SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 110
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Operações mecânicas - Teoria




                               Eletricista de manutenção
                                  Operações de mecânica - Teoria




                               SENAI-SP - INTRANET
                                     CT040-08
Operações mecânicas - Teoria




                               SENAI-SP - INTRANET
                                     CT040-08
Operações mecânicas - Teoria




Operações de mecânica - Teoria
008451 (46.15.11.941-5)

© SENAI-SP, 2009.

4a Edição.
Trabalho avaliado pelo Comitê Técnico de Processo de Usinagem e editorado por Meios Educacionais da
Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.

                        Avaliação        Carlos Eduardo Binati
                                         José Roberto da Silva
                                         Rogério Augusto Spatti
            Coordenação editorial        Gilvan Lima da Silva



3a Edição, 2008. Editoração.

 a
2 Edição, 2007.
Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.


1a Edição, 2003.
Trabalho revisto, organizado e atualizado a partir de conteúdos extraídos da Intranet, por Meios
Educacionais da Gerência de Educação e CFP 1.22 da Diretoria Técnica do SENAI-SP.

                     Coordenação         Airton Almeida de Moraes
             Seleção de conteúdos        Antônio Moreno Neto
                  Desenho técnico        Flavio Alves Dias
                                         Ivo da Rocha Silva




                                           SENAI-SP - INTRANET
                                                  CT040-08
Operações mecânicas - Teoria


                           SENAI   Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
                                   Departamento Regional de São Paulo
                                   Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César
                                   São Paulo – SP
                                   CEP 01311-923

                       Telefone    (0XX11) 3146-7000
                        Telefax    (0XX11) 3146-7230
                   SENAI on-line   0800-55-1000

                         E-mail    senai@sp.senai.br
                      Home page    http://www.sp.senai.br




                                        SENAI-SP - INTRANET
                                               CT040-08
Operações mecânicas - Teoria




                                                          Sumário



Paquímetro                                                      9
    Leitura do paquímetro em décimo de milímetro               10
Micrômetro                                                     13
    Características do micrômetro                              15
    Leitura do micrômetro no sistema métrico                   16
Lima                                                           21
    Utilização e conservação                                   22
Régua graduada                                                 23
    Régua sem encosto                                          24
    Régua com encosto                                          24
    Régua de encosto interno                                   24
    Régua de dois encostos                                     25
    Régua de profundidade                                      25
    Leitura da escala segundo o sistema métrico                26
    Leitura de escala segundo o sistema inglês                 26
    Conservação da régua                                       27
Instrumentos de traçagem                                       29
    Instrumentos e materiais                                   29
    Desempeno                                                  31
    Régua, riscador, esquadro                                  33
    Riscador e compasso                                        33
    Martelo e punção                                           35
    Soluções corantes                                          38
Furadeiras                                                     39
    Tipos de furadeiras                                        39
    Manuseio da furadeira                                      45
Brocas                                                         47
    Broca helicoidal com haste cilíndrica                      48
    Broca helicoidal com haste cônica                          48
    Características das brocas                                 50
                                    SENAI-SP - INTRANET
                                            CT040-08
Operações mecânicas - Teoria



    Modificações para aplicações específicas                      53
    Brocas especiais                                              55
    Brocas com pastilha de metal duro para concreto               55
    Brocas de hélice rápida                                       56
    Brocas de hélice lenta                                        56
    Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis           57
    Brocas para trabalhos pesados                                 57
    Brocas extracurtas                                             57
    Brocas em aço cobalto para aços-manganês                      58
Gabaritos                                                          63
    Conservação                                                    64
Machos de roscar                                                  65
    Sistema de rosca                                               66
    Aplicação                                                     66
    Passo ou número de filetes por polegada                        66
    Diâmetro externo ou nominal                                    66
    Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica                         67
    Sentido da rosca                                               67
    Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca    68
Seleção de ferramentas para roscar                                69
    Condições de uso dos machos de roscar                         70
    Conservação                                                    70
Acessórios de travamento                                           71
    Anéis de retenção                                             71
    Cupilhas                                                       72
Serra manual                                                       73
    Arco de serra                                                 73
    Lâmina de serra                                                75
    Seleção da lâmina de serra                                    78
Tesouras e máquinas de corte                                      81
    Tesouras manuais                                              81
    Tesouras de bancada                                           84
    Normas de segurança                                           86
Viradeiras manuais                                                 87
Rebite de repuxo                                                   91
Parafusos                                                          97
    Parafusos                                                     97
Chaves de fenda                                                   101

                                    SENAI-SP - INTRANET
                                          CT040-08
Operações mecânicas - Teoria



    Chave de fenda Phillips                          103
    Recuperação                                      103
Serra tico-tico portátil                             105
    Constituição                                     105
Referências                                          107




                               SENAI-SP - INTRANET
                                     CT040-08
Operações mecânicas - Teoria




                               SENAI-SP - INTRANET
                                     CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                                      Paquímetro


É um instrumento de precisão para tomar medidas lineares, ou seja, medidas que
representam comprimento, largura, altura e espessura das peças.


Permite a leitura de frações de milímetros e de polegadas, através de uma escala
chamada vernier ou nônio.


A precisão do paquímetro é de 0,02mm, 1/128” ou 0,001”.


O paquímetro é composto de duas partes principais: Corpo fixo e corpo móvel.


O corpo móvel é chamado de cursor. É no cursor que fica a escala vernier.


Observe na figura os componentes do paquímetro.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                9
Operações de mecânica - Teoria



Leitura do paquímetro em décimo de milímetro


A leitura em décimos de milímetros é feita na escala vernier.




O vernier de milímetro tem comprimento total de 9mm.


Está dividido em 10 partes iguais.


Cada divisão do vernier vale, portanto: 9mm : 10 = 0,9mm; assim, cada divisão do
vernier é 0,1mm menor do que cada divisão da escala de milímetros.


Para ler a medição em décimos de milímetros, você deve ler, na escala de milímetros,
os milímetros inteiros antes do zero do vernier.




Conte, depois os traços do vernier até que coincida com um traço da escala de
milímetros, para obter os décimos de milímetro.

                                     SENAI-SP – INTRANET
10                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Observe a figura abaixo.




O zero do vernier de milímetros coincide exatamente com um dos traços da escala de
milímetros.


Veja que contando os traços da escala de milímetro desde zero, o 12 é a medida que
coincide com o zero do vernier. Portanto, a medida é 12mm.


Veja, agora, outro exemplo.




Agora, o zero do vernier de milímetros não coincide exatamente com nenhum traço da
escala de milímetros.


O zero do vernier está entre os traços 15 e 16 da escala de milímetros.


Nesse caso, fique com a menor medida, que é 15, ou seja, a medida que aparece
antes do zero de vernier.
                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                              11
Operações de mecânica - Teoria



Em seguida, observe onde um dos traços do vernier de milímetros coincide com um
dos traços da escala de milímetros.


Os traços coincidem no número 3 do vernier de milímetros. Então, a medida é 15,33mm.


Observe este novo exemplo.




A medida é 1,35mm porque o 1 da escala de milímetros está antes do zero do vernier
e a coincidência se dá no 3º traço do vernier.


Repare no último exemplo.




Neste caso, a medida é 59,4mm porque o 59 da escala de milímetros está antes do
zero do vernier e a coincidência se dá no 4º traço do vernier




                                      SENAI-SP – INTRANET
12                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                                      Micrômetro


Micrômetro é um instrumento que permite a leitura em centésimos e milésimos de
milímetro de maneira simples, mais rigorosa e exata que o paquímetro. O princípio de
funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca.


O parafuso, ao dar uma volta completa em uma porca fixa, provoca um deslocamento
igual ao seu passo.




Desse modo, dividindo-se a “cabeça” do parafuso, podem-se avaliar frações menores
que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                13
Operações de mecânica - Teoria



As partes componentes de um micrômetro são: arco, faces de medição, batente, fuso
micrométrico, bainha, bucha interna, porca de ajuste, catraca, tambor, trava e isolante
térmico.




O arco é feito de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tensões
internas.


O isolante térmico evita a dilatação do arco, onde está fixado, porque isola a
transmissão de calor das mãos para o instrumento.


O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para garantir
exatidão do passo da rosca.


As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se
rigorosamente planas e paralelas. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal
duro de alta resistência ao desgaste.


A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico quando isso é
necessário.


O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Gira ligado ao fuso micrométrico;
portanto, a cada volta seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.


A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.


A trava permite imobilizar o fuso numa medida pré-determinada.


                                     SENAI-SP – INTRANET
14                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Características do micrômetro


O micrômetro caracteriza-se pela capacidade, pela resolução e pela aplicação.
A capacidade de medição do micrômetro é geralmente de 25mm ou uma polegada,
variando o tamanho do arco de 25 em 25mm ou de 1 em 1”. Pode chegar a 2000mm
ou 80”.


A resolução pode ser de 0,01mm; 0, 001mm; .001” (um milésimo de polegada) ou
.0001” (um décimo de milésimo de polegada). No micrômetro de 0 a 25mm ou de 0 a
1”, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço
zero da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero da escala
do tambor.




A aplicação do micrômetro é variada, segundo a necessidade. Assim, existem
micrômetros de medida externa e de medida interna.


Micrômetro contador mecânico
É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador
mecânico; facilita a leitura independentemente da posição de observação, evitando o
erro de paralaxe.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                   15
Operações de mecânica - Teoria



Micrômetro digital eletrônico
Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.




Leitura do micrômetro no sistema métrico


A leitura no sistema métrico considera resoluções de 0,01mm e de 0,001mm.


Micrômetro com resolução de 0, 01mm
A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada passo. A
resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor
deslocamento de seu fuso; para obter a medida, divide-se o passo pelo número de
divisões do tambor.

               passo de rosca do fuso micrométri co
Re solução =
                  número de divisões do tambor



Se o passo da rosca é de 0,5mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será:
      0,5mm
R=          = 0,01mm
        50




                                             SENAI-SP – INTRANET
16                                                    CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A leitura no micrômetro com resolução de 0,01mm deve obedecer às seguintes etapas:
• Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha;
• Leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha;
• Leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.


Tomando como exemplos as ilustrações a seguir, as leituras serão:




17,00     mm (escala dos mm da bainha)
+0,50     mm (escala dos meios mm da bainha)
 0,32     mm (escala centesimal do tambor)
17,82     mm Leitura total




23,00     mm (escala dos mm da bainha)
+0,00     mm (escala dos meios mm da bainha)
 0,09     mm (escala centesimal do tambor)
23,09     mm Leitura total



                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                             17
Operações de mecânica - Teoria



Micrômetro com resolução de 0,001mm
No caso de micrômetro com nônio, este indica o valor a ser acrescentado à leitura
obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor,
dividida pelo número de divisões do nônio. Se o nônio tiver dez divisões marcadas na
bainha, a resolução será:

      0,01
R=         = 0,001mm
       10


A leitura no micrômetro com resolução de 0,001mm obedece às seguintes etapas:
•    Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha;
•    Leitura dos meios milímetros na mesma escala;
•    Leitura dos centésimos na escala do tambor;
•    Leitura dos milésimos som auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos traços
     do nônio coincide com o traço do tambor.


A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.


Exemplos




A = 20,000 mm
+    B =     0,500 mm
     C =     0,110 mm
     D =     0,008 mm
Total = 20,618 mm


                                      SENAI-SP – INTRANET
18                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




A = 18,000 mm
+   B =      0,090 mm
    C =      0,006 mm
Total = 18,096 mm




                                 SENAI-SP – INTRANET
                                        CT040-08       19
Operações de mecânica - Teoria




                                 SENAI-SP – INTRANET
20                                      CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                                                      Lima


É uma ferramenta empregada para limar, isto é, para desbastar ou dar acabamento em
superfícies metálicas.


É feita de aço-carbono, é temperada, manual e denticulada.




O denticulado ou picado das limas é classificado de acordo com a inclinação e
tamanho dos dentes.


Quanto à inclinação, o picado pode ser simples ou duplo (cruzado).


Quanto ao tamanho dos dentes as limas podem ser: Bastardas ou murças.




Bastarda                                      Murça


As limas mais usuais medem 100, 150, 200, 250 e 300mm de comprimento.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                             21
Operações de mecânica - Teoria



Utilização e conservação


•    Para serem usadas com segurança e bom rendimento, as limas devem estar bem
     encabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte.
•    Para limpeza e desobstrução do picado, use uma vareta ou barra de metal macio,
     de cobre ou latão, de ponta achatada.




•    Para conservação, evite choques, proteja a lima contra umidade, a fim de evitar
     oxidação, e evite o contato entre as limas para não estragar os denticulados.




                                      SENAI-SP – INTRANET
22                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                     Régua graduada


Régua graduada ou escala é uma lâmina de aço, geralmente inoxidável, graduada em
unidades do sistema métrico e/ou sistema inglês. É utilizada para medidas lineares que
admitem erros superiores à menor graduação da régua, que normalmente equivale a
              1"
0,5mm ou         .
              32




As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais comuns são as de 150mm (6”) e 300mm (12”).


De modo geral, uma escala confiável deve apresentar bom acabamento, bordas retas
e bem definidas e faces polidas. As réguas de manuseio constante devem ser de aço
inoxidável ou de metal tratado termicamente. É necessário que os traços da escala
sejam gravados, uniformes, eqüidistantes e finos. A retitude e o erro máximo admissí-
vel das divisões obedecem a normas internacionais.




Existem cinco tipos de régua graduada: sem encosto, com encosto, de encosto interno,
de encosto externo, de dois encostos e de profundidade.



                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                 23
Operações de mecânica - Teoria



Régua sem encosto


Utilizada na medição de peças planas com ou sem face de referência. Neste caso,
deve-se subtrair do resultado o valor do ponto de referência.




Régua com encosto


Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, utilizada como en-
costo.




Régua de encosto interno


A régua de encosto interno é destinada a medições de peças que apresentam faces
internas de referência.




                                     SENAI-SP – INTRANET
24                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Régua de dois encostos


Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referência externa. É
utilizada principalmente pelos ferreiros.




Régua de profundidade


Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.




                                      SENAI-SP – INTRANET
                                             CT040-08                             25
Operações de mecânica - Teoria



Leitura da escala segundo o sistema métrico


Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equi-
vale a 1mm.




Leitura da escala segundo o sistema inglês


No sistema inglês de polegada fracionária, a polegada se divide em 2,4,8,16 ... partes
iguais. As melhores escalas apresentam 32 divisões por polegada, enquanto as de-
                                    1"
mais só apresentam frações de          de polegada. Deve-se observar que somente estão
                                    16
indicadas as frações de numerador ímpar.




Sempre que as frações de polegada apresentarem numeradores pares, a fração é
                2"   1"   6"   3"
simplificada:      =    ;    =
                16   8    16   8
                                       SENAI-SP – INTRANET
26                                            CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A leitura consiste em verificar qual traço coincide com a extremidade do objeto, obser-
vando-se a altura do traço, que facilita a indicação das partes em que a polegada foi
                                                       1"
dividida. No exemplo que segue, o objeto tem 1            (uma polegada e um oitavo).
                                                       8




Conservação da régua


Para boa conservação, deve-se evitar deixá-la em contato com outras ferramentas ou
cair; não flexioná-la ou torcê-la para evitar que empene ou quebre; limpá-la após o uso;
protegê-la contra oxidação usando óleo, quando necessário.




                                     SENAI-SP – INTRANET
                                            CT040-08                                    27
Operações de mecânica - Teoria




                                 SENAI-SP – INTRANET
28                                      CT040-08
Operações de mecânica - Teoria                                    Avaliado pelo Comitê Técnico de
                                                                    Processos de Usinagem/2008.




            Instrumentos de traçagem



Antes que seja iniciada a usinagem de peças em bruto produzidas por forjamento ou por
fundição, ou de peças pré-usinadas, realiza-se uma operação que indica o local e a
quantidade de material a ser retirado. Essa operação se chama traçagem.



Instrumentos e materiais


Para realizar a traçagem, é necessário ter alguns instrumentos e materiais. Os
instrumentos são muitos e variados: desempeno, escala, graminho, riscador, régua de
traçar, suta, compasso, esquadro e cruz de centrar, punção e martelo, blocos
prismáticos, macacos de altura variável, cantoneiras, cubos de traçagem.


Para cada etapa da traçagem, um desses instrumentos ou grupos de instrumentos é
usado. Assim, para apoiar a peça, usa-se o desempeno.




                                    SENAI-SP – INTRANET                                      29
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Para medir, usa-se a escala e o goniômetro ou calibrador traçador. Para traçar,
usa-se o riscador, o compasso e o calibrador traçador.




Dependendo do formato da peça, e da maneira como precisa ser apoiada, é
necessário também usar calços, macacos, cantoneiras e/ou o cubo de traçagem.




30                                SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Para auxiliar na traçagem, usa-se régua, esquadros com base, esquadro de
centrar, suta, tampões, gabaritos.




Para marcar, usam-se um punção e um martelo.




Desempeno




                                  SENAI-SP – INTRANET                      31
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



O desempeno é um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído de ferro fundido
ou granito. Sua face superior é rigorosamente plana.




O plano de referência serve para traçado com calibrador traçador ou para a verificação
de superfícies planas.


Os desempenos são tecnicamente projetados e cuidadosamente construídos com ferro
fundido de qualidade especial. As nervuras são projetadas e dispostas de tal forma que
não permitem deformações, mantendo bem plana a face de controle.


Os desempenos apresentam, em geral, as dimensões mostradas no quadro a seguir.

      Dimensões (mm)
 400 x 250     1.000 x 1.000
 400 x 400     1.600 x 1.000
 630 x 400     2.000 x 1.000
 630 x 630     3.000 x 1.000
 1000 x 630



Os desempenos devem ser manuseadas com o máximo cuidado e mantidos bem
nivelados com o auxílio dos pés niveladores. Além disso, não devem sofrer golpes que
possam danificar sua superfície.




32                                 SENAI-SP – INTRANET
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



É aconselhável alternar a superfície de uso do desempeno para que o desgaste seja
regular em todo o seu plano. Ele deve ser mantido limpo, untado com óleo anti-
corrosivo e protegido com um tampo de madeira.



Régua, riscador, esquadro




A régua de traçar é fabricada de aço-carbono, sem escala, com faces planas e
paralelas. Tem uma das bordas biselada, ou seja, chanfrada. Ela serve de guia para o
riscador, quando se traçam linhas retas.




O esquadro que serve de guia ao riscador quando são traçadas linhas
perpendiculares a uma face de referência, é chamado de esquadro com base. Ele é
constituído de aço-carbono retificado e, às vezes, temperado.



Riscador e compasso


O riscador também é fabricado com aço-carbono e tem a ponta temperada. Pode
também ter a ponta feita de metal duro afilada em formato cônico num ângulo de 15o.




                                  SENAI-SP – INTRANET                               33
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Geralmente o riscador tem o corpo recartilhado para facilitar a empunhadura ao riscar.
Seu comprimento varia de 120 a 150mm.




Riscador                                                 Compasso


O compasso é um instrumento construído em aço-carbono ou em aço especial, dotado de
duas pernas que se abrem ou se fecham por meio de uma articulação. Ele é constituído
por um pino de manejo, um sistema de articulação e um sistema de regulagem que
permitem a fixação das pernas na abertura com a medida desejada.


Ele é usado para traçar circunferências e arcos de circunferências.




Para melhor conservação, após o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos,
lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras
ferramentas.




34                                 SENAI-SP – INTRANET
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Martelo e punção


O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode
ser de dois tipos: de pena e de bola.




Tanto o martelo de bola quanto o martelo de pena apresentam as partes mostradas na
ilustração a seguir.




A face de choque (pancada) é ligeiramente abaulada.


A bola (semi-esférica) e a pena (arredondada na extremidade) são usadas para
trabalhos de rebitagem e de forja.
O olhal, orifício de seção oval, onde se introduz a espiga do cabo é geralmente
estreitado na parte central.


A cabeça e a bola (ou a pena) são tratadas termicamente, para terem a dureza
aumentada e para resistirem aos choques.




                                     SENAI-SP – INTRANET                          35
                                            CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A madeira do cabo deve ser flexível, sem defeitos e de boa qualidade. Sua seção é
oval para possibilitar maior firmeza na empunhadura. O comprimento vai de 30 a
35cm.


O engastamento no olhal é garantido por uma cunha de aço cravada na extremidade
do cabo. Essa cunha abre as fibras da madeira de modo que a ponta do cabo fique
bem apertada contra a superfície do olhal.


O estreitamento do cabo aumenta a flexibilidade e ajuda o golpe pois age como
amortecedor e diminui a fadiga do punho do operador.


A figura a seguir mostra a posição correta de segurar o martelo. A energia é bem
aproveitada quando a ferramenta é segurada pela extremidade do cabo.




O punho de quem martela é que faz o trabalho no martelamento. A amplitude do
movimento do martelo é de cerca de um quarto de círculo, ou seja, 90º.


O punção é outro instrumento usado na traçagem. É um instrumento fabricado de aço-
carbono, temperado, com um comprimento entre 100 e 125mm, ponta cônica e corpo
cilíndrico recartilhado ou octogonal (com oito lados).




O corpo do punção recartilhado ou octogonal serve para auxiliar a empunhadura da
ferramenta durante o uso, impedindo que ele escorregue da mão.




36                                  SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Essa ferramenta é usada para marcar pontos de referência no traçado e centros para
furação de peças. A marcação é feita por meio de pancadas dadas com martelo na
cabeça do punção.




O punção é classificado de acordo com o ângulo da ponta. Existem punções de 30º,
60º, 90º, 120º.


Os punções de 30º e 60º são usados quando se deseja marcar os centros e os pontos
de referência com mais intensidade. Os punções de 90º e 120º são usados para fazer
marcações leves e guias para pontas de brocas.

          Tipos                            Usos


                            Marca traços de referência.




                            Marca centros que servem de guias
                            para pontas de brocas.




Para marcar, o punção deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para a
frente, a fim de facilitar a visão do operador.




                                          SENAI-SP – INTRANET                      37
                                                  CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Em seguida, o punção é colocado na posição perpendicular à peça para receber o
golpe do martelo. Esse golpe deve ser único e sua intensidade deve ser compatível
com a marcação desejada e com a espessura do material puncionado.



Soluções corantes


Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com
soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle
do traçado.


O quadro a seguir resume as informações sobre essas soluções.

 Substância              Composição                 Superfície           Traçado
                         Goma-laca, álcool,
 Verniz                                             Lisa ou polida       Rigoroso
                         anilina.
                         Alvaiade, água ou
 Solução de alvaiade                                Em bruto             Sem rigor
                         álcool
                         Gesso, água, cola
                         comum de madeira,
 Gesso diluído                                      Em bruto             Sem rigor
                         óleo de linhaça,
                         secante.
 Gesso seco              Gesso comum (giz)          Em bruto             Pouco rigoroso
                         Já preparada no
 Tinta                                              Lisa                 Rigoroso
                         comércio




 Créditos                                                    Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008
 Elaborador:       Regina Célia Roland Novaes                Carlos Eduardo Binati
                   Selma Ziedas                              José Roberto da Silva
 Conteudista:      Abilio José Weber                         Rogério Augusto Spatti
                   Adriano Ruiz Secco
 Ilustrador:       José Joaquim Pecegueiro
                   José Luciano de Souza Filho
                   Leury Giacomeli

38                                         SENAI-SP – INTRANET
                                                  CT040-08
Operações de mecânica - Teoria                                 Avaliado pelo Comitê Técnico de
                                                                 Processos de Usinagem/2007.




                                                          Furadeiras



Furadeira é uma máquina-ferramenta que permite executar operações como furar,
roscar com machos, rebaixar, escarear e alargar furos. Essas operações são
executadas pelo movimento de rotação e avanço das ferramentas fixadas no eixo
principal da máquina.


O movimento de rotação é transmitido por um sistema de engrenagens ou de polias,
impulsionados por um motor elétrico. O avanço é transmitido por um sistema de
engrenagem (pinhão e cremalheira) que pode ser manual ou automático.



Tipos de furadeiras


A escolha da furadeira está relacionada ao tipo de trabalho que será realizado. Assim,
temos:
•   Furadeira portátil;
•   Furadeira sensitiva;
•   Furadeira de bases magnética;
•   Furadeira de coluna;
•   Furadeira radial;
•   Furadeira múltipla;
•   Furadeira de fusos múltiplos.




                                    SENAI-SP – INTRANET                                   39
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A furadeira portátil é usada em montagens, na execução de furos de fixação de
pinos, cavilhas e parafusos em peças muito grandes como turbinas e carrocerias,
quando há necessidade de trabalhar no próprio local devido ao difícil acesso de uma
furadeira maior.




Esse tipo de furadeira também é usado em serviços de manutenção para a extração de
elementos de máquinas tais como parafusos e prisioneiros. Pode ser elétrica e também
pneumática.


A furadeira sensitiva é a mais simples das máquinas-ferramentas destinadas à
furação de peças. É indicada para usinagem de peças de pequeno porte e furos com
diâmetros de até 15mm.




Tem o nome de sensitiva porque o avanço é feito manualmente pelo operador, o qual
regula a penetração da ferramenta em função da resistência que o material oferece.
40                                SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A furadeira de coluna tem esse nome porque seu suporte principal é uma coluna na
qual estão montados o sistema de transmissão de movimento, a mesa e a base. A
coluna permite deslocar e girar o sistema de transmissão e a mesa, segundo o
tamanho das peças. A furadeira de coluna pode ser:




a. de bancada (também chamada de sensitiva, porque o avanço da ferramenta é
    dado pela força do operador) - tem motores de pequena potência e é empregada
    para fazer furos de até 15mm de diâmetro. A transmissão do movimento é feita por
    meio de sistema de polias e correias.




Furadeira de coluna de bancada




                                   SENAI-SP – INTRANET                             41
                                            CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



b. de piso - geralmente usada para a furação de peças grandes com diâmetros
     maiores do que os das furadeiras de bancada. Possui uma mesa giratória que
     permite maior aproveitamento em peças com formatos irregulares. Apresenta,
     também, mecanismo para avanço automático do eixo árvore. Normalmente a
     transmissão de movimento é feita por engrenagens.




Furadeira de coluna de piso


A furadeira radial é empregada para abrir furos em peças pesadas volumosas e
difíceis de alinhar. Possui um potente braço horizontal que pode ser abaixado e
levantado e é capaz de girar em torno da coluna. Esse braço, por sua vez, contém o
eixo porta-ferramenta que também pode ser deslocado horizontalmente ao longo do
braço. Isso permite furar em várias posições sem mover a peça. O avanço da
ferramenta também é automático.




42                                SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




A furadeira múltipla possui vários fusos alinhados para executar operações
sucessivas ou simultâneas em uma única peça ou em diversas peças ao mesmo
tempo. É usada em operações seriadas nas quais é preciso fazer furos de diversas
medidas.


A furadeira de fusos múltiplos é aquela na qual os fusos trabalham juntos, em feixes.
Cada um dos fusos pode ter uma ferramenta diferente de modo que é possível fazer
furos diferentes ao mesmo tempo na mesma peça. Em alguns modelos, a mesa gira
sobre seu eixo central. É usada em usinagem de uma só peça com vários furos, como
blocos de motores, por exemplo, e produzida em grandes quantidade de peças
seriadas.




                                  SENAI-SP – INTRANET                              43
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Partes da furadeira de coluna
As principais partes de uma furadeira de coluna são: motor, cabeçote motriz, coluna,
árvore ou eixo principal, mesa porta-peças e base.




O motor fornece energia que impulsiona o sistema de engrenagens ou de polias.


O cabeçote motriz é a parte da máquina na qual se localiza o sistema de
engrenagens ou polias e a árvore (ou eixo principal). O sistema de engrenagens ou
polias é responsável pela transformação e seleção de rotações transmitidos à árvore
ou eixo principal.


A árvore (ou eixo principal), montada na cabeça motriz, é o elemento responsável
pela fixação da ferramenta diretamente em seu eixo ou por meio de um acessório
chamado de mandril. É essa árvore que transmite o movimento transformado pelo
sistema de engrenagens ou polias à ferramenta e permite que esta execute a operação
desejada.


A coluna é o suporte da cabeça motriz. Dispõe de guias verticais sobre as quais
deslizam a cabeça motriz e a mesa porta-peça.


44                                SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A mesa porta-peça é a parte da máquina onde a peça é fixada. Ela pode ter
movimentos verticais, giratórios e de inclinação.


A base é o plano de apoio da máquina para a fixação no piso ou na bancada. Pode ser
utilizada como mesa porta-peça quando a peça é de grandes dimensões.


O movimento de avanço de uma broca ou de qualquer outra ferramenta fixada no eixo
principal da furadeira de coluna pode ser executado manual ou automaticamente.


As furadeiras com avanço manual são as mais comuns. Nessas furadeiras, o avanço é
controlado pelo operador, quando se executa trabalhos que não exigem grande
precisão.


As furadeiras de coluna de piso, radiais, múltiplas e de fusos múltiplos têm avanço
automático. Isso permite a execução de furos com melhor acabamento. Elas são
usadas principalmente na fabricação de motores e máquinas.



Manuseio da furadeira


Para obter um bom resultado nas operações com a furadeira, a ferramenta deve estar
firmemente presa à máquina a fim de que gire perfeitamente centralizada. A peça, por
sua vez, deve estar igualmente presa com firmeza à mesa da máquina.


Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pré furação com
brocas menores.


Uma broca de haste cônica não deve jamais ser presa a um mandril que é indicado
para ferramentas de haste cilíndrica paralela.


Para retirar a ferramenta deve-se usar unicamente a ferramenta adequada.




                                   SENAI-SP – INTRANET                                45
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Créditos                                                       Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Elaborador:    Regina Célia Roland Novaes                      Carlos Eduardo Binati
               Selma Ziedas                                    José Roberto da Silva
Conteudista:   Abilio José Weber                               Rogério Augusto Spatti
               Adriano Ruiz Secco
Ilustrador:    José Joaquim Pecegueiro
               José Luciano de Souza Filho
               Leury Giacomeli

46                                           SENAI-SP – INTRANET
                                                    CT040-08
Operações de mecânica - Teoria                                Avaliado pelo Comitê Técnico de
                                                                Processos de Usinagem/2007.




                                                                Brocas



A broca é uma ferramenta de corte geralmente de forma cilíndrica, fabricada com aço
rápido, aço carbono, ou com aço carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada
mecanicamente, destinada à execução de furos cilíndricos.


Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira,
mandriladora.


Nos tornos, as brocas são estacionárias, ou seja, o movimento de corte é promovido
pela peça em rotação. Já nas fresadoras, furadeiras e nas mandriladoras, o movimento
de corte é feito pela broca em rotação.




A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso, é
preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura.


As brocas são construídas conforme a norma NBR 6176. A nomenclatura de suas
partes componentes e seus correspondentes em termos usuais em mecânica estão
apresentados a seguir.



                                   SENAI-SP – INTRANET                                   47
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Broca helicoidal com haste cilíndrica:


A broca de haste cilíndrica é colocada no mandril, que por sua vez está encaixado no
eixo principal da furadeira. Esse tipo de broca é usado para furos de pequeno diâmetro
que demandam pequeno esforço de corte.




Broca helicoidal de haste cilíndrica




Broca helicoidal com haste cônica:


A broca de haste cônica é usada para fazer furos que demandam grande esforço de
corte. Essa broca é encaixada diretamente no eixo principal da furadeira, sob pressão:
desse modo, suporta grandes esforços.




Broca helicoidal de haste cônica


Vejamos a seguir, a nomenclatura das partes que compõem uma broca helicoidal,
conforme NBR 6176:


48                                     SENAI-SP – INTRANET
                                              CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




       Nomenclatura                                                   Nomenclatura
                                       Termos usuais                                         Termos usuais
        NBR 6176                                                       NBR 6176
1.   comprimento da ponta        ---                             12. superfície de saída     ---
                                                                 13. largura da superfície   largura do
2.   comprimento utilizável      comprimento de corte
                                                                     lateral de folga        rebaixo
                                                                 14. comprimento da
3.   comprimento do canal        ---                                 superfície lateral de
                                                                     folga
                                                                                             diâmetro do
4.   comprimento da haste        ---                             15. guia
                                                                                             rebaixo
5.   comprimento do
                                 comprimento do pescoço          16. aresta transversal
     rebaixo
6.   comprimento total           ---                             17. diâmetro da broca       filete cilíndrico
7.   superfície principal de
                                 superfície detalonada           18. quina                   centro morto
     folga
8.   ponta de corte              ---                             19. canal                   ---
                                                                 20. espessura k do
9.   largura da guia             largura do filete cilíndrico                                ---
                                                                     núcleo
                                                                 21. superfície lateral de
10. aresta lateral               ---                                                         ---
                                                                     folga
11. aresta principal de
                                 ---                                                         alma na porta
    corte

Fonte: Manual Técnico SKF Ferramentas S/A, 1987, p. 7.


Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e ponta.


A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro, conforme ilustrado anteriormente.


                                             SENAI-SP – INTRANET                                             49
                                                      CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



O corpo é a parte que serve de guia e corresponde ao comprimento útil da ferramenta.
Quando se trata de broca helicoidal, o corpo tem dois canais em forma de hélice
espiralada. Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos produzidos
pelas arestas cortantes são elevados e lançados para fora do furo. No caso de broca
canhão, ele é formado por uma aresta plana.


A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação. Forma um ângulo de ponta (σ)
que varia de acordo com o material a ser furado.




A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.


Além de permitir a saída do cavaco, os canais helicoidais permitem a entrada do
líquido de refrigeração e lubrificação na zona de corte.


As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são cilíndricas e
suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As bordas das guias
constituem as arestas laterais da broca.


A aresta principal de corte é constituída pela superfície de saída da broca e a
superfície de folga.



Características das brocas


A broca é caracterizada pelas dimensões, pelo material com o qual é fabricada e pelos
seguintes ângulos:




50                                 SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



1. Ângulo de hélice (indicado pela letra grega γ, lê-se gama) - auxilia no
    desprendimento do cavaco e no controle do acabamento e da profundidade do
    furo. Deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: para material
    mais duro, ângulo mais fechado; para material mais macio, ângulo mais aberto. É
    formado pelo eixo de simetriada broca e a linha de inclinação da hélice. Conforme
    o ângulo γ a broca e classifica em N, H, W.




                           Classificação quanto ao             Ângulo da
   Ângulo da broca                                                                Aplicação
                              ângulo de hélice                 ponta (σ)
                                                                           Materiais prensados,
                                                                  80º      ebonite, náilon, PVC,
                                                                           mármore, granito.
                          Tipo H - para materiais                          Ferro fundido duro,
                          duros, tenazes e/ou que                118º      latão, bronze, celeron,
                          produzem cavaco curto                            baquelite.
                          (descontínuo).

                                                                 140º      Aço de alta liga.


                                                                 130º      Aço alto carbono.


                          Tipo N - para materiais de
                          tenacidade e dureza
                                                                           Aço macio, ferro
                          normais.                               118º
                                                                           fundido, aço-liga.




                          Tipo W - para materiais
                                                                           Alumínio, zinco, cobre,
                          macios e/ou que produzem               130º
                                                                           madeira, plástico.
                          cavaco longo.




                                          SENAI-SP – INTRANET                                        51
                                                    CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



2. Ângulo lateral de folga (representado pela letra grega α, lê-se alfa) - tem a função
     de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca no
     material. Sua medida varia entre 6 e 27º, de acordo com o diâmetro da broca. Ele
     também deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais
     duro é o material, menor é o ângulo de folga.




3. Ângulo de ponta (representado pela letra grega σ, lê-se sigma) - corresponde ao
     ângulo formado pelas arestas cortantes da broca. Também é determinado pela
     resistência do material a ser furado.




É muito importante que as arestas cortantes tenham o mesmo comprimento e formem
ângulos iguais em relação ao eixo da broca (A = A').




52                                   SENAI-SP – INTRANET
                                             CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Existem verificadores específicos para verificar o ângulo ε da broca.




Modificações para aplicações específicas


Quando uma broca comum não proporciona um rendimento satisfatório em um trabalho
específico e a quantidade de furos não justifica a compra de uma broca especial, pode-se
fazer algumas modificações nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados.


Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso
proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto
carbono.


Para a usinagem de chapas finas são freqüentes duas dificuldades: a primeira é que
os furos obtidos não são redondos, às vezes adquirindo a forma triangular; a segunda
é que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas.




                                   SENAI-SP – INTRANET                                53
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A forma de evitar esses problemas é afiar a broca de modo que o ângulo de ponta
fique mais obtuso e reduzir a aresta transversal de corte.




Para a usinagem de ferro fundido, primeiramente afia-se a broca com um ângulo
normal de 118º. Posteriormente, a parte externa da aresta principal de corte, medindo
1/3 do comprimento total dessa aresta, é afiada com 90º.




Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída (ângulo
de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de corte de
5 a 10º, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas arestas
principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.




54                                 SENAI-SP – INTRANET
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



A tabela a seguir mostra algumas afiações especiais, conforme norma NBR 6176.


       Afiações especiais               Tipo de afiação                      Aplicações


                                 Formato A
                                                                    Para aços até 900 N/mm2
                                 Redução da aresta transversal

                                 Formato B                          Aço com mais de 900 N/mm2
                                 Redução da aresta transversal      Aço para molas
                                 com correção da aresta principal   Aço ao manganês
                                 de corte                           Ferro fundido

                                 Formato C                                                       2
                                                                    Aço com mais de 900 N/mm
                                 Afiação em cruz



                                 Formato D
                                                                    Ferro fundido
                                 Afiação com cone duplo


                                                                    Ligas de alumínio, cobre e
                                 Formato E                          zinco
                                 Ponta para centrar                 Chapa fina
                                                                    Papel




Brocas especiais


Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especiais.


Além das brocas helicoidais comuns com haste cilíndrica ou cônica, há, no comércio,
outros tipos de brocas para serviços especiais. Tais brocas também apresentam haste
cilíndrica ou cônica e alguns tipos são descritos a seguir.




Brocas com pastilha de metal duro para concreto



A ponta desses tipos de brocas é dimensionada para propiciar maior rendimento
possível, combinando a alta resistência à ruptura com a alta resistência ao desgaste.



O corpo dessas brocas é construído em aço-cromo temperado e seus canais são
projetados para assegurar um transporte fácil do pó, evitando o risco de obstrução e
aquecimento da broca.

                                       SENAI-SP – INTRANET                                           55
                                               CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



O ângulo da ponta dessas brocas é de 115º e o comprimento da haste pode ser
normal, longo, extra-longo ou reduzido.




Brocas de hélice rápida



Estas brocas são indicadas para a usinagem eficiente de ligas de alumínio, cobre e
outros metais não-ferrosos, porém são indicadas somente nos casos em que as peças
encontram-se fixas enquanto as brocas giram.




A hélice rápida, por ter maior ângulo de corte nas arestas principais, melhora tanto o
rendimento como a rápida saída dos cavacos, o que evita a obstrução dos canais.



Os canais são mais largos que o normal, exatamente para evitar a obstrução, e as
guias da broca são mais estreitas a fim de reduzir o atrito e minimizar o incrustamento
de material.




Brocas de hélice lenta



São projetadas para usinar latão, bronze fosforoso, etc. A hélice lenta, por ter menor
ângulo de corte nas arestas principais, produz o cavaco desejado para essa classe de
materiais.


56                                 SENAI-SP – INTRANET
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Como nas brocas com hélice rápida, as guias são mais estreitas e os canais mais
largos que os das brocas normais.




Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis


Estas brocas possuem as mesmas características que as brocas de hélice lenta para
latão, exceção feita ao ângulo da ponta que, geralmente, é de 60º. São recomendadas
para furar baquelite, ebonite, vulcanite e outros tipos de plásticos termoestáveis, isto é,
plásticos que resistem às deformações causadas pelo aquecimento.




Brocas para trabalhos pesados


São indicadas para usinar aços inoxidáveis muito duros e outros aços de difícil
usinagem. Por terem o núcleo reforçado em relação às brocas normais, podem
suportar maiores esforços de corte.


A geometria dos canais assegura uma adequada saída dos cavacos, inclusive nos
casos em que se usinam furos com profundidades superiores a três vezes o diâmetro.




Brocas extracurtas


São brocas com corte à direita ou à esquerda cujo comprimento do canal é igual à
metade do comprimento do canal das séries curtas. Isso as torna mais robustas e

                                    SENAI-SP – INTRANET                                 57
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



especialmente indicadas para uso em furadeiras manuais em que se requer uma maior
rigidez. Devido ao seu comprimento reduzido, estas brocas são preferencialmente
utilizadas em tornos revólver e tornos automáticos, em que o espaço é muito restrito.




Brocas em aço cobalto para aços-manganês


Estas brocas são utilizadas para usinar aços-manganês (12% a 14% de manganês), os
quais não podem ser usinados satisfatoriamente com brocas normais devido às
características de extrema dureza destes materiais. As brocas são fabricadas
em aço-rápido com teor de cobalto, haste cônica maior que o normal,
comprimento de canal curto, núcleo normal, hélice lenta e ângulo da ponta
obtuso.


Este tipo de broca também pode ser utilizado para usinar chapa blindada e aços com
alta resistência à tração, sendo essencial à rigidez tanto da máquina como da fixação
da peça a ser usinada.




Elas são por exemplo:
1. Broca de centrar - é usada para abrir um furo inicial que servirá como guia no
     local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta broca produz
     simultaneamente chanfros ou raios.


Ela permite a execução de furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas
ou retificadas. Esses furos permitem que a peça seja fixada por dispositivos entre
pontas e tenha movimento giratório.




58                                   SENAI-SP – INTRANET
                                            CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




2. Broca escalonada simples e múltipla - serve para executar furos e rebaixos em
    uma única operação. É empregada em grande produção industrial.




3. Broca canhão - tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos
    especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade
    de usar brocas helicoidais.




4. Broca com furo para fluido de corte - é usada em produção contínua e em alta
    velocidade, principalmente em furos profundos. O fluido de corte é injetado sob alta
    pressão. No caso de ferro fundido, a refrigeração é feita por meio de injeção de ar
    comprimido que também ajuda a expelir os cavacos.




                                   SENAI-SP – INTRANET                                59
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



5. Broca com pastilha de metal duro para metais - é utilizada na furação de aços
     com resistência à tração de 750 a 1.400N/mm2 e aços fundidos com resistência de
     700 N/mm2. è empregada também na furação de peças fundidas de ferro, alumínio,
     latão.




6. Broca com pastilha de metal duro para concreto - tem canais projetados para
     facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da broca.
     Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e
     afiação da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.




7. Broca para furação curta - é utilizada em máquinas-ferramenta CNC, na furação
     curta de profundidade de até 4 vezes o diâmetro da broca. É provida de pastilhas
     intercambiáveis de metal duro. Possui, em seu corpo, furos para a lubrificação
     forçada. Com ela, é possível obter furos de até 58mm sem necessidade de pré-
     furação.




60                                  SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



8. Broca trepanadora - é uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro
    intercambiáveis. É utilizada na execução de furos passantes de grande diâmetro. O
    uso dessa broca diminui a produção do cavaco porque boa parte do núcleo do furo
    é aproveitada para a confecção de outras peças.




Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e
aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e
atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.




                                  SENAI-SP – INTRANET                              61
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Créditos                                                       Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Elaborador:    Regina Célia Roland Novaes                      Carlos Eduardo Binati
               Selma Ziedas                                    José Roberto da Silva
Conteudista:   Abilio José Weber                               Rogério Augusto Spatti
               Adriano Ruiz Secco
Ilustrador:    José Joaquim Pecegueiro
               José Luciano de Souza Filho
               Leury Giacomeli

62                                           SENAI-SP – INTRANET
                                                    CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                                            Gabaritos


São acessórios ou instrumentos auxiliares que servem para verificar, controlar ou
facilitar certas operações de perfis complicados, furações, suportes e montagens para
determinados trabalhos em série.


São fabricados geralmente em aço-carbono.


Suas formas, tipos e tamanhos variam de acordo com o trabalho a realizar.


Veja, nas figuras abaixo, alguns gabaritos para contorno.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                 63
Operações de mecânica - Teoria



A figura a seguir mostra um gabarito para curvar o corpo da bobinadeira.




Os gabaritos, para serem usados, deverão estar com as faces de contato sempre
perfeitas.



Conservação


Os gabaritos devem estar sempre limpos e ser guardados após o uso.




                                    SENAI-SP – INTRANET
64                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria                                Avaliado pelo Comitê Técnico de
                                                                Processos de Usinagem/2008.




                                  Machos de roscar


São ferramentas de corte usadas para remoção dos materiais e para roscar peças
internamente.


São constituídas de aço-carbono ou aço rápido.


O aço rápido é o que apresenta melhor resistência ao desgaste, característica básica
de uma ferramenta de corte.


Os machos de roscar são formados por uma haste cilíndrica que termina em uma
cabeça de encaixe quadrada.


Os machos de roscar podem ser para uso manual ou para máquinas.


Os machos de roscar manuais são apresentados em jogo de duas ou três peças,
sendo variáveis a entrada de rosca e o diâmetro efetivo.


A norma ANSI (American National Standard Institute) apresenta o macho em jogo de
três peças, com variação apenas na entrada, conhecido como perfil completo.


A norma DIN (Deutsche Industrie Normen) apresenta o macho em jogo de duas ou três
peças com variação do chanfro e do diâmetro efetivo da rosca, conhecido como
seriado.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                      65
Operações de mecânica - Teoria



Observação
Nas roscas cilíndricas, o diâmetro do cilindro é imaginário.


Sua superfície intercepta os perfis dos filetes em uma posição tal que a largura do vão
nesse ponto é igual à metade do passo.


Nas roscas, cujos filetes tem perfis perfeitos, a interseção se dá em um ponto onde a
espessura do filete é igual à largura do vão.


Os machos para roscar a máquina são apresentados em uma única peça.


Seu formato é normalizado pela DIN, isto é, apresenta seu comprimento total maior
que o macho manual.


Os machos de roscar são classificados a partir de seis características: Sistema de
rosca, aplicação, passo ou número de filetes por polegada, diâmetro externo ou
nominal, diâmetro da espiga ou haste cilíndrica e sentido da rosca.



Sistema de rosca


Há três tipos de roscas de machos: Métrico, Whitworth e Americano (USS)



Aplicação


Os machos de roscar são fabricados para roscar peças internamente.



Passo ou número de filetes por polegada


Esta característica indica se a rosca é normal ou fina.



Diâmetro externo ou nominal


Refere-se ao diâmetro externo da parte roscada.



                                     SENAI-SP – INTRANET
66                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica


É uma característica que indica se o macho de roscar serve ou não para fazer rosca
em furos mais profundos que o corpo roscado, pois existem machos de roscar que
apresentam diâmetro da haste cilíndrica igual ao da rosca ou inferior ao diâmetro do
corpo roscado.


Veja, nas figuras abaixo, esses tipos de machos.




Sentido da rosca


Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita ( rigth ) ou esquerda ( left ).




                                       SENAI-SP – INTRANET
                                              CT040-08                                 67
Operações de mecânica - Teoria



Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca


                ⎧   Rosca                  ⎧normal
                ⎪   Sistema Métrico        ⎪
                                           ⎨
                ⎪                          ⎪fina
                ⎪                          ⎩
                ⎪
                ⎪
                ⎪
                ⎪
                ⎪
                ⎪                          ⎧                ⎧normal - BSW
                                           ⎪para parafusos ⎨
                ⎪   Rosca Sistema          ⎪                ⎩fina - BSF
                ⎪   Whitworth              ⎪
                ⎪                          ⎨
     Machos     ⎪                          ⎪para tubos − BSP − BSPT
                ⎪                          ⎪
       de       ⎨                          ⎪
     roscar     ⎪                          ⎩
                ⎪   Rosca Sistema
                ⎪   Americano (USS)
                ⎪                          ⎧               ⎧normal - NC
                ⎪                          ⎪para parafusos ⎨
                ⎪                          ⎪               ⎩fina - NF
                ⎪                          ⎪
                                           ⎨
                ⎪                          ⎪paratubos − NPT
                ⎪                          ⎪
                ⎪                          ⎪
                ⎪                          ⎩
                ⎪
                ⎪
                ⎪
                ⎩




 Créditos                                                       Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008
 Elaborador:        Regina Célia Roland Novaes                  Carlos Eduardo Binati
                    Selma Ziedas                                José Roberto da Silva
 Conteudista:       Abilio José Weber                           Rogério Augusto Spatti
                    Adriano Ruiz Secco
 Ilustrador:        José Joaquim Pecegueiro
                    José Luciano de Souza Filho
                    Leury Giacomeli
                                                  SENAI-SP – INTRANET
68                                                       CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                         Seleção de ferramentas
                                     para roscar


Para roscar com machos é importante saber selecionar os machos e a broca com a
qual se deve fazer a furação.


Deve-se também selecionar o tipo de lubrificante ou refrigerante que será usado
durante a abertura da rosca.


Os lubrificantes ou fluidos de corte têm duas finalidades: Refrigerar a ferramenta e a
peça e lubrificar a ferramenta, para proporcionar maior durabilidade e melhor
acabamento.


Os lubrificantes podem ser óleos de corte ou soluções de corte.


Os óleos de corte são óleos minerais, aos quais se adicionam compostos químicos.
São usados como se apresentam comercialmente.


Há um tipo de óleo específico para cada material.


As soluções de corte são misturadas preparadas com água e outros elementos como
óleo solúvel, enxofre, bórax, etc.


A tabela seguinte indica o tipo de solução adequada a cada trabalho.


Tabela: Tipo de solução refrigerante e material a ser trabalhado
                                                            Tipo de trabalho
             Material
                                           Furar                               Roscar
                                 Água com 5% de óleo              Óleo mineral com 1% de enxofre
 Aço-carbono 1010 a 1035
                                 solúvel                          pó
                                                                  Óleo mineral com 1% de enxofre
 Ferro fundido                   A seco
                                                                  pó
                                 Querosene com 3% de óleo         Querosene com 3% de óleo
 Alumínio e suas ligas
                                 mineral                          mineral
                                 Água com 5% de óleo              Óleo mineral com 1% de enxofre
 Bronze e latão
                                 solúvel                          pó
                                 Querosene com 3% de óleo         Querosene com 3% de óleo
 Cobre
                                 mineral                          mineral




                                          SENAI-SP - INTRANET
                                                 CT040-08                                          69
Operações de mecânica - Teoria



Alguns fluidos de corte têm substâncias que fazem mal à pele e à saúde.


Lave sempre as mão com água e sabão após o uso dos fluidos e não aspire os gases
emanados da refrigeração.


Os machos de roscar devem ser escolhidos de acordo com as especificações do
desenho da peça que estamos trabalhando ou de acordo com as instruções recebidas.


Podemos, também, escolher os machos de roscar, tomando como referência o
parafuso que vamos utilizar.


A tabela seguinte apresenta os diâmetros nominais (diâmetro externo) dos machos de
roscar, assim como os diâmetros das brocas que devem ser usadas na furação.


Tabela: Diâmetro da broca e diâmetro nominal do macho
     Diâmetro da broca            Macho
  mm         Polegada            Polegada
   2,5          7/64”              1/8”
   3,7          5/32”              3/16”
   5,0         13/64”               ¼”
   6,5         17/64”              5/16”
   8,0          5/16”              3/8”
  9,25          3/8”               7/16”
  10,5         27/64”              1/2”




Condições de uso dos machos de roscar


Para serem usados, eles devem estar bem afiados e com todos os filetes em bom
estado.



Conservação


Para conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-los após o uso,
evitar choques e guardá-los separados em seus estojos.




                                            SENAI-SP - INTRANET
70                                                 CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




            Acessórios de travamento


Anéis de retenção


São travas rápidas, feitas em aço e têm, geralmente, forma arredondada.


Servem para travar eixos em seus alojamentos, mancais, rolamentos de esfera, etc.


Os anéis de retenção são utilizados em eletrodomésticos e máquinas-ferramentas
portáteis, pois facilitam a montagem e desmontagem.


Observe, nas figuras abaixo, alguns modelos.




 Anel de retenção                Anel de retenção
 para eixos                      para furos




 Anel de retenção                Anel de
 para eixos lisos                travamento
 (sem ranhura)                   para eixos.


Há alicates próprios para a montagem e desmontagem de certos tipos de anéis.




                                               SENAI-SP – INTRANET
                                                      CT040-08                      71
Operações de mecânica - Teoria



Veja, na figura, o tipo mais comum.




Cupilhas


São grampos feitos em aço, em diversos diâmetros e comprimento.


Têm uma das hastes menor do que a outra.


Servem para limitar percursos mecânicos, travar porcas, etc.




                                      SENAI-SP – INTRANET
72                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria                                Avaliado pelo Comitê Técnico de
                                                                Processos de Usinagem/2007.




                                                     Serra manual



Serra manual é uma ferramenta de corte. É provida de uma lâmina com dentes,
utilizada para separar ou seccionar um material. A serra manual é constituída de duas
partes: o arco de serra e a lâmina de serra.




Arco de serra


O arco de serra é uma armação feita de aço carbono, que pode ser inteiriça ou
apresentar um mecanismo ajustável ou regulável.


O arco de serra com mecanismo ajustável ou regulável tem a vantagem de permitir a
fixação de lâminas de serra com comprimentos variados.




                                   SENAI-SP – INTRANET                                   73
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



O cabo do arco de serra é feito de madeira, de plástico rígido ou de alumínio, com
empunhadura adequada.




O arco de serra apresenta dois suportes de fixação: um fixo e outro móvel, sendo que
o móvel pode se localizar próximo ao cabo ou na outra extremidade, dependendo do
modelo do arco de serra. O suporte móvel é constituído por um pino, um esticador e
uma porca borboleta esticadora.




74                                SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Quando acionada manualmente, a porca borboleta esticadora permite tensionar, isto é,
esticar a lâmina de serra para execução do trabalho.


Em todos os modelos de arco de serra, há um dispositivo nos extremos que permite
girar a lâmina num ângulo de 90º, de modo que o operador possa realizar cortes
profundos.




Lâmina de serra


A lâmina de serra para arcos é uma peça estreita e fina, com dentes em uma das
bordas, e feita de aço rápido ou aço carbono temperado. Quando a têmpera abrange
toda a lâmina, esta recebe o nome de lâmina de serra rígida e deve ser usada com
cuidado, pois quebra-se facilmente ao sofrer esforços de dobramento ou torção.
Quando apenas a parte dentada é temperada, a lâmina recebe o nome de lâmina de
serra flexível ou semiflexível.


A lâmina de serra caracteriza-se pelo comprimento, largura, espessura e número de
dentes por polegada (25,4mm).




As lâminas de serra mais comuns podem ser encontradas na tabela a seguir.

  Comprimento            Largura         Espessura      Número de dentes
   203,2mm (8”)       12,7mm (1/2”)   0,635mm (.025”)    14, 18, 24 ou 32
   254mm (10”)        12,7mm (1/2”)   0,635mm (.025”)    14, 18, 24 ou 32
  304,8mm (12”)       12,7mm (1/2”)   0,635mm (.025”)    14, 18, 24 ou 32

                                      SENAI-SP – INTRANET                           75
                                             CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Algumas lâminas de serra encontradas no comércio apresentam uma numeração em
uma das faces que as caracteriza em função do comprimento e do número de dentes.




A lâmina de serra funciona; cortando por meio de atrito, destacando pequenos cavacos
do material.


A forma ideal dos dentes de uma lâmina de serra é aquela que apresenta o ângulo de
cunha β igual a 65º ; o ângulo de saída γ igual a 5º e o ângulo de folga α igual a 20º.




Contudo, nem sempre um dentado atende a todas as necessidades da operação de
serrar. Por exemplo, no caso de materiais duros como aço de alto teor de carbono e
ferros fundidos duros, o ângulo de cunha β da lâmina de serra deverá ser bem grande
para que os dentes não se engastem no material, rompendo-se pelo esforço e
inutilizando a lâmina.


Os dentes da lâmina de serra para trabalhar aços apresentam um ângulo de cunha
β = 50º e um ângulo de folga α = 40º. Nessas lâminas, o ângulo de saída γ não existe.




76                                 SENAI-SP – INTRANET
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Para trabalhar metais leves e macios como alumínio e cobre, recomendam-se lâminas
de serra com dentes bem distanciados e grande ângulo de saída, a fim de permitir bom
desprendimento dos cavacos.


Os dentes das serras têm travas, que são deslocamentos laterais em forma alternada,
dados aos dentes.




As travas permitem um corte mais largo, de modo que a espessura do corte se torna
maior que a espessura da lâmina; isso facilita muito a operação de serrar, pois os
cavacos saem livremente e a lâmina não se prende no material.




                                   SENAI-SP – INTRANET                               77
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



O espaçamento ou passo entre os dentes tem uma influência importante no
desempenho da lâmina de serra. Com um número menor de dentes por polegada são
adequados para superfícies largas pois permitem corte rápido com espaço para
cavaco.




Por outro lado, um número maior de dentes por polegada são recomendados para
superfícies estreitas, pois pelo menos dois dentes estarão em contato com as paredes
do material, evitando que os dentes da lâmina se quebrem ou travem.




Seleção da lâmina de serra


A lâmina de serra deve ser escolhida de acordo com a espessura e o tipo de material a
ser trabalhado. Para auxiliar a seleção, observe-se o quadro a seguir.

       Material a serrar         Número de dentes por polegada (25,4mm)
 Muito duro ou muito fino                      32 dentes
 Dureza ou espessura médias                    24 dentes
 Macio e espesso                               18 dentes



Metais muito macios como chumbo, estanho e zinco não devem ser serrados com
lâminas de serra indicadas para aço porque acontece o encrustamento do material
entre os dentes, dificultando o corte; recomenda-se o uso de lâminas de serra com 10
a 14 dentes por polegada.



78                                     SENAI-SP – INTRANET
                                              CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Cuidados a observar
Alguns cuidados devem ser tomados com a lâmina de serra para garantir sua
conservação:
•   Ao tensionar a lâmina de serra no arco, usar apenas as mãos e não empregar
    ferramentas;
•   Evitar utilizar lâmina de serra com dentes quebrados.




                                   SENAI-SP – INTRANET                           79
                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Créditos                                           Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
SENAI-SP                                           Carlos Eduardo Binati
                                                   José Roberto da Silva
                                                   Rogério Augusto Spatti

80                               SENAI-SP – INTRANET
                                        CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                 Tesouras e máquinas
                                             de corte

Nas operações de corte, executadas na área mecânica, são utilizadas tesouras
manuais, tesouras de bancada, tesourões de bancada, guilhotinas e tesouras portáteis.



Tesouras manuais


São ferramentas que apresentam duas lâminas móveis e articuladas por meio de um
parafuso e uma porca.


Tais ferramentas são construídas em aço-carbono temperado e cada lâmina apresenta
uma aresta cortante ou gume.


Sendo acionadas pela ação progressiva da força muscular do operador, as arestas
cortantes das tesouras penetram no material promovendo o corte por cisalhamento.




As tesouras manuais funcionam como uma alavanca interfixa de braços desiguais
conforme mostra a figura abaixo.




                                    SENAI-SP – INTRANET
                                           CT040-08                                81
Operações de mecânica - Teoria



O ponto de apoio é o parafuso. O braço de potência (BP) é a distância entre o parafuso
e a região do cabo onde se aplica a força manual ou força potente (P) e o braço de
resistência (BR) é a distância entre o parafuso e a região das lâminas que estão
cortando ou vencendo as forças resistentes (R) oferecidas pelo material que estiver
sendo cortado.


Sendo uma alavanca interfixa de braços desiguais, o braço de potência (BP) de uma
tesoura manual é sempre maior que o braço de resistência (BR) representado pelo
comprimento longitudinal das lâminas cortantes.


Portanto, aplicando-se uma força potente (P) de pequena intensidade sobre o cabo da
tesoura (BP), essa força se multiplica e seu efeito será tanto mais eficaz quanto maior
for o cabo e menor for o comprimento longitudinal das lâminas (BR).


De fato, para as alavancas, vale a seguinte relação:


P . BR = R . BR


Vamos supor que uma tesoura manual tenha um cabo de 180mm(BP) de comprimento
e que o ponto de corte ao ponto de apoio (parafuso) seja de 30mm (BR). Qual deve ser
a força potente (P) a ser aplicada no cabo dessa tesoura para cortar uma chapa que
oferece uma resistência (R) de 90N?


Solução

P . BP = R . BR

     R . BR
P=
      BP

     90N . 30mm
P=
       180mm

P = 15N


Portanto, aplicando-se uma força potente de 15N na tesoura em questão consegue-se
vencer uma força resistente de 90N. Isto é possível porque a tesoura é uma alavanca.


Dependendo da natureza do material, as tesouras manuais permitem cortar chapas
metálicas finas de até 5mm de espessura conforme tabela a seguir:
                                     SENAI-SP – INTRANET
82                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



Tabela: Espessura máxima das chapas que a tesoura manual consegue cortar
        Material             Espessura máxima das chapas
           aço                        até 1,0mm
        alumínio                      até 2,5mm
         cobre                        até 1,2mm
        chumbo                        até 5,0mm
          latão                       até 0,8mm
   ligas de alumínio                  até 1,0mm
          zinco                       até 1,5mm



O ângulo de abertura das tesouras manuais deve ser menor que 20°, pois se esse
ângulo for demasiadamente grande, o material será empurrado para fora, até chegar a
um ângulo de aproximadamente 14° (ponto de corte) que mantém o material
aprisionado para dar início ao corte.




Quanto mais o material for empurrado para fora, mais desfavorável será a relação
entre os braços da alavanca da tesoura e maior será a força requerida para o corte.


O trabalho de cortar com tesouras manuais será realizado mais facilmente quanto mais
perto da articulação estiver o ponto de corte. Por isso é necessário situar o material o
mais dentro possível na abertura das lâminas.


Abaixo encontram-se alguns tipos de tesouras manuais e seus empregos.

                                 Tesoura tipo cabo com gancho.
                                 É apropriada para efetuar cortes
                                 retos.
                                 Tesoura tipo americano. É
                                 apropriada para efetuar cortes
                                 retos e curtos, podendo ser
                                 utilizada para cortes curvos
                                 externos.
                                 Tesoura reforçada para cortes
                                 curvos. É utilizada para efetuar
                                 cortes curvos internos.




                                                 SENAI-SP – INTRANET
                                                         CT040-08                      83
Operações de mecânica - Teoria



                                 Tesoura modelo universal. É
                                 bastante versátil para efetuar
                                 cortes retos curtos.




As tesouras manuais, em geral, são fabricadas para cortar materiais do lado direito do
operador, isto é, as aparas saem normalmente do seu lado direito. Quando vistas de
cima, no sentido do corte, as tesouras que cortam do lado direito apresentam a lâmina
inferior do lado esquerdo.




Por outro lado, há tesouras que cortam do lado esquerdo. Tais tesouras, quando
vistas de cima, no sentido do corte, apresentam a lâmina inferior do lado direito.




A razão de existirem tesouras manuais para cortar à direita e à esquerda reside na
necessidade de não se deformar o material, a ser utilizado, após o corte.
Durante o corte, com tesouras manuais, quem deve sofrer deformações é a apara.
Tais deformações são provocadas pela lâmina superior das tesouras manuais.



Tesouras de bancada


As tesouras de bancada também são alavancas, porém do tipo inter-resistente, pois a
força resistente (R), oferecida pelo material, encontra-se entre o eixo de rotação
(parafuso) e a força potente (P).


Observe no esquema abaixo a localização do braço de potência (BP) e a localização
do braço de resistência (BR).
                                                 SENAI-SP – INTRANET
84                                                       CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




Nas tesouras de bancada, o braço de resistência varia constantemente durante o
corte, aumentando à medida que a lâmina cortante for sendo acionada para baixo.

Na tesoura de bancada somente a lâmina superior, ligeiramente curvada, é móvel
enquanto a inferior é fixa. A ligeira curvatura da lâmina superior permite a manutenção
do ângulo de abertura durante o cisalhamento.

Cada tipo de tesoura de bancada possui uma dada capacidade de corte. Tal
capacidade de corte aparece gravada em uma etiqueta metálica que cada tipo de
tesoura traz fixada em sua base. É evidente que não se devem cortar materiais
metálicos que ofereçam resistência superior à capacidade de corte da tesoura.


Defeitos comuns que ocorrem quando se manuseiam tesouras e máquinas de corte.
             Defeitos                         Causas                           Correções
                                 As lâminas não estão afiadas. As      Afiar as lâminas. Regular a
Há formação de rebarbas no corte
                                   lâminas, durante o corte, não    tesoura. Ao utilizar uma tesoura
        das chapas finais.
                                  deslizam constantemente uma      manual, aplicar força de forma tal
                                   contra a outra em toda a sua   que as lâminas mantenham-se em
                                             longitude.                           contato.
O corte efetuado com uma tesoura
de bancada não segue exatamente     Em sua posição mais alta, a
        a linha do traçado.                                           Introduzir uma cunha entre a
                                   lâmina superior se separa da
                                                                  lâmina inferior e a mesa e levantar
                                  inferior. Em cada corte, após o
                                                                         a lâmina inferior. Montar
                                 avanço da chapa, produz-se um
                                                                         novamente as lâminas.
                                 novo corte em qualquer direção.

   A borda cortada fica fora de
 esquadro. Aparecem rebarbadas
                                   As lâminas não estão afiadas. O
                                                                     Afiar as lâminas. Colocar o fixador
                                  fixador está demasiadamente alto
                                                                         na altura correta. Ajustar as
                                    ou não foi utilizado. As lâminas
                                                                                   lâminas.
                                     estão separadas em demasia.


A superfície de corte apresenta a
                                   As lâminas não estão afiadas; o
zona de ruptura demasiadamente                                                Afiar as lâminas.
                                         corte foi insuficiente.
             extensa.
  As bordas do material cortado      Uma das lâminas (ou ambas)
    apresentam deformações        apresenta deformação localizada
           localizadas.             causada pelo corte de material
                                                                              Afiar as lâminas.
                                  redondo ou pelo corte de material
                                  muito duro em relação à dureza do
                                  material que constitui as lâminas.
                                          SENAI-SP – INTRANET
                                                  CT040-08                                            85
Operações de mecânica - Teoria



Normas de segurança


•    Usar óculos de segurança e luvas para proteger as mãos ao efetuar operações de
     corte com tesouras manuais, de bancada, tesourões, guilhotinas e tesouras
     portáteis.
•    Após o corte devem-se eliminar as rebarbas com uma lima apropriada.
•    As tesouras manuais, após o uso, devem ser limpas com uma estopa e recobertas
     com uma fina película de óleo e guardadas em locais apropriados. As tesouras
     manuais não devem sofrer choques, pancadas e quedas.
•    Materiais metálicos temperados não devem ser cortados com as tesouras.
•    Ao operar com a tesoura de bancada ou com o tesourão de bancada, verificar se
     há pessoas dentro da área de segurança. Se houver, pedir para que elas saiam de
     dentro da área para não serem atingidas pelas alavancas.
•    Consultar, sempre, os catálogos e os manuais dos fabricantes para conhecer a
     capacidade de corte das ferramentas e máquinas e os cuidados necessários.




                                    SENAI-SP – INTRANET
86                                         CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                 Viradeiras manuais


Viradeiras e dobradeiras manuais são máquinas utilizadas para dobrar e curvar chapas
metálicas. Tais máquinas são bastante utilizadas nas indústrias que confeccionam
gabaritos, perfis, gabinetes de máquinas, armários, etc.


Nas viradeiras manuais a força aplicada para o dobramento ou curvamento é exercida
por um ou mais operadores.




No comércio há inúmeros modelos de viradeiras manuais e todas funcionam
basicamente do mesmo modo; contudo, entre os modelos há certas diferenças. Essas
diferenças residem:
•   No sistema de fixação das chapas a serem dobradas ou curvadas;
•   Na regulagem do raio mínimo de dobra;
•   Nas réguas que podem ser lisas ou com dedos extensores.




                                     SENAI-SP – INTRANET
                                            CT040-08                               87
Operações de mecânica - Teoria



Observe os modelos de viradeiras manuais abaixo e a nomenclatura das partes
comuns e não comuns.




A nomenclatura apresentada para os modelos citados é válida para os demais
modelos e as funções das partes comuns e não comuns são as seguintes:
•    Mesa basculante - parte da viradeira encarregada de dobrar ou curvar a chapa no
     ângulo desejado.
•    Montante - suporte de todos os demais órgãos da máquina.
•    Contra-peso - auxilia o movimento basculante da mesa favorecendo a aplicação
     das forças de dobramento ou curvamento.
•    Mesa superior - funciona como barra de pressão para fixar a chapa.
•    Volante manual - serve para levantar e baixar a mesa superior.
•    Régua Iisa - é um componente da mesa superior e serve, também, para prender a
     chapa. Normalmente esse componente é intercambiável e deve ser retificado
     periodicamente.
                                     SENAI-SP – INTRANET
88                                          CT040-08
Operações de mecânica - Teoria



•   Régua com dedos extensores - possui a mesma função da régua lisa; porém,
    permite que sejam efetuadas dobras ou curvas sem o uso de calços,
    especialmente se a chapa já apresenta outras dobras ou curvas, como mostra a
    ilustração abaixo:




•   Alavanca I - serve para movimentar a mesa basculante durante as operações de
    dobramento e curvamento. É acionada por um ou dois operadores, o que
    dependerá do comprimento da viradeira.
•   Alavanca II - exerce a função de volante, permitindo que a mesa superior suba ou
    desça para a fixação da chapa.
•   Alavanca III - permite o deslocamento da mesa basculante para obter o raio
    mínimo de dobra desejado.
•   Esticador - serve para regular a pressão do aperto entre a mesa superior e a
    chapa.


Para traçar, os seguintes passos deverão ser observados:


1. Ter em mãos o desenho do projeto a ser executado. Por exemplo:




                                     SENAI-SP – INTRANET
                                            CT040-08                               89
Operações de mecânica - Teoria



2. Calcular o comprimento da chapa para obter a peça desejada.


3. Decidir sobre a melhor maneira de fixar a chapa na viradeira para definir a
     localização das linhas de dobra. A localização definirá, por sua vez, as distâncias a
     serem cotadas.


Se o comprimento da aba for menor que 10E, recomenda-se prender a chapa através
da própria aba; caso contrário, recomenda-se prender a chapa pela sua parte mais
extensa. No caso do nosso exemplo, a chapa deverá ser presa pela aba.


4. Traçar na chapa as linhas de dobra.




Observe que, no nosso exemplo, a distância (a) corresponde à parte reta (a) da aba.


Obedecidos esses passos, a chapa está pronta para ser dobrada.




                                      SENAI-SP – INTRANET
90                                           CT040-08
Operações de mecânica - Teoria




                                    Rebite de repuxo


O rebite de repuxo, conhecido pelo nome de rebite "pop", é um elemento especial de
união empregado para unir peças com rapidez, economia e simplicidade.


A operação é realizada por apenas um lado, o que não se consegue com rebites
comuns.


A escada ilustrada abaixo mostra os rebites de repuxo unido as várias peças que a
compõem.




O rebite de repuxo se caracteriza pelos seguintes elementos:
•   Tipo de mandril de repuxo
•   Espécie de material metálico em sua fabricação;
•   Tipo de cabeça que pode ser de aba abaulada ou de aba escareada;
•   Comprimento de corpo;
•   Diâmetro do corpo.




                                  SENAI-SP – INTRANET
                                         CT040-08                                    91
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria
Operações mecânicas - Teoria

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

Andere mochten auch (11)

DDS
 DDS DDS
DDS
 
Processo de fabricação i
Processo de fabricação iProcesso de fabricação i
Processo de fabricação i
 
Furadeira de impacto 850w Ingco - Chimas
Furadeira de impacto 850w Ingco - ChimasFuradeira de impacto 850w Ingco - Chimas
Furadeira de impacto 850w Ingco - Chimas
 
Fabricação mecânica i limas
Fabricação mecânica i   limasFabricação mecânica i   limas
Fabricação mecânica i limas
 
53986031 furadeiras-e-plainas
53986031 furadeiras-e-plainas53986031 furadeiras-e-plainas
53986031 furadeiras-e-plainas
 
MANUAL PL-450
MANUAL PL-450MANUAL PL-450
MANUAL PL-450
 
07 usinagem
07   usinagem07   usinagem
07 usinagem
 
Ferramentas e acessórios
Ferramentas e acessóriosFerramentas e acessórios
Ferramentas e acessórios
 
Metais e ligas metálicas
Metais e ligas metálicasMetais e ligas metálicas
Metais e ligas metálicas
 
Instrumental endodontico blog
Instrumental endodontico   blogInstrumental endodontico   blog
Instrumental endodontico blog
 
Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)
 

Kürzlich hochgeladen

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Kürzlich hochgeladen (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Operações mecânicas - Teoria

  • 1. Operações mecânicas - Teoria Eletricista de manutenção Operações de mecânica - Teoria SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 2. Operações mecânicas - Teoria SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 3. Operações mecânicas - Teoria Operações de mecânica - Teoria 008451 (46.15.11.941-5) © SENAI-SP, 2009. 4a Edição. Trabalho avaliado pelo Comitê Técnico de Processo de Usinagem e editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP. Avaliação Carlos Eduardo Binati José Roberto da Silva Rogério Augusto Spatti Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva 3a Edição, 2008. Editoração. a 2 Edição, 2007. Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP. 1a Edição, 2003. Trabalho revisto, organizado e atualizado a partir de conteúdos extraídos da Intranet, por Meios Educacionais da Gerência de Educação e CFP 1.22 da Diretoria Técnica do SENAI-SP. Coordenação Airton Almeida de Moraes Seleção de conteúdos Antônio Moreno Neto Desenho técnico Flavio Alves Dias Ivo da Rocha Silva SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 4. Operações mecânicas - Teoria SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César São Paulo – SP CEP 01311-923 Telefone (0XX11) 3146-7000 Telefax (0XX11) 3146-7230 SENAI on-line 0800-55-1000 E-mail senai@sp.senai.br Home page http://www.sp.senai.br SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 5. Operações mecânicas - Teoria Sumário Paquímetro 9 Leitura do paquímetro em décimo de milímetro 10 Micrômetro 13 Características do micrômetro 15 Leitura do micrômetro no sistema métrico 16 Lima 21 Utilização e conservação 22 Régua graduada 23 Régua sem encosto 24 Régua com encosto 24 Régua de encosto interno 24 Régua de dois encostos 25 Régua de profundidade 25 Leitura da escala segundo o sistema métrico 26 Leitura de escala segundo o sistema inglês 26 Conservação da régua 27 Instrumentos de traçagem 29 Instrumentos e materiais 29 Desempeno 31 Régua, riscador, esquadro 33 Riscador e compasso 33 Martelo e punção 35 Soluções corantes 38 Furadeiras 39 Tipos de furadeiras 39 Manuseio da furadeira 45 Brocas 47 Broca helicoidal com haste cilíndrica 48 Broca helicoidal com haste cônica 48 Características das brocas 50 SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 6. Operações mecânicas - Teoria Modificações para aplicações específicas 53 Brocas especiais 55 Brocas com pastilha de metal duro para concreto 55 Brocas de hélice rápida 56 Brocas de hélice lenta 56 Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis 57 Brocas para trabalhos pesados 57 Brocas extracurtas 57 Brocas em aço cobalto para aços-manganês 58 Gabaritos 63 Conservação 64 Machos de roscar 65 Sistema de rosca 66 Aplicação 66 Passo ou número de filetes por polegada 66 Diâmetro externo ou nominal 66 Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica 67 Sentido da rosca 67 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca 68 Seleção de ferramentas para roscar 69 Condições de uso dos machos de roscar 70 Conservação 70 Acessórios de travamento 71 Anéis de retenção 71 Cupilhas 72 Serra manual 73 Arco de serra 73 Lâmina de serra 75 Seleção da lâmina de serra 78 Tesouras e máquinas de corte 81 Tesouras manuais 81 Tesouras de bancada 84 Normas de segurança 86 Viradeiras manuais 87 Rebite de repuxo 91 Parafusos 97 Parafusos 97 Chaves de fenda 101 SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 7. Operações mecânicas - Teoria Chave de fenda Phillips 103 Recuperação 103 Serra tico-tico portátil 105 Constituição 105 Referências 107 SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 8. Operações mecânicas - Teoria SENAI-SP - INTRANET CT040-08
  • 9. Operações de mecânica - Teoria Paquímetro É um instrumento de precisão para tomar medidas lineares, ou seja, medidas que representam comprimento, largura, altura e espessura das peças. Permite a leitura de frações de milímetros e de polegadas, através de uma escala chamada vernier ou nônio. A precisão do paquímetro é de 0,02mm, 1/128” ou 0,001”. O paquímetro é composto de duas partes principais: Corpo fixo e corpo móvel. O corpo móvel é chamado de cursor. É no cursor que fica a escala vernier. Observe na figura os componentes do paquímetro. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 9
  • 10. Operações de mecânica - Teoria Leitura do paquímetro em décimo de milímetro A leitura em décimos de milímetros é feita na escala vernier. O vernier de milímetro tem comprimento total de 9mm. Está dividido em 10 partes iguais. Cada divisão do vernier vale, portanto: 9mm : 10 = 0,9mm; assim, cada divisão do vernier é 0,1mm menor do que cada divisão da escala de milímetros. Para ler a medição em décimos de milímetros, você deve ler, na escala de milímetros, os milímetros inteiros antes do zero do vernier. Conte, depois os traços do vernier até que coincida com um traço da escala de milímetros, para obter os décimos de milímetro. SENAI-SP – INTRANET 10 CT040-08
  • 11. Operações de mecânica - Teoria Observe a figura abaixo. O zero do vernier de milímetros coincide exatamente com um dos traços da escala de milímetros. Veja que contando os traços da escala de milímetro desde zero, o 12 é a medida que coincide com o zero do vernier. Portanto, a medida é 12mm. Veja, agora, outro exemplo. Agora, o zero do vernier de milímetros não coincide exatamente com nenhum traço da escala de milímetros. O zero do vernier está entre os traços 15 e 16 da escala de milímetros. Nesse caso, fique com a menor medida, que é 15, ou seja, a medida que aparece antes do zero de vernier. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 11
  • 12. Operações de mecânica - Teoria Em seguida, observe onde um dos traços do vernier de milímetros coincide com um dos traços da escala de milímetros. Os traços coincidem no número 3 do vernier de milímetros. Então, a medida é 15,33mm. Observe este novo exemplo. A medida é 1,35mm porque o 1 da escala de milímetros está antes do zero do vernier e a coincidência se dá no 3º traço do vernier. Repare no último exemplo. Neste caso, a medida é 59,4mm porque o 59 da escala de milímetros está antes do zero do vernier e a coincidência se dá no 4º traço do vernier SENAI-SP – INTRANET 12 CT040-08
  • 13. Operações de mecânica - Teoria Micrômetro Micrômetro é um instrumento que permite a leitura em centésimos e milésimos de milímetro de maneira simples, mais rigorosa e exata que o paquímetro. O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. O parafuso, ao dar uma volta completa em uma porca fixa, provoca um deslocamento igual ao seu passo. Desse modo, dividindo-se a “cabeça” do parafuso, podem-se avaliar frações menores que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 13
  • 14. Operações de mecânica - Teoria As partes componentes de um micrômetro são: arco, faces de medição, batente, fuso micrométrico, bainha, bucha interna, porca de ajuste, catraca, tambor, trava e isolante térmico. O arco é feito de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tensões internas. O isolante térmico evita a dilatação do arco, onde está fixado, porque isola a transmissão de calor das mãos para o instrumento. O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para garantir exatidão do passo da rosca. As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente planas e paralelas. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro de alta resistência ao desgaste. A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico quando isso é necessário. O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Gira ligado ao fuso micrométrico; portanto, a cada volta seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico. A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante. A trava permite imobilizar o fuso numa medida pré-determinada. SENAI-SP – INTRANET 14 CT040-08
  • 15. Operações de mecânica - Teoria Características do micrômetro O micrômetro caracteriza-se pela capacidade, pela resolução e pela aplicação. A capacidade de medição do micrômetro é geralmente de 25mm ou uma polegada, variando o tamanho do arco de 25 em 25mm ou de 1 em 1”. Pode chegar a 2000mm ou 80”. A resolução pode ser de 0,01mm; 0, 001mm; .001” (um milésimo de polegada) ou .0001” (um décimo de milésimo de polegada). No micrômetro de 0 a 25mm ou de 0 a 1”, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero da escala do tambor. A aplicação do micrômetro é variada, segundo a necessidade. Assim, existem micrômetros de medida externa e de medida interna. Micrômetro contador mecânico É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecânico; facilita a leitura independentemente da posição de observação, evitando o erro de paralaxe. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 15
  • 16. Operações de mecânica - Teoria Micrômetro digital eletrônico Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de processos, juntamente com microprocessadores. Leitura do micrômetro no sistema métrico A leitura no sistema métrico considera resoluções de 0,01mm e de 0,001mm. Micrômetro com resolução de 0, 01mm A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada passo. A resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor deslocamento de seu fuso; para obter a medida, divide-se o passo pelo número de divisões do tambor. passo de rosca do fuso micrométri co Re solução = número de divisões do tambor Se o passo da rosca é de 0,5mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será: 0,5mm R= = 0,01mm 50 SENAI-SP – INTRANET 16 CT040-08
  • 17. Operações de mecânica - Teoria A leitura no micrômetro com resolução de 0,01mm deve obedecer às seguintes etapas: • Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha; • Leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha; • Leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor. Tomando como exemplos as ilustrações a seguir, as leituras serão: 17,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,50 mm (escala dos meios mm da bainha) 0,32 mm (escala centesimal do tambor) 17,82 mm Leitura total 23,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,00 mm (escala dos meios mm da bainha) 0,09 mm (escala centesimal do tambor) 23,09 mm Leitura total SENAI-SP – INTRANET CT040-08 17
  • 18. Operações de mecânica - Teoria Micrômetro com resolução de 0,001mm No caso de micrômetro com nônio, este indica o valor a ser acrescentado à leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio. Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, a resolução será: 0,01 R= = 0,001mm 10 A leitura no micrômetro com resolução de 0,001mm obedece às seguintes etapas: • Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha; • Leitura dos meios milímetros na mesma escala; • Leitura dos centésimos na escala do tambor; • Leitura dos milésimos som auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos traços do nônio coincide com o traço do tambor. A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais. Exemplos A = 20,000 mm + B = 0,500 mm C = 0,110 mm D = 0,008 mm Total = 20,618 mm SENAI-SP – INTRANET 18 CT040-08
  • 19. Operações de mecânica - Teoria A = 18,000 mm + B = 0,090 mm C = 0,006 mm Total = 18,096 mm SENAI-SP – INTRANET CT040-08 19
  • 20. Operações de mecânica - Teoria SENAI-SP – INTRANET 20 CT040-08
  • 21. Operações de mecânica - Teoria Lima É uma ferramenta empregada para limar, isto é, para desbastar ou dar acabamento em superfícies metálicas. É feita de aço-carbono, é temperada, manual e denticulada. O denticulado ou picado das limas é classificado de acordo com a inclinação e tamanho dos dentes. Quanto à inclinação, o picado pode ser simples ou duplo (cruzado). Quanto ao tamanho dos dentes as limas podem ser: Bastardas ou murças. Bastarda Murça As limas mais usuais medem 100, 150, 200, 250 e 300mm de comprimento. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 21
  • 22. Operações de mecânica - Teoria Utilização e conservação • Para serem usadas com segurança e bom rendimento, as limas devem estar bem encabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte. • Para limpeza e desobstrução do picado, use uma vareta ou barra de metal macio, de cobre ou latão, de ponta achatada. • Para conservação, evite choques, proteja a lima contra umidade, a fim de evitar oxidação, e evite o contato entre as limas para não estragar os denticulados. SENAI-SP – INTRANET 22 CT040-08
  • 23. Operações de mecânica - Teoria Régua graduada Régua graduada ou escala é uma lâmina de aço, geralmente inoxidável, graduada em unidades do sistema métrico e/ou sistema inglês. É utilizada para medidas lineares que admitem erros superiores à menor graduação da régua, que normalmente equivale a 1" 0,5mm ou . 32 As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais comuns são as de 150mm (6”) e 300mm (12”). De modo geral, uma escala confiável deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas. As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metal tratado termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, uniformes, eqüidistantes e finos. A retitude e o erro máximo admissí- vel das divisões obedecem a normas internacionais. Existem cinco tipos de régua graduada: sem encosto, com encosto, de encosto interno, de encosto externo, de dois encostos e de profundidade. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 23
  • 24. Operações de mecânica - Teoria Régua sem encosto Utilizada na medição de peças planas com ou sem face de referência. Neste caso, deve-se subtrair do resultado o valor do ponto de referência. Régua com encosto Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, utilizada como en- costo. Régua de encosto interno A régua de encosto interno é destinada a medições de peças que apresentam faces internas de referência. SENAI-SP – INTRANET 24 CT040-08
  • 25. Operações de mecânica - Teoria Régua de dois encostos Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referência externa. É utilizada principalmente pelos ferreiros. Régua de profundidade Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 25
  • 26. Operações de mecânica - Teoria Leitura da escala segundo o sistema métrico Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equi- vale a 1mm. Leitura da escala segundo o sistema inglês No sistema inglês de polegada fracionária, a polegada se divide em 2,4,8,16 ... partes iguais. As melhores escalas apresentam 32 divisões por polegada, enquanto as de- 1" mais só apresentam frações de de polegada. Deve-se observar que somente estão 16 indicadas as frações de numerador ímpar. Sempre que as frações de polegada apresentarem numeradores pares, a fração é 2" 1" 6" 3" simplificada: = ; = 16 8 16 8 SENAI-SP – INTRANET 26 CT040-08
  • 27. Operações de mecânica - Teoria A leitura consiste em verificar qual traço coincide com a extremidade do objeto, obser- vando-se a altura do traço, que facilita a indicação das partes em que a polegada foi 1" dividida. No exemplo que segue, o objeto tem 1 (uma polegada e um oitavo). 8 Conservação da régua Para boa conservação, deve-se evitar deixá-la em contato com outras ferramentas ou cair; não flexioná-la ou torcê-la para evitar que empene ou quebre; limpá-la após o uso; protegê-la contra oxidação usando óleo, quando necessário. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 27
  • 28. Operações de mecânica - Teoria SENAI-SP – INTRANET 28 CT040-08
  • 29. Operações de mecânica - Teoria Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008. Instrumentos de traçagem Antes que seja iniciada a usinagem de peças em bruto produzidas por forjamento ou por fundição, ou de peças pré-usinadas, realiza-se uma operação que indica o local e a quantidade de material a ser retirado. Essa operação se chama traçagem. Instrumentos e materiais Para realizar a traçagem, é necessário ter alguns instrumentos e materiais. Os instrumentos são muitos e variados: desempeno, escala, graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadro e cruz de centrar, punção e martelo, blocos prismáticos, macacos de altura variável, cantoneiras, cubos de traçagem. Para cada etapa da traçagem, um desses instrumentos ou grupos de instrumentos é usado. Assim, para apoiar a peça, usa-se o desempeno. SENAI-SP – INTRANET 29 CT040-08
  • 30. Operações de mecânica - Teoria Para medir, usa-se a escala e o goniômetro ou calibrador traçador. Para traçar, usa-se o riscador, o compasso e o calibrador traçador. Dependendo do formato da peça, e da maneira como precisa ser apoiada, é necessário também usar calços, macacos, cantoneiras e/ou o cubo de traçagem. 30 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 31. Operações de mecânica - Teoria Para auxiliar na traçagem, usa-se régua, esquadros com base, esquadro de centrar, suta, tampões, gabaritos. Para marcar, usam-se um punção e um martelo. Desempeno SENAI-SP – INTRANET 31 CT040-08
  • 32. Operações de mecânica - Teoria O desempeno é um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído de ferro fundido ou granito. Sua face superior é rigorosamente plana. O plano de referência serve para traçado com calibrador traçador ou para a verificação de superfícies planas. Os desempenos são tecnicamente projetados e cuidadosamente construídos com ferro fundido de qualidade especial. As nervuras são projetadas e dispostas de tal forma que não permitem deformações, mantendo bem plana a face de controle. Os desempenos apresentam, em geral, as dimensões mostradas no quadro a seguir. Dimensões (mm) 400 x 250 1.000 x 1.000 400 x 400 1.600 x 1.000 630 x 400 2.000 x 1.000 630 x 630 3.000 x 1.000 1000 x 630 Os desempenos devem ser manuseadas com o máximo cuidado e mantidos bem nivelados com o auxílio dos pés niveladores. Além disso, não devem sofrer golpes que possam danificar sua superfície. 32 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 33. Operações de mecânica - Teoria É aconselhável alternar a superfície de uso do desempeno para que o desgaste seja regular em todo o seu plano. Ele deve ser mantido limpo, untado com óleo anti- corrosivo e protegido com um tampo de madeira. Régua, riscador, esquadro A régua de traçar é fabricada de aço-carbono, sem escala, com faces planas e paralelas. Tem uma das bordas biselada, ou seja, chanfrada. Ela serve de guia para o riscador, quando se traçam linhas retas. O esquadro que serve de guia ao riscador quando são traçadas linhas perpendiculares a uma face de referência, é chamado de esquadro com base. Ele é constituído de aço-carbono retificado e, às vezes, temperado. Riscador e compasso O riscador também é fabricado com aço-carbono e tem a ponta temperada. Pode também ter a ponta feita de metal duro afilada em formato cônico num ângulo de 15o. SENAI-SP – INTRANET 33 CT040-08
  • 34. Operações de mecânica - Teoria Geralmente o riscador tem o corpo recartilhado para facilitar a empunhadura ao riscar. Seu comprimento varia de 120 a 150mm. Riscador Compasso O compasso é um instrumento construído em aço-carbono ou em aço especial, dotado de duas pernas que se abrem ou se fecham por meio de uma articulação. Ele é constituído por um pino de manejo, um sistema de articulação e um sistema de regulagem que permitem a fixação das pernas na abertura com a medida desejada. Ele é usado para traçar circunferências e arcos de circunferências. Para melhor conservação, após o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos, lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras ferramentas. 34 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 35. Operações de mecânica - Teoria Martelo e punção O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode ser de dois tipos: de pena e de bola. Tanto o martelo de bola quanto o martelo de pena apresentam as partes mostradas na ilustração a seguir. A face de choque (pancada) é ligeiramente abaulada. A bola (semi-esférica) e a pena (arredondada na extremidade) são usadas para trabalhos de rebitagem e de forja. O olhal, orifício de seção oval, onde se introduz a espiga do cabo é geralmente estreitado na parte central. A cabeça e a bola (ou a pena) são tratadas termicamente, para terem a dureza aumentada e para resistirem aos choques. SENAI-SP – INTRANET 35 CT040-08
  • 36. Operações de mecânica - Teoria A madeira do cabo deve ser flexível, sem defeitos e de boa qualidade. Sua seção é oval para possibilitar maior firmeza na empunhadura. O comprimento vai de 30 a 35cm. O engastamento no olhal é garantido por uma cunha de aço cravada na extremidade do cabo. Essa cunha abre as fibras da madeira de modo que a ponta do cabo fique bem apertada contra a superfície do olhal. O estreitamento do cabo aumenta a flexibilidade e ajuda o golpe pois age como amortecedor e diminui a fadiga do punho do operador. A figura a seguir mostra a posição correta de segurar o martelo. A energia é bem aproveitada quando a ferramenta é segurada pela extremidade do cabo. O punho de quem martela é que faz o trabalho no martelamento. A amplitude do movimento do martelo é de cerca de um quarto de círculo, ou seja, 90º. O punção é outro instrumento usado na traçagem. É um instrumento fabricado de aço- carbono, temperado, com um comprimento entre 100 e 125mm, ponta cônica e corpo cilíndrico recartilhado ou octogonal (com oito lados). O corpo do punção recartilhado ou octogonal serve para auxiliar a empunhadura da ferramenta durante o uso, impedindo que ele escorregue da mão. 36 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 37. Operações de mecânica - Teoria Essa ferramenta é usada para marcar pontos de referência no traçado e centros para furação de peças. A marcação é feita por meio de pancadas dadas com martelo na cabeça do punção. O punção é classificado de acordo com o ângulo da ponta. Existem punções de 30º, 60º, 90º, 120º. Os punções de 30º e 60º são usados quando se deseja marcar os centros e os pontos de referência com mais intensidade. Os punções de 90º e 120º são usados para fazer marcações leves e guias para pontas de brocas. Tipos Usos Marca traços de referência. Marca centros que servem de guias para pontas de brocas. Para marcar, o punção deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para a frente, a fim de facilitar a visão do operador. SENAI-SP – INTRANET 37 CT040-08
  • 38. Operações de mecânica - Teoria Em seguida, o punção é colocado na posição perpendicular à peça para receber o golpe do martelo. Esse golpe deve ser único e sua intensidade deve ser compatível com a marcação desejada e com a espessura do material puncionado. Soluções corantes Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle do traçado. O quadro a seguir resume as informações sobre essas soluções. Substância Composição Superfície Traçado Goma-laca, álcool, Verniz Lisa ou polida Rigoroso anilina. Alvaiade, água ou Solução de alvaiade Em bruto Sem rigor álcool Gesso, água, cola comum de madeira, Gesso diluído Em bruto Sem rigor óleo de linhaça, secante. Gesso seco Gesso comum (giz) Em bruto Pouco rigoroso Já preparada no Tinta Lisa Rigoroso comércio Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008 Elaborador: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati Selma Ziedas José Roberto da Silva Conteudista: Abilio José Weber Rogério Augusto Spatti Adriano Ruiz Secco Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli 38 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 39. Operações de mecânica - Teoria Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007. Furadeiras Furadeira é uma máquina-ferramenta que permite executar operações como furar, roscar com machos, rebaixar, escarear e alargar furos. Essas operações são executadas pelo movimento de rotação e avanço das ferramentas fixadas no eixo principal da máquina. O movimento de rotação é transmitido por um sistema de engrenagens ou de polias, impulsionados por um motor elétrico. O avanço é transmitido por um sistema de engrenagem (pinhão e cremalheira) que pode ser manual ou automático. Tipos de furadeiras A escolha da furadeira está relacionada ao tipo de trabalho que será realizado. Assim, temos: • Furadeira portátil; • Furadeira sensitiva; • Furadeira de bases magnética; • Furadeira de coluna; • Furadeira radial; • Furadeira múltipla; • Furadeira de fusos múltiplos. SENAI-SP – INTRANET 39 CT040-08
  • 40. Operações de mecânica - Teoria A furadeira portátil é usada em montagens, na execução de furos de fixação de pinos, cavilhas e parafusos em peças muito grandes como turbinas e carrocerias, quando há necessidade de trabalhar no próprio local devido ao difícil acesso de uma furadeira maior. Esse tipo de furadeira também é usado em serviços de manutenção para a extração de elementos de máquinas tais como parafusos e prisioneiros. Pode ser elétrica e também pneumática. A furadeira sensitiva é a mais simples das máquinas-ferramentas destinadas à furação de peças. É indicada para usinagem de peças de pequeno porte e furos com diâmetros de até 15mm. Tem o nome de sensitiva porque o avanço é feito manualmente pelo operador, o qual regula a penetração da ferramenta em função da resistência que o material oferece. 40 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 41. Operações de mecânica - Teoria A furadeira de coluna tem esse nome porque seu suporte principal é uma coluna na qual estão montados o sistema de transmissão de movimento, a mesa e a base. A coluna permite deslocar e girar o sistema de transmissão e a mesa, segundo o tamanho das peças. A furadeira de coluna pode ser: a. de bancada (também chamada de sensitiva, porque o avanço da ferramenta é dado pela força do operador) - tem motores de pequena potência e é empregada para fazer furos de até 15mm de diâmetro. A transmissão do movimento é feita por meio de sistema de polias e correias. Furadeira de coluna de bancada SENAI-SP – INTRANET 41 CT040-08
  • 42. Operações de mecânica - Teoria b. de piso - geralmente usada para a furação de peças grandes com diâmetros maiores do que os das furadeiras de bancada. Possui uma mesa giratória que permite maior aproveitamento em peças com formatos irregulares. Apresenta, também, mecanismo para avanço automático do eixo árvore. Normalmente a transmissão de movimento é feita por engrenagens. Furadeira de coluna de piso A furadeira radial é empregada para abrir furos em peças pesadas volumosas e difíceis de alinhar. Possui um potente braço horizontal que pode ser abaixado e levantado e é capaz de girar em torno da coluna. Esse braço, por sua vez, contém o eixo porta-ferramenta que também pode ser deslocado horizontalmente ao longo do braço. Isso permite furar em várias posições sem mover a peça. O avanço da ferramenta também é automático. 42 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 43. Operações de mecânica - Teoria A furadeira múltipla possui vários fusos alinhados para executar operações sucessivas ou simultâneas em uma única peça ou em diversas peças ao mesmo tempo. É usada em operações seriadas nas quais é preciso fazer furos de diversas medidas. A furadeira de fusos múltiplos é aquela na qual os fusos trabalham juntos, em feixes. Cada um dos fusos pode ter uma ferramenta diferente de modo que é possível fazer furos diferentes ao mesmo tempo na mesma peça. Em alguns modelos, a mesa gira sobre seu eixo central. É usada em usinagem de uma só peça com vários furos, como blocos de motores, por exemplo, e produzida em grandes quantidade de peças seriadas. SENAI-SP – INTRANET 43 CT040-08
  • 44. Operações de mecânica - Teoria Partes da furadeira de coluna As principais partes de uma furadeira de coluna são: motor, cabeçote motriz, coluna, árvore ou eixo principal, mesa porta-peças e base. O motor fornece energia que impulsiona o sistema de engrenagens ou de polias. O cabeçote motriz é a parte da máquina na qual se localiza o sistema de engrenagens ou polias e a árvore (ou eixo principal). O sistema de engrenagens ou polias é responsável pela transformação e seleção de rotações transmitidos à árvore ou eixo principal. A árvore (ou eixo principal), montada na cabeça motriz, é o elemento responsável pela fixação da ferramenta diretamente em seu eixo ou por meio de um acessório chamado de mandril. É essa árvore que transmite o movimento transformado pelo sistema de engrenagens ou polias à ferramenta e permite que esta execute a operação desejada. A coluna é o suporte da cabeça motriz. Dispõe de guias verticais sobre as quais deslizam a cabeça motriz e a mesa porta-peça. 44 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 45. Operações de mecânica - Teoria A mesa porta-peça é a parte da máquina onde a peça é fixada. Ela pode ter movimentos verticais, giratórios e de inclinação. A base é o plano de apoio da máquina para a fixação no piso ou na bancada. Pode ser utilizada como mesa porta-peça quando a peça é de grandes dimensões. O movimento de avanço de uma broca ou de qualquer outra ferramenta fixada no eixo principal da furadeira de coluna pode ser executado manual ou automaticamente. As furadeiras com avanço manual são as mais comuns. Nessas furadeiras, o avanço é controlado pelo operador, quando se executa trabalhos que não exigem grande precisão. As furadeiras de coluna de piso, radiais, múltiplas e de fusos múltiplos têm avanço automático. Isso permite a execução de furos com melhor acabamento. Elas são usadas principalmente na fabricação de motores e máquinas. Manuseio da furadeira Para obter um bom resultado nas operações com a furadeira, a ferramenta deve estar firmemente presa à máquina a fim de que gire perfeitamente centralizada. A peça, por sua vez, deve estar igualmente presa com firmeza à mesa da máquina. Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pré furação com brocas menores. Uma broca de haste cônica não deve jamais ser presa a um mandril que é indicado para ferramentas de haste cilíndrica paralela. Para retirar a ferramenta deve-se usar unicamente a ferramenta adequada. SENAI-SP – INTRANET 45 CT040-08
  • 46. Operações de mecânica - Teoria Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007 Elaborador: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati Selma Ziedas José Roberto da Silva Conteudista: Abilio José Weber Rogério Augusto Spatti Adriano Ruiz Secco Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli 46 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 47. Operações de mecânica - Teoria Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007. Brocas A broca é uma ferramenta de corte geralmente de forma cilíndrica, fabricada com aço rápido, aço carbono, ou com aço carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada mecanicamente, destinada à execução de furos cilíndricos. Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira, mandriladora. Nos tornos, as brocas são estacionárias, ou seja, o movimento de corte é promovido pela peça em rotação. Já nas fresadoras, furadeiras e nas mandriladoras, o movimento de corte é feito pela broca em rotação. A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso, é preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura. As brocas são construídas conforme a norma NBR 6176. A nomenclatura de suas partes componentes e seus correspondentes em termos usuais em mecânica estão apresentados a seguir. SENAI-SP – INTRANET 47 CT040-08
  • 48. Operações de mecânica - Teoria Broca helicoidal com haste cilíndrica: A broca de haste cilíndrica é colocada no mandril, que por sua vez está encaixado no eixo principal da furadeira. Esse tipo de broca é usado para furos de pequeno diâmetro que demandam pequeno esforço de corte. Broca helicoidal de haste cilíndrica Broca helicoidal com haste cônica: A broca de haste cônica é usada para fazer furos que demandam grande esforço de corte. Essa broca é encaixada diretamente no eixo principal da furadeira, sob pressão: desse modo, suporta grandes esforços. Broca helicoidal de haste cônica Vejamos a seguir, a nomenclatura das partes que compõem uma broca helicoidal, conforme NBR 6176: 48 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 49. Operações de mecânica - Teoria Nomenclatura Nomenclatura Termos usuais Termos usuais NBR 6176 NBR 6176 1. comprimento da ponta --- 12. superfície de saída --- 13. largura da superfície largura do 2. comprimento utilizável comprimento de corte lateral de folga rebaixo 14. comprimento da 3. comprimento do canal --- superfície lateral de folga diâmetro do 4. comprimento da haste --- 15. guia rebaixo 5. comprimento do comprimento do pescoço 16. aresta transversal rebaixo 6. comprimento total --- 17. diâmetro da broca filete cilíndrico 7. superfície principal de superfície detalonada 18. quina centro morto folga 8. ponta de corte --- 19. canal --- 20. espessura k do 9. largura da guia largura do filete cilíndrico --- núcleo 21. superfície lateral de 10. aresta lateral --- --- folga 11. aresta principal de --- alma na porta corte Fonte: Manual Técnico SKF Ferramentas S/A, 1987, p. 7. Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e ponta. A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica, dependendo de seu diâmetro, conforme ilustrado anteriormente. SENAI-SP – INTRANET 49 CT040-08
  • 50. Operações de mecânica - Teoria O corpo é a parte que serve de guia e corresponde ao comprimento útil da ferramenta. Quando se trata de broca helicoidal, o corpo tem dois canais em forma de hélice espiralada. Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos produzidos pelas arestas cortantes são elevados e lançados para fora do furo. No caso de broca canhão, ele é formado por uma aresta plana. A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação. Forma um ângulo de ponta (σ) que varia de acordo com o material a ser furado. A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos. Além de permitir a saída do cavaco, os canais helicoidais permitem a entrada do líquido de refrigeração e lubrificação na zona de corte. As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são cilíndricas e suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As bordas das guias constituem as arestas laterais da broca. A aresta principal de corte é constituída pela superfície de saída da broca e a superfície de folga. Características das brocas A broca é caracterizada pelas dimensões, pelo material com o qual é fabricada e pelos seguintes ângulos: 50 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 51. Operações de mecânica - Teoria 1. Ângulo de hélice (indicado pela letra grega γ, lê-se gama) - auxilia no desprendimento do cavaco e no controle do acabamento e da profundidade do furo. Deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: para material mais duro, ângulo mais fechado; para material mais macio, ângulo mais aberto. É formado pelo eixo de simetriada broca e a linha de inclinação da hélice. Conforme o ângulo γ a broca e classifica em N, H, W. Classificação quanto ao Ângulo da Ângulo da broca Aplicação ângulo de hélice ponta (σ) Materiais prensados, 80º ebonite, náilon, PVC, mármore, granito. Tipo H - para materiais Ferro fundido duro, duros, tenazes e/ou que 118º latão, bronze, celeron, produzem cavaco curto baquelite. (descontínuo). 140º Aço de alta liga. 130º Aço alto carbono. Tipo N - para materiais de tenacidade e dureza Aço macio, ferro normais. 118º fundido, aço-liga. Tipo W - para materiais Alumínio, zinco, cobre, macios e/ou que produzem 130º madeira, plástico. cavaco longo. SENAI-SP – INTRANET 51 CT040-08
  • 52. Operações de mecânica - Teoria 2. Ângulo lateral de folga (representado pela letra grega α, lê-se alfa) - tem a função de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca no material. Sua medida varia entre 6 e 27º, de acordo com o diâmetro da broca. Ele também deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais duro é o material, menor é o ângulo de folga. 3. Ângulo de ponta (representado pela letra grega σ, lê-se sigma) - corresponde ao ângulo formado pelas arestas cortantes da broca. Também é determinado pela resistência do material a ser furado. É muito importante que as arestas cortantes tenham o mesmo comprimento e formem ângulos iguais em relação ao eixo da broca (A = A'). 52 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 53. Operações de mecânica - Teoria Existem verificadores específicos para verificar o ângulo ε da broca. Modificações para aplicações específicas Quando uma broca comum não proporciona um rendimento satisfatório em um trabalho específico e a quantidade de furos não justifica a compra de uma broca especial, pode-se fazer algumas modificações nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados. Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto carbono. Para a usinagem de chapas finas são freqüentes duas dificuldades: a primeira é que os furos obtidos não são redondos, às vezes adquirindo a forma triangular; a segunda é que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas. SENAI-SP – INTRANET 53 CT040-08
  • 54. Operações de mecânica - Teoria A forma de evitar esses problemas é afiar a broca de modo que o ângulo de ponta fique mais obtuso e reduzir a aresta transversal de corte. Para a usinagem de ferro fundido, primeiramente afia-se a broca com um ângulo normal de 118º. Posteriormente, a parte externa da aresta principal de corte, medindo 1/3 do comprimento total dessa aresta, é afiada com 90º. Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída (ângulo de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de corte de 5 a 10º, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas arestas principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento. 54 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 55. Operações de mecânica - Teoria A tabela a seguir mostra algumas afiações especiais, conforme norma NBR 6176. Afiações especiais Tipo de afiação Aplicações Formato A Para aços até 900 N/mm2 Redução da aresta transversal Formato B Aço com mais de 900 N/mm2 Redução da aresta transversal Aço para molas com correção da aresta principal Aço ao manganês de corte Ferro fundido Formato C 2 Aço com mais de 900 N/mm Afiação em cruz Formato D Ferro fundido Afiação com cone duplo Ligas de alumínio, cobre e Formato E zinco Ponta para centrar Chapa fina Papel Brocas especiais Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especiais. Além das brocas helicoidais comuns com haste cilíndrica ou cônica, há, no comércio, outros tipos de brocas para serviços especiais. Tais brocas também apresentam haste cilíndrica ou cônica e alguns tipos são descritos a seguir. Brocas com pastilha de metal duro para concreto A ponta desses tipos de brocas é dimensionada para propiciar maior rendimento possível, combinando a alta resistência à ruptura com a alta resistência ao desgaste. O corpo dessas brocas é construído em aço-cromo temperado e seus canais são projetados para assegurar um transporte fácil do pó, evitando o risco de obstrução e aquecimento da broca. SENAI-SP – INTRANET 55 CT040-08
  • 56. Operações de mecânica - Teoria O ângulo da ponta dessas brocas é de 115º e o comprimento da haste pode ser normal, longo, extra-longo ou reduzido. Brocas de hélice rápida Estas brocas são indicadas para a usinagem eficiente de ligas de alumínio, cobre e outros metais não-ferrosos, porém são indicadas somente nos casos em que as peças encontram-se fixas enquanto as brocas giram. A hélice rápida, por ter maior ângulo de corte nas arestas principais, melhora tanto o rendimento como a rápida saída dos cavacos, o que evita a obstrução dos canais. Os canais são mais largos que o normal, exatamente para evitar a obstrução, e as guias da broca são mais estreitas a fim de reduzir o atrito e minimizar o incrustamento de material. Brocas de hélice lenta São projetadas para usinar latão, bronze fosforoso, etc. A hélice lenta, por ter menor ângulo de corte nas arestas principais, produz o cavaco desejado para essa classe de materiais. 56 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 57. Operações de mecânica - Teoria Como nas brocas com hélice rápida, as guias são mais estreitas e os canais mais largos que os das brocas normais. Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis Estas brocas possuem as mesmas características que as brocas de hélice lenta para latão, exceção feita ao ângulo da ponta que, geralmente, é de 60º. São recomendadas para furar baquelite, ebonite, vulcanite e outros tipos de plásticos termoestáveis, isto é, plásticos que resistem às deformações causadas pelo aquecimento. Brocas para trabalhos pesados São indicadas para usinar aços inoxidáveis muito duros e outros aços de difícil usinagem. Por terem o núcleo reforçado em relação às brocas normais, podem suportar maiores esforços de corte. A geometria dos canais assegura uma adequada saída dos cavacos, inclusive nos casos em que se usinam furos com profundidades superiores a três vezes o diâmetro. Brocas extracurtas São brocas com corte à direita ou à esquerda cujo comprimento do canal é igual à metade do comprimento do canal das séries curtas. Isso as torna mais robustas e SENAI-SP – INTRANET 57 CT040-08
  • 58. Operações de mecânica - Teoria especialmente indicadas para uso em furadeiras manuais em que se requer uma maior rigidez. Devido ao seu comprimento reduzido, estas brocas são preferencialmente utilizadas em tornos revólver e tornos automáticos, em que o espaço é muito restrito. Brocas em aço cobalto para aços-manganês Estas brocas são utilizadas para usinar aços-manganês (12% a 14% de manganês), os quais não podem ser usinados satisfatoriamente com brocas normais devido às características de extrema dureza destes materiais. As brocas são fabricadas em aço-rápido com teor de cobalto, haste cônica maior que o normal, comprimento de canal curto, núcleo normal, hélice lenta e ângulo da ponta obtuso. Este tipo de broca também pode ser utilizado para usinar chapa blindada e aços com alta resistência à tração, sendo essencial à rigidez tanto da máquina como da fixação da peça a ser usinada. Elas são por exemplo: 1. Broca de centrar - é usada para abrir um furo inicial que servirá como guia no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta broca produz simultaneamente chanfros ou raios. Ela permite a execução de furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem que a peça seja fixada por dispositivos entre pontas e tenha movimento giratório. 58 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 59. Operações de mecânica - Teoria 2. Broca escalonada simples e múltipla - serve para executar furos e rebaixos em uma única operação. É empregada em grande produção industrial. 3. Broca canhão - tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade de usar brocas helicoidais. 4. Broca com furo para fluido de corte - é usada em produção contínua e em alta velocidade, principalmente em furos profundos. O fluido de corte é injetado sob alta pressão. No caso de ferro fundido, a refrigeração é feita por meio de injeção de ar comprimido que também ajuda a expelir os cavacos. SENAI-SP – INTRANET 59 CT040-08
  • 60. Operações de mecânica - Teoria 5. Broca com pastilha de metal duro para metais - é utilizada na furação de aços com resistência à tração de 750 a 1.400N/mm2 e aços fundidos com resistência de 700 N/mm2. è empregada também na furação de peças fundidas de ferro, alumínio, latão. 6. Broca com pastilha de metal duro para concreto - tem canais projetados para facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da broca. Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e afiação da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas. 7. Broca para furação curta - é utilizada em máquinas-ferramenta CNC, na furação curta de profundidade de até 4 vezes o diâmetro da broca. É provida de pastilhas intercambiáveis de metal duro. Possui, em seu corpo, furos para a lubrificação forçada. Com ela, é possível obter furos de até 58mm sem necessidade de pré- furação. 60 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 61. Operações de mecânica - Teoria 8. Broca trepanadora - é uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro intercambiáveis. É utilizada na execução de furos passantes de grande diâmetro. O uso dessa broca diminui a produção do cavaco porque boa parte do núcleo do furo é aproveitada para a confecção de outras peças. Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas. SENAI-SP – INTRANET 61 CT040-08
  • 62. Operações de mecânica - Teoria Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007 Elaborador: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati Selma Ziedas José Roberto da Silva Conteudista: Abilio José Weber Rogério Augusto Spatti Adriano Ruiz Secco Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli 62 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 63. Operações de mecânica - Teoria Gabaritos São acessórios ou instrumentos auxiliares que servem para verificar, controlar ou facilitar certas operações de perfis complicados, furações, suportes e montagens para determinados trabalhos em série. São fabricados geralmente em aço-carbono. Suas formas, tipos e tamanhos variam de acordo com o trabalho a realizar. Veja, nas figuras abaixo, alguns gabaritos para contorno. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 63
  • 64. Operações de mecânica - Teoria A figura a seguir mostra um gabarito para curvar o corpo da bobinadeira. Os gabaritos, para serem usados, deverão estar com as faces de contato sempre perfeitas. Conservação Os gabaritos devem estar sempre limpos e ser guardados após o uso. SENAI-SP – INTRANET 64 CT040-08
  • 65. Operações de mecânica - Teoria Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008. Machos de roscar São ferramentas de corte usadas para remoção dos materiais e para roscar peças internamente. São constituídas de aço-carbono ou aço rápido. O aço rápido é o que apresenta melhor resistência ao desgaste, característica básica de uma ferramenta de corte. Os machos de roscar são formados por uma haste cilíndrica que termina em uma cabeça de encaixe quadrada. Os machos de roscar podem ser para uso manual ou para máquinas. Os machos de roscar manuais são apresentados em jogo de duas ou três peças, sendo variáveis a entrada de rosca e o diâmetro efetivo. A norma ANSI (American National Standard Institute) apresenta o macho em jogo de três peças, com variação apenas na entrada, conhecido como perfil completo. A norma DIN (Deutsche Industrie Normen) apresenta o macho em jogo de duas ou três peças com variação do chanfro e do diâmetro efetivo da rosca, conhecido como seriado. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 65
  • 66. Operações de mecânica - Teoria Observação Nas roscas cilíndricas, o diâmetro do cilindro é imaginário. Sua superfície intercepta os perfis dos filetes em uma posição tal que a largura do vão nesse ponto é igual à metade do passo. Nas roscas, cujos filetes tem perfis perfeitos, a interseção se dá em um ponto onde a espessura do filete é igual à largura do vão. Os machos para roscar a máquina são apresentados em uma única peça. Seu formato é normalizado pela DIN, isto é, apresenta seu comprimento total maior que o macho manual. Os machos de roscar são classificados a partir de seis características: Sistema de rosca, aplicação, passo ou número de filetes por polegada, diâmetro externo ou nominal, diâmetro da espiga ou haste cilíndrica e sentido da rosca. Sistema de rosca Há três tipos de roscas de machos: Métrico, Whitworth e Americano (USS) Aplicação Os machos de roscar são fabricados para roscar peças internamente. Passo ou número de filetes por polegada Esta característica indica se a rosca é normal ou fina. Diâmetro externo ou nominal Refere-se ao diâmetro externo da parte roscada. SENAI-SP – INTRANET 66 CT040-08
  • 67. Operações de mecânica - Teoria Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica É uma característica que indica se o macho de roscar serve ou não para fazer rosca em furos mais profundos que o corpo roscado, pois existem machos de roscar que apresentam diâmetro da haste cilíndrica igual ao da rosca ou inferior ao diâmetro do corpo roscado. Veja, nas figuras abaixo, esses tipos de machos. Sentido da rosca Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita ( rigth ) ou esquerda ( left ). SENAI-SP – INTRANET CT040-08 67
  • 68. Operações de mecânica - Teoria Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca ⎧ Rosca ⎧normal ⎪ Sistema Métrico ⎪ ⎨ ⎪ ⎪fina ⎪ ⎩ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎧ ⎧normal - BSW ⎪para parafusos ⎨ ⎪ Rosca Sistema ⎪ ⎩fina - BSF ⎪ Whitworth ⎪ ⎪ ⎨ Machos ⎪ ⎪para tubos − BSP − BSPT ⎪ ⎪ de ⎨ ⎪ roscar ⎪ ⎩ ⎪ Rosca Sistema ⎪ Americano (USS) ⎪ ⎧ ⎧normal - NC ⎪ ⎪para parafusos ⎨ ⎪ ⎪ ⎩fina - NF ⎪ ⎪ ⎨ ⎪ ⎪paratubos − NPT ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎩ ⎪ ⎪ ⎪ ⎩ Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008 Elaborador: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati Selma Ziedas José Roberto da Silva Conteudista: Abilio José Weber Rogério Augusto Spatti Adriano Ruiz Secco Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli SENAI-SP – INTRANET 68 CT040-08
  • 69. Operações de mecânica - Teoria Seleção de ferramentas para roscar Para roscar com machos é importante saber selecionar os machos e a broca com a qual se deve fazer a furação. Deve-se também selecionar o tipo de lubrificante ou refrigerante que será usado durante a abertura da rosca. Os lubrificantes ou fluidos de corte têm duas finalidades: Refrigerar a ferramenta e a peça e lubrificar a ferramenta, para proporcionar maior durabilidade e melhor acabamento. Os lubrificantes podem ser óleos de corte ou soluções de corte. Os óleos de corte são óleos minerais, aos quais se adicionam compostos químicos. São usados como se apresentam comercialmente. Há um tipo de óleo específico para cada material. As soluções de corte são misturadas preparadas com água e outros elementos como óleo solúvel, enxofre, bórax, etc. A tabela seguinte indica o tipo de solução adequada a cada trabalho. Tabela: Tipo de solução refrigerante e material a ser trabalhado Tipo de trabalho Material Furar Roscar Água com 5% de óleo Óleo mineral com 1% de enxofre Aço-carbono 1010 a 1035 solúvel pó Óleo mineral com 1% de enxofre Ferro fundido A seco pó Querosene com 3% de óleo Querosene com 3% de óleo Alumínio e suas ligas mineral mineral Água com 5% de óleo Óleo mineral com 1% de enxofre Bronze e latão solúvel pó Querosene com 3% de óleo Querosene com 3% de óleo Cobre mineral mineral SENAI-SP - INTRANET CT040-08 69
  • 70. Operações de mecânica - Teoria Alguns fluidos de corte têm substâncias que fazem mal à pele e à saúde. Lave sempre as mão com água e sabão após o uso dos fluidos e não aspire os gases emanados da refrigeração. Os machos de roscar devem ser escolhidos de acordo com as especificações do desenho da peça que estamos trabalhando ou de acordo com as instruções recebidas. Podemos, também, escolher os machos de roscar, tomando como referência o parafuso que vamos utilizar. A tabela seguinte apresenta os diâmetros nominais (diâmetro externo) dos machos de roscar, assim como os diâmetros das brocas que devem ser usadas na furação. Tabela: Diâmetro da broca e diâmetro nominal do macho Diâmetro da broca Macho mm Polegada Polegada 2,5 7/64” 1/8” 3,7 5/32” 3/16” 5,0 13/64” ¼” 6,5 17/64” 5/16” 8,0 5/16” 3/8” 9,25 3/8” 7/16” 10,5 27/64” 1/2” Condições de uso dos machos de roscar Para serem usados, eles devem estar bem afiados e com todos os filetes em bom estado. Conservação Para conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-los após o uso, evitar choques e guardá-los separados em seus estojos. SENAI-SP - INTRANET 70 CT040-08
  • 71. Operações de mecânica - Teoria Acessórios de travamento Anéis de retenção São travas rápidas, feitas em aço e têm, geralmente, forma arredondada. Servem para travar eixos em seus alojamentos, mancais, rolamentos de esfera, etc. Os anéis de retenção são utilizados em eletrodomésticos e máquinas-ferramentas portáteis, pois facilitam a montagem e desmontagem. Observe, nas figuras abaixo, alguns modelos. Anel de retenção Anel de retenção para eixos para furos Anel de retenção Anel de para eixos lisos travamento (sem ranhura) para eixos. Há alicates próprios para a montagem e desmontagem de certos tipos de anéis. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 71
  • 72. Operações de mecânica - Teoria Veja, na figura, o tipo mais comum. Cupilhas São grampos feitos em aço, em diversos diâmetros e comprimento. Têm uma das hastes menor do que a outra. Servem para limitar percursos mecânicos, travar porcas, etc. SENAI-SP – INTRANET 72 CT040-08
  • 73. Operações de mecânica - Teoria Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007. Serra manual Serra manual é uma ferramenta de corte. É provida de uma lâmina com dentes, utilizada para separar ou seccionar um material. A serra manual é constituída de duas partes: o arco de serra e a lâmina de serra. Arco de serra O arco de serra é uma armação feita de aço carbono, que pode ser inteiriça ou apresentar um mecanismo ajustável ou regulável. O arco de serra com mecanismo ajustável ou regulável tem a vantagem de permitir a fixação de lâminas de serra com comprimentos variados. SENAI-SP – INTRANET 73 CT040-08
  • 74. Operações de mecânica - Teoria O cabo do arco de serra é feito de madeira, de plástico rígido ou de alumínio, com empunhadura adequada. O arco de serra apresenta dois suportes de fixação: um fixo e outro móvel, sendo que o móvel pode se localizar próximo ao cabo ou na outra extremidade, dependendo do modelo do arco de serra. O suporte móvel é constituído por um pino, um esticador e uma porca borboleta esticadora. 74 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 75. Operações de mecânica - Teoria Quando acionada manualmente, a porca borboleta esticadora permite tensionar, isto é, esticar a lâmina de serra para execução do trabalho. Em todos os modelos de arco de serra, há um dispositivo nos extremos que permite girar a lâmina num ângulo de 90º, de modo que o operador possa realizar cortes profundos. Lâmina de serra A lâmina de serra para arcos é uma peça estreita e fina, com dentes em uma das bordas, e feita de aço rápido ou aço carbono temperado. Quando a têmpera abrange toda a lâmina, esta recebe o nome de lâmina de serra rígida e deve ser usada com cuidado, pois quebra-se facilmente ao sofrer esforços de dobramento ou torção. Quando apenas a parte dentada é temperada, a lâmina recebe o nome de lâmina de serra flexível ou semiflexível. A lâmina de serra caracteriza-se pelo comprimento, largura, espessura e número de dentes por polegada (25,4mm). As lâminas de serra mais comuns podem ser encontradas na tabela a seguir. Comprimento Largura Espessura Número de dentes 203,2mm (8”) 12,7mm (1/2”) 0,635mm (.025”) 14, 18, 24 ou 32 254mm (10”) 12,7mm (1/2”) 0,635mm (.025”) 14, 18, 24 ou 32 304,8mm (12”) 12,7mm (1/2”) 0,635mm (.025”) 14, 18, 24 ou 32 SENAI-SP – INTRANET 75 CT040-08
  • 76. Operações de mecânica - Teoria Algumas lâminas de serra encontradas no comércio apresentam uma numeração em uma das faces que as caracteriza em função do comprimento e do número de dentes. A lâmina de serra funciona; cortando por meio de atrito, destacando pequenos cavacos do material. A forma ideal dos dentes de uma lâmina de serra é aquela que apresenta o ângulo de cunha β igual a 65º ; o ângulo de saída γ igual a 5º e o ângulo de folga α igual a 20º. Contudo, nem sempre um dentado atende a todas as necessidades da operação de serrar. Por exemplo, no caso de materiais duros como aço de alto teor de carbono e ferros fundidos duros, o ângulo de cunha β da lâmina de serra deverá ser bem grande para que os dentes não se engastem no material, rompendo-se pelo esforço e inutilizando a lâmina. Os dentes da lâmina de serra para trabalhar aços apresentam um ângulo de cunha β = 50º e um ângulo de folga α = 40º. Nessas lâminas, o ângulo de saída γ não existe. 76 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 77. Operações de mecânica - Teoria Para trabalhar metais leves e macios como alumínio e cobre, recomendam-se lâminas de serra com dentes bem distanciados e grande ângulo de saída, a fim de permitir bom desprendimento dos cavacos. Os dentes das serras têm travas, que são deslocamentos laterais em forma alternada, dados aos dentes. As travas permitem um corte mais largo, de modo que a espessura do corte se torna maior que a espessura da lâmina; isso facilita muito a operação de serrar, pois os cavacos saem livremente e a lâmina não se prende no material. SENAI-SP – INTRANET 77 CT040-08
  • 78. Operações de mecânica - Teoria O espaçamento ou passo entre os dentes tem uma influência importante no desempenho da lâmina de serra. Com um número menor de dentes por polegada são adequados para superfícies largas pois permitem corte rápido com espaço para cavaco. Por outro lado, um número maior de dentes por polegada são recomendados para superfícies estreitas, pois pelo menos dois dentes estarão em contato com as paredes do material, evitando que os dentes da lâmina se quebrem ou travem. Seleção da lâmina de serra A lâmina de serra deve ser escolhida de acordo com a espessura e o tipo de material a ser trabalhado. Para auxiliar a seleção, observe-se o quadro a seguir. Material a serrar Número de dentes por polegada (25,4mm) Muito duro ou muito fino 32 dentes Dureza ou espessura médias 24 dentes Macio e espesso 18 dentes Metais muito macios como chumbo, estanho e zinco não devem ser serrados com lâminas de serra indicadas para aço porque acontece o encrustamento do material entre os dentes, dificultando o corte; recomenda-se o uso de lâminas de serra com 10 a 14 dentes por polegada. 78 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 79. Operações de mecânica - Teoria Cuidados a observar Alguns cuidados devem ser tomados com a lâmina de serra para garantir sua conservação: • Ao tensionar a lâmina de serra no arco, usar apenas as mãos e não empregar ferramentas; • Evitar utilizar lâmina de serra com dentes quebrados. SENAI-SP – INTRANET 79 CT040-08
  • 80. Operações de mecânica - Teoria Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007 SENAI-SP Carlos Eduardo Binati José Roberto da Silva Rogério Augusto Spatti 80 SENAI-SP – INTRANET CT040-08
  • 81. Operações de mecânica - Teoria Tesouras e máquinas de corte Nas operações de corte, executadas na área mecânica, são utilizadas tesouras manuais, tesouras de bancada, tesourões de bancada, guilhotinas e tesouras portáteis. Tesouras manuais São ferramentas que apresentam duas lâminas móveis e articuladas por meio de um parafuso e uma porca. Tais ferramentas são construídas em aço-carbono temperado e cada lâmina apresenta uma aresta cortante ou gume. Sendo acionadas pela ação progressiva da força muscular do operador, as arestas cortantes das tesouras penetram no material promovendo o corte por cisalhamento. As tesouras manuais funcionam como uma alavanca interfixa de braços desiguais conforme mostra a figura abaixo. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 81
  • 82. Operações de mecânica - Teoria O ponto de apoio é o parafuso. O braço de potência (BP) é a distância entre o parafuso e a região do cabo onde se aplica a força manual ou força potente (P) e o braço de resistência (BR) é a distância entre o parafuso e a região das lâminas que estão cortando ou vencendo as forças resistentes (R) oferecidas pelo material que estiver sendo cortado. Sendo uma alavanca interfixa de braços desiguais, o braço de potência (BP) de uma tesoura manual é sempre maior que o braço de resistência (BR) representado pelo comprimento longitudinal das lâminas cortantes. Portanto, aplicando-se uma força potente (P) de pequena intensidade sobre o cabo da tesoura (BP), essa força se multiplica e seu efeito será tanto mais eficaz quanto maior for o cabo e menor for o comprimento longitudinal das lâminas (BR). De fato, para as alavancas, vale a seguinte relação: P . BR = R . BR Vamos supor que uma tesoura manual tenha um cabo de 180mm(BP) de comprimento e que o ponto de corte ao ponto de apoio (parafuso) seja de 30mm (BR). Qual deve ser a força potente (P) a ser aplicada no cabo dessa tesoura para cortar uma chapa que oferece uma resistência (R) de 90N? Solução P . BP = R . BR R . BR P= BP 90N . 30mm P= 180mm P = 15N Portanto, aplicando-se uma força potente de 15N na tesoura em questão consegue-se vencer uma força resistente de 90N. Isto é possível porque a tesoura é uma alavanca. Dependendo da natureza do material, as tesouras manuais permitem cortar chapas metálicas finas de até 5mm de espessura conforme tabela a seguir: SENAI-SP – INTRANET 82 CT040-08
  • 83. Operações de mecânica - Teoria Tabela: Espessura máxima das chapas que a tesoura manual consegue cortar Material Espessura máxima das chapas aço até 1,0mm alumínio até 2,5mm cobre até 1,2mm chumbo até 5,0mm latão até 0,8mm ligas de alumínio até 1,0mm zinco até 1,5mm O ângulo de abertura das tesouras manuais deve ser menor que 20°, pois se esse ângulo for demasiadamente grande, o material será empurrado para fora, até chegar a um ângulo de aproximadamente 14° (ponto de corte) que mantém o material aprisionado para dar início ao corte. Quanto mais o material for empurrado para fora, mais desfavorável será a relação entre os braços da alavanca da tesoura e maior será a força requerida para o corte. O trabalho de cortar com tesouras manuais será realizado mais facilmente quanto mais perto da articulação estiver o ponto de corte. Por isso é necessário situar o material o mais dentro possível na abertura das lâminas. Abaixo encontram-se alguns tipos de tesouras manuais e seus empregos. Tesoura tipo cabo com gancho. É apropriada para efetuar cortes retos. Tesoura tipo americano. É apropriada para efetuar cortes retos e curtos, podendo ser utilizada para cortes curvos externos. Tesoura reforçada para cortes curvos. É utilizada para efetuar cortes curvos internos. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 83
  • 84. Operações de mecânica - Teoria Tesoura modelo universal. É bastante versátil para efetuar cortes retos curtos. As tesouras manuais, em geral, são fabricadas para cortar materiais do lado direito do operador, isto é, as aparas saem normalmente do seu lado direito. Quando vistas de cima, no sentido do corte, as tesouras que cortam do lado direito apresentam a lâmina inferior do lado esquerdo. Por outro lado, há tesouras que cortam do lado esquerdo. Tais tesouras, quando vistas de cima, no sentido do corte, apresentam a lâmina inferior do lado direito. A razão de existirem tesouras manuais para cortar à direita e à esquerda reside na necessidade de não se deformar o material, a ser utilizado, após o corte. Durante o corte, com tesouras manuais, quem deve sofrer deformações é a apara. Tais deformações são provocadas pela lâmina superior das tesouras manuais. Tesouras de bancada As tesouras de bancada também são alavancas, porém do tipo inter-resistente, pois a força resistente (R), oferecida pelo material, encontra-se entre o eixo de rotação (parafuso) e a força potente (P). Observe no esquema abaixo a localização do braço de potência (BP) e a localização do braço de resistência (BR). SENAI-SP – INTRANET 84 CT040-08
  • 85. Operações de mecânica - Teoria Nas tesouras de bancada, o braço de resistência varia constantemente durante o corte, aumentando à medida que a lâmina cortante for sendo acionada para baixo. Na tesoura de bancada somente a lâmina superior, ligeiramente curvada, é móvel enquanto a inferior é fixa. A ligeira curvatura da lâmina superior permite a manutenção do ângulo de abertura durante o cisalhamento. Cada tipo de tesoura de bancada possui uma dada capacidade de corte. Tal capacidade de corte aparece gravada em uma etiqueta metálica que cada tipo de tesoura traz fixada em sua base. É evidente que não se devem cortar materiais metálicos que ofereçam resistência superior à capacidade de corte da tesoura. Defeitos comuns que ocorrem quando se manuseiam tesouras e máquinas de corte. Defeitos Causas Correções As lâminas não estão afiadas. As Afiar as lâminas. Regular a Há formação de rebarbas no corte lâminas, durante o corte, não tesoura. Ao utilizar uma tesoura das chapas finais. deslizam constantemente uma manual, aplicar força de forma tal contra a outra em toda a sua que as lâminas mantenham-se em longitude. contato. O corte efetuado com uma tesoura de bancada não segue exatamente Em sua posição mais alta, a a linha do traçado. Introduzir uma cunha entre a lâmina superior se separa da lâmina inferior e a mesa e levantar inferior. Em cada corte, após o a lâmina inferior. Montar avanço da chapa, produz-se um novamente as lâminas. novo corte em qualquer direção. A borda cortada fica fora de esquadro. Aparecem rebarbadas As lâminas não estão afiadas. O Afiar as lâminas. Colocar o fixador fixador está demasiadamente alto na altura correta. Ajustar as ou não foi utilizado. As lâminas lâminas. estão separadas em demasia. A superfície de corte apresenta a As lâminas não estão afiadas; o zona de ruptura demasiadamente Afiar as lâminas. corte foi insuficiente. extensa. As bordas do material cortado Uma das lâminas (ou ambas) apresentam deformações apresenta deformação localizada localizadas. causada pelo corte de material Afiar as lâminas. redondo ou pelo corte de material muito duro em relação à dureza do material que constitui as lâminas. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 85
  • 86. Operações de mecânica - Teoria Normas de segurança • Usar óculos de segurança e luvas para proteger as mãos ao efetuar operações de corte com tesouras manuais, de bancada, tesourões, guilhotinas e tesouras portáteis. • Após o corte devem-se eliminar as rebarbas com uma lima apropriada. • As tesouras manuais, após o uso, devem ser limpas com uma estopa e recobertas com uma fina película de óleo e guardadas em locais apropriados. As tesouras manuais não devem sofrer choques, pancadas e quedas. • Materiais metálicos temperados não devem ser cortados com as tesouras. • Ao operar com a tesoura de bancada ou com o tesourão de bancada, verificar se há pessoas dentro da área de segurança. Se houver, pedir para que elas saiam de dentro da área para não serem atingidas pelas alavancas. • Consultar, sempre, os catálogos e os manuais dos fabricantes para conhecer a capacidade de corte das ferramentas e máquinas e os cuidados necessários. SENAI-SP – INTRANET 86 CT040-08
  • 87. Operações de mecânica - Teoria Viradeiras manuais Viradeiras e dobradeiras manuais são máquinas utilizadas para dobrar e curvar chapas metálicas. Tais máquinas são bastante utilizadas nas indústrias que confeccionam gabaritos, perfis, gabinetes de máquinas, armários, etc. Nas viradeiras manuais a força aplicada para o dobramento ou curvamento é exercida por um ou mais operadores. No comércio há inúmeros modelos de viradeiras manuais e todas funcionam basicamente do mesmo modo; contudo, entre os modelos há certas diferenças. Essas diferenças residem: • No sistema de fixação das chapas a serem dobradas ou curvadas; • Na regulagem do raio mínimo de dobra; • Nas réguas que podem ser lisas ou com dedos extensores. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 87
  • 88. Operações de mecânica - Teoria Observe os modelos de viradeiras manuais abaixo e a nomenclatura das partes comuns e não comuns. A nomenclatura apresentada para os modelos citados é válida para os demais modelos e as funções das partes comuns e não comuns são as seguintes: • Mesa basculante - parte da viradeira encarregada de dobrar ou curvar a chapa no ângulo desejado. • Montante - suporte de todos os demais órgãos da máquina. • Contra-peso - auxilia o movimento basculante da mesa favorecendo a aplicação das forças de dobramento ou curvamento. • Mesa superior - funciona como barra de pressão para fixar a chapa. • Volante manual - serve para levantar e baixar a mesa superior. • Régua Iisa - é um componente da mesa superior e serve, também, para prender a chapa. Normalmente esse componente é intercambiável e deve ser retificado periodicamente. SENAI-SP – INTRANET 88 CT040-08
  • 89. Operações de mecânica - Teoria • Régua com dedos extensores - possui a mesma função da régua lisa; porém, permite que sejam efetuadas dobras ou curvas sem o uso de calços, especialmente se a chapa já apresenta outras dobras ou curvas, como mostra a ilustração abaixo: • Alavanca I - serve para movimentar a mesa basculante durante as operações de dobramento e curvamento. É acionada por um ou dois operadores, o que dependerá do comprimento da viradeira. • Alavanca II - exerce a função de volante, permitindo que a mesa superior suba ou desça para a fixação da chapa. • Alavanca III - permite o deslocamento da mesa basculante para obter o raio mínimo de dobra desejado. • Esticador - serve para regular a pressão do aperto entre a mesa superior e a chapa. Para traçar, os seguintes passos deverão ser observados: 1. Ter em mãos o desenho do projeto a ser executado. Por exemplo: SENAI-SP – INTRANET CT040-08 89
  • 90. Operações de mecânica - Teoria 2. Calcular o comprimento da chapa para obter a peça desejada. 3. Decidir sobre a melhor maneira de fixar a chapa na viradeira para definir a localização das linhas de dobra. A localização definirá, por sua vez, as distâncias a serem cotadas. Se o comprimento da aba for menor que 10E, recomenda-se prender a chapa através da própria aba; caso contrário, recomenda-se prender a chapa pela sua parte mais extensa. No caso do nosso exemplo, a chapa deverá ser presa pela aba. 4. Traçar na chapa as linhas de dobra. Observe que, no nosso exemplo, a distância (a) corresponde à parte reta (a) da aba. Obedecidos esses passos, a chapa está pronta para ser dobrada. SENAI-SP – INTRANET 90 CT040-08
  • 91. Operações de mecânica - Teoria Rebite de repuxo O rebite de repuxo, conhecido pelo nome de rebite "pop", é um elemento especial de união empregado para unir peças com rapidez, economia e simplicidade. A operação é realizada por apenas um lado, o que não se consegue com rebites comuns. A escada ilustrada abaixo mostra os rebites de repuxo unido as várias peças que a compõem. O rebite de repuxo se caracteriza pelos seguintes elementos: • Tipo de mandril de repuxo • Espécie de material metálico em sua fabricação; • Tipo de cabeça que pode ser de aba abaulada ou de aba escareada; • Comprimento de corpo; • Diâmetro do corpo. SENAI-SP – INTRANET CT040-08 91