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Pitágoras

Matemático
• Segundo a tradição, a pitonisa do oráculo de
  Delfos avisou aos pais de Pitágoras - o rico
  joalheiro Mnésarcnos e sua mulher Parthénis -
  que o filho esperado por Parthénis seria um
  homem de extrema beleza, inteligência e
  bondade, e iria contribuir de forma única para
  o benefício de todos os homens. Quando a
  criança nasceu na ilha de Samos, na
  Grécia, numa data que se situa entre 570 e
  590 a.C., seus progenitores o chamaram de
  Pitágoras, em homenagem à pitonisa que
  havia previsto para ele uma vida incomum.
• . Dentre as lendas que cercam a vida de
  Pitágoras, algumas asseguram que ele na verdade
  não era um homem comum, mas sim um deus
  que tomara a forma de ser humano para melhor
  guiar a humanidade e ensinar a filosofia, ciência e
  a arte.
• Nessa época, na ilha de Samos haviam, no
  aspecto religioso, duas correntes opostas: de um
  lado, os ritos dionisíacos, degenerados pela perda
  do seu sentido sagrado e, do outro lado, os ritos
  órficos, caracterizados por uma ascese rigorosa.
  Pitágoras seguiu estes últimos, que influenciaram
  a sua conduta por toda vida.
• Com 18 anos de idade, Pitágoras já conhecia e
  dominava muitos conhecimentos matemáticos
  e filosóficos da época. Através de estudos
  astronômicos, afirmava que o planeta
  Terra era esférico e suspenso no Espaço (idéia
  pouco conhecida na época). Encontrou uma
  certa ordem no universo, observando que as
  estrelas, assim como a Terra, girava ao redor
  do Sol.
• Mal acabado de sair da adolescência,
  Pitágoras acreditou que todos os
  conhecimentos que os gregos possuíam nada
  mais eram do que fragmentos da grande
  sabedoria que se encontrava nos templos
  egípcios e na Mesopotâmia. A fim de saber
  mais acerca dos mistérios da Vida e do
  Universo, era necessário que se deslocasse
  para o Oriente, aos lugares em que esses
  conhecimentos ainda permaneciam vivos.
• Assim, escolhendo Esparta como ponto de
  partida, o filósofo de Samos inicia um grande
  périplo através das maiores cidades e templos
  do mundo antigo que se prolongou por 40
  anos, antes de voltar de novo à sua terra
  natal.
• Esta viagem levou-o a encontrar-se com as
  maiores personalidades do seu tempo. Em
  Mileto, encontrou Tales e Anaximandro.
  Porém, foi no Egito, onde permaneceu cerca
  de 25 anos, que Pitágoras extraiu os
  conhecimentos que fundamentariam seu
  ensinamento futuro.
• Em Saís, encontrou o faraó Amasis que,
  reconhecendo as suas enormes capacidades,
  permitiu a sua admissão nos templos iniciáticos
  do Egito. Existem ainda indícios de que teria sido
  discípulo de Zoroastro, e é certo que estudou
  com os maiores mestres daquela época.
• Uma afirmativa aceita pelos historiadores é que
  Pitágoras foi o primeiro homem a se intitular um
  filósofo, ou seja, amigo da sabedoria. Antes dele,
  os pensadores chamavam a si mesmos sages,
  significando algo como aqueles que sabem.
  Pitágoras, bem mais modesto, pretendia ser um
  homem que apenas procurava descobrir
• Quarenta anos após tê-la deixado, Pitágoras
  retornou a Samos, sua ilha natal. A esperança
  de aí fundar uma escola iniciática fracassou
  em virtude da recepção hostil do tirano
  Policrato. Partiu então para Crotona, cidade
  helênica da Itália meridional, onde fundou a
  sua escola iniciática, conhecida pelo nome de
  "Fraternidade Pitagórica". Ali reuniu um grupo
  de discípulos, a quem iniciou nos
  conhecimentos de matemática, música e
  astronomia, consideradas como a base de
  todas as artes e ciências.
• Para entrar na "Fraternidade Pitagórica", o
  candidato era submetido a rudes provas, tanto
  físicas como de ordem psicológica. Se essas
  provas eram ultrapassadas, então o neófito
  era aceito como "acusmático", o que significa
  que deveria fazer o voto de silêncio durante os
  cinco primeiros anos. Os ensinamentos nunca
  eram escritos, mas transmitidos de "boca a
  ouvido" àqueles que estavam prontos a
  assimilá-los.
• Pitágoras, na sua linguagem dos
  números, designava Deus pelo número 1 e a
  Matéria pelo 2; exprimia o Universo pelo número
  12 resultante da multiplicação de 3 por 4; quer
  dizer, Pitágoras concebia o universo composto por
  três mundos particulares que, encaixando-se uns
  nos outros através dos quatro princípios ou
  elementos da Natureza, desenvolviam-se em 12
  esferas concêntricas. Ao Ser inefável que inundava
  estas 12 esferas sem ser captado por nenhuma
  delas, o filósofo de Samos chamava-lhe Deus
• Pitágoras conhecera e aprendera no Egito a aplicação
  do número 12 ao Universo; também era assim para os
  Caldeus e outros povos. A instituição do Zodíaco com
  seus 12 signos é a demonstração cabal deste
  conhecimento.
• Pitágoras aprendera no Egito que os astros são corpos
  vivos que se movimentam no espaço, obedecendo a
  uma lei de harmonia universal, à qual estão
  inexoravelmente sujeitos no tempo, como todas as
  coisas manifestadas. Nas suas formas esféricas, o
  mestre de Samos via a figura geométrica mais perfeita.
• O filósofo considerava o Homem um Universo em
  escala reduzida e, no Universo, ele via um grande
  Homem. Ele chamou-lhes respectivamente
  Microcosmos e Macrocosmos.
• Assim, o Homem como uma célula contida no
  Todo, seria um reflexo do ternário universal
  constituído de Corpo, Alma e Espírito.
• Como costuma acontecer com os grandes
  libertários, Pitágoras logo arranjou inimigos
  políticos e pessoais. Entre um dos muitos que
  tentaram entrar para sua escola e não foram
  admitidos, estava um homem que passou então a
  perseguí-lo. Através de falsos testemunhos, colocou
  o povo da cidade contra Pitágoras, até que um dia a
  escola foi destituída e o mestre assassinado. Não
  existe, no entanto, certeza sobre essa morte: alguns
  dizem que ele conseguiu fugir para Metaponto,
  onde viveu o resto da sua vida.
• Pitágoras não deixou nenhum registro escrito, e sendo
  sua sociedade secreta, certamente existe muito sobre
  ele que foi perdido após a morte de seus discípulos, e a
  dissolução dos pitagóricos. Difícil hoje dizer o que ao
  certo foi obra de pitágoras e o que foi obra de seus
  discípulos, uma vez que a figura de pitágoras e a figura
  da filosofia pitagórica são indivisíveis hoje, de modo a
  tornar árduo o trabalho de separar o homem de seus
  ensinamentos, para aqueles que a isto se dedicam. O
  teorema mais famoso de Pitágoras, porém,
  relacionando os lados de um triângulo equilátero, é
  indiscutívelmente uma descoberta do filósofo, bem
  como grandes avanços geométricos, musicais e
  filosóficos mais tarde aprofundados por seus
  sucessores: Sócrates, Platão, Tales e outros.
Pitágoras e a Música:
• Conforme conta a lenda, Pitágoras foi guiado pelos deuses na
  descoberta das razões matemáticas por trás dos sons depois de
  observar o comprimento dos martelos dos ferreiros. A ele é
  creditado a descoberta do intervalo de uma oitava como sendo
  referente a uma relação de frequência de 2:1, uma quinta em 3:2,
  uma quarta em 4:3, e um tom em 9:8. Os seguidores de Pitágoras
  aplicaram estas razões ao comprimento de fios de corda em um
  instrumento chamado cânon, ou monocorda, e, portanto, foram
  capazes de determinar matematicamente a entonação de todo um
  sistema musical. Os pitagóricos viam estas razões como
  governando todo o Cosmos assim como o som, e Platão descreve
  em sua obra, Timeu, a alma do mundo como estando estruturada
  de acordo com estas mesmas razões. Para os pitagóricos, assim
  como para platão, a música se tornou uma natural extensão da
  matemática, bem como uma arte. A matemática e as descobertas
  musicais de Pitágoras foram, desta forma, uma crucial influência
  no desenvolvimento da música através da idade média na Europa.
Nenhum músico teve tanta importância no
   período clássico quanto Pitágoras.
• Talvez a obra mais famosa de Pitágoras seja seu
  teorema, relacionando os lados de um triângulo equilátero. A
  seguir, a demonstração de como este filósofo e matemático
  chegou a tal relação usando apenas a geometria:
• Em um triângulo retângulo qualquer, trace três quadrados
  adjacentes a cada um dos lados, tendo cada um deles o
  comprimento de um lado.
• O quadrado referente ao maior dos dois catetos, divida ao
  meio, fazendo passar uma linha paralela à hipotenusa. Em
  seguida, divida-o novamente ao meio fazendo passar por seu
  centro uma linha perpendicular à hipotenusa. O resultado
  será um quadrado dividido em quatro trapézios irregulares.
• Estes trapézios irregulares possuem dois lados
  que, unidos, tem o comprimento da hipotenusa. Portanto, é
  possível rearranjá-los de modo a se encaixarem no quadrado
  ao lado da hipotenusa.
• Este quadrado, assim formado, cujos lados tem o
  comprimento da hipotenusa, resultará na
  formação de um quadrado menor em seu
  inteiror, cujo lado será igual ao lado do quadrado
  criado no menor dos catetos (b = a - c).
• Portanto, o quadrado da hipotenusa tem área (a
  hipotenusa ao quadrado) igual à soma do
  quadrado do cateto menor mais o quadrado do
  cateto maior (as áreas dos 4 trapézios formados
  se igualam à área do quadrado do cateto maior).
Ditos Pitagóricos:
• "Tudo são números"
• "Anima-te por teres de suportar as injustiças;
  a verdadeira desgraça consiste en cometê-
  las."
• "A melhor maneira que o homem dispõe para
  se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus."
• "A vida é como uma sala de espectáculos:
  entra-se, vê-se e sai-se. "
• "A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei
  do Universo, a Unidade é a Lei de Deus."

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  • 2. • Segundo a tradição, a pitonisa do oráculo de Delfos avisou aos pais de Pitágoras - o rico joalheiro Mnésarcnos e sua mulher Parthénis - que o filho esperado por Parthénis seria um homem de extrema beleza, inteligência e bondade, e iria contribuir de forma única para o benefício de todos os homens. Quando a criança nasceu na ilha de Samos, na Grécia, numa data que se situa entre 570 e 590 a.C., seus progenitores o chamaram de Pitágoras, em homenagem à pitonisa que havia previsto para ele uma vida incomum.
  • 3.
  • 4. • . Dentre as lendas que cercam a vida de Pitágoras, algumas asseguram que ele na verdade não era um homem comum, mas sim um deus que tomara a forma de ser humano para melhor guiar a humanidade e ensinar a filosofia, ciência e a arte. • Nessa época, na ilha de Samos haviam, no aspecto religioso, duas correntes opostas: de um lado, os ritos dionisíacos, degenerados pela perda do seu sentido sagrado e, do outro lado, os ritos órficos, caracterizados por uma ascese rigorosa. Pitágoras seguiu estes últimos, que influenciaram a sua conduta por toda vida.
  • 5.
  • 6. • Com 18 anos de idade, Pitágoras já conhecia e dominava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época. Através de estudos astronômicos, afirmava que o planeta Terra era esférico e suspenso no Espaço (idéia pouco conhecida na época). Encontrou uma certa ordem no universo, observando que as estrelas, assim como a Terra, girava ao redor do Sol.
  • 7.
  • 8. • Mal acabado de sair da adolescência, Pitágoras acreditou que todos os conhecimentos que os gregos possuíam nada mais eram do que fragmentos da grande sabedoria que se encontrava nos templos egípcios e na Mesopotâmia. A fim de saber mais acerca dos mistérios da Vida e do Universo, era necessário que se deslocasse para o Oriente, aos lugares em que esses conhecimentos ainda permaneciam vivos.
  • 9.
  • 10. • Assim, escolhendo Esparta como ponto de partida, o filósofo de Samos inicia um grande périplo através das maiores cidades e templos do mundo antigo que se prolongou por 40 anos, antes de voltar de novo à sua terra natal. • Esta viagem levou-o a encontrar-se com as maiores personalidades do seu tempo. Em Mileto, encontrou Tales e Anaximandro. Porém, foi no Egito, onde permaneceu cerca de 25 anos, que Pitágoras extraiu os conhecimentos que fundamentariam seu ensinamento futuro.
  • 11.
  • 12. • Em Saís, encontrou o faraó Amasis que, reconhecendo as suas enormes capacidades, permitiu a sua admissão nos templos iniciáticos do Egito. Existem ainda indícios de que teria sido discípulo de Zoroastro, e é certo que estudou com os maiores mestres daquela época. • Uma afirmativa aceita pelos historiadores é que Pitágoras foi o primeiro homem a se intitular um filósofo, ou seja, amigo da sabedoria. Antes dele, os pensadores chamavam a si mesmos sages, significando algo como aqueles que sabem. Pitágoras, bem mais modesto, pretendia ser um homem que apenas procurava descobrir
  • 13.
  • 14. • Quarenta anos após tê-la deixado, Pitágoras retornou a Samos, sua ilha natal. A esperança de aí fundar uma escola iniciática fracassou em virtude da recepção hostil do tirano Policrato. Partiu então para Crotona, cidade helênica da Itália meridional, onde fundou a sua escola iniciática, conhecida pelo nome de "Fraternidade Pitagórica". Ali reuniu um grupo de discípulos, a quem iniciou nos conhecimentos de matemática, música e astronomia, consideradas como a base de todas as artes e ciências.
  • 15.
  • 16. • Para entrar na "Fraternidade Pitagórica", o candidato era submetido a rudes provas, tanto físicas como de ordem psicológica. Se essas provas eram ultrapassadas, então o neófito era aceito como "acusmático", o que significa que deveria fazer o voto de silêncio durante os cinco primeiros anos. Os ensinamentos nunca eram escritos, mas transmitidos de "boca a ouvido" àqueles que estavam prontos a assimilá-los.
  • 17.
  • 18. • Pitágoras, na sua linguagem dos números, designava Deus pelo número 1 e a Matéria pelo 2; exprimia o Universo pelo número 12 resultante da multiplicação de 3 por 4; quer dizer, Pitágoras concebia o universo composto por três mundos particulares que, encaixando-se uns nos outros através dos quatro princípios ou elementos da Natureza, desenvolviam-se em 12 esferas concêntricas. Ao Ser inefável que inundava estas 12 esferas sem ser captado por nenhuma delas, o filósofo de Samos chamava-lhe Deus
  • 19.
  • 20. • Pitágoras conhecera e aprendera no Egito a aplicação do número 12 ao Universo; também era assim para os Caldeus e outros povos. A instituição do Zodíaco com seus 12 signos é a demonstração cabal deste conhecimento. • Pitágoras aprendera no Egito que os astros são corpos vivos que se movimentam no espaço, obedecendo a uma lei de harmonia universal, à qual estão inexoravelmente sujeitos no tempo, como todas as coisas manifestadas. Nas suas formas esféricas, o mestre de Samos via a figura geométrica mais perfeita. • O filósofo considerava o Homem um Universo em escala reduzida e, no Universo, ele via um grande Homem. Ele chamou-lhes respectivamente Microcosmos e Macrocosmos.
  • 21.
  • 22. • Assim, o Homem como uma célula contida no Todo, seria um reflexo do ternário universal constituído de Corpo, Alma e Espírito. • Como costuma acontecer com os grandes libertários, Pitágoras logo arranjou inimigos políticos e pessoais. Entre um dos muitos que tentaram entrar para sua escola e não foram admitidos, estava um homem que passou então a perseguí-lo. Através de falsos testemunhos, colocou o povo da cidade contra Pitágoras, até que um dia a escola foi destituída e o mestre assassinado. Não existe, no entanto, certeza sobre essa morte: alguns dizem que ele conseguiu fugir para Metaponto, onde viveu o resto da sua vida.
  • 23.
  • 24. • Pitágoras não deixou nenhum registro escrito, e sendo sua sociedade secreta, certamente existe muito sobre ele que foi perdido após a morte de seus discípulos, e a dissolução dos pitagóricos. Difícil hoje dizer o que ao certo foi obra de pitágoras e o que foi obra de seus discípulos, uma vez que a figura de pitágoras e a figura da filosofia pitagórica são indivisíveis hoje, de modo a tornar árduo o trabalho de separar o homem de seus ensinamentos, para aqueles que a isto se dedicam. O teorema mais famoso de Pitágoras, porém, relacionando os lados de um triângulo equilátero, é indiscutívelmente uma descoberta do filósofo, bem como grandes avanços geométricos, musicais e filosóficos mais tarde aprofundados por seus sucessores: Sócrates, Platão, Tales e outros.
  • 25.
  • 26. Pitágoras e a Música: • Conforme conta a lenda, Pitágoras foi guiado pelos deuses na descoberta das razões matemáticas por trás dos sons depois de observar o comprimento dos martelos dos ferreiros. A ele é creditado a descoberta do intervalo de uma oitava como sendo referente a uma relação de frequência de 2:1, uma quinta em 3:2, uma quarta em 4:3, e um tom em 9:8. Os seguidores de Pitágoras aplicaram estas razões ao comprimento de fios de corda em um instrumento chamado cânon, ou monocorda, e, portanto, foram capazes de determinar matematicamente a entonação de todo um sistema musical. Os pitagóricos viam estas razões como governando todo o Cosmos assim como o som, e Platão descreve em sua obra, Timeu, a alma do mundo como estando estruturada de acordo com estas mesmas razões. Para os pitagóricos, assim como para platão, a música se tornou uma natural extensão da matemática, bem como uma arte. A matemática e as descobertas musicais de Pitágoras foram, desta forma, uma crucial influência no desenvolvimento da música através da idade média na Europa.
  • 27. Nenhum músico teve tanta importância no período clássico quanto Pitágoras.
  • 28. • Talvez a obra mais famosa de Pitágoras seja seu teorema, relacionando os lados de um triângulo equilátero. A seguir, a demonstração de como este filósofo e matemático chegou a tal relação usando apenas a geometria: • Em um triângulo retângulo qualquer, trace três quadrados adjacentes a cada um dos lados, tendo cada um deles o comprimento de um lado. • O quadrado referente ao maior dos dois catetos, divida ao meio, fazendo passar uma linha paralela à hipotenusa. Em seguida, divida-o novamente ao meio fazendo passar por seu centro uma linha perpendicular à hipotenusa. O resultado será um quadrado dividido em quatro trapézios irregulares. • Estes trapézios irregulares possuem dois lados que, unidos, tem o comprimento da hipotenusa. Portanto, é possível rearranjá-los de modo a se encaixarem no quadrado ao lado da hipotenusa.
  • 29.
  • 30. • Este quadrado, assim formado, cujos lados tem o comprimento da hipotenusa, resultará na formação de um quadrado menor em seu inteiror, cujo lado será igual ao lado do quadrado criado no menor dos catetos (b = a - c). • Portanto, o quadrado da hipotenusa tem área (a hipotenusa ao quadrado) igual à soma do quadrado do cateto menor mais o quadrado do cateto maior (as áreas dos 4 trapézios formados se igualam à área do quadrado do cateto maior).
  • 31.
  • 32. Ditos Pitagóricos: • "Tudo são números" • "Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste en cometê- las." • "A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus." • "A vida é como uma sala de espectáculos: entra-se, vê-se e sai-se. " • "A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus."