1. O documento apresenta os conceitos fundamentais da contabilidade, incluindo sua estrutura, objetivos, princípios e demonstrações contábeis.
2. É abordado o conceito de patrimônio, contas, lançamentos e demonstrações contábeis como balanço patrimonial e demonstração de resultados.
3. Exemplos de lançamentos contábeis são fornecidos para transações como compra e venda de mercadorias, pagamentos, recebimentos e registros de ativos fixos.
1. Contabilidade Geral FACENSA
APOSTILA
CONTABILIDADE GERAL
Prof. Jorge Gerson Silva da Silva
Agosto/2008
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2. Contabilidade Geral FACENSA
1 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE....................................... 4
1.1 INTRODUÇÃO E HISTÓRICO.................................................................................................. 4
1.2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE. ........................................................................................ 5
1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE ............................................................. 11
1.3.1 O Princípio da Entidade......................................................................................... 11
1.3.2 O Princípio da Continuidade ................................................................................. 12
1.3.3 O Princípio da Oportunidade................................................................................. 13
1.3.4 O Princípio do Registro pelo Valor Original ......................................................... 14
1.3.5 O Princípio da Atualização Monetária .................................................................. 15
1.3.6 O Princípio da Competência .................................................................................. 15
1.3.7 O Princípio da Prudência ...................................................................................... 18
1.3.8 As convenções......................................................................................................... 18
2 PATRIMÔNIO ........................................................................................................................ 20
2.1 CONCEITO DE PATRIMÔNIO E DE SUA COMPOSIÇÃO. ......................................................... 20
2.2 EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO, ESTADOS PATRIMONIAIS E
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS........................................................................ 21
2.3 FATOS CONTÁBEIS E RESPECTIVAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS. ...................................... 23
2.4 CONTAS - PLANO DE CONTAS ........................................................................................... 24
2.4.1 Conceito ................................................................................................................. 24
2.4.2 Contas Patrimoniais............................................................................................... 25
2.4.3 Contas de Resultado............................................................................................... 26
2.4.4 Contas unilaterais x bilaterais ............................................................................... 27
2.4.5 Contas de compensação ......................................................................................... 27
2.4.6 Teoria das contas ................................................................................................... 28
2.5 LANÇAMENTOS ................................................................................................................. 29
2.5.1 Conceito ................................................................................................................. 29
2.5.2 Livros de escrituração............................................................................................ 29
2.5.3 Elementos básicos dos lançamentos....................................................................... 32
2.5.4 Débito / Crédito...................................................................................................... 33
2.6 EXEMPLOS DE FATOS E LANÇAMENTOS CONTÁBEIS .......................................................... 34
2.6.1 Compra de mercadorias a prazo............................................................................ 34
2.6.2 Compra de mercadorias à vista ............................................................................. 36
2.6.3 Pagamento de duplicata em dinheiro..................................................................... 37
2.6.4 Pagamento de duplicata com cheque ..................................................................... 39
2.6.5 venda de mercadorias a prazo ............................................................................... 41
2.6.6 venda de mercadorias à vista ................................................................................. 43
2.6.7 Recebimento de duplicata....................................................................................... 46
2.6.8 Recebimento de duplicata em cheque..................................................................... 48
2.6.9 Recebimento de duplicata em dinheiro e com abatimento ..................................... 50
2.6.10 Recebimento de duplicata em dinheiro e com encargos......................................... 52
2.6.11 Desconto de duplicatas........................................................................................... 54
2.6.12 liquidação normal da duplicata (chegada do aviso do banco) .............................. 57
2.6.13 Não pagamento de duplicata descontada............................................................... 60
2.6.14 Não pagamento de duplicata descontada e tentativa do banco em cobrá-la após
o vencimento........ ............................................................................................................................... 63
2.6.15 Registro do aluguel a pagar – ao final do mês....................................................... 66
2.6.16 Pagamento do aluguel incorrido no mês anterior.................................................. 69
2.6.17 Pagamento adiantado de aluguéis ......................................................................... 71
2.6.18 Registro da utilização do imóvel, cujo aluguel havia sido pago
antecipadamente.. ............................................................................................................................... 72
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3. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.19 Lançamentos de fechamento do exercício .............................................................. 75
2.6.20 Compra de equipamento do ativo imobilizado....................................................... 80
2.6.21 Utilização do equipamento por um ano ................................................................. 81
2.6.22 Fechamento do exercício de 200X – após o uso do equipamento .......................... 84
2.6.23 Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 55.000,00............................... 84
2.6.24 Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 53.000,00............................... 87
2.7 ERROS DE ESCRITURAÇÃO ................................................................................................ 89
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...................................................................................... 92
3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 92
3.1.1 Demonstrações contábeis (financeiras) ................................................................. 92
3.1.2 Balanço patrimonial............................................................................................... 93
3.1.3 Demonstração de resultados do exercício............................................................ 100
3.1.4 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados .............................................. 102
3.1.5 Demonstração de mutações do patrimônio líquido.............................................. 104
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4. Contabilidade Geral FACENSA
1 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
1.1 Introdução e histórico
Desde que o homem passou a possuir bens, ele se preocupou com o controle
desses bens.
Visto que o objetivo básico da Contabilidade é o controle do patrimônio das
pessoas, podemos dizer que a Contabilidade existe desde as mais antigas épocas.
Quando os pastores da antiguidade , levavam o seu rebanho para o pastoreio,
eles, logo pela manhã, ao retirar o rebanho do cercado, a cada ovelha que saía, eles
colocavam uma pedrinha em um embornal, depois de todas as ovelhas saírem eles
tinham uma correspondência biunívoca entre o conjunto das ovelhas e o conjunto das
pedrinhas. De tarde, ao voltar para casa, para cada ovelha que entrava dentro do
cercado, eles retiravam uma pedrinha do embornal, com isso, ao entrar a última ovelha
não deveria sobrar nenhuma pedrinha dentro do embornal, se por um acaso sobrasse
alguma pedrinha, era sinal de que alguma ovelha havia se extraviado, logo, o pastor
deveria procurá-la.
A necessidade de uma contabilidade mais refinada ocorreu durante o período das
grandes navegações em que um empreendedor necessitava levantar financiamentos
para organizar uma expedição, efetuando negócios em terras distantes, trazer
mercadorias de volta para a Europa, vender estas mercadorias, quitar o seu
financiamento e apurar o lucro do empreendimento.
Por volta de 1.494, um frei italiano chamado Lucca Pacciolli escreveu um livro
chamado Summa, onde descrevia todos os métodos de contabilização que então
existiam espalhados, seja através de relatos verbais que chegaram ao seu
conhecimento, seja através de livretos que ensinavam como fazer os registros dos bens
e das mercadorias que eram negociadas pelos mercadores ou outros negociantes da
época. Lucca Pacciolli teve o grande mérito de condensar todo esse conhecimento
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5. Contabilidade Geral FACENSA
contábil em um único livro, por isso, é considerado o Pai da Contabilidade Moderna.
Ele apresentou como método de registro do Patrimônio e de suas mutações, o
denominado “Método das Partidas Dobradas” (débitos e créditos).
Hoje, no Brasil, a contabilidade está regulada pela Lei da S/A, 6.404/76 que,
mantendo o método das partidas dobradas, adequa o registro do Patrimônio e de suas
Mutações à nossa realidade econômica e social.
1.2 Objetivos da Contabilidade
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação
destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de
contabilização. As informações geradas pelo sistema contábil devem desempenhar
duas funções: a função administrativa, de controlar o patrimônio; e a função
econômica, de apurar o resultado.
Compreende-se por sistema de informação um conjunto articulado de dados,
técnicas de acumulação, ajustes e editagens de relatórios que permite:
a) tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de
relevância e o mínimo de custo;
b) dar condições para, através da utilização de informações primárias
constantes do arquivo básico, juntamente com técnicas derivadas da própria
Contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de exceção para
finalidades específicas, em oportunidades definidas ou não.
Conceitua-se como usuário toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na
avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade
empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.
Para as finalidades deste trabalho, escolhemos como usuário preferencial o
externo à entidade, constituído, basicamente, por:
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• acionistas;
• emprestadores de recursos e credores em geral; e
• integrantes do mercado de capitais como um todo, no sentido de que a
quantidade, a natureza e a relevância da informação prestada abertamente
pela entidade influenciem, mesmo que indiretamente, esse mercado.
Ainda dentro do objetivo deste trabalho, consideramos como usuários
secundários os administradores (de todos os níveis) da entidade, bem como o Fisco.
Aqueles obterão muita utilidade dos conceitos que trataremos a seguir, mas precisarão
ir além e utilizar-se dos conceitos de Contabilidade Gerencial, fora do escopo deste
trabalho; este, o Fisco, terá necessidade sempre dos ajustes vários a serem realizados
em livros auxiliares.
Informação de natureza econômica deve ser sempre entendida dentro da visão
que a Contabilidade tem do que seja econômico e não, necessariamente, do tratamento
que a Economia daria ao mesmo fenômeno; em largos traços, podemos afirmar que os
fluxos de receitas e despesas (demonstração do resultado, por exemplo), bem como o
capital e o patrimônio, em geral, são dimensões econômicas da Contabilidade, ao
passo que os fluxos de caixa, de capital de giro, por exemplo, caracterizam a dimensão
financeira. Não estamos, portanto, utilizando, neste trabalho, o termo financeiro no
sentido de avaliado em moeda, como a própria Lei das Sociedades por Ações e a
tradição anglo-americana consagram.
Informação de natureza física constitui um importante desdobramento dentro da
evolução da teoria dos sistemas contábeis, pois as mais recentes pesquisas sobre
evolução de empreendimentos têm revelado que um bom sistema de informação e
avaliação não pode repousar apenas em valores monetários, mas deverá incluir, na
medida do possível, mensurações de natureza física tais como: quantidades geradas de
produtos ou de serviços, número de depositantes em estabelecimentos bancários, e
outras que possam permitir melhor inferência da evolução do empreendimento por
parte do usuário.
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Informação de natureza de produtividade compreende a utilização mista de
conceitos valorativos (financeiros no sentido restrito) e quantitativos (físicos no
sentido restrito) como, por exemplo: receita bruta per capita, depósitos por clientes
etc.
As informações de natureza econômica e financeira, ainda assim, constituem o
núcleo central da Contabilidade. O sistema de informação, todavia, deveria ser capaz
de, com mínimo custo, suprir as dimensões físicas e de produtividade. Na
evidenciação principal (demonstrações contábeis publicadas), todavia, as dimensões
físicas e de produtividade consideram-se acessórias.
O objetivo principal da Contabilidade, portanto, é o de permitir, a cada grupo
principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num
sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Em ambas
as avaliações, todavia, as demonstrações contábeis constituirão elemento necessário,
mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário externo, quanto mais a utilização
das demonstrações contábeis se referir à exploração de tendências futuras, mais
tenderá a diminuir o grau de segurança das estimativas. Quanto mais a análise se
detiver na constatação do passado e do presente, mais acrescerá e avolumará a
importância da demonstração contábil.
Isto não quer dizer que as demonstrações contábeis não se adaptam às
finalidades provisionais, mas apenas que avaliar tendências pode implicar divisar ou
admitir configurações econômicas, sociais e institucionais novas, para o futuro, em
que não se permite estimar com razoável acurácia os resultados das operações, pois a
previsão das próprias operações é insegura. A Contabilidade pode, sim, ajudar a
avaliação de tendências se:
a) as conjunturas do passado se repetirem, mesmo que numa perspectiva
monetária diferente (inflação ou deflação, sem alteração profunda do
mercado); ou
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b) o agente (usuário) conseguir transformar o modelo informativo contábil
num modelo preditivo, o que somente será possível dentro do esquema
mental de conhecimento e da sensibilidade do previsor. O modelo
informativo-contábil e o modelo preditivo são duas peças componentes,
não mutuamente exclusivas do processo decisório.
Os objetivos da Contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma
explícita ou implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes
para seu processo decisório. Não tem sentido ou razão de ser a Contabilidade como
uma disciplina "neutra", que se contenta em perseguir esterilmente uma "sua" verdade
ou beleza. A verdade da Contabilidade reside em ser instrumento útil para a tomada de
decisões pelo usuário, tendo em vista a entidade.
Para a consecução desse objetivo da Contabilidade, e dentro principalmente do
contexto companhia aberta/usuário externo, dois pontos importantíssimos se destacam:
1º) As empresas precisam dar ênfase à evidenciação de todas as informações que
permitem a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse seu patrimônio
e, além disso, que possibilitem a realização de inferências perante o futuro.
As informações não passíveis de apresentação explícita nas
demonstrações propriamente ditas devem, ao lado das que
representam detalhamentos de valores sintetizados nessas mesmas
demonstrações, estar contidas em notas explicativas ou em quadros
complementares.
Essa evidenciação é vital para se alcançar os objetivos da
Contabilidade, havendo hoje exigências no sentido de se detalharem
mais ainda as informações (por segmento econômico, região
geográfica etc.) Também informações de natureza social passam
cada vez mais a ser requisitadas e supridas.
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9. Contabilidade Geral FACENSA
2º) A contabilidade possui um grande relacionamento com os aspectos jurídicos
que cercam o patrimônio, mas, não raro, a forma jurídica pode deixar de retratar a
essência econômica. Nessas situações, deve a Contabilidade guiar-se pelos seus
objetivos de bem informar, seguindo, se for necessário para tanto, a essência ao invés
da forma.
Por exemplo, a empresa efetua a cessão de créditos a terceiros, mas
fica contratado que a cedente poderá vir a ressarcir a cessionária
pelas perdas decorrentes de eventuais não pagamentos por parte dos
devedores. Ora, juridicamente não há ainda dívida alguma na
cedente, mas ela deverá atentar para a essência do fato e registrar a
provisão para atentar a tais possíveis desembolsos.
Ou, ainda, uma empresa vende um ativo, mas assume o
compromisso de recomprá-lo por um valor já determinado em certa
data. Essa formalidade deve ensejar a contabilização de uma
operação de financiamento (essência) e não de compra e venda
(forma).
Noutro exemplo, um contrato pode, juridicamente, estar dando a
forma de arrendamento a uma transação, mas a análise da realidade
evidencia tratar-se, na prática, de uma operação de compra e venda
financiada. Assim, consciente do conflito essência/forma, a
Contabilidade fica com a primeira.
Essas características de evidenciação ou de divulgação (disclosure) e de
prevalência da essência sobre a forma cada vez mais se firmam como próprias da
Contabilidade, dados seus objetivos específicos.
Uma forma prática de verificar se a Contabilidade está alcançando seus
objetivos, conforme enunciado, é pesquisar, periodicamente, qual o grau de utilização
de demonstrações contábeis por parte de grupos de usuários para os quais, de antemão,
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10. Contabilidade Geral FACENSA
se credita que as demonstrações contábeis devessem ser de grande utilidade. Por
exemplo: analistas de investimentos, para aconselhamentos, sobre compras ou não de
ações de determinadas companhias. O fato de determinado grupo, todavia, estar
utilizando-se, num menor grau de intensidade do que imaginaríamos, de informação
contábil pode ter vários significados, a saber:
a) deficiências estruturais do modelo informativo contábil para tal tipo de
decisão;
b) restrições ou limitações do próprio usuário;
c) ambiente decisório em que a profissão contábil está laureada por baixo
status de credibilidade, influenciando a não-utilização por parte de grupos
sofisticados de usuários, mesmo que a informação objetiva tenha alguma
ou bastante significância;
d) falhas de comunicação e evidenciação decorrentes de problemas de
linguagem inadequada por parte das demonstrações contábeis.
Antes de se discutir o modelo contábil em tais situações, portanto, é necessário
avaliar muito bem a participação de cada fator nas limitações de utilização. Somente
se grande parte da não-utilização for atribuída ao significado a é que poderemos inferir
pela não-adequação do modelo. Por exemplo: fornecer demonstrações baseadas em
regime de competência, quando o usuário está tentando prever fluxos futuros de caixa.
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11. Contabilidade Geral FACENSA
1.3 Princípios Fundamentais da Contabilidade
1.3.1 O Princípio da Entidade
Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com o
patrimônio da empresa.
O princípio da entidade determina que se reconheça o patrimônio como objeto
da Contabilidade e afirma a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular
no universo de patrimônios existentes. Logo, o patrimônio de uma entidade não se
confunde com o de seus sócios ou proprietários.
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa,
um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio
não se confunde com aqueles dos seus sócios ou
proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à
ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou
agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil.”
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12. Contabilidade Geral FACENSA
1.3.2 O Princípio da Continuidade
O princípio da continuidade determina que, na contabilidade, deve ser
considerada a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou
provável quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas
e qualitativas.
Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela continue indefinidamente,
todavia, a continuidade influencia o valor econômico dos bens e direitos e, em muitos
casos, o valor ou o vencimento das obrigações, especialmente quando a extinção da
Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
“Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da
ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável,
devem ser consideradas quando da classificação e
avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e
qualitativas.
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor
econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção
da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou
previsível.
§ 2º A observância do Princípio da
CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do
Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais
e à formação do resultado, e de constituir dado importante
para aferir a capacidade futura de geração de resultado.”
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1.3.3 O Princípio da Oportunidade
Pelo princípio da oportunidade, os acontecimentos relevantes para o patrimônio
devem ser registrados por completo e no momento em que ocorrem.
O princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à integridade e à
tempestividade dos registros das mutações patrimoniais:
- a integridade diz respeito à necessidade das variações serem
reconhecidas em sua totalidade, sem qualquer falta ou excesso;
- a tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no
momento de sua ocorrência, mesmo na hipótese de alguma incerteza.
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância
do Princípio da OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos
quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos
físicos e monetários;
III – o registro deve ensejar o reconhecimento
universal das variações ocorridas no patrimônio da
ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base
necessária para gerar informações úteis ao processo
decisório da gestão.
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14. Contabilidade Geral FACENSA
1.3.4 O Princípio do Registro pelo Valor Original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do
patrimônio sejam registrados pelos valores originais das transações havidas com o
mundo exterior à entidade, expressos a valor presente, na moeda do país.
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO
PELO VALOR ORIGINAL resulta:
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve
ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se
como tais os resultantes do consenso com os agentes
externos ou da imposição destes;
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito
ou obrigação não poderão ter alterados seus valores
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a
outros elementos patrimoniais;
III – o valor original será mantido enquanto o
componente permanecer como parte do patrimônio,
inclusive quando da saída deste;
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
são compatíveis entre si e complementares, dado que o
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15. Contabilidade Geral FACENSA
primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de
entrada;
V – o uso da moeda do País na tradução do valor
dos componentes patrimoniais constitui imperativo de
homogeneização quantitativa dos mesmos.
A aplicação do princípio do Registro pelo valor original, a informação gerada
pela contabilidade permite determinar a relação do custo dos elementos adquiridos
pela empresa e o lucro gerado na sua utilização
1.3.5 O Princípio da Atualização Monetária
O Princípio da Atualização Monetária determina que, para que a avaliação dos
componentes patrimoniais possa manter seus valores originais, é necessário atualizar
sua expressão formal em moeda nacional, mediante aplicação de indexadores que
traduzam a variação do poder aquisitivo da moeda, em dado período.
A partir do ano de 1996, foi proibida – pela Lei 9.249/95 – a utilização de
correção monetária para fins societários ou fiscais.
Art. 4º Fica revogada a correção monetária das
demonstrações financeiras de que tratam a Lei nº 7.799, de
10 de julho de 1989, e o art. 1º da Lei nº 8.200, de 28 de junho
de 1991.
Parágrafo único. Fica vedada a utilização de
qualquer sistema de correção monetária de demonstrações
financeiras, inclusive para fins societários.
1.3.6 O Princípio da Competência
O Princípio da Competência é de máxima importância. Esse princípio determina
que as receitas e despesas devam ser incluídas na apuração do resultado do período em
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16. Contabilidade Geral FACENSA
que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente do recebimento ou do pagamento.
É de fundamental importância compreender a diferença entre o regime de
competência e o regime de caixa.
No regime de caixa, as receitas e despesas são reconhecidas no momento de seu
recebimento ou pagamento. Este regime é intuitivo frequentemente utilizado por nós
no controle pessoal dos gastos.
No regime de competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas na
apuração do resultado do período a que pertencerem e, de forma simultânea, quando se
co-relacionarm. As despesas devem ser reconhecidas independentemente de seu
pagamento e as receitas somente quando de sua realização. Em outras palavras, no
regime de competência:
- uma despesa com o salário de um empregado é considerada a partir
do momento que este empregado efetua o serviço,
independentemente do pagamento desta despesa somente ocorrer no
mês seguinte;
- uma receita de venda de mercadorias é considerada a partir do
momento em que ocorre a venda independentemente do pagamento
acontecer em várias prestações.
OBS: existe, ainda, o regime misto de escrituração. Este regime somente é
utilizado na Contabilidade Pública e nele as RECEITAS são registradas pelo regime
de Caixa enquanto as DESPESAS são registradas pelo regime de Competência.
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas
na apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
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17. Contabilidade Geral FACENSA
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina
quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em
aumento ou diminuição no patrimônio líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações
patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da
OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do
respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes
efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme
de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela
fruição de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual
ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos
independentemente da intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e
subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor
ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;
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18. Contabilidade Geral FACENSA
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico
de um ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo.
1.3.7 O Princípio da Prudência
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, sempre que se
apresentem duas alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações do
patrimônio.
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a
adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e
do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
1.3.8 As convenções
Os princípios devem ser rigorosamente seguidos pelos contadores e são
complementados por convenções, que definem mais precisamente os métodos e
critérios contábeis. As convenções são restrições aos princípios, que determinam a
delimitação de seus conceitos. Tais convenções são, entretanto, apenas indicativas e
terão menor peso que os princípios.
1.3.8.1 Consistência (Uniformidade)
Adotado determinado procedimento contábil, entre outros possíveis, este não
deverá ser mudado freqüentemente, sob pena de prejudicar a comparação de séries
históricas de registros.
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1.3.8.2 Materialidade (Relevância)
Visando evitar desperdício de tempo e dinheiro na aplicação do sistema contábil,
os fatos devem ser registrados quando relevantes em relação ao patrimônio e na
ocasião oportuna.
1.3.8.3 Objetividade
Entre um critério subjetivo de valor, mesmo que confiável, e outro objetivo, a
contabilidade deverá adotar sempre o mais objetivo. Como, por exemplo, no caso de
para uma mesma operação haver a opinião de um perito e um documento, vale para
registro o valor do documento.
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20. Contabilidade Geral FACENSA
2 PATRIMÔNIO
2.1 Conceito de Patrimônio e de sua composição
O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma “azienda”. A
“azienda” pode ser considerada como um ente (com personalidade ou não) possuidor
de um patrimônio. A contabilidade, portanto, tanto pode ser utilizada para o controle
do patrimônio de uma empresa, quanto para o controle do patrimônio de uma pessoa
física ou ainda de uma família ou de um negócio informal.
O conjunto de bens e direitos de um Patrimônio denomina-se Ativo.
De acordo com a lei, o Ativo se divide em :
a) circulante
b) realizável a longo prazo
c) permanente (investimentos, imobilizado e diferido)
As obrigações de um Patrimônio para com terceiros denomina-se Passivo.
De acordo com a lei, o passivo real está dividido em:
a) passivo circulante
b) exigível a longo prazo
Obs.: há ainda um terceiro grupo - resultado de exercícios futuros – com
características simultâneas de passivo exigível e de patrimônio líquido.
A diferença entre o Ativo e o Passivo é denominada Patrimônio Líquido (ou
Situação Líquida). O Patrimônio líquido também pode ser considerado como uma
obrigação do Patrimônio para com o seu possuidor.
O Patrimônio Líquido é representado basicamente pelo Capital Social, reservas e
Lucros Acumulados.
A lei 6.404/76 (Lei das S/A) dispõe o seguinte.
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21. Contabilidade Geral FACENSA
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise
da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas
registrados, nos seguintes grupos:
a) ativo circulante;
b) ativo realizável a longo prazo;
c) ativo permanente, dividido em investimentos,
ativo imobilizado e ativo diferido.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas
nos seguintes grupos:
a) passivo circulante;
b) passivo exigível a longo prazo;
c) resultados de exercícios futuros;
d) patrimônio líquido, dividido em capital
social, reservas de capital, reservas de reavaliação,
reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
§ 3º Os saldos devedores e credores que a
companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
2.2 Equação Fundamental do Patrimônio, Estados Patrimoniais e
Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais.
A equação do Patrimônio é A - P = PL, onde:
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22. Contabilidade Geral FACENSA
A = Ativo;
P = Passivo;
PL = Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).
Situação Líquida superavitária - ocorre quando o PL > 0, ou seja, A > P.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Situação Líquida Nula - ocorre quando o PL = 0, ou seja, A = P.
Ativo Passivo
Situação Líquida deficitária - ocorre quando o PL < 0, ou seja, A < P.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido negativo
Exemplos de equações do Patrimônio:
Ativo passivo Obs.:
Bens e direitos = Obrigações + P.L. A=P+PL Situação líquida positiva - A > P
Bens e direitos = Obrigações A=P Situação líquida nula (compensada) - PL = 0
Bens e direitos < Obrigações A=P-PL Passivo a descoberto-Situação negativa (deficitária) - A < P
Bens e direitos = P.L. A=PL A empresa não tem passivo exigível - P = 0
Bens e direitos = 0 < Obrigações A=0 Passivo a descoberto-A empresa não tem bens nem direitos
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23. Contabilidade Geral FACENSA
2.3 Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais
Fatos contábeis são ocorrências que têm por efeito a alteração do Patrimônio,
seja ela qualitativa ou quantitativa.
Diferentemente do Fatos contábeis, Atos são acontecimentos, na empresa, que
NÃO ALTERAM o patrimônio como, por exemplo, garantias, custódias e cobranças
de títulos de terceiros.
Os Fatos Contábeis, que são acontecimentos que ALTERAM o patrimônio da
empresa, se classificam em:
• permutativos (qualitativos) ⇒ são Fatos que somente alteram bens,
direitos e obrigações como, por exemplo, a compra de mercadorias;
• modificativos (quantitativos) ⇒ são Fatos que alteram o Patrimônio
Líquido:
• aumentativos (positivos) ⇒ são Fatos modificativos que
aumentam o Patrimônio Líquido como, por exemplo, uma receita de
aluguel;
• diminutivos (negativos) ⇒ são Fatos Modificativos que
diminuem o Patrimônio Líquido como, por exemplo, as despesas;
• mistos ⇒ Fatos que, ao mesmo tempo, são
permutativos e modificativos, ou seja, há troca de elemento patrimonial com
lucro ou prejuízo:
* aumentativos (positivos) ⇒ venda com lucro, por exemplo;
* diminutivos (negativos) ⇒ venda com prejuízo, por exemplo.
Exemplos:
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24. Contabilidade Geral FACENSA
1. compra de móveis a prazo FP
2. venda pelo custo FP
3. venda com lucro Fmi+
4. despesa de aluguel Fmo-
5. receita de comissão Fmo+
6. pagamento de duplicata com abatimento Fmi+
7. recebimento de duplicata com juros Fmi+
8. recebimento de duplicata com abatimento Fmi-
9. depósito em banco FP
10. saque de cheque FP
11. aval dado a 3o. ATO
12. hipoteca dada ou recebida ATO
2.4 Contas - Plano de Contas
2.4.1 Conceito
Contas são elementos do patrimônio que merecem registro e controle
individualizado.
Cada grupo de elementos semelhantes, integrantes do patrimônio, forma uma
“conta” e nela serão registrados os aumentos e reduções de valores.
Pela diversidade de componentes do patrimônio, são utilizadas pela
contabilidade inúmeras contas. Por isso, cada entidade deverá planejar as contas que
lhe serão necessárias, considerando seu ramo de atividade, suas necessidades internas
e transações específicas.
À relação lógica e ordenada dos títulos das contas que serão utilizadas dá-se o
nome de “Plano de Contas”.
Um plano de contas, portanto, é um conjunto de contas que representa o
patrimônio por completo. Um plano de contas deve conter contas patrimoniais e
contas de resultado, cada uma delas com uma respectiva explicação de sua função, do
seu funcionamento, de sua abrangência e relacionada e um número de codificação.
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25. Contabilidade Geral FACENSA
Cada conta deve possuir o registro de seus aumentos e diminuições, bem como o
seu saldo no momento. Desta maneira é possível analisar-se a situação atual e o
comportamento do patrimônio no que diz respeito àquele elemento patrimonial.
2.4.2 Contas Patrimoniais
Contas Patrimoniais são aquelas que ficam constantemente representadas no
patrimônio. Um exemplo de conta Patrimonial é a conta caixa. Caixa é um elemento
do patrimônio que registra o numerário disponível.
As contas patrimoniais podem ser de Ativo, Passivo e de Patrimônio Líquido.
No Ativo, encontram-se, por exemplo, as contas: caixa, mercadorias, veículos,
imóveis, aplicações financeiras, etc.
No Passivo, são encontradas as contas: fornecedores, contas a pagar,
empréstimos bancários, salários a pagar, etc.
No Patrimônio Líquido, entre outras, estão as contas Capital e Lucros
Acumulados.
Exemplos:
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26. Contabilidade Geral FACENSA
descrição da conta classificação
1 Caixa: A
2 Veículos: A
3 Devedores por Duplicatas: A
4 Imóveis: A
5 Bancos – movimento: A
6 Despesas de Instalação: A
7 Matérias-primas: A
8 Estoques: A
9 Ações: A
10 Duplicatas a Pagar: P
11 Credores por duplicatas: P
12 Empréstimos em bancos: P
13 Rendas antecipadas: P
14 Capital: PL
15 Reservas: PL
16 Lucros Acumulados: PL
17 Produtos: A
18 Suprimentos (empréstimos) a coligadas: A
19 Suprimentos de coligadas P
20 Marcas e Patentes: A
21 Mercado aberto: A
22 Acionistas, conta Dividendos: P
23 Acionistas, conta Capital: PL
24 Bancos-conta empréstimos: P
25 Selos: A
26 ICMS a Recuperar: A
27 ICMS a Recolher: P
Ao final de cada período de apuração (exercício), o conjunto de contas
patrimoniais deve ser apresentado para identificar a situação do patrimônio da
entidade naquele instante. Esta apresentação consiste em uma demonstração
financeira denominada “Balanço Patrimonial”.
2.4.3 Contas de Resultado
Contas de Resultado são aquelas que não representam elementos constantes do
patrimônio, mas somente suas alterações que, em última análise, se incorporarão ao
Patrimônio Líquido.
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27. Contabilidade Geral FACENSA
As Contas de resultado são as receitas e despesas que, respectivamente,
aumentam e diminuem o Patrimônio Líquido. Estas contas são transitórias pois ao
final de um dado período o seu saldo é incorporado ao Patrimônio Líquido.
Exemplos:
descrição da conta classificação
1 Receita Bruta de Vendas: R
2 Impostos sobre vendas D
3 Receitas financeiras R
4 Juros Ativos R
5 Variações Monetárias passivas D
Ao final de cada período de apuração (exercício), devem ser relacionadas as
contas de resultado e apresentado seu comportamento durante o referido período. Esta
apresentação consiste em uma demonstração financeira denominada “Demonstração
do Resultado do Exercício”.
2.4.4 Contas unilaterais x bilaterais
As contas unilaterais são aquelas que sofrem variações apenas num sentido
(somente aceitam débitos ou somente aceitam créditos). Exemplo: as contas de
receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas.
Contas bilaterais são as que sofrem variações nos dois sentidos (a conta aceita
tanto débito quanto crédito). Exemplo: a conta caixa aceita débito pela entrada de
dinheiro e crédito pela saída de dinheiro.
2.4.5 Contas de compensação
As contas de compensação servem para registrar “atos patrimoniais”, que não
alteram o patrimônio, servem apenas como lembretes para o administrador do
patrimônio de que algo poderá acontecer no futuro influenciando o patrimônio.
Exemplos: registro de avais, endossos e fianças dados em nome da empresa.
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28. Contabilidade Geral FACENSA
2.4.6 Teoria das contas
Existem três teorias que tentam explicar a razão e origem da utilização das
contas para o controle do patrimônio:
- Teoria Personalística;
- Teoria Materialística;
- Teoria Patrimonialística.
Todas as teorias apresentam vantagens e desvantagens. Nenhuma delas é
completa, mas, sem dúvida, em seu conjunto, muito contribuem para a compreensão
de como se opera o processo contábil.
2.4.6.1 Teoria Personalística
Esta teoria vincula a conta à pessoa responsável pelos procedimentos
administrativos a ela relacionados. Classificando-as em:
- contas de agentes consignatários – que correspondem a todos os bens das
empresas, sendo estes agentes seus funcionários e gerentes;
- contas de agentes correspondentes – que correspondem aos direitos e
obrigações
- os direitos são identificados por agentes correspondentes de ATIVO - a
débito, porque devem à empresa;
- as obrigações são identificados por agentes correspondentes de
PASSIVO - a crédito, porque são credores da empresa.
- contas dos proprietários.
2.4.6.2 Teoria Materialística
Esta teoria divide as contas em integrais e diferenciais.
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29. Contabilidade Geral FACENSA
As contas integrais, também chamadas de elementares são as que representam
valores patrimoniais, sejam ativos ou passivos, excluídos apenas os que compõem a
situação líquida.
As contas diferenciais, também chamadas derivadas, são as que evidenciam a
situação líquida do patrimônio e suas variações (receitas, despesas e custos).
2.4.6.3 Teoria Patrimonialista
A escola patrimonialista distingue os elementos que compõem o patrimônio
(estática patrimonial) dos elementos que o modificam (dinâmica patrimonial).
Com base nesta teoria surgiu uma importante classificação das contas , pela
qual estas são divididas em patrimoniais (representativas do aspecto estático) e de
resultado (as quais demonstram a dinâmica patrimonial).
Esta teoria reflete o pensamento contábil mais moderno quanto a classificação
das contas.
2.5 Lançamentos
2.5.1 Conceito
O lançamento é o registro dos fatos contábeis no plano de contas da empresa.
O registro dos fatos contábeis denomina-se escrituração. A escrituração é feita
em Livros.
2.5.2 Livros de escrituração
A escrituração - registro dos fatos contábeis em seu conjunto é feita nos
seguintes livros:
* diário ⇒ um livro que contém o registro de cada lançamento em ordem
cronológica (nos permite compreender a seqüência de acontecimentos ocorridos na
empresa) ;
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30. Contabilidade Geral FACENSA
* razão ⇒ um livro que contém o registro destes mesmos lançamentos, porém
ordenados por conta (nos permite analisar o comportamento de um dado elemento
patrimonial no tempo).
2.5.2.1 Diário
O Diário é um livro obrigatório para fins de escrituração contábil. A
escrituração nele mantida com observância das disposições legais faz prova, a favor da
empresa, dos fatos nele registrados e comprovados por documentos hábeis.
Para merecer fé, o Diário deve atender a determinadas exigências e preencher
certas formalidades:
- extrínsecas relacionadas com sua apresentação exterior;
- intrínsecas relacionadas com a escrituração.
2.5.2.1.1 Formalidades extrínsecas do diário
São formalidades extrínsecas do Diário:
a) ser encadernado;
b) ter suas folhas numeradas tipograficamente;
c) ser registrado no Registro do Comércio ou Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas;
d) conter termos de abertura e de encerramento devidamente preenchidos e
autenticados.
A inobservância das formalidades extrínsecas invalida todo o Diário que passa a
fazer prova apenas contra o contribuinte.
2.5.2.1.2 Formalidades intrínsecas
Constituem formalidades intrínsecas:
a) a utilização do idioma nacional e da moeda corrente do país;
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31. Contabilidade Geral FACENSA
b) o uso da linguagem mercantil;
c) a individualização e clareza dos lançamentos nele feitos;
d) o registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano;
e) a inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas, ou transportes para as margens.
A inobservância das formalidades intrínsecas invalida apenas o registro ou
registros onde ocorrerem.
2.5.2.2 Razão
O livro razão apresenta os mesmos lançamentos registrados no livro Diário em
uma ordem diferente:
- por conta contábil;
- dentro de cada conta, por ordem cronológica.
A utilização do livro Razão tem por fim permitir, a qualquer hora, conhecer a
composição qualitativa e quantitativa do patrimônio:
- quais elementos compõem o patrimônio;
- qual a expressão monetária de valor que cada um desses elementos
apresenta naquele momento.
O razão tornou-se obrigatório para fins fiscais com o advento da lei 8.218/91 -
para as empresas que tributarem seus resultados pela sistemática do Lucro Real.
2.5.2.3 Registro de Inventário
O Registro de inventário é livro de natureza fiscal, exigido pela legislação do
imposto de renda.
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32. Contabilidade Geral FACENSA
Nesse livro, devem ser relacionados os estoques de matéria prima, produtos em
fabricação, produtos acabados e mercadorias existentes na data de emcerramento de
cada exercício social ou período-base de apuração do imposto de renda.
2.5.2.4 Outros
Há outros livros que auxiliam a Escrituração ou facilitam o processo de coleta de
informações:
- livro caixa;
- livro contas correntes;
- etc.
Há, ainda, outros livros exigidos pela legislação tributária:
- Registro de entradas;
- Registro de saídas;
- Registro de apuração do ICMS;
- Registro de apuração do IPI;
- Livro de Apuração do Lucro Real;
- Etc.
2.5.3 Elementos básicos dos lançamentos
Como os fatos contábeis podem se referir a permuta de valores entre elementos
patrimoniais, aumento/diminuição do Patrimônio Líquido, ou ambos, cada lançamento
deverá apresentar, no mínimo duas contas envolvidas. Uma destas contas será aquela
que recebe aplicações e a outra será aquela que deu origem a estas aplicações.
Os itens básicos de cada lançamento são:
* data;
* conta devedora (débito);
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33. Contabilidade Geral FACENSA
* conta credora (crédito);
* valor;
* histórico.
2.5.4 Débito / Crédito
A Contabilidade considera que cada aumento ou diminuição de qualquer
elemento do patrimônio possui uma causa em um outro elemento do patrimônio, este é
o cerne do sistema de débitos e créditos dos lançamentos contábeis.
O débito representa uma aplicação do patrimônio. Quando, por exemplo, se
adquire um veículo para pagamento a prazo, há uma aplicação na conta veículos.
O crédito representa a origem de alguma aplicação do patrimônio. Quando se
adquire um veículo a prazo, a origem da aplicação feita na conta veículos é a
obrigação de se pagar um financiamento (conta financiamentos a pagar).
O valor total dos débitos portanto deve sempre ser igual ao valor do créditos.
As contas que representam o Ativo são devedoras (debitadas quando aumentam
de valor, creditadas quando diminuem).
As contas do passivo são credoras (creditadas quando aumentam, debitadas
quando diminuem).
2.5.4.1 Fórmulas de lançamentos
Quanto ao número de contas devedoras e credoras em um lançamento, há 4
fórmulas:
* 1a. fórmula ⇒ uma conta devedora e uma conta credora;
* 2a. fórmula ⇒ uma conta devedora e várias contas credoras;
* 3a. fórmula ⇒ várias contas devedoras e uma conta credora;
* 4a. fórmula ⇒ várias contas devedoras e várias contas credoras.
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34. Contabilidade Geral FACENSA
2.6 Exemplos de fatos e lançamentos contábeis
2.6.1 Compra de mercadorias a prazo
2.6.1.1 Descrição do fato contábil
Compra de mercadorias a prazo por R$ 8.000,00.
2.6.1.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 50.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.1.3 Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D= estoque - mercadorias (compras)
C= a duplicatas a pagar 8.000
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35. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.1.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 50.000,00 1 8.000,00
duplicatas a pagar
débitos créditos
8.000,00 1
2.6.1.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 50.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
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36. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.2 Compra de mercadorias à vista
2.6.2.1 Descrição do fato contábil
Compra de mercadorias à vista por R$ 8.000,00.
2.6.2.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 50.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.2.3 Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D= estoque - mercadorias (compras)
C= a caixa 8.000
2.6.2.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 50.000,00 8.000,00 1 1 8.000,00
sf 42.000,00
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37. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.2.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 42.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.3 Pagamento de duplicata em dinheiro
2.6.3.1 Descrição do fato contábil
Pagamento de duplicata no valor de R$ 8.000,00.
2.6.3.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 50.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
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38. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.3.3 Lançamentos no livro diário
D= duplicatas a pagar
C= a caixa 8.000
2.6.3.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 50.000,00 8.000,00 1 si 8.000,00
sf 42.000,00
duplicatas a pagar
débitos créditos
1 8.000,00 8.000,00 si
2.6.3.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 42.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
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39. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.4 Pagamento de duplicata com cheque
2.6.4.1 Descrição do fato contábil
Pagamento de duplicata com cheque no valor de R$ 8.000,00.
2.6.4.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.4.3 Lançamentos no livro diário
D= duplicatas a pagar
C= a bancos 8.000
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40. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.4.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 8.000,00
duplicatas a pagar bancos
débitos créditos débitos créditos
1 8.000,00 8.000,00 si si 25.000,00 8.000,00 1
sf 17.000,00
2.6.4.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00
bancos 17.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
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41. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.5 venda de mercadorias a prazo
2.6.5.1 Descrição do fato contábil
Venda, a prazo (com emissão de duplicata), de metade das mercadorias
(anteriormente adquiridas – no total – por 8.000,00), pelo preço de R$ 6.000,00.
Obs.: para fins didáticos, com o objetivo de simplificação do registro
contábil, serão desconsiderados os tributos incidentes sobre a venda.
2.6.5.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.5.3 Lançamentos no livro diário
D= duplicatas a receber
C= a receita bruta de vendas (RBV) 6.000
D= Custo das mercadorias vendidas (CMV)
C= a Estoques 4.000
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42. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.5.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 8.000,00 4.000,00 1.b
sf 4.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 1.a 6.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV)
débitos créditos débitos créditos
6.000,00 1.a 1.b 4.000,00
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43. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.5.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
2.6.6 venda de mercadorias à vista
2.6.6.1 Descrição do fato contábil
Venda, à vista, de metade das mercadorias (anteriormente adquiridas – no
total – por 8.000,00), pelo preço de R$ 6.000,00.
Obs.: para fins didáticos, com o objetivo de simplificação do registro
contábil, serão desconsiderados os tributos incidentes sobre a venda.
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44. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.6.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
estoque 8.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
2.6.6.3 Lançamentos no livro diário
D= caixa
C= a receita bruta de vendas (RBV) 6.000
D= Custo das mercadorias vendidas (CMV)
C= a Estoques 4.000
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45. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.6.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 8.000,00 4.000,00 1.b
1.a 6.000,00 sf 4.000,00
sf 31.000,00
duplicatas a pagar bancos
débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV)
débitos créditos débitos créditos
6.000,00 1.a 1.b 4.000,00
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46. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.6.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 31.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
2.6.7 Recebimento de duplicata
2.6.7.1 Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro e no guichê da
empresa.
2.6.7.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
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47. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.7.3 Lançamentos no livro diário
D= caixa
C= a duplicatas a receber 6.000
2.6.7.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
1 6.000,00
sf 31.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 si 6.000,00 6.000,00 1
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV)
débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00
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48. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.7.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 31.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber -
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
2.6.8 Recebimento de duplicata em cheque
2.6.8.1 Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em cheque.
2.6.8.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
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49. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.8.3 Lançamentos no livro diário
D= bancos
C= a duplicatas a receber 6.000
2.6.8.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 si 6.000,00 6.000,00 1
1 6.000,00
sf 31.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV)
débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00
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50. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.8.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 31.000,00
duplicatas a receber -
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
2.6.9 Recebimento de duplicata em dinheiro e com abatimento
2.6.9.1 Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro, no guichê da
empresa, recebendo apenas R$ 5.000,00 e concedendo um desconto de R$ 1.000,00.
2.6.9.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
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51. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.9.3 Lançamentos no livro diário
D= diversos
C= a duplicatas a receber 6.000
D= caixa 5.000
D= abatimentos concedidos 1.000
2.6.9.4 Lançamentos no livro razão
capital bancos estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar caixa duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 si 6.000,00 6.000,00 1
1 5.000,00
sf 30.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV) abatimentos concedidos
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00 1 1.000,00
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52. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.9.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 30.000,00
duplicatas a receber -
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
abatimentos 1.000,00
2.6.10 Recebimento de duplicata em dinheiro e com encargos
2.6.10.1 Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro, no guichê da
empresa, recebendo os R$ 6.000,00 além de encargos no valor de R$ 1.000,00.
2.6.10.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
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53. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.10.3 Lançamentos no livro diário
D= caixa 7.000
C= a diversos
C= a duplicatas a receber 6.000
C= a encargos 1.000
2.6.10.4 Lançamentos no livro razão
capital bancos estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar caixa duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 si 6.000,00 6.000,00 1
1 7.000,00
sf 32.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV) encargos
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00 1.000,00 1
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54. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.10.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 32.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber -
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
encargos 1.000,00
2.6.11 Desconto de duplicatas
2.6.11.1 Descrição do fato contábil
Operação de desconto de duplicatas – junto ao banco – nos seguintes termos:
- duplicata de R$ 6.000,00;
- com despesas bancárias no valor de R$ 1.000,00.
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55. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.11.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 25.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
estoque 4.000,00
Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
2.6.11.3 Lançamentos no livro diário
D= diversos
C= a duplicatas descontadas 6.000
D= bancos 5.000
D= despesas bancárias 1.000
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56. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.11.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 25.000,00 si 6.000,00
1 5.000,00
sf 30.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV) despesas bancárias
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00 1 1.000,00
duplicatas descontadas
débitos créditos
6.000,00 1
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57. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.11.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 30.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
(-) dupl. Descontadas (6.000,00)
estoque 4.000,00 Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
despesas bancárias 1.000,00
2.6.12 liquidação normal da duplicata (chegada do aviso do banco)
2.6.12.1 Descrição do fato contábil
Tendo o cliente liquidado sua duplicata diretamente no banco, este envia
comunicação à empresa sobre esta liquidação e, com os valores entregues pelo cliente,
quita a operação de desconto de duplicatas.
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58. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.12.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 30.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
(-) dupl. Descontadas (6.000,00)
estoque 4.000,00 Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
despesas bancárias 1.000,00
2.6.12.3 Lançamentos no livro diário
D= duplicatas descontadas
C= a duplicatas a receber 6.000
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59. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.12.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 30.000,00 si 6.000,00 6.000,00 1
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV) despesas bancárias
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00 si 1.000,00
duplicatas descontadas
débitos créditos
1 6.000,00 6.000,00 si
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60. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.12.5 Situação patrimonial final
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 30.000,00
duplicatas a receber -
(-) dupl. Descontadas -
estoque 4.000,00 Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
despesas bancárias 1.000,00
2.6.13 Não pagamento de duplicata descontada
2.6.13.1 Descrição do fato contábil
Não tendo o cliente liquidado sua duplicata diretamente no banco, este envia
comunicação à empresa de que esta deve arcar com o custo do desconto de duplicatas,
anteriormente efetuado. Assim, o Banco cobra o valor da empresa, que segue tentando
cobrar sua duplicata do cliente.
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61. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.13.2 Situação patrimonial inicial
Ativo Passivo
caixa 25.000,00 duplicatas a pagar 8.000,00
bancos 30.000,00
duplicatas a receber 6.000,00
(-) dupl. Descontadas (6.000,00)
estoque 4.000,00 Patrimônio Líquido
capital 50.000,00
Despesas Receitas
CMV 4.000,00 RBV 6.000,00
despesas bancárias 1.000,00
2.6.13.3 Lançamentos no livro diário
D= duplicatas descontadas
C= a bancos 6.000
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62. Contabilidade Geral FACENSA
2.6.13.4 Lançamentos no livro razão
capital caixa estoque
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
50.000,00 si si 25.000,00 si 4.000,00
duplicatas a pagar bancos duplicatas a receber
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
8.000,00 si si 30.000,00 6.000,00 1 si 6.000,00
sf 24.000,00
Receita bruta de vendas (RBV) Custo da mercadoria vendida (CMV) despesas bancárias
débitos créditos débitos créditos débitos créditos
6.000,00 si si 4.000,00 si 1.000,00
duplicatas descontadas
débitos créditos
1 6.000,00 6.000,00 si
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