos estão aumentando os juros. Ao mesmo
tempo, os salários já não estão aumentando como antes. Isso deve ser um
3. sinal de alerta para a população. A dica neste momento, principalmente
para quem já está endividado, é adiar o consumo por alguns meses. Assim
é possível dar entrada maior na aquisição de um produto e diminuir o
número de prestações”, orienta