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E. E. BATISTA RENZI
PROF. MANOELITO
FILOSOFIA
2ª SÉRIE
ENSINO MÉDIO
“TORNAR-SE INDIVÍDUO”
1
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito)
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 2
Conteúdos e temas:
Paul Ricoeur,
linguagem, narrativa,
história, o outro, si
mesmo.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 3
REFLEXÃO
O que você é agora é
consequência da
natureza, da sua
educação ou
das suas escolhas?
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 4
Como nós pensamos o indivíduo?
Em geral, podemos dizer que o indivíduo
tem duas dimensões:
1- ser membro de uma sociedade qualquer
(como uma formiga em um formigueiro)
2- e,em sentido moral, um ser
independente e autônomo. Portanto,
quando falamos de indivíduo, pensamos
em um ser da espécie humana com
autonomia e independência.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 5
A primeira preocupação de
Ricoeur é como,de modo
geral, nos individualizamos.
Como dizemos, por exemplo,
que determinado ser é uma
amostra indivisível de uma
espécie?
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 6
Como podemos afirmar que uma
abelha, por exemplo, é um
indivíduo da espécie das abelhas?
O que faz com que ela represente
sua espécie?
Igualmente,como um homem pode
dizer que faz parte da espécie
humana, mesmo considerando as
diferenças?
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 7
O ponto de partida de Ricoeur é a
linguagem, pois é por meio dela
que nós pensamos e dizemos o
mundo. Esse ato de dizer o mundo
só é possível pela interpretação,
sendo a linguagem a manifestação
da interpretação do mundo.
E ela é capaz de dizer o indivíduo
por meio de três formas:
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 8
por descrições definidas,por nomes
próprios e por indicadores.
As descrições definidas podem ser:
a menina que sempre compra
chocolate.
Nas descrições,há um
entrecruzamento de categorias
para designar um indivíduo.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 9
No caso do exemplo amenina que sempre
compra chocolate, há a categoria menina e
a dos seres que sempre compram
chocolate.
De todas as meninas do mundo, nós nos
referimos àquela que sempre compra
chocolate.
De todos os seres que compram
chocolate,nós nos referimos à menina.
Portanto, ao descrevermos, nós cruzamos
categorias para designar um indivíduo.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 10
Os nomes próprios referem-se a uma
designação específica e permanente.
A função lógica é simples:
designar a singularidade do indivíduo.
Por exemplo, Marcelo. Obviamente, se
pronuncio a palavra Marcelo, eu me refiro
ao Marcelo.
No entanto, resta-me especificar suas
propriedades, como: Marcelo, o aluno
educado ou Marcelo, o aluno alto da 3a
série.
11
Mas há outra maneira de dizer o
indivíduo que, para Ricoeur, é a mais
importante, a saber, por meio de
indicadores, que podem ser pronomes
pessoais, eu e tu; pronomes
demonstrativos,isto e aquilo; advérbios
de lugar, aqui, acolá e além; advérbios
de tempo, agora, ontem, amanhã;
advérbios de modo, assim e
diversamente; além de todos os outros
dessas categorias gramaticais.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 12
Os indicadores se diferenciam dos
nomes próprios porque podem
designar seres diferentes.
Por exemplo, quando dizemos
Aristóteles, nos referimos a um
importante filósofo da Grécia
Clássica e quando dizemos você,
podemos dizer essa palavra para
referir a vários interlocutores.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 13
Esses indicadores envolvem
completamente o locutor, o ser que
pronuncia a linguagem e que narra,
interpretando o mundo.
Observe que, quando o locutor diz
agora, ele se posiciona no tempo.
O mesmo ocorre quando ele diz aqui,
quando se posiciona no espaço.
Quando ele diz você, ele se posiciona
em relação a outro.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 14
Eu digo
Em um diálogo, temos,
necessariamente, dois
interlocutores.
No instante em que apenas um
fala, nós temos o locutor. A
locução exige alguém que ouça;
portanto, falar é dirigir-se a.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 15
Uma interlocução exige o
envolvimento de, pelo menos,
dois seres – quem fala e quem
ouve, ou ouvirá.
No entanto, quando falamos,
não apenas dizemos as coisas
como são, mas criamos outras.
Por exemplo, uma promessa.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 16
A promessa só existe a partir do
ato da fala; ela é uma criação
ética da própria linguagem, em
meio a uma interlocução.
Em geral, o “eu” aparece
completamente imbricado em
nossa fala, encaixado em tudo o
que falamos.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 17
Por exemplo, quando alguém diz o
gato está limpo, seria fácil acrescer
uma fala que remeta ao locutor:
eu declaro que o gato está limpo.
Mesmo sem perceber, cada vez
que falamos, podemos nos remeter
a nós mesmos, na condição de
locutores.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 18
Este “eu” que somos está
ancorado na história e no
tempo vivido – o agora –,
porque esse “eu” tem um
nome próprio e uma data de
nascimento, fixada no tempo
e no espaço.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 19
Ao dizer o próprio nome, nós
fazemos uma correlação do agora
com aquilo que já vivemos sob
esse nome, quer seja a nossa
família, quer sejam nossos
documentos.
É a correlação do presente vivo
(dizer o nome) com algum outro
ponto no tempo.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 20
Do mesmo modo, podemos dizer
isso do espaço, o lugar vivo agora,
como a sala de aula, que pode ser
correlato a outro espaço: pelo fato
de dizermos eu estou na sala de
aula, dizemos que não estamos em
outro lugar, no qual já estivemos ou
queríamos estar, por exemplo.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 21
Ipseidade – do que sou
para quem sou
A ipseidade é a fala que
usamos para dizer o que
pertence apenas ao indivíduo, à
sua singularidade.
Aquilo que, entre vários de uma
espécie, diferencia um só.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 22
Somos seres que nos
caracterizamos por
instituir o mundo pela linguagem.
Ademais, ela nos proporciona o
que somos: seres que fazem
uso dessa mesma linguagem
para se expressar, interpretar e
ouvir.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 23
Isso significa dizer que a
linguagem nos proporciona o
que somos e o que o mundo
é. Mas será que a linguagem
é capaz de não apenas dizer
o que somos, mas
quem somos?
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 24
Essa problemática do quem é
fundamental, à medida que a
resposta a essa questão traz a
possibilidade da instituição do
“eu” como si mesmo – idêntico
somente a si, diferente de todos
da sua espécie.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito)
25
Para sabermos quem é este “eu”, o
passo seguinte é narrá-lo.
Ao narrar, somos obrigados a dizer a
ação desse sujeito. Narrativa supondo,
minimamente, o “eu”, algum verbo, em
algum lugar, em algum tempo, sobre
algo, como em “Eu nasci em
Sorocaba”; “Eu sei ler”, “Eu sinto
saudade de Maria” etc.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 26
Até o ponto de criarmos
“intrigas” ou entrelaçamento de
vivências, ao máximo que nossa
linguagem pode suportar.
Somos mais densos conforme
se aprofunda nossa linguagem e
conforme nossas narrativas
de nós mesmos melhoram.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 27
Além disso, torna-se fundamental
pensarmos que nossa narrativa não diz
apenas de um ser Imutável, ela é uma
história de um ser em contínua
mudança, pois esse ser se dá pela
ação narrada, e cada ação é diferente,
até mesmo a mais recente delas.
Portanto, nós somos a nossa história
contada e somos leitores de nós
mesmos.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 28
A linguagem do “eu” e o outro.
De fato, o uso da linguagem produz a
constituição do “eu”. Nossas palavras e
sentidos estão recheados das mais
diversas ideologias. Nessa fusão quase
sempre imperceptível, essas ideologias
também nos instituem e nos
configuram, atuando em nossa própria
narrativa.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 29
Se aprendermos desde criança
palavras de discriminação, de
categorização de pessoas, algo comum
em universos sociais racistas, nossa
leitura de nós mesmos pode estar
profundamente constituída por esses
preconceitos.
Com a exclusão do outro, por exemplo,
instituímo-nos de maneira vil como
racistas.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 30
No entanto, pode haver uma promessa que
fazemos para sermos melhores dentro da
sociedade, com ações cuja narrativa se
expressa por um ato generosamente
bonito. Por isso, podemos partir de uma
situação de narrativa de nós mesmos para
outra, na tentativa ética de superarmos
as injustiças e a exclusão do outro.
Podemos, sempre, perguntar a nós
mesmos, o que dizer da sua história? Ela é
honestamente bonita?
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 31
Não se pode pressupor que a ética
dependa exclusivamente do
indivíduo por si mesmo, uma vez
que esse indivíduo é configurado
pela sua ação no mundo,
principalmente em relação ao outro,
por meio de cooperação com base
na linguagem.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 32
Para Ricoeur, a ideologia
individualista propõe pensarmos
que, independentemente dos
outros, somos agentes éticos
capazes de moldar a sociedade.
Ao contrário, quando fazemos a
promessa de sermos melhores,
instituímos quem faz e quem ouve
a promessa.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 33
Configuraram-se o eu e o outro
de mim, que agora é o tu-você.
Depois, este que ouviu tem o
direito de cobrar a promessa
feita. Ao mantermos nossa
promessa, estabelecemos um
laço de confiança e de
cooperação.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 34
Nossa narrativa nos
configura, mas não o faz
sem configurar o outro.
O dever ético não se dá
apenas sobre o indivíduo,
mas sobre a relação
com o outro.
"A LEITURA É A SENHA PARA O
ACESSO AO CONHECIMENTO"
(Prof. Manoelito) 35
Fonte:
Caderno do Professor e
Caderno do aluno
Volume 1

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Paul Rieucouer

  • 1. E. E. BATISTA RENZI PROF. MANOELITO FILOSOFIA 2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO “TORNAR-SE INDIVÍDUO” 1 "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito)
  • 2. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 2 Conteúdos e temas: Paul Ricoeur, linguagem, narrativa, história, o outro, si mesmo.
  • 3. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 3 REFLEXÃO O que você é agora é consequência da natureza, da sua educação ou das suas escolhas?
  • 4. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 4 Como nós pensamos o indivíduo? Em geral, podemos dizer que o indivíduo tem duas dimensões: 1- ser membro de uma sociedade qualquer (como uma formiga em um formigueiro) 2- e,em sentido moral, um ser independente e autônomo. Portanto, quando falamos de indivíduo, pensamos em um ser da espécie humana com autonomia e independência.
  • 5. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 5 A primeira preocupação de Ricoeur é como,de modo geral, nos individualizamos. Como dizemos, por exemplo, que determinado ser é uma amostra indivisível de uma espécie?
  • 6. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 6 Como podemos afirmar que uma abelha, por exemplo, é um indivíduo da espécie das abelhas? O que faz com que ela represente sua espécie? Igualmente,como um homem pode dizer que faz parte da espécie humana, mesmo considerando as diferenças?
  • 7. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 7 O ponto de partida de Ricoeur é a linguagem, pois é por meio dela que nós pensamos e dizemos o mundo. Esse ato de dizer o mundo só é possível pela interpretação, sendo a linguagem a manifestação da interpretação do mundo. E ela é capaz de dizer o indivíduo por meio de três formas:
  • 8. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 8 por descrições definidas,por nomes próprios e por indicadores. As descrições definidas podem ser: a menina que sempre compra chocolate. Nas descrições,há um entrecruzamento de categorias para designar um indivíduo.
  • 9. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 9 No caso do exemplo amenina que sempre compra chocolate, há a categoria menina e a dos seres que sempre compram chocolate. De todas as meninas do mundo, nós nos referimos àquela que sempre compra chocolate. De todos os seres que compram chocolate,nós nos referimos à menina. Portanto, ao descrevermos, nós cruzamos categorias para designar um indivíduo.
  • 10. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 10 Os nomes próprios referem-se a uma designação específica e permanente. A função lógica é simples: designar a singularidade do indivíduo. Por exemplo, Marcelo. Obviamente, se pronuncio a palavra Marcelo, eu me refiro ao Marcelo. No entanto, resta-me especificar suas propriedades, como: Marcelo, o aluno educado ou Marcelo, o aluno alto da 3a série.
  • 11. 11 Mas há outra maneira de dizer o indivíduo que, para Ricoeur, é a mais importante, a saber, por meio de indicadores, que podem ser pronomes pessoais, eu e tu; pronomes demonstrativos,isto e aquilo; advérbios de lugar, aqui, acolá e além; advérbios de tempo, agora, ontem, amanhã; advérbios de modo, assim e diversamente; além de todos os outros dessas categorias gramaticais.
  • 12. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 12 Os indicadores se diferenciam dos nomes próprios porque podem designar seres diferentes. Por exemplo, quando dizemos Aristóteles, nos referimos a um importante filósofo da Grécia Clássica e quando dizemos você, podemos dizer essa palavra para referir a vários interlocutores.
  • 13. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 13 Esses indicadores envolvem completamente o locutor, o ser que pronuncia a linguagem e que narra, interpretando o mundo. Observe que, quando o locutor diz agora, ele se posiciona no tempo. O mesmo ocorre quando ele diz aqui, quando se posiciona no espaço. Quando ele diz você, ele se posiciona em relação a outro.
  • 14. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 14 Eu digo Em um diálogo, temos, necessariamente, dois interlocutores. No instante em que apenas um fala, nós temos o locutor. A locução exige alguém que ouça; portanto, falar é dirigir-se a.
  • 15. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 15 Uma interlocução exige o envolvimento de, pelo menos, dois seres – quem fala e quem ouve, ou ouvirá. No entanto, quando falamos, não apenas dizemos as coisas como são, mas criamos outras. Por exemplo, uma promessa.
  • 16. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 16 A promessa só existe a partir do ato da fala; ela é uma criação ética da própria linguagem, em meio a uma interlocução. Em geral, o “eu” aparece completamente imbricado em nossa fala, encaixado em tudo o que falamos.
  • 17. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 17 Por exemplo, quando alguém diz o gato está limpo, seria fácil acrescer uma fala que remeta ao locutor: eu declaro que o gato está limpo. Mesmo sem perceber, cada vez que falamos, podemos nos remeter a nós mesmos, na condição de locutores.
  • 18. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 18 Este “eu” que somos está ancorado na história e no tempo vivido – o agora –, porque esse “eu” tem um nome próprio e uma data de nascimento, fixada no tempo e no espaço.
  • 19. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 19 Ao dizer o próprio nome, nós fazemos uma correlação do agora com aquilo que já vivemos sob esse nome, quer seja a nossa família, quer sejam nossos documentos. É a correlação do presente vivo (dizer o nome) com algum outro ponto no tempo.
  • 20. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 20 Do mesmo modo, podemos dizer isso do espaço, o lugar vivo agora, como a sala de aula, que pode ser correlato a outro espaço: pelo fato de dizermos eu estou na sala de aula, dizemos que não estamos em outro lugar, no qual já estivemos ou queríamos estar, por exemplo.
  • 21. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 21 Ipseidade – do que sou para quem sou A ipseidade é a fala que usamos para dizer o que pertence apenas ao indivíduo, à sua singularidade. Aquilo que, entre vários de uma espécie, diferencia um só.
  • 22. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 22 Somos seres que nos caracterizamos por instituir o mundo pela linguagem. Ademais, ela nos proporciona o que somos: seres que fazem uso dessa mesma linguagem para se expressar, interpretar e ouvir.
  • 23. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 23 Isso significa dizer que a linguagem nos proporciona o que somos e o que o mundo é. Mas será que a linguagem é capaz de não apenas dizer o que somos, mas quem somos?
  • 24. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 24 Essa problemática do quem é fundamental, à medida que a resposta a essa questão traz a possibilidade da instituição do “eu” como si mesmo – idêntico somente a si, diferente de todos da sua espécie.
  • 25. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 25 Para sabermos quem é este “eu”, o passo seguinte é narrá-lo. Ao narrar, somos obrigados a dizer a ação desse sujeito. Narrativa supondo, minimamente, o “eu”, algum verbo, em algum lugar, em algum tempo, sobre algo, como em “Eu nasci em Sorocaba”; “Eu sei ler”, “Eu sinto saudade de Maria” etc.
  • 26. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 26 Até o ponto de criarmos “intrigas” ou entrelaçamento de vivências, ao máximo que nossa linguagem pode suportar. Somos mais densos conforme se aprofunda nossa linguagem e conforme nossas narrativas de nós mesmos melhoram.
  • 27. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 27 Além disso, torna-se fundamental pensarmos que nossa narrativa não diz apenas de um ser Imutável, ela é uma história de um ser em contínua mudança, pois esse ser se dá pela ação narrada, e cada ação é diferente, até mesmo a mais recente delas. Portanto, nós somos a nossa história contada e somos leitores de nós mesmos.
  • 28. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 28 A linguagem do “eu” e o outro. De fato, o uso da linguagem produz a constituição do “eu”. Nossas palavras e sentidos estão recheados das mais diversas ideologias. Nessa fusão quase sempre imperceptível, essas ideologias também nos instituem e nos configuram, atuando em nossa própria narrativa.
  • 29. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 29 Se aprendermos desde criança palavras de discriminação, de categorização de pessoas, algo comum em universos sociais racistas, nossa leitura de nós mesmos pode estar profundamente constituída por esses preconceitos. Com a exclusão do outro, por exemplo, instituímo-nos de maneira vil como racistas.
  • 30. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 30 No entanto, pode haver uma promessa que fazemos para sermos melhores dentro da sociedade, com ações cuja narrativa se expressa por um ato generosamente bonito. Por isso, podemos partir de uma situação de narrativa de nós mesmos para outra, na tentativa ética de superarmos as injustiças e a exclusão do outro. Podemos, sempre, perguntar a nós mesmos, o que dizer da sua história? Ela é honestamente bonita?
  • 31. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 31 Não se pode pressupor que a ética dependa exclusivamente do indivíduo por si mesmo, uma vez que esse indivíduo é configurado pela sua ação no mundo, principalmente em relação ao outro, por meio de cooperação com base na linguagem.
  • 32. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 32 Para Ricoeur, a ideologia individualista propõe pensarmos que, independentemente dos outros, somos agentes éticos capazes de moldar a sociedade. Ao contrário, quando fazemos a promessa de sermos melhores, instituímos quem faz e quem ouve a promessa.
  • 33. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 33 Configuraram-se o eu e o outro de mim, que agora é o tu-você. Depois, este que ouviu tem o direito de cobrar a promessa feita. Ao mantermos nossa promessa, estabelecemos um laço de confiança e de cooperação.
  • 34. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 34 Nossa narrativa nos configura, mas não o faz sem configurar o outro. O dever ético não se dá apenas sobre o indivíduo, mas sobre a relação com o outro.
  • 35. "A LEITURA É A SENHA PARA O ACESSO AO CONHECIMENTO" (Prof. Manoelito) 35 Fonte: Caderno do Professor e Caderno do aluno Volume 1